Em sua sentença, de 1667, Vieira sequer é condenado a abjurar
de leve (ou seja, leve presunção de ser suspeito na fé): dispõe
somente ser ele "privado para sempre de voz activa e passiva, e do poder de pregar" e não mais tratar das proposições censuradas. Mas mesmo essas punições são suspensas em 1668, com a queda de D. Afonso, com o reconhecimento da independência política de Portugal, etc. Como sabemos, Vieira não se contenta com esse perdão e, em 1669, segue para Roma onde não perde oportunidade de denunciar a Inquisição portuguesa. Ai permanece até 1675 e retorna a Lisboa depois de obter do Papa Clemente X um breve isentando-o da autoridade do Santo Ofício para todo o sempre. Isolado na Corte pelo novo rei D. Pedro II, resolve regressar à Baía, em 1681, atravessando pela sétima e última vez o oceano, onde começou essa história. Ai, ainda desempenhou o papel de visitador das missões indígenas de todo o Brasil e escrevia seu último texto profético, a Clavis Prophetarum, quando lhe sobreveio