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UTILIZAÇÃO DA ESPECTROSCOPIA EM IMAGENS POR

RESSONÃNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR DE PACIENTES


COM SÍNDROMES DEMENCIAIS1
Juliano Ibaldo2, Ana Paula Schwarz3
USE TO THE SPECTROSCOPY IN IMAGES TO THE NUCLEAR
MAGNETIC RESONANCE OF PATIENTS WITH SINDROMES
DEMENCIALS

RESUMO
A espectroscopia é uma técnica que pode ser utilizada em conjunto com o
método de imagens por ressonância magnética nuclear (IRMN). Esta nova
técnica de imagens difere das outras exatamente em seu produto final. Todas as
outras técnicas utilizadas em exames de ressonância magnética produzem
imagens como se fossem fotografias de partes anatômicas dos pacientes, com
uma qualidade e precisão tão boas que este é o termo que melhor podemos
utilizar. A técnica espectroscópica irá produzir gráficos, ou seja, espectros que
irão demonstrar uma leitura química dos compostos biológicos presentes em
determinadas áreas do corpo que queremos analisar. Apesar de ser uma técnica
eficaz, a espectroscopia possui algumas limitações e não podemos fazer uso
desta técnica para todos os casos clínicos, nem para estudar todos os metabólitos
do organismo, porém em outros casos a utilização desta técnica é muito bem
aceita, como nos casos de elucidação dos tipos de tumores ou em casos de
síndromes demenciais, para agregar mais informações relacionadas à etiologia da
demência, como na doença de Alzheimer.

PALAVRAS-CHAVE: Espectroscopia, Doença de Alzheimer, Ressonância


Magnética Nuclear.
ABSTRACT
The spectroscopy is a technique that can be used together with the method of
images by nuclear magnetic resonance (IRMN). This new technique of images
differs exactly of the other ones in your final product, all the other techniques
used in exams of magnetic resonance they produce images as if they were
pictures of the patients anatomical parts, with a quality and such good precision
that this is the term that best can use, the spectroscopy technique will produce
graphs, in other words, spectra which will demonstrate a chemistry reading of
biological compounds present in certain areas of the body that we want to
analyze. In spite of being a effective technique, the spectroscopy it possesses
some limitations we cannot make use of this technique for all the clinical cases,
nor to study all the metabolites of the organism, however in other cases the use
of this techniques is very well it accepts, as in the cases of elucidation of the
types of tumors or in cases of syndromes dementia, as in the disease of

1
Trabalho final de graduação II
2
Acadêmico do curso de Física Médica do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA
3
Professor orientador.
2

Alzheimer.

KEYWORDS: Nuclear Magnetic Resonance, Spectroscopy, Disease of


Alzheimer.

1 INTRODUÇÃO
A técnica espectroscópica é relativamente nova, se levarmos em conta o
tempo que as diferentes formas de energia vêm sendo utilizadas na medicina
como os raios x, que são utilizados desde sua descoberta em 1895. O próprio
método de imagem por ressonância magnética nuclear (IRMN) é bem mais
recente. Só a partir da década de 70 foi possível realizar imagens utilizando este
método, e a técnica espectroscópica pôde ser implementada a partir da década de
80. Desde o primeiro momento o novo método que utilizava uma forma de
radiação não-ionizante foi motivo de muito interesse pelo meio científico, e que
de certa forma revolucionava toda a técnica de diagnóstico por imagem, que até
então conhecia e fazia uso de uma forma de energia que poderia causar danos aos
pacientes que se submetiam aos exames, exceto o ultrasom. As IRMN utilizam
basicamente 3 princípios físicos básicos para formar imagens, são necessários
em um equipamento de RM: campo magnético estático, pulsos de
radiofrequência (RF) e gradientes de campo magnético. A técnica
espectroscópica utiliza os mesmos princípios físicos que as imagens
convencionais, e hoje em dia quase todos os equipamentos de IRMN possuem os
programas necessários para a formação dos gráficos e consequentemente para
fornecer leituras metabólicas de partes anatômicas que queremos examinar. O
objetivo principal na realização deste trabalho está em contribuir de alguma
maneira para a utilização mais freqüente desta técnica e demonstrar a sua
contribuição em laudos médicos quando pacientes com síndromes demenciais se
submetem à exames de IRMN. É importante lembrar que a utilização ou não da
técnica de ERM depende da solicitação do médico assistente. Este trabalho foi
realizado na clínica radiológica DIX, situada junto ao Hospital de Caridade em
Santa Maria-RS, que possui equipamentos de IRMN de última geração, um deles
possui os programas necessários para formar o espectro que necessitamos para
que as informações sejam coletadas e os médicos possam utilizar essas
informações para elucidar casos, e dar laudos com base em um número maior de
dados que poderão ser úteis na diferenciação etiológica da demência.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O método de imagens por ressonância magnética é muito complexo e
utiliza princípios físicos que apesar de bem conhecidos, são difíceis de traduzir
em poucas palavras, mas podemos definir as IRMN como sendo:
O uso de campos magnéticos e ondas de rádio para obter uma
imagem matematicamente reconstruída. Essa imagem representa
diferenças entre vários tecidos do paciente no número de
núcleos e na frequência em que esses núcleos se recuperam da
estimulação por ondas de rádio na presença de um campo
magnético. (BONTRAGER; KENNETH, 2003).
3

Para melhor entendermos como são produzidas as imagens por este


método, vamos analisar separadamente as letras que compõe a sigla que o
representa, RMN. “A letra R significa ressonância que é um fenômeno comum e
acontece em toda a natureza”. (LUFKIN; ROBERT, 1999). Damos o nome de
ressonância ao fenômeno quando um objeto exposto á uma perturbação oscilante
passa a ganhar energia. “A letra M significa magnética. O próton de hidrogênio
possui um momento angular, isto leva a formação de um campo magnético, com
dois pólos”. (LUFKIN; ROBERT, 1999). “O magnetismo é uma propriedade
fundamental de algumas formas da matéria, o magnetismo e a eletrostática são
fenômenos da força eletromagnética”. (BUSHONG; STEWART, 2010). “A letra
N significa nuclear. Ao contrário dos raios x, o sinal de ressonância se origina no
centro do átomo conhecido como núcleo”. (LUFKIN; ROBERT, 1999). As
imagens produzidas em RMN são obtidas utilizando os prótons do núcleo dos
átomos de hidrogênio do corpo do paciente. Poderiam ser obtidas com a
utilização de outros elementos que respondessem ao estímulo das ondas de rádio,
mas a outra razão básica pela escolha do hidrogênio além dele responder ao
estímulo é a de que é encontrado em grande quantidade e em quase todo o corpo.
Segundo Robert Lufkin, sua abundância relativa e sensibilidade elevada em RM
fazem com que seja escolhido o hidrogênio e não outro átomo presente no corpo
para formar imagens em RM. Quando submetemos o átomo de hidrogênio à um
forte campo magnético, seu comportamento giratório sofre uma alteração, deixa
de girar em linha e passa a girar no formato de um cone, conhecemos isto como
movimento de precessão do átomo de hidrogênio, fundamental para a formação
das imagens em RM. Quando um paciente se submete ao exame de RM e é
posicionado no equipamento, sob forte campo magnético, os átomos de
hidrogênio são orientados de forma longitudinal com as linhas de força do
campo principal. Dentro do equipamento existem bobinas de RF que tem como
finalidade emitir pulsos de ondas de rádio para ceder energia aos prótons de
hidrogênio. A partir deste ponto temos o que é necessário para formar imagens
em RM, que são exatamente um corpo animado de movimento, neste caso os
núcleos de hidrogênio, uma força externa periódica que são as ondas
eletromagnéticas de RF que devem oscilar na mesma freqüência que os núcleos
de hidrogênio precessionam para ocorrer à ressonância, e o campo magnético
estático. A frequência específica é chamada de freqüência de Larmour, e depende
diretamente do campo magnético principal e do tecido cuja imagem vai ser
gerada. O campo magnético é produzido pelo magneto, que consiste em uma
bobina, um cilindro que é circulado por várias voltas de fio e por onde deverá
passar uma corrente elétrica, que irá gerar campo magnético. O responsável por
alterar o campo magnético principal são as bobinas de gradiente, que irão
selecionar a parte do corpo que será examinada e selecionarão os cortes que
serão obtidas as imagens. Existem três tipos de bobinas de gradiente dentro do
equipamento de RM, essas bobinas geralmente são pareadas, ou seja, duas para
cada corte, cada par é responsável por um corte sagital, um coronal e um axial.
Como é possível manipular as bobinas de gradiente da própria estação de
trabalho, conseguimos obter diferentes imagens de diferentes planos corpóreos
sem movimentar o paciente ou o equipamento. Todas as informações obtidas são
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enviadas para um computador que transformará esses dados em imagens. A


técnica de espectroscopia por ressonância magnética nuclear (ERM) utiliza esses
mesmos princípios físicos para formar os gráficos e estudar partes anatômicas de
pacientes fazendo uma leitura dos compostos biológicos que estão presentes em
determinada área de estudo. “A técnica de ERM permite obter informações
químicas dos tecidos com base no mesmo princípio físico das imagens ditas
convencionais”. (ASSESSORES MÉDICOS EM NEURODIAGNÓSTICOS,
2007). A diferença é que as imagens convencionais são como fotografias de
partes anatômicas do corpo, e a ERM produz um espectro, um gráfico que irá
demonstrar a concentração de determinados compostos biológicos presentes na
área de estudo. Essa técnica é confiável, mas como já foi descrito anteriormente
é uma técnica limitada, seja pelas condições necessárias do equipamento de
ressonância, que precisa ter no mínimo uma intensidade de 1,5 Tesla de campo
magnético, ou pela sua sensibilidade baixa, que faz com que poucos dos muitos
metabólitos do corpo possam ser estudados. “Devido à sensibilidade
relativamente baixa da ERM, somente poucos componentes químicos são
passíveis de detecção pelo método. Apenas compostos com concentrações acima
de 0,5 mMol”. (ASSESSORES MÉDICOS EM NEURODIAGNÓSTICOS,
2007). No gráfico formado pela técnica espectroscópica, convencionou-se uma
escala em ppm, que significa partes por milhão, e é importante o conhecimento e
a relação dos compostos analisados com a escala proposta para saber a qual
composto pertence cada pico demonstrado no gráfico. Para alguns casos clínicos
a técnica de ERM ganhou mais atenção e uma das principais indicações é utilizá-
la em síndromes demenciais quando se tenta diferenciar as causas da demência.
Para este trabalho utilizamos esta técnica no estudo de síndromes demenciais,
mais precisamente na mais comum delas, a doença de Alzheimer. No estudo da
doença de Alzheimer, alguns dos metabólitos do cérebro humano são mais
importantes na hora da sua análise, por terem relações com a doença. Os
principais metabólitos são: O N-Acetilaspartato (NAA), a Creatina (Cr), e o
Mioinositol (MI). “O NAA é o marcador de densidade neuronial, e sua
concentração diminui em escala proporcional ao dano celular”. (ASSESSORES
MÉDICOS EM NEURODIAGNÓSTICOS, 2007). No gráfico da técnica de
ERM, tanto em pacientes normais ou pacientes com a doença de Alzheimer o
maior pico é referente ao NAA. “O pico de creatina é composto por substãncias
que se mantém estáveis na maioria das situações, a sua concentração é
relativamente constante e serve como referencial interno para os demais picos
espectrais no gráfico”. (ASSESSORES MÉDICOS EM
NEURODIAGNÓSTICOS, 2007). No gráfico da figura 2, o pico referente à
Creatina é o segundo da direita para a esquerda, e o terceiro mais elevado. “O
mioinositol serve como marcador de demências corticais, especialmente em
casos de Alzheimer, quando sua elevação é associada com redução no pico de
NAA”. (ASSESSORES MÉDICOS EM NEURODIAGNÓSTICOS, 2007).
Desta forma, dos compostos que são passíveis de detecção no cérebro humano
pela técnica de ERM, esses três compostos são os que nos darão a indicação e
contribuição maior para análise e interpretação da doença de Alzheimer.
Síndromes demenciais são doenças caracterizadas por um déficit na função
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cognitiva, com uma maior ênfase em perda de memória que interferem nas
atividades sociais e ocupacionais. Inovações e descobertas tecnológicas como os
métodos de diagnóstico por imagem apresentam uma nova perspectiva no
diagnóstico precoce das síndromes demenciais, particularmente na doença de
Alzheimer. “A doença de Alzheimer responde por cerca de 60% de todas as
demências, o que a torna a causa principal de demência” (LoGiudice, 2002). A
doença de Alzheimer foi descoberta e descrita pelo neurologista Alois Alzheimer,
como sendo uma espécie de deteriorização mental que afeta principalmente
pessoas com mais idade, essa deteriorização afeta o paciente diretamente através
da perda de memória. “À medida que o processo da doença avança, células
nervosas começam a morrer e os pacientes e familiares percebem essas falhas da
memória e outros lapsos cognitivos”. (SCIENTIFIC AMERICAN, 2010). A
maior contribuição da ciência nos últimos anos é exatamente o estudo de novas
técnicas para detectar o aparecimento dessas doenças com maior brevidade
possível. “O estudo do cérebro de pacientes com a doença de Alzheimer mostra
uma atrofia geral do cérebro como resultado da perda de neurônios do córtex
cerebral, e circunvoluções mais estreitas”. (GARRET; C, 2002). A figura 1
mostra uma comparação entre duas partes de dois cérebros, um normal e o outro
de um paciente que apresentava sintomas comuns com a doença de Alzheimer.

Figura 1. Mostrando a comparação entre partes de cérebros com e sem a D.A.

“Com a técnica de ERM podemos analisar não apenas uma imagem, como a
figura acima, mas também fazer uma construção gráfica dos metabólitos
cerebrais”. (GARRET; C, 2002). Para associar o gráfico da espectroscopia com a
doença de Alzheimer, precisamos analisar os picos de NAA, mI, e Cr. As figuras
2, e 3 mostram os gráficos que são formados com a espectroscopia, uma em um
paciente com a doença de Alzheimer e o outro gráfico em um paciente sem
nenhum tipo de comportamento que refira a síndrome demencial.
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Figura 2. Mostrando um gráfico normal em ERM.

Figura 3. Mostrando um gráfico de ERM com diminuição do NAA e aumento do


mI.

3 MATERIAIS E MÉTODOS
A clínica radiológica DIX – diagnóstico por imagem, localizada junto
ao Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo em Santa Maria – RS, dispõe de
equipamentos de imagem por ressonância magnética nuclear, um deles com a
intensidade mínima de campo magnético para realizar a técnica de ERM, 1,5
Tesla, e este equipamento tem o programa necessário para formar o gráfico que
nos fornece as informações para relacionar os dados obtidos com dados clínicos
necessários para analisar os pacientes com possíveis síndromes demenciais. Este
equipamento é da marca PHILIPS, com 1,5 T, e com a geração de imagens com
os sistemas Achieva, que é exatamente o sistema responsável pelas imagens dos
equipamentos da PHILIPS. As imagens que são produzidas e os espectros são
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fornecidos para um médico radiologista que interpretará as imagens e relacionará


os dados obtidos com uma patologia para que o paciente receba atenção
necessária para tratar sua saúde. Os dados coletados e as imagens que foram
obtidas em estudos anteriores foram interpretados por um médico que auxiliou
na realização deste exame. A técnica utilizada para formar o gráfico
espectroscópico foi sendo modificada ao longo da realização deste trabalho com
a ajuda de outros profissionais, e de profissionais de outras cidades que já
realizavam esta técnica quase que de uma forma rotineira em seu trabalho.
Dentro das técnicas possíveis para se formar um gráfico de espectroscopia por
RM existem algumas variáveis que produzem gráficos diferentes, e de acordo
com a patologia que se quer estudar se dá preferência por uma ou outra técnica a
ser utilizada. No caso de síndromes demenciais utilizamos uma seqüência com o
tempo de eco curto, que é o recomendado para este tipo de estudo, a posição do
elemento de volume, que conhecemos como voxel é na região do giro do cíngulo
posterior, na transição do lobo occipital para o parietal, estas informações foram
repassadas principalmente pelo médico radiologista que nos auxiliou para a
formação da ERM. Como foi descrito anteriormente em síndromes demenciais
um dos metabólitos de maior interesse é o mI, e quanto mais curto o tempo de
eco, mais este metabólito irá aparecer. A tabela abaixo mostra a técnica utilizada
para este trabalho, a qual foi sugerida por profissionais que já utilizam a ERM há
mais tempo.

Tabela 1: Técnica utilizada para formar os


gráficos em ERM.

Espectro T.E. TEMPO


ADICIONAL
DE EXAME
1 Curto 31 ms 3’: 16’’

A técnica que formou o gráfico com as informações necessárias para


ajudar o médico radiologista no laudo em síndromes demenciais é exatamente a
que está descrita de forma simplificada na Tabela 1, descrita acima.

4 RESULTADOS
Os procedimentos que foram aplicados para formar os gráficos em mais
de dez pacientes, os próprios espectros obtidos, e o tempo adicional do exame
ficaram dentro do esperado para a utilização desta técnica. Infelizmente durante
o tempo destinado para a realização da técnica de ERM não conseguimos
empregá-la em um paciente que estivesse com os sintomas que se relacionam
com a doença de Alzheimer e dentro da idade que geralmente a doença de
manifesta na maioria das pessoas que sofrem desta síndrome. Mesmo com estas
dificuldades encontradas, conseguimos imagens que mostram espectros
formados com a técnica de ERM, e com a ajuda do médico radiologista que
contribuiu para a realização deste trabalho é possível demonstrar nos gráficos a
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seguir com seus respectivos laudos a contribuição da técnica. A Figura 4 mostra


um gráfico que foi realizado com a técnica de ERM em um paciente normal.

Figura 4: Espectro de um paciente normal.

O gráfico acima mostra os picos de NAA, Cr, Cholina, e mI considerados


normais, a linha amarela mostra a reta crescente e imaginária que se forma em
casos normais e as linhas verticais mostram que nenhum pico é formado à direita
do NAA. Para este gráfico o médico radiologista que auxiliou o trabalho fez o
seguinte laudo:
- Estudo de espectroscopia do aspecto posterior do giro do cíngulo demonstrando
picos normais de NAA e mI, assim como de suas relações.
A Figura 5 demonstra outro gráfico que foi obtido com a mesma técnica, mas
desta vez em um paciente que apresentava sinais de síndromes demenciais.
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Figura 5: Espectro de um paciente com sinais de D.A.

O gráfico realizado e demonstrado na figura acima demonstra redução do pico de


NAA e aumento do pico de mI, para este gráfico obtido o laudo do médico foi:
- Estudo de espectroscopia do aspecto posterior do giro do cíngulo demonstrando
redução nos picos de NAA , e elevação nos picos de mI, assim como alteração na
sua relação mI/NAA. Achados estes que podem ser observados em casos de
demências do tipo Alzheimer. Sendo necessário correlação com dados clínicos.

Entre os gráficos que foram formados durante o tempo em que destinamos para a
aplicação do trabalho, mostramos na figura 6 abaixo o resultado de um deles.

Figura 6: Espectro realizado durante a aplicação do trabalho.


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A Figura 6 acima mostra o espectro formado com a técnica de ERM


com os picos dos metabólitos considerados normais, sem nenhum tipo de
alteração nos picos de NAA e mI.

5 DISCUSSÕES
Os resultados encontrados nos fizeram entender como conseguir formar
gráficos da maneira correta, aplicando a técnica apropriada para a doença de
Alzheimer, e foram considerados satisfatórios, e são muito importantes em um
setor de diagnóstico por imagem que tem à sua disposição equipamentos capazes
de fornecer informações muito completas desde que conhecidas às técnicas que
serão empregadas.
Foi possível notar as diferenças nos gráficos formados quando a técnica
utilizada não foi regulada para o tipo de estudo que seria a sua finalidade. O
melhor aproveitamento do trabalho poderia ser atingido se tivesse começado a
ser empregado antes, ou se já tivéssemos o conhecimento que foi adquirido ao
longo do trabalho. O tempo adicional aos exames foi um pouco superior a 4
minutos.
Comparado com um exame convencional pode-se dizer que o tempo
adicional é pequeno.

6 CONCLUSÕES
Com os resultados obtidos, o conhecimento adquirido e principalmente
o caminho que descobrimos ser importante seguir conclui-se que a técnica de
espectroscopia por ressonância magnética nuclear quando bem empregada pode
ser utilizada como uma técnica que oferece dados adicionais aos médicos
radiologistas em situações de diferenciação da causa de síndromes demenciais,
mas que ainda assim precisam ser relacionadas à dados clínicos, como no caso
da doença de Alzheimer.
REFERÊNCIAS

ASSESSORES MÉDICOS EM NEURODIAGNÓSTICOS; Espectroscopia por


Ressonância Magnética: Disponível em http://www.fleury.com.br/medicos/e.
aspx. Acesso em Julho de 2011.
BONTRAGER, K.; Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatômica. 5º ed.
Rio de Janeiro:Editora Guanabara Koogan S.A, 2003.
BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos. 9°ed. Rio de Janeiro:
Editora Elsevier, 2010.
GARRET, C; Doença de Alzheimer: Disponível em
http://projectodeimagiologia.blogspot.com. Acesso em Julho de 2011.
LUFKIN, R.; Manual de Ressonância Magnética. 2º ed. Rio de janeiro:
Editora Guanabara koogan, 1999.

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