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FERA - FACULDADE DE ENSINO REGIONAL ALTERNATIVA

RAIMUNDA PEREIRA DA SILVA FILHA

BRINCAR: A NECESSIDADE DA LUDICIDADE NO ENSINO INFANTIL.

Passagem Franca – MA
2021.
RAIMUNDA PEREIRA DA SILVA FILHA

BRINCAR: A NECESSIDADE DA LUDICIDADE NO ENSINO INFANTIL.

Monografia apresentada ao Curso de Graduação


em Pedagogia da FERA, como requisito para
obtenção do Grau de Licenciada em Pedagogia.

Professora Orientadora: Viviane Pereira Brito.

Passagem Franca – MA
2021.
RAIMUNDA PEREIRA DA SILVA FILHA

BRINCAR: A NECESSIDADE DA LUDICIDADE NO ENSINO INFANTIL.

Monografia apresentada ao Curso de Graduação


em Pedagogia da FERA, como requisito para
obtenção do Grau de Licenciada em Pedagogia.

Professora Orientadora: Viviane Pereira Brito.

Aprovado em _____/_____/________

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________________
Viviane Pereira Brito
(Orientadora)

________________________________________________________________
1° Examinador.

________________________________________________________________
2° Examinador.

Passagem Franca – MA
2021.
Dedico este trabalho a todos aqueles que
acreditaram na minha vitória. Aos nossos
colegas de estudo que sempre nos
incentivaram a não desistir. E
principalmente a minha professora que
sempre me apoiou em todos os
momentos para essa grande conquista
em nossas vidas. Às minhas amigas e
amigos pelo apoio na busca e superação
dos desafios. E em especial aos meus
pais que acreditaram e incentivaram, e
me concederam a oportunidade de
estudar.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar quero agradecer a Deus que nos deu a vida, por meio da qual
podemos chegar a este momento desafiador, queremos agradecer pelas infinitas
bênçãos recebidas, pelos amigos e irmãos que fizemos durante todo o nosso
percurso de estudo. Aos nossos pais que nos incentivaram e muito para essa
conclusão desse curso, pois eles são exemplos de nossas vidas, e nossos heróis
pelos conselhos e a educação que eles nos deram, as nossas queridas mamães
com quem dividirmos sempre os nossos problemas que nos apoiaram com suas
dedicações, rezando por nós com seus apoios na buscar sempre das respostas. Aos
nossos professores que nos ajudaram e muito para conseguimos desenvolver e
chegar ao final do curso, obrigado por tudo.
Educação nunca foi despesa. Sempre
foi investimento com retorno garantido.
Sir Arthur Lewis
RESUMO

O estudo denominado de uma pesquisa bibliográfica de caráter descritivo e de


abordagem qualitativa quanto à discussão do tema, tendo em vista subsidiar a
prática pedagógica dos professores que atuam na Educação Infantil, posto ser
notório a ausência de práticas lúdicas neste nível de ensino, onde muitas escolas
privilegiam o ensino formal do conhecimento acadêmico da leitura, contagem e
escrita, sem preocupar-se com a natureza lúdica que permeia o universo infantil. O
estudo destaca a importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras que permeiam o
universo infantil, destacando que o brincar é uma característica marcante da
infância. O estudo é relevante na medida em que suscita a importância do lúdico
para aprendizagem infantil e chama atenção dos professores para esta mesma
importância, servindo de referência conceitual as práticas pedagógicas na Educação
Infantil. O estudo conclui que o lúdico contribui para a melhoria do processo ensino-
aprendizagem, que toda criança tem direito de brincar e por meio do brincar, as
crianças equilibram as tensões provenientes de seu mundo cultural, construindo sua
marca pessoal e sua personalidade. O lúdico contribui para o desenvolvimento
motor, social, afetivo e cognitivo da criança.
Palavras Chave: Educação Infantil. Lúdico. Jogos. Brinquedos. Brincadeiras
ABSTRACT
The study is called a bibliographical research of descriptive character and qualitative
approach regarding the discussion of the theme, with a view to subsidizing the
pedagogical practice of teachers who work in Early Childhood Education, since the
absence of playful practices at this level of education is notorious. schools favor the
formal teaching of academic knowledge of reading, counting and writing, without
worrying about the playful nature that permeates the children's universe. The study
highlights the importance of games, toys and games that permeate the children's
universe, emphasizing that playing is a defining characteristic of childhood. The study
is relevant insofar as it raises the importance of play for early childhood learning and
draws the attention of teachers to this same importance, serving as a conceptual
reference for pedagogical practices in early childhood education. The study
concludes that playfulness contributes to the improvement of the teaching-learning
process, that every child has the right to play, and through playing, children balance
the tensions arising from their cultural world, building their personal brand and
personality. Play contributes to the child's motor, social, affective and cognitive
development.
Keywords: Early Childhood Education. Ludic. Games. Toys. jokes
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................................10
2 O LÚDICO NA APRENDIZAGEM...........................................................................13
2.1 Aprender Brincando na Educação Infantil.......................................................13
2.2 Brincadeiras e Jogos Voltados Para a Educação de Crianças......................16
3 O PAPEL DO LÚDICO............................................................................................17
3.1 O Lúdico na BNCC: Os 6 Direitos da Aprendizagem......................................17
3.2 O Desenvolvimento Cognitivo Infantil Através do Lúdico.............................21
4 ENSINO E LÚDICO.................................................................................................25
4.1 A Potencialização da Aprendizagem................................................................25
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................30
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO

Uma criança é uma existência complexa, com características próprias e


uma forma específica de ver o mundo de uma forma única, que fornece uma
perspectiva de transformação do mundo - uma perspectiva que deve ser entendida
na fase de sua vida. Nesse sentido, a escola não complementa ou molda as
crianças, mas oferece condições para seu pleno desenvolvimento. É um conceito
variável baseado nas dimensões psicológicas, sociais e emocionais.

É da natureza humana buscar conhecimento, e esse comportamento


existe em todas as fases da vida humana. O ser humano vive um processo de busca
constante de conhecimento e aprendizagem e, de certa forma, tal jornada parece
agradável, configurando-se como importante fonte de prazer e importante meio de
comunicação, principalmente na infância.

Existe uma estreita ligação entre a reflexão sobre as crianças e o


surgimento da educação infantil. Como o conceito de criança - hoje em dia - nem
sempre é aceito, pois neste conceito crianças e adultos são sujeitos diferentes,
pode-se dizer que esse fato é um ponto de vista recente, se observados dados
históricos.

Na educação geral, especialmente na educação infantil, os jogos e


brincadeiras são ferramentas poderosas para a aprendizagem experiencial, pois
permitem que a aprendizagem seja vivenciada como um processo social por meio
de jogos.

Para tanto, foram realizadas pesquisas bibliográficas sobre o assunto por


meio de livros, revistas e internet. Portanto, uma investigação teórica com o objetivo
de compreender os conceitos lúdicos de jogos e brincadeiras foi realizada para
tentar diagnosticar como eles podem auxiliar na aprendizagem de crianças do jardim
de infância.

Toda criança aprende a brincar desde os primeiros anos de vida e, além


de ensiná-la a brincar, ela também precisa de alguém para brincar junto. Nesse
sentido, existe uma estreita relação entre brincar e aprender, ou seja, se brincar
pode fazer parte da aprendizagem e não apenas do lazer. Especula-se que, no
contexto da educação, o brincar não só fornece uma forma real de aprendizagem,
mas também permite que os educadores entendam as crianças e suas
necessidades. Criar condições para jogos é uma ação que cada vez mais aparece
no seio da escola, não apenas no espaço restrito fora da escola.

Os profissionais que atuam principalmente na educação infantil devem


levar a sérios tais atividades, pois é importante entender o papel do brincar no
desenvolvimento infantil, pois não existem apenas jogos temáticos educativos e de
formação, mas também com o corpo e levando isso em consideração e promovendo
Amadurecer, mas de acordo com Santos (2010), usar tudo o que faz a diversão de
forma mais adequada é prazeroso e complicado, não podendo ser simplesmente
definido como o ato de "brincar".

Além de compreender as regras e papéis sociais, esses jogos também


podem ajudar as crianças a desenvolver a concentração, a memória e a
concentração. Portanto, acreditamos que é importante discutir o papel das escolas
de educação infantil a partir das necessidades e possibilidades das crianças.

A importância de abordar este tema é que os jogos infantis devem ser


considerados, visto que contribuem para o desenvolvimento da aprendizagem. Se
queremos entender o mundo infantil, precisamos entender seus jogos. Uma
atividade divertida não é apenas uma atividade que não tem efeito sobre a criança.
Brincar: "Ela não apenas se diverte, mas também recria e interpreta o mundo em
que vive." (VYGOTSKY, 1984).

A motivação para a diversão revelou-se investigativa, muito importante


para a aprendizagem das competências necessárias na vida adulta. Devido à
proteção proporcionada pelos adultos, isso ocorre durante um período de
desenvolvimento relativamente longo e não há risco para o indivíduo.

No entanto, essa motivação não deve terminar na idade adulta no


momento em que a proteção dos outros desaparece - mas deve durar, porque o
homem é essencialmente um sujeito interessante e criativo, pronto para (re)
descobrir e / ou (re) inventar respostas às dificuldades encontradas na vida.

É comum ouvir os educadores enfatizando o brincar na educação infantil.


Porém, às vezes, ao observar dentro da prática docente, é perceptível que existe um
distanciamento entre o que é dito e como atuam em sala de aula. É do
conhecimento e até mesmo fez parte da graduação e dos estudos póstumos dos
profissionais que as brincadeiras, jogos e brinquedos são a força motriz do
desenvolvimento infantil, enfatizando a importância de se tornar uma atividade
privilegiada em um contexto educacional.

A educação em jogos se refere a um método de ensino que combina


jogos e elementos de jogos para promover o processo de ensino. A palavra
"ludicidade" vem do latim ludus, que significa brincar ou brincar, ou significa
diretamente o ensino fundamental. Da mesma forma, o desenvolvimento infantil
envolve não apenas o corpo, mas também o social, o psicológico, o emocional e o
cognitivo. Portanto, a ludicidade de alguma forma envolve esses aspectos que são
muito importantes para o desenvolvimento infantil.

Nessa perspectiva, a educação lúdica é baseada em jogos para


proporcionar às crianças oportunidades de explorar, aprender línguas e resolver
problemas, e esta oportunidade oferece uma experiência de aprendizado mais
emocionante e interessante e, portanto, mais atraente para alunos e professores de
todas as idades.

No entanto, existem singularidades no trabalho desenvolvido em


diferentes espaços educativos infantis, como espaço físico, ideias dos professores,
recursos materiais, tempo disponível para atividades lúdicas, valor cultural dos
jogos, etc., que podem ser benéficos para o brincar na primeira infância. educação
ou desfavorável.

Coordenação motora, habilidades intelectuais e o desenvolvimento


emocional podem e são desenvolvidos através de exercícios focados e específicos.
Por meio de jogos, as crianças aprendem sobre papéis sociais, avaliam soluções,
negociam, fazem estimativas, planejam e interagem com os colegas. Diante disso,
faz-se necessário analisar como é realizado o planejamento das ações lúdicas no
espaço educacional infantil, ou seja, se existe tal planejamento.

Vale ressaltar que o brincar tornou-se uma importante ferramenta para o


processo de aprendizagem, principalmente para as crianças, pois elas vivem em um
mundo cheio de charme, fantasia e sonhos, onde ficção e realidade se misturam e,
quando isso acontece, pensamentos, Atenção, estímulos de desenvolvimento social,
pessoal e cultural voltados para a promoção do processo de construção do
conhecimento.

2 O LÚDICO NA APRENDIZAGEM

2.1 Aprender Brincando na Educação Infantil

Ao longo da história da humanidade, o brincar como meio de difusão de


conhecimentos, valores, crenças e entretenimento tem contribuído de forma decisiva
para a psicologia social e o desenvolvimento cultural das crianças. Sob esse
entendimento, os jogos desempenham um papel importante no meio social.

Com o desenvolvimento de Roma e da Grécia Antiga, surgiu um novo


sentido de jogo. Segundo Lima (2008, p. 03), um dos maiores pensadores da
humanidade é Platão (427-348). Ele dizia que as crianças deveriam fazer jogos
educativos nos primeiros anos. Tanto os homens quanto as mulheres podem
praticar juntos e devem brincar enquanto joga. aprenda. Platão deu valores
educacionais e morais a jogos tão comuns na época, colocou diversão e cultura
intelectual no mesmo lugar e enfatizou sua contribuição para a formação do caráter
e da personalidade das crianças.

O lúdico é uma atividade antiga praticadas por sociedades primitivas,


considerada como uma atividade cultural, com suas definições menos
rigorosa e muito mais ampla, para buscar a essência e o prazer de brincar.
Com isto chegou a chamar o homem de “homo Ludens” (homem que
brinca), para ele a capacidade de jogar e brincar são tão importantes para a
nossa espécie quanto o raciocínio e a construção de objetos. (HUIZINGA
apud KISHIMOTO, 2003, p.32).

Com o surgimento do cristianismo, uma doutrina religiosa baseada na


doutrina cristã de Jesus, o jogo perdeu seu valor educativo porque a escola
episcopal tentou impor dogmas sem considerar o desenvolvimento da inteligência.
No método de Lima (2008, p. 03), brincar é considerado blasfêmia. Nesse conceito,
o mestre apenas recita, e os alunos recitam, ao invés de tomar a brincadeira como
um importante recurso para a educação dos filhos.

A partir do século XVI, com o movimento humanista, o brincar voltou a ser


um sentido educativo. Os jesuítas foram os primeiros a substituir os jogos como
recurso educacional. A criação do Colégio Jesuíta pode ser destacada como um
grande acontecimento no século XVI. Inácio de Loiola (Inácio de Loiola), um dos
dirigentes da Companhia Jesus, destacou a importância dos jogos para a formação
do ser humano e defendeu o uso dos jogos no sistema de ensino.

Cerizara (2001, p.142) refere-se à análise de Rousseau e prova que as


crianças têm suas próprias formas de observar, pensar e sentir. Cada idade, cada
fase da vida tem uma maturidade perfeita adequada para isso. Rousseau também
destacou que a educação não vem da coerção, mas da livre expressão das
crianças. Ele foi um crítico da escola, da sociedade, da intuição e do uso da
memória de seu tempo, e propôs às crianças uma educação que prioriza o jogo a
partir de sua realidade e de sua natureza.

Lima (2008, p. 03) cita a pesquisa de Pestalozzi de forma semelhante,


argumentando que o brincar é um fator decisivo no desenvolvimento das crianças
porque enriquece o senso de responsabilidade e as normas de cooperação. As
crianças podem criar por meio de estimulação. A partir disso, estabelece-se o
método educativo de jogos, e a melhor forma de orientar as crianças nas atividades
é por meio da construção de jogos.

Os jogos de arquitetura são considerados de grande importância para


enriquecer a experiência sensorial, estimular a criatividade e desenvolver as
habilidades das crianças. Acredita-se que os jogos fazem parte do ambiente natural
das crianças e um fator decisivo para garantir o desenvolvimento cognitivo, pois as
crianças são espontâneas para o As mesmas coisas. Aqueles que evitam, devem se
preparar para a vida futura, orientá-los para que se controlem e deem asas a suas
habilidades.

Ao enfatizar a contribuição de Montessori para o jogo, a demanda do jogo


pela educação de cada sentido é enfatizada. Ainda a este respeito, o pensamento
representa um conjunto de materiais educativos, destacando as infinitas funções do
jogo e o eixo de ações interessantes que devem nortear a aquisição de novas
informações no processo de ensino, visando o desenvolvimento de competências
como percepção, motricidade e raciocínio.

A análise de Kishimoto (2006, p. 32) da teoria de Piaget destaca vários


fatos e experiências de Piaget e do desenvolvimento infantil. Segundo a autora, para
Piaget, os jogos não são apenas um desafio ou forma de entretenimento que
consome energia, mas um meio de auxiliar e enriquecer o desenvolvimento
intelectual das crianças.

Em relação a Vygotsky, Kishimoto (2006, p. 32) analisou o brincar e sua


importância no processo de interação social das crianças, e nos orientou a propor
uma visão primitiva do contexto social e cultural das crianças, onde sua percepção
Desenvolvimento só pode ser alcançada por meio da interação com o mesmo
contexto.

Uma revisão da literatura sobre a história dos jogos mostra que a


premissa teórica enfatiza que o objetivo das atividades lúdicas é estimular a
cognição, a emoção, a linguagem, o movimento mental e as relações sociais das
crianças. Nesse sentido, os jogos fazem da educação um compromisso consciente,
intencional e de mudança social.

No entanto, ao compreender a importância da brincadeira na vida das


crianças, acreditamos que suas atividades para se divertir em cada situação
retratam a cultura lúdica das pessoas até certo ponto. Nesse sentido, as crianças
estabeleceram o vocabulário da "linguagem oral e psicomotora, linguagem escrita e
psicologia" por meio de atividades lúdicas, enfatizando atividades espontâneas e
criativas para estimular a essência e a diversão do brincar.

No entanto, apesar da existência de um grande número de bibliografias


sobre atividades recreativas, na verdade esta pesquisa quase não tem impacto na
prática da educação infantil. Portanto, é significativo demonstrar a importância das
brincadeiras na prática cotidiana da educação infantil. Nessa perspectiva, a
característica do brincar é valorizar a criatividade, a sensibilidade e as emoções das
crianças em seu ambiente escolar.

A própria escola pode promover a divulgação e o interesse de jogos e


brincadeiras. Esses jogos e brincadeiras são elementos importantes para a
preservação da cultura infantil no processo educacional, principalmente na educação
infantil. Para as crianças, é um exercício e uma preparação para a vida adulta. A
aprendizagem das crianças através da brincadeira é um exercício que lhes permite
desenvolver o seu potencial. Deve-se enfatizar que a brincadeira desempenha um
papel importante no desenvolvimento social, cognitivo, emocional e cultural das
crianças.

2.2 Brincadeiras e Jogos Voltados Para a Educação de Crianças

Ao longo da história, surgiram diferentes ideias relacionadas aos jogos:


para algumas pessoas, representa a possibilidade de deixar as crianças
despenderem mais energia e dar-lhes um pouco de paz de espírito; para outras,
representa deixar as crianças fazerem algo para a vida. Prepare-se, a possibilidade
de despertar o ponto de equilíbrio. Embora a escola seja tradicional, ainda faz jogos.
Ainda referindo-se à história do jogo, Almeida (2000, p. 16) destacou: “Nos séculos
XVI e XVII, as escolas foram instituídas pelas ordens religiosas dos jesuítas,
seguindo o modelo escolar tradicional, passando por uma formação moral rigorosa e
fama final [...] ".

Algumas restrições são impostas ao jogo, por exemplo, para crianças


menores de 6 anos de idade. Na era cristã, sobre jogos, a educação disciplinar, sem
condições para expandir o jogo, é considerada prejudicial pela sociedade cristã.
Segundo Chicon (2004, p. 21), “proíbe a diversão das crianças para protegê-las de
danos, ou seja, as crianças desagradarão a Deus quando se recriarem”.

Em um ambiente educacional, nem toda atividade interessante pode ser


considerada um recurso didático. O comportamento didático intencional do professor
deve se refletir na organização do espaço, na escolha dos brinquedos e na interação
com a criança. Nesse sentido, na sua Pesquisa nas atividades de Kishimoto (2005,
p.20) para selecionar materiais adequados para garantir a função de divertir em
educá-los é:

O valor experimental: deixa que as crianças explorem e manipulem os


brinquedos; valor da estruturação: dá suporte à construção da
personalidade infantil; valor da relação: oportunizar a criança a interagir com
seus pares e com adultos, com os objetos e o ambiente em geral; valor
lúdico: verificar se os objetos estimulam a ação lúdica.

O rigor metódico é uma das exigências do ensino, pois procura


proporcionar aos alunos uma aprendizagem crítica, aproximando-os da teoria que
conduz ao conhecimento, de forma a estimular a sua curiosidade e não há dúvidas
de que não haja acolhimento de conhecimentos. Os jogos são ferramentas eficazes
para o desenvolvimento humano. Segundo Oliveira (2000, p. 67), por meio deles, as
crianças podem desenvolver "imaginação, criatividade, habilidades sociais,
habilidades de expressão, habilidades de discussão, reciprocidade, habilidades de
resolução de problemas, e desenvolver comportamentos e formas de cooperação".

Para os professores, os jogos são uma ferramenta de formação que cria


um ambiente adequado para investigar e encontrar soluções. O seu valor na
educação é precisamente porque o carácter sério é a aquisição de conhecimentos e
o carácter não sério, dá às crianças o espaço para brincar e a liberdade de ação.

3 O PAPEL DO LÚDICO

3.1 O Lúdico na BNCC: Os 6 Direitos da Aprendizagem

A Base Nacional Comum Curricular nasceu em um momento político e


econômico delicado do País. Não é apenas um documento normativo, mas envolve
questões ideológicas e políticas. A BNCC tem motivos para uniformizar a
aprendizagem básica que os alunos da educação básica devem desenvolver ao
longo da vida escolar. Segundo o MEC (2017, p.07) “[...] a BNCC soma-se aos
propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e
para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”.

Além do artigo 205 da Constituição Federal (BRASIL, 1988), que afirma


que a educação é "[...] direito de todas as pessoas e obrigação do Estado e da
família [...]", artigo 2010 da LDB (BRASIL, 2017) Em seu artigo 9º, afirmou que
"devem ser fixados como conteúdos mínimos [...]", e apontou que "a educação
infantil, ensino fundamental e médio, norteará o currículo e seus conteúdos ao
mínimo [...]".

Para a educação infantil, a lógica de base está baseada na “necessidade


de implementar diretrizes curriculares, ou seja, estabelecer um direcionamento a
partir do qual os professores possam desenvolver suas práticas e respeitar todos os
aspectos da criança e dos direitos da criança”. (CAMPOS e BARBOSA, 2015, p. 03).

MEC (2017) destacou que o BNCC e o currículo se complementam para


garantir que alunos de todo o país possam obter um mínimo de aprendizagem
básica em cada etapa da educação. As redes e instituições educacionais têm a
responsabilidade de adequar a realidade local e a alunos de acordo com a lei.
Apesar de todas essas razões, o Ministério da Educação entende que a
fundação é um conjunto de habilidades que os alunos devem seguir as propostas do
curso. Para Freitas (2015), a base não caminhará para a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária em termos de currículos nacionais, pois o diretor
da Secretaria de Educação Básica entende que a base é a definição de “educação”
e não a definição de “Educação". "Currículo nacional".

São muitas as restrições à produção, divulgação e construção da base.


Porque são muitos interesses que devem ser configurados em uma única estrutura.

Vamos agora discutir como a base foi desenhada para a educação


infantil. O BNCC define os seis direitos de aprendizagem da educação infantil,
permitindo que as crianças desempenhem o papel de cidadãos na vida diária e
resolvam conflitos na vida diária. O direito de aprender é: socializar, brincar,
participar, explorar, expressar e

Conhecendo a si mesmo. Segundo o MEC (2017, p. 34), esse tipo de


aprendizagem “[...] reafirma a importância e a necessidade de lembrar as intenções
educacionais na prática docente da educação infantil, seja na creche ou na pré-
escola”.

A fundação não é dividida de acordo com o conteúdo a ser aprendido,


mas construída de acordo com o campo de experiência em que o objetivo deve se
basear. Eles são: eu, os outros e nós; corpo, gestos e movimentos; traços, sons,
cores e formas; falados e escritos; espaço, tempo, quantidade, relacionamento e
transformação.

As metas de aprendizagem são divididas por faixa etária: crianças de zero


a um ano e seis meses; crianças de um ano, sete meses a três anos e onze meses
em creches e, finalmente, crianças de quatro e cinco anos e onze meses vão para a
pré-escola.

Para crianças em transição do jardim de infância para o ensino


fundamental, a fundação também fornece um resumo do aprendizado esperado
para:
(...) as crianças tenham condições favoráveis para ingressar no Ensino
Fundamental. Essas sínteses devem ser compreendidas como elementos
balizadores e indicadores de objetivos a serem explorados em todo o
segmento da Educação Infantil, e que serão ampliados e aprofundados no
Ensino Fundamental, e não como condição ou pré-requisito para o acesso
ao Ensino Fundamental. (MEC, 2017, p. 49)

Para esse tipo de síntese, o motivo é buscar uma formação que não seja
fragmentada e nem "disciplina do conhecimento", mas orientar os alunos a serem
autônomos e liberados, de modo a trazerem "o sentido do que aprenderam" (MEC,
2017, p.17)).

O conceito de vincular educação e enfermagem entende a enfermagem


como algo indissociável do processo educativo. Neste caso, as creches e pré-
escolas visam ampliar o escopo de experiências, conhecimentos e habilidades,
acolhendo a experiência das crianças e os conhecimentos acumulados no ambiente
familiar e comunitário, e esclarecendo essas experiências e conhecimentos em suas
sugestões de ensino.

Entre essas crianças, diversifique e consolidar novas aprendizagens, e


atuar de forma complementar à educação familiar - principalmente na educação
infantil e infantil, que envolve uma aprendizagem muito próxima de dois ambientes
(casa e escola), como socialização, autonomia e comunicação.

A experiência dos zero a seis anos é a base da formação humana. O que


você aprende nessa fase pode deixar uma marca para o resto de sua vida. A
educação infantil é um momento para as crianças interagirem com o mundo, com
todas as pessoas ao seu redor e com elas mesmas.

Educação Infantil como uma etapa importante do desenvolvimento infantil,


pois, segundo a autora, é nesta etapa que se começa a construir os alicerces da
humanidade, e se estimula e se inicia o processo de formação e integração dos
diversos campos do desenvolvimento na etapa da educação.

Nesse sentido, para promover a aprendizagem e o desenvolvimento das


crianças, é fundamental a prática do diálogo e do compartilhamento de
responsabilidades entre as instituições de educação infantil e as famílias. Além
disso, a agência precisa entender e colaborar com o multiculturalismo e se engajar
no diálogo com a riqueza / diversidade cultural das famílias e comunidades.
Com a promulgação das novas diretrizes e da Lei de Educação Básica
Nacional - LDB Lei nº 9.394/96 (LDB, 1996) e o subsequente os Parâmetros
Curriculares Nacionais - PCNs, a educação brasileira passou por reformas. Nessa
reflexão, o uso do entretenimento como estratégia de construção do conhecimento é
bastante óbvio.

I. Conviver

O que diz a BNCC: "Conviver com outras crianças e adultos, em


pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o
conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre
as pessoas". (BNCC, p. 38)

II. Brincar

O que diz a BNCC: "Brincar cotidianamente de diversas formas, em


diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos),
ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos,
sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais,
sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais". (BNCC, p. 38)

III. Participar

O que diz a BNCC: "Participar ativamente, com adultos e outras crianças,


tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo
educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha
das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes
linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando". (BNCC, p.
38)

IV. Explorar

O que diz a BNCC: “Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas,


cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos,
elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a
cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia”.
(BNCC, p. 38)

V. Expressar
O que diz a BNCC: "Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível,
suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas,
opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens". (BNCC, p. 38)

VI. Conhecer-se

O que diz a BNCC: "Conhecer-se e construir sua identidade pessoal,


social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de
pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e
linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e
comunitário". (BNCC, p. 38)

3.2 O Desenvolvimento Cognitivo Infantil Através do Lúdico

Sabemos que a brincadeira sempre existiu na vida das crianças e é vital


para seu aprendizado. Jogos e jogos divertidos existem em sua vida desde os
tempos antigos. Jogar é a base para as crianças, desde a escrita até a compreensão
do mundo. Percebe-se que esse processo começa desde o nascimento da criança,
quando a criança está brincando com as próprias mãos, logo usará os cabelos,
colares, brincos da mãe, etc. Com o passar do tempo ela vai coordenando seus
movimentos para jogar. Jogos para interagir com outras pessoas.

Segundo Winncott (1981, p. 162), “Os jogos são a prova óbvia e contínua
da criatividade [...] brincar em sala de aula, não há criatividade para desenhar, pintar
e criar novas histórias. A infância é a idade dos jogos de criatividade, pelo que
podemos acreditar que através deles as crianças têm satisfeito os seus desejos em
grande medida, pois se trata de um meio privilegiado de integração na realidade.

A brincadeira, o uso de jornais, artes e a prática religiosa tendem, por


diversas, mas aliadas métodos, para uma unificação e interação geral da
personalidade. Por exemplo, pode-se facilmente ver as brincadeiras servem
de elo entre, por um lado, a relação do indivíduo com a realidade interior, e,
por outro lado, a relação do indivíduo com a realidade externa ou
compartilhada. (WINNICOTT, 1982, p.163)
O desenvolvimento cognitivo tem forte relevância no campo mais
dinâmico da psicologia. Durante décadas, este é um dos maiores campos de
pesquisa que produziram múltiplas teorias, entre as quais Jean Piaget é o mais
conhecido. E as pessoas que deram as contribuições mais importantes para a
revolução da ciência cognitiva no final dos anos sessenta.

Sabe-se que as brincadeiras estão sempre relacionadas ao aprendizado


das crianças. No entanto, alguns professores não os utilizaram em seus métodos.
Como educadores, precisamos nos posicionar como participantes, e transmitir
conhecimentos por meio de jogos e brincadeiras, para que esse conhecimento
possa ser reaplicado às crianças de uma forma rica e prazerosa.

Sabemos que os jogos estão relacionados com a aprendizagem das


crianças. No entanto, alguns professores não os usam em seus métodos.
Professores que ensinam apenas conhecimentos de mecânica sem qualquer
preparação, de alguma forma não se importam com o processo que as crianças
constroem na escrita ou na fala.

De acordo com a Revista Eixo (n. 1, v. 1, jan – jun, 2012) aprendizagem


mecânica:

[...] ocorre com a incorporação de um conhecimento novo de forma


arbitrária, ou seja, o aluno precisa aprender sem entender do que se trata
ou compreender o significado do porquê. Essa aprendizagem também
acontece de maneira literal, o aluno aprende exatamente como foi falado ou
escrito, sem margem para uma interpretação própria.

Brincar na educação infantil é uma escolha indispensável para as


crianças aprenderem. Comprova que o ensino divertido traz ferramentas para os
professores, pois quanto mais jogos são introduzidos, as crianças vão absorvendo
os jogos em sala de aula da mesma forma que ensinam.

O grande fundador da cognição humana tem sido eficaz desde os


primeiros meses de vida. Portanto, ao contrário do que defendem as teorias
tradicionais, a atual psicologia do desenvolvimento cognitivo não descreve a relação
entre bebês e crianças mais velhas de forma negativa, ou seja, não apresenta
bebês.
Incapacidade de realizar atividades cognitivas, como representação
mental e memória. Desta forma, estamos nos distanciando cada vez mais da visão
de "mundo recém-nascido" descrita por William James no final do século 19 (BLAYE
& LEMAIRE, 2007, p. 13)

Hoje, a criança é vista como um aprendiz ativo, dotado de competências


inatas que, embora primitivas, permitem-lhe tirar o melhor partido das suas vivências
com o meio físico e social, visto que essas vivências o levarão a enriquecer a
criança e a revisitar. sua primeira compreensão do mundo, e até mesmo
substituindo-os por novos conhecimentos.

Em geral, o desenvolvimento cognitivo de Piaget na primeira infância


ocorre em etapas e envolve conhecimentos sensório-motores, ou seja, a criança só
percebe o mundo levando em consideração sua percepção e agindo sobre ele.

O brincar proporciona a aquisição de novos conhecimentos, desenvolve


habilidades de forma natural e agradável. Ele é uma das necessidades
básicas da criança, é essencial para um bom desenvolvimento motor, social,
emocional e cognitivo. (MALUF, 2009, p.09)

A aprendizagem das crianças na aula todos os dias é uma brincadeira


direcionada. O ensino lúdico está ligado à educação infantil e torna-se uma porta
para as crianças aprenderem, permitindo-lhes aprender de uma forma agradável,
sem os esforços do professor. Brincar está em todas as fases. Torne-se muito
importante para a sua aprendizagem infantil.

Vale ressaltar que as crianças contam com o tempo de sua infância para
brincar e realizar atividades que envolvem apenas a alfabetização. O trabalho dos
educadores é necessário, mas deve ser interessante e coordenado no movimento,
para realizar um trabalho mais centrado na infância e benéfico para as crianças, de
forma a cooperar para melhor educar as crianças e tratá-las como relacionadas à
aprendizagem tópicos do processo.

É no jogo que as crianças entram na vida adulta porque é assim que


procuram estar mais perto delas, porque os seus responsáveis estão ocupados com
a vida profissional, por isso, neste momento interessante, elas descobrem que
podem aproximar-se sem medo.

Os jogos foram identificados como um espaço privilegiado para o


desenvolvimento infantil. Portanto, podemos pensar que deveria ter um lugar na
educação infantil. Porém, de fato, do ponto de vista do ensino, são mais importantes
as ocorrências frequentes e outras atividades que acabam cedendo lugar aos
educadores.

O brincar é uma atividade espontânea e natural da criança e é benéfico por


estar centrado no prazer, desperta emoções e sensações de bem estar,
libertar das angustias e funciona como escape para emoções negativas
ajudando a criança a lidar com esses sentimentos que fazem parte da vida
cotidiana. (BARROZO, 2008, p. 15).

Por meio de jogos, os alunos reproduzem palavras externas e as tornam


públicas, estabelecendo assim seu pensamento. Os jogos e os jogos em si são uma
sessão de aprendizagem. Regras e imaginação fornecem às crianças um
comportamento além da repetição.

Em jogos e brincadeiras, a criança se comporta como se fosse maior do


que a realidade, o que obviamente dá uma contribuição especial para o seu
desenvolvimento. Percebi que as crianças de hoje procuram algumas atividades
agradáveis, porque senão, perderia o interesse pela atividade sem nenhum
estímulo.

É importante brincar e criar para as crianças, principalmente para


estabelecer a identidade nos primeiros anos de vida. Para ele, a escola tem a
obrigação de ajudar as crianças a fazerem a transição da forma mais agradável,
respeitando o direito de imaginar e brincar.

Desta forma, eles criaram e reconstruíram seu mundo mágico. Se


pararmos e pensarmos sobre isso, muitos professores ou pais pensam que brincar
em um ambiente escolar é um hobby simples, mas com isso em mente, é claro que
brincar é importante para as crianças ou qualquer outra coisa existe.

Segundo Chateau (1987), é impossível pensar na infância sem considerar


o jogo e a diversão que o acompanha. Uma criança que foi privada de oportunidades
de brincar na infância pode eventualmente se tornar um adulto com dificuldade de
pensar sobre suas próprias decisões. A definição da vida de uma criança é brincar, e
brincadeiras e jogos podem e devem ser usados como ferramentas importantes para
a educação.

Existe uma grande lacuna entre os brinquedos e as habilidades de


aprendizagem e brincadeira das crianças na descoberta, invenção e
desenvolvimento de habilidades, mas isso estimula sua curiosidade, autonomia,
progresso da linguagem, atenção e atenção. Os jogos são muito importantes para o
desenvolvimento das crianças, pois comunicam por meio de gestos e sons para
desenvolver a imaginação.

4 ENSINO E LÚDICO

4.1 A Potencialização da Aprendizagem

Ludicidade é um termo muito amplo, mas geralmente tem muito diálogo


com os conceitos de games, games e interatividade. Portanto, seu uso na educação
pode ser controverso devido à má interpretação de seu significado.

Para muitos educadores, o ensino deveria ser um pouco mais "sério".


Nessa interpretação, o ambiente escolar não é palco de brincadeiras, e as aulas
devem ser realizadas com seriedade e formalidade para ensinar os alunos a serem
responsáveis e atenciosos.

Porém, como sabemos, a evasão escolar e o desinteresse dos alunos


pela docência é um problema bastante tangível e recorrente na educação brasileira.
Infelizmente, muitos jovens abandonam a escola todos os dias, seja por falta de
condições para assistir às aulas, seja por não se interessarem pela metodologia
utilizada e pela inadequação daí resultante.

Com isso em mente, saber aplicar abordagens que realmente interessam


aos alunos desde o início dos estudos é essencial. Portanto, o uso de folga é
altamente recomendado.

Este conceito refere-se à necessidade de utilização de diversos métodos


para atrair a atenção dos alunos e permitir que interajam melhor com o tema
proposto.
Combinar jogos, jogos, caça ao lixo e outras formas de diversão com o
conteúdo visto em sala de aula é uma boa maneira de envolver seus alunos e fazê-
los entender o assunto de forma mais direta. Dessa forma, o aprendizado torna-se
dinâmico, e o próprio aluno passa a conduzir os conhecimentos adquiridos, por
assim dizer.

No entanto, convém sublinhar que o ensino do lúdico não se limita aos


jogos, mas sim à utilização de várias metodologias que naturalmente estimulam a
criatividade, o pensamento crítico e a imaginação dos alunos - praticando e
desenvolvendo essas qualidades.

Brincar é coisa séria, também, por que na brincadeira não há trapaça, há


sinceridade e engajamento voluntário e doação. Brincando nos
reequilibramos, reciclamos nossas emoções e nossa necessidade de
conhecer e reinventar. E tudo isso desenvolvendo atenção, concentração e
muitas habilidades. É brincando que acriança mergulha na vida, sentindo-a
na dimensão de possibilidades. No espaço criado pelo brincar nessa
aparente fantasia, acontece a expressão de uma realidade interior que pode
estar bloqueada pela necessidade de ajustamento às expectativas sociais e
familiares. (VYGOTSKY, 1994, p. 67)

Os jogos são uma das ferramentas principais e indispensáveis na


metodologia de sala de aula. Claro, são dirigidos às crianças, porque podem
aprender rapidamente algo que lhes pode trazer felicidade, por isso acabam
descobrindo o mundo ao seu redor.

É claro que não se deve esquecer que em algumas instituições o brincar


nem sempre é tratado com gentileza, principalmente em escolas particulares. Os
pais exigem que os filhos pequenos aprendam a escrever para que essas crianças
possam se tornar pessoas de sucesso, então os professores acabam com a
diversão. Portanto, deixar o jogo apenas como passatempo, até certo ponto, isso
enfraquece o significado da brincadeira em seus estudos.

O professor não deve introduzir o jogo apenas para brincar ali naquele
momento, mas de forma que possa despertar a curiosidade da criança para o jogo
ali inserido.

De acordo com Martini (2007, p. 4):


A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não
pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico
facilita à aprendizagem, do desenvolvimento pessoal, social e cultural e
colabora para boa saúde mental e física.

Portanto, os jogos devem existir em todas as fases da vida escolar das


crianças. Pois pode-se perceber pela fala da autora que aprender na companhia de
jogos torna-se prazeroso, o que estimula a curiosidade das crianças e, assim,
promove a atenção e o interesse desses alunos. Na educação infantil, conforme
exposto no processo de trabalho, esse tipo de brincadeira é fundamental, pois é
divertido e é fácil para o professor ensinar as crianças com sua participação ativa.

As brincadeiras na sala de aula manifestam-se principalmente de forma


espontânea, para que as crianças se libertem do clima tenso da semana. Sempre há
regras a seguir. Jogos ou brincadeiras não podem ser expostos a regras, etc.,
porque as crianças acabam por perder o direito para aprender. De jogos de
interesse. Desta forma, o lúdico garante que os alunos desfrutem de um momento
de diversão durante o processo de aprendizagem.

O que precisa ser enfatizado é que no mundo capitalista em que vivemos,


podemos ver que as brincadeiras estão sendo separadas do ambiente das crianças,
então as crianças brincam cada vez menos por vários motivos; como precocidade,
atividades escolares excessivas, aulas intensivas, etc., tudo isso acabará por ocupar
todo o seu tempo diário. Porém, podemos constatar que os pais são os maiores
culpados pelo esquecimento de brincar, pois acabam deixando seus filhos jogarem
videogame, atividades escolares etc.

O jogo, o brinquedo e as brincadeiras são utilizados principalmente pela


educação infantil e nos últimos anos a concepção de jogo, brinquedo e
brincadeira sofreram várias mudanças, no passado as brincadeiras eram
mais voltadas para socialização e para estreitar os laços coletivos. (BOHM
2014, p. 2)

Crianças e adultos estão sempre em busca de coisas novas, aprendendo


coisas novas e descobrindo coisas que não conhecem. O ser humano nasce para
aprender, descobrir e adquirir conhecimentos, do mais simples ao mais complexo,
sendo esta a garantia da sua sobrevivência e integração na sociedade como ser
participativo, crítico e criativo. Percebendo que as crianças criam e reconstroem seu
mundo de uma maneira boa, divertida e lúdica, da mesma forma que sempre, elas
encerram um jogo.

Desse modo, percebemos também que ninguém nasce para saber tudo
ao seu redor, e ele aprende a partir da convivência com as pessoas do meio
ambiente. Crianças e adultos estão sempre em busca de coisas novas para inserir
em seu ambiente.

Os meios de comunicação como, por exemplo: a televisão, os celulares e a


internet ganharam uma propensão muito grande dentro do ambiente
familiar, fazendo com que desde pequenos fossemos interagindo e usando
essa tecnologia como a principal fonte de lazer. (...) Um fator que contribuiu
para isto acontecer é certamente a ausência dos pais, onde os mesmos
estão focados no trabalho, no crescimento pessoal e profissional para que
assim possam oferecer melhores condições de vida para a sua família.
(BOHM 2014, p. 2)

Hoje em dia que as crianças não brincam mais como deviam, pois os
aparelhos tecnológicos vêm atrapalhando o seu avanço sua infância, pois as
crianças vêm perdendo o seu dia em frente de TV por exemplo. Dessa forma
aquelas brincadeiras da época dos pais vêm sendo esquecidas.

No entanto, as escolas também devem participar e tentar interagir com as


famílias dos alunos, o que mostra que, além da educação geral, a presença, o
incentivo e a participação dos pais são muito importantes para o desenvolvimento
intelectual das crianças. Obviamente, a escola também tem suas funções, seus
objetivos e os profissionais que nela atuam devem fazer da escola um lugar onde
possam desenvolver e inspirar o gosto pelo comportamento intelectual na
aprendizagem.

Desde muito cedo, as crianças estão expostas a jogos, brinquedos e


brincadeiras, este tipo de interação é essencial e proporciona um maior
desenvolvimento. Desde que as crianças começaram a entrar em contato com os
brinquedos, quando a mãe comprou um ursinho de pelúcia e o colocou no berço, ele
nasceu. Jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo das crianças. Por
meio deles, as crianças podem expandir e compreender o mundo ao seu redor.
Por isso, nos primeiros anos de vida, somos introduzidos neste mundo
imaginativo e interativo, que nos permite criar e recriar as atitudes e
comportamentos vividos no dia a dia. Jogos incentivam a brincar muito mais do que
apenas se divertindo, eles também podem ajudar a aprender diferentes habilidades
e são um meio de promover e enriquecer o desenvolvimento intelectual das
crianças.

Os jogos se tornaram muito importantes para o desenvolvimento e


sempre foram incentivados para que pudessem jogar e entender o mundo ao seu
redor. A primeira apresentação das crianças é brincando. Essa escolha aprofunda
os temas e questões que os adultos vivenciam e, com o tempo, eles precisam
entendê-los. Todos nós já fomos crianças que podiam pular, correr e gritar. Portanto,
vivemos e vivenciamos o passado, lembrando como é divertido ser criança.

Lembre-se, o ser humano construirá seu conhecimento e desenvolverá


sua estrutura mental por meio da ação, ação, pensamento e jogo para estabelecer
uma conexão com o mundo concreto. Em outras palavras, é por meio de jogos,
brinquedos e jogos que as crianças podem criar, imaginar, fingir, experimentar,
medir, aprender e assim por diante. Brincar é um tipo de ação que ocorre na
imaginação, implicando que quem está jogando tem o domínio da linguagem
simbólica. Portanto, podemos dizer que brincar traz autoconfiança às crianças e,
assim, altera seu autoconhecimento.

Os adultos são os responsáveis pela iniciação ao lúdico da criança, pois


eles estimulam os bebês através de cantorias e embalos ao som de
cantigas infantis, fazendo cócegas no corpo dos recém-nascidos,
acionando jogos com cores, luzes, formatos diferenciados, sons, entre
outros, e com seus próprios brinquedos infantis. (NALLIN, 2005, p. 25).

Brincar é um processo complexo e importante de construção do mundo


infantil, porque é por meio de atividades, as crianças recriam e criam uma nova
realidade, se estabelecem e se reconstroem em incansável estrutura e
reorganização da dimensão cognitiva. O ato de brincar deve ser prazeroso, pois se a
criança se sentir incomodada com determinada brincadeira, ela pode desistir aquele
momento.
Os adultos são os únicos responsáveis por começar a brincar na vida da
criança. Assim, as crianças começaram a aceitar adultos, amigos e até
adversidades. Assim, quando as crianças são apresentadas ao ambiente escolar,
elas podem se adaptar ao seu ambiente, seja ele aceitável ou não, sabendo que a
escola tem grande valor nessa adaptação.

4.2 Família Como Motriz no Desenvolvimento do Lúdico

Como resultado da modernização familiar, as pessoas também têm


notado um aumento significativo de divórcios e famílias lideradas por mulheres, que
entram no mercado de trabalho para ajudar na economia ou assumem
responsabilidades familiares sozinhas, então a falta de convivência familiar diminui,
e pode ser difícil educar para a formação dos primeiros valores. Mesmo com as
mudanças, a família sempre foi considerada a base do processo de crescimento
pessoal em todos os aspectos. Na família, somos expostos a emoções, valores e
normas pela primeira vez. Aranha (2006) afirmou:

“A educação dada pela família fornece “solo” a partir do qual o indivíduo


pode agir até para, em última instancia, rebelar-se contra os valores
recebidos: contra esses valores, mas sempre a partir deles. [...], portanto a
família constitui local privilegiado para o desenvolvimento humano”.
(ARANHA, 2006, p.96).

Para transmitir este tipo de valores, é necessário um ambiente familiar


saudável e emocional, que ajude positivamente a vida e o desenvolvimento da
criança. Quando a estrutura social e econômica de uma família não é boa, tende a
ajudar no crescimento da criança. Dê uma contribuição. Desenvolvimento
psicológico e social ruim. Sabemos que seja qual for o problema familiar, ele vai
atrapalhar o desenvolvimento da criança. Devido à falta de um contato mais próximo
e afetuoso, surgem comportamentos caóticos e desordenados, que se refletem em
casa, quase sempre na escola, ou seja, em termos de baixa disciplina e rendimento
escolar.

Portanto, toda atuação da família, para se estabelecer um bom


relacionamento com a escola, visa apenas um objetivo principal, ou seja, o
desenvolvimento dos alunos. Esta relação deve ser forte e duradoura, pois a
educação é uma tarefa que a escola não pode terminar sozinha. É importante que
essa conexão entre as escolas seja mantida e tende a beneficiar o desempenho
escolar dos alunos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades lúdicas na educação infantil possibilitam que as crianças


aprendam com alegria, pois diante das atividades as crianças precisam pensar e
agir para se desenvolver e aprender nos jogos. A infância é uma etapa de nossa
vida que pode ser remontada, e nela os subordinados experimentam a primeira
experiência de vida.

Conforme discutido no decorrer deste trabalho, o brincar é a linguagem


original da infância e é muito importante para as crianças porque é a sua forma de
se expressar para o mundo.

Nesse caso, as pessoas devem ter uma visão muito peculiar sobre o
brincar e valorizá-lo, o que é essencial para o desenvolvimento das crianças. Trazer
jogos para a escola é necessário para as crianças porque torna o aprendizado mais
agradável. Porque, quando o aprendizado se torna agradável, o aprendizado se
torna mais atraente para as crianças.

Os jogos apoiam a aprendizagem do conteúdo do ensino em sala de aula,


mas como vimos, você não aprende apenas por meio de jogos na escola, mas por
meio de jogos, as crianças representam o mundo todos os dias pela maneira que
veem e entendem. Percebi também que é por meio de brincadeiras que as crianças
aprendem suas crenças, como se comportar, como agir e tratar os outros, aprendem
seus princípios.

A professora percebe e reconhece diversas características da criança por


meio da brincadeira, pois enquanto brinca, a criança expressa as coisas
armazenadas externamente.

Portanto, este trabalho permite observar que, ao integrar atividades


interessantes em sala de aula, os professores estão promovendo o desenvolvimento
da aprendizagem de cada criança de forma prazerosa, sem nenhum esforço para
forçá-la a fazê-lo. Destarte, para que as crianças possam aproveitar ao máximo os
conhecimentos que aí adquiriram.
Analisando as respostas dos professores, podemos perceber que as
brincadeiras realizadas pelos professores em sala de aula proporcionam uma
agradável experiência de aprendizagem, de forma que as crianças não sejam
pressionadas a aprender coisas novas introduzidas pela professora.

Assim, brincar é uma forma de as crianças aprenderem a se comunicar


na linguagem. Vale ressaltar que não basta que o professor forneça um brinquedo
ou jogo, é importante intermediar o jogo a fim de cultivar a imaginação dos alunos
nesta fase da educação infantil. Então podemos pensar assim, de que adianta um
professor passar um determinado conteúdo sem um conhecimento intermediário.

Porém, desta forma, o papel do professor é mediar a situação no jogo


lúdico para fornecer orientações corretas. Esse trabalho nos fez perceber que inserir
um ensino interessante na sala de aula os professores estão proporcionando aos
alunos outras formas de aprendizagem de uma forma agradável. As crianças
aprendem brincando todos os dias, preparam-se para o mundo, não têm medo de
cometer erros e permitem que as crianças se divirtam no ensino e na aprendizagem.
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