Você está na página 1de 22

ANÁLISE DE SINAIS E SISTEMAS

Aula 02

2020 1
FUNDAMENTOS DE SINAIS
E SISTEMAS (continuação)

2
Funções impulso unitário e degrau unitário
Tempo discreto
Um dos sinais mais simples é o impulso unitário, ou
amostra unitária, definido como:

Outro sinal elementar é o degrau unitário, definido


como:

Uma grande utilização da função impulso unitário é na amostragem de sinais → a


função impulso unitário pode ser usada para amostrar o valor de um sinal em um
determinado instante.
3
Funções impulso unitário e degrau unitário
Tempo contínuo

A função degrau unitário de tempo contínuo u(t)


é definida de maneira semelhante:

O degrau unitário é descontínuo em t = 0.

4
Sistema de Tempo Contínuo e Tempo Discreto

• Em contextos que vão desde as comunicações e o processamento de sinais, até os motores


eletromecânicos, veículos automotores e plantas de processamento químico, um sistema pode ser
visto como um processo em que os sinais de entrada são transformados pelo sistema ou induzem o
sistema a responder de alguma forma, resultando em outros sinais de saída.

• Por exemplo, um sistema de alta fidelidade toma um sinal de áudio gravado e gera uma
reprodução daquele sinal. Se o sistema de alta fidelidade tem controles de tom, podemos mudar a
qualidade tonal do sinal reproduzido.

• Um sistema de realce de imagem transforma uma imagem de entrada em uma imagem de saída
com algumas propriedades desejadas, como contraste melhorado.

5
Sistema de Tempo Contínuo e Tempo Discreto

• Um sistema de tempo contínuo é um sistema em


que os sinais de entrada de tempo contínuo são
aplicados e resultam em sinais de saída de tempo
contínuo.

• Do mesmo modo, um sistema de tempo discreto


— isto é, um sistema que transforma entradas de
tempo discreto em saídas de tempo discreto.

6
Interconexões de Sistemas
• Muitos sistemas reais são construídos como interconexões de diversos subsistemas.

• Exemplo: um sistema de áudio que envolve a interconexão de um receptor de


rádio, um CD player com amplificador e uma ou mais caixas acústicas.

• Ao descrever um sistema em termos de interconexão dos subsistemas mais simples,


podemos definir formas úteis para construir sistemas complexos a partir de
elementos fundamentais básicos.

• Tipos básicos de interconexão:


– Série ou Cascata
– Paralela
– Com realimentação
7
Interconexões de Sistemas: Série ou Cascata
• Uma interconexão em série ou cascata de dois sistemas é mostrada abaixo.

• Diagramas como este são chamados de diagramas de blocos. A saída do Sistema 1 é


a entrada para o Sistema 2, e o sistema como um todo transforma uma entrada
processando-a primeiro pelo Sistema 1 e depois pelo Sistema 2.

• Um exemplo de interconexão em série é um receptor de rádio seguido de um


amplificador.

8
Interconexões de Sistemas: Paralela
• O símbolo ⊕ na figura significa adição,
de modo que a saída da interconexão
paralela é a soma das saídas dos
Sistemas 1 e 2.

• Um exemplo de interconexão paralela é


um sistema simples de áudio com
vários microfones ligados a um
amplificador e a um sistema de caixas
acústicas único.

• Podemos definir as interconexões


paralelas de mais de dois sistemas e
combinar a interconexão paralela com a
interconexão em cascata (Figura c).

9
Interconexões de Sistemas: com Realimentação
• A saída do Sistema 1 é a entrada para o Sistema 2, ao passo que a saída do Sistema 2 é realimentada
e adicionada à entrada externa para produzir a entrada total do Sistema 1.

• Exemplo de aplicação: um sistema de piloto automático em um automóvel mede a velocidade do


veículo e ajusta o fluxo de combustível para manter a velocidade no nível desejado.

• Da mesma forma, uma aeronave controlada digitalmente é projetada, geralmente, como um sistema
com realimentação no qual as diferenças entre a velocidade real e a velocidade desejada, o rumo ou
a altitude são realimentados por meio do piloto automático para corrigir essas discrepâncias.

10
EXEMPLO 01

11
Propriedades Básicas de Sistemas

1. Sistemas com e sem memória


2. Sistemas inversos e invertibilidade
3. Causalidade
4. Estabilidade
5. Invariância no tempo
6. Linearidade

12
Propriedades Básicas de Sistemas
1. Sistemas com e sem memória

• Um sistema é dito sem memória se sua saída para cada valor da variável independente em um dado
instante é dependente da entrada somente naquele mesmo instante.

• Exemplo: o sistema é sem memória, pois o valor de y[n] em qualquer


instante particular n0 depende somente do valor de x[n] naquele mesmo instante.

• Um exemplo de sistema de tempo discreto com memória é um acumulador ou somador:

• O conceito de memória em um sistema corresponde à presença de um mecanismo que retém ou guarda


a informação sobre os valores de entrada em instantes que não o atual.

• Em muitos sistemas físicos, a memória está diretamente associada ao armazenamento de energia – Ex. o
capacitor armazena energia acumulando carga elétrica, representada como uma integral da corrente.

13
EXEMPLO 02

14
Propriedades Básicas de Sistemas
2. Sistemas inversos e invertibilidade

• Um sistema é invertível se entradas distintas levam a saídas distintas.

• Para o caso do tempo discreto, se um sistema é invertível, então um sistema inverso existe de modo
que, quando colocado em cascata com o sistema original, produz uma saída w[n] igual à entrada x[n] do
primeiro sistema.

15
Propriedades Básicas de Sistemas
2. Sistemas inversos e invertibilidade

Exemplo de um sistema invertível de tempo contínuo: para o qual o sistema inverso é:

O conceito de invertibilidade é importante em muitos contextos:


• Sistemas de codificação: Um sinal que queremos transmitir é aplicado como entrada em um codificador,
de forma que a comunicação ocorra seguramente (criptografada ou com bits de paridade). Para uma
comunicação sem perdas, a entrada do codificador deve ser recuperável a partir da saída, isto é, o
codificador deve ser invertível.

16
Propriedades Básicas de Sistemas
3. Causalidade

• Um sistema é causal se a saída, em qualquer tempo, depender dos valores da entrada somente nos
instantes presente e passados.

• É também chamado de sistema não antecipativo, pois a saída não antecipa valores futuros da entrada.

• Um circuito RC é causal, visto que a tensão do capacitor responde apenas aos valores presentes e
passados da fonte de tensão. Da mesma forma, o movimento de um automóvel é causal, pois ele não
antecipa ações futuras do motorista.

• Todos os sistemas sem memória são causais, porque a saída responde somente ao valor corrente da
entrada.

17
Propriedades Básicas de Sistemas
4. Estabilidade

• Um sistema estável é aquele em que pequenas entradas levam a


respostas que não são divergentes.

• Exemplo: Considere o pêndulo no qual a entrada é a força aplicada x(t) e


a saída é o desvio angular y(t) a partir da vertical.

• A gravidade aplica uma força restauradora que tende a fazer com que o
pêndulo volte para a posição vertical. Além disso, as perdas por atrito
tendem a desacelerá-lo.

• Assim, se uma pequena força é aplicada, o desvio resultante também


será pequeno.

• O sistema é portanto estável.


18
Propriedades Básicas de Sistemas
4. Estabilidade

• Se agora o pêndulo for invertido, o efeito da gravidade aplica uma força que
tende a aumentar o desvio da vertical.

• Uma pequena força aplicada leva a um grande desvio da vertical que faz com que
o pêndulo caia, independentemente de quaisquer forças de retardamento
devido ao atrito.

• O sistema é portanto instável.

• A estabilidade dos sistemas físicos geralmente resulta da presença de


mecanismos que dissipam energia.

• Circuitos RC simples: o resistor dissipa energia e esse circuito é estável.

• O sistema de pêndulo normal: existe dissipação de energia por causa do atrito. 19


Propriedades Básicas de Sistemas
4. Estabilidade

• Modelos para reações em cadeia ou para crescimento populacional com distribuição de


suprimentos ilimitada e nenhum predador, por exemplo, são sistemas instáveis, pois a resposta ao
sistema cresce sem limites em resposta a pequenas entradas.

• Se a entrada para um sistema estável é limitada (isto é, se seu módulo não cresce sem limites),
então a saída também deve ser limitada e, portanto, não pode divergir.

20
Propriedades Básicas de Sistemas
5. Invariância no tempo

• Um sistema é invariante no tempo se o comportamento e as características do sistemas são fixos ao


longo do tempo.

• Exemplo: Um circuito RC simples é invariante no tempo se os valores da resistência R e do capacitor


C são constantes no decorrer do tempo.

• Assim, para tais sistemas, é esperado que experimentos realizados em um período tenha os
mesmos resultados do mesmo experimento realizado em outro período. Ou seja, não dependam do
instante em que os mesmos foram executados.

• Outra definição: Um sistema é invariante no tempo se um deslocamento no tempo do sinal de


entrada resulta em um deslocamento idêntico no tempo do sinal de saída.

21
Propriedades Básicas de Sistemas
6. Linearidade

• Um sistema é linear, de tempo contínuo ou de tempo discreto, se o mesmo obedece a propriedade


da superposição: se uma entrada consiste de uma soma ponderada de diversos sinais, então a saída
é a soma ponderada (superposição) das respostas do sistema a cada um desses sinais.

• Suponha que y1(t) seja a resposta de um sistema de tempo contínuo a uma entrada x1(t), e que y2(t)
seja a saída correspondente à entrada x2(t). Então, o sistema é linear se:

22

Você também pode gostar