Cálculo Diferencial e Integral I

n. 1 (2021) 7

Título do Trabalho: Subtítulo (se houver)

separado por dois pontos
Primeiro A. Autor1, Segundo B.C. Autor2, Terceiro C. Autor3, Quarto D.E.
Autor4, Quinto E.F. Autor5

Resumo. O objetivo do resumo é fornecer as informações necessárias para o leitor

decidir se o artigo é do interesse dele e se vale a pena ser lido. A finalidade do resumo é
chamar a atenção do leitor logo na primeira afirmação, adicionar alguns dos detalhes
mais importantes e, então, deixá-los com a mensagem geral do trabalho na última frase.
Um bom resumo é conciso, explica as principais descobertas da pesquisa, mas não
sobrecarrega o leitor com detalhes técnicos. Se alguém quiser ler somente o resumo,
deverá ser possível conhecer o trabalho em sua essência. É o penúltimo texto a ser
elaborado. O resumo é curto e constituído de uma sequência de frases sucintas e
objetivas. Lembrar que esse será o texto mais lido de seu trabalho e, em muitos casos, o
único texto a ser lido. Não deve ultrapassar 250 palavras.

PALAVRAS-CHAVE
São palavras características do tema central da pesquisa que servem para indexar o
artigo, até 5 palavras separadas por ponto final.
Primeira. Segunda palavra. Terceira. Quarta palavra composta. Quinta.

Abstract. The Abstract is the last text to be written. It is a translation into University
English.

KEYWORDS
Keywords written in English.
First. Second word. Third. Forth compound word. Fifth.

1. Introdução

Nesta seção o autor deve definir o problema a ser tratado, situá-lo no contexto histórico,
justificando sua relevância, e explicar os objetivos da pesquisa. A introdução é um pouco
diferente do resumo, que é curto e conciso. O leitor precisa saber o histórico de sua pesquisa e, o
mais importante, por que sua pesquisa é importante neste contexto. Que questão crítica sua
pesquisa aborda? Por que o leitor deveria estar interessado? Em resumo, a introdução apresenta
três pontos chave do artigo:
 O que? Qual é o problema em estudo? Responder a essa questão no início do artigo,
se possível no primeiro parágrafo;
 Por quê? Qual a relevância do problema? Tente responder a essa questão através de
uma sequência lógica de argumentos ou pontos principais;

1
Escola de Engenharia Mauá – e-mail: 99.99999-9@maua.br
2
Escola de Engenharia Mauá – e-mail: 99.99999-9@maua.br
3
Escola de Engenharia Mauá – e-mail: 99.99999-9@maua.br
4
Escola de Engenharia Mauá – e-mail: 99.99999-9@maua.br
5
Escola de Engenharia Mauá – e-mail: 99.99999-9@maua.br
 Cálculo Diferencial e Integral I – n. 1 (2021) 7

 Como? Qual a metodologia/abordagem realizada para a resolução do problema?

 Objetivo? Aonde quer chegar? Qual a contribuição deste trabalho para o problema
levantado? Geralmente é apresentado no último parágrafo da introdução.
Ao revisar a introdução, certifique-se de que as perguntas acima foram respondidas.
Recomenda-se que o ponto principal esteja expresso na primeira frase do parágrafo, as
outras frases do parágrafo dedicadas a explicações ou detalhes desse ponto. O leitor sem
interesse pelos detalhes deve ser capaz de captar os pontos principais lendo apenas a primeira
frase de cada parágrafo.
Evite a revisão “gratuita” da literatura, que não contribui para o entendimento do problema.
O famoso “encher linguiça”. A seleção criteriosa da informação apresentada demonstra que os
autores têm conhecimento da área e sabem da relevância do problema que estão se propondo a
investigar. Informações muito óbvias ou citações de artigos que não são relevantes são indícios
de que os autores não conhecem bem a área ou que não sabem distinguir o que é essencial do
que não é essencial.
Evite detalhes específicos do desenvolvimento do trabalho. Esse tipo de informação deve
estar em uma seção dedicada de metodologia.
Mantenha o foco eliminando detalhes de menor importância, se possível. Esses detalhes
podem ser tratados na seção de discussões.

2. Desenvolvimento

O título desta seção deve ser alterado conforme necessário e pode ser dividido em mais
seções e/ou subseções. É comum encontrar em trabalhos científicos os títulos “Metodologia”,
“Materiais e métodos”, “Memorial de cálculo” ou “Revisão teórica/bibliográfica”. Tudo
depende do tipo de artigo. Contudo é melhor ainda dar o seu próprio título, como “Modelagem
do processo de produção”, “Preparo das amostras” ou “Aquisição de dados”, e criar subseções
conforme necessário, como uma subseção para cada tipo de amostra ou técnica. Por exemplo:
1. Modelagem do processo de produção
1.1. Receitas
1.2. Débitos
1.3. Otimização do lucro
Nesta parte do artigo, o autor deve fazer uma exposição e uma discussão das teorias que
foram utilizadas para entender e esclarecer o problema, apresentando-as e relacionando-as com
a questão investigada.
Também deve apresentar o que você fez, descrever os equipamentos, amostras e
procedimentos usados para obter os resultados apresentados. No caso de uma modelagem ou
simulação, todas as suposições e hipóteses adotadas. Dizer as marcas e modelos dos
equipamentos, a pureza dos reagentes, precisão e exatidão de equipamentos e análises.
Provavelmente é a seção mais fácil de se escrever.
Não se esqueça que há pessoas que usarão ou tentarão reproduzir seus métodos. Portanto,
seja claro e detalhado o suficiente para um especialista na área poder reproduzir os resultados
obtidos. Evite detalhar coisas que não agregam ao trabalho como: “usamos o processador de
texto denominado Word, desenvolvido pela Microsoft Office ®, para elaboração deste modelo de
artigo científico” – desnecessário.

3. Resultados e discussões

O título desta seção pode ser alterado conforme necessário e pode ser dividido em
subseções.
Duas abordagens podem ser realizadas.

3.1 Metodologia geral

Se os equipamentos, amostras e procedimentos foram descritos de forma genérica na seção
anterior, sem especificar como cada um se aplica aos experimentos individuais. Então o autor

2
 Cálculo Diferencial e Integral I – n. 1 (2021) 7

deve discutir brevemente como os instrumentos foram usados, juntamente com a apresentação
dos resultados. Geralmente é o método preferido.
Por exemplo, um carpinteiro escreveria na metodologia quais as ferramentas usadas, como o
tipo e fabricante do martelo, serra, e chaves, ressaltando a função de cada um deles, sem
detalhar o passo-a-passo como cada um foi utilizado. Nos resultados, ele discutiria como cada
instrumento foi usado na construção de um armário (que é o resultado) e apresentaria as
características do armário construído.
Não se esqueça de discutir os resultados. Essa é a etapa mais importante, onde mostra as
conclusões e as respostas que encontrou para o problema investigado. Por exemplo, o armário
ficou muito frágil apesar da construção fácil e rápida.

3.2 Metodologia específica

Outra opção para a metodologia é descrever cada experimento realizado em detalhe, além da
descrição geral das amostras e equipamentos usados. Nesse caso a seção de resultados
apresentará apenas os resultados e a sua interpretação.
Por exemplo, o carpinteiro descreveria na metodologia não apenas as ferramentas usadas,
mas como cada uma delas foi utilizada na construção do armário. Na seção de resultados ele
descreveria apenas o armário e suas características.
A desvantagem desse tipo de estrutura é que o procedimento é apresentado em uma seção
(metodologia) enquanto os resultados são apresentados em outra seção (resultados). Isso obriga
o leitor a ler a seção de metodologia para entender os resultados, mesmo que ele não esteja
interessado nos detalhes.
Além disso, pode ser difícil entender os resultados sem ter que consultar novamente a seção
de metodologia o tempo todo. Geralmente, o ideal é que a leitura do artigo seja linear.

3.3 Apresentação dos dados

Depois de gastar meses no seu projeto e obter ótimos resultados, você quer contar a todos os
detalhes e as horas que passou realizando os experimentos e analisando os resultados. No
entanto, se fizer isso, o leitor provavelmente ficará entediado muito rapidamente. Portanto, o
melhor conselho é manter o foco e tornar seu artigo breve, mas informativo.
Concentre-se nas partes realmente importantes, não nos pequenos detalhes. Busque resumir
diversos ensaios em uma tabela ou gráfico por exemplo, e discutir porque o solvente A é o
melhor neste caso específico. Analisar cada resultado individual na tabela ou gráfico geralmente
é desnecessário.
Simplicidade é a chave com gráficos. Tente evitar confusão e colocar muito texto em um
gráfico. Um bom gráfico pode transmitir sua mensagem ao leitor sem a necessidade de muito
texto explicativo. Certifique-se de que a resolução de seus gráficos é alta o suficiente para que
consiga ser lido.

3.4 Figuras
Sempre que for apresentar uma figura, cite-a antes. Por exemplo, a Figura 1 mostra um
exemplo de um gráfico com texto excessivo. Você consegue analisar esses resultados? Sempre
numere suas figuras, tabelas, equações, e qualquer outro recurso complementar ao texto.

3
 Cálculo Diferencial e Integral I – n. 1 (2021) 7

Figura 1 – Exemplo de gráfico poluído com muito texto

Fonte: Karthik Shashidhar[CITATION Kar18 \n \t \l 1046 ].

Analise a Figura 2, qual dos dois gráficos é possível entender os dados sem a necessidade de
um texto explicativo? Evite ter que explicar os resultados para o leitor, os resultados devem
“falar” por si só.

Figura 2 – Exemplos de (a) um bom gráfico e (b) um gráfico ruim

(a) (b)

Fonte: (a) Tom Kleen [CITATION Tom161 \n \t \l 1046 ] e (b) Tom Kleen[CITATION Tom16 \n \t \l 1046 ].

3.5 Equações
As equações devem estar centralizadas no parágrafo e numeradas à direita, além de ser
descrita toda notação usada – seja antes ou depois da equação. Veja a área (A) de uma
circunferência em função de seu raio (r) definida na equação (0).
A=π r 2 (0)

3.6 Tabelas
Veja um exemplo de apresentação de tabelas na Tabela 1.

4
 Cálculo Diferencial e Integral I – n. 1 (2021) 7

Tabela 1 – Os 10 países ou territórios dependentes mais

populosos segundo estimativa da ONU em 2020
Posição País (ou território Estimativa da
dependente) ONU em 2020
1  China 1 411 780 000*
2  Índia 1 380 004 385
3  Estados Unidos 331 449 281
4  Indonésia 273 523 615
5  Paquistão 220 892 340
6  Brasil 211 755 692
7  Nigéria 206 139 589
8  Bangladesh 164 689 383
9  Rússia 145 934 462
10  México 128 932 753
*Dado referente a 2021
Fonte: Wikipédia

3.7 Citações
Lembre-se de sempre citar a fonte das informações que estiver apresentando.
Citações curtas (até três linhas) são incluídas no texto destacadas entre “aspas”, precedidas
ou sucedidas da indicação de autoria. Se o texto for escrito com suas próprias palavras, as aspas
não são necessárias.
Segundo Valmi et al. [CITATION Sou06 \n \t \l 1046 ] “A redação do resumo de um artigo
para publicação é uma etapa muito importante na comunicação dos resultados de uma
pesquisa”.
Uma das etapas mais importantes na apresentação dos resultados de uma pesquisa científica
é a escrita de um bom resumo [ CITATION Sou06 \l 1046 ].
Exemplo de uma citação longa direta:
A motivação está relacionada ao sistema de cognição de cada um, onde este sistema inclui
os valores pessoais, e é influenciado pelo ambiente físico e social. Chiavenato (2000, p. 302)
afirma:
A motivação representa a ação de forças ativas e impulsionadoras: as necessidades
humanas. As pessoas são diferentes entre si no que tange à motivação. As necessidades
humanas que motivam o comportamento humano produzem padrões de comportamento
que variam de indivíduo para indivíduo.

4. Considerações finais

A conclusão deve ser curta e objetiva. O que devia ser dito, já foi dito. Nessa seção se faz
um breve resumo dos melhores resultados do trabalho, reforçando o que já foi apresentado na
discussão. A conclusão deve estar rigorosamente alinhada com os objetivos do trabalho. É
comum que nessa altura do relatório se saiba exatamente o que o estudo é e, com isso, muitas
vezes é conveniente alterar o título do trabalho para que ele expresse o conteúdo do documento
com a máxima especificidade possível.
Um parágrafo adicional ou até uma nova seção pode ser incluída com sugestões de
continuações ou novos estudos complementares percebidos ao decorrer do estudo que são
relevantes e merecedores de investigação específica.

5. Referências

Use a norma ABNT NBR 6023:2002 para descrever as referências utilizadas.

Todo documento utilizado e citado no trabalho deve constar na lista de referências. Aqui são
informadas todas as informações sobre as obras utilizadas para a realização do trabalho, e

5
 Cálculo Diferencial e Integral I – n. 1 (2021) 7

servem como um guia para os leitores encontrarem estas obras. Assim, se o quiser, o leitor pode
ir atrás de mais detalhes que não foram apresentados neste trabalho.
Lembre-se que todo texto que estiver escrito e não possuir uma citação, será atribuído como
obra dos autores. Caso a passagem redigida pertença a outro autor, isto caracterizará plágio. E
plágio é crime!
Veja alguns exemplos de apresentação de referências.
SOBRENOME, Nome. Título do livro: subtítulo (se houver). nº ed. (Número da edição, se
houver). Volume (Se houver). Local/Cidade: Editora, Ano.
GILBERTO, Cotrim; FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva,
2010.
REALE, Giovanni; ANTISERI, Dário. História da Filosofia: Filosofia pagã antiga. 4.ed. Vol.1.
São Paulo: Paulus, 2003.
Se constar o autor na página este deve ser indicado, caso contrário colocar o nome do site.
Evite utilizar sites que não contenham autores, e que estes sejam preferencialmente, confiáveis.
SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título do texto: subtítulo (se houver). In.: Nome da revista
ou site em que o texto se encontra. Data da Publicação. Disponível em: website visitado. Acesso
em dia, mês abreviado, ano.
BENOIT, Blaise. Versuch e genealogia. O método nietzschiano: “dinamitar” o bom senso ou
fazer advir uma concepção corporal da razão? In: Dissertatio. N.33, p.63-86, 2011. Disponível
em: http://www.ufpel.edu.br/isp/dissertatio/revistas/33/03.pdf. Acesso em 01 out. 2015.
LACERDA, Tiago. Edifício do Professor. In.: TG-DOXA. 31 de agosto de 2014. Disponível
em: http://tgdoxa.blogspot.com.br/2014/08/edificio-do-professor.html. Acesso em 23 de abril de
2017.
SALATIEL, José Renato. Santo Tomás de Aquino: Razão a serviço da fé. In.: Uol Educação.
Disponível em: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/santo-tomas-de-aquino-razao-a-
servico-da-fe.htm. Acesso em 01 de jan. de 2015.
Referências utilizadas neste documento.
KLEEN, T. Excel 2013 & 2016: Examples of the RIGHT way to do charts. Tom Kleen, 2016a.
Disponivel em: <http://tomkleen.com/>. Acesso em: 28 jul 2021.
KLEEN, T. Excel 2013 & 2016: Examples of how NOT to create charts. Tom Kleen, 2016b.
Disponivel em: <http://tomkleen.com/>. Acesso em: 28 jul 2021.
LACERDA, T. E. Modelo para elaborar artigo científico. Universidade Tecnológica Federal
do Paraná. Curitiba, p. 5. 2019.
OKUNO, E. Como escrever corretamente unidades de grandezas, suas abreviações, equações e
números. Ciência Prática, 2011. Disponivel em:
<https://cienciapratica.wordpress.com/2011/08/26/como-escrever-corretamente-unidades-de-
grandezas-suas-abreviacoes-equacoes-e-numeros/>. Acesso em: 28 jul 2021.
SHASHIDHAR, K. The good and bad of pie charts. LinkedIn, 2018. Disponivel em:
<https://www.linkedin.com/pulse/good-bad-pie-charts-karthik-shashidhar>. Acesso em: 28 jul
2021.
SOUSA, V. D.; DRIESSNACK, M.; FLÓRIA-SANTOS, M. Como escrever o resumo de um
artigo para publicação. Acta Paulista de Enfermagem, 19, Set 2006. 1-4.
THRELFALL, R. Tips for Writing Better Science Papers. ChemistryViews, 2013. Disponivel
em:
<https://www.chemistryviews.org/details/education/5202161/Tips_for_Writing_Better_Science
_Papers.html>. Acesso em: 31 dez 2018.

6
 Cálculo Diferencial e Integral I – n. 1 (2021) 7

YUKIHARA, E. O que escrever na metodologia. Ciência Prática, 2011. Disponivel em:

<https://cienciapratica.wordpress.com/2011/11/02/o-que-escrever-na-metodologia/>. Acesso
em: 20 fev. 2014.
YUKIHARA, E. Como escrever o resumo do artigo científico. Ciência Prática, 2015.
Disponivel em: <https://cienciapratica.wordpress.com/2015/01/10/escrevendo-o-resumo-ou-
%e2%80%9cabstract%e2%80%9d-para-um-artigo/>. Acesso em: 20 fev 2014.