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1) Indique a importância do ensino de relações étnicas e raciais no ensino superior.

R: A educação brasileira está sempre em movimento e evolução para o bem-estar dos


educandos. Ela pode, dentre outros fatores, ser considerada como uma das
engrenagens essenciais na modificação de uma sociedade. Desta forma, torna-se
responsabilidade dos estabelecimentos de ensino, evidenciar a evolução dos
educandos de maneira democrática, formando seus valores, praticas habituais e suas
condutas. Quando se trata de questões raciais no campo educacional, vivemos uma
dicotomia entre o avanço em aspectos legais e o conservadorismo em aspectos
práticos, tanto para instituições quanto para a prática pedagógica. Sucessivas gerações
veem se valendo desse conservadorismo, e do silêncio, reproduzindo valores e
representações. Obrigatoriedade em todo o currículo escolar, do estudo da cultura e
história das matrizes africanas e também a inclusão no calendário escolar o dia 20 de
novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”, propõe-se, mesmo que ainda
restrito ao aspecto legal, uma alternativa para corrigir, parcialmente, a influência
positiva da cultura africana na construção da identidade nacional. Não somente em
um contexto geral, mas essa abordagem também pode ofertar a oportunidade de
reconstruir e fortalecer a identidade dos estudantes afrodescentes. As questões sobre
afrodescência tem tomado um espaço significativo tanto em questões legais quanto
em questões pedagógicas.

2) Dentro do que tem sido estudado em nossa disciplina, este ensino pode ser
entendido como um “acerto de contas” como passado escravista do Brasil?
Justifique sua resposta.
R : A obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana e da
educação das relações étnico-raciais na educação . Problematizando pressupostos
e paradoxos presentes no texto da lei e das diretrizes correlatas, identificam-se os
impactos, desafios e desdobramentos teórico-práticos de sua recepção no ensino
de história. A questão racial brasileira tem historicidade, estando marcada, na
contemporaneidade, pela emergência conflituosa e contraditória de perfis
identitários do Brasil e pela recente problematização da propalada realização
brasileira como sociedade plural, diversa, democrática, inclusiva e igualitária. Não
basta introduzir conteúdos de história e cultura afro-brasileira ou africana para a
superação do eurocentrismo nas abordagens históricas. O desafio é a promoção
de um ensino-aprendizagem em que a história africana e a história européia, por
exemplo, não sejam dicotomizadas, nem idealizadas, nem tampouco contrapostas,
mas, antes, compreendidas em sua dinâmica e circularidade, com as violências e
embates do passado e do presente, mas com as perspectivas relacionais
requeridas em qualquer abordagem histórica mais substantiva.

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