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DIREITOS VII:
CONTEXTO SOCIAL E INTERFACES COM O DIREITO
FÁBIO S. SANTOS
ISAN ALMEIDA LIMA
NADIALICE FRANCISCHINI DE SOUZA
PEDRO CAMILO DE FIGUEIRÊDO NETO
(ORGANIZAÇÃO)
MULTI
DIREITOS VII:
C O N T E X TO S O C I A L E I N T E R FA C E S C O M O D I R E I TO
AUTORES:
José Rômulo de Magalhães Filho
Alan Rodrigues Sampaio Laiane Moraes dos Santos
Ana Paula de Almeida Lima Leal Larissa Oliveira de Santana
Anderson Ribeiro dos Anjos Larissa Pimenta
Andréa Conceição de Oliveira Lúcio Gomes Dantas
Andrea de Souza Gonçalves Margaridie Lêdy Teles Valois
Angelo Boreggio Marina Sá Corrêa
Audrey Macedo de Carvalho Matheus Martins de Oliveira
Caio Cezar Sales Machado Milton Silva de Vasconcellos
Caroline dos Santos Oliveira Nadialice Francischini de Souza
Catarina Galvão Estrela Paula Lima de Carvalho Silva
Christine Mattos Albiani Paulo César Torres Cortes Filho
Dalzimar Fontes de Andrade Rafael Figueredo Ázaro
Danilo Menezes de Santana Raphaela Ferraz Figueiredo
Diogo Gabriel Fernandes Ricardo Maurício Freire Soares
Edgard Borba Fróes Neto Rodrigo Silveira Almeida
Elaina de Azevedo Vieira Rosana Cabeceira Lago
Fábio S. Santos Rubens Sérgio S. Vaz Junior
Fabíola Morais de Figueiredo Grimaldi Sabrine Silva Kauss
Fagner Vasconcelos Fraga Sheila Marta Carregosa Rocha
Francis Augusto Queiroz Lima Tássia Louise de Moraes Oliveira
Gerci Ferreira de Oliveira Thaíse Andrade Guerra
Heber Stevs Câncio Lima Thalita Matos da Silva
Hivana Kelly Costa dos Santos Thayana de Moura Macêdo Lima de Aráujo
Jamile Souza Calheiros dos Santos Thiago Awad Prudente
Jamily Duarte da Silva Thiago Souza de Morais
João Diogenes Ferreira dos Santos Viviane Cardoso Lacerda Pacheco
João Francisco Liberato de Mattos Wanderley Silva Sampaio Júnior
Carvalho Filho Zulene Barbosa Gomes
Coordenação Editorial
Pedro Camilo de Figueirêdo Neto
Conselho Editorial
DOUTORES: MESTRES:
Claudia de Faria Barbosa Bruno Barbosa Heim
Ionã Carqueijo Scarante Clever Jatobá
Jessica Hind Ribeiro Costa Daniela Magalhães Costa de Jesus
João Evangelista do Nascimento Neto Fábio S. Santos
José Gileá Geraldo Calasans Silva Júnior
José Rômulo de Magalhães Filho Isan Almeida Lima
Luciano Sérgio Ventim Bomfim Kátia Maria Mendes da Silva
Maria João Guia (Portugal) Marcelo Politano de Freitas
Nadialice Francischini de Souza Milton Silva de Vasconcellos
Régia Mabel Freitas Pedro Camilo de Figueirêdo Neto
Ricardo Maurício Freire Soares Rodrigo Luduvice da Silva
Sheila Marta Carregosa Rocha Sueli Bonfim Lago
Urbano Félix Pugliese do Bomfim Tássia Louise de Moraes Oliveira
Thacio Fortunato Moreira
Programação Visual de Capa Diagramação
Fernando Campos Alfredo Barreto
Revisão
Adriano Mota Ferreira, Esdras Jôntam & Joana Cunha
A reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer modo, somente será permitida
com autorização da editora.
(Lei nº 9.610 de 19.02.1998)
410 p.
ISBN: 978-65-86483-29-1
Impresso no Brasil
PREFÁCIO
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Assim, apresentamos a presente obra como leitura obrigatória e bastante
necessária para a atualização da ciência jurídica, principalmente para os estu-
diosos do Direito Constitucional, Direito Ambiental, Direitos de Minorias e
Grupos Vulneráveis, Direito do Consumidor, Direito Administrativo, Direito
Tributário, Direito Penal e Criminologia, Direito Processual, Direito Empre-
sarial e Compliance. Tem-se, como premissa básica, a comprovação de que o de-
senvolvimento social é o desenvolvimento humano, correspondente a uma vida
em que estejam presentes o gozo e a efetivação de seus direitos fundamentais,
que estão elencados na Constituição e que compõem as premissas dos princípios
constitucionais, diante dos novos contextos sociais e interfaces com o Direito.
Fábio S. Santos
Isan Almeida Lima
Nadialice Francischini de Souza
Pedro Camilo de Figueirêdo Neto
(Organização)
SUMÁRIO
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO AMBIENTAL
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8 | Diversos Autores
DIREITO DO CONSUMIDOR
DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO PROCESSUAL
20 Noções gerais sobre a teoria geral das provas no sistema processual civil, 271
João Francisco Liberato de Mattos Carvalho Filho
DIREITO EMPRESARIAL
COMPLIANCE
Ainda para o mesmo autor, “tais instrumentos têm a dupla utilidade, pois não
só servem para o preenchimento, como também para a constatação da lacuna”
(FERRAZ JÚNIOR, 2003, p. 299).
Assim sendo, para sanar as lacunas normativas, há no sistema jurídico pá-
trio mecanismos de integração jurídica, consoante o artigo 4º da Lei de Intro-
dução às Normas de Direito Brasileiro, o qual prescreve que: “Quando a lei for
omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os prin-
cípios gerais de direito” (BRASIL, 1942, p. 1). No âmbito processual, o tema foi
tratado no artigo 140 do NCPC, estando prescrito que: “O juiz não se exime
de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico”
(BRASIL, 2015, p. 22).
Nesta senda, não poderá o juiz se eximir de julgar, alegando existência de
lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico, tendo em vista os mecanismos
de identificação e preenchimento de lacunas. Sendo assim, vedado o non liquet,
o juiz não pode deixar de julgar a causa que lhe foi submetida em respeito ao
princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional nos termos do artigo 5º,
inciso XXXV, da Constituição Federal.
Deste modo, é necessário ressaltar que a CLT, sendo uma norma de nature-
za mista, contempla tanto normas de direito material quanto normas de direito
processual, havendo previsão expressa para o processo de integração normativa
em decorrência de omissão. No que tange ao direito material, a previsão de inte-
gração está consignada no artigo 8º da CLT, que prescreve, in verbis:
[...] não deve ser puramente normativa, ou seja, não se deve buscar a exis-
tência ou não de lacunas normativas, mas, sobretudo de lacuna ontológica e
axiológica, sob pena da interpretação torna-se um grande entrave ao Proces-
so do Trabalho, que envelhecerá em a possibilidade de serem aplicadas novas
e melhores normas processuais. (KLIPPEL, 2015, p. 410).
fontes e explicitação ou integração” (LEITE, 2016, p. 64), assim sendo, tem por
objetivo possibilitar o processo de integração.
Destarte, através do processo hermenêutico de interpretação, uma vez ob-
servada a existência da lacuna normativa, aplica-se o NCPC de forma subsidiá-
ria; como também havendo lacuna ontológica e axiológica, deverá ser utilizado
o CPC de forma supletiva ou ainda, de forma subsidiária, considerando-se um
interpretação ampliativa, como mecanismo de integração, objetivando o respei-
to ao princípio da dignidade da pessoa humana, do acesso à justiça e da razoável
duração do processo, desde que observada a compatibilidade com a principiolo-
gia do Direito Processual do Trabalho, sob pena da sua não aplicação.
II - a imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das
prestações não pagas.
Multidireitos VII | 317
§ 6º A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao
direito de opor embargos.
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder promover a execução,
o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.
Multidireitos VII | 319
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gra-
vosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena
de manutenção dos atos executivos já determinados. (BRASIL, 2015, p. 119,
grifos nossos).
seleção do princípio a ser utilizado no caso concreto deve ser aquele que menos
afeta o outro princípio.
No presente estudo, resta evidente a aplicabilidade do artigo 916 do NCPC
no Processo do Trabalho, por se tratar de meio menos oneroso para parte exe-
cutada, não implicando prejuízos à parte exequente. Deste modo, a mera ale-
gação de inexistência de lacuna normativa não subsiste, podendo o artigo em
comento ser aplicado de forma supletiva, em face da existência de lacuna onto-
lógica e axiológica ou, ainda, de forma subsidiária, considerando-se um inter-
pretação ampliativa como mecanismo de integração.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS