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ARTROPATIAS MICROCRISTALINAS – GOTA 19/05

DEFINIÇÃO ETIOLOGIA
→ Forma de doença articular inflamatória mais comum da espécie → Supersaturação de urato nos tecidos
humana. → pH 7,4 / temperatura 37 graus = solubilidade 7mg/dL
→ Cristais livres de urato monossódico di-hidratado induzem liberação → Maior produção x Menor excreção (esta 90% presente em algum grau)
de mediadores inflamatórios quando formados/ depositados no tecidos. → Ácido úrico formado pela dupla oxidação da purina hipoxantina pela
xantina oxidase
EPIDEMIOLOGIA
→ Deficiência da enzima hipoxantina guanina fosforibosiltransferase pode
→ 1961 – visualização microscópio de luz polarizada
acarretar síndromes graves de Gota
→ 2-3 em cada 1000 na população em geral – prevalência de 1 a 5%
→ Totalmente filtrado, entretanto, aproximadamente 90% dessa carga é
→ Predomínio em homens em relação às mulheres. Final da terceira
reabsorvida no túbulo proximal.
década e homens.
→ Após os 65 anos, a proporção diminui para 3:1 (após a menopausa)
→ Primeiro metatarso 1° episódio 70% casos
→ Tendência em aumento nas últimas décadas (maior ingesta de
proteínas, alimentos ricos em purinas, bebida alcóolica e frutose)
→ Uso de fármacos hiper-uricemiantes (diuréticos/AAS)
→ Síndrome metabólica
→ Doença renal crônica

PATOGENIA
→ O ácido úrico vai realizar um processo inflamatório por meio dos
inflamassomas
→ Quimiotaxia - Macrófago fagocita o ácido úrico, realizando um
estimulo por meio de transdutores intracelulares – os inflamossomas
produzem enzimas chamada caspato - o núcleo dessa célula está ao
mesmo tempo produzindo uma citocina chamada IL-1, essa IL-1 vai
recrutar mais células (macrófagos e outras células de defesas) e
levando a maior inflamação.
→ Inflamação
CLÍNICA TRATAMENTO
→ Duração de 5-7 dias
→ Período assintomático muda durante evolução
→ Tratar hiperuricemia assintomática
Em casos de HAS, insuficiência renal e doenças cardiovasculares
→ Gota tofácea crônica

CLASSIFICAÇÃO DE GOTA

LABORATÓRIO
→ Provas de inflamação aumentadas na crise
→ Cuidado com exame laboratorial de ácido úrico na crise
→ Análise líquido sinovial – filtros polarizados

IMAGEM
→ Raio-X pouco valor nas fases iniciais
→ Erosões em saca-bocada

→ Ecografia mais utilizada atualmente – sinal do duplo contorno –


95% de precisão
→ TAC
ARTROPATIAS MICROCRISTALINAS – PIROFOSFATO DE CÁLCIO
DEFINIÇÃO FORMAS DE TRATAMENTO
→ Sal que pode se depositar no tecido conjuntivo, podendo causar
sintomas ou se assintomática
→ Espectro clinico
Artrite inflamatória – pseudogota
Artropatia degenerativa crônica e calcificação radiográfica da
cartilagem hialina ou fibrocartilagem (Condrocalcinose)

EPIDEMIOLOGIA
→ Idade – rara abaixo de 60 anos, média de 72 anos
→ Sexo – artrite aguda é mais comum em homens, osteoartrite com
DPFC é mais comum em mulheres
→ Prevalência – 4-7% (idosos)
→ Distribuição geográfica – global
→ Genética (forma familiar)

ETIOLOGIA
→ Idiopáticos
→ Trauma articular
→ Cirurgia
→ Dano articular prévio
→ Condrocalcinose familiar (polimorfismo gene ANKH)
→ Doenças endócrinas e metabólicas
→ Formas agudas
Hiperparatireoidismo
Hipomagnesemia
Hipofosfatasia

EXAMES COMPLEMENTARES
→ Análise de liquido sinovial – microscópio com luz polarizada (azuis
quando paralelos ao eixo do polarizador e amarelos quando
perpendiculares). São pequenos e mais rombóides
→ Biopsia sinovial
→ Raio-X – pode identificar a calcificação da cartilagem articular
→ Se o RAIO-X do local acometido for normal e suspeita for importante,
pedir RAIO-X de:
AP joelhos
Sínfise púbica
PA punhos
→ Tomografia computadorizada
→ Ultrassonografia
→ Exames laboratoriais: hemograma, PAI, ácido úrico e FR para
diagnóstico diferencial
→ Depois do diagnóstico – solicitar cálcio, fósforo, magnésio, fosfatase
alcalina, metabolismo ferro para diagnostico diferencial –
principalmente em pacientes com <60 anos

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