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A CONTRIBUIÇÃO DO AVANÇO TECNOLÓGICO NO DESENVOLVIMENTO

DAS RELAÇÕES AMOROSAS

Integrantes do trabalho e números

Bárbara Nigri - Nº 3
Clarissa Gomes - Nº 7
Helena Bezerra - Nº 19
Ismênia Marcelli - Nº 20
Maria Clara Moura - Nº 24
Valentina Cabral - Nº 31
Introdução

Um relacionamento amoroso é caracterizado por um vínculo afetivo que duas


pessoas possuem entre si, constituído por votos de confiança e admiração. No
contexto virtual, isso não é diferente, tem seus desafios; porém.

A evolução no meio tecnológico integrou e conectou pessoas das mais


variadas localizações do globo. A distância e o tempo não exercem mais a
mesma interferência tratando-se sobre comunicação entre indivíduos, como
interferia em tempos onde um telefone celular com acesso à internet não
existia. Como a evolução tecnológica alterou os relacionamentos ao longo do
tempo?

A internet é uma rede mundial que disponibiliza diversas informações, sendo


constituída por uma conexão que interliga diversos computadores. A criação da
internet ocorreu em 1969, nos Estados Unidos, e tinha como intuito estabelecer
comunicações entre laboratórios de pesquisa no estopim da Guerra Fria.

As plataformas de relacionamento e as redes de namoro já são um tanto


popularizadas e enraizadas nas comunicações estabelecidas pela sociedade,
são relativamente recentes, contudo. A internet foi liberada ao público somente
em 1995, sendo utilizada pela primeira vez para fins comerciais. Atualmente,
basta pagar os serviços de um provedor de acesso, e assim qualquer usuário
pode usufruir da rede. Em tempos em que uma mensagem não demorava
menos de um minuto para chegar, e sim, em questão de dias, como as
pessoas se relacionavam? Como os parceiros mantinham contato?

Os meios de comunicação estabeleciam contatos morosos, e muitas vezes as


mensagens se perdiam e nem eram entregues, como no caso das cartas.
Outrora, uma jovem conhecia um rapaz em um evento social, tal como um
baile, e caso se interessarem um pelo outro, trocavam cartas de declarações e
paqueras entre si.

O conteúdo das cartas baseava-se em cantigas de amor, poemas


apaixonados, eu líricos desejosos de chamego e versos inquietos por uma
resposta do parceiro. Eloise, personagem principal do livro "Para Sir Phillip,
com amor", trocava cartas com Phillip, um homem viúvo, que fica fascinado
com as condolências da amável desconhecida, há um desentendimento
quando se encontram; entretanto. Eloise tem suas expectativas quebradas ao
visitá-lo pessoalmente, e Phillip também não se contentou com a situação.
Ambos não eram como transpareciam ser nas mensagens que trocavam, e
esse contexto por si só ocorre até os tempos atuais; redes de namoro em que
você conhece a pessoa por mensagem de texto; pois.

As plataformas de relacionamento e aplicativos de namoro enviam mensagens


de forma diligente, e em grande parte possibilitam um ícone ou ferramenta que
notifica sobre o recebimento da mensagem, com uma precisão que não era
possível de se existir nos tempos de cartas de paquera.

A precisão e eficácia das trocas de mensagens via internet promove conversas


mais fluidas, os relacionamentos e encontros progridem em questão de curto
prazo. Além de mensagens de texto, os aplicativos facultam o envio de fotos,
de vídeos e ensejam ligações telefônicas feitas por voz e vídeo. O
desenvolvimento da intimidade dos parceiros é consideravelmente acelerado
por essa desenvoltura.

"Casamento às Cegas" é um reality show que seleciona pessoas


desconhecidas para conversarem em cabines, sem que se vejam. Ao decorrer
do programa, os convidados podem optar pelo noivado, caso tenham se
interessado um pelo outro. O programa é um experimento social em que tenta
unir pessoas pelo requisito da conversa de ambos, desconstruindo o princípio
de relacionar-se apenas pela aparência do parceiro, uma vez que sites de
namoro funcionam e gera-se sobre a curtida que um usuário deu e em uma
foto da pessoa que tenha se interessado.

O ser humano é um ser social, e, no campo amoroso, muitas pessoas atrelam


sua completude como indivíduo aos seus respectivos relacionamentos.
Tratando-se simplesmente de uma fragilidade emocional.

As relações amorosas são interpretadas por muitos como um gênero de


status mais alto para o indivíduo, nota-se como consequência dessa ideologia
a exposição online; logo. Um estudo social revelou que 29% dos internautas
envolvidos em um relacionamento amoroso tinham uma foto de casal em seu
perfil, 70% tinha um status de relacionamento, e 15% mencionaram seu
parceiro romântico nas suas últimas atualizações. É evidente que além de
comprometer a privacidade e segurança do relacionamento, as publicações e
atualizações de casais nas redes promovem a idealização de uma relação
perfeita. A internet promove um conceito de relacionamentos estáveis o tempo
inteiro, o que é inatingível e perigoso aos olhos de quem não observa o namoro
fora das redes, com brigas e discussões.
Material e métodos

Em reuniões diárias, o grupo utilizou para a realização do artigo; celulares,


computadores, buscas em navegadores, sites, livro e artigos científicos. O livro
e artigos foram lidos para auxiliar no estudo. Para complementar a discussão,
um episódio da série “Black Mirror” foi assistido. Além disso, pesquisas sobre o
tema e análise de informações foram aplicadas ao longo do trabalho.
Discussão

No âmbito virtual, a psique humana tende a buscar pessoas que aparentam


suprir seus gostos e estilos, o que além de não ser uma tática completamente
eficaz de encontrar um parceiro; pode ser perigoso, pois. As redes sociais
exibem publicações elaboradas com o intuito de atingir a imagem desejada
pelo usuário, e por muitas vezes, editada para transparecer o que a pessoa
idealiza como esteticamente agradável. “O que atrai o ser humano em tudo que
lhe oferece satisfação”, uma frase do filósofo e matemático Platão que se
adequa com excelência ao que os usuários buscam nas redes sociais, tendo
como referência requisitos pessoais do que eles percebem como satisfatório e
prazeroso em alguém.

O perigo está inserido na dissimulação realizada e intensamente impulsionada


pelos aplicativos e sites de relacionamento. Muitos internautas trocam
mensagens virtuais com perfis os quais a veracidade e identidade do usuário
não são comprovadas, ocasionando desilusões amorosas e desentendimentos.

A evolução tecnológica gerou desafios e barreiras aos romances e flertes das


pessoas, como visto. Além da superficialidade e desentendimentos dos
relacionamentos, as redes sociais também geraram dependências emocionais
e vícios tecnológicos nas pessoas. Estar “online”, isto é, estar ativo na internet,
tornou-se necessidade para muitos, uma vez que o desejo de manter a
constância na comunicação com a pessoa de interesse é inevitável. A
dependência emocional provém da associação da atividade virtual como
demonstração de afeto, e da inatividade como demonstração de desinteresse.
Essa associação é equívoca, o tempo gasto pelas pessoas na internet não
gera somente ao redor de seus relacionamentos, mas sim, ao redor dos seus
afazeres cotidianos e tempo de trabalho.

O episódio "Hang the DJ” da série “Black Mirror" retrata uma realidade
distópica, distante, porém não impossível; tendo em vista o progresso
tecnológico. Nele, a vida amorosa das pessoas é controlada por um sistema
em que o parceiro e prazo de validade do relacionamento são determinados
previamente. O sistema seleciona o parceiro ideal de forma controversa,
através da quantidade de rebeliões contra o sistema. Logo ao fugir, colaboram
com o fornecimento de dados; análogo às plataformas de relacionamentos
atuais.
Conclusão

Compreende-se, portanto, a extrema influência que os relacionamentos


amorosos sofreram pelos aplicativos e sites de namoro. Percebe-se a
banalização do lado complexo de envolvimento dos relacionamentos, onde as
pessoas são priorizadas por sua aparência e não por suas virtudes. As
imagens de casais fornecem dados para os “softwares” das plataformas de
relacionamento, que coletam os dados e produzem ferramentas cada vez mais
eficazes de compatibilidade e comunicação. Cria-se um impulso ao consumo e
uso frequente das redes, que te enviam perfis de usuários que condizem com
seus gostos e estilos, formando um padrão. A necessidade de estar “online”
existe, assim como a dependência que criamos ao nos relacionarmos por tais
redes.
Referências bibliográficas:

UOL; https://www1.folha.uol.com.br/paywall/login.shtml?
https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u34809.shtml; Acesso em 15
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Quinn, Julia; Para Sir Phillip, com amor; Editora Arqueiro; 1ª edição; 2015.

Cerqueira, IC; Da Rocha, FN. Amor e relacionamentos amorosos no olhar da


psicologia. Revista Mosaico. 2018 Jul./Dez. 09 (2): 10-17. Disponível em:
<http://editora.universidadedevassouras.edu.br/index.php/RM/article/view/1449/
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Acesso em: 19 de abr. 2021. / 18h55min.

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https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2020/02/12/interna_m
undo,827501/aplicativos-de-relacionamentos-transformam-vidas-e-a-
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Acesso em: 19 de abr. 2021. / 19h44min.

Nexo Jornal;
https://www.nexojornal.com.br/externo/2020/02/14/Por-que-as-pessoas-usam-
fotos-de-casal-no-perfil-das-redes-sociais
Acesso em: 19 de abr. 2021. / 20h00min.

Schmitt; Sabrine; Imbelloni; Michelle;Relações amorosas na sociedade


contemporânea;Psicologia.Pt o portal dos psicólogos;2011
<https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0583.pdf>
Acesso em: 19 de abr. 2021. / 20h25min

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