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Autos nº 000000000000000
I – DOS FATOS
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Souza, mas que no momento inicial das buscas, Tício fugiu do local, soltando seus
cachorros pitbulls em direção aos policiais.
Porém, após incessantes buscas do suspeito, os policiais adentraram a casa
e encontraram grande quantidade de entorpecente, sendo aproximadamente 23 kg
de maconha e 400 g de cocaína.
Ademais, constatou a presença dos infratores Mévio Cabral e Caio Sobral,
que diante das provas, determinou a voz de prisão.
É importante ressaltar que, no local também estava a namorada de Mévio,
que informou que minutos antes do início da busca, surgiu Paulo Pedro Rosa,
apressado e dizendo que pegaria seus pertences.
Ocorre que, por ele ser conhecido pela traficância, logo tal atitude levantou
suspeita, sendo o suficiente para concluir que tais pertences, seriam na realidade
mais entorpecentes.
Desse modo, os policiais perceberam que no local havia um aparelho de
DVR com circuito interno de gravação, e verificaram a ação de Paulo, bem como o
veículo utilizado, sendo uma motocicleta.
Logo, deram continuidade à diligência, seguindo Paulo até o seu domicílio,
sendo este abordado pelos policiais e informou que o destino do entorpecente teria
sido entregue para Fábio Jorge Cruz e, este o teria armazenado em sua residência,
sendo propriedade de Wagner Cristian Cruz.
Assim, os policiais se deslocaram até o local indicado por Paulo, e Wagner
autorizou a entrada, sendo localizada uma mochila embaixo da cama de Fábio,
contendo aproximadamente 7,7 kg de entorpecente, aparentando ser maconha.
Por tais razões, Fábio Jorge, ora requerente, foi preso em flagrante delito
nos termos do art. 302, I do CPP e no art. 33 e 35 da Lei 11.343/2006 (Lei de
drogas)
Após o tempo transcorrido de 24 horas, e as hipóteses elencadas no art. 310
do CPP, o juízo plantonista, converteu a prisão em flagrante, com fundamento na
garantia da ordem pública, para que evitar a possibilidade de novos delitos.
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II – DO MÉRITO
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avalia o exercício regular do Poder Judiciário, assegurando aos cidadãos garantia
contra a arbitrariedade do poder punitivo estatal.
Segundo o artigo 315 do Código de Processo Penal, "A decisão que
decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada". No
entanto, a mera menção ao texto legislativo, ilusão de justiça instantânea ou a
citação abstrata de doutrina, não são suficientes para caracterizar a fundamentação
da decisão. Vejamos:
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jurisprudência desta Corte tem proclamado que a prisão cautelar é
medida de caráter excepcional, devendo ser imposta, ou mantida,
apenas quando atendidas, mediante decisão judicial fundamentada
(art. 93, IX, da Constituição Federal), as exigências do art. 312 do
Código de Processo Penal. Isso porque a liberdade, antes de sentença
penal condenatória definitiva, é a regra, e o enclausuramento provisório, a
exceção, como têm insistido está Corte e o Supremo Tribunal Federal em
inúmeros julgados, por força do princípio da presunção de inocência, ou da
não culpabilidade. - Na hipótese dos autos, a decisão que converteu o
flagrante em prisão preventiva encontra-se deficientemente
fundamentada, pois lastreada em argumentos genéricos tais como a
gravidade abstrata do delito e elementos inerentes ao próprio tipo
penal, desacompanhadas de respaldo concreto dos autos. Tais
considerações, na linha de precedentes desta Corte, são inaptas a
ensejar a decretação da segregação cautelar. Recurso ordinário provido.
(STJ - RHC: 36698 MG 2013/0096679-9, Relator: Ministra MARILZA
MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), Data de
Julgamento: 13/08/2013, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe
30/08/2013).
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gravidade do crime e a afirmação abstrata de que os réus oferecem
perigo à sociedade e à saúde pública para justificar a imposição da
prisão cautelar. Assim, o STF vem repelindo a prisão preventiva
baseada apenas na gravidade do delito, na comoção social ou em
eventual indignação popular dele decorrente, a exemplo do que se
decidiu no HC 80.719/SP, relatado pelo Ministro Celso de Mello. IV –
Não obstante a vedação prevista no art. 44 da Lei 11.343/2006, esta
Segunda Turma, desde o julgamento do HC 93.115/BA, Rel. Min. Eros
Grau, e do HC 100.185/PA, Rel. Min. Gilmar Mendes, passou a admitir a
possibilidade de concessão de liberdade provisória em se tratando de delito
de tráfico de substância entorpecente, devendo o magistrado processante,
para manter a prisão, analisar, no caso concreto, se estão presentes os
requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal, o que não ocorre no
caso sob exame. V – Ordem concedida para colocar o paciente em
liberdade provisória, devendo ser expedido o respectivo alvará de soltura
somente se por outro motivo não estiver preso.
(STF - HC: 110132 SP, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Data de
Julgamento: 08/11/2011, Segunda Turma, Data de Publicação: DJe-226
DIVULG 28-11-2011 PUBLIC 29-11-2011).
Em face do disposto, fica claro que o decreto de prisão preventiva deve ser
revogado, por ser totalmente destituído de qualquer fundamentação válida.
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Vejamos o que já decidiu a jurisprudência:
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Tampouco se afigura razoável fundamentar a prisão do requerente ao
argumento legal da devida aplicação da lei penal. Este fundamento visa impedir que
o agente obstasse a aplicação da lei, como, por exemplo, o rico de evasão,
inviabilizando futura execução da penal.
Ora, excelência, como já relatado por diversas oportunidades, o requerente
não tem qualquer histórico criminal, nunca praticou qualquer crime, e contra ele não
pode militar, sem qualquer evidência séria e concreta – devidamente demonstrada
nos autos – mera presunção de que, talvez em liberdade, venha a obstar a instrução
criminal.
Caso contrário, todo cidadão que, por algum motivo, vier a cometer algum
delito teria que ficar detido preventivamente, uma vez que recairia sobre ele a dúvida
quanto à obstrução da instrução criminal, o que não se mostra razoável em nosso
Estado Democrático de Direito que tem como princípio fundamental o da Presunção
de Inocência.
Ademais, não há quaisquer elementos objetivos que indicam a possibilidade
de o requerente burlar a aplicação da lei pena.
Assim, conclui-se pela evidente falta de fundamentação para a manutenção
da prisão cautelar, visto que não há qualquer conduta do requerente que autorize o
decreto preventivo.
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Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas
pelo juiz, para informar e justificar atividades;
II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado
permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela
permanecer distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja
conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o
investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;
VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza
econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para
a prática de infrações penais;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados
com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser
inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de
reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o
comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento
ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).
IX - monitoração eletrônica.
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Por todo exposto, requer:
Nestes Termos,
Pede deferimento.
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