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HYDRA MALFOY – ANO 5 – O GAROTO DA CORVINAL

Nesse segundo livro, o primo de Hydra, Sirius Black, um assassino em massa, foge de
Azkaban, deixando toda comunidade bruxa apavorada.

Veremos uma jovem de quinze anos, amadurecendo e aprendendo sobre a vida e


amor, nesse livro, o foco maior será no triângulo amoroso Hydra-Olívio-Peter e na
resolução do mesmo, sem deixar de lado a rotina na escola de Magia e Bruxaria de
Hogwarts, a tensão com os exames N.O.M.s que Hydra irá realizar no final do ano e as
amizades conquistadas no ano anterior.

Espero que gostem e se lembrem, nos anos seguintes, os focos dos livros irão
mudando, passam de romance para guerra, etc e a personagem vai amadurecendo
com o tempo, espero que curtam cada fase desses seis anos de vida de uma bruxa
Inglesa, de uma das família mais importantes e cruéis, na época da segunda guerra
bruxa.

Todos os outros livros já foram escritos, mas estão em fase de reavaliação da história e
eu irei postar em breve.

Se quiserem informações, me escrevam: Paula.vmello@hotmail.com

Facebook: Paula Vieira de Mello

Twitter: paulasland

Um beijo,

Paula Mello.

Obs: A versão em Inglês dos livros em breve será disponibilizada também.

AGRADECIMENTOS:

Queria agradecer ao Rennan e Gustavo, que foram meus consultores sobre assuntos
de Harry Potter durante principalmente o começo, já que eu queria fazer um livro mais
coerente com os originais possível. Rennan também foi um dos meus principais
incentivadores para escrever e me deu muitas boas idéias.

Novak, minha amiga, que recebeu algumas homenagens ao longo do livro e também
foi uma das que me incentivaram.
Jéssica, uma leitora muito doce, a primeira fora do meu círculo de conhecidos a me
incentivar, com suas palavras bondosas e sua visão externa dos livros, muito obrigada,
você me ajudou e me alegrou muito.

Prólogo

Estar em casa de novo depois de quase 1 ano longe era sempre como uma brincadeira
de mau gosto, mas esse ano as coisas estavam especialmente desconfortáveis, depois
de uma briga pesada com seu pai, Hydra agora o desprezava mais do que nunca, mas
ao mesmo tempo queria ficar de olho e ver se ele estaria aprontando mais alguma
maldade como a do ano anterior. Fora isso, seu aniversário de 15 anos se aproximava e
como todo ano, os Malfoys planejavam uma grande festa em sua mansão para
comemorar seu aniversário de de Draco (que fazia durante o ano escolar) e
naturalmente desaprovaram quase toda sua lista de convidados de Hogwarts. Hydra
sonhava com o dia que voltaria para perto dos grandes amigos que fez no ano anterior
e deixar mais uma vez esse lugar para trás.

OLÁ PESSOAL, PEÇO PERDÃO PELOS ERROS DE DIGITAÇÃO, OS LIVROS ESTÃO SOB
REVISÃO DE UMA PROFISSIONAL PARA QUE ELES SEJAM AJEITADOS, PEÇO QUE
RELEVEM POR AGORA.
UM BEIJO,

PAULA VIEIRA DE MELLO


CAPÍTULO 1

AS AMIGAS DA FRANÇA

"FUNCIONÁRIO DO MINISTÉRIO DA MAGIA GANHA GRANDE PRÉMIO

Arthur Weasley chefe da Seção de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas no
Ministério da Magia, ganhou o Grande Prêmio Anual da Loteria do Profeta Diário.

A Sra. Weasley, encantada, declarou ao Profeta Diário:

"Vamos gastar o ouro em uma viagem de férias ao Egito, onde nosso filho mais velho,
Gui, trabalha para o Banco Gringotes como desfazedor de feitiços."

A família Weasley vai passar um mês no Egito, de onde voltará no início do ano letivo
em Hogwarts, escola que cinco dos seus filhos ainda freqüentam."

O pedaço de recorte de jornal veio junto com a carta de Jorge e Fred por coruja, Hydra
se sentiu muito feliz em ver os nove Weasley acenando freneticamente para ele,
diante de uma enorme pirâmide. A sra.Weasley, pequena e gorducha, o sr. Weasley,
alto e um pouco careca, os seis filhos e filha, todos (embora a foto em preto e branco
não mostrasse com flamejantes cabelos vermelhos). Bem no meio da foto se achava
Rony, alto e desengonçado com o seu rato de estimação, no ombro e o braço passado
pelas costas da irmã, Gina.

"Hydra,

O Egito é ainda melhor do que imaginamos, você não sabe a quantidade de coisas
legais que conseguimos aqui, mal podemos esperar para te mostrar tudo.

É uma pena que não vamos poder ir na sua festa de aniversário, mas só voltamos 1
semana antes das aulas, será que não poderia nos encontrar no Beco Diagonal?

Como estão as coisas na sua casa? Seu pai já te deixou trancasa no porão novamente
por andar com a escória do mundo Bruxo? Se estiver com problemas, já sabe que é só
dizer que enviamos umas surpresinhas para a sua casa.
Escreveremos de novo no seu aniversário, aguenta firme, garota!

Fred e Jorge Weasley."

"Querida Hydra,

Eu vou amar ir na sua festa de aniversário, na verdade estou um pouco nervoso até,
tanta coisa que você me contou nas suas últimas cartas sobre sua casa que até fico
assustado, mas não perderia por nada essa festa, já conseguiu fazer aquela poção
revigorante que estava tentando?

Me mantenha informado,

Com amor,

Peter Macmillan"

"Querida Hydra,

Claro que quero ir no seu aniversário, será que seus pais vão nos receber bem? O que
eu devo vestir?

Com amor,

Angelina Johnson"

"Prezada Srta. Malfoy,

Queira registrar que o novo ano letivo começará em 1º de setembro. O Expresso de


Hogwarts partirá da estação de King's Cross, plataforma 9 e ½, às onze horas. Estamos
anexando, nesta oportunidade, a lista de livros para o próximo ano.

Atenciosamente,

Profª. McGonagall Vice-Diretora."

BLACK AINDA FORAGIDO


Sirius Black, provavelmente o condenado de pior fama já preso na fortaleza de
Azkaban, continua a escapar da polícia, confirmou hoje o Ministério da Magia.

— Estamos fazendo todo o possível para recapturar Black — disse o Ministro da


Magia, Cornélio Fudge. Ouvido esta manhã.

— E pedimos à comunidade mágica que se mantenha calma. Fudge tem sido


criticado por alguns membros da Federação Internacional de Bruxos por ter
comunicado a crise ao Primeiro-Ministro dos Trouxas.

— Bem, na realidade, eu tinha que fazer isso ou vocês não sabem? — comentou
Fudge irritado.

— Black é doido. É um perigo para qualquer pessoa que o aborreça, seja bruxo ou
trouxa.

— O Primeiro-Ministro me garantiu que não revelará a verdadeira identidade de


Black. E vamos admitir quem iria acreditar se ele revelasse?" Enquanto os trouxas
foram informados apenas de que Black está armado (com uma espécie de varinha de
metal que os bruxos usam para se matar uns aos outros), a comunidade mágica vive
no temor de um massacre como o que ocorreu há doze anos, quando Black matou
treze pessoas com um único feitiço.

Dizia um artigo no profeta diário ao lado da cama de Hydra.

- Bom – Pensava Hydra – Com isso já confirmaram a Angelina, Peter, Jeniffer, Alicia,
Kate e minhas amigas viriam da França, Gabrielle, Desiré e Gisele. Lino, Fred, Jorge,
Rony, Hermione e é claro, Harry Potter, não poderiam comparecer, mas ela já
esperava por isso, talvez o aniversário desse ano não seja tão horrível quanto os dos
anos anteriores.

No ano anterior, suas amigas da Beauxbatons não puderam comparecer e com a


notícia de que não retornaria para lá, Hydra passou sua festa desconfortável e triste
com os amigos de Hogwarts de seu irmão, Draco, esse ano seria diferente.

A lista de livros de Hogwarts era extensa, Hydra esse ano teria os N.O.M.s e estava
matriculada em Defesa contra as Artes das Trevas, Feitiços, Transfiguração, Trato de
Criaturas Mágicas, Poções, Herbologia, a tediosa História da magia, Astronomia,
começando esse ano, estudo de runas antigas e a secreta Estudo dos Trouxas, secreta
porque fez um trato com McGonagall de não deixar seus pais saberem que cursa essa
matéria, nem poderia imaginar a confusão se soubessem... E estava nervosa, porque
pretendia obter todos os dez N.O.M.s

- Hydra, seu pai quer que tomemos café todos juntos – Disse Narcisa irritada
aparecendo de surpresa na porta do quarto de Hydra que estava sentada na cama
escrevendo respostas para as cartas de seus amigos.

- Tudo bem mãe, já estou indo. – Disse ela, colocando os pergaminhos de lado.

Desde que voltara para casa, o humor de seus pais estava consideravelmente pior,
Narcisa estava irritada por não ter mais um Elfo doméstico em casa e Lúcio por ter
perdido seu cargo de conselheiro de Hogwarts graças ao acontecimento do fim do
semestre passado.

Hydra desceu em direção a sala de jantar, aonde Draco já se encontrava sentado ao


lado de seu pai que se encontrava na cabeceira. Narcisa estava sentada do seu outro
lado da mesa, Hydra tomou lugar ao lado de Narcisa.

- Eu sinceramente espero que nenhum dos seus amigos indesejáveis coloquem os pés
na minha casa. – Disse Lúcio com os mesmos olhos frios e voz raivosa de sempre.

-Não se preocupe, a única indesejável que você terá que ver na festa serei eu. –
Respondeu friamente.

- Hydra, por favor! – Disse Narcisa, com medo de uma nova discurssão.

- Nenhum Weasley virá aproveitar da comida de graça então? Eles não devem ter
muito o que comer em casa... – Disse Lúcio fria e ironicamente, Draco deu uma risada
de aprovação.

- Não, eles estão no Egito, não vão poder vir.

- Uau, uma viagem ao Egito, devem ter vendido a casa inteira para pagar
provavelmente. – Disse Lúcio enquanto se servia de mais bacon.
- Eu convidei só as melhores pessoas da Sonserina... – Disse Draco pomposo – Todos
sangue puro, é claro!

Hydra tentava mentalmente, passar a lista das coisas que tinha que fazer para se
preparar para a chegada de suas amigas da Fraças e não prestar atenção na conversa
repulsiva que acontecia na sua frente. Suas três melhores amigas iriam passar três dias
em sua casa, não seria a primeira vez, eram as únicas amizades que Narcisa e Lúcio
concordavam que Hydra tivesse, afinal, as três pertenciam a famílias nobres e de puro-
sangue Francesas (na verdade Gabrielle não, mas eles não sabiam disso e Hydra não se
importava com issso), a melhor parte, é que eles se tornavam menos insuportáveis
quando as meninas estavam presentes e ela esperava que isso se repetisse esse ano.

- Suas amigas chegam quando, Hdyra? – Perguntou Narcisa, tirando Hdyra do mundo
de seus pensamentos.

- Amanhã e ficam até domingo – Respondeu Hydra animadamente.

- Talvez fosse melhor que tivesse ficado na Beauxbatons, afinal, lá pelo menos suas
amigas eram de um nível melhor! – Disse Lúcio secamente, Hydra decidiu ignorar.

- Qual dos seus amigos idiotas vão vir na festa afinal? – Perguntou Draco

- Alícia Spinet, Angelina Jhonson, Kate Bell, Jeniffer e Peter Macmilan – Disse Hydra
distraída pegando um pedaço de pudim de abóbora.

- Spinet, Jhonson, Bell, nomes comuns, aposto que são meio sangue ou quem sabe até
sangue ruins... – Disse Lúcio com o tom de voz já alterado de raiva e os olhos mais frios
do que nunca.

- A Alicia é meio sangue sim, a Angelina e a Kate eu não sei, nenhum deles é nascido
trouxa e mesmo se fossem não me importaria em nada! – Disse Hydra olhando
diretamente para o pai com um ar de desafio.

- Lúcio, nós prometemos que ela poderia convidar quem ela quisesse... – Disse Narcisa
nervosa e apressada antes que Lúcio pudesse falar.

- Minha casa, a nobre casa dos Malfoys rodeada de meio sangues, nunca pensei que
viveria para ver esse dia. – Disse Lúcio irritado e batendo os pulsos na mesa.
- Eu sei, eu sei, eu sou uma desgraça para a família, blá, blá, blá... – Disse Hydra irônica.
Os olhos de Lúcio pareciam pegar fogo de tanta fúria e seu rosto ficou vermelho

- Macmillan, eles são um dos sagrados vinte e oito, não são? – Narcisa se apressou ao
ver seu marido irado.

- Sim, verdade, são parte sim... – Lúcio parecia mais calmo com o fato – Mas também
são os Weasleys, então isso não significa mais muita coisa, os Macmillan são de fato
sangue puros, mas estão longe de serem uma família tão nobre quanto a nossa.

- Mas são puro-sangue pelo menos, continuam sendo pelo que ouvi falar e minha tia
avó era uma Macmillan, eu acho. – Disse Narcisa animada.

- Melhor do que os Weasleys com certeza, mas ainda abaixo dos Malfoy. – Disse Lúcio
orgulhoso.

O café da manhã continuou com trocas de ofensas por parte de Hydra e Lúcio, o medo
de Lucio que Hydra sempre teve parece ter diminuindo consideravelmente e dado
espaço a um grande desprezo, então as ofensas e indiretas se tornaram cada vez mais
frequentes.

Hydra voltou para seu quarto e começou a escrever respostas para as cartas que tinha
recebido, pegou sua pena e pergaminho, mas antes, olhou para o porta retrato ao lado
da sua cama (presente de natal de Alicia) com a foto de seus amigos de Hogwarts e
sorriu.

"Queridos Fred e Jorge,

Fico feliz que estejam se divertindo, mas por favor, tentem não trazer nada ilegal para
Hogwarts esse ano, será que conseguem?

Vocês nem imaginam a falta que me fazem, ainda mais trancada aqui nesse lugar
infernal...

Podemos nos encontrar no Beco Diagonal, darei alguma desculpa para poder ir sozinha
esse ano comprar minha coisas.
Uma pena que não podem vir na minha festa, tenho três amigas Francesas que estão
doidas para conhecer rapazes Ingleses.

Com amor,

Hydra Malfoy"

"Querido Peter,

Não fique nervoso, você é talvez o amigo de Hogwarts que mamãe e papai mais
aprovam, com certeza.

Estou estranhamente animada com a festa esse ano, mamãe contratou a minha banda
preferida para tocar (As esquisitonas, qualquer coisa para que eu aceitasse
comparecer na festa, eu acho) e não precisarei ficar sozinha com os amigos horríveis
do Draco, graças a Deus!

Quanto a poção, descobri que a proibição de fazer mágica fora da escola também
serva para poções, papai ficou furioso quando recebeu a notificação do ministério,
mas, muito a contra gosto, deu um jeito nisso, mal posso esperar pelas aulas com
Snape esse ano, acho que finalmente vou conseguir fazer todas as poções que eu
sempre quis. Você se deu bem, já tem 17 anos e pode fazer magia quando quiser!

Como foi o estágio de verão no St. Mungo's essa semana? Estou muito feliz por você
poder estar aprendendo tanta coisa, não esqueça de me enisnar tudo de interessante
quando voltarmos para Hogwarts.

Com amor,

Hydra Malfoy"

"Querida Angelina,

Use qualquer coisa, você sempre fica maravilhosa!

Mal posso esperar para te rever.

Com amor,
Hydra Malfoy."

Hydra tirou sua coruja, Lydra da gaiola e entregou primeiro a carta de Peter.

- Entregue essa aqui para o Peter Macmllan, ok? – Disse Hydra acaraciando suas penas
com delicadeza.

– Quando voltar tem essa para a Angelina e por último essa para o Fred e Jorge no
Egito, acha que consegue entregar as três? – Lydra deu uma mordidinha delicada em
seu dedo como quem confirmava a pergunta e depois Hydra a soltou na janela com a
carta de Peter.

Lydra era uma linda coruja marrom que Hydra ganhou aos 11 anos como presente de
aniversário de sua mãe que a fez prometer escrever toda semana da França, tinha o
comportamento dócil e era muito elegante, Hydra amava aquela coruja.

A bruxinha voltou aos preparativos para receber suas amigas no dia seguinte, uma
outra cama grande tinha sido colocada em seu quarto, ela sempre preferia que as
quatro ficasssem no mesmo quarto ao invés de mandar suas amigas para os quartos
de hóspedes, assim podiam passsar a noite inteira conversando.

Hydra se sentia acelerada, estava tão feliz de ver as meninas depois de mais de um ano
separadas, queria que o tempo corresse e o dia seguinte chegasse logo.

Esse ano, diferente da maioria dos outros, Hydra não iria passar parte de suas férias na
França, preferiu ficar em casa para vigiar Lúcio (o que foi recebido com estranhamento
por seus pais), apesar de ser torturante, Hydra decidiu que seria melhor aguentar o
tempo trancada no local que mais odiava no mundo por alguns poucos meses, não
queria mais passar a vergonha de não saber o que seu pai planejava e alguém ter que
contar depois de já feito.

- Hydra, acabou de chegar sua veste nova para Sábado! – Disse Narcisa empolgada
entrando no quarto de Hydra com uma linda veste rosa choque de seda, Hydra estava
deitada em sua cama lendo "Grandes e perigosas poções e como prepará-las",
presente de Natal de sua amiga Angelina, colocou o livro de lado e pulou para fora de
sua cama.
- É lindo mamãe, obrigada! – Era tão estranho se animar com coisas tão "fúteis" como
vestes e festas novamente depois de todo acontecido no ano letivo anterior, mas por
outro lado, sabia que era o único jeito de se conectar com sua mãe, já que ela entendia
bem desse aspecto de Hydra.

- Que bom que gostou, eu mandei fazer especialmente para você... – Disse Narcisa
orgulhosa.

- Claro, eu gostei muito.

Ao invés de ir embora, Narcisa, estranhamente, se sentou na ponta da cama de Hydra,


meio sem jeito.

- Então, esse menino que vai vir, Macmillan, ele é alguma coisa sua? – Perguntou
Narcisa, meio sem jeito.

- É meu amigo...

- Só? Ele com certeza seria uma melhoria ao meio-sangue que você namorava...

Hydra se mexeu desconfortavelmente na cama, não queria falar de Olívo com sua mãe,
ainda estava sensível da briga que as duas tiveram quando ela descobriu que Pucey era
seu espião e que como pagamento, Narcisa disse que a filha provavelmente se
apaixonaria por ele com o tempo.

- Melhor do que o Pucey? – Perguntou Hydra, olhando atentamente para ver a reação
de Narcisa, que apenas olhava confusa, tentando encontrar as palavras com cuidado.

- Não sei, possivelmente...

- Ele é meu amigo, mãe, eu ainda não estou pronta para ninguém – Disse Hydra.

- Ok, bom, eu vou resolver as pendências da festa então...

Depois que Narcisa foi embora, Hydra voltou para o seu livro, tentando não pensar em
Olívio e nem em Peter, tinha algum tempo até se decidir sobre isso ainda.
No dia seguinte, Hydra acordou empolgada, suas amigas chegariam a qualquer
momento em sua casa, finalmente! Elas viajariam de avião (o ministério Francês não
autorizou a viagem por porta de portal esse ano) Então pela primeira vez, elas
estariam viajando por meio trouxa para a Inglaterra, Gabrielle em especial, estava
ansiosa para entender como os trouxas conseguiam fazer um avião voar sem o auxílio
de magia.

Hydra se arrumou e tomou café com sua família, às 9:20 aproximadamente, ouviu suas
amigas chegando e correu para a porta.

- Mon cher! – Gritou Gabrielle, a bruxinha de 15 anos, alta, cabelos louros dourados
até o ombro e de olhos coloridos, o esquerdo era azul quase turquesa e o direito
castanho esverdeado correndo para abraçar Hydra – Senti tanta sua falta!

- E eu de você! – Disse Hydra se sentindo emocionada, abraçando a amiga.

- Petite amie! Você está mais alta! – Dizia Desiré também a abraçando – Desiré era
uma bruxa de pele marrom e cabelos claros e cacheados, seus olhos eram de um
profundo tom de mel.

- Raí-Dra! – Dizia Gisele, com sotaque carregado ao pronunciar seu nome e a


abraçando forte. Gisele tinha cabelos negros e longos, pele branca e olhos também
negros.

- Vamos para o meu quarto, vamos! – Dizia Hydra muito empolgada.

- Meninas, que prazer recebê-las! – Dizia Narcisa com o tom cordial e alegre, vindo ao
encontro das meninas com Lúcio e Draco que estava extremamente vermelho, Hydra
sabia que Draco tinha uma queda por Gisele.

- Serro ra Malfoy, está cada dia mais bonita! – Disse Gisele com seu sotaque carregado
– Essse é o Draicu? Está tão grande e bonito! – Hydra não conseguiu segurar o riso,
Draco parecia que iria explodir de tão vermelho.

- Sejam bem-vindas. – Disse Lúcio secamente.


- Vamos meninas, temos muito o que conversar. – Disse Hydra liderando o caminho
até o quarto, onde as meninas deixaram suas coisas e se tacaram nas confortáveis
camas.

- Hydra você está ótima! – Disse Gabrielle alegremente, agora as amigas conversavam
em Francês – Hogwarts está lhe fazendo bem pelo visto.

- Obrigada, acho que realmente fez...

- E o Olivér? – Perguntou Gabrielle – Fiquei arrasada quando nos escreveu falando que
vocês terminaram, na foto que nos mandou dele ele parecia tão bonitão...

Hydra sentiu uma pontada de tristeza ao lembrar de Olívio, sentia um pouco de


saudades de seu ex namorado, ele escrevera uma vez durante as férias para perguntar
sobre Hydra, mas ela não respondeu.

Depois de deixar as meninas sabendo de todos os acontecimentos do ano anterior que


conseguiu lembrar de contar, as três estavam de boca aberta olhando atentamente
para ela, todas deitadas nas camas do quarto de Hydra.

- Seu pai deu um diário que possuiu uma menina e libertou um basilisco na escola que
petrificou três nascidos trouxa? – Perguntou Desiré espantada.

- Quatro na verdade, e um fantasma! – Disse Hydra de forma como se fosse algo que já
deveriam saber enquanto se ajeitava na cama.

- Não acredito! Ele é um monstro! – Disse Gisele – Eu nunca iria imaginar...

- É porque vocês só vêem eles poucas vezes no ano e geralmente quando eles estão
mais bem comportados, mas, meus pais, principalmente meu pai na verdade, não são
pessoas exatamente boas. – Disse Hydra com tristeza.

- Mas vamos mudar para assuntos felizes – Disse Gisele rapidamente – Peter? É esse
aqui da foto? – Perguntou pegando uma foto de Peter com Jeniffer, no ano letivo
anterior, os dois acenavam e sorriam.

- Esse mesmo – Disse Hydra.


- Fantastique! Ele é maravilhoso Hydra, acho que o menino mais bonito que já vi –
Exclamou Gisele!

- Ele vai vir amanhã? – Perguntou Gabrielle

- Sim, ele disse que sim.

- E você vai dar uma chance para ele? – Perguntou Desiré.

- Não sei, eu acho que sim, mas não agora – Disse Hydra se sentindo confusa – Eu
gosto dele, nós nos escrevemos quase que diariamente, mas ainda não estou
completamente curada do Olívio eu acho.

- Nada como um novo amor para curar um antigo, é o que eu sempre digo – Disse
Gisele rindo.

- E quem é essa menina aqui do lado dele? – Perguntou Desiré, apontando para
Jeniffer.

- É a irmã dele, minha colega de quarto, ela que me deu essa foto antes de irmos
embora no semestre passado – Disse Hydra.

- Bonita, parece com ele na verdade – Disse Desiré.

As amigas ficaram conversando o dia inteiro até que Draco bateu na porta.

- Hydra, mamãe está chamando para almoçar – Disse ainda vermelho e sem graça.

- Pode deixar, já vamos – Respondeu Hydra, rindo.

- Au revoir Cher! – Disse Gisele, enquanto Draco fechava a porta, ficando mais
vemelho do que quando entrou, Hydra sabia que ele só foi até o quarto para ver
Gisele, ele achava a menina muito bonita, não era apaixonado nem nada, mas ficava
muito vermelho com ela perto.

- Quando você vai virar minha cunhada? – Perguntou Hydra para Gisele em tom de
brincadeira.
- Um dia, quem sabe, quando ele for mais velho... – Gisele respondeu rindo.

Hydra não passava um dia tão divertido como aquele já tinha muito tempo, as quatro
amigas riram, falaram bobagem o dia inteiro, Hydra se sentiu livre de todos os
problemas na sua vida pelo menos por algumas horas, era como ter um dia de
normalidade.
CAPÍTULO 2

FESTA DE ANIVERSÁRIO

O dia da festa de aniversário de Hydra e Draco chegou, naquele ano, caia exatamente
no mesmo dia de seu anversário de fato, nove de Agosto.

Narcisa andava de um lado para o outro da casa, arrumando tudo e acenando sua
varinha para dar os últimos detalhes, muitos presentes tinham chegado por corujas,
que entravam e saiam da casa o dia inteiro, o que deixou Narcisa ainda mais nervosa, o
que Hydra mais gostou foi o de Fred e Jorge, uma pedra que compraram no Egito que
quando colocada nas mãos aquecia todo o corpo, perfeito para os dias de inverno em
Hogwarts.

- Esses Fred e Jorge não vão vir não? – Perguntou Gisele, olhando o presente que
Hydra ganhara.

- Não, infelizmente não, eles estão no Egito de férias, visitando o irmão mais velho
deles que trabalha lá, para Gingotes - Respondeu Hydra, abrindo outro presente, uma
exagerada taça com várias serpentes prateadas que recebeu de parentes distante dos
Malfoy.

- Que pena, eu bem que queria conhecer eles... – Disse Gisele, sorrindo
maliciosamente.

- Espero que possa conhecer um dia mesmo, gostaria muito de ver vocês todos juntos
– Respondeu Hydra, sorrindo.

- Sim, pena que vocês não podem todos irem para Beauxbatons, está tão vazio sem
você lá, sabia? – Disse Gabrielle.

- Aquela Fleur agora é a queridinha dos meninos – Disse Desiré, revirando os olhos –
apesar de eu achar uma bobagem.

- Fleur era meio chatinha, não vou dizer que não esteja feliz de estar longe dela – Disse
Hydra.
De noite, era chegado o momento da festa, o grande jardim da mansão estava
ricamente decorado com luzes que flutuavam das cores rosa e azul e pequenos
pássaros brilhantes que voavam pelo jardim. Mesas e cadeiras com a letra M bordada
em seu estofamento em prata, uma equipe de garçons foi contratada e todos usavam
um elegante uniforme de vestes verde, um grande palco foi instalado para a atração
principal da noite e uma pista de dança estava na sua frente.

Hydra vestiu sua nova veste rosa e desceu com suas três amigas, Draco estava
lidamente vestido com uma veste negra e bem recortada.

- Draco, estáa tã buniton – Disse Gisele, dando uma piscadinha para o menino, que
como sempre, ficava vermelho.

- O... Obrigado, Gisele – Respondeu o pobre menino.

Os anfritriões ficavam na entrada do jardim, recepcionando todos que chegavam.

Um a um, os convidados lotavam o jardim, alguns alunos da Sonserina que Hydra


reconhecia como Emilia Bulstrode, uma menina grossa da Sonserina acompanhada de
outra menina grossa e insuportável que Hydra reconheceu como Pansy Parkison
ambas acompanhadas de seus pais, Crabbe e Goyle também chegaram acompanhados
de seus pais e Hydra reconheceu Marcus Flint, capitão do time de quadribol da
Sonserina que até hoje não parava de olhar para Hydra com cobiça e estendeu o olhar
a suas três amigas, outros jogadores do time da Sonserina também apareceram para o
desgosto de Hydra, como por exemplo, Pucey, que não teve coragem de falar com ela.
Hydra se sentia incomodada, logo avistou Angelina se sentiu melhor.

- Hydra! – Exclamou Angelina abraçando a amiga – Eu estava com saudades! –


Angelina estava linda com uma veste roxa brilhante e cabelos presos.

- Angelina, essas são minhas amigas Desiré, Gisele e Gabrielle, meninas, essa é minha
amiga Angelina Jhonson.

- Enchantée –Disse Gisele simpaticamente- Angelina se sentou com as meninas e logo


recebeu a companhia de Kate e Alicia, todas receberam Hydra com um abraço, era
muito bom ter suas amigas antigas e novas juntas e o melhor, todas pareciam estar se
dando bem.
- Enton, Hogwarts é tão maginific assim como a Hydra conta? – Perguntou Gisele para
as meninas.

- Sim, é maravilhosa – Disse Angelina.

- Mas ela disse que a Beauxbatons também é muito boa – Completou Alícia.

- Sim, é uma escola ótima, realmente, um lugar lindo, gostaria que vocês pudessem ver
– Disse Gabriele.

- Mas pelas fotos que a Hydra tem mostrado, us mininus de Hogwarts son bem
melhores – Disse Gisele, rindo.

- Ai, ai, Gisele, você não muda – Comentou Hydra, também rindo.

- Mudar par que? Gostu de mi assim – Disse ela, piscando um olho para Hydra e
flertando com o olhar com os meninos da Sonserina (Draco não estava perto para ver).

Depois de um tempo conversando, Hydra viu Peter, o rapaz louro, de cabelos longos,
forte, alto e com um sorriso espetacular se aproximando, acompanhado de sua irmã,
Jeniffer. O rapaz usava uma veste azul e preta que o deixava ainda mais bonito e
Jeniffer, usava uma veste vermelha de uma espécie de seda.

- Claro que não podia faltar ele! – Dizia Angelina desgostosa e revirando os olhos, ela
nunca conseguiu gostar de Peter.

- Meu Deus, que homem magnífico! – Comentava Gabrielle.

- U lala, Hydra, se você non quisser, eu com certeza querro! – Disse Gisele.

- Hydra, feliz aniversário! – Peter falou simpaticamente e a abraçou –Eu trouxe esse
presente, mas gostaria que você só abrisse mais tarde – Disse entregando um pacote
em suas mãos. Hydra agradeceu e o convidou para se sentar.

Angelina olhava feio para o rapaz, mas foi simpática com Jeniffer, de quem sempre
gostou.

- Enton, Peter, orvimus falar de você – Disse Gisele.


- Sério? O que ouviram? – Perguntou o menino.

- Só coisas boas – Respondeu Desiré.

- É muito bom conhecer as amigas de Hydra da França, ela também já falou muito de
vocês – Disse Peter, dando o seu sorriso maravilhoso, fazendo as meninas suspirarem.

- Não sabia que vocês se falavam tanto... – Disse Angelina, de forma não muito
agradável.

- Sim, nos escrevemos quase que diariamente – Comentou Hydra.

- A sim...

Alicia cutucou Angelina e mandou ela melhorar um pouco a cara, bem baixinho, mas
Hydra ouviu.

A noite seguia agradável, Hydra conseguiu evitar com sucesso todos os amigos de seu
irmão e até alguns de seu pai.

- Aquele é o ministro da magia? – Perguntou Peter sentado perto de Hydra na mesa.

- Sim, papai convidou ele provavelmente, ele ama aparecer para o Ministério.

- E quem é aquele? – Perguntou Jeniffer, apontando para um rapaz moreno sentado


perto do Ministro.

- Eu acho que ele é filho do Shafiq, um colega do papai, ele trabalha no Ministério pelo
que eu sei – Respondeu Hydra.

- Eu acho que já vi ele em Hogwarts antes – Disse Jeniffer.

- Sim, acho que ele se formou recentemente, não sei se ano passado ou no anterior.

- Bonito... – Disse Jeniffer, mexendo disfarçadamente nos cabelos enquanto o rapaz


olhava de volta para ela.

- Eu posso te apresentar se você quiser – Disse Hydra.


- Pode deixar, vamos ver o que acontece durante a noite... – Disse a menina.

- Goster dela, é das minhas – Disse Gisele, brindando com Jeniffer, enquanto Peter
ouvia sem graça.

- Tem ciúmes da sua irmã? – Perguntou Hydra, para o rapaz.

- De jeito nenhum, mas tenho preocupação, é claro, eu e Jeniffer sempre fomos muito
companheiros um do outro – Disse ele.

- Isso é verdade, Peter cuidou de mim a vida inteira, tadinho... – Disse Jeniffer rindo.

- E os pais de vocês? – Perguntou Kate, que estava sentada perto de Jeniffer.

- Eles trabalham muito, estavam muitas vezes fora de casa, mas são gente boa – Disse
a menina.

- Imagino, curandeiros tem a vida complicada mesmo – Disse Alícia.

Uma voz foi ouvida, ampliada magicamente, era Narcisa, que estava lindamente
vestida com uma veste preta e roxa, em cima do palco, pedindo atenção para todos.

- Boa noite, boa noite para todos – Dizia ela, alegremente - nessa noite de alegria,
comemoração do aniversário dos meus dois filhos, Hydra e Draco Malfoy.

Narcisa apontou com uma mão para cada um e luzes apareceram em cima deles, todos
aplaudiram equanto eles acenavam timidamente (Draco um pouco mais orgulhoso que
Hydra).

- Eles comemoram hoje, 15 e 13 anos, respectivamente, crescem rápido... – Dizia sua


voz, começando a ficar emocionada - bem, hoje, em sua homenagem, quero que todos
os convidados se juntem a nós na pista de dança para a apresentação da banda "as
esquisitonas".

Gritos e aplausos se misturaram com todos os jovens correndo para a pista de dança
quando a banda entrou no palco.

- Como estão todos essa noite? Vamos agitar!


Hydra se sentia feliz como a muito tempo não sentia, especialmente naquela casa, era
como se pela primeira vez fosse grata por estar ali, sabia que aquele sentimento só
duraria uma noite mas queria aproveitar ao máximo dele.

Para o seu desgosto, no entanto, Gisele parecia gostar de dançar com Marcus Flint e
em um ponto da noite os dois desapareceram misteriosamente por algumas horas.

- Ela já teve um gosto melhor... – Disse Hydra com Desiré e Gabrielle ainda com cara de
nojo, como se tivesse visto alguém vomitar.

- Ela nunca teve... – Brincou Desiré

- Ainda bem que o seu irmão não reparou neles dois – Disse Gabrielle olhando para
Draco que dançava distraído com suas amigas da Sonserina.

- Agora uma música para os apaixonados, peguem seu par e venham para a pista de
dança – Anunciou a banda antes de tocar uma balada lenta.

Angelina e Alicia decidiram sentar exaustas e foram acompanhada por Gabrielle,


Desiré fez par com um dos companheiros de time de Draco do sexto ano (qual era o
problema com suas amigas?)

- Você quer dançar comigo? – Perguntou Peter de forma doce e sorrindo.

- Claro...

Hydra e Peter dançaram abraçados durante a balada, tinha algo reconfortante em


estar perto de Peter, como se apenas tudo se encaixasse e seu coração batesse mais
forte.

Jeniffer fez par com o rapaz que estava de olho e Kate dançava com Pucey (eca!
Pensava, Hydra)

- Você está melhor? – Perguntou Peter, enquanto dançavam.

- Melhor de que? – Perguntou Hydra.

- De tudo, do Olívio... – Respondeu ele sem graça.


- Não sei, um pouco, eu acho, não é como se eu estivesse sofrendo por isso ou algo do
tipo, eu só... Sei lá, é estranho...

Peter pareceu levemente desanimado.

- Bem, para a minha sorte, eu sou um rapaz muito paciente – Disse ele rindo.

- Eu já percebi isso – Disse Hydra, também rindo.

Depois da dança, Hydra decidiu descansar um pouco na mesa e Peter continuou


dançando com sua amiga Gabrielle que tinha se levantado a pedido de Hydra.

- Ele não desiste, não é? – Perguntou Angelina irritada.

- Para com isso Angelina, eu acho o Peter um cara legal, ele é irmão da Jeniffer (que
dançava ainda com o rapaz moreno) e ela sempre falou muito bem dele. – Disse Alicia.

- Eu sei, eu só não gosto dele, não sei o porquê – Respondeu Angelina olhando a pista
de dança.

- É porque você queria que a Hydra ficasse com o Olívio, mas não deu certo, supera! –
Disse Kate, chegando na mesa e rindo.

- Ele falou com você, Hydra? – Perguntou Angelina

- Ele me mandou uma carta no começo do verão, mas eu não respondi, é melhor
assim! Ele também me mandou uma carta e um presente hoje, mas também não quis
responder... – Hydra tinha o tom triste que usava sempre que falava de Olívio.

- Vai ver ele está arrependido! – Disse Angelina

- Ou culpado – Completou Alicia irônica.

- Eu não quero falar disso – Mas antes de Hydra pudesse falar mais, dois enormes
bolos entraram no salão flutuando sob aplauso dos convidados, um rosa com corações
e um preto com serpentes verdes. No topo do bolo rosa uma vela acesa com a letra H
e no do preto uma com a letra D.
Hydra se levantou e junto com Draco, apagaram as velas, ainda sob aplausos dos
convidados.

A noite parecia que não ia acabar nunca, Hydra voltou a pista de dança algumas vezes
durante a noite e Gisele finalmente apareceu dizendo ter se perdido na mansão, mas
Marcus Flint parecia extremamente alegre e falava convencido com os amigos sobre
alguma coisa.

- Você precisa melhorar o seu gosto Gisele, urgente! – Disse Hydra enquanto dançava
com a amiga.

- Ele é até bonitinho, vai – Disse Gisele.

- Ele é um babaca, eu sinceramente não sei como você conseguiu ficar com ele... –
Disse Hydra, olhando com nojo para o rapaz que se vangloriava para os meninos.

- Eu também não – Concordou Desiré.

- Ai gente, deixa pra lá, é só por hoje, não é como se eu quisesse repetir – Disse Gisele,
ainda dançando alegremente.

- E você, Kate, desde quando você dança com o Pucey? – Perguntou Hydra, para a
amiga que dançava perto dela.

- Ele me convidou e eu fui, mas eu sei que ele foi ridículo com você e eu jamais
namoraria ele, relaxa – Disse a menina.

- Boa garota – Brincou Alícia.

Um a um os convidados asssim como vieram, foram embora, o Ministro da magia disse


a Hydra que teria parazer de oferecer um estágio de verão no ministério caso ela
quisesse antes de ir embora, mas Hydra recusou educadamente para o desgosto de
Lúcio.

Angelina, Kate e Alicia foram embora juntas e agradeceram pela noite, Lúcio e Narcisa
nem mesmo olharam as meninas durante toda a noite, a toda hora, pessoas
desaparatavam e logo depois, as suas amigas entraram para dormir.
- Obrigada pela noite, foi maravilhoso – Disse Peter se despedindo, Jeniffer se despedia
animadamente do seu novo amigo.

- Você tem um minuto antes de ir embora? – Perguntou Hydra.

- Claro! – Disse Peter animado e Hydra pediu para que a seguissse para um outro lado
do jardim.

Os dois pararam perto de uma árvore grande, aonde os pavões do pai descansavam.

- Eu queria agradecer por tudo, pelo presente, pelas cartas, eu sei que você gosta de
mim e que eu não tenha sido exatamente o que você queria que eu fosse mas... –
Antes que Hydra pudesse continuar, foi interrompida por Peter.

- Eu disse que te espero Hydra, não precisa pedir desculpas, eu te entendo, você
parece estar confusa ainda, está pensando, eu entendo de verdade.– Disse ele
sorrindo, em pé na sua frente.

Hydra o abraçou por alguns segundos e ao se virarem para sair do abraço, Hydra nunca
entendeu como, mas acabou beijando Peter, seu beijo era suave, doce e apaixonado,
suas mãos apertavam forte a sua cintura e logo depois o quadril e pressionava seu
corpo para junto ao dele. Hydra sentia suas pernas amolecerem, como se estivesse
flutuando, com o coração acelerado, seu corpo tremia e o calor subia por todo ele
cada vez mais forte, conforme ela e Peter ficavam mais grudados, era difícil de
controlar ou parar, ela pensou então "Rita tinha razão ano passado, Peter realmente
sabe das coisas..." Antes de voltar a não conseguir pensar mais em casa de novo,
apenas no beijo que estava acontecendo, naquele momento, maravilhoso momento...

Os dois ficaram ali por alguns bons minutos, até Hydra juntar força e interromper o
beijo e o afastar suavemente.

- Peter, eu ainda...

- Eu sei, me desculpe – Disse ele antes que ela pudesse terminar.

- Eu gostei, muito, eu só preciso, você sabe.... – Disse ela sem jeito.


- Eu sei, eu espero...– Peter sorriu, com o seu sorriso hipnotizante e saiu na mesma
direção que vieram e logo depois foi seguido por Hydra que entrou para seu quarto e
contou tudo a suas amigas que responderam com gritinhos entusiasmados.

Como era bom se sentir uma adolescente bruxa normal por alguns dias, só com suas
três amigas conseguia ter essa sensação, a de estar longe de casa, a melhor possível!

- Ele é bom mesmo? Ele tem cara de ser bom – Perguntou Gisele, em Francês, ela era a
mais entusiasmada das três.

- Muito bom, que beijo... – Disse Hydra se abanando de brincadeira.

- E por que você não namora logo com ele, Hydra? – Perguntou Gabrielle, as três
amigas estavam deitadas em volta de Hydra, que estava sentada na cama.

- Porque eu ainda preciso esquecer o Olívio, não é justo eu começar uma relação
pensando na outra, não acham? – Perguntou ela.

- Sim, nesse caso, você tem razão, provavelmente... – Disse Gabrielle.

- Mas que ele é lindo, a isso ele é! – Disse Gisele, rindo.

- A irmã dele é legal também, ela ficou conversando com a gente, mas aquela sua
amiga Angelina, ela realmente parece não gostar dele – Disse Desiré.

- Eu sei, ela tem ciúmes dele, ela é super protetora do Olívio, queria que a gente
ficasse juntos, se lembra que eu disse que brigamos feio ano passado? – Perguntou
Hydra, agora também deitando na cama.

- Sim, mas isso é tão estranho, tem certeza que ela não gosta dele? – Perguntou
Desiré.

- Tenho – Respondeu Hydra rindo -, ela gosta do Fred, ela já me disse.

- E além disso, se ela gostasse, não ia ficar empurrando ele para a Hydra, né? – Disse
Gabrielle.

- Eu sei, mas sei lá, vai que... – Brincou Desiré.


- Eu com certeza sinto um pouco de falta de compreensão da Angelina as vezes e isso
me irrita – Comentou Hydra.

- Eu imagino, mas ela parece ser uma boa amiga no entanto, parece gostar de você –
Disse Gabrielle.

- Eu sei, eu gosto muito dela também – Disse Hydra.

- Todas elas parecem boas meninas, Alícia e Kate também – Completou Gisele.

- Sim, eu fico feliz por você, Hydra, de pelo menos ter achado boas amigas aonde você
está. – Disse Desiré, sorrindo com sinceridade para ela.

- Sim, mas é claro que nenhuma delas substitui vocês, vocês sabem disso, né? –
Perguntou Hydra.

- Sabemos, mas é sempre bom lembrar... – Disse Gisele.

- Amo as seis e os meninos também – Disse Hydra, rindo.

- A, eu também amo os meninos, com certeza... – Disse Gisele, gargalhando.

Depois que as meninas dormiram, Hydra finalmente abriu o presente de Peter, era um
globo de neve, dentro, uma miniatura do que parecia Hydra fazendo poções e
acenando animada em Hogwarts com o uniforme com o símbolo da Grifinória, Hydra
achou lindo, emocionante até, sorriu imediatamente e então leu o bilhete que veio
junto,

"Para a menina mais maravilhosa que eu já conheci, isso é para te incentivar a correr
atrás dos seus sonhos...
Eu realmente gosto se você Hydra, espero te ver muito feliz e realizada sempre.

Com amor,

Peter Macmillan"
Hydra foi dormir sorrindo e suspirando encantada com o seu presente (que colocou
imediatamente na mesinha ao lado da sua cama) e o cartão que veio junto e mais
ainda, com o rapaz que escreveu ele...
CAPÍTULO 3

CONFUSÕES NO BECO DIAGONAL

No dia seguinte, de noite, a realidade voltara ao seu encontro, suas amigas estavam de
partida depois de mais uma maravilhosa noite de normalidade.

- Por favor, prometam que vão escrever – Disse Hydra chorosa na porta que dava para
a mansão de sua família enquanto abraçada e se despedia de cada uma de suas
amigas, Gabrielle, Desiré e Gisele estavam com seu malão esperando o carro trouxa
que as levariam ao local chamado aeroporto.

- Todos os dias – Repetiu Gisele e depois de pensar um pouco corrigiu – Ok, toda
semana – a menina riu e abraçou Hydra.

- E você, não esqueça de escrever também – Disse dando um beijo na bochecha de


Draco que parecia que iria desmaiar a qualquer momento e saiu correndo para dentro
da casa.

- Você deixa o menino sem graça! - Disse Gabrielle para Gisele e então se virou para
Hydra – Ainda não acredito que de novo não vamos ter você no dormitório conosco
Hydra – As duas quase choravam ao falar.

- Nem eu, acredite! – E abraçou a amiga.

- Você não pode mesmo voltar conosco para passar as férias? – Perguntou Desiré
agora vindo a seu encontro para a despedida.

- Não, eu preciso ficar de olho no que acontece aqui, ano que vem talvez – Disse Hydra
desesperançosa abraçando a amiga.

O carro chegou e Hydra ajudou as amigas a entregar suas bagagens ao motorista,


Hydra notou que ele as olhava de forma esquisita, mas para os trouxas, realmente não
pareciam meninas normais.

- Au revoir cher! – Gritaram as três na janela do táxi enquanto esse partia.


Era isso ai, agora de novo estava sozinha na mansão com seus pais e irmão, sem ter
pra onde correr ou com quem falar, esse pensamento a assombrava enquanto andava
pelo jardim bem decorado.

Sua casa era bonita, localizada numa ruazinha estreita, a entrada para o terreno da
mansão era larga, a sebe se estendia até ser barrada por um portão de ferro
trabalhado. O caminho que se segue é lindamente direto e coberto por sebes de teixo
e o jardim tem uma fonte e pavões alvíssimos vagam pelo gramado, um dos pedidos
de seu pai para mostrar superioridade. O interior da casa não foge da linha habitual -
suntuosamente decorado, com um magnífico tapete, uma mesa ornamentada,
mármores e um espelho dourado. Quadros em movimento espionam a passagem de
visitantes pelo corredor. Havia um grande hall de entrada mal iluminado com uma
porta de maçaneta de bronze que conduz diretamento a uma das salas de jantar.

Hydra subiu as escadas de madeira que levavam ao corredor comprido até uma de
suas portas que dava em sua pequena fortaleza, seu quarto, o único cômodo daquela
casa que de fato fazia Hydra se sentir em casa, fechou a porta e olhou ao redor.

- É, agora oficialmente voltei ao normal – Disse triste para si mesmo.

Tentou admirar a beleza de seu quarto, único ambiente que Hydra de fato pode
decorar conforme queria, as paredes eram brancas, era um quarto em estilo antigo e
clássico com uma enorme cama de madeira pintado de branco e uma cabeceira
marrom, um luxuoso lustre de cristais ficava no meio do teto e as muitas janelas do
quarto era cobertas com longas cortinas de estilo vitoriano verde escuro, em cada lado
da cama ficava uma mesa de cabeceira onde Hydra colocava seus porta retratos, um
com seus amigos de Hogwarts, outro com suas amigas de Beauxbatons e outro com o
retrato de sua família e o presente que recebera de Peter, o lindo globo de neve que
pretendia levar com ela também para Hogwarts. No lado esquerdo do quarto existiam
duas portas, uma para o seu grande closet e outra para o banheiro e do lado direito, a
porta para sua biblioteca particular. Hydra pegou seu livro na mesa de cabeceira e
voltou a ler, era um ótimo jeito de esquecer onde estava.

As férias foram passando de forma usual, Hydra e seu pai brigavam constantemente e
deixavam Narcisa louca, Draco continuava como sombra de Lúcio para onde ele ia fora
isso, nada parecia estar acontecendo de diferente.
- Você vai voltar para o time de quadribol esse ano, Hydra? – Perguntou Narcisa
animada em um almoço algumas semanas depois.

- Nem pensar! – Disse Hydra decidida enquanto se servia de mais comida.

- Finalmente aquela amizade ridícula com o meio-sangue acabou, faz sentido desistir
do time – Lúcio conseguia dizer qualquer coisa para Hydra soar mais fria e desprezível
do que talvez deveria.

- Não perca as esperanças papai, quem sabe esse ano eu não encontro um nascido
trouxa para namorar, ou até mesmo um trouxa... – Disse irônica, Lúcio bateu o pulso
na mesa e Narcisa soltou um gritinho nervosa, mas até mesmo Draco deu uma risada
discreta com a ousadia da irmã.

- Essa menina perdeu todo o respeito, talvez um semestre em Durmstrang a faça rever
as coisas – Disse ele com ódio no olhar, Draco o encarou com coragem, Hydra sabia
que um dos acordos de Draco incluía que Hydra poderia estudar aonde quisesse e o
olhar de Draco pareceu fazer Lúcio se lembrar disso, já que não falou mais nada.

Hydra decidiu que deveria tentar ser agradável no resto do almoço, já que queria pedir
permissão para ir ao beco diagonal sozinha e encontrar Fred e Jorge. Narcisa trouxe a
oportunidade perfeita.

- Temos que ir ao Beco Diagonal, o ano escolar está chegando e precisamos comprar o
material novo .

- Sim, amanhã podemos ir – Disse Lúcio calmamente.

- Será que eu poderia ir na quarta? – Perguntou Hydra aproveitando a oportunidade,


seu rosto era doce e delicado, sabia como fazer sua mãe concordar com o que ela
queria e ter calma era a melhor estratégia.

- Por que? É o último dia das férias, seria muito em cima da hora! – Perguntou Narcisa
espantada.

- É que eu marquei com a Alicia e a Kate (sabia que era melhor não mencionar
Angelina, já que para eles ela era aquela menina meio sangue) e eu queria muito rever
elas.
- Mas você as viu no seu aniversário e vai passar o ano com elas começando no dia
seguinte, não tem porquê ver agora – Disse Lúcio secamente.

- Eu quero sair um pouco de casa, eu passei as férias inteiras trancadas aqui dentro... –
Disse Hydra nervosa.

- Você podia ter ido para a França como sempre, não foi porque não quis, além disso,
na quarta eu não posso, a resposta é não! – Lúcio era frio e resoluto.

- Eu quis passar mais tempo com a mamãe, ela reclama que eu nunca estou em casa,
mas queria sair só um pouco agora, além disso, vocês não precisam ir comigo, eu
posso ir muito bem sozinha – Hydra tentava parecer calma e até um pouco triste,
assim sua mãe iria simpatizar com ela.

- Leve seu irmão então – Disse Lúcio.

- Pai, eu não quero ficar andando pelo Beco diagonal e suas amigas nojentas da
Grifinória – Disse Draco para alivio de Hydra.

- Por favor, eu só quero sair um pouquinho! – Chorou Hydra, olhando com olhos de
cachorrinho triste para sua mãe.

- Lúcio, por favor, deixa a menina ir, nós podemos comprar o material dela amanhã
sem ela – Disse Narcisa se solidarizando como Hydra esperava. Lúcio deu um olhar de
desprezo para Hydra, à verdade é que para ele era melhor ter ela longe de casa e
Hydra sabia disso, mas fazer algo que a deixasse feliz não era algo que ele
particularmente gostasse de fazer. Finalmente depois de um tempo ele respondeu.

- Tudo bem, mas quero você em casa cedo e nada de manchar mais ainda o nosso
nome, entendido? – Ele parecia irritado de ter que ceder aos caprichos de Hydra.

- O que o senhor quiser – Disse Hydra um pouco irônica e sorrindo discretamente, não
que Lúcio tivesse percebido, ela não queria ficar com ar de vitória, sabia que isso iria
fazer com que ele desistisse. Acabou de comer e saiu correndo para o quarto, estava
ansiosa para mandar uma carta para Fred e Jorge combinando de encontra-los.

"Queridos palermas,
Minha liberdade finalmente foi concedida e eu vou poder encontrar com vocês no Beco
Diagonal, o que acham? Me enviem uma coruja com a resposta.

Estou morrendo de saudades,

Hydra Malfoy."

Hydra enviou a coruja e ficou ansiosa esperando a resposta de seus amigos, pensar em
poder sair daquela casa e ainda encontrar Fred e Jorge era mais alegria do que ela
conseguia imaginar, mesmo que no dia seguinte fosse encontrá-los de qualquer
maneira. A resposta veio rápida, algumas horas depois Lydra voltou piando com uma
carta no bico, que Hydra desamarrou e leu.

"Queria Palerma,

Finalmente, não? Claro que podemos encontrar com você na quarta, na Florean
Fortescue, estamos ansiosos para mostrar tudo que compramos no Egito e já estamos
desde já tentando convencer mamãe e papai de que você não é uma Malfoy do mal.

Fred e Jorge"

Hydra passou os últimos dias um pouco mais animada do que os anteriores, iria
finalmente ver seus amigos que tanto sentia saudade, na terça, dia anterior a sua ida
ao Beco Diagonal recebeu uma coruja que não esperava.

"Querida Hydra,

Enviei duas cartas que não foram respondidas nessas férias, está tudo bem? Eu não
queria que você tivesse raiva de mim ou que não pudéssemos ser amigos, por favor me
responda. Eu juro, eu não quero estragar a sua vida nem nada, eu só quero notícias
suas, por favor, Hydra...

Com amor,

Olívio Wood"

Hydra ficou encarando a carta por alguns segundos, era verdade que Olívio a enviara
duas cartas anteriormente que nunca foram respondidas, mas ele tinha razão em um
ponto, por quê não poderiam ser amigos? Afinal Hydra já superara (ou pelo menos
achava que sim, apesar de sentir um embrulho no estômago toda vez que pensava que
iria vê-lo em alguns dias) Não era justo deixar ele achando que fez algo errado quando
na verdade não fez nada além de terminar um relacionamento que já não estava
dando certo muitos meses antes de chegar ao fim. Hydra pegou um pedaço de
pergaminho e pena e escreveu finalmente de volta para Olívio.

"Querido Olívio,

Peço desculpas por não ter respondido suas últimas cartas, acho que levei mais tempo
para superar tudo do que imaginava. Claro que podemos ser amigos, eu ia adorar isso.

Eu estou bem e você? Eu agradeço muito pelo presente de aniversário, eu amei os


doces, foi muito gentil da sua parte enviá-los para mim.

Acho que nos vemos no dia primeiro de aula.

Hydra Malfoy."

Hydra achou a carta um pouco seca e impessoal, mas era o máximo que conseguia
fazer naquele momento, colocou a carta no bico da coruja manchada que trouxera a
carta e agora bebia água da gaiola de Lydra que piava nada feliz em ter outra coruja
em seu espaço. Procurou não pensar em Olívio ou em suas cartas pelo resto do dia,
mas era um pouco difícil, apesar de os pensamentos em Olívio serem intercalados com
os pensamentos em Peter, o beijo que os dois deram ainda fazia seu corpo
estremecer.

Hydra e Peter trocaram corujas quase todos os dias depois da festa, algumas vezes
falavam do beijo, algumas não, Peter realmente estava respeitando o seu espaço e o
tempo que ela pediu. Hydra decidiu pegar a última carta que ele tinha enviado e ler
mais uma vez.

"Querida Hydra,

Na verdade tem muita coisa que você ainda não sabe de mim, além de que escrevo
poesias as vezes, eu por exemplo, também gosto de correr e de ler livros,
especialmente da Paula Jessica McGrey, já ouviu falar? Ela é uma escritora bruxa
maravilhosa, acho que você gostaria dela... Quer saber? Estarei enviando com essa
carta o meu livro preferido dela "Bruxas de Londres" é um romance auror
extremamente excitante, espero que goste, me conte depois, ok?

Com amor,

Peter Macmillan"

Hydra tinha devorado o livro desde que ele chegara naquela manhã, era realmente
excitante e ela parecia conseguir sentir Peter em cada parte do livro, isso a fazia bem,
fazia ela se sentir menos sozinha dentro daquela casa.

A quarta finalmente chegou e Hydra foi para a sala de jantar para fazer a viagem de Flu
até o beco diagonal. Ela estava lindamente arrumada com uma linda veste azul escuro
e prata bem marcada na cintura, um chapéu combinando das mesmas cores, seus
olhos cinzas tinham uma camada de delineador preto na parte de cima e os cabelos
estavam soltos de forma despojada.

- Não volte tarde Hydra, não quero irritar seu pai – Disse Narcisa entregando o Flu para
a filha.

- Não se preocupe mamãe, eu só quero sair um pouco, não vou demorar.

Hydra entrou na lareira, derramou o pó no chão e uma luz verde como fogo a cercou

- BECO DIAGONAL – Disse com firmeza e depois da habitual confusão envolvendo a


viagem de Flu, estava na lareira de uma de suas lojas, saiu animada pelas ruas do beco
para encontrar seus amigos sentados na calçada da Sorveteria Florean Fortescue.

Os gêmeos estavam acenando freneticamente, ela correu para o encontro dos


meninos que quase a derrubaram no chão ao darem, os dois, um grande abraço ao
mesmo tempo nela.

- Que saudades de vocês – Disse Hydra sorrindo e se soltando do abraço triplo.

- E nós de você, como está a prisão? – Perguntou Jorge sorridente.

- Horrível! Como foi o Egito? – Perguntou para os meninos enquanto sentavam nas
cadeiras na calçada da sorveteria.
- Maravilhoso, a gente tentou trancar Percy numa pirâmide mas mamãe nos pegou no
ato... – Disse Fred desanimado enquanto Hydra ria.

- Falando nele... – Disse Jorge vendo Percy vindo em direção a eles.

- Hydra, grande prazer em vê-la – Disse parecendo extremamente sem graça e muito
vermelho – Está bem, espero?

- Sim, tudo bem e você Percy? Aproveitou o Egito? – Hydra estava achando
extremamente estranho a súbita timidez de Percy perto dela.

- Sim sim, foi maravilhoso e também estou bem! Meninos, a mamãe quer tirar uma
dúvida sobre o livro que precisa comprar para vocês e pediu se não poderiam ir até a
loja comigo – Disse Percy para Fred e Jorge sem olhar Hydra nos olhos.

- A não, a gente acabou de encontrar a Hydra e queríamos ficar mais um pouco com
ela – Disse Fred reclamando.

- Mamãe pediu Fred! – Disse Percy enérgico.

- Podem ir meninos, eu vou com vocês.

- NÃO! – Gritou Percy fazendo Hydra quase dar um salto da cadeira – O, O Fred pode
vir comigo e o Jorge ficar, é bem rapidinho, ele já volta – Disse ele nervoso tentando
manter a calma na voz.

- Ok – Concordou Hydra ainda assustada, voltando a se ajeitar na cadeira.

Fred saiu com Percy e assim que estavam fora de alcance ela perguntou para Jorge.

- O que deu nele?

- A gente disse que você estava apaixonada por ele e que iria roubar um beijo assim
que o visse, agora ele está com medo de ficar perto de você e trair a namoradinha
mesmo que sem querer – Riu Jorge, mas Hydra ficou irada.

- O QUE? VOCÊS ESTÃO MALUCOS??? PODEM DESMENTIR ISSO AGORA! – Disse


gritando e dando tapas em Jorge.
- Tudo bem, tudo bem, eu vou, prometo – Disse ele ainda gargalhando.

- Qual é o problema com vocês dois? – Perguntou ainda nervosa.

- Nenhum, é que o Percy sempre te achou muito bonita e a gente sabia que ele ia pirar
quando ouvisse isso, é só uma brincadeira – Jorge ainda ria.

- Não tem graça!

- Vai, não fica irritada, eu prometo que vou falar a verdade pra ele – Disse Jorge

- Tudo bem vai, a sorte é que eu gosto de vocês, sério, porque vocês me deixam
louca...– Disse Hydra finalmente sorrindo de novo.

Os dois ficaram conversando sobre tudo que ele e Fred encontraram no Egito e como
estavam cheios de novas ideias, depois foram pegar um pouco de sorvete voltando a
sentar nas mesmas cadeiras logo depois.

- Desde quando o Percy me acha bonita? – Perguntou Hydra curiosa, ela fingia que
não, mas sempre gostou da atenção masculina.

- Desde sempre, quem não acha? – Disse Jorge como se explica algo obvio.

- Não é bem assim – Disse Hydra sem graça.

- É sim, eu sempre achei – Jorge disse.

- Eu também sempre achei vocês bonitos vai – Disse Hydra dando um soquinho no
ombro de Jorge.

- Eu sei, quem não acha? – Perguntou Jorge rindo.

- É uma pena que vocês não foram na minha festa, a minha amiga Gisele acabou
ficando com o Flint, você acredita nisso? – Disse Hydra, comendo um pouco do sorvete
que tinha acabado de comprar.

- Não, sinceramente, o Flint? Sério? Por quê? - Perguntou Jorge, incrédulo.


- Porque ela não tem muito critério, é sério, eu amo muito a Gisele, mas ela não tem...

- Mas você não disse que ela era bonitona e gente boa? Por quê ela faria isso?

- Porque ela quer experimentar tudo o que pode antes de ficar velha, pelo menos é
isso que ela sempre diz – Respondeu Hydra, revirando os olhos.

- Bem, é uma pena que não conheci elas... Mas de qualquer maneira, eu e Fred
conhecemos umas meninas bem bonitonas no Egito.

- Sério? Quem? – Perguntou Hydra, curiosa.

- Adelaine e Greta, são bruxas Portuguesas, elas frequentam a Beauxbatons também –


Disse Jorge, comendo um pouco do seu sorvete.

- Adelaine e Greta? Quais os sobrenomes? São irmãs? Quais idades?

- Ei, calma – Disse Jorge rindo do interrogatório.

- Não, é que talvez eu conheça... – Disse Hydra sem graça.

- Adelaine Viane ou Viana eu acho e Greta Porto Velho, coisa do tipo – Disse Jorge.

- A, sim, eu conheço, elas eram da casa da Fleur, são do mesmo ano que ela, eu acho,
não, elas eram um ano mais novas, mais novas do que eu, era isso...

- É um mundo pequeno... – Disse Jorge rindo.

Os dois conversaram mais um pouco sobre o Egito e sobre os eventos do aniversário


de Hydra.

- Então você beijou o Macmillan afinal?

- Sim, eu meio que estou confusa, mas sei lá... – Disse Hydra pensativa.

- Quantas pessoas você já beijou? – Perguntou Jorge, deixando Hydra completamente


vermelha.
- Jorge... Eu... Isso não é...

- Ai, Palerma, não é nada demais isso, mas tudo bem, não foram muitas, foram?

- Não, não muitas...

- Então, eu andei pensando em uma coisa, é mais uma curiosidade que eu queria tirar.

- Qual? – Perguntou Hydra espantada com a conversa.

A sequência de eventos foi a mais esquisita e sem sentido da vida de Hydra:

Jorge a olhou de forma estranha por alguns segundos, sem falar nada, ele se
aproximou, colocou a mão em sua nuca e inesperadamente a beijou, Hydra se
assustou e acabou retribuindo por alguns poucos segundos, mas os dois se afastaram
rapidamente como quem levara um choque e ficaram paralisados nas cadeiras
assustados e um pouco atordoados.

- Isso foi muito es...

- Estranho – Completou Jorge antes que Hydra pudesse falar – Não, definitivamente
não.

- Não! – Apoiou Hydra ainda atordoada.

- Foi como beijar a minha irmã... Sei lá, não! Totalmente não...– Disse Jorge com o
rosto como se fosse vomitar, Hydra tentou não levar a cara de nojo para o lado
pessoal, sabia exatamente do que ele estava falando e sentia o mesmo – Realmente
não, não mesmo!

- Vamos falar disso tipo, nunca, concorda? – Disse Hydra

- Totalmente, nunca aconteceu! Era só uma curiosidade mesmo, eu meio que queria
assim que te conheci, mas depois passou, era só curiosidade de ver como era, mas
não, não, amigos, com certeza só amigos... – Completou Jorge .

Depois de alguns momentos de um clima de constrangimento, realmente conseguiram


fingir que nada aconteceu e mudar de assunto para como Jorge e Fred ficaram
decepcionados em não conhecer suas amigas Francesas. Era algo que nem Hydra e
nem Jorge compreenderam o porquê de ter acontecido, mas não desejavam repetir,
realmente o que sentiam um pelo outro era pura e completamente uma doce
amizade.
CAPÍTULO 4

OS WEASLEYS

Fred chegou reclamando que sua mãe não a deixava sair da loja e se sentando ao lado
deles.

- O Jorge me contou da gracinha que vocês fizeram falando para o Percy que eu queria
agarrar ele, onde ele está? Eu quero falar que é mentira!

- Bem longe de você – riu Fred – Está morrendo de medo – Fred e Jorge caíram na
gargalhada.

- Não tem graça, é sério! Eu quero desmentir isso – Disse Hydra séria, enquanto os
gêmeos quase se engasgavam de tanto ri.

- Nós vamos encontrar com eles daqui a pouco no caldeirão furado, você vai poder
falar a verdade – Disse Fred, Hydra ainda se sentia nervosa em conhecer os famosos
Senhor e Senhora Weasley.

Depois de se acalmar novamente, os três conversaram sobre o Egito.

- Então você conhece as meninas? – Perguntou Fred

- Sim, estudavam na Beauxbatons comigo, eram amiguinhas da Fleur...

- Quem é Fleur? – Perguntou Jorge.

- Uma menina um ano mais velha do que eu, vocês provavelmente nunca devem
conhecer ela, para sorte de vocês – Disse Hydra, revirando os olhos.

- Qual é o seu problema com ela?

- Jorge... É complicado – Disse Hydra, não querendo se extender mais no assunto.

- Você sabe que agora só vamos ficar mais curiosos, né? – Perguntou Fred, rindo da
expressão desconfortável que Hydra tinha no rosto.
- Sei, mas vocês são bons amigos e não vão me obrigar a contar mais sobre isso, né?

- Não! – Responderam os dois ao mesmo tempo.

- Outra hora então, pode ser? – Perguntou Hydra.

- Pensaremos, Malfoy – Respondeu Fred, deixando claro que provavelmente não seria
a última vez que ela teria que falar sobre isso.

Fred, Jorge e Hydra ficaram ainda algum tempo na Florean Fortescue, depois saíram
para visitar a loja Gambol & Japes - Jogos de Magia onde Fred e Jorge se abasteceram
de itens de brincadeiras para soltar em Hogwarts e logo depois seguiram para o
caldeirão furado onde encontraram Percy pouco antes de entrarem, o pobre menino
ficou muito vermelho novamente ao ver Hydra e tentou entrar correndo.

- Percy, espera... – Disse Hydra o seguindo - É mentira dos meninos, eu não quero te
agarrar, eles fizeram isso para te perturbar – Fred e Jorge riam como loucos enquanto
Percy olhava para o chão sem graça.

- Eu devia imaginar... – Disse ele olhando com raiva para os irmãos .

- Não que você não seja um rapaz atraente, é claro, mas eu gosto de outra pessoa e
você meio que gosta de outra pessoa também, né? – disse Hydra tentando ser o mais
delicada possível, Percy parece ter gostado muito de ouvir isso, já que sorria
presunçoso.

- Ui Percy, que rapaz atraente! – Brincavam Fred e Jorge afinando a voz para ficar
feminina e rindo.

- Sim, eu tenho uma namorada, obrigada de qualquer maneira por esclarecer a idiotice
dos meus irmãos, Hydra! - Disse Percy, saindo irritado para dentro do caldeirão furado.

Depois de pararem de rir, Fred e Jorge fizeram o mesmo, Hydra os seguiu.

O bar era escuro e miserável, vários bruxos e bruxas das mais diferentes formas se
encontravam lá dentro, na verdade só tinha entrado naquele lugar duas vezes antes
com sua tutora, muitas pessoas a olhavam estranho.
Hydra se sentia desconfortável, olhando para os lados, não gostava muito do clima
daquele lugar... Finalmente, viu sentados em uma das mesas Gina, Harry, Hermione,
Rony e uma mulher gorducha que só poderia ser a Senhora Weasley .

A sra. Weasley a olhava um pouco desconfiada, Hydra achava que provavelmente


ainda não aceitava que ela não era uma Malfoy habitual.

— Harry. Que prazer em vê-lo – Hydra ouviu Percy dizendo a Harry Potter enquanto
eles se aproximavam.

— Olá, Percy — respondeu Harry

— Você está bem, espero? — continuou Percy pomposo, durante o aperto de mãos.
Parecia até que estava sendo apresentado ao prefeito.

— Muito bem, obrigado...

— Harry! — exclamou Fred, empurrando Percy com os cotovelos e fazendo uma


grande reverência. — É simplesmente esplêndido encontrá-lo, meu caro... —
Maravilhoso — disse Jorge, empurrando Fred para o lado e, por sua vez, apertando a
mão de Harry. — Absolutamente maravilhoso.

— Agora chega — interrompeu-os a Sra. Weasley.

— Mãe! — exclamou Fred como se tivesse acabado de avistá-la, apertando-lhe a mão


também:

— É realmente formidável encontrá-la... — Eu já disse que chega — disse a


Sra.Weasley, finalmente voltando a sua atenção para Hydra que estava em pé sem
graça e vermelha.

— Olá, querida, você é a Hydra não é? Como vai? Sou Molly Weasley. – Ela estendeu a
mão e comprimentou a bruxa que sorria um pouco forçadamente – Jorge e Fred me
disseram tudo sobre você. Suponho que tenha sabido das novidades? — Ela apontou
para o distintivo de prata novinho em folha no peito de Percy. — É o segundo monitor-
chefe na família! - exclamou, inchada de orgulho.

— E o último — resmungou Fred para si mesmo.


— Não duvido nada — disse a Sra. Weasley, franzindo a testa de repente. — Estou
reparando que até hoje vocês dois não foram promovidos a monitores.

— E para que é que nós queremos ser monitores? — perguntou Jorge, parecendo se
indignar até com a própria idéia. — Isso tiraria toda a graça da vida. Gina abafou o riso.

— Vocês deviam dar um exemplo melhor para sua irmã! — ralhou a Sra. Weasley. —
Gina tem outros irmãos para lhe dar exemplo, mãe — disse Percy com altivez. — Vou
mudar de roupa para o jantar... Ele desapareceu e Jorge deixou escapar um suspiro.

- Me desculpe pelo comportamente dos meus filhos Hydra – Disse ela lançando um
olhar furtivo para Fred e Jorge.

- Não se preocupe Senhora Weasley, eu já estou acostumada com esses dois – A


Senhora Weasley deu um sorriso mais verdadeiro que o primeiro e Hydra se sentou
cumprimentando os demais da mesa.

O papo fluiu na mesa, mas a Senhora Weasley ainda olhava desconfortável para Hydra
as vezes.

- Obrigada por me convidar para o seu aniversário – Disse Hermione sem graça – Mas
obviamente não tinha como eu ir...

- Tudo bem, eu já sabia – disse Hydra ainda um pouco desconfortável –, nem eu iria na
minha casa se pudesse...

Pela primeira vez, a expressão dura da Senhora Weasley deu lugar para um olhar de
solidariedade verdadeiro.

- As coisas são difíceis por lá, filha? – Disse ela, muito mais amorosa agora.

- Eu tenho certeza que a senhora sabe o quão desagradáveis os membros da minha


família podem ser... – Disse Hydra, sorrindo mas logo depois ficou triste ao olhar ao
redor da mesa uma família grande e feliz – Eu realmente daria tudo para ser uma
Weasley, ou ser qualquer outra coisa, menos uma Malfoy... – Disse ela desanimada
sem sentir o que tinha falado .
A senhora Weasley olhou para ela com um genuíno olhar de gentileza e pegou em sua
mão.

- Eu sinto muito minha querida, sinto muito... – Soltou sua mão e completou – Fred e
Jorge me disseram da sua situação, mas acho que não acreditei muito. – A Senhora
Weasley ficou um pouco sem graça e demorou antes de completar– Não me leve a mal
filha, mas fiquei com medo de ser uma Malfoy usando meus meninos de alguma
forma, espero que entenda, fiquei com medo...

Hydra se sentiu um pouco mal mas disse que entendia, na verdade talvez pensaria o
mesmo se a situação fosse reversa.

- Arthur tinha ouvido falar muito pouco de você no Ministério antes de você chegar em
Hogwarts, então não sabíamos o que pensar, ainda mais quando te vi tão... – Ela fez
uma pausa procurando as palavras – Tão elegante, digamos assim, parece muito com
seu pai. – Qualquer xingamento seria melhor do que aquele, mas tentou entender que
a Senhora Weasley parecia realmente que não falava por mal.

- Eu entendo... – Disse a menina um pouco sem graça, o restante da mesa conversava


entre si sem prestar atenção nas duas, exceto Fred e Jorge que olhavam atentos.

- Mas eu estou vendo que eles tinham razão, você não parece ser como seus pais, só
de ter convidado nossa Hermione querida para o seu aniversário e estar aqui conosco
já prova isso... – Ela sorriu, Hydra se extremamente feliz e confortável, era bom
encontrar adultos doces, não tinha isso em casa – Sinta-se acolhida pelos Weasleys a
hora que você precisar – Completou.

Fred e Jorge fingiram chorar de forma teatral acompanhado de risadas de Gina e a


Senhora Weasley brigou com os dois para pararem.

O clima ficou bem mais agradável depois disso, a senhor Weasley perguntava a Hydra
se podia dar juízo aos gêmeos e ela dizia rindo respondeu se não podia pedir por algo
mais fácil, como domar um dragão sem varinha.

Durante um ponto da conversa, Hydra notou os cartazes de procurado de Sirius Black.

- Hydra, ele não é seu parente? – Perguntou Fred quando notou o que ela olhava,
Hydra ficou vermelha de vergonha.
- É, tipo isso, ele é primo da minha mãe – Disse ela sem graça olhando para a senhorita
Weasley.

- Ora, que pergunta indelicada Fred –Disse a senhora Weasley irritada, ela com certeza
percebeu que Hydra não gostou da pergunta – Já sabemos que ela não tem nada a ver
com o resto da família, não é mesmo Hydra?

- Isso mesmo Senhora Weasley. – Respondeu sorrindo.

- Mas de qualquer maneira, ele é seu parente, não é? – Insistiu Fred.

- É... Ele é sim – Respondeu Hydra sem graça.

Sirius Black era o parente, que de certa forma, mais parecia com ela, ele também foi o
único da sua família que entrou na Grifinória e não na Sonserina, ele era rebelde e saiu
de casa cedo, se pelo menos tivesse parado nessa parte, Hydra poderia sentir orgulho
de ter Sirius em sua família, mas, infelizmente, ele foi acusado de matar 12 trouxas e
um de seus amigos, além de, pelo que Hydra soube, entregar o paredeiro de Lilly e
Thiago Potter, os pais de Harry, fazendo com que seu senhor, Lord Voldemort, matasse
os dois e tentasse matar o garoto também, culminando em seu "fim".

- Que família heim – Disse Jorge rindo, enquanto a Sra. Weasley dava um cutucão em
sua perna.

- Ai, mãe, eu só falei a verdade... – Disse Jorge.

Hydra decidiu conversar com Hermione, deixando Fred e Jorge discutindo com a mãe
sobre "como eles deveriam ter mais limites e educação e que não foi assim que ela
criou eles"

- Está ansiosa pelo seu terceiro ano? – Perguntou para a jovem bruxa de dentes
grandes e cabelo cheio.

- Sim, muito, já li quase todos os livros que eu podia para me preparar, é muito difícil?
– Perguntou a menina para Hydra, parecendo estranhamente animada com o assunto.

- Não sei, eu fiz meu terceiro ano na Beauxbatons, era difícil, mas nem tanto, eu
gostava muito –Disse Hydra sorrindo.
- Esse ano você tem os N.O.M.s, né? Eu acho que estaria tendo um treco agora se
tivesse um exame tão grande como esse no final do ano – Disse Hermione.

- Sim, eu estou, eu vou fazer dez matérias esse ano, só espero ter tempo para todas...

-Eu também vou fazer muitas matérias esse ano, todas as que eu puder fazer, na
verdade, estou mutio ansiosa mesmo – Disse a menina, com um certo brilho maníaco
no olhar que a lembrou de Olívio, quando o mesmo falava de quadribol.

- Bom, tente não se matar de estudar, você precisa aproveitar um pouco também –
Disse Hydra, tentando ser simpática.

- Eu gosto de estudar, não é nenhum sacrifício na verdade.

- Eu imagino que sim, já deu para perceber na verdade... – Disse Hydra rindo.

"E pela última vez, não quero mais que me façam passar vergonha, entendeu?"

Hydra passou a prestar atenção na bronca que Fred e Jorge levavam da mãe.

- Ok, mãe, mas a Hydra realmente está acostumada, é sério, pergunta só pra ela! –
Disse Fred.

- É verdade, Senhora Weasley – Disse Hydra, se sentindo um pouco sem graça de se


meter na briga da família.

- Eu sei, minha filha, mas ainda assim, não é desculpa – Disse ela, olhando mais uma
vez, feio para os gêmeos.

Antes da hora do jantar, Hydra anunciou que deveria voltar para casa e evitar a fúria
de Lúcio, Fred e Jorge a acompanharam atá a lareira do caldeirão furado se
despedindo.

- Amanhã vamos tentar arranjar uma cabine para nós, não esqueça de nos procurar –
Disse Jorge a abraçando.

- Pode deixar, até amanhã meninos – Abraçou Fred e depois e fez a viagem de Flu de
volta para casa.
Hydra voltou para casa animada, foi direto até seu quarto para guardar suas compras e
encontrou algumas novas cartas em sua cama, uma de Peter e uma de Olívio.

"Querida Hydra,

Que bom que gostou do livro, eu meio que já imaginava que você iria gostar, a heroína
do livro me lembra tanto você, forte e corajosa, além de linda, não acha?

Estou ansioso para te rever amanhã, tenho pensado muito naquela noite no seu
aniversário, de verdade...

Com amor,

Peter Macmillan"

"Hydra,

Você finalmente me respondeu, eu nem acredito... Eu demorei para lhe responder de


volta porque estava viajando, a sua coruja chegou aonde eu estava na casa da minha
família para mim, mas acabei não conseguindo enviar nada de volta.

Eu estou bem, tenho treinado quadribol bastante e pensado muito em você, no quanto
eu te fiz mal, Hydra, será que você consegue me perdoar?

Com carinho,

Olívio Wood"

Hydra não sabia muito bem o que responder, ou qual carta mexeu mais com os seus
sentimentos, ainda era tudo tão confuso, o que sentia por Peter, o que sentia por
Olívio... Ela só sabia que, pelo menos agora, não iria responder nenhum dos dois,
deixaria para lidar com ele quando no dia seguinte, pessoalmente, vendo os dois,
olhando cada um nos olhos e vendo como seu coração reagiria, apesa de... Do que
adiantaria sentir algo pelo Olívio? Ele terminou com ela, nada mudaria.

Hydra tentou espantar esses pensamentos e terminou de ler o livro que Peter lhe dera,
conseguiu ficar perfeitamente feliz até chega a hora do jantar.
Sua família já estava lá, todos sentados em seus lugares habituais, Hydra falou com a
mãe.

- Mãe, você viu que o seu primo escapou de Azkaban? – Perguntou Hydra
naturalmente, como se o assunto fosse extremamente cotidiano, mas Narcisa ficou
muito vermelha e Lúcio irritado.

- Não chame ele de primo de sua mãe! – Gritou Lúcio

- Mas ele é, não? – Continuou Hydra com o mesmo tom calmo e natural

- Sirius Black é uma vergonha para toda família Black, a minha tia o renegou ainda na
adolescência dele – Disse Narcisa nervosa.

- Pra você ser uma vergonha em uma família como a Black, da para imaginar o nível da
pessoa, porque se é uma vergonha para uma família completamente preconceituosa e
por uma coisa ruim, realmente, ele me surpreende... – Disse Hydra irônica, mas sua
mãe não gostou nada disso.

- Calada Hydra! Não fale mal da minha família! Da sua família! – Gritou ela, irada e
ainda mais vermelha.

- Desculpe mamãe! – Na verdade não se sentia arrependida, mas queria evitar uma
briga com Narcisa na noite antes de partir para Hogwarts.

- Continua insolente como sempre – Disse Lúcio raivoso.

- Tudo bem, está tudo bem Lúcio – Narcisa o acalmava e se acalmava - ela parece que
não teve a intenção, só falou por falar, não é filha?

Hydra concordou assustada.

- Ela precisa aprender, Narcisa e você passando constantemente a mão na sua cabeça
não está ajudando.

Hydra, que já tinha terminado o jantar, decidiu subir para o quarto e arrumar suas
coisas para o dia seguinte a ter que enfrentar mais um drama familiar.
- Ela está cada vez pior... – Ouviu Lúcio falando enquanto ela se retirava, sem pedir
permissão.

Hydra arrumou suas coisas no baú, todos seus livros, inclusive o que Peter lhe dera,
junto com o presente dele de aniversário para ela, suas vestes, seus porta retratos, etc.
Deixou a gaiola de Lydra preparada, mas antes, a soltou para um último vôo de caçada
antes da viagem, estava muito ansiosa para voltar para sua vida em Hogwarts.

- Hydra, posso entrar? – Perguntou Draco, batento na porta de seu quarto.

- Mas é claro, entra – Respondeu Hydra, fechando seus últimos livros no baú.

- Hydra, você não deveria irritar a mamãe e o papai desse jeito – Disse Draco
preocupado sentando na ponta da cama.

- Ai não seria eu! – Respondeu ela irônica.

- Você nos odeia tanto assim? – A pergunta atingiu Hydra em cheio, o olhar de Draco
era triste e desanimado, ela o olhou em choque.

- Draco, eu não te odeio, eu já tive raiva de você em alguns momentos como o do


semestre passado, mas eu te amo! – Disse ela sentando a seu lado – Me desculpa se
não passamos tanto tempo juntos, mas eu nunca te odiei – Hydra se sentia culpada de
deixar o irmão sozinho toda vez que estava em casa ou fora dela, mas não conseguia
suportar ficar muito tempo naquele ambiente o qual ele parecia amar tanto.

- Mas e mamãe e o papai? – Perguntou ele ainda triste.

- Eu amo a mamãe apesar de tudo que ela fala, na verdade eu a amo muito e o papai...
– Hydra fez uma pausa para pesar bem suas palavras – Eu não o odeio, ele é meu pai
afinal de contas, acho que o amo de algum jeito também – Disse desanimada.

- Eles te amam também, papai disse que você não entende os nossos principios agora,
mas um dia vai!– Hydra duvidava um pouco se Lúcio a amava ou que um dia veria o
mundo como eles, mas não queria falar nada para Draco. Se levantou, abriu o baú e
pegou um jogo de snaps explosivos que comprara mais cedo.

- Que tal um joguinho? – Perguntou para Draco que parecia espantado.


- Eu nunca joguei isso – Disse querendo conter a animação.

- Vem, eu te ensino.

Hydra passou sua última noite em casa surpreendentemente se divertindo com Draco,
jogaram várias partidas de Snaps explosivos. Draco pareceu mais feliz do que ela
jamais o vira em muito tempo.
CAPÍTULO 5

DEMENTADORES

Na manhã seguinte, Hydra levantou cedo e desceu seu malão e a gaiola de Lydra para
sala, onde os Malfoys se preparavam para partir para a estação King's cross.

- Não estão esquecendo nada? – Perguntou Narcisa.

- Acho que não, aparentemente está tudo aqui – Disse Hydra.

- Odeio como tenho que usar essas roupas de trouxa para ir até a estação – Reclamou
Draco que vestia uma calça jeans e uma blusa de manga longa preta. Hydra amava se
vestir como trouxa toda vez nesse ano, estava com um vestido vermelho abaixo do
joelho e um casaquinho de lã lilas por cima.

- Sim, um absurdo – Comentou Lúcio friamente.

- Eu gosto – Disse Hydra, fazendo com que Lúcio a olhasse com imenso desprezo.

Logo, os quatro estavam de partida para a estação dentro do carro que Lúcio mantinha
para ocasiões onde não podia aparatar ou viajar por Flu e nem chave de portal,
estacionaram no estacionamento da estação e foram em direção a plataforma 9 ¾.

- Você primeiro Draco – Disse Narcisa e Draco foi em direção as plataformas 9 e 10


desaparecendo ao atingí-la.

- Agora você Hydra – Hydra seguiu o irmão e logo se viu na plataforma 9 ¾ rodeada de
bruxos e bruxas, seus pais apareceram logo em seguida.

- Vou continuar mandando coisas gostosas todos os dias – Disse Narcisa se despedindo
dos filhos.

- Não vá me envergonhar novamente – Disse Lúcio para Hydra quando ela disse adeus.

- Jamais ousaria... – Respondeu irônica, dando uma piscadinha e desaparecendo para


dentro do trem antes que ele pudesse responder.
Se separou de Draco que sentou em um vagão com seus amigos Crabbe e Goyle e
Hydra guardou um vagão vazio para seus amigos, se sentando e olhando para a janela,
várias famílias se despediam, mães e pais beijavam seus filhos e os abraçavam, Hydra
se sentiu triste, queria muito ter uma família como aquelas, normais, felizes, algo
como os Weasleys tinham...

- Hydra, ai está você – Era a voz de Olívio que parecia cansado e ofegante, Hydra se
virou para olhá-lo e sentiu seu coração disparar.

- Oi Olívio, como foram as férias? – Perguntou tentando parecer natural enquanto o


rapaz se sentava a sua frente.

- Foram boas, – Fez uma pausa e continuou – eu senti a sua falta – Olívio olhava
diretamente em seus olhos, mas Hydra evitava seu olhar, o que ele queria afinal?

- Eu também, Olívio, eu recebi sua carta ontem, mas infelizmente não deu para
responder, preferi que nos falássemos pessoalmente.

- Sim, eu queria muito...

Antes que pudesse descobrir o que Olívio queria, foram interrompidos por Angelina e
Alicia que chegavam animadas.

- Olívio? – Perguntou Angelina assustada ao ver que ele estava no vagão – O que
você...

- Estava de saída, só vim dizer oi – Disse, antes que ela pudesse completar a frase e
saiu pela porta do vagão depois de cumprimentar as meninas que ainda estavam em
pé paradas olhando.

- O que ele estava fazendo aqui? – Perguntou Alicia colocando suas coisas no
compartimento superior.

- Ele só veio dizer oi mesmo – Mentiu, não queria falar sobre Olívio, especialmente
com Angelina, que já ficaria cheia de esperanças se soubesse o que ele estava fazendo
ali, se bem que, nem mesmo Hydra sabia ao certo o que era.
As meninas se sentaram e ficaram conversando sobre suas férias, logo Fred, Jorge e
Lino chegaram se juntando a eles e Hydra sentiu o trem dando partida.

Angelina e Alicia conversavam animadamente sobre quadribol enquanto Jorge, Lino,


Hydra e Fred jogavam snaps explosivos.

- A oi pessoal! – Disse a voz que Hydra reconheceu ser de Peter Macmillan antes
mesmo de olhar para ver o lindo bruxo sorrindo na porta, Angelina é claro, revirou os
olhos mas todos os outros cumprimentaram o rapaz.

- Quer jogar Peter? – Perguntou Fred.

- A, claro, se vocês não se importarem... – Disse ele entrando na cabine.

- Nem um pouco – Respondeu Hydra abrindo o pouco espaço que tinha no vagão para
ele.

Angelina desistiu de encarar Peter com cara feia e voltou a conversa com Alicia depois
de um tempo.

- Você recebeu minha carta ontem? – Perguntou Peter, entre uma partida e outra.

- Sim, me desculpe, eu não pude responder em tempo, mas eu amei o livro, de


verdade – Disse Hydra sorrindo.

- Gostou mesmo? Já leu todo? – Perguntou ele surpreso.

- Terminei tudo ontem - Respondeu ela.

- E o que achou? A heroína do livro não parece com você? – Perguntou Peter.

- Nem um pouco, ela é tão esperta e corajosa, as coisas que ela faz... – Disse Hydra
suspirando.

- E você acha que você é como? Você é corajosa e esperta, Hydra – Peter sorria de um
jeito que Hydra notou, até mesmo Alícia suspirava disfarçadamente.
Era difícil saber com quem se coração acelerava mais, só de pensar no beijo que deu
em Peter, sua boca enchia de água e sentia calor pelo corpo, mas ver Olívio também a
deixava abalada, realmente era muito difícil saber.

O Expresso de Hogwarts rodava numa velocidade constante para o norte e o cenário à


janela ia se tornando cada vez mais bravio e escuro enquanto as nuvens, no alto, se
avolumavam. Estudantes passavam pela porta da cabine correndo para cima e para
baixo.

No meio da tarde a chuva começou a cair e Peter se despediu dizendo que tinha que
voltar para sua cabine e se trocar, ele olhava atentamente para Hydra que sorria
encabulada, então saiu pelos corredores do trem.

- Eu não sei o que esse menino tinha que fazer aqui – Disse Angelina irritada.

- Ele é legal – Disse Fred indiferente.

- É que você é Team Olívio fanática – Brincou Jorge, deixando Angelina ainda mais
irritada.

- Eu só acho que ele é muito abusado e intrometido, só isso!

- Você tem que parar com isso, ele é meu amigo e provavelmente vai andar com a
gente esse ano – Disse Hydra se sentando depois de perder a última partida de Snap
explosivo.

- Mal posso esperar... – Disse Angelina irônica.

- Ai, Hydra, se você não namorar esse menino, eu namoro – Brincou Alícia, fingindo
que se abanava.

A chuva engrossava à medida que o trem avançava mais para o norte; as janelas agora
iam se tornando um cinza sólido e tremeluzente, que gradualmente escureceu até as
lanternas se acenderem nos corredores e por cima dos bagageiros. O trem sacolejava,
a chuva fustigava e o vento rugia. Hydra decidiu trocar para as vestes escolares, já que
parecia que iriam chegar em breve em Hogwarts.

O trem começou a reduzir a velocidade e todos estranharam


- Mas já chegamos? Achei que ainda faltava um tempinho – Disse Hydra espantada
tentando ver algo na janela, mas estava escuro demais.

O trem foi rodando cada vez mais lentamente. Quando o ronco dos pistões parou, o
barulho do vento e da chuva de encontro às janelas pareceu mais forte que nunca.

Fred e Jorge expionavam o corredor fora da cabine, mas só viram muitas outras
cabeças saindo das cabines e procurando curiosas o que podia ter acontecido.

- Não vejo nada! – Reclamou Fred.

O trem parou completamente com um tranco, e baques e pancadas distantes


sinalizaram que as malas tinham despencado dos bagageiros. Em seguida, sem aviso,
todas as luzes se apagaram e eles mergulharam em total escuridão.

- O que está acontecendo? – Gritou Angelina assustada.

- Eu não sei, está muito escuro!– Disse Hydra também assustada tentando levantar,
mas acabou sentando novamente ao pisar no pé de Lino e o menino reclamar de dor.

- O trem deve ter enguiçado, só pode ser isso! – Disse Alicia alto.

Ouviu-se um barulho de pano esfregando no vidro e Hydra tentou ver o que acontecia
na janela, mas estava tudo em uma total escuridão até que conseguiu ver uma forma
estranha se mexendo.

- Tem alguém lá fora – Disse ela.

- Quem? – Perguntaram todos assustados.

- Eu não sei, eu não consigo ver- Disse tentando fazer mais força para reconhecer
quem se mexia mas foi interrompida após ouvir um grito.

- Quem foi? O que aconteceu?

- Hydra? Hydra? Você está ai? – Era voz de Draco que parecia estar chorando – O que é
isso Hydra?
- Draco? Eu estou aqui – Disse tentando puxar o irmão para perto de si.

A porta da cabine abriu novamente, e Hydra notou muito mal por causa da falta de luz,
que havia um vulto de capa que alcançava o teto. Seu rosto estava completamente
oculto por um capuz. Havia uma mão saindo da capa e ela brilhava, um brilho cinzento,
de aparência viscosa e coberta de feridas, como uma coisa morta que se decompusera
na água...

E então a coisa encapuzada, fosse o que fosse, inspirou longa e lentamente, uma
inspiração ruidosa, como se estivesse tentando inspirar mais do que o ar à sua volta.

Hydra sentiu um frio intenso a atingir e sua respiração parecia pesada e difícil, sentia
como se estivesse se afogando naquele ar gelado, sentiu toda sua alegria desaparecer
e só conseguia lembrar de todos os momentos horríveis que já teve, seu pai a
trancando no porão, seu pai a atacando na escola, Draco a desapontando, parecia
sentir que jamais seria feliz novamente.

Ela não sabia quanto tempo se sentiu desse jeito, mas finalmente a criatura
encapuzada saiu e as luzes do trem se acenderam novamente, era como se finalmente
aquela tristeza profunda a abandonara, ela olhou ao redor e todos tinham o rosto
assustado e pálidos. Draco saiu correndo para fora da cabine quase que
imediatamente.

- O que era aquilo? – Perguntou Angelina, mal conseguindo falar.

Hydra pensou um pouco e finalmente reconheceu a criatura relembrando tudo que


aconteceu e disse:

- Dementador – Sua voz também tinha dificuldade de sair de sua garganta.

- O que? Os guardas de Azkaban? – Perguntou Alicia assustada – O que eles estariam


fazendo aqui no trem?

- Eu não sei, mas tudo que aconteceu bate com o que li nos livros sobre dementadores,
acredite... – Disse Hydra firme e aos poucos se recuperando do choque.

- Parecia que eu nunca mais ia ser feliz, foi horrível – Disse Fred ainda em choque se
ajeitando na poltrona.
- Eu também me senti assim – Concordou Jorge e Lino também depois dele.

- Eles fazem exatamente isso, se alimentam das nossas emoções, são horríveis – Disse
Hydra respirando fundo.

O trem finalmente voltou a andar e ninguém no vagão conseguia falar qualquer coisa.

- Hydra, você está bem? – Peter entrara correndo na cabine. Angelina estava em tanto
choque que nem lhe deu atenção.

- Sim e você? – Disse Hydra tentando não mostrar o terror que ainda sentia.

- Foi horrível, eu achei que... – Ele procurou as palavras – Só queria ver se você estava
bem.

Hydra sorriu e logo em seguida outra pessoa apareceu na porta.

- Hydra, você está bem? – Era Olívio que parecia nervoso e levou um choque ao ver
que Peter também estava ali.

- Que bom que nós somos todos invisíveis, tirando a Hydra, é claro! – Brincou Fred,
mostrando que as coisas estavam voltando ao normal.

- Eu quis dizer, se vocês estão todos bem – Olívio perguntava sem graça.

- Sim, sim, eu também - Afirmou Peter.

- Sim, está tudo bem – Responderam todos ainda observando a situação.

- Bem, eu vou indo então, vejo vocês em Hogwarts – Disse Olívio olhando feio para
Peter e se retirando.

- Eu também vou indo – Peter saiu atrás de Olívio e todos que restavam no vagão
encararam Hydra.

- Calem a boca... – Disse ela se ajeitando no cantinho da janela.


Ninguém falou muito durante o resto da viagem. Por fim, o trem parou na estação de
Hogsmeade e houve uma grande correria para desembarcar; corujas piavam, gatos
miavam e estava frio demais na minúscula plataforma; a chuva descia em cortinas
geladas.

– Alunos do primeiro ano por aqui! – chamou uma voz conhecida. Hydra se virou e
deparou com o vulto gigantesco de Hagrid, no outro extremo da plataforma, fazendo
sinal para os novos alunos, aterrorizados, se aproximarem para a tradicional travessia
do lago, então seguiu seus amigos pela plataforma e desceram para uma trilha
enlameada, cheia de altos e baixos, onde no mínimo uns cem coches os aguardavam,
cada qual, Hydra só podia supor, puxado por um cavalo invisível, porque os garotos
embarcaram em um, fecharam a porta e o veículo saiu andando, aos trancos e
balanços, formando um cortejo.

O coche cheirava levemente a mofo e palha mas Hydra não conseguia invejar os alunos
do primeiro ano que deveriam atravessar o lago nessa chuva.

Quando o coche foi se aproximando de um magnífico portão de ferro forjado, ladeado


por colunas de pedra com javalis alados no alto, Hydra viu mais dois dementadores
encapuzados montando guarda dos lados do portão. Uma onda de náusea e frio
tornou a invadi-la mas passou logo depois que atravessaram a entrada. O coche
ganhou velocidade no caminho longo e inclinado até o castelo;. Por fim, o coche parou
balançando, e eles desembarcaram.

Hydra continuou andando e se reuniu aos muitos alunos que enchiam as escadas,
cruzavam a soleira das enormes portas de carvalho e penetravam no saguão cavernoso
iluminado com tochas ardentes, onde havia uma magnífica escadaria de mármore para
os andares superiores. A porta que levava ao Salão Principal, à direita, estava aberta;
Hydra seguiu o grande número de alunos que se deslocava naquela direção, o teto
estava como sempre, encantado para parecer o tempo lá fora que no momento estava
fechado e chuvoso e milhares de velas iluminavam os muitos alunos que se sentavam.
Hydra se sentou na mesa da Grifinória e seus amigos sentaram ao seu redor. Fred do
seu lado direito e Jorge do esquerdo, Angelina ao lado de Fred, Lino em frente ao
Jorge, Kate na frente de Hydra e Alicia em frente ao Fred, na mesa da Corvinal, Peter
sorria e acenava e Hydra sorriu e acenou de volta.
Assim como no ano anterior, a seleção dos alunos foi feita, Hydra sentiu até mesmo
uma certa saudade, exatamente um ano atrás ela fora escolhida para a Grifinória e
conhecera seus novos melhores amigos.

- Oi gente – Disse Jennifer Macmillan sentando ao lado de Angelina – Vocês souberam


o que aconteceu no trem? – Perguntou parecendo animada.

- Sim, Dementadores... – Respondeu Hydra

- Isso também, mas parece que o Harry Potter desmaiou ao ver um deles – Disse e
todos se espantaram.

- Desmaiou? O Harry? – Exclamaram Jorge e Fred juntos – Todos sabem que ele não é
nenhum covarde.

- Sim, mas foi o que aconteceu – Afirmou Jeniffer -, está todo mundo falando disso.

Hydra olhou ao redor da mesa da Grifinória, mas não viu nenhum sinal de Harry.

Depois de um tempo, reparou que Harry e Hermione se aproximaram e sentaram


junto a Rony que estava um pouco mais na ponta da mesa e percebeu também que
todos cochichavam quando ele passara.

O Prof. Dumbledore, embora muito velho, sempre dava uma impressão de grande
energia. Tinha alguns palmos de cabelos e barbas prateados, óculos de meia-lua e um
nariz muito torto. Em geral era descrito como o maior bruxo da era atual.

– Sejam bem-vindos! – começou Dumbledore, a luz das velas tremeluzindo em suas


barbas. – Sejam bem-vindos para mais um ano em Hogwarts! Tenho algumas coisas a
dizer a todos, e uma delas é muito séria. Acho que é melhor tirá-la do caminho antes
que vocês fiquem tontos com esse excelente banquete...

O diretor pigarreou e prosseguiu:

– Como vocês todos perceberam, depois da busca que houve no Expresso de


Hogwarts, a nossa escola passou a hospedar alguns dementadores de Azkaban, que
vieram cumprir ordens do Ministério da Magia.
Ele fez uma pausa parecendo insatisfeito.

– Eles estão postados em cada entrada da propriedade e, enquanto estiverem


conosco, é preciso deixar muito claro que ninguém deve sair da escola sem permissão.
Os dementadores não se deixam enganar por truques nem disfarces, nem mesmo por
capas de invisibilidade – acrescentou ele brandamente. – Não faz parte da natureza
deles entender súplicas nem desculpas. Portanto, aviso a todos e a cada um em
particular, para não darem a esses guardas razão para lhes fazerem mal. Apelo aos
monitores, e ao nosso monitor e monitora-chefes, para que se certifiquem de que
nenhum aluno entre em conflito com os dementadores.

Dumbledore fez nova pausa; percorreu o salão com um olhar muito sério mas ninguém
se mexeu nem emitiu som algum.

– Agora, falando de coisas mais agradáveis – continuou ele –, tenho o prazer de dar as
boas-vindas a dois novos professores este ano. "Primeiro, o Prof. Lupin, que teve a
bondade de aceitar ocupar a vaga de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas."
Ouviram-se algumas palmas dispersas e pouco entusiásticas. O tal professor Lupin
parecia particularmente malvestido ao lado dos outros professores que trajavam suas
melhores vestes.

– Quanto ao nosso segundo contratado – continuou Dumbledore quando cessavam as


palmas mornas para o Prof. Lupin. – Bem, lamento informar que o Prof. Kettleburn,
que ensinava Trato das Criaturas Mágicas, aposentouse no fim do ano passado para
poder aproveitar melhor os membros que ainda lhe restam. Contudo, tenho o prazer
de informar que o seu cargo será preenchido por ninguém menos que Rúbeo Hagrid,
que concordou em acrescentar essa responsabilidade docente às suas tarefas de
guarda-caça.

Hydra ficou muito alegre com a notícia e bateu palmas entusiasmada, Hagrid no
começo do ano anterior não gostava de Hydra, mas depois de conversarem, passaram
a ter uma relação bastante harmoniosa, tendo Hagrid inclusive visitado Hydra quando
ela ficou na ala hospitalar depois da briga com seu pai. Os aplausos, que foram
tumultuosos principalmente à mesa da Grifinória. Hagrid, tinha o rosto vermelho-rubi,
os olhos postos nas mãos enormes, e o sorriso largo escondido no emaranhado de sua
barba escura.
– Bem, acho que, de importante, é só o que tenho a dizer. Vamos à festa! As travessas
e taças de ouro diante das pessoas se encheram inesperadamente de comida e bebida.

- Esse ano eles capricharam – Dizia Fred, enquanto comia verozmente.

- Todos ano que vi eles capricham – Afirmou Angelina.

Hydra voltou sua atenção para Jeniffer e Rita, que conversavam em cochicho, sentiu
uma leve sensação de ciúmes e insegurança ao olhar para a menina ruiva e lembrar
que ela estava com Peter no ano anterior.

- Foi mal não ter ido na sua festa, Hydra – Disse Rita, se virando para a menina quando
viu que ela olhava.

- Tudo bem, eu entendo – Respondeu Hydra sorrindo.

- Eu estava viajando, Suécia, já foi? É maravilhoso por lá – Dizia Rita.

- Nunca, mas deve ser mesmo.

- A Jeniffer no entanto, me disse que se divertiu muito – Rita ria maliciosamente e


cutucava a amiga.

- Eu sei, eu vi... - Hydra também ria ao lembrar de Jeniffer dançando com o rapaz
moreno em sua festa.

- E você também, né Hydra? Dançou a beça com o meu irmão.

Hydra ficou vermelha e olhou sem graça para Rita, que deu uma risada.

- Hydra, você não está achando que tem algum problema, né?

- Não, é que...

- Eu e Peter só ficamos algumas vezes, não tem nada a ver, além disso, ele é super
apaixonado por você e eu não curto ele desse jeito mais.

- Eu sei, ele é uma pessoa maravilhosa – Disse Hydra, ficando cada vez mais vermelha.
- Mas ela ainda está enrolando o pobrezinho – Disse Jeniffer, em tom de brincadeira.

- Não é enrolando, é que bem... – Hydra deu uma boa olhada para Olívio, que estava
na outra ponta da mesa conversando com seus amigos do sétimo ano – É que eu amei
o Olívio, sabe? Ainda estou muito confusa.

- Eu entendo – disse Rita-, mas não espere muito, o que tem de menina querendo
pegar seu lugar...

O banquete foi tão delicioso quanto do ano anterior e o salão inteiro estava alegre e
sons de conversa podiam ser ouvidos, assim como o som de talheres batendo nos
pratos.

Finalmente, quando os últimos pedaços deliciosos de torta de abóbora tinham


desaparecido das travessas de ouro, Dumbledore anunciou que era hora de todos se
recolherem

Hydra e os amigos se reuniram aos outros colegas da Grifinória que ocupavam toda a
escadaria de mármore e agora, muito cansados, caminharam por mais corredores e
mais escadas até a entrada secreta para a Torre da Grifinória. Uma grande pintura a
óleo de uma mulher gorda vestida de rosa perguntou-lhes:

– A senha?

– Já estou indo, já estou indo! – gritou Percy lá do fim do ajuntamento. – A nova


senha? Fortuna Major!

Depois de atravessar o buraco do retrato e a sala comunal, as garotas e garotos


tomaram escadas separadas. Hydra subiu até seu quarto acompanhada de suas
colegas, sentiu uma grande emoção ao ver novamente sua cama, parecia que séculos
tinham se passado desde que estivera ali a última vez.
CAPÍTULO 6

A VOLTA PARA HOGWARTS

Na manhã seguinte, Hydra acordou empolgada para o primeiro dia de aulas.

- Dez matérias? Você vai fazer dez matérias? – Se espantou Angelina com Hydra
enquanto se arrumavam para o café – Eu escolhi sete matérias e já está bom demais.

- Eu puxei oito – Afirmou Alicia ajeitando sua veste– Igual ao ano passado.

- Eu preciso dessas matérias para ser mestre de poções – Afirmou Hydra.

- De todas as dez? Eu duvido! – Disse Angelina rindo.

- Não de todas dez, realmente, mas sei lá, eu só queria tentar fazer todas elas, eu não
sei se vou continuar com tudo nos N.I.E.M.s, tudo vai depender.

- Eu não quero nem imaginar o quanto você deve ficar louca com as aulas esse
semestre – Disse Alícia brincando.

As amigas desceram para o café sentando na mesa da Grifinória e encontrando os


meninos.

- Se as sete principais não fossem obrigatórias, eu nem isso teria puxado – Afirmou
Fred se servindo de panquecas.

- Esse ano temos os N.O.M.s – Disse Hydra olhando espantada para ele – Você não
está nem um pouco preocupado?

- Não! – Responderam Fred e Jorge juntos decidido.

A Prof a McGonagall agora vinha passando pela mesa distribuindo os horários.

– História da Magia, dois tempos de Poções, Runas antigas e dois tempos de Defesa
Contra as Artes das Trevas. – Disse Hydra em voz alta.

- Você não está fazendo adivinhação? – Perguntou Angelina espionando os horários de


Hydra.
- Não, nunca me interesse muito pelo tema, prefiro o futuro como um mistério para
mim...

- Então vamos ficar separadas – Disse Angelina – Eu e Alicia estamos fazendo


adivinhação.

- Algum de vocês faz Runas antigas? – Perguntou, olhando ao redor, mas ninguém
respondeu.

- Ótimo, então vou ficar sozinha... - Murmurou triste.

- Eu faço – Disse Jeniffer que se sentou ao lado de Angelina – E a Rita também.

- Eba! – Exclamou Hydra sorrindo, apesar de ainda se sentir um pouco esquisita perto
da Rita.

- Olá – Olívio se sentou ao lado de Alicia e olhou diretamente para Hydra, mas logo
disfarçou o olhar – Eu só queria dizer que nosso primeiro jogo será contra a Sonserina
– Disse ele sem graça.

- Nós sabemos – Afirmou Jorge.

- Eu estou confiante que esse ano vamos levar a taça, se treinarmos duro... – Disse ele
sorrindo.

- E você irá se encarregar disso, certo? – Brincou Fred.

- De qualquer maneira, em breve estarei marcando o primeiro treino – Olhou para


Hydra nesse momento – Espero ver todos vocês lá.

- Eu não vou participar do time esse ano Olívio, – O sorriso do murchou na hora – eu
preciso estudar para os N.O.M.s, caso preciso de um reserva, eu posso até ajudar, mas
fora isso, não vai dar muito... – Hydra disse decidida.

- Tudo bem, eu acho, não era justo eu pedir isso de você mesmo, não é mesmo? –
Olívio parecia bem triste – bem, eu vejo vocês então nos treinos – Disse, olhando para
o resto do time, se levantou e foi até onde seus amigos do sétimo ano estavam.
- Você podia ter sido um pouco menos grossa, não é? – Disse Angelina com raiva.

- De novo não Angelina, por favor! – Cortou Hydra sem paciência, comendo um pedaço
de parqueca de queijo.

Harry se sentou ao lado de Jorge seguido de Rony e Hermione. Hydra notou de Harry
olhava com raiva para a mesa de Sonserina e viu Draco fingindo desmaios e rindo com
um grupo de alunos, ficou muito chateada com o irmão, mas pensou que talvez Harry
não gostasse se fosse brigar naquele momento com Draco, então decidiu deixar para
depois do café.

– Novos horários de aulas para os alunos do terceiro ano – disse Jorge, distribuindo-os
a eles– Que é que há com você, Harry?

– Malfoy – informou Rony, olhando feio para a mesa da Sonserina. Jorge e Hydra
ergueram os olhos na hora em que Draco fingia desmaiar de terror outra vez.

– Aquele debiloide! – disse Jorge calmamente. – Ele não estava tão exibido ontem à
noite quando os dementadores revistaram o nosso lado do trem. Entrou correndo na
nossa cabine, não foi, Fred?

– Quase fez xixi nas calças – disse Fred ao lado de Hydra, lançando a Draco um olhar de
desprezo. Hydra sentia tanta vergonha pela atitude de seu irmão, que preferiu não
falar nada.

– Nem eu fiquei muito feliz – comentou Jorge. – Eles são um horror, aqueles
dementadores...

– Meio que congelam a gente por dentro, não acha? – disse Fred.

– Esquece isso, Harry – disse Jorge para animá-lo. – Papai teve que ir a Azkaban uma
vez, lembra, Fred? E comentou que foi o pior lugar em que esteve na vida, voltou de lá
fraco e abalado... Eles sugam a felicidade do lugar, esses dementadores. A maioria dos
prisioneiros acaba endoidando.

– Em todo caso, vamos ver se Draco vai continuar tão felizinho depois do primeiro jogo
de quadribol – disse Fred. – Grifinória contra Sonserina, primeiro jogo da temporada,
está lembrado?
- Sim – Afirmou Harry, um pouco sem vontade, ainda olhando ocasionalmente para
Draco, que continuava fingir que estava desmaiando.

- Esquece ele, Harry, de verdade... – Disse Hydra sem graça – Você quer que eu vá lá
mandar ele parar?

- Definitivamente não – Disse Harry, apressadamente.

Depois de satisfeita com seu café, Hydra seguiu para a aula de História da magia com
seus companheiros do quinto ano, se despedindo de Harry, Hermione e Rony.

Se instalou em uma mesa na parte de trás da sala com Angelina e Alicia, como sempre,
Fred, Lino e Jorge sentaram na mesa atrás.

Logo o Professor Binns surgiu, ele é o único professor fantasma a dar aulas em
Hogwarts. Dizem que certa vez adormeceu em frente à lareira e quando acordou
deixou seu corpo para trás, indo dar aulas normalmente, sem perceber que morrera.
Muitos se perguntam qual é a diferença entre o professor Binns vivo e ele morto,
parece que não há nenhuma. Suas aulas são sempre extremamente tediosas, uma das
que Hydra mais detesta com certeza.

Hydra não conseguiu prestar muita atenção na aula, como sempre, ficava semi
adormecia quando ele começava a falar, mas ficou muito irritada quando ele passou
um trabalho de quarenta e cinco centímetros de pergaminho sobre a guerra dos
gigantes.

Finalmente seguiram para as masmorras em direção a aula de Poções.

– Quietos! – disse Snape friamente, fechando a porta ao passar logo depois de Hydra
se acomodar em sua cadeira

Não havia real necessidade de dar essa ordem; no momento em que a turma ouviu a
porta fechar, o silêncio se instalou e a conversa que todos estavam tendo animados
antes, terminou.

- Antes de começarmos a aula de hoje – disse o professor, caminhando imponente até


a escrivaninha e correndo os olhos pelos alunos –, acho oportuno lembrar a todos que
em Junho próximo prestarão um importante exame, no qual provarão o quanto
aprenderam sobre a composição e o uso das poções mágicas. Por mais estupidos que
sejam alguns alunos desta turma, eu espero que obtenham no mínimo um "Aceitável"
no seu N.O.M., ou terão de enfrentar o meu... desagrado.

– Quando terminar este ano, naturalmente, muitos de vocês deixarão de estudar


comigo – continuou Snape. – Só aceito os melhores na minha turma de Poções
preparatória para o N.I.E.M., o que significa que alguns de nós certamente vamos dizer
adeus.

Hydra prestava atenção em cada palavra, sabia que essa era a aula mais importante
para sua futura carreira.

– Mas ainda teremos um ano antes do feliz momento das despedidas – disse Snape
suavemente–, portanto, pretendam ou não tentar os exames dos N.I.E.M.s, aconselho
a todos que se concentrem em obter a nota alta que sempre espero dos meus alunos
de N.O.M.

— Hoje vamos aprender a misturar uma poção que sempre é pedida no exame dos
Níveis Ordinários em Magia: a Poção da Paz, uma beberagem para acalmar a
ansiedade e abrandar a agitação. Mas fiquem avisados: se pesarem muito a mão nos
ingredientes, vão mergulhar quem a beber em um sono pesado e por vezes
irreversível, por isso prestem muita atenção no que vão fazer.

– Os ingredientes e o método – Snape fez um gesto rápido com a varinha – estão no


quadro negro – (eles apareceram ali) –, encontrarão tudo de que precisam – ele
tornou a agitar a varinha – no armário do estoque – (a porta do armário mencionado
se abriu) –, e vocês têm uma hora e meia... podem começar.

Hydra nunca se concentrara tanto para fazer uma poção, sabia que precisava mais do
que nunca impressionar Snape, afinal, esse ano teria aulas extras com ele e queria que
ele achasse que ela vale a pena ser ensinada.

O professor não poderia ter passado para os alunos uma poção mais difícil e
demorada. Os ingredientes tinham de ser acrescentados ao caldeirão na ordem e
quantidade precisas; a mistura tinha de ser mexida o número exato de vezes, primeiro
no sentido horário, depois no anti-horário; o calor e as chamas em que a poção ia
cozinhar tinham de ser reduzidos a um nível exato, por um número específico de
minutos antes do último ingrediente ser adicionado.
– Um vapor claro e prateado deve se desprender da poção – avisou Snape – dez
minutos antes de ficar pronta.

Hydra notou que o caldeirão de Angelina soltava um vapor cinza escuro e de Alicia um
cinza um pouco mais claro, de seu caldeirão, saia um vapor claramente prateado.

- O que é isso senhorita Jhonson? – Disse ele ao lado de Angelina.

- A poção, Professor Snape – Disse ela de olhos baixos.

- Lamentável – Disse Snape com uma expressão de desgosto no olhar.

– Os alunos que conseguiram fazer a poção, encham um frasco com uma amostra de
sua poção, colem uma etiqueta com o seu nome escrito com clareza e tragam-no à
minha escrivaninha para verificação – disse Snape. – Dever de casa: quarenta
centímetros de pergaminho sobre as propriedades da pedra da lua e seus usos no
preparo de poções, para ser entregue na terça-feira.

Hydra encheu seu frasco e levou até a mesa de Snape.

- Senhorita Malfoy, gostaria que esperasse depois da aula, por favor – Disse Snape
sério, sem a olhar nos olhos.

Hydra disse para seus amigos seguirem sem ela e esperou sentada até que a sala se
esvaziasse.

- Sábados às oito – Disse Snape sem cerimônias ainda sentado em sua cadeira – Não
tolero atrasos e nem nenhum tipo de incopetência, estamos entendidos, senhorita
Malfoy? – Seus olhos caíram direto em Hydra que ainda estava sentada sem ação.

- Claro, sim Professor Snape – Disse guagejando.

- Pode se retirar.

Hydra saiu sem olhar para trás em direção a aula de Runas antigas.

Na sala, os rostos amigáveis de Fred, Jorge, Lino, Angelina e Alicia não estavam
presentes, Hydra se sentou ao lado dos rosto também amigáveis de Jeniffer e Rita.
- Eu amo essa matéria, é tão fascinante – Disse Rita alegre.

- Com certeza – Hydra não achava a matéria tão interessante assim, mas decidiu
mentir.

- Hydra, eu queria agradecer de novo pelo convite para a sua festa, eu me diverti tanto
– Disse Jeniffer.

- Eu sei, eu vi... - Hydra riu ao falar e Jeniffer ficou vermelha.

- É, Abbas é realmente muito divertido – Disse dando risadinhas nervosas se referindo


ao rapaz com quem dançou a noite inteira – E você? Já decidiu dar uma chance para o
meu irmão?

- Não é bem assim... - Agora Hydra que ficava vermelha – Peter... É complicado... Eu
gosto dele... Mas é complicado....

- Ele é completamente apaixonado por você, ele já me disse.

- Sim, eu disse isso ontem para ela – Afirmou Rita.

- Não é estranho que ele ficava com você ano passado e agora...

- Nem um pouco, Hydra – Afirmou Rita, interrompendo a menina -O Peter e eu sempre


fomos muito claros, nunca gostamos de verdade um do outro, era só... Físico.

Hydra ficou sem graça, mas também pensativa, será que o que Peter tinha por ela, não
seria algo só físico?

- Olha, seu ex é um gato, não me leve a mal, capitão do time de quadribol e tal, qual
menina não ia querer? Poucas não eu acho, Mas o Peter... Ele é ótimo, ele é muito
gente boa e realmente, eu nunca vi ele tão apaixonado por uma garota – Disse Rita.

- É verdade, Hydra, eu conheço meu irmão, eu acho que você deveria dar uma chance
para ele...
- Eu quero dar, de verdade, eu gosto dele mesmo, mas não quero dar agora, eu
realmente preciso pensar antes, esquecer completamente o ano passado... Não seria
justo com ele me entregar pra ele pela metade, sabem?

- Sei sim – Disse Jeniffer compreensivamente.

- Você acha que você ainda pode voltar com o gatinho do quadribol? – Perguntou Rita

- Não sei, eu acho que não, eu meio que gosto dele, mas eu acho que na verdade eu
nunca vou deixar de gostar totalmente, ele foi meu primeiro amor, mas infelizmente,
eu não fui o dele – Disse Hydra, com o rosto meio triste.

- Não? Quem foi? – Perguntou Jeniffer, olhando curiosa.

- O quadribol! – Afirmou Hydra.

O professor entrou na sala logo depois, fazendo com que todos se calassem e as
meninas não comentasse mais sobre ela e Olívio.

Elas seguiram juntas para o almoço, mas enquanto andavam pelo corredor do segundo
andar, foram interrompidas por Peter.

- E ai maninho, deixa eu adivinhar, veio falar com a sua irmã preferida? – Disse Jeniffer,
rindo e fazendo Rita rir também.

- Com certeza é minha irmã preferida e vim falar com você também, como está minha
maninha linda? – Perguntou ele, em um tom meio irônico.

- Bem, com saudades do irmão mais velho – Disse Jeniffer rindo.

- E ai, Macmillan, o que te traz nessa área do castelo? – Perguntou Rita.

- Na verdade, eu meio que queria falar com a Hydra – Disse ele.

- Não me diga? Que choque! – Brincou Jenifer, rindo e saindo com Rita para o Salão
Principal, deixando Peter e Hydra sozinhos no corredor.

- Bom, eu realmente queria falar com você – Disse ele sorrindo.


- O que houve? – Perguntou Hydra, tentando não parecer tão hiponotizada com
aquele encontro.

- Eu queria te entregar isso – Disse ele tirando um livro do bolso de suas vestes.

- O que é isso?

- "As memórias de Elleny Dicksan" – Disse Peter, mostrando a capa de um livro branco
com bordas rosa e amarelo – ela é outra bruxa muito parecida com você, ajudou na
guerra contra os ogros de forma espetacular, foi uma das bruxas mais inteligentes e
corajosas de sua época.

- Parece espetacular, não sei ainda como eu pareço com ela – Disse Hydra rindo.

- Você realmente não se vê como eu te vejo, né? Acho que você deveria se olhar pelos
meus olhos um dia – Afirmou o menino, sorrindo

- E o que eu veria? – Perguntou Hydra, com o coração acelerando novamente.

- Uma menina linda, talvez a mais linda que eu já vi talvez, inteligente, corajosa, que
desafia toda a sua família o tempo todo, mesmo sem perceber, completamente
apaixonante...

Peter chegava cada vez mais perto de Hydra, de modo que no final da frase, já estavam
praticamente colados, prestes a se beijarem novamente, até serem interrompidos por
uma voz familiar.

- O Macmillan agora? Está melhorando um pouco, Malfoy! – Dizia Flint, seguido por
alguns meninos do sétimo ano da Sonserina.

Hydra se afastou sem graça de Peter, não queria que ninguém soubesse ainda deles
dois (se é que tinham alguma coisa).

- O que você quer, Flint? – Perguntou Peter, olhando irritada e desafiadoramente para
o rapaz.

Perto de Peter, Flint parecia baixo, afinal, o rapaz tinha quase 1,95 de altura.
- Relaxa, Macmillan, foi só um elogio – Disse o rapaz rindo.

- Você não era para ter se formado já? – Perguntou Hydra.

- Sim, mas aí como você ficaria sem mim aqui?

- Acho melhor você ir circulando, Flint – Afirmou Peter, parecendo um pouco


assustador.

- Relaxa, já estava indo mesmo, Malfoy, manda um beijo para a sua amiguinha
Francesa, ela era... Sublime! – Flint apertava os lábios e fazia um gesto de aprovação
com a mão e depois ria junto com seus amigos e se retirou, deixando Hydra
irritadíssima de ele ter coragem de falar algo de Gisele.

- Ele é um babaca – Afirmou Peter -, quer que eu dê um chegue para lá nele?

- Não, obrigada, eu já fiz isso sozinha, mas ele continua babaca, além disso, eu não
quero te meter em confusão.

- Por você, valeria a pena – Disse Peter, novamente sorrindo.

Os dois foram juntos para o Salão Principal, aonde Olívio e Angelina, que estavam
sentados juntos, olhavam feio para a cena.

- Até mais tarde – Disse Peter, se sentando na mesa da Corvinal, enquanto ela seguia
para a mesa da Grifinória.

- Vocês estão namorando? – Perguntou Alícia, parecendo super animada enquanto


Hydra sentava ao seu lado.

- Não, somos só amigos – Hydra respondeu.

- Que bom, porque senão, acho que veríamos o Olívio explodir, ele ficou vermelho
quando viu vocês dois entrando juntos – Afirmou Fred.

- Ele não tem motivo pra isso – Disse Hydra.


- Não mesmo, ele que terminou com você, não foi? Agora aguenta... – Disse Alícia, que
era incrivelmente mais compreensiva quanto a isso do que Angelina.

- Bom, vamos falar do que interessa então – Disse Jorge-, nosso negócio de
brincadeiras, eu e Fred trouxemos coisas incríveis do Egito, que com certeza vão agitar
nosso futuro negócio.

- Tipo o que? – Perguntou Alícia.

- Tipo uma pedra da lua especial, da para fazer bombinhas de luz que mudam de cor –
Disse Fred, parecendo muito empolgado.

- Será que da para usar em poções? Fazer o efeito ficar maior ou melhor? – Perguntou
Hydra.

- Trouxemos duas para você – Disse Jorge, revirando os olhos.

- Vocês são maravilhosos! – Hydra apertava as bochechas dos gêmeos, que se


afastavam.

- Espero que o Snape esteja te dando crédito extra por toda essa dedicação, Hydra, eu
nunca vi nada igual! – Disse Alícia.

- Não mesmo, mas eu realmente quero ser uma mestre em poções, além disso, eu
realmente gosto do que eu faço – Hydra tinha um olhar sonhador, quase parecido com
o do...

- Oi Olívio – Disse Alícia, tirando Hydra de seus pensamentos sobre poção, o menino se
sentava perto deles agora, junto com Angelina.

- Estava discutindo algumas estratégias de quadribol com a Angelina – Disse o rapaz,


sem olhar direito para Hydra.

- E parece que podemos ganhar mesmo esse, as estatégias estão muito boas! - Disse,
Angelina, quase tão empolgada quanto Olívio.

- Eu não duvido disso – Disse Hydra, tentando ser simpática com o ex namorado e com
Angelina.
- E o Macmillan? Será que ele não vai entrar para o time da casa dele? – Perguntou
Olívio, com um sorriso irônico no rosto e um olhar raivoso.

- Eu duvido, ele me disse que não gosta de quadribol muito, até curte ver, mas não
tem interesse de verdade pela coisa – Respondeu Hydra, distraidamemte comendo um
pouco de pudim.

- Deve ser reconfortante para você então, não? – Perguntou Olívio, agora sem mesmo
o sorriso irônico no rosto para disfarçar a sua raiva no tom de voz.

- O que tem de errado com você hoje, Olívio? – Perguntou Hydra.

- Nada, Hydra, absolutamente nada – Respondeu ele, Hydra reparou que seu rosto
estava vermelho e irritado e seu sotaque escocês parecia mais forte quando ele ficava
com raiva.

- Calma, Wood, amigos, somos todos amigos – Disse Fred, levantando as mãos como
quem se rendesse a um assalto e fazendo Jorge e Lino rirem.

- Eu vou tomar um ar antes da aula – Disse Olívio, levantando em um único movimento


e indo furiosamente para a saída do Salão Principal.

- Qual é o problema dele, afinal? – Perguntou Hydra.

- Você sabe muito bem qual...

- Não, Angelina, não sei, não me responda, por favor, também não quero saber – Disse
Hydra, querendo evitar mais uma briga com a amiga, que agora bufava.
CAPÍTULO 7

O BICHO PAPÃO E O HIPOGRÍFO

O próximo tempo era de Defesa contras as artes das trevas, O Prof. Lupin não estava
em sala quando Hydra chegou. Hydra encontrou um lugar na frente e se sentou com
Alícia e Angelina. Os demais alunos também se sentaram, tiraram das mochilas, os
livros, penas e pergaminho e estavam conversando quando o professor finalmente
apareceu.

Lupin sorriu vagamente e colocou a velha maleta surrada na escrivaninha. Estava


malvestido como sempre mas parecia mais saudável do que no dia do trem, como se
tivesse comido umas refeições reforçadas

– Boa-tarde – cumprimentou ele. – Por favor guardem todos os livros de volta nas
mochilas. Hoje teremos uma aula prática. Os senhores só vão precisar das varinhas.

Alguns alunos se entreolharam, curiosos, enquanto guardavam os livros. Nunca tinham


tido uma aula prática de Defesa Contra as Artes das Trevas antes, a não ser que você
conte uma encenação de um dos livros de Lockhart como aula prática.

– Certo, então – disse o Prof. Lupin, quando todos estavam prontos. – Queiram me
seguir.

Intrigados, mas interessados, os alunos se levantaram e o seguiram para fora da sala.


Ele levou os alunos por um corredor deserto e virou num canto

– Entrem, por favor – disse ele, abrindo a porta e se afastando para os alunos
passarem. A sala dos professores, uma sala comprida, revestida com painéis de
madeira e mobiliada com cadeiras velhas e desaparelhadas, estava vazia.

– Agora, então – disse o Prof. Lupin, chamando, com um gesto, a turma para o fundo
da sala, onde não havia nada exceto um velho armário em que os professores
guardavam mudas limpas de vestes. Quando o professor se postou a um lado, o
armário subitamente se sacudiu, batendo na parede.
"Não se preocupem", disse ele calmamente porque alguns alunos tinham pulado para
trás, assustados. "Há um bicho-papão aí dentro."

Muitas pessoas olharam espantadas para o professor, Jeniffer soltou um gritinho de


terror e Alícia pareceu extremecer toda.

– Bichos-papões gostam de lugares escuros e fechados – informou Lupin. – Guarda


roupas, o vão embaixo das camas, os armários sob as pias... Eu já encontrei um alojado
dentro de um relógio de parede antigo. Este aí se mudou para cá ontem à tarde e
perguntei ao diretor se os professores poderiam deixá-lo para eu dar uma aula prática
aos meus alunos dos terceiro e quinto ano.

Acho que já devem ter aprendido no terceiro ano sobre Bicho papão, certo? Alguém
pode relembrar para a turma o que é um bicho papão?

Hydra levantou a mão, ela sabia muito bem o que era um bicho papão, seu primeiro e
único encontro com um não foi nada agradável.

– É um transformista – respondeu Hydra. – É capaz de assumir a forma do que achar


que pode nos assustar mais.

- Excelente, Senhorita?– Disse Lupin entusiasmado

- Malfoy – Informou Hydra.

– Ok, excelente, Senhorita Malfoy! – disse ele, sorrindo - Então como vocês sabem, o
bicho-papão que está sentado no escuro aí dentro ainda não assumiu forma alguma.
Ele ainda não sabe o que pode assustar a pessoa que está do lado de fora. Ninguém
sabe qual é a aparência de um bicho-papão quando está sozinho, mas quando eu o
deixar sair, ele imediatamente se transformará naquilo que cada um de nós mais teme.
"Isto significa", continuou o Prof. Lupin, , "que temos uma enorme vantagem sobre o
bicho-papão para começar." E como esse ano iremos revisar esse assunto do terceiro
ano, resolvi que vocês deveriam também ter uma chance de ter essa aula prática –
Alguém pode lembrar a turma o feitiço que repele um bicho papão?

Hydra levantou novamente a mão.

- Senhorita Malfoy?
- Riddikulus – Para o feitiço funcionar, você precisa dizer o feitiço e pensar em algo que
faria a coisa que você tem medo se tornar cômica, a risada é o que acaba com ele –
Disse Hydra muito séria, ainda lembrando da sua última experiência com o bicho
papão.

- Muito bem senhorita Malfoy! – Exclamou o Professor – Gostaria de ser nossa


primeira a tentar o feitiço na prática? – Hydra demorou para responder, não queria
que todos soubessem que seu maior medo era seu pai, mas decidiu aceitar.

- Antes de mais nada – Disse Lupin – Quero que todos repitam comigo – Riddikulus

- Riddikulus – repetiu os alunos.

- Excelente!

O armário mexia fortemente e Lupin colocou Hydra de frentre para ele.

- Quando o bicho-papão irromper daquele guarda-roupa, e vir você, ele vai assumir a
forma do seu maior medo. E você vai erguer a varinha... assim... e gritar "Riddikulus"...
e se concentrar com todas as suas forças no que faria seu maior medo se tornar
cõmico, pense um pouco e me diga quando estiver pronta.

Hydra pensou em seu pai usando roupas femininas de trouxa e soltou uma risadinha.

- Acho que está pronta, certo? – Disse Lupin ansioso e Hydra confirmou com a cabeça
que sim.

– Se ela acertar, o bicho-papão provavelmente vai voltar a atenção para cada um de


nós individualmente. Eu gostaria que todos gastassem algum tempo, agora, para
pensar na coisa de que têm mais medo e imaginar como poderia fazê-la parecer
cômica...

A sala ficou silenciosa e Hydra se concentrava mais ainda no que deveria fazer a seguir.

– Todos prontos? – perguntou o Prof. Lupin.

– Hydra, nós vamos recuar – disse o professor. – Assim você fica livre, está bem? Vou
chamar o próximo a vir para a frente...
Hydra ficou sozinha, ao lado do guardaroupa segurando a varinha em posição.

– Quando eu contar três– avisou Lupin, que apontava a própria varinha para o puxador
do armário. – Um... dois... três... agora!

Um jorro de faíscas saltou da ponta da varinha do professor e bateu no puxador. O


guarda roupa se abriu com violência. Lúcio saiu do armário, com seus cabelos louros
brancos e olhos cinzas, ele parecia mais furioso do que nunca, como se fosse atacar
Hydra a qualquer momento, seus olhos brilhavam como uma chama de tanto ódio,
que Hydra sentiu seu coração bater forte, mas respirou fundo e se encheu de coragem.

- Riddikulus - Ouviu-se um ruído que lembrava o estalido de um chicote. Lúcio estava


usando um vestido vermelho abaixo do joelho e casaco de lã lilás, a mesma roupa que
Hydra usava no dia anterior.

Houve uma explosão de risos; o bicho-papão parou, confuso, e o Prof. Lupin gritou:

- Jorge! Vai!

Lúcio avançou para ele. Ouviu-se outro estalo e onde o bicho-papão estivera e agora
Lúcio virara um outro gêmeo de Jorge, mas com os cabelos, jeito de Percy e o
distintivo de monitor chefe em seu peito. Hydra ria muito só com essa visão, mas Fred
parecia enojado.

– Riddikulus! – exclamou Jorge e seu novo gêmeo parecia levar um choque e ficar com
cabelos em pé e língua de fora.

- Jeniffer – Disse Lupin.

Craque! E onde estivera antes o gêmeo certinho de Fred e Jorge, apareceu uma grande
aranha negra.

– Riddikulus! – Com outro clique a aranha teve todas as suas patas enroladas umas
nas outras.

A aula continuou com cada aluno enfrentando o Bicho papão e muitas risadas. Hydra
pensava que foi a melhor aula que ela já teve na vida.
– Excelente! – exclamou o Prof. Lupin enquanto a classe aplaudia com entusiasmo. –
Excelente. Muito bem, pessoal... 5 pontos para a Grifinória para cada pessoa que
enfrentou o bicho-papão... 25 para Hydra por ter respondido duas perguntas
corretamente além de enfrentar o bicho papão – Dever de casa: por favor leiam o
capítulo que revisa os bichos papões e façam um resumo para a próxima aula, isso é
tudo pessoal!

Todos saíram entusiasmados em direção ao salão principal para o almoço.

- Ele é genial!

- Você viu eu enfrentando aquela cobra gigante?

Os alunos todos cochichavam entusiasmados.

- Você quer conversar com a gente do porquê seu pai ser seu maior medo? –
Perguntou Fred e Jorge estava logo a seu lado.

- Você sabem o porquê... – Hydra disse triste e seguiu em silêncio para o salão.

- Ainda é assim? – Perguntou Fred.

- Eu não quero falar sobre isso...

Os gêmeos respeitaram a vontade de Hydra, apenas colocaram cada um o braço em


um de seus ombros e sairam os três abraçados e rindo em direção à torre da Grifinória.

Depois das aulas da tarde, Hydra decidiu dar um pulo na biblioteca, a quantidade de
dever de casa que tinha para um primeiro dia de aula era absurda e queria separar
alguns livros.

- Então, está de volta ao nosso corredor –Peter estava vindo em direção a Hydra com
uma pilha de livros na mão.

- Primeiro dia difícil também? – Perguntou ela observando os livros.


- Os professores estão pegando pesado, eu entendo que os N.I.E.M.s são esse ano e
que devemos nos preparar, mas pelo amor de Deus... – Disse o rapaz desacreditado,
apontando com os olhos para os livros nas mãos dele.

- É seu último ano de escola, não é excitante? – Perguntou Hydra sorrindo, imaginando
como seria estar no último ano.

- Muito e assustador também, ano que vem eu não tenho mais escola para me
preocupar, tenho trabalho! – Peter parecia realmente assustado.

- Como foi o estágio de verão?

- Maravilhoso! – Disse orgulhoso – Eu aprendi tanta coisa e o curandeiro principal já


prometeu que eu tenho uma vaga garantida no St Bruto's no ano que vem.

- Que maravilha! Ano que vem então você já vai ser um curandeiro – Disse Hydra
genuinamente feliz pelo rapaz.

- Em treinamento... Corrigiu Peter – São alguns anos de treinamento até que você seja
um curandeiro de verdade, mas já é um começo.

- Eu mal posso esperar para poder trabalhar e sair de casa – Seu tom de voz mudou
para um mais sombrio.

- Quais são os seus planos para depois da escola? – Perguntou Peter, parecendo muito
interessado.

- Conseguir um emprego com poções e sair de casa, se eu pudesse, mudar de


sobrenome – Riu Hydra.

- Quem sabe, se você casa você muda de sobrenome – Brincou Peter.

- Mas isso eu não pretendo fazer assim que sair da escola, alguns anos depois, quem
sabe... – Os dois riram da brincadeira.

- Hydra, eu não queria falar nada – Disse Peter ficando sério – Mas aquele beijo na sua
casa, eu não consigo parar de pensar nele – Os olhos azuis de Peter prendiam Hydra de
uma forma inexplicável, mas ela tentou ser firme.
- Eu quero que ele se repita, quero de verdade, mas eu ainda preciso de mais algum
tempo, você entende?

- Claro que sim – lá estava o sorriso branco novamente... – eu espero o tempo que
você quiser.

- Obrigada, você é a pessoa mais paciente que eu conheço – Disse Hydra, retribuindo o
sorriso do rapaz.

- Você nem imagina o quanto... É bom para ser curandeiro eu acho! – Disse Peter,
rindo.

Depois de se despedirem, Hydra seguiu para biblioteca e Peter para a sala comunal da
Corvinal.

No jantar, Hydra soube que um dos animais de Hagrid mordera Draco que estava na
ala hospital, então decidiu ir correndo para lá atrás do irmão.

Chegando lá, encontrou Draco deitado em uma das camas com uma atadura em seu
braço.

- O que aconteceu, Draco?

- Aquele idiota do Hagrid e seu bicho nojento! – Gritava Draco nervoso – Ele me
mordeu, o bicho me mordeu!

- O que você fez para que isso acontecesse Draco? – Disse Hydra séria, conhecia bem o
irmão para saber que não era inocente nesse história, mas ele a olhava chocado.

- NADA! EU NÃO FIZ NADA! – Gritou ele tão alto que a Madame Pomfrey saiu de sua
sala para reclamar.

- Tudo bem, tudo bem, eu acredito em você... – Mentiu Hydra que estava sentada ao
lado da cama de Draco – Mas foi só um acidente Draco, não precisa fazer um caso
disso.

- Acidente? Aquele imbecil vai pagar pelo que fez! Eu vou enviar uma coruja para o
papai assim que sair daqui e ele será despedido se depender de mim e do papai
também, aposto que ele vai me ajudar nisso! – Draco estava com o rosto vermelho de
tanta raiva ao falar.

- Não faça isso Draco, o Hagrid não merece ser despedido, foi um acidente, por favor
não faça isso! – Implorou Hydra nervosa, não queria que Hagrid perdesse o emprego
que imaginava que amassse tanto.

- O BICHO DELE MORDEU O MEU BRAÇO! AQUELA MALDITA GALINHA GIGANTE


MORDEU O MEU BRAÇO!– Gritava alto novamente e a Madame Pomfrey pediu por
favor que Hydra se retirasse.

Chegando na sala comunal, Hydra sentou em uma poltrona e começou a fazer a pilha
de deveres de casa que tinha, até mesmo Jorge e Fred pareciam concentrados fazendo
o dever, Harry, Hermione e Rony a deixaram a par da história verdadeira de Draco e
Hagrid.

- Ele ofendeu o Hipogrifo mesmo depois do Hagrid deixar bem claro que não podia! –
Disse Hermione que também fazia o dever.

- É bem a cara dele fazer isso, eu vou tentar falar com ele novamente para que não fale
nada com o papai, prometo – Disse Hydra sem graça.

- Ele já deve saber – Interrompeu Fred- Dumbledore deve ter tido que avisar para ele
sobre o acidente de Draco.

- Você acha? – Perguntou Hydra desanimada – De qualquer maneira vou tentar ajudar
o máximo que eu puder.

- Seu irmão não deve deixar isso barato, Hydra, eu duvido muito, apesar de ter sido
tudo culpa dele! – Disse Harry.

Draco ficou alguns dias na enfermaria, Hydra procurava visitá-lo todos os dias, mas
suas constantes ameaças e reclamações sobre Hagrid a aborreciam profundamente.

- E papai deve dar um jeito de expulsar esse imbecil do castelo, você vai ver... - Dizia
ele Draco.
Outra coisa que aborrecia Hydra era Pansy Parkison, a menina da Sonserina que
visitava Draco todos os dias também, ela conseguia ser mais insuportável que ele e
parecia odiar Hydra.

- Eu não sei como alguém tão nobre quanto o Draco consegue ter uma irmã que nem
você – Disse ela uma tarde olhando Hydra com desprezo enquanto deixavam a ala
hospitalar– Andando com sangue ruins e traidores do sangue.

- Menina, você já viu o seu tamanho e o meu? Se enxerga! – Respondeu Hydra


ignorando Pansy.

- Eu não vejo tanta diferença assim – Retrucou Pansy, estufando o peito.

- Então claramente tem mais problemas do que eu pensava – Disse Hydra, voltando a
ignorar a menina.

As aulas estavam cada vez mais difíceis, realmente se mostrava um ano mais
complicado que o anterior, com matérias muito mais puxadas.

– O que vocês precisam lembrar – disse o pequeno Prof. Flitwick,durante uma aula de
feitiços com sua voz de ratinho, encarrapitado como sempre em uma pilha de livros
para poder ver por cima do tampo da mesa – é que esses exames podem influenciar o
seu futuro durante muitos anos! Se vocês ainda não pensaram seriamente em suas
carreiras, agora é o momento de o fazerem. Entrementes, receio que iremos trabalhar
com mais afinco que nunca, para garantir que vocês possam provar o que valem!

Depois dessa introdução, eles passaram mais de uma hora recordando os Feitiços
Convocatórios, que, segundo o Prof. Flitwick, cairiam com certeza nos exames, e ele
arrematou a aula passando a maior quantidade de deveres de Feitiços que seus alunos
já haviam recebido.

As aulas de Transfiguração talvez tivessem sido ainda mais pesadas.

– Vocês não podem passar nos exames – disse a Prof a McGonagall muito séria – sem
se aplicarem seriamente ao estudo e à prática. Não vejo razão alguma para alguém
nesta classe deixar de passar no N.O.M. de Transfiguração, se trabalhar como deve. –
hoje vamos começar a estudar os Feitiços de Desaparição. São mais fáceis do que os
Conjuratórios, que normalmente vocês não experimentariam até os N.I.E.M.s, mas
estão incluídos entre as mágicas mais difíceis que serão exigidas nos N.O.M.s.

E realmente foi, Hydra teve dificuldade em conseguir realizar o feitiço, com certeza era
um dos mais difíceis que já vira, depois da quinta tentativa, finalmente conseguiu fazer
com que a lesma que estava praticando o feitiço desaparecesse.

Mas sua maior decepção foram as aulas de Trato de criaturas mágicas, depois dos
acontecimentos com o terceiro ano, Hagrid dava aulas extremamente monótonas.

Chegando sábado, Hydra estava com uma grande pilha de deveres de casa para fazer e
estava sentada sozinha na sala comunal tentanto terminar todos.

- Hydra, eu posso falar com você? – Olívio Wood perguntava, se sentando na poltrona
ao lado.

- Pode – Disse Hydra curiosa, deixando seu pergaminho e sua pena de lado.

- Você está me evitando? – Perguntou Olívio sério a olhando fixamente.

- Não Olívio, nós só estamos na escola a tem alguns poucos dias e eu tenho uma pilha
enorme de dever de casa para fazer, só por isso ainda não falei com você, além disso, a
última vez que você falou comigo parecia um pouco furioso... – Hydra percebeu que
acabando sendo mais seca que de costume.

- Eu sei, eu fui um idiota, de novo... Você não está com raiva de mim então? –
Perguntou Olívio, com os olhos tristes.

- Não Olívio, por quê eu estaria? Você quis terminar comigo, isso acontece... –
Respondeu Hydra, tentando parecer um pouco mais simpática.

- Eu às vezes penso que cometi um erro – disse Olívio baixinho olhando para Hydra que
ficou paralizada sem saber o que falar e o coração batendo forte - um grande erro
idiota, eu fui um idiota...

- Não Olívio, – Hydra, decidiu dizer – não foi um erro, você estava certo, a sua
prioridade era o quadribol e eu sei que continua sendo, é nisso que você tem que focar
sua atenção agora – Disse tentando não mostrar o nervosismo que sentia.Olívio
abaixou os olhos.

- O Macmilan – Disse ele ainda de olhos baixos – Vocês estão namorando?

Hydra levou um susto tão grande com a pergunta que demorou a responder

- Não Olívio! – Disse quase gritando – Eu e ele somos amigos.

- Tem certeza? Eu vejo o jeito como vocês se olham... – Olívio tinha raiva no olhar e
evitava os olhos de Hydra.

- Eu não vou mentir, existe uma possibilidade de isso acontecer, não agora, porque
eu... Bem, não agora, mas o Peter é um cara gentil e ele gosta de mim, – Olívio ficou
em um semi choque e seu rosto ficou vermelho – Olívio, foi você que terminou comigo
e eu sofri, eu sei que nada mudou, que você ainda quer ser o campeão do quadribol e
que quer se dedicar a isso, você acha mesmo que agora poderia ser diferente do ano
passado? Você também é um cara maravilhoso, não esqueça disso, é claro...

Olívio parecia respirar fundo e pensar, processando tudo o que Hydra disse, antes de
continuar.

- Vocês já tinham algo enquanto a gente namorava? – Ele parecia ter lágrimas nos
olhos e a pergunta ofendeu profundamente Hydra.

- Não Olívio! É isso que você pensa de mim? - Disse, mordendo os lábios de tanta
raiva.

- Não! – Disse ele nervoso – Me desculpe... – Depois de uma pausa continuou – Você
tem razão Hydra, eu estou sendo egoista, eu não sei, eu só... Eu sinto algo por você, eu
sempre senti, eu nunca deixei de sentir na verdade e passar as férias sem você só me
fez ver isso mais claramente, mas, você tem razão, nada poderia ser diferente, eu
continuou focado no quadribol e você continua focada nos estudos, acho que não teria
como dar certo... Apesar de eu querer, não vou mentir, você de volta, mas nao acho
que iria dar certo, realmente... - Novamente seus olhos estavam baixos e tristes.

- Você sempre vai ter um lugar especial no meu coração Olívio, você foi meu primeiro,
meu primeiro namorado de verdade e eu te amei muito, acho que nunca amei
ninguém assim – Disse Hydra, acariciando os cabelos de Olívio que fechou os olhos
sorriu com o gesto por um momento, como se estivesse absorvendo ele e
aproveitando.

- E você a minha, nunca senti nada igual por ninguém antes - Olivio seguiu para fora da
sala comunal, parecendo um pouco chateado, porém, compreendendo melhor do que
antes o que Hydra e ele sentiam.

Não era possível aquilo agora, depois de tudo, Olívo queria voltar? Um lado de Hydra
gritava que ela deveria voltar sim, mas outro, um muito mais racional, sabia que ela
provavelmente só sofreria se fizesse isso e além disso, realmente sentia algo por Peter
que vinha crescendo com o tempo, só não sabia o que fazer com isso. Decidiu então,
voltar para o dever de casa, a noite ainda teria uma aula com Snape.

O jantar de sábado foi apressado, Hydra sabia que não poderia de jeito nenhum se
atrasar para aula.

- Me lembra de novo por quê você voluntariamente vai passar o sua noite de sábado
tendo aula com o Snape? – Disse Jorge irônico sentado ao seu lado na mesa da
Grifinória e comendo um outro pedaço de pudim.

- Porque eu quero – Hydra pensou melhor e corrigiu – Eu preciso – dando ênfase na


palavra preciso – Ir bem em poções, eu quero aprender coisas novas e gostando ou
não, vocês tem que admitir que o Professor Snape é um gênio – Hydra notou que Fred
e Jorge faziam gestos imitando vômito.
CAPÍTULO 8:

O PROFESSOR DE POÇÃO

Hydra estava a caminho da biblioteca para checar alguns livros antes da sua aula,
quando encontrou Jeniffer e Rita, andando nos corredores, rindo e conversando.

- Olha, é a futura Senhora Macmillan – Disse Rita, quando viu Hydra chegando.

- Você realmente é adiantada, devia estar cursando adivinhação, não? – Disse Hydra,
rindo da brincadeira.

- Hydra, eu vou encontrar o Abbas no próximo passeio para Hogsmeade, ele me enviou
uma coruja ontem perguntando se podia – Disse Jeniffer, parecendo empolgada com a
notícia.

- Que bom, quer dizer que vai dar uma chance para ele então, mesmo estando longe?
– Perguntou Hydra.

- Sim, ele é um garoto tão legal e tal, por quê não? Ele disse que não consegue me
esquecer... – Jeniffer mostrava um grande orgulho ao falar isso.

- Ela está falando disso o dia inteiro, não liga não, Hydra – Disse Rita, rindo da amiga.

- Mas que bom, eu fico feliz que minha festa ajudou alguém a conseguir alguma coisa
boa, geralmente ela só consegue me deixar irritada mesmo.

- Você tá brincando? Foi a melhor festa que eu já fui na minha vida! Como você pode
não gostar daquilo? Quem derá eu ter uma festona dessas todo ano... – Disse Jeniffer.

- É diferente quando você faz por obrigação, geralmente vai um monte de gente chata,
esse ano realmente foi divertido, mas geralmente não é muito – Disse Hydra, rindo um
pouco da ideia de alguém achar a vida dela na casa dos Malfoys empolgante ou legal.

- Bom, pode me convidar sempre que eu com certeza vou querer ir!
As meninas se despediram e foram a caminho da sala comunal da Grifinória, enquanto
Hydra seguia para a biblioteca. Perto das oito, Hydra se apressou paras as masmorras
onde ficava o escritório de Snape levando seu caldeirão, pergaminho e pena.

Chegando lá bateu na porta com as mãos trêmulas, se sentindo um pouco nervosa do


que encontraria lá dentro.

- Entre, senhorita Malfoy – Respondeu uma voz fria.

Hydra abriu a porta, o escritório de Snape era uma sala sombria e mal iluminada, suas
paredes sombrias eram eram rodeadas de prateleiras com grandes jarros de vidro com
coisas viscosas e revoltantes como animais e plantas de várias cores, o escritório tinha
uma lareira e no canto, um armário com diversas poções. Snape estava sentado na
cadeira em frente a sua mesa escrevendo e não olhou para Hydra.

- Olhe ao redor, quero que separe Losna, Raízes de valeriana, Raiz de asfódelo em pó e
Vagem sudorífera, você tem cinco minutos e não quero feitiços convocatórios... –
Snape não tirava os olhos de seu pergaminho, não parecia prestar muito atenção na
Hydra ou notar direito que ela estava ali.

Hydra levou alguns segundos até perceber que podia se mexer, então corria de um
lado para o outro da sala procurando os ingredientes, sabia que não poderia pedir para
o professor nenhum tipo de ajuda e precisava provar que era capaz de fazer tudo
sozinha. Depois de correr desesperadamente e reunir tudo necessário, colocou o
conteúdo na mesa de Snape e esperou que ele falasse, em nenhum momento ele
parece ter tirado os olhos do pergaminho ou olhado para Hydra.

- Muito bem... – Disse finalmente, tirando os olhos do pergaminho e olhando para o


conteúdo na mesa – Pelo menos é capaz de seguir instruções, já está melhor que a
maioria dos seus colegas... - Ele levantou e apontou a varinha para uma parede onde
uma lousa surgiu com instruções extremamente complicadas para uma poção –
Comece.

Hydra levou muito tempo até conseguir fazer toda a poção.

"cortar a vagem sudorífera" leu Hydra, começou a cortar, mas percebeu que se
esmagasse com uma adaga, a seiva sairia em maior quantidade, essa atitude, Hydra
percebeu, fez os olhos de Snape brilharem, apesar de sua expressão permanecer
completamente fria e indiferente.

Depois de algumas horas, uma poção violeta se encontrava dentro do caldeirão. Snape
analisou e prosseguiu.

- Senhorita Hydra, o que seria essa poção? – Disse ele observando o caldeirão. Na
verdade Hydra que estava em pé na frente do caldeirão com Snape atrás dela não
tinha certeza do que se tratava, já que não tinha visto antes e ficou com medo de
responder, mas finalmente disse:

- Eu não sei ao certo professor, mas parece ser alguma poção do sono, porém mais
forte do que a que eu já conheço – Ficou imobilizada esperando a reação do professor.

- Essa é uma poção do Morto-Vivo, uma poção de nível N.I.E.M – Disse ele indiferente
ainda na mesma posição – Por que a senhorita espremeu a vagem sudorífera?

- Eu deduzi que sim, eu imaginei que seria mais eficiente do que cortar – Disse
confiante.

- Deduziu? Então a senhorita acha que é mais esperta do que as minhas instruções –
Disse Snape de forma tão fria e cruel que fez Hydra ficar pálida.

- Não, não senhor! – Disse Hydra gaguejando – Eu só as vezes acho que existem formas
mais fáceis de fazer o que as instruções falam e decidi testar, eu não quis ofender o
senhor ou as suas instruções de forma alguma!

Houve um silêncio então Snape foi até sua mesa, pegou uma pena e jogou na poção
que parece ter dissolvido a pena totalmente.

- Muito bem, senhorita Malfoy – Apesar da mesma expressão fria, Hydra sentiu um
pouco de satisfação em sua voz – Eu faria a mesma coisa.

Hydra sorriu discretamente tentando com que Snape não notasse.

- Na hora de mexer a poção depois de amassar vagem sudorífera, aconselho que a


cada sete voltas no sentido anti-horário, de uma no sentido horário, pois faz deixar a
poção pronta mais rápido, poupa o tempo do bruxo que a for preparar – Disse ele
parecendo um pouco menos indiferente do que antes.

- Sim senhor, muito obrigada pela instrução – Hydra tinha medo de dizer qualquer
coisa a mais.

- Isso é tudo por hoje – Disse ele apontando para seu caldeirão e dizendo "evanesca" e
toda a poção desapareceu – Quero um relatório de cada passo da poção e todas as
propriedades da vagem sudorífera para a próxima aula, pode ir.

Hydra saiu das masmorras já passadas das onze da noite se sentindo extremamente
satisfeita com o que aprendera, sabia que Snape estava testando sua capacidade e
ficara feliz de ter podido mostrar que seria uma aluna melhor do que qualquer outra,
ou pelo menos pensara.

A sala comunal estava quase vazia, exceto pelo time de quadribol que conversava em
um canto, Hermione e Rony que estavam sentados em outra parte perto deles e
alguns outros alunos fazendo seus deveres de casa, Hydra ia subir direto e não
atrapalhar a conversa, mas Angelina a chamou e ela se sentou na poltrona ao lado
deles.

- Acho que já deu entender o meu plano para esse ano – Dizia Olívio empolgado
sentado na frente dos outros.

- Sim, depois da décima quinta vez ficou fácil – Disse Jorge, parcecendo extremamente
cansado.

- Em breve vamos começar o treinamento, quero ver todos dando o melhor de si! – Os
olhos de Olívio brilhavam de um jeito que Hydra sabia que só acontecia quando falava
de quadribol. Logo depois Harry se juntou ao seus dois amigos, Kate subiu para dormir
e Hydra ficou sentada com os que restaram.

- Como foi a tortura? – Perguntou Jorge.

- Não foi tortura e foi maravilhosa, apesar do Professor Snape meio que me assustar
um pouco ainda– Hydra dizia contente se ajeitando na poltrona.
- Acho que conviver todo esse tempo com seus pais a deixaram com um parafuso a
menos – Brincou Fred imitando como se batesse na cabeça de Hydra. Angelina e Olívio
levantaram e foram conversar em um outro canto da sala, pedindo licença, Hydra,
Fred e Jorge ficaram observando curiosos.

- O que será que eles estão falando? – Perguntou Hydra, reparando que Olívio estava
com o rosto triste e Angelina ouvia atenta.

- De você, é claro! – Disse Jorge, como se apenas constatasse o óbvio.

- Por que? – Disse Hydra espantada se virando para os amigos.

- Porque o Olívio está arrependido de ter terminado com você, todo mundo sabe disso,
é só olhar para a cara dele quando você passa – De novo, falando como se apenas
constatasse o óbvio.

Hydra ficou sem saber o que falar olhando para os amigos.

- Isso não é bem verdade, ele sabe os motivos pelo qual terminamos e ainda concorda
com eles – Disse Hydra - e mesmo se fosse, agora é tarde demais e ele não deveria
falar com Angelina sobre isso, ela já não gosta do Peter, ele fazendo isso ela vai odiar
ele mais ainda...– Falou preocupada olhando para os dois que conversavam
intensamente no canto.

- E o que o Peter tem a ver com isso? – Jorge parecia irônico e sorria.

- Nada! – Se apressou Hydra – Absolutamente nada! – Jorge e Fred riam e Hydra


pensava que talvez estivesse considerando o relacionamento com Peter mais do que
imaginava.

- Mas relaxa, não acho que a Angelina consiga ter mais raiva do Peter do que já tem –
Disse Fred.

- Não é justo, sabe? Ele nunca fez nada com ela, nunca! – Reclamou Hydra.

- Eu sei, acho que ela só via você e o Olívio como o casal ideal – Disse Fred.

- Mas isso não faz o menor sentido! – Reclamou Hydra.


- Eu sei, mas é coisa dela, ela gosta bastante de você e é uma menina legal... – Disse
Jorge.

Hydra reparou que no canto, Olívio parecia triste e era consolado pela amiga, o
coração de Hydra parecia se despedaçar dentro do peito, só queria sentar perto dele e
o consolar também, mas sabia que isso não era a coisa certa a se fazer.

Antes que eles acabassem a conversa, ela decidiu subir, não queria que Angelina a
chamasse para conversar sobre o assunto e as duas brigassem de novo, se despediu de
todos e foi para o quarto, até ouviu quando Angelina subiu algum tempo depois, mas
decidiu fingir que dormia.

Todos os dias, Hydra e Peter se encontravam apenas para conversar e trocar ideias
sobre os livros que ela lia, era muito divertido, cada vez mais, ficar perto dele parecia
mais fácil e confortável, apesar de agora, Olívio também constantemente ficar perto
dela, no almoço e na sala comunal, sempre esperando uma oportunidade para fazer
algum comentário sobre o que ela dizia ou para mostrar que estava interessado em
tudo que ela fazia.

- Estou pensando em começar uma aposta – Disse Fred, enquanto os dois subiam para
a torre aonde teriam aula de Astronomia.

- Não, de novo não, Fred, que aposta? – Perguntou Hydra, ficando levemente irritada
com o amigo.

- Quem conquista você primeiro ou quem manda o outro para a ala hospitalar primeiro
- Disse Jorge, ao lado dos dois.

- Eu aposto que o Wood manda o Macmillan – Disse Fred.

- 10 sicles no Macmillan – Disse Jorge.

- Fechado – Fred e Jorge apertaram um a mão do outro, como se fechassem um


negócio.

- Vocês estão brincando, né? – Perguntou Hydra, enquanto subia as escadas para a
torre.
- Nem um pouco, eu realmente acho que o Macmillan ganharia fácil do Wood – Disse
Jorge.

- Eu acho que o Wood atacaria de surpresa e ele tem todo aquele treinamento de
quadribol e tal... – Disse Fred.

- Mas o Macmillan é mais alto e mais forte eu acho, fica difícil dizer... - Disse Jorge.

- Vocês realmente estão discutindo sobre quem machucaria quem? – Hydra olhava
feio para os dois amigos.

- Sim, Hydra, temos que encarar os fatos, você já viu como eles se olham? Parece que
vão atacar um ao outro a qualquer momento, pelo menos se pudermos fazer algum
dinheiro disso... – Disse Fred.

- NÃO! Nada disso, nada de apostas e nem brincadeiras com isso, eles são pessoas
civilizadas, além disso, nenhum dos dois tem motivos para se machucarem e nem nada
disso! – Reclamou Hydra.

- Então, você já sabe qual dos dois vai escolher? – Perguntou Jorge.

- Eu sei que temos uma aula agora e eu não quero falar disso – Hydra se apressou e
entrou na torre antes dos amigos, se posicionou perto de um dos telescópios e
observou a noite, lindamente estrelada, Fred e Jorge ficaram nos telescópios ao lado
dos dela, mas não falaram mais sobre o assunto Peter/Olívio.

Hydra ficava nervosa, realmente tinha medo dos dois se atacarem, de um jeito, Fred e
Jorge tinham razão, os dois se olhavam muito feio durante as refeições e já por duas
vezes, Olívio a viu conversando com Peter, saindo muito irritado sempre que isso
acontecia.

- Boa-noite alunos, boa-noite – Dizia a Professora, entrando na torre depois que todos
os alunos se acomodaram.

- Boa-noite Professora Sinistra – Responderam os alunos.

- Hoje, nessa linda noite estrelada, iremos aprender um pouco mais sobre as
constelações, alguém pode me dar a definição de constelações.
Laura levantou a mão imediatamente.

- Constelações são grupos de estrelas que vistas da Terra parecem estar próximas
umas das outras e que formam uma determinada figura no céu – Disse Laura.

- Muito bem, cinco pontos para a Grifinória, – disse a Professora – Alguém pode me
dizer o nome de alguma constelação que conheçam?

Hydra levantou a mão.

- Hydra, a constelação mais extensa de todo o céu, apesar de ser grande, não é tão
fácil de se encontrar, devido a ser constituída na sua maioria por estrelas pouco
brilhantes, a Hydra fêmea teria a forma de uma serpente, como em uma lenda antiga
sobre a serpente de várias cabeças que Hércules enfrentou.

Toda turma ouvia com atenção e admiração enquanto Hydra explicava sobre a
constelação a qual ela foi nomeada em homenagem.

- Maravilhoso, Senhorita Malfoy, cinco pontos para a Grifinória, realmente, Hydra é


uma das constelações mais fascinantes do nosso universo se você me perguntar, muito
bem...

A Professora fez uma pausa, como se pensasse em algo e continuou para Hydra.

- Black, certo? A família da sua mãe são os Blacks?

Hydra olhou espantada, os olhos dos alunos viraram novamente para ela.

- Black, tipo Sirius Black? – Perguntou uma das meninas da Corvinal que tinha aula com
eles naquele momento e todos começaram a cochichar sobre.

- Sim, a família da minha mãe são os Blacks – Disse, Hydra, olhando intimidadoramente
para a menina, que parou de falar na mesma hora.

- Os Blacks tem a tradição de colocar nomes de constelações e estrelas em seus filhos,


certo? – Perguntou a Professora.

- Sim – Respondeu Hydra secamente.


- Então essa aula provavelmente será bastante interessante para você – Disse a
Professora simpaticamente.

Durante a aula, eles aprenderam sobre algumas constelações e tiveram que tentar
achar elas pelo telescópio mágico, Hydra ficou com a missão de identificar a
constelação de Leão.

- Muito bem, Senhorita Malfoy, é exatamente essa, está correta – Disse a Professora
Sinistra, vendo se ela tinha identificado corretamente a constelação.

Logo depois, a Professora seguiu para Fred.

- Não, Senhor Weasley, o senhor e seu irmão Jorge não representam a constelação de
gêmeos! – Disse a Professora irritada -, menos cinco pontos para a Grifinória.

- Valeu a tentativa... – Disse Fred.

Depois que saíram da aula, muitos alunos ainda comentavam sobre seu parentesco
com Sirius Black.

- Ótimo, era só o que eu precisava, mais uma coisa ruim para associarem com meu
nome! - Disse Hydra, quando chegaram na sala comunal da Grifinória.

- E daí, Hydra? Você liga para esses idiotas? Sério? – Perguntou Jorge.

- As vezes sim, confesso, é meio chato quando falam, só isso – Disse Hydra, sentando
de braços cruzados em uma das poltronas da sala circular.

- Eu acho que você deveria esquecer isso, usa para a sua vantagem, fala que seu primo
vai matar eles se encherem muito se saco – Disse Jorge, tentando fazer Hydra rir.

- Aham, isso com certeza me deixaria muito melhor – Disse Hydra, não resistindo as
brincadeiras do amigo e dando uma risada.

No Sábado seguinte, ela teve mais uma aula com o Professor Snape.
- Entre, Senhorita Malfoy – Disse Snape, depois de Hydra bater em sua porta, mais
uma vez, parado na mesma posição, atrás de sua escrivaninha, escrevendo em um
pergaminho.

- Boa-noite, Professor Snape – Disse Hydra, um pouco sem graça.

O Professora novamente, não olhou para ela, apenas apontou para o quadro na sua
frente, fazendo aparecer a seguinte receita:

Ingredientes:

- 500 ml de água

- 3 folhas de ligústica

- 1 bezoar

- 100 gr de pó de chifre de árpeu

- 35 gr de flores de heléboro

- 5 flores de Molly

- Oito minutos para encontrar todos os ingredientes, sem feitiços convocatórios,


comece... – Disse o Professor.

Mais uma vez, Hydra corria como uma desesperada, de um lado para o outro,
procurando todos os ingredientes, olhando em todas as prateleiras, era mais difícil do
que ela imaginava, alguns estavam muito bem escondidos atrás de outros ou em
cantos estreitos.

- Aqui, Professor, encontrei todos – Disse Hydra, suando e com os cabelos para o alto,
parando na frente da escrivaninha de Snape.

- Sete minutos e vinte e três segundos... Aceitável – Disse o Professor, olhando para
Hydra, com o pergaminho que estava escrevendo em cima da mesa.

Ele mais uma vez, balançou a varinha e novas inscrições apareceram no quadro negro.
Poção do Cessar:

Ingredientes:

- 500 ml de água

- 3 folhas de ligústica

- 1 bezoar

- 100 gr de pó de chifre de árpeu

- 35 gr de flores de heléboro

- 5 flores de Molly

Modo de preparo:

1. Coloque água em um caldeirão com a chama acessa em fogo alto.

2. Pegue o Bezoar, e corte uma parte com mais ou menos 3 cm e então coloque no
caldeirão quando a água começar a ferver.

3. Acrescente o pó de Chifre de Árpeu na poção, ela deverá ficar lilás.

4. Mexa cinco vezes no sentido anti-horário e deixe a poção descansar por 5 minutos.

5. Após esse tempo, acrescente as flores de heléboro juntamente das folhas da


Ligústica e mexa uma vez no sentido horário por 2 minutos.

6. Por fim, coloque as flores de Molly na poção deixando-a cozinhar por mais 15
minutos.

7. Terminado o tempo, sua poção estará amarelo dourado e pronta para ser utilizada.

- Você pode me dizer o que faz essa poção, Senhorita Malfoy? – Perguntou o
Professor, ainda sentado em sua escrivaninha.
- Eu acho que ela faz a dor de uma pessoa que recebeu um sofrimento cesse.

- A Senhorita acha? – Perguntou ele, olhando fria e assustadoramente para ela.

- Eu tenho certeza – Corrigiu ela.

- Certeza?

- Certeza... – Disse Hydra, sem muita confiança.

- Exatamente, essa poção não cura os ferimentos, apenas a dor, portanto, deve ser
administrada junto com outras poções ou feitiços para curar os ferimentos, a
Senhorita consegue fazer essa poção sozinha?

- Sim, professor – Disse Hydra, mais uma vez, sem muita segurança.

- Muito bem, então comece, uma hora e meia devem ser suficientes? – Perguntou o
Professor.

- Ok... – Concordou Hydra.

A poção não era tão fácil quanto parecia, mas Hydra tinha grande interesse em
aprendê-la, já que poderia ser útil caso algum de seus amigos se machucassem em
uma partida de quadribol, ela poderia ajudar antes de eles chegarem na ala hospitalar
para se curarem de verdade.

- Meia hora, Senhorita Malfoy – Informando para Hydra quanto tempo ela ainda tinha
para terminar a poção.

No final, conseguiu uma bela poção de cor amarelo dourada.

- Muito bem – Disse Snape pegando um pouco da poção e colocando em um frasco -


pode ir, semana que vem, seis pergaminhos sobre as propriedades dessa poção.

- Sim, Professor – Disse Hydra, se retirando rapidamente e indo para a sala comunal.
CAPÍTULO 9

HOGSMEADE

Não demorou nada e a Defesa contra as Artes das Trevas se tornou a matéria favorita
da maioria dos estudantes. Depois da revisão sobre lobisomens, Lupin ensinou os
alunos sobre Quimeras, dragões e uma revisão sobre barretes vermelhos.

As aulas com Snape também se tornavam cada vez mais interessantes (para Hydra,
pelo menos), ele ensinou mais duas poções que deveriam cair com certeza nos
N.O.M.s

Hydra passou a evitar ficar a sós com Angelina por saber que ela queria falar sobre
Olívio e que as duas acabariam brigando muito provavelmente de novo.

No inicio de outubro, finalmente chegara o começo dos treinos de quadribol, durante


o primeiro treino, sentindo falta de seus amigos já que tirando Lino, todos estavam no
treino, decidiu se juntar a eles quando Olívio reuniu a todos em uma noite de quinta
feira.

- Você se importa se eu for junto? – Perguntou Hydra para o ex namorado – Só para


assistir.

Olivio abriu um largo sorriso, como se ela tivesse feito algo muito especial.

- Mas é claro, você pode nos acompanhar a hora que você quiser.

Olivio tinha uma espécie de desespero silencioso na voz quando se dirigiu aos seis
companheiros de equipe e Hydra nos gelados vestiários, localizados nas pontas do
campo de quadribol, agora quase escuro.

— Esta é a nossa última chance, minha última chance, de ganhar a Taça de Quadribol
— disse andando para lá e para cá diante dos colegas. — Vou-me embora no fim deste
ano. Nunca mais terei outra oportunidade. Grifinória não ganha a taça há sete anos.
Tudo bem, tivemos o maior azar do mundo, acidentes, depois o cancelamento do
torneio no ano passado... — Olívio engoliu em seco como se aquela lembrança ainda
lhe desse um nó na garganta. — Mas também sabemos que temos o time... Melhor...
Mais irado... Da escola — disse ele, dando um soco na palma da mão, o velho brilho
obsessivo nos olhos que Hydra conhecia tão bem. -Temos três artilheiros da melhor
qualidade. Olívio apontou pata Alicia Spinnet, Angelina Johnson e Katie Bell. — Temos
dois batedores imbatíveis.

— Pode parar, Olívio, você está encabulando a gente — disseram Fred e Jorge juntos,
fingindo corar.

— E temos um apanhador que até hoje nunca deixou de nos levar à vitória nas partidas
que jogamos — falou Olívio em tom retumbante, encarando Harry com uma espécie
de orgulho ardoroso.

— E temos a mim — acrescentou, pensando melhor.

— Nós também achamos você muito bom Olívio. — disse Jorge. — Um goleiro do
caramba! — disse Fred.

- É verdade, o melhor que eu já conheci até hoje – Completou Hydra, fazendo Olívio
corar imediatamente.

— A questão é — continuou Olívio retomando a caminhada — que a Taça de Quadribol


devia ter tido o nome do nosso time gravado, nesses dois últimos anos. Desde que
Harry se juntou a nós, achei que a taça já estava no papo. Mas não ganhamos, e este
ano é a última chance que teremos de finalmente ver o nosso nome na taça...

Olívio falou tão desolado que até Fred e Jorge o olharam com simpatia e Hydra sentiu
seu coração apertar no peito, sabia como aquilo era importante para eles.

— Olívio, este ano é o nosso ano — animou-o Fred.

— Vamos conseguir, Olívio! — disse Angelina.

— Sem a menor dúvida — confirmou Harry.

— Vocês são uma equipe maravilhosa Olívio, eu sei que podem conseguir! – Disse
Hydra.
Olívio anunciou treinos três vezes por semana e disse que estavam todos dispensados,
mas quando Hydra saia do vestiário, ele perguntou se ela poderia esperar um pouco.
Hydra considerou dizer não, mas decidiu aceitar, sem não antes Angelina dar um largo
sorriso em direção aos dois.

- Vejo você na Sala comunal – Disse a menina, saindo alegremente com Alícia e Kate.

Finalmente depois de estarem sozinhos no vestiário Hydra estava em pé em frente a


Olívio esperando que ele falasse, mas ele fez a coisa mais surpreendente que ela podia
imaginar, ele a abraçou e começou a chorar em seu ombro. Hydra ficou
completamente sem ação, não sabia o que dizer para consolá-lo ou o que fazer.

- Eu sou um idiota, eu fui um idiota! – Chorava Olívio desesperado, deixando Hydra


completamente sem ação, olhando chocada para o ex namorado – Eu fui um idiota
com você e eu não sou um bom capitão para a minha equipe... – Hydra se sentia cada
vez mais desesperada vendo Olívio chorar daquele jeito.

- Olívio, pelo amor de Deus, isso não é verdade, você é um capitão maravilhoso. –
Hydra abraçava Olívio que por sua vez descançava a cabeça em seu ombro – Você
motiva o seu time, você tem mais dedicação que qualquer outra pessoa e além disso, –
Acrescentou tentando ter o tom de voz mais suave possível – você não foi um idiota
comigo, você foi um bom namorado.

Olívio tirou a cabeça de seu ombro e a olhou.

- Fui? – Disse ele ainda com lágrimas nos olhos.

- Foi, você foi sincero comigo, isso é muito importante – Hydra forçava um sorriso.

- E você acha mesmo que eu sou um bom capitão? – Perguntou esperançoso.

- O melhor – Sorriu Hydra e Olívio fez o mesmo.

- Obrigado - Disse ele mais calmo – Eu senti falta de ter você mesmo que como amiga,
eu confio muito em você, eu sei que eu tenho forçado a barra nos últimos tempos, mas
eu realmente sinto a sua falta, eu sei que talvez, a gente nunca volte a ser namorados,
mas eu não quero te perder por completo.
- Eu quero ser sua amiga Olívio, prometo... – Eles se abraçaram novamente, mas dessa
vez sorrindo e saíram juntos para a torre da Grifinória.

Cheio de determinação, o time começou os treinos, três noites por semana. E


celebrando sua recém-reinstaurada amizade com Olívio (Para a tristeza de Angelina,
que esperava que mais do que uma amizade acontecesse), Hydra tentava ajudá-lo em
pelo menos em um deles toda semana.

Uma noite depois de um dos treinos que participou, ao voltar para a torre da
Grifinória, encontrou a sala mergulhada num vozerio excitado e logo descobriu o
motivo, a visita à Hogsmeade estava marcada para o Dia das Bruxas.

- Ótimo — comentou Fred. — Preciso visitar a Zonko"s. Meus chumbinhos fedorentos


estão quase no fim.

Hydra sentiu uma pontadinha de tristeza, sempre tinha encontros com Olívio quando
ia à Hogsmeade no ano anterior, mas também ficava feliz, apesar de amar Hogwarts,
ficar o tempo inteiro ali dentro do castelo a deixava um pouco claustrofóbica.

No dia seguinte, depois das aulas da manhã, Hydra decidiu sair um pouquinho e sentar
em um dos degraus de pedra no pátio do castelo para revisar a lição de feitiços que
teria que entregar na aula seguinte.

- Posso sentar aqui? – Perguntou Peter.

- Claro – Sorriu Hydra e Peter se sentou a seu lado no degrau.

- Você vai na visitar à Hogsmeade no dia das bruxas, não vai? – Perguntou Peter, com
seu sorriso hipnotizante de sempre, Hydra notou que seu cabelo estava ainda maior do
que da última vez, achava isso um charme.

- Vou sim – Respondeu – E você?

- Também vou... – Ele esperou alguns segundos e então continuou – Você sairia
comigo lá? – Ele falava um pouco sem jeito, como que com medo da resposta.

- Eu não sei Peter...


- Não precisamos fazer nada se você não quiser, só tomar café, eu juro! – Ele deu um
largo sorriso do tipo que deixava Hydra totalmente hipnotizada – Vamos...

- Tudo bem, podemos ir sim... – Sorriu Hydra – Só não no Madame Puddifoot! –


Acrescentou rápido, não desejava ir no mesmo lugar que ia com Olívio, era como trair
o relacionamento que eles tiveram fazer isso agora, na mente de Hydra.

- Bom, era lá mesmo que eu pensei, mas posso arranjar outro lugar, sem problemas. –
Sorriu novamente e depois ajudou Hydra com a revisão de sua lição. Peter era
extremamente inteligente e muito hábil em feitiços.

- Eu tenho que ser, esqueceu? – Disse ele quando ela o elogiou – É uma das matérias
necessárias para ser um curandeiro.

- Quais as outras? – Perguntou Hydra curiosa.

- Principalmente feitiços, poções, transfiguração e herbologia e também é bom se você


puder fazer alquimia, eu estou fazendo desde o ano passado.

- Alquimia? Eu gostaria muito de fazer, mas não vi na minha lista de matérias para
escolher.

- É só para sexto e sétimo ano e só abre se tiverem alunos suficientes para fazer –
Afirmou Peter.

- Bom, tomara que abra turma ano que vem, eu acho que vou querer fazer – Disse
Hydra.

Hydra e Peter seguiram para as suas turmas ainda conversando sobre o que Hydra
achou fascinantes aulas de alquimia por um bom tempo, até a menina ter que ir de
volta para a sua aula.

- Bom, vejo você depois então? – Perguntou Hydra, enquanto se levantava.

- Sim – Afirmou Peter.

Na manhã do Dia das Bruxas, todos os amigos desceram para tomar café animados
com o passeio que viria.
- Fred, Jorge, preciso de um favor de vocês – Disse Hydra baixinho enquanto os outros
conversavam.

- Sim Milady – Brincou Fred.

- Eu preciso que vocês cubram para mim, eu combinei de sair com o Peter e eu não
quero que o Olívio e nem a Angelina saibam.

Jorge e Fred riram e brincaram por alguns minutos sobre o assunto com Hydra, mas
finalmente concordou.

- Fiquem longe do três vassouras então – Disse Fred ainda rindo.

- Pode deixar, eu não sei exatamente aonde vamos, mas sei que não lá – Disse Hydra.

Filch, o zelador, estava postado à porta de entrada, verificando se os nomes


constavam de uma longa lista, examinando cada rosto cheio de desconfiança, e
certificando-se de que ninguém que não devia ir estivesse saindo escondido da escola.

Hydra combinara com Peter de encontrar com ele em frente da Dervixes e Bangles.

- Pessoal, eu vou dar uma volta por ai, preciso comprar algumas coisas, mas encontro
vocês mais tarde no três vassouras – Disse Hydra tentado disfarçar o nervosismo aos
amigos quando chegaram.

- Nós vamos com você Hydra – Disse Angelina, Kate e Alícia, fazendo o seu coração
acelerar.

- Não, não, nós precisamos que Hydra nos ajude com uma coisa ultra secreta... – Disse
Jorge sério – Depois ela encontra vocês. Hydra viu que Jorge deu uma piscadinha para
ela sem que os outros vissem.

Angelina concordou desconfiada e saiu com Alicia e Kate, para sorte de Hydra, Olívio
tinha saído com alguns amigos do sétimo ano e não ficou com eles.

Hydra saiu olhando para todos os lados para ver se não avistava Olívio e nem as
meninas e finalmente encontrou Peter parado na porta da Dervixes e Bangues, o rapaz
deu um largo sorriso ao vê-la.
- Estava achando que não viria – Disse ele ainda sorrindo.

- Não iria querer perder, de jeito nenhum que iria querer isso – Disse, Hydra,
retribuindo o sorriso.

Os dois se dirigiram até um dos pubs menos movimentados da rua principal, o lugar
tinha alguns alunos de Hogwarts, mas nenhum que ela conhecesse, os dois se
sentaram em duas cadeiras no canto mais discreto do pub, Hydra sabia que não tinha
que se esconder daquele jeito já que não estava fazendo nada de errado, mas não
queria provocar a fúria de Angelina e nem chatear Olívio.

- Dois cafés por favor – Pediu Peter, para ym garçom mal encarado que os servia.

Hydra se sentia um pouco desconfortável, conversar com Peter era natural para ela
mas naquele momento tudo parecia forçado e sem sentido de se falar. Peter se
aconchegava na cadeira a seu lado e sorria, ele era um bruxo muito bonito, talvez o
mais bonito que Hydra ja vira, tinha os olhos tão profundamente azuis que as vezes se
pareciam com o céu em um dia bonito verão, seus cabelos eram lisos e loiros mais
escuros que os de Hydra (que tinha o cabelo loiro branco) e agora iam até quase a sua
cintura e ficavam mais claros na altura das pontas, sua pele era branca e seu corpo era
forte, mais ou menos como o de Olivio, Peter era bem alto, tinha vinte centímetros a
mais que Hydra e tinha os dentes quase tão brancos quanto o de seu ex professor,
Lockhart.

- Como estão as aulas? – Perguntou Hydra sem graça tentando puxar assunto
enquanto bebia o café que acabara de chegar.

- Bem, eu estou tão nervoso com os N.I.E.M.s que tenho prestado atenção em cada
detalhe, mas é difícil se concentrar e ser monitor chefe ao mesmo tempo.

Hydra esquecia que Peter era monitor chefe junto com sua colega de casa Penélope
Cleanwater (namorada de Percy Weasley) já que Peter diferente de Percy, não gostava
de exibir isso a cada minuto.

- Eu imagino, Laura foi feita monitora esse ano e está meio enlouquecida com isso –
Disse Hydra.
- Eu não entendo porque você não é monitora, você é tão inteligente e bem
comportada – Hydra riu, gostaria que seu pai pudesse ouvir isso, talvez finalmente ele
riria também.

- Eu não sou tudo isso que você pensa e também eu entrei na escola ano passado, não
seria justo, além disso, eu já peguei detenção uma vez – Lembrou Hydra.

- É verdade, eu lembro exatamente do dia que você entrou na escola... – Peter ficou
um pouco corado.

- Eu também... – Disse Hydra saudosa – Eu estava tão nervosa e ansiosa para saber
minha casa e também tão triste de ter saído da Beauxbatons.

- Eu torci tanto para você ir para a Corvinal, mas também, acho que quase todos os
caras torceram para você entrar na casa deles – Disse Peter, rindo.

- O chapéu cogitou me colocar na Corvinal na verdade – Hydra se lembrou que o


chapéu considerou colocá-la na Corvinal e na Sonserina, mas decidiu ignorar a última
parte.

- Que pena que não, mas você parece feliz na Grifinória – O sorriso mágico de Peter
estava sempre ali quando ele falava com Hydra.

- Eu amo a Grifinória e todos os amigos que eu fiz naquela casa – Hydra sorria e seus
olhos brilhavam.

- Eu ficava pensando que talvez se você tivesse ido para a Corvinal, poderia ter sido eu
no lugar do Olívio... – Peter disse e bebeu um gole do café, Hydra ficou sem reação e
sentiu seu rosto corar fortemente – Eu te disse o que ele fez comigo no início do ano?

- Não, o que? – Hydra nesse momento ficou assustada, imaginando as piores coisas
possíveis.

- Ele veio tirar satisfação comigo depois de uma aula de transfiguração – Peter falava
como se a situação fosse divertida, Hydra não achou nem um pouco e sentiu seu
coração disparar e a boca seca.

- Como assim Peter? Tirar satisfação de que? – Perguntou ela, nervosa.


- Relaxa... – Disse ele ainda rindo – Ele só queria saber se a gente estava namorando e
se eu dava em cima de você enquanto vocês estavam namorando.

Hydra sabia que a resposta era sim, ele dava, mas pelo jeito não foi a resposta que
Olívio teve.

- Eu disse que nós eramos só amigos, não se preocupe – Completou ele.

- Ele veio me perguntar mesmo se tinha algo acontecendo entre nós e se já tinha
acontecido enquanto namorávamos, mas eu nunca achei que ele iria fazer isso com
você, te confrontar? Por quê isso? – Hydra estava pensativa e irritada com a atitude de
Olívio, ele não tinha direito de fazer isso.

- E o que você respondeu? – Perguntou Peter sério olhando nos olhos de Hydra.

- Que não! – Os olhos de Peter se tornaram tristes mas ele continuou ouvindo – Mas
que poderia existir... – E novamente o sorriso largo voltou a face do bruxo.

- Poderia?

- Poderia Peter, é claro que poderia, eu nunca te neguei isso – Disse Hydra, sorrindo
sem graça e olhando para seus lindos olhos azuis.

Peter chegou seu corpo mais perto de Hydra, colocou sua mão na nuca dela e puxou
seu rosto para junto ao seu, a beijando lenta e profundamente, Hydra não conseguia
pensar em nada naquele momento, nem nos alunos que estavam no pub e com
certeza viam a cena, nem em que Olívio ou Angelina poderiam pensar e nem no que
sentia em relação a Olivio, só sabia se render aquele beijo diferente de todos que já
tinha provado, mesmo o de Peter em seu aniversário que apesar de tão bom quanto,
foi um pouco culpado, esse era demorado e leve, parecia certo, normal, como se fosse
algo que eles foram feitos para fazer.

Depois do que pareceu uma eternidade, seus lábios se separaram, mas Peter
continuou mexendo no cabelo de Hydra perto da nuca e sorrindo, deixando Hydra
toda arrepiada, depois de "recuperar" os sentidos, a menina olhou ao redor e viu
vários alunos de Hogwarts cochichando e olhando para eles, ficou sem graça e corada
e se afastou um pouco de Peter.
- Não gostou? – Perguntou ele ainda olhando fixamente para ela.

- Não é isso, é claro que eu gostei, tem como não gostar? – Respondeu sem graça - São
todas essas pessoas... – Disse apontando com o rosto para os alunos que agora
disfarçavam.

- Eu não ligo para eles, só para você – Era difícil resistir ao olhar que ele a lançava.

- Eu sei, mas eu preciso preparar as pessoas para isso – Disse Hydra, resistindo a
vontade de se entregar para Peter.

- Você quer dizer o Olívio! – Peter ajeitou as costas e cruzou os braços irritado.

- Ele também...

- Você ainda gosta dele? – Perguntou, sério e ainda de braços cruzados.

- Não sei, eu não quero mais namorar com ele, isso eu sei, mas eu não deixo de sentir
algo, eu não sei exatamente o que é – Hydra notou os olhos de Peter ficando cada vez
mais tristres conforme ela falava.

- Eu entendo... – Disse ele de olhos baixos.

- Mas eu gosto de você, eu sinto algo por você que cresce diariamente, eu não sei
ainda o que é, mas é gostoso, é bom e eu não quero perder– Hydra pegou na mão de
Peter que estava sob a mesa – E eu quero descobrir exatamente o que é.

Peter sorriu novamente e dessa vez, Hydra o beijou, deixando o rapaz extremamente
feliz com a situação.

Depois de um tempo, Hydra disse que tinha que se encontrar com seus amigos e se
despediu de Peter que foi encontrar com os dele.

Chegando no três vassouras, ficou aliviada em ver que Fred e Jorge ainda não estavam
ali, isso evitaria mais perguntas, mas seu coração deu um salto ao ver que Olivio e seus
amigos do sétimo ano estavam junto de Kate, Angelina e Alicia e deu um grande
sorriso ao vê-la. Por que se sentia culpada pelo que acabara de fazer se não namorada
mais Olívio a mais de cinco meses?
- Oi gente – Disse Hydra se aproximando e forçando um sorriso.

- Oi Hydra, acho que nunca te apresentei aos meus amigos, não é verdade? – Dizia
Olívio com um sorriso muito mais verdadeiro que o dela, pulando cadeiras para que
Hydra pudesse se sentar ao seu lado.

- Acho que não.

- Esses são Keithlan Wildmor – Disse apontando para o bruxo do sétimo ano negro,
alto e magro – Mark Haningan – Apontava para um bruxo ruivo e sardento sentado ao
lado de Keithlan – E Marlon Wintz – por último, era um rapaz de pele negra e forte.
Todos acenavam com a cabeça conforme eram apresentados.

- Prazer meninos, já vi todos na sala comunal, é claro.

- O Fred e o Jorge conseguiram? – Perguntou Angelina que não parava de sorrir


olhando para Hydra sentada ao lado de Wood.

- Conseguiram o que? – Respondeu Hydra confusa.

- O plano ultra secreto que eles te pediram pra ajudar ue – Angelina respondia um
pouco desconfiada.

- A, não sei, eu me entendiei e vim para cá – Era horrível mentir para a sua amiga, mas
tinha medo de ter uma nova briga com Angelina como a do semestre anterior, ou até
pior...

Jorge, Fred e Lino chegaram pouco depois, lotados de compras da Zonko's e logo
depois deles, Rony e Hermione, sem Harry, que, segundo eles, não conseguiu
permissão dos tios para visitar Hogsmeade.

- Lá se vão todas as nossas economias – Disse Fred olhando para as sacolas.

Hydra decidiu pedir cerveja amanteigada para a mesa na sua conta, sabia que Fred e
Jorge deviam estar sem dinheiro nenhum e jamais aceitariam que ela pagasse somente
para eles.
- Hydra, eu passei em frente ao Madame Puddifoot, eu lembrei de você - Disse Olívio,
deixando a menina muito sem graça.

- Claro, eu também lembrei de você quando passei lá – Disse Hydra.

- Parem, todo esse papo vai me deixar enjoado – Disse Fred.

- Deixa eles! – Brigou Angelina.


CAPÍTULO 10

A FUGA DA MULHER GORDA

Mais tarde, depois de voltarem para o castelo, foram para o jantar de Dia das Bruxas,
Hydra lembrava com carinho do ano anterior onde teve um divertido jantar, sua
primeira festa em Hogwarts.

O salão principal fora decorado com centenas de abóboras iluminadas por dentro com
velas, uma nuvem de morcegos, muitas serpentinas laranja vivo que esvoaçavam
lentamente pelo teto tempestuoso como parecendo luzidias cobras de água.

A comida estava deliciosa e a festa foi um tremendo sucesso, Hydra conversava


animadamente com seus amigos e observava Peter, na mesa da Corvinal, conversando
com os dele e trocando olhares e sorrisos com ela durante todo o tempo.

- Um dia, eu quero aprender a disfarçar tão bem quanto vocês dois – Disse Jorge,
sentado ao seu lado, de forma irônica.

- Não diga isso Jorge, são preciso anos de aulas para aprender isso – Disse Fred,
também de forma irônica.

- Está tão na cara assim? – Perguntou Hydra.

- Não, Hydra, imagina – Disse Fred, rindo.

- Vocês estão namorando, finalmente? – Perguntou Jorge.

- Não, eu ainda estou confusa – Afirmou Hydra.

- Você nasceu confusa – Brincou Jorge.

- Hydra, você bem que poderia me ajudar em poções... – Disse Kate, distraindo Hydra
de sua conversa com os gêmeos.

- Claro, Kate, não sabia que você estava precisando.

- Precisando? Desesperdamente! Eu quase não passei nessa matéria ano passado...


- Podemos marcar na biblioteca, o que acha? Assim é bom que eu reviso algumas
coisas do quarto ano para os N.O.M.s.

- Ótimo! - Disse Kate, sorrindo para a amiga.

A noite terminou com um espetáculo apresentado pelos fantasmas de Hogwarts. Eles


saltavam de repente das paredes e dos tampos das mesas e voavam em formação;
Nick Quase Sem Cabeça, o fantasma da Grifinória, fez grande sucesso com uma
encenação de sua própria decapitação incompleta.

- Daora! – Disseram Fred e Jorge, no final da apresentação.

No final da noite, Hydra e os amigos acompanharam os colegas da Grifinória pelo


caminho habitual para a sua Torre, mas quando chegaram ao corredor que terminava
no retrato da Mulher Gorda, encontraram-no engarrafado pelos alunos. Antes que
pudesse falar algo ouviu Percy gritar

– Me deixem passar – ouviu-se a voz de Percy, que passou cheio de importância e


eficiência pelo ajuntamento. – Qual é o motivo da retenção aqui? Não é possível que
todos tenham esquecido a senha, com licença, sou o monitor-chefe...

E então foi baixando um silêncio sobre os alunos a começar pelos que estavam na
frente, dando a impressão de que uma friagem se espalhava pelo corredor. Eles
ouviram Percy dizer, numa voz repentinamente alta e esganiçada: – Alguém vai
chamar o Prof. Dumbledore. Depressa. As cabeças dos alunos se viraram; os que
estavam atrás se esticaram nas pontas dos pés.

- O que aconteceu? – Gritava Hydra assustada.

Instantes depois, o Prof. Dumbledore chegou deslizando, imponente, em direção ao


retrato; os alunos da Grifinória se comprimiram para deixá-lo passar, e Harry, Rony e
Hermione se aproximaram para ver qual era o problema.

A Mulher Gorda desaparecera do retrato, que fora cortado com tanta violência que as
tiras de tela se amontoavam no chão; grandes pedaços do retrato haviam sido
completamente arrancados.
Dumbledore deu uma olhada rápida no retrato destruído, virou-se, o olhar sombrio, e
viu os professores McGonagall, Lupin e Snape que vinham, apressados, ao seu
encontro.

– Precisamos encontrá-la – disse Dumbledore. – Prof a McGonagall, por favor localize o


Sr. Filch imediatamente e diga-lhe que procure a Mulher Gorda em todos os quadros
do castelo.

– Vai precisar de sorte! – disse uma voz gargalhante. Era Pirraça, o poltergeist que
Hydra detestava e evitava encontrar, sobrevoando professores e alunos, encantado,
como sempre, à vista de desastres e preocupações.

– Que é que você quer dizer com isso, Pirraça? – perguntou Dumbledore calmamente
e o sorriso do poltergeist empalideceu um pouco. Ele não se atrevia a atormentar o
diretor. Em vez disso, adotou uma voz untuosa que não era nada melhor do que a sua
gargalhada escandalosa.

– Vergonha, Sr. Diretor. Não quer ser vista. Está horrorosa. Eu a vi correndo por uma
paisagem no quarto andar, Sr. Diretor, se escondendo entre as árvores. Chorando de
cortar o coração – informou ele, satisfeito. – Coitada – acrescentou em tom pouco
convincente.

– Ela disse quem foi que fez isso? – perguntou Dumbledore em voz baixa.

– Ah, disse, Sr. Diretor – respondeu Pirraça com ar de quem carrega uma grande
bomba nos braços. – Ele ficou furioso porque ela não quis deixá-lo entrar, entende. –
Pirraça deu uma cambalhota no ar e sorriu para Dumbledore entre as próprias pernas.
– Tem um gênio danado, esse tal de Sirius Black.

O Prof. Dumbledore mandou todos os alunos da Grifinória voltarem ao Salão Principal,


onde foram se reunir a eles, dez minutos depois, os alunos da Lufa-Lufa, Corvinal e
Sonserina, todos parecendo extremamente atordoados.

– Os professores e eu precisamos fazer uma busca meticulosa no castelo – disse o


diretor aos alunos quando os professores McGonagall e Flitwick fecharam as portas do
salão que davam para o saguão. – Receio que, para sua própria segurança, vocês terão
que passar a noite aqui. Quero que os monitores montem guarda nas saídas para o
saguão e vou encarregar o monitor e a monitora-chefes de cuidarem disso. Eles devem
me informar imediatamente qualquer perturbação que haja – acrescentou
Dumbledore dirigindo-se a Percy, que assumiu um ar de enorme orgulho e
importância. – Mande um dos fantasmas me avisar.

O Prof. Dumbledore parou, quando ia deixando o salão, e disse:

– Ah, sim, vocês vão precisar... Com um gesto displicente da varinha, as longas mesas
se deslocaram para junto das paredes e, com um outro toque, o chão ficou coberto
por centenas de fofos sacos de dormir de cor roxa.

– Durmam bem – disse o Prof. Dumbledore, fechando a porta ao passar

O salão imediatamente começou a zumbir com as vozes excitadas dos alunos; os da


Grifinória contavam ao resto da escola o que acabara de acontecer.

– Todos dentro dos sacos de dormir! – gritou Percy. – Andem logo e chega de
conversa! As luzes vão ser apagadas dentro de dez minutos!

- Hydra, vocês está bem? – Peter surgiu em meio aos alunos da Corvinal perguntando.

- Sim, eu estou bem, só um pouco chocada.

- É verdade mesmo? Foi o Sirius Black? – Perguntava ele interessado.

- Eu não sei, foi o que disseram.

- Peter, me ajuda a mandar todos os alunos da Corvinal dormirem – Disse Penélope,


namorada de Percy chegando próximo deles.

- Sim, já estou indo – Disse Peter sério – Eu tenho que ir, se precisar de algo vou estar
com os outros monitores chefes, está bem? – Hydra concordou e Peter saiu em meio
aos alunos de sua casa.

Hydra se junto a Fred, Jorge, Alicia, Angelina e Lino, pegou um saco de dormir e os
cinco se ajeitaram em um dos cantos.

- Vocês acham que isso é verdade, que foi o Black? – Perguntava Hydra ajeitando o
saco de dormir.
- Eu acho que sim, mas como ele entrou no castelo? Aonde ele está? – Perguntava
Angelina colocando seu saco ao lado de Fred, que colocou o saco de dormir ao lado de
Jorge e esse por sua vez ao lado de Hydra.

Hydra apenas ficava séria, não sabia muito bem o que pensar ou dizer, viu que algumas
pessoas olhavam feio para ela.

- Devem pensar que eu ajudei ele – Disse Hydra, para os amigos.

- E por quê pensariam isso? – Perguntou Angelina.

- Porque ele é meu parente... – Disse Hydra, completamente sem graça.

- Isso não tem nada a ver, não se preocupa com esses idiotas – Disse Jorge.

A toda volta, os colegas falavam sobre o acontecido.

– Vai ver ele sabe "aparatar" – sugeriu uma aluna da Corvinal

– É impossível aparatar dentro de Hogwarts – Respondeu Hydra.

- Mas como ele entrou então? – Retrucou a menima.

- Eu não faço ideia...

- Você está bem? – Perguntou Olívio, colocando o saco de dormir ao lado de Hydra e
seus três amigos do sétimo ano ao lado dele.

- Sim, tudo bem – Respondeu Hydra.

- A, como é bom saber que sempre que a Hydra estiver perto somos invisíveis, como
será que devemos usar esse novo poder? – Perguntou Jorge, fingindo pensar no
assunto em quanto todos em volta riam.

- Eu quis dizer...

- Nós sabemos o que você quis dizer, quis dizer para todos nós, certo? – Disse Fred,
rindo ainda mais.
Hydra reparou que Peter olhava para Olívio ao seu lado, mas não era culpa dela, ela
não o chamara para ali, não que isso fosse problema, se tivesse o feito, ela também
sabia que como Monitor Chefe, Peter não podia parar o trabalho que estava fazendo e
ficar ao seu lado.

– As luzes vão ser apagadas agora! – anunciou Percy. – Quero todo mundo dentro dos
sacos de dormir, de boca calada!

Todas as velas se apagaram ao mesmo tempo. A única luz agora vinha dos fantasmas
prateados, que flutuavam no ar em sérias conversas com os monitores, e do teto
encantado, que reproduzia o céu estrelado lá fora. Com isso e mais os sussurros que
continuavam a encher o salão, era como dormir ao ar livre.

- Você está bem mesmo? – Perguntou Olívio agora deitado no saco de dormir a seu
lado a olhando.

- Estou sim e você? – Sorriu Hydra e deitou de barriga para cima para olhar as estrelas
do teto encantado.

- Estou bem também...

Hydra notou que a mão de Olívio estava no seu saco de dormir, ficou tentada em
segurar a mão dele, mas sabia que isso deixaria Peter chateado e dessa vez, com um
pouco de razão. Ela apenas olhava para o teto e admirava as estrelas, era como dormir
do lado de fora, a céu aberto, ficava tentando imaginar o que acontecia nos outros
cantos do castelo naquele momento.

De hora em hora, um professor aparecia no salão para verificar se estava tudo calmo e
Hydra notou que Peter patrulhara o canto onde ela estava muito mais vezes que os
outros.

Depois de um tempo, ficou observando as estrelas e ouvindo Fred e Jorge contando


histórias de terror para, segundo eles, "aliviar o clima", deixando os alunos do primeiro
ano apavorados.

- A muito tempo não dormia do seu lado – Brincou Olívio, depois que ela se virou para
ele.
- Pois é, pena que dessa vez, não é pelos melhores motivos – Dise Hydra.

- Você está assustada? – Perguntou Olívio.

- Um pouco, não sei o que ele queria aqui e se ele vier matar os alunos? – Perguntou
Hydra.

- Não acho que ele vá conseguir fazer nada com o Dumbledore aqui – Afirmou Olívio.

- Eu sei, mas eu não imagina que ele fosse conseguir entrar aqui também, no entanto...

Olívio e todos ao seu redor dormiram depois de um tempo, deixando Hydra acordada
sozinha, olhando novamente para as estrelas.

- Você está bem? – Perguntou Peter, sentando perto de seu saco de dormir.

- Estou, você pode ficar aqui? – Perguntou Hydra.

- Não muito, mas eu escapei um pouco... – Peter olhou para Olívio, que dormia
profundamente ao lado de Hydra - Queria eu poder estar no lugar dele hoje – Disse o
rapaz.

Hydra segurou na mão de Peter, que sorriu e levou a mão dela até sua boca, dando um
beijo gentil nela.

- Vai patrulhar para não arrumar problemas, eu já vou dormir – Disse Hydra.

- Ok, boa-noite Hydra – Disse Peter, saindo, com um largo sorriso de orelha a orelha.

Nos dias que se seguiram não se falou de mais nada na escola senão de Sirius Black. As
teorias sobre o modo com que Black entrara no castelo eram cada vez mais absurdas.

- Ele deve conseguir atavessar paredes, certeza! – Dizia uma menina da Lufa-Lufa
durante a aula de Herbologia.

- Isso é impossível – Dizia um amigo dela, ao seu lado.

- Você tem alguma outra teoria? – Perguntava a menina, irritada.


- Não, mas essa não tem como – Respondeu o rapaz, meio sem graça.

A tela rasgada da Mulher Gorda fora retirada da parede e substituída pela pintura de
Sir Cadogan e seu gordo pônei cinzento.

Ninguém ficou muito feliz com a troca. O cavaleiro passava metade do tempo
desafiando os garotos a duelar e no tempo restante inventava senhas ridiculamente
complicadas, que ele trocava no mínimo duas vezes por dia.

– Ele é completamente doido – protestou Simas Finnigan, um aluno do terceiro ano


aborrecido, com Percy. – Será que não podiam nos dar outro?

– Nenhum dos outros quadros quis o lugar – disse Percy. – Se assustaram com o que
aconteceu com a Mulher Gorda. Sir Cadogan foi o único que teve coragem suficiente
para se voluntariar.

Os treinos de quadribol aconteciam com cada vez mais frequência a medida que o jogo
contra a Sonserina se aproximava. Hydra ajudava Olívio nos tempos que sobrava entre
sua imensa carga de dever de casa (nenhum professor aliviou por causa do clima de
medo) e de seus encontros praticamente diários com Peter nos corredores e salas
desertas de Hogwarts, por algum milagre, provavelmente distraídos pelo
acontecimento da noite de Halloween, nenhum aluno que viu os dois juntos em
Hogsmeade espalhou a história e eles continuaram se encontrando em segredo a
contra gosto de Peter.

- Eu não tenho motivo para me esconder e nem você, eu quero que você seja minha
namorada de verdade, não ficar me escondendo com você pelos cantos! – Disse ele
enquanto estavam escondidos em uma das salas vazias.

- Eu sei, mas eu ainda não contei para os meus amigos, só preciso de um pouco mais
de tempo – Disse ela e o beijou, não deixando o rapaz nem responder.

Peter, porém, a afastou depois de um tempo.

- É sério, Hydra, você faz tudo isso parecer tão errado... E não é! – Protestou ele.

- Eu sei, eu prometo, eu vou tentar resolver tudo isso, ok? Eu prometo para você...
Hydra então o beijou de um jeito que Peter simplesmente não conseguiu mais
protestar, ao menos não naquela hora.

No último treino antes do jogo de sábado, Hydra estava ajudando no treino e Olívio
Wood deu ao time uma notícia indesejável.

– Não vamos jogar com Sonserina! – disse aos companheiros, parecendo muito
zangado. – Flint acabou de me procurar. Vamos jogar contra Lufa-Lufa.

– Por quê? – perguntou o restante do time em coro.

– A desculpa de Flint é que o braço do apanhador do time ainda está machucado –


respondeu Olívio, rilhando furiosamente os dentes. – Mas é óbvio por que estão
fazendo isto. Não querem jogar com tempo ruim. Acham que vai reduzir as chances
deles...

- Draco... – Pensou Hydra – É a cara dele fazer issso...

Tinha ventado forte e chovido pesado o dia inteiro e mesmo enquanto Olívio falava
ouviase o ronco distante do trovão.

– Não há nada errado com o braço do Malfoy! – disse Harry, furioso. – É tudo
fingimento.

E Hydra teve que concordar, conhecia muito bem o irmão e falava com ele quase todos
os dias, imaginava porém, que seu braço estava bom, mas que ele não iria abrir mão
da atenção que recebia por causa disso.

– Eu sei disso, mas não podemos provar – argumentou Olívio amargurado. – E temos
treinado todos esses lances na suposição de que íamos jogar com Sonserina, e, em vez
disso, será com Lufa-Lufa, que tem um estilo muito diferente. Agora eles estão com um
capitão novo que também é o apanhador, Cedrico Diggory...

Angelina, Alícia,Hydra e Katie tiveram um repentino acesso de risadinhas, Cedrico era,


tirando Peter talvez, o menino mais bonito da escola e todas suspiravam por ele nos
corredores (assim como por Peter).

– Quê?! – exclamou Olívio, fechando a cara para esse comportamento alegre.


– É aquele alto e bonito, não é? – perguntou Angelina.

– Forte e caladão – concluiu Katie, e as quatro recomeçaram a rir novamente.

– Ele só é caladão porque é burro demais para juntar duas palavras – comentou Fred,
impaciente. – Não sei por que você está preocupado, Olívio, Lufa-Lufa é brincadeira de
criança. Da última vez que jogamos com eles, Harry capturou o pomo em cinco
minutos, não se lembram?

– Estávamos jogando em condições completamente diferentes! – gritou Olívio, os


olhos saltando ligeiramente das órbitas. – Diggory armou uma lateral muito forte! E é
um excelente apanhador! Eu estava com medo que vocês fizessem essa leitura falsa!
Não podemos relaxar! Temos que manter o nosso foco! Sonserina está tentando nos
prejudicar! Precisamos ganhar!

– Olívio, vê se se acalma! – disse Fred, ligeiramente assustado. – Estamos levando Lufa-


Lufa muito a sério. Sério.

Depois de um treino muito pesado, onde ficaram completamente encharcados pela


chuva e no qual Hydra ajudou ficando no gol adversário fazendo assim os jogadores
treinarem com os dois, Hydra decidiu acalmar Olívio.

- Olívio, calma, vocês vão conseguir – Disse Hydra para ele antes de entrarem no
vestiário.

- Nós temos que ganhar, Hydra, temos que ganhar! – O brilho obcessivo estava de
volta a seus olhos, Olívio conseguia ser assustador algumas vezes.

- E vocês vão, ninguém duvida disso – Argumentou Hydra.

- O seu irmão, você não? Esquece... – Disse Olívio, mudando de idéia sobre a pergunta
que iria fazer.

- Falar com ele? – Perguntou Hydra

- É...
- Eu posso, mas você sabe que não vai adiantar nada, não sabe? O pior não é o meu
irmão, é Flint, ele não vai deixar mudarem o jogo, você sabe muito bem...

- É, com esse idiota eu nem quero que você fale – Disse Wood, parecendo furioso.

- E por quê não?

- Porque eu soube o que ele fez com você ano passado e eu soube como você
enfrentou ele, fiquei muito orgulhoso na verdade... – Disse Olívio, com um sorriso no
rosto.

- Muito obrigada, ele é um idiota completo, eu concordo, mas Olívio, você não deve se
preocupar, você é o melhor capitão dessa escola, eu não sei porque está com medo de
não ganhar.

- Porque é minha última chance, Hydra, última chance! Se não for dessa vez...

- A taça não é tudo, você sabe, né? Você é um bom jogador, você pode conseguir
coisas muito boas em um time profissional, não tem o porquê ter medo.

Olívio ouvia tudo atento, mas parecia não se conformar com as palavras.

- Além disso – completou Hydra -, eu não duvido que você ganhe a taça, vocês são
bons, muito bons, você não sabe disso?

- Sei, eu só tenho medo – Revelou Wood.

- Não tenha, vamos, temos que nos trocar e descansar, amanhã é um grande dia para
vocês – Disse Hydra, entrando com Olívio para o vestiário, aonde já se encontravam o
resto da equipe.
CAPÍTULO 11

GRIFINÓRIA X LUFA-LUFA

O time subiu para a sala comunal, logo depois de mais um demorado discurso de
Wood no vestiário, todos se sentindo molhados e exaustos.

- Eu vou dormir, vocês deveriam fazer o mesmo, quero todos vocês fortes para para o
jogo no Sábado – Disse Wood, se despedindo do resto do time e subindo para o quarto
dos meninos.

- Eu as vezes acho que ele vai ter um treco um dia desses – Disse Jorge, se aquecendo
perto da lareira acesa.

- Ele só é dedicado – Defendeu Angelina, como sempre...

- Quanto ele te paga para você defender ele assim? – Perguntou Fred, ao lado do
irmão gêmeos.

- Nada, ele é meu amigo, só isso! – Disse Angelina, um pouco irritada.

- Se você não empurrasse tanto ele para a Hydra, eu poderia pensar que...

- Nada disso, Fred! – Interrompeu Hydra – Ela só gosta dele como amigo.

Angelina olhou para Hydra, um pouco agradecida, Hydra sabia que Angelina ainda
gostava de um certo jeito especial do Fred, apesar de achar um absurdo que até hoje
ela não tenha falado nada com ele e ser complicado ter que dar várias desculpas para
não dar o contato de suas amigas na França para Fred, apenas para Jorge, já que Hydra
não queria ferir os sentimentos da amiga.

- Ok, ok... Só estava brincando – Disse Fred, não entendendo o que falou de tão
ofensivo assim.

- Acho melhor irmos dormir, vocês precisam descansar de verdade, se tiverem mesmo
pequenas olheiras Sábado, é capaz do Olívio matar todos vocês – Disse Hydra, se
levantando da poltrona.
- Não, não acho que ele faria isso, ele teria que encontrar uma nova equipe em cima da
hora e ele jamais arriscaria tanto – Brincou Jorge.

No dia anterior a partida, começou a uivar e a chuva a cair com mais força que nunca.
Estava tão escuro nos corredores e salas de aula que foi preciso acender mais archotes
e lanternas. Olívio entrara na sua sala para dar instruções para os companheiros de
equipe diversas vezes durante o dia, irritanto os professores.

- Senhor Wood, quantos pontos terei que tirar da Grifinória até que o Senhor pare de
interromper as minhas aulas? – Perguntou a Profa. Minerva, completamente irritada,
depois de Wood interromper a aula dela pela quinta vez para falar com Fred, Jorge,
Alícia e Angelina.

- Desculpe, Professora, é só que o jogo de hoje...

- Eu sei muito bem qual é o jogo de hoje, Senhor Wood, mas isso não é desculpa para
interromper a minha aula! Menos cinco pontos para a Grifinória e se aparecer de novo,
serão menos cinquenta!

No final da aula, Jeniffer e Rita foram ao encontro de Hydra.

- Seu ex, né? – Perguntou Jeniffer.

- Sim, ele mesmo – Respondeu Hydra.

- Ele é... Intenso... Eu acho... – Disse Jeniffer, um pouco sem jeito.

- Muito, para dizer o mínimo – Respondeu Hydra, rindo e lembrando do aviso que os
meninos deram sobre Olívio no ano anterior.

No dia da partida a chuva estava ainda mais pesada e mais forte, deixando Olívio mais
tenso do que nunca.

- Vai ser uma partida dura – comentou Olívio, que não queria comer nada no café
antes da partida, mas fazia seus companheiros comerem para ficarem fortes.

– Pare de se preocupar, Olívio – disse Alícia para tranquilizá-lo –, não vamos derreter
com uma chuvinha à toa.
- Olívio, toma – Disse Hydra dando uma torrada para ele – Come alguma coisa por
favor, senão você não vai aguentar jogar – Olívio forçou um sorriso e mordeu um
pequeno pedaço na mão de Hydra.

- Mais... – Disse Hydra, servindo a torrada para Olívio, segurando enquanto ele comia.

Ela percebeu, que da mesa da Corvinal, Peter olhava um pouco enciumado, não
parecendo gostar nada da cena que via, mas já tinha dito para ele que não deixaria de
agir normalmente com Olívio, apesar de ele não ter pedido isso.

- Obrigada, Hydra – Disse Olívio, depois de comer a torrada e voltar a ficar sério e
tenso.

A escola inteira apareceu para assistir à partida, como sempre. Os jogadores, no


entanto, desceram os jardins em direção ao campo e Hydra os acompanhou como
sempre, as cabeças curvadas contra a ferocidade do vento, os guarda-chuvas
arrancados de suas mãos.

Entrando no vestiário, o time vestiu o uniforme escarlate e aguardou com Hydra o


discurso de Olívio que antecedia as partidas, mas não houve discurso dessa vez...

Wood tentou falar várias vezes, fez um ruído esquisito de quem engole, depois sacudiu
a cabeça, desalentado, e fez sinal para os companheiros o seguirem. Hydra deu um
abraço que o fez quase desabar em seus braços e um beijo na bochecha o desejando
boa sorte e depois seguiu para a arquibancada, aonde encontrou um lugar perto de
Jeniffer, Rita e Laura. O vento e a chuva eram tão fortes que Hydra teve dificuldade de
chegar até a arquibancada.

Todos aplaudiram quando o time entrou, mas os trovões abafafam o barulho dos
aplausos.

Os jogadores da Lufa-Lufa se aproximavam pelo lado oposto do campo, usando vestes


amarelo-canário. Os capitães foram ao encontro um do outro e se apertaram as mãos.
Ou pelo menos parecia, era realmente muito difícil de ver das arquibancadas.

Hydra perdeu completa noção de tudo que acontecia na partida, os jogadores eram
apenas borrões amarelos e vermelhos que passavam as vezes na grossa chuva que
caia. Percebeu que um tempo depois, o time da Grifinória pediu tempo descendo até o
gramado.

Os jogadores voltaram a subir e a Grifinória, Hydra achou ter ouvido, estava na frente.

- O que diabos está acontecendo? – Perguntou Jeniffer, tendo que gritar para ser
ouvida.

- Eu não sei, acho que estamos na frente, mas não da pra ver nada – Disse Hydra.

- É bom que a gente esteja mesmo, eu apostei 2 galeões com meu primo que a gente
ganhava... – Disse Jeniffer.

- Eu queria tanto saber o que está acontecendo – Disse (na verdade gritou) Hydra,
preocupada com a possibilidade de alguma coisa estar indo errada para os meninos.

- Relaxa, nosso time é melhor que o da Lufa-Lufa – Disse Rita, ao lado de Jeniffer.

Hydra agora tentava de todo jeito ver o que acontecia com o time, apesar de não ter
muito sucesso nisso.

Mais um tempo depois de jogo, Hydra notou um ponto vermelho descendo rápido do
céu e sentira uma sensação muito grande de tristeza e um enorme frio, o ponto
vermelho descia muito rápido e percebeu que o ponto era na verdade Harry Potter e
que dementadores vinham atrás dele e em volta do campo. Hydra gritou desesperada
e correu em direção ao campo, quando chegava mais perto, começou a sentir aquela
sensação de desespero e tristeza que sentiu uma vez no trem, mas não parou de
correr. Ela Viu que Dumbledore já havia corrido para o campo, agitou a varinha e Harry
meio que desacelerou antes de bater no chão. Depois, virou a varinha para os
dementadores. Disparou uma coisa prateada contra eles e os Dementadores fugiram
assustados, Hydra reconheceu o feitiço como um Patrono, uma magia avançada e
poderosa. Dumbledore parecia furioso.

Ao chegar no campo, com muita dificuldade, Hydra viu o time no chão e vários alunos
ao redor.

- Ele está vivo, não se preocupem!– Gritou Madame Hooch, mas ninguém parecia
ouvir. Hermione chorava desesperada e Hydra também chorou.
- Não, vamos parar o jogo, eu quero um novo jogo! – Gritava Cedric que acabara de
pegar o pomo de ouro.

- Não! Vocês venceram justamente – Disse Olívio, branco e com a expressão mais triste
que já vira ele ter na vida, pior ainda do que quando o campeonato foi cancelado no
ano anterior.

- Temos que levar o Potter para a ala hospitalar! – Gritou Madame Hooch novamente –
Lufa-Lufa ganha!

Olívio entrou em disparada para o vestiário, sem nem esperar para ver o que
acontecia.

Dumbledore usou a magia para botar Harry numa padiola e saiu a pé até a escola, com
Harry flutuando do lado, na padiola.

O time, que seguiu para a sala hospitalar com Hermione e Rony, falava sobre os
dementadores e ficaram falando durante o tempo que Potter ficou desmaiado na ala
hospitalar. Hydra sentia uma mistura de preocupação com o menino e pena de Olívio.

– Foi a coisa mais apavorante que já vi na vida. Mais apavorante... a coisa mais
apavorante... vultos negros encapuzados... frio... gritos...

O time estava extremamente sujo de lama e chuva e Hermione ainda chorava


desesperada, mas todos esperavam ansiosos para saber de Harry quando o menino
acordou.

– Que aconteceu? – perguntou, sentando-se na cama tão de repente que todos


reprimiram um grito de surpresa.

– Você caiu da vassoura – contou Fred. – Deve ter caído... de ... uns quinze metros? –

- Pensamos que você tivesse morrido – disse Alícia, trêmula.

Hermione fez um barulhinho esganiçado. Tinha os olhos muito vermelhos.

– Mas o jogo – perguntou Harry. – Que aconteceu? Vamos jogar outra vez?
Ninguém disse nada.

– Nós não... perdemos? – Diggory apanhou o pomo – informou Jorge. – Logo depois de
você cair. Ele não percebeu o que tinha acontecido. Quando olhou para trás e viu você
no chão, tentou paralisar o jogo. Queria um novo jogo. Mas tiveram uma vitória justa...
até Olívio admite isso.

– Onde está Olívio? – perguntou Harry ainda muito assustado.

– Ainda está no banho – respondeu Fred. – Achamos que ele está tentando se afogar.

Hydra sentiu seu coração apertar em pensar em Olivio sozinho e triste no vestiário,
estava decidida a procura-lo quando saísse dali, se sentiu ainda pior quando viu Harry.

Harry abaixou a cabeça até os joelhos, agarrando os cabelos com as mãos. Fred
segurou-o pelos ombros e o sacudiu com força.

– Anda, Harry, você nunca perdeu o pomo antes.

– Tinha que haver uma primeira vez – disse Jorge.

– Mas a coisa não terminou aqui – disse Fred. – Perdemos por uma diferença de cem
pontos, certo? Então se Lufa-Lufa perder para Corvinal e vencermos Corvinal e
Sonserina...

– Lufa-Lufa terá que perder, no mínimo, por duzentos pontos – disse Jorge.

– Mas se eles vencerem Corvinal...

– Nem pensar, Corvinal é bom demais. Mas se Sonserina perder para Lufa-Lufa...

– Tudo depende do número de pontos, uma margem de cem pontos a mais ou a


menos...

Harry ficou sentado na cama da ala hospitalar parecendo miserável com toda a
informação.
Passados mais ou menos uns dez minutos, Madame Pomfrey veio dizer aos garotos
que deixassem Harry em paz.

– A gente volta para ver você mais tarde – disse Fred. – Não fique se martirizando,
Harry, você ainda é o melhor apanhador que já tivemos.

- Eu vou atrás do Olívio – Disse Hydra aos amigos.

- Acho que ele não vai querer te ver agora, nem você... – Respondeu Fred, ainda cheio
de lama.

- Eu tenho que tentar – Disse Hydra.

- É a Hydra, se ele vai querer ver alguém, é ela! – Disse Angelina.

Hydra desceu em direção ao campo de Quadribol ainda vazio, a chuva ainda caia muito
forte e o vento era cortante, ela entrou no vestiário e procurou Wood.

- Olívio, eu sei que você está ai! – Gritou ela.

Olívio chorava sentado na pequena arquibancada, já com as vestes pretas da escola.

- Eu fracassei, eu fracassei! – Chorava ele alto quando viu Hydra.

Hydra sentou do seu lado e fez carinho em seu cabelo enquanto ele chorava sem a
olhar, na verdade, ele olhava fixamente para o chão.

Hydra só vira Olívio chorando de verdade duas vezes contando com essa e sabia o
quanto ele devia estar sofrendo.

- Você sabe que não fracassou... – Finalmente disse Hydra, depois de deixar ele
chorando por um tempo, ela sabia que isso ajudava a aliviar a dor. – Você não teve
culpa nenhuma, foi um acidente – Olívio parecia chorar ainda mais – , além disso,
vocês ainda tem chances de ganhar a taça...

- Não temos! – Gritou ele.


- Tem sim e você sabe que sim! – Hydra virou o rosto de Olívio para si com as mãos –
Não acabou Olívio, eu sei que vocês ainda podem ganhar e você também sabe disso.

Olívio, ainda chorando, olhou em seus olhos e a beijou, Hydra não teve coragem de
afastá-lo, mas também sentia como se estivesse fazendo algo horrível com Peter, mas
o que poderia fazer? Ela apenas beijou Olívio, um beijo intenso, forte.

O beijo foi ficando mais intenso com o tempo, era como um final de história
acontecendo, Hydra se deixou ficar com o Olívio por um tempo, o beijando e estando
perto dele.

Depois de um tempo, Hydra estava sentada de novo ao lado de Olívio, organizar seus
sentimentos enquanto estava com Olívio, era bom, era gostoso, mas não tão bom
quanto com Peter, não era tão gostoso quanto com Peter, não tinha o sentimento que
ela tinha por Peter, não mais... O beijo de Olívio já foi a coisa mais maravilhosa que
sentiu, ela ainda tinha a lembrança deles, mas agora, não era a mesma coisa, não tinha
o mesmo sentimento, não tinha o mesmo amor, nem da parte dela e nem da parte
dele, ela começou a sentir seu coração palpitar com a culpa e finalmente falou com
Olívio.

- Olívio, nós não deveríamos ter... – Disse ela sem jeito.

- Me desculpe, me desculpe Hydra – E voltou a chorar, colocando a cabeça em seu


peito.

- Tudo bem, eu quero ser sua amiga Olívio, eu sei que você está sofrendo, mas esse
tipo de coisa não pode acontecer, não mais... Foi bom, mas não pode mais Olívio, uma
bela despedida para nós dois... Eu sinto muito... - Disse delicadamente de forma que
Olívio não se ferisse mais ainda.

- Eu sei... – Disse ele levantando a cabeça – Me desculpe, eu realmente perdi a razão,


eu só me senti tão mal, queria tentar me sentir melhor de alguma maneira, eu tenho
tantas lembranças... Me desculpe, Hydra, – Ele tentou segurar as lágrimas – você é
minha amiga e eu agradeço por você estar aqui, eu não quero perder isso e eu
agradeço por essa despedida, eu vou guardar ela para sempre comigo...
Hydra sorriu e abraçou Olívio. Os dois ficaram ali mais um bom tempo, sem falar nada,
Olívio apenas segurou sua mão e ficou olhando para o chão, finalmente, parando de
chorar.

Hydra pensava se deveria dizer para Peter o que aconteceu, que de alguma forma o
traíra, apesar de ainda não ter concordado em namorar com ele, não tinha
compromisso, mas o traira.

Mas também pensou que ficar com Olívio não foi mais como era antigamente, que não
sentiu mais o seu coração bater forte como antes, ou quando beijava Peter, que não
sentiu nada do que sentia com Peter. Pensava que talvez, finalmente tivesse superado
Olívio e que agora, ele realmente era apenas uma lembrança boa e um amigo, sempre
gostaria dele, sentiria algo especial, pelo menos ela imaginava isso, mas não queria ter
mais um romance com ele.

Ela também pensava em como estava realmente apaixonada por Peter e finalmente,
pensou que, mesmo sem querer, beijara três caras nesse ano letivo (apesar de
considerar o que houve com Jorge um equivoco tão grande que fingia que nunca tinha
acontecido) e de como isso era tão longe do que ela esperava, na verdade, o
pensamento a fez rir um pouco, pensou que seria algo, que provavelmente, a sua
amiga Gisele aprovaria.

Olívio finalmente concordou em subir para a sala comunal, depois de muitas horas.
Hydra o deixou lá e ele foi direto para o banho, tirar um pouco da lama e chuva que
tinha nela e então desceu para o jantar, seu estômago estava roncando...

O Salão principal fervia com comentários sobre o jogo e de como Harry Potter quase
morrera.

O time parecia muito desanimado na mesa, não tão desanimado quanto Olívio, Hydra
na verdade achava que ninguém estaria tão desanimado quanto Olívio.

-Acho que é o fim – Dizia Alicia sem conseguir comer.

- Não é, ainda podemos ganhar – A voz de Fred na verdade não mostrava muita
confiança.

- É, quem sabe... – Comentou Angelina sem esperanças.


- Eu acredito em vocês, de verdade, vocês são o melhor time da escola e se não fosse
aquele dementador aposto que tiram ganhado – Disse Hydra tentando animá-los sem
muito sucesso.

Hydra viu Peter olhando na mesa da frente e fez um sinal discreto com a cabeça em
direção a porta e disse aos amigos que iria dar um pulo na biblioteca, eles estavam tão
desanimados que não fizeram nenhuma objeção.

Hydra pensava o quanto gostava de verdade de Peter, não foi a mesma coisa com
Olívio, não foi, agora ela sabia que podia se entregar completamente ao Peter, de
coração.

Ela ficou esperando do lado de fora do salão principal e logo Peter apareceu, depois
seguiu em silêncio pelos corredores com Peter a seguindo, até achar uma sala vazia.

- O que houve? – Perguntou Peter enquanto Hydra fechava a porta – Você sumiu
depois do jogo....

Hydra não respondeu, ela se atirou nos braços de Peter e o beijou e ele retriubiu, ela
queria ter certeza de que o que achava que sentia era verdade. O beijo era exatamente
o que lembrava, firme e apaixonado, Peter tinha uma mão em sua cintura e outra em
sua nunca e a pressionava para perto de si, os beijos de Peter eram geralmente bem
intensos, de arrepiar. Hydra passou um tempo perdida naquele beijo, mas lembrou
que queria falar com Peter e se soltou.

- O que foi isso? – Perguntou ele sorrindo.

- Eu aceito – Disse Hydra também ofegante.

- O que? Aceita o que? – Ele parecia confuso e ainda muito ofegante.

- Namorar com você, eu quero! – Disse Hydra, também ofegante e parecendo querer
falar rápido, antes que tivesse dúvidas novamente.

Peter quase explodiu de felicidade, ele abraçou Hydra e a girou no ar e depois deu um
outro beijo nela.
- Essa é a melhor notícia que você poderia me dar! – Disse ele enquanto a abraçava –
Mas o que te fez mudar de ideia?

- Eu não mudei de ideia, eu só tive certeza do que queria.

- Mas aconteceu algo para você decidir isso? Ainda mais depois da derrota que seus
amigos sofreram... – Ele parecia desconfiado parado em frente a Hydra.

- Eu só descobri que o que eu sinto pelo Olívio hoje é somente uma grande amizade,
uma lembrança boa, não é mais amor, não é... E que eu estou me apaixonando cada
vez mais e de verdade por você – Peter sorriu e mais uma vez beijou Hydra.- Mas eu
preciso que você espere para contarmos para as pessoas, ok? Pode contar para os seus
amigos e sua irmã, se quiser, mas eu preciso esperar para contar para os meus...

Peter estava tão feliz que apenas concordou sem reclamar.

- Por quanto tempo? – Perguntou ele depois de um tempo.

- Por pouco, eu preciso saber como contar para eles, só isso... – Disse Hydra.

- Ok, eu espero, eu já esperei tanto por você, o que são mais alguns dias? – Disse
Peter.

- Eu acho que eu que esperei por você esse tempo todo... – Disse Hydra, sorrindo.

Finalmente, Hydra subiu para a torre da Grifinória se sentindo confiante que fez a
escolha certa.

No dia seguinte, depois do café, Hydra passou o resto da manhã com Peter e depois,
seguiu para a sala comunal, aonde decidiu que iria estudar para as aulas da semana.

- EU NÃO ACREDITO!!! – Disse Jeniffer, se atirando em Hydra, que estava sentada em


sua habitual poltrona na Sala comunal.

- Jeniffer, fala baixo – Disse Hydra, sendo quase "esmagada" pela "cunhada".

- Eu sei, ele me disse que ainda era segredo, mas, finalmente! Eu tava começando a
achar que talvez não iria acontecer – Disse Jeniffer, sentando ao seu lado.
- Ele falou para você então?

- Falou, ele sempre me conta as coisas, ele está tão feliz, ele realmente gosta de você e
olha, não é porque é meu irmão não, mas ele é um homem maravilhoso e eu nunca vi
ele amando alguém desse jeito antes.

- Nunca? – Perguntou Hydra sem jeito.

- Não, ele já gostou de algumas meninas, mas no geral, nunca amou, não de verdade –
Disse Jeniffer.

- E ela já teve muitas namoradas? – Perguntou Hydra, um pouco curiosa sobre o


assunto.

- HÁ! – Jeniffer soltou uma risada irônica – Sim, muitas, mas você já viu como as
meninas gostam... – Jeniffer parou de falar, percebeu o rosto de Hydra e sentiu que
falara coisa demais.

- Eu não me importo com o passado dele, Jeniffer...

- Eu sei, ele realmente é muito fiel quando está com alguém e como eu disse, ele te
ama, ama de verdade – Disse Jeniffer, tentando se corrigir.

- Eu acredito, eu estou apaixonada por ele também, ele é uma pessoa incrível...

- E vocês são um casal lindo, sério, muito lindos, parecem irreais, imagina os filhos de
vocês...

- Calma, Jeniffer – Brincou Hydra, fazendo Jeniffer gargalhar.

- Sim, claro, pelo amor de Deus!


CAPÍTULO 12

DEFESA CONTRA AS ARTES DAS TREVAS

Depois de alguns dias, Wood finalmente voltara a um estado quase normal e voltou a
sentar com Hydra e seus amigos e até discutir estratégias para uma possível volta por
cima da Grifinória.

- Eu não sei se ter o Wood de volta ao normal é melhor ou pior – Disse Jorge, depois de
ouvir quarenta minutos de um longo discurso sobre o porquê a Grifinória ainda tinha
chances de ganhar a taça.

Em um sábado a noite, Hydra se dirigia até as masmorras para mais uma lição com
Snape.

- Entre, senhorita Malfoy – Disse Snape quando Hydra bateu na porta.

Ao contrário dos outros dias quando sempre a esperava sentado em sua cadeira,
Snape estava em pé em frente a sua mesa separando alguns ingredientes, Hydra se
juntou a ele e esperou que ele falasse.

- A senhorita me disse que costuma trabalhar com poções, para melhorá-las – Disse
Snape com o mesmo tom frio e olhar distante de sempre.

- Sim, eu tento melhora-las um pouco ou mudar um pouco das suas funções – Disse
Hydra, séria, ainda olhando para a mesa, parecia ter medo de encarar Snape nos olhos.

- Muito bem, quero que me apresente uma dessas poções – Disse ele sério se
sentando em sua cadeira.

- Qualquer uma, Professor?

- Qualquer uma – Snape observava atento aos passos de Hydra que colocou seu
caldeirão na mesa e procurou ingredientes pela sala.
"Pus de bubotúberas, espinho de bubotúberas, escama de serpente marinha, urtiga
verde em pó e ovo de fada mordente" pensava Hydra enquanto passeava pela sala
procurando todos os ingredientes.

- Acho que isso dá – Disse para si mesma pegando um pote de escamas de serpente
marinha e colocando todos os ingredientes na mesa.

- Muito bem, qual poção pretende fazer? – Perguntou Snape analizando os


ingredientes com os olhos sentado em sua cadeira.

- Uma poção embelezadora – Disse Hydra sem graça e Snape soltou um pequeno
suspiro de frutração.

- É o melhor que pode fazer? – Perguntou ele irônico

- Na verdade não, mas foi a primeira poção que eu modifiquei sozinha aos doze anos –
Hydra disse confiante e notou que Snape de forma muito discreta, parece ter
aprovado.

- Muito bem, faça a poção me narrando o passo a passo e dizendo o que está fazendo
de diferente do original – Snape pegou um pegaminho e pena para anotar o que Hydra
dizia.

- Muito bem – Hydra disse e respirou fundo – Primeiro eu pego o pus de bubotúberas,
duas porções ao invés de uma que está na receita original. – Dizia tudo sem olhar para
o professor, não queria ver sua expressão, sabia que iria ficar nervosa e acabar
cometendo um erro – Doze espinhos de bubotúberas – Disse acrescentando ao
caldeirão – Mexo Doze vezes lentamente para o sentido horário e Treze para o anti
horário, a receita original pede onze para cada. – Os momentos para mexer a mistura
exigiam calma e delicadeza e levam alguns bons minutos para ser executada– Agora eu
preciso cortar as escamas de serpente marinha em pedaços de exatos dois cm, a
receita manda cortar a gosto, mas eu decobri que dois cm faz com que a poção tenha
dois horas a mais de duração, esse é o principal segredo. – Dizia empolgada enquanto
cortava as escamas em pedaços perfeitamente iguais – Agora duas pitadas de urtiga
verde em pó. – Disse jogando a urtiga no caldeirão de onde saia uma fumaça rosa –
Mexo por dez minutos apenas para o sentido horário. – Hydra ainda fazia tudo sem
olhar para o professor que não falava absolutamente nenhuma palavra – E finalizo
com meio ovo de fada mordente – Ao jogar o último ingrediente no caldeirão, esse
borbulhou e a fumaça se tornou branca e cintilante.

Toda receita levou mais de uma hora para ficar pronta, quando acabou, finalmente
olhou para o professor que estava acabara de levantar da cadeira e estava analisando
de perto o caldeirão.

- E qual a diferença do efeito dessa poção para a original? – Perguntou ele ainda
olhando o caldeirão

- Além de durar duas horas a mais, ela garante remoção muito mais forte de qualquer
imperfeição na pele ou cabelo – Disse Hydra orgulhosa.

- Teste – Pediu o Professor.

Hydra pegou um pouco da poção e passou em seu cabelo que estava todo em pé de
passar aquele tempo em frente ao caldeirão e na mesma hora ele tomou forma e ficou
brilhoso.

- Muito bem – Disse Snape voltando para a sua cadeira - Melhorar uma poção é algo
extremamente difícil e requer grande conhecimento das propriedades da mesma... –
Disse ele sem emoção, então era difícil dizer se aquilo era um elogio – E a senhorita diz
ter conseguido isso aos doze anos?

- Essa sim, eu só consegui de fato melhorar três poções, a de embelezamento, a de


limpeza e a estimulante, mas acho que na verdade deixei ela estimulante demais, de
modo que quando alguém toma, não consegue dormir por dois dias, então não sei se
pode ser considerada melhorada... – Disse Hydra corando.

- E está tentando mais alguma?

- Eu queria tentar melhorar a poção limpa ferida.

- E por quê ao invés de tentar melhorar uma poção, não tenta inventar uma? –
Perguntou Snape, ainda sem emoção.

- Porque só bruxos muito experientes conseguem inventar poções – Respondeu Hydra,


meio que automaticamente.
- Esse tipo de pensamento medíocre que impede seu sucesso, senhorita Malfoy. –
Snape fez uma pausa e depois continuou – A partir da semana que vem vamos estudar
as propriedades das plantas e animais mágicos e assim faremos por muitas semanas
até que possamos começar a trabalhar em uma poção nova.

Hydra sabia como isso seria tedioso, mas se sentiu radiante, teria ajuda de Snape para
tentar inventar uma poção nova, isso seria mais do que pensou em conseguir.

- Obrigada professor – Disse tentando conter o sorriso.

- Isso é tudo por hoje, pode se retirar – Snape parecia nunca conseguir mostrar
emoções em suas palavras.

Hydra se retirou confiante em direção a torre da Grifinória.

Quando estava subindo as escadas, foi surpreendida por Peter que sorriu ao vê-la.

- O que está fazendo aqui? – Perguntou ele, a beijando.

- Vindo da aula com o Snape, esqueceu que é todo Sábado de noite?

- E como foi? – Perguntou ele, encostando no corrimão da escada.

- Ótima, ele me garantiu que vai e ajudar a inventar uma poção, não é maravilhoso? –
Disse Hydra muito empolgada, parada na frente de Peter.

- Muito! Isso é fantástico, eu tenho certeza que você pode conseguir – Era estranho
ver alguém genuinamente feliz por Hydra ter aulas com Snape, todos pareciam achar
idiota ou até algo suicida, mas Peter parecia sempre compreender suas ambições e ao
invés de criticar, sempre a encorajava e ajudava como podia.

- E você, o que está fazendo aqui? – Disse Hydra sorrindo e mexendo nos longos
cabelos de Peter.

- Patrulhando, deveres de monitor chefe, esqueceu? – Peter fingia estufar o peito com
orgulho e depois riu.
- É melhor eu ir indo então antes que você acabe tendo problemas, um monitor chefe
não pode ser visto nos corredores beijando a namorada, pode? – Hydra forçava uma
voz séria e rigída.

- Eu não me importo, deixem que brigue... – Peter a puxou para perto e a beijou, mas
logo Hydra ouviu passos e decidiu se despedir e subir correndo para a torre.
Realmente não queria causar problemas para Peter.

Alguns dias se passaram e derrota da Grifinória contra a Lufa-Lufa parecia ser um


assunto mais distante, até o time parecia ter esquecido um pouco sobre isso.

Hydra se dirigiu em uma manhã para a aula de Runas antigas, apesar de gostar do
conteúdo, se sentia triste por todos os seus amigos preferirem fazer as aulas de
adivinhação que era no mesmo horário.

- Oi Hydra – Disse Jeniffer a chamando para sentar a seu lado, Rita também estava na
mesa mesa já com o pergaminho e pena em mãos e também a cumprimentou.

- Oi Jeniffer, como estão as coisas com o rapaz da minha festa? – Perguntou Hydra
rindo sem que Rita pudesse ouvir.

- Saímos em Hogsmeade, trocamos cartas, mas é difícil, com ele lá fora e tudo... –
Jeniffer suspirou – Quem sabe um dia... E você e meu irmão?

- Estamos bem... – Disse Hydra, fazendo Jeniffer dar pequenos aplausos de aprovação.
Rita estava distraída demais para prestar atenção no que estavam falando.

- Ele falou de você durante todo verão, era irritante até, eu não contei nada pra
ninguém, pode deixar...– Depois continuou – Mas por quê não posso contar mesmo?

- Eu ainda preciso contar para os meus amigos – Hydra não queria falar que na verdade
queria contar para Olívio e não sabia como, Jeniffer pareceu entender e antes que
pudessem falar mais sobre o assunto, o professor entrou em sala e todos ficaram em
silêncio.

Depois do almoço, seguiu para a aula de Defesa-contra-as-artes-das-trevas.


Durante algumas aulas, o professor Snape substituiu o professor Lupin em Defesa-
contra-as-artes-das-trevas para desgosto geral, até de Hydra que apesar de gostar
muito do professor Snape, preferia muito mais quando ele ensinava apenas poções.
Foi um alívio chegar na próxima aula de ver o Professor Lupin lá.

- Professor Lupin, o senhor está bem? – Perguntou Hydra sentando em uma das mesas
da frente para o bruxo que parecia doente e mal cuidado.

- A, senhorita Malfoy, está tudo bem sim, muito obrigada – Disse Lupin forçando um
sorriso.

Quanto todos sentaram em seus lugares de sempre, ele começou:

- Muito bem, alguém pode me dizer de onde o Professor Snape parou?

- Ele fez uma revisão sobre Lobisomens – Respondeu Rita – de novo... –


Complementou ela irritada.

- Bem, acho que revisão nunca é demais, certo? – Lupin de novo forçava um sorriso. -
Acho que hoje podemos falar sobre um assunto extremamente atual para nós,
infelizmente – Fez uma pausa e todos olhavam para ele atentos – Dementadores – Um
cochicho excitado tomou conta da sala.

- Dementadores, como os que invadiram o jogo de quadribol? – Peguntou Lino


animado.

- Exatamente, alguém sabe explicar o que é um dementador? – Hydra levantou a mão


imediatamente – Senhorita Malfoy?

- Dementador é um não-ser criatura das trevas, considerado uma das mais sujas a
habitar o mundo. Dementadores se alimentam de felicidade humana, e, assim, causa,
depressão e desespero para qualquer um perto deles.

- Excelente senhorita Malfoy, dezpontos para a Grifinória – Hydra sorriu satisfeita –


Não só o dementador se alimenta da felicidade humana, como eles também podem
consumir a alma de uma pessoa, deixando suas vítimas em um permanente estado
vegetativo – Toda sala olhava assustada, Laura Schimmer soltou um gritinho de medo
que logicamente foi ironizado por Fred e Jorge.
- Professor – Perguntou Rita levantando a mão – Como se para um Dementador?

- Excelente pergunta senhorita Orance, excelente pergunta – Disse satisfeito – O


dementador pode ser repelido especialmente quando o bruxo lança o feitiço Patrono –
Novamente houve murmurinho na sala – Silêncio por favor – Disse Lupin

- E nós vamos aprender esse feitiço? – Perguntou Fred que estava estranhamente
compenetrado na aula e animado.

- Não por enquanto – "reclamações e sons de frustração encheram a sala" – Silêncio


por favor turma – Disse Lupin nervoso – Esse é um feitiço extremamente avançado e
poderá ser ensinado nas aulas de N.I.EM.s

- Mas professor, se nós soubéssemos conjurar um Patrono, não iriamos precisar ter
medo de eles nos perseguirem durante os jogos de quadribol – Chorou Jorge.

- Sinto muito Senhor Weasley, por enquanto não faz parte da nossa matéria.

A turma não aceitou bem o fato de não poderem aprender a conjurar um patrono e o
Professor Lupin teve dificuldade para manter a turma em silêncio depois disso.
Quando finalmente conseguiu, continuou.

- Alguém sabe me dizer quando e por que os Dementadores começaram a ser usados
como guardas de Azkaban? – Rita levantou a mão.

- Em 1718 quando Damocles Rowle foi eleito Ministro da Magia, ele insistia em usá-los
Azkaban, vendo os dementadores como uma vantagem, porque usá-los como guardas
pouparia despesas, tempo e problemas.

- Muito bem senhorita Orance, dez pontos para a Grifinória! Lembrando também que
houveram muitos protestos contra a prática, ainda mais que os Dementadores são
criaturas cruéis e dificilmente controladas, mas os Dementadores permanecem ali por
ser permitido que eles se alimentassem das emoções dos prisioneiros dentro de suas
paredes. – Algumas pessoas da turma contorceram o rosto em uma expressão de nojo
e terror.

- Professor – Perguntou Angelina – Mas os Dementadores não podem se rebelaram


contra o Ministério?
- Essa é uma questão delicada – Respondeu Lupin cuidadoso – Eles são criaturas que
irão seguir sempre seus próprios interesses e desprezam qualquer valor na vida
humana – Ele fez uma pausa vendo o rosto assustado dos alunos – Mas o Ministério
garante que os tem sob total controle, não quero que se preocupem com isso.

- É, nós vimos que estão sob total controle... – Sususrrou Jorge.

- Como eles são por baixo de suas capas? – Perguntou Hydra curiosa.

- Digamos que as únicas pessoas que realmente sabem não estão em condições de nos
responder, senhorita Malfoy – Todos olharam curiosos – O dementador tira o capuz
somente para usar sua última arma, a pior.

- Qual professor? – Exclamou Rita que estava pálida.

- O beijo do dementador – disse Lupin com um sorriso enviesado. – É o que dão


naqueles que eles querem destruir completamente. Suponho que devam ter algum
tipo de boca sob o capuz, porque ferram as mandíbulas na boca da vítima... e sugam
sua alma.

Todos deram gritinhos de exclamação

- Eles matam a pessoa? – Perguntou Lino.

- Ah, não – disse Lupin. – Fazem muito pior. A pessoa pode viver sem alma, sabe, desde
que o cérebro e o coração continuem a trabalhar. Mas perde a consciência do eu, a
memória... tudo. Não tem chance alguma de se recuperar. Apenas... existe. Como uma
concha vazia. E a alma fica para sempre... perdida.

Todos os alunos ficaram olhando assustados e Rita parecia mais pálida do que nunca,
realmente era horrível ter um ser desses rodando a escola.

No final, eles receberam um dever de casa sobre "Os efeitos do chocolate em um pós
ataque de dementadores" a aula apesar de assustadora, continuou sendo uma das
mais interessantes que Hydra já teve.

De noite, Hydra foi para a biblioteca, encontrar com Kate, ela estava ajudando a
menina com suas aulas de poções nos últimos meses.
- Então, eu preciso esperar cinco minutos para o conteúdo do caldeirão ferver antes de
coar os ingredientes? – Perguntou Kate, enquanto Hydra explicava para ela sobre o
preparo do Antídoto para Venenos Comuns.

- Isso, eliminando os sólidos, guardando o líquido em um recipiente – Completou


Hydra.

- Ok, ai Hydra, nem sei como agradecer, você faz tudo isso aqui parecer tão fácil... –
Disse a menina, fazendo anotações em um pedaço de pergaminho.

- Que isso, Kate, pra mim é um prazer, é bom que eu aprendo também, reviso para os
N.O.M.s...

- Hydra, desculpe perguntar, mas eu tô te achando tão mais feliz esses dias, o que
houve? – Perguntou Kate, falando baixinho.

- Ai, Kate, você promete que não vai contar para ninguém? Mas ninguém mesmo, nem
mesmo a Angelina, Alícia, ninguém...

- Eu prometo, o que houve? – Perguntou Kate, com muito interesse.

Hydra contou tudo sobre Peter e ela para Kate e também sobre Olívio, ela sentia que
iria explodir se não desabafasse com alguém (além das amigas da França, que já
sabiam de tudo através de cartas e Jeniffer, que ouvia mais as coisas pelo lado de Peter
e não podia saber sobre o que rolou com Olívio no dia da partida contra a Lufa-Lufa),
Kate ouvia atentamente e fazia cara de surpresa em cada nova informação.

- Eu amei, Hydra, o Peter é tão bonito e parece ser tão legal, você merece! – Disse
Kate, quando a menina terminou de contar.

- Você não acha que eu tinha que ficar com o Olívio, que nem a Angelina? – Perguntou
Hydra.

- Não, eu não acho que você deva insistir em algo que não deu certo só porque a
Angelina quer, eu não concordo com isso...

- Obrigada, Kate, por ser tão legal e me entender... – Disse Hydra, segurando a mão da
menina.
- De nada, Hydra, você pode contar comigo, eu só acho que você não precisava
esconder nada, a Angelina não tem direito de ficar chateada, é sério...

As semanas se passaram e Hydra recebia cada vez mais lição para fazer e o
pensamento dos N.O.M.s se aproximavam fazia com que sentisse seu corpo arrepiar
da cabeça aos pés.

O namoro com Peter ia bem, se sentia cada dia mais apaixonada, mas o rapaz estava
impaciente de ter um relacionamento escondido com Hydra que sempre arrumava
uma desculpa para evitar contar a seus amigos sobre eles, nem mesmo Fred e Jorge
sabiam, as únicas pessoas que conversava sobre o assunto eram Jeniffer e Kate.

No final de Novembro a Corvinal esmagara Lufa-Lufa na partida de quadribol trazendo


um novo ânimo para a torcida da Grifinória e seus jogadores, mas principalmente
porque, afinal, Grifinória não fora eliminada da competição, embora o time não
pudesse se dar ao luxo de perder mais uma partida. Olívio tornou a ficar possuído por
uma energia obsessiva, e treinou com o time com mais empenho que nunca, Hydra
agora evitava o máximo possível ir para os treinos com o time apesar dos constantes
pedidos de Olívio.

Em uma noite, quase no começo de Dezembro, estava sentada na lareira na sala


comunal estudando plantas mágicas e suas propriedades para seus encontros com
Snape que não eram mais tão interessantes quanto antigamente, já que pegavam
pesado somente na parte teórica por enquanto, quando o time entrou pelo retrato no
buraco, já com as vestes trocadas e parecendo arrasados de cansaço, um a um, se
tacaram nas poltronas ao seu redor.

- Que treino! – Exclamou Wood animado – Se jogarmos assim, sei que teremos ainda
uma grande chance de ganhar a taça! – Era bom ver Wood novamente animado, mas
também significava que estava ficando sem desculpas para não contar para ele sobre
Peter.

- "Plantas mágicas e suas muitas propriedades para poção" – Recitou Fred o título do
livro que Hydra lia – Vai com calma, não vai querer se divertir demais ou vamos ficar
com inveja... – Todos riram de seu tom brincalhão e irônico.

- Muito engraçadinho – Dizia Hydra sorrindo – Mas eu preciso aprender tudo isso se eu
quiser ser uma verdadeira mestre em poções.
- E quem não quer? – Brincou Jorge se achegando ao fogo da lareira.

- Você não vai treinar mais com a gente, Hydra? – Perguntou Kate.

- Vou, mas não sempre, eu realmente preciso estudar isso – Disse levantando o livro.

- Que pena, você faz falta – Sorriu Olívio e Hydra sorriu sem graça de volta.

- Eu estive pensando – Disse Hydra tentando mudar de assunto e virando o rosto para
Harry Potter que estava sentado ao lado de Wood - Minha Nimbus 2001 está parada
praticamente e você está sem vassoura Harry, não quer usá-la?

Harry pareceu considerar o assunto por alguns minutos e então falou:

- Obrigado, mas eu vou ver uma para mim, não se preocupe – Ele disse de forma
simpática parecendo não querer ofender Hydra.

- Tudo bem, qualquer coisa é só falar e quanto a vocês, nenhum de vocês quer usar no
jogo?

- Eu aceito – Disse Angelina – Especialmente contra a Sonserina.

- Considere sua – Disse Hydra sorrindo.


CAPÍTULO 13

FLAGRADA

Duas semanas antes do fim do trimestre, o céu clareou de repente até atingir um
branco leitoso e ofuscante, e os terrenos enlameados da escola amanheceram, certo
dia, cobertos de cintilante geada. No interior do castelo, havia um rebuliço de Natal no
ar. Flitwick, o professor de Feitiços, já enfeitara sua sala de aula com luzes pisca-piscas
que, quando foram ver, eram fadinhas voadoras de verdade. Os alunos estavam
satisfeitos discutindo planos para as férias de Natal.

- Infelizmente mamãe já disse que eu serei obrigada a ir para casa – Disse Hydra, um
dia no almoço.

- Nós também vamos para casa, talvez você possa nos visitar – Disse Fred comendo
uma asa de frango.

- Eu vou amar, pode deixar que vou bolar um plano para poder visitar você pelo menos
um dia – Disse ela sorrindo para os gêmeos.

- Esse ano eu também irei, na verdade eu só fiquei ano passado por você... – Disse
Olívio deixando Hydra vermelha.

- Onde você mora afinal? Acho que nunca perguntei isso – Disse Hydra como sempre
mudando de assunto quando a incomodava.

- Escócia, bem ao norte, acho que você iria gostar – Disse ele bebendo um pouco suco
de abóbora.

- Tenho certeza que sim, quem sabe um dia eu não visito lá também – Disse Hydra,
sorrindo para o rapaz.

- Está mais do que convidada – Disse Wood -, se quiser vir nesse Natal, eu poderia te
mostrar as montanhas, são lindas...

- Obrigada, Wood, nós todos amamos o convite que você tão gentilmente fez para
todos e não só para a Hydra, não é mesmo? – Disse Jorge, querendo implicar com o
rapaz, que corava.
- É claro que vocês todos estão convidados, nem precisava dizer isso – Corrigiu Olívio.

- Claro, tenho certeza que sim – Disse Fred, fazendo os amigos rirem.

Peter olhava da mesa da Corvinal, ele andava irritado com a demora de Hydra para
assumir o romance dos dois e Hydra sabia que ele tinha toda a razão de se sentir
assim.

- Hydra, eu vou esperar somente até o natal, não estou fazendo nada de errado para
ter que me esconder assim – Disse Peter enquanto os dois estavam em uma sala vazia
uma noite depois do jantar. Ele parecia realmente irritado.

- Eu sei, eu prometo que eu vou contar – Hydra tentou acariciar seu rosto mas ele se
afastou.

- Não Hydra, você já me prometeu isso diversas vezes... – Ele tinha os olhos meio
fechados, da forma quando ficava quando estava com raiva ou pensativo – Eu estou
falando sério, eu sei que o principal é estar com você, mas qual é o problema, você
tem vergonha de mim? – Disse ele olhando em seus olhos.

- Você estão brincando? – Disse ela incrédula – Dez em cada dez meninas de Hogwarts
queriam estar com você, eu já ouvi várias meninas falando sobre isso e tinha uma do
segundo ano que até estava lendo um dia na biblioteca como fazer uma poção do
amor para te dar, fora as mais velhas...

- Então o que é? – Disse ele andando pela sala – É o Olívio?

- É e não é – De novo os olhos de Peter ficaram apertados de raiva – Eu tenho medo de


magoá-lo, ele já estava bastante triste pela derrota contra a Corvinal e...

- Ele já parece bem melhor... – Interrompeu Peter irônico.

- Você tem razão, eu vou contar, antes das férias, ok? Eu prometo – Hydra disse
melosa e puxou Peter para si pelo quadril.

- Isso não é justo, Hydra, você sempre sabe me fazer concordar com as coisas – Disse
Peter, sorrindo e beijando seu pescoço.
- Não tanto quanto eu gostaria – Afirmou Hydra.

Para alegria de todos, houve mais uma visita à Hogsmeade no último fim de semana
do trimestre.

- Excelente, assim vocês mesmo vão poder escolher seus presentes – Disse Hydra para
os amigos.

- Não precisa Hydra... – Disse Angelina sem graça.

- Não precisa, mas eu quero – Hydra sabia que os amigos se incomodavam um pouco
com o fato de ela ser muito rica, mas Hydra achava que jamais fazia isso algo de se
gabar e realmente não fazia, ao contrário de seu irmão.

Hydra combinou com Peter de encontrá-lo no mesmo lugar da última vez depois que
estiveram em Hogsmeade no final do dia, depois que comprasse os presentes com os
amigos e ele relutante acabou aceitando.

Hydra acabou comprando para quase todos presentes da Dedosdemel, inclusive para
Olívio, apenas os de Fred, Jorge e Lino que não, eles foram comprados na Zonko's.

- Você não usa mais o presente que eu te dei ano passado – Disse Olívio, segurando o
pulso direito de Hydra com os olhos tristes.

- Eu tirei quando a gente terminou, eu senti a pulseira esquentar e fiquei mais triste do
que já estava, eu demorei muito para ficar bem, Olívio e aquilo não ia ajudar em
nada...– Disse soltando o pulso da mão de Olívio

- É, eu realmente mereci isso, eu sei – Seus olhos ficaram ainda mais tristes, mas ele se
virou e saiu para encontrar com seus amigos do sétimo ano. Hydra odiava magoar
Olívio, mas sabia que não poderia mais ser evitado.

Depois de comprar uma infinidade de doces para Angelina, Kate e Alicia, deu a
desculpa de que precisava comprar pergaminhos novos e saiu em direção ao mesmo
pub, para encontrar Peter, aonde leu um cartaz na porta.

"POR ORDEM DO MINISTÉRIO DA MAGIA


Lembramos aos nossos clientes que até nova ordem, os dementadores irão patrulhar
as ruas de Hogsmeade todas as noites após o pôr do sol. A medida visa garantir a
segurança dos habitantes de Hogsmeade e será revogada quando Sirius Black for
recapturado. É, portanto, aconselhável que os clientes encerrem suas compras bem
antes de anoitecer. Feliz Natal!"

Hydra leu o aviso, tinha se esquecido de Sirius, era estranho pensar que eram
parentes, um assassino em massa, mas também, era estranho pensar que era parente
de Lúcio ou Bellatrix Lestrange, mas isso continuava sendo verdade.

O que incomodava mais era pensar que Sirius, assim como Hydra também foi o
primeiro de sua família a não ir para Sonserina e sim para Grifinória, mas, isso não
impediu que se tornasse um bruxo das trevas. Hydra tinha medo do poder de seu
sangue sob suas atitudes de vez em quando, sabia que algumas pessoas falavam que
ela tinha a mesma pose de sua pai e que era inconfundível que eram parentes, na
verdade ouviu isso muitas vezes e sempre a machucava mais do que um soco no
estômago, mas tentava fingir que estavam todos errados, não a conheciam de
verdade, só a aparência.

Entrou no pub e encontrou Peter esperando em uma das mesas tomando café, ele não
estava sozinho, sua irmã Jeniffer estava a seu lado e também o mesmo rapaz que
Hydra a vira em sua festa para seu espanto, eles acenaram e Hydra sentou ao lado de
Peter que a cumprimentou com um rápido beijo.

- Hydra, você se lembra de Abbas Shafiq – disse Jeniffer que estava de mãos dadas com
um rapaz de pele marrom, nariz curvo, forte de olhos castanhos, o rapaz era bonito,
elegante e tinha lá para os seus 20 anos, Hydra o reconheceu como filho Azir Shafiq,
um trabalhador do ministério que Hydra não sabia o que fazia, mas sabia que tinha um
cargo importante e era colega de seu pai.

- Claro, tudo bem Abbas, como vai seu pai? – Disse Hydra o cumprimentando.

- Bem, ele tem muita consideração por Lúcio, você sabe... – Disse ele simpático.

- Mas que pena – Hydra disse, deixando Abbas confuso.

- Bem, nós estávamos de saída, vamos comprar alguns doces da Dedosdemel, nos
vemos depois – Disse Jeniffer levantando com Abbas.
- Prazer em revê-la, Hydra – Se despediu Abbas.

- Igualmente – Sorriu Hydra e os dois se retiraram.

Hydra percebeu que Peter estava sério e não a olhava nos olhos.

- O que foi? – Disse ela tentando virar seu rosto sem sucesso.

- Você já falou com seus amigos Hydra? por quê estamos aqui escondidos mais uma
vez? – Ele tinha os braços cruzados e os olhos apertados.

- Eu vou falar, você sabe disso, eu te prometi de verdade mesmo, eu não quero
quebrar minhas promessas para você, hoje de noite, ok? – Ela segurava seu braço e
fazia carinho em seu rosto, algo que sabia que Peter gostava muito.

- Isso não é justo... – Disse ele sorrindo e a puxando para um beijo.

- HYDRA! – Um grito veio de frente de sua mesa, Hydra soltou de Peter e para seu
horror, era a voz de Angelina acompanhada de Fred, Jorge, Kate, Lino, Alicia e o pior...
Olívio, todos estavam parados em choque, o corpo todo de Hydra parecia ter
congelado, Olívio parecia miserável e todos no pub olhavam para a mesa.

- Angelina, Olívio, eu, eu.... – As palavras não saiam. Mas não adiantava nada porque
Angelina saiu correndo pela porta e Olívio a acompanhou em seguida. Hydra estava
parada em completo choque, tinha vontade de chorar e sair correndo atrás dos
amigos, mas não conseguia, só olhava para a porta paralisada.

- Eu falei que você tinha que falar para eles – Disse a voz de Peter baixinho.

Fred, Jorge, Alicia, Lino e Kate se sentaram na mesa.

- Por que você não nos contou? – Fred parecia triste de verdade, decepcionado, ela
sabia que não era pelo seu relacionamento, mas sim por ter escondido algo tão
importante dele.

- Eu tive medo, eu achei que você iam me odiar por namorar outra pessoa que não o
Olívio – A voz de Hydra era estridente e chorosa.
- Ei, calma! – Disse Jorge acariciando seu braço – Você é nossa amiga Hydra e a gente
só quer sua felicidade, só a Angelina insistia nisso do Olívio, além do mais – Disse ele
olhando para Peter que estava calado observando – o Peter é um cara legal e a gente
meio que já sabia.

- Como? – Hydra arregalou os olhos de susto.

- Nós não somos burros Hydra... – Disse Alicia em um tom amigável – Qualquer um
podia ver o jeito que vocês se olhavam e como sorriam quando conversavam, até
mesmo o Olívio já sabia.

- Já? –Hydra sentiu uma pontada no peito.

- Saber ele não sabia, mas desconfiava com certeza – Respondeu Kate, a única da mesa
que realmente sabia o que estava acontecendo.

- Você não devia ter escondido isso dos seus amigos Hydra – Completou Alícia.

- Me perdoem por favor, eu ia contar para vocês hoje a noite, mas não sabia como,
você viram o que a Angelina...

- A Angelina está provavelmente magoada porque você escondeu isso dela – Disse
Jorge –, tá, ela também ela meio que tem essa obsessão esquisita em você e o Olívio,
eu concordo...

- Eu preciso encontrar ela... – Disse Hydra se levantando da cadeira.

- Agora não não acho que vá adiantar nada, espera ela se acalmar – Fred disse
segurando sua mão e a fazendo sentar novamente.

- É tudo minha culpa, eu deveria ter dito alguma coisa antes, eu fui idiota – Falava
Hydra com a mão na cabeça.

- Não é não, eu não devia ter te pressionado, você só não queria magoar seus amigos –
Disse Peter segurando sua mão.

- Então, agora você faz parte do grupo, é isso? – Brincou Fred para Peter, que sorriu.
- Só se a Angelina ou o Wood não me matarem antes – Respondeu Peter também
brincando.

- Boa! – Riu Jorge – Mas acho que no máximo ela te transformaria em um sapo, apesar
de ter uma aposta aqui que eu meio que gostaria de ganhar...

- Jorge! – Reclamou Hydra.

- É só brincadeira – Disse Jorge.

Os amigos receberam a notícia melhor do que Hydra imaginava, exceto Angelina, que
foi pior do que podia imaginar e Olívio... Hydra disse que precisava encontrar Angelina
e que voltaria logo e saiu do pub deixando todos lá.

Ela andou por todas as lojas principais de Hogsmeade mas não conseguiu encontrar
Angelina ou Olívio, então decidiu ir até a Madame Pudfoot, tinha um palpite que
encontraria Olívio lá e não errou.

Lá estava ele, sentado em uma mesa sozinho rodeado de casais, tinha uma expressão
vazia e olhava para o nada, não percebeu quando Hydra chegou e se sentou ao seu
lado.

- Olívio? – Ele a olhou, sem mudar a expressão.

- Lembra que eu te trazia aqui? – Perguntou ele com um tom distante sem tirar os
olhos de um canto da parede.

- Mas é claro que sim, eu amava – Sorriu, mas Olívio ainda não olhava para ela –
Olívio... – Hydra tentou colocar a mão em seu rosto mas ele não deixou.

- Eu não estou triste, eu estou bem, – disse ele olhando para ela, mas seus olhos
diziam o contrário – eu meio que já imaginava, vocês não disfarçam muito bem... E o
Peter é um cara legal, você merece um cara legal.

- Eu tive um cara legal também antes – afirmou Hydra –você é um cara legal, você foi
um namorado bom que mudou muita coisa em mim – Disse ela sorrindo.
- E eu joguei tudo fora... – Ele respirou fundo – É tudo culpa minha, eu não posso ficar
triste.

- Não jogou nada fora, a gente já não dava mais certo Olívio, eu sofri pra ver isso, mas
é verdade, você tem um objetivo na vida e isso é muito bom! – Olívio olhou para ela –
Eu só não faço parte dele e isso não é algo errado, eu vou sempre lembrar de você, eu
juro pra você, você foi o meu primeiro amor e eu o seu, é normal essa confusão, mas
se você parar para pensar, não tinha mais jeito...

Olívio tinha lágrimas nos olhos e Hydra também, mas ele abaixou os olhos sem chorar
e disse:

- Será que o Peter vai deixar você continuar sendo minha amiga?

- Ele não tem que deixar nada, ele não manda em mim – Respondeu Hydra séria – E
mesmo se tivesse, não acho que ele iria proibir isso, eu não deixaria, nada vai me
afastar de você

Olívio abraçou Hydra que retribuiu e ficaram assim por alguns minutos.

- Eu tenho que encontrar a Angelina, você vai ficar bem?

- Sim, eu vou encontrar meus amigos, eu realmente quero que você seja feliz Hydra e
eu realmente acho que o Peter pode fazer isso, ele é um bom rapaz – Disse ele
forçando muito um sorriso.

Os dois saíram da loja e Olívio foi em direção ao três vassouras, Hydra andou
novamente por todas as lojas e pubs mas não encontrou Angelina de jeito nenhum.

- Eu desisto! – Disse Hydra, indo novamente ao pub aonde os amigos estavam.

- Não achou a Angelina? – Perguntou Kate, Hydra notou que todos pareciam se divertir
e que várias canecas de cerveja amanteigada vazias enchiam as mesas.

- Não, de jeito nenhum, eu já procurei em todo lugar que podia imaginar! – Disse
Hydra, sentando ao lado de Peter, que passou o braço por seus ombros.
- Ela deve estar planejando como fazer uma poção do amor que funcione em você e no
Olívio – Disse Jorge, em um tom de brincadeira, mas Hydra achava que isso era uma
coisa bem possível dela pensar mesmo.

- Não brinca com isso... – Disse Hydra.

- Quem disse que eu estou brincando? – Perguntou Jorge.

- Mas por quê a Angelina é assim com vocês dois? – Perguntou Peter, bebendo uma
nova caneca da cerveja amanteigada.

- Me pergunto isso todos os dias... – Disse Hydra.

- Porque ela meio que acha os dois o casal maravilhoso, ideal e não se conforma de ter
acabado – disse Alícia - só que eu acho que até ela, no fundo, sabe que não ia mais dar
certo.

- Que estranho... – afirmou Peter -Eu nunca tinha visto isso antes.

- Nem nós, mas me diga, Peter, já que você e Hydra estão namorando, você bem que
poderia apresentar todas aquelas meninas que ficam babando por você e vão ficar
chateadas, né? – Pediu Jorge, Lino, ao seu lado, concordou.

- Claro, mas não tem meninas atrás de mim – Peter parecia tão sem graça, com medo
de Hydra achar ruim a afirmação dos gêmeos.

- Eu não ligo, Peter – Disse Hydra, deixando ele um pouco mais aliviado.

- Que bom, porque eu realmente não consigo mais ter olhos para elas...

- Own! – Suspiraram Kate e Alícia, enquanto Fred, Jorge e Lino faziam caretas
enojadas.

- Ok, chega dessa babação! – Disse Fred rindo.

Os amigos conversaram um pouco mais sobre o futuro, os N.O.M.s e os N.I.E.M.s e de


como a Corvinal perderia para a Grifinória no quadribol.
- Eu duvido, nosso time é ótimo – Afirmou Peter.

- Não tão bom quanto o nosso – Afirmou Alícia.

- Você realmente vai discutir quando mais de cinquenta por cento do time da
Grifinória está sentado na sua frente? – Perguntou Hydra, rindo.

- É, realmente, melhor não... – Disse Peter, fazendo o time rir.

- Muito bem, garoto esperto – Disse Fred.


CAPÍTULO 14

A BRIGA NO TREM

Hydra só encontrou Angelina no quarto depois do jantar já dormindo e no dia seguinte


já tinha partido para o café antes que Hydra pudesse falar com ela.

Chegando no salão principal para o café antes de embarcar no expresso de Hogwarts


para casa, Angelina também não estava.

- Ela disse que tinha umas coisas para fazer – mentiu Alicia sem graça.

- Eu sei que ela está fugindo de mim Alicia, não precisa mentir – Disse Hydra.

- Eu sinto muito, eu já mandei ela parar com essa bobagem, mas você sabe como ela
é...

Peter tinha sentado com eles e conversava com Fred, Lino e Jorge sobre como fazer
uma bomba de bosta feder por dois dias.

- Eu gostava de implicar com meus primos mais novos – Justificou ele, quando Hydra o
olhou espantada.

- Gostava mesmo e comigo também! – Disse Jeniffer, que estava sentada ao lado de
Peter, desgostosa.

- Você não tem cara, nunca ia imaginar! – Disse Jorge.

- É, é só essa cara de bom moço mesmo, ele aprontou muito quando era mais novo, eu
que sei... – Disse Jeniffer.

Hydra notou que Olívio estava no outro canto da mesa com seus amigos, acenou para
ele e ele acenou de volta sem graça, olhando para o outro lado logo em seguida.

- Que maravilha, era tudo que eu não queria, o Olívio e a Angelina me odeiam – Disse
Hydra baixinho e desanimada para Alicia e Kate.
- Eles não te odeiam, a Angelina só está magoada, mas isso é coisa que passa e o Olívio
só percebeu que realmente não tem mais volta, o que eu acho que demorou demais
para acontecer - Disse Alicia comendo uma tigela de cereal com aveia.

- Mas a culpa é dele Hydra, não é sua – completou Kate – , ele que terminou com você
e a gente viu o quanto você ficou arrasada, você não fez nada de errado. – Hydra sorriu
com simpatia para Kate, ela estava sendo maravilhoso com Hydra desde o começo.

- Além de não nos contar... – Disse Alicia.

- Me desculpem por isso, eu sei que foi errado – Hydra se sentia miserável toda vez
que lembrava que escondeu algo tão importante dos amigos.

- Tudo bem, só não se repita – Disse Alicia forçando uma voz séria e depois rindo.

Hydra sentia que tinha os melhores amigos do mundo, tanto de Hogwarts quanto na
Beauxbatons, se sentia muito mal por não ter confiado o segredo neles antes.

Chegou a hora de finalmente embarcarem para o expresso Hogwarts que os levariam


de volta para suas casas, Hydra olhava para o castelo com tristeza conforme saia dele,
não queria ter que voltar para casa no feriado, preferia mil vezes ficar em Hogwarts,
mas sabia que esse ano não seria possível.

Chegando no trem, ainda não tinha sinal de Angelina

- Ela não pode se esconder aqui dentro – Pensou Hydra.

E procurou uma cabine onde se sentou com Alicia, Lino, Peter, Jeniffer, Fred e Jorge.

Se sentou na janela e Peter ficou ao seu lado.

Fred e Jorge brincavam de snaps explosivos com Lino e Alicia e Jeniffer lia um livro
chamado "Romances mágicos: Renovando a magia do dia-a-dia"

- Ela esta apaixonada por aquele tal de Abbas, tem que ver – Disse Peter baixinho. O
bruxo tinha o braço no ombro de Hydra.
- Eu entendo esse sentimento... – Disse Hydra, sorrindo e encostando a cabeça em seu
ombro.

- Eu estive pensando, será que você não quer ir lá em casa durante o feriado? Meus
pais querem muito te conhecer – Peter parecia sem jeito de fazer esse pedido.

- Eles sabem sobre mim? – Perguntou Hydra, um pouco mais alto do que gostaria já
que Jennifer ouviu.

- Sabem, sabem muito, o Peter só falava de você durante as férias e... AI! – Peter deu
um chute na canela de Jeniffer para fazer ela parar de falar e ela olhava o rapaz de cara
feia.

- Não é bem assim... – O rapaz estava completamente vermelho – Eu realmente falei


que eu gostava de uma menina em Hogwarts e contei por carta que estávamos
namorando, mas eu e meus pais somos muito próximos.

- E como é isso? Eu nem imagino ser próxima assim dos meus pais – Hydra sentia uma
ponta de tristeza com isso, sempre invejava quando seus amigos tinham uma boa
relação com os pais, nunca soube o que é poder confiar nos dela, mesmo sua mãe a
quem ama muito.

- É bom, meus pais me ouvem e me aconselham e eles ficaram muito felizes quando
souberam de você – Peter sorriu sem graça.

- Eu vou adorar conhecê-los – Disse Hydra sorrindo e Peter sorriu de volta.

- Você me enojam! – Brincou Fred

- Você vai nos visitar na Toca também? – Perguntou Jorge enquanto era a vez de Alicia
jogar.

- Vou, eu vou ter que mentir lá em casa é claro, mas eu vou , eu chamaria vocês para a
minha casa, mas eu gosto de vocês e não desejo esse mal – Hydra disse em tom de
brincadeira.

- Amém! – Debochou Jorge.


Hydra e Peter também participaram das partidas de Snap explosivo e depois a menina
se retirou para procurar Angelina, aquela briga era ridícula e não podia continuar, ela
procurou em vários compartimentos, esbarrando com as pessoas desagradáveis, como
Flint e Pocey, também encontrou alguns amigos da Grifinória, a ex namorada de Peter,
Amee, que a lançou um olhar que parecia de ódio mortal, fazendo com que ela
fechasse rapidamente a cabine aonde ela estava e também encontrou o seu irmão.

- O que você está fazendo aqui? – Perguntou Draco quando olhou na cabine para ver
se achava Angelina. Draco estava acompanhado de Crabbe, Goyle, a desagradável
Pansy Parkison e mais dois amigos da Sonserina, Hydra percebeu quer Pansy estava do
lado de Draco.

- Nada, cabine errada – Disse ela se apressando para sair, mas Draco a chamou.

- Hydra, você vai viajar esse ano ou ficará em casa no feriado?

- Ficarei em casa, infelizmente... – Disse desgostosa parada na porta da cabine.

- Eu amaria morar na casa dos Malfoy – Disse Pansy com seu tom nojento de sempre –
Você é uma ingrata.

- E você não tem que se meter na minha vida! – Hydra fechou a porta da cabine com
força e saiu a procura de Angelina.

Encontrou vários meninos que a perguntavam se não queriam ficar e fazer companhia
para eles e ela sempre respondia "não, obrigada" e abriu a cabine onde estava Olívio e
seus três amigos.

- Hydra, oi! – Olívio disse assustado.

- Oi Olívio, oi meninos – Disse sem graça – Desculpe, eu estou procurando a Angelina,


vocês a viram?

- Ela esteve aqui mais cedo, acho que está em uma cabine com algumas meninas do
quinto ano – Olívio parecia corar ao falar com ela.

- A certo, obrigada.
- Você não quer ficar um pouco? – Hydra pensou em dizer não e voltar para a procura
de Angelina, mas os olhos do Olívio eram doces e brilhavam, ela fechou a cabine e se
sentou ao seu lado.

- Só não posso demorar muito – Disse se ajeitando.

- Entendo, o Peter... – Olívio parecia desanimado.

- Não, não é ele, é que eu realmente preciso achar a Angelina.

- Eu já disse para ela que não tem razão para vocês brigarem.

- Digamos que ela é uma grande defensora sua – Sorriu Hydra.

- Ela sabe o quanto eu... – Ele parou e depois prosseguiu – Deixa pra lá...

- O quanto você o que? – Perguntou Hydra.

- O quanto eu tenho medo de nunca encontrar alguém como você novamente – Os


três amigos de Wood estavam conversando entre si e não ouviam a conversa deles.
Hydra sentiu tristeza e um frio no estômago.

- Eu não acho que isso seja verdade, você é um cara lindo e doce, qualquer menina
poderia te amar – Ela sorriu para Wood.

- Eu acho que eu era feliz e perdi a minha chance – Seus olhos estavam baixos e
desanimados.

- Não perdeu, não acho sinceramente que você tenha só uma chance na vida – ela
pensou nas palavras e continuou – eu acho que você pode encontrar uma menina que
te entenda melhor do que eu, que divida a sua paixão mais do que eu, assim vocês dois
vão poder correr atrás do que querem sem deixar ninguém de lado, entende? – Olívio
olhava com o rosto um pouco mais alegre.

- Você acha? – Disse ele esperançoso.

- Acho de verdade! Agora você deve se concentrar no seu objetivo maior que é o
quadribol e eu sei que a menina certa pode aparecer quando você estiver pronto
também – Wood sorriu e Hydra se sentiu melhor de ver que ele estava bem, não
queria que Olívio sofresse.

- É, acho que você tem razão Hydra, obrigada.

- Você merece, mas agora eu realmente preciso ir atrás da Angelina – Disse Hydra
levantando.

- Fala pra ela que o Olívio disse que percebeu que não era verdade, acho que ela vai te
entender melhor – disse Olívio enquanto ela levantava, Hydra ficou curiosa para saber
o que aquilo significava, mas deixou para lá e saiu da cabine a procura de Angelina.

Finalmente a encontrou em uma cabine bem distante com Rita, Laura e mais duas
meninas do ano de Hydra. Angelina não gostou de ver Hydra ali.

- Eu não quero falar com você – Disse ela com raiva e todas as meninas olhavam
desconfortáveis.

- Angelina, para com isso, você é minha melhor amiga, será que nossa amizade vale tão
pouco assim? – Disse Hydra desesperada.

- Para você pelo menos vale – Gritou Angelina. Como a cabine estava aberta, várias
pessoas saíram das cabines ao lado para olhar, mas Hydra não notou.

- Por que? Porque eu não quis namorar o cara que você queria para mim? – Hydra
gritava e Angelina levantou do seu lugar para ficar na sua frente, os olhos em chamas e
o rosto corado de raiva.

- Porque você mentiu pra mim! Mentiu para o Olívio! – As pessoas em volta soltavam
gritinhos e falavam "ui, eu não deixava"

- Eu não menti para o Olívio, eu amei o Olívio e ele terminou comigo, será que você
não percebeu isso?

- Terminou porque você e aquele Peter ficavam de conversinha pelos cantos!

- Ele te disse isso??? – Perguntou Hydra assustada, a essa altura muitas pessoas se
aglomeraram para ver a briga.
- Não! Mas eu sei! Você pensa que eu não via?

- Eu não trai o Olívio, eu comecei a namorar com o Peter meses depois de terminar
com o Olívio!

- Ha! Mas já saia escondida pelos cantos muito antes.

- Isso é mentira!!! Ele era só meu amigo, até o Olívio sabe disso, por que você não? –
Hydra não tinha ideia do quão alto estava a discussão e de quantas pessoas tinham ao
seu redor.

- Ele não acha isso, ele me disse! – Gritou Angelina.

- Então foi isso que ele te disse naquele dia? – Disse Hydra lembrando de quando
Olívio chamou Angelina para conversar na sala comunal – Ele acabou de mandar te
dizer que percebeu que não era verdade, eu não tinha entendido o que, mas agora eu
sei!

- É mentira sua isso! – As meninas saíram de dentro do vagão, de modo que só tinham
as duas lá dentro e uma multidão do lado de fora.

- Não é, pelo amor de Deus, para com isso Angelina! Eu e Olívio já somos amigos, por
quê você precisa ficar mordida por algo que não lhe diz respeito?

- Porque eu achei que você era diferente, mas no fundo você é só mais uma Malfoy
nojenta! – Muitas exclamações vieram do lado de fora e Hydra foi tomada por acesso
de raiva, ela pegou sua varinha e Angelina vendo também sacou a dela, mas antes que
pudesse fazer qualquer coisa, ouviu duas vozes falando:

- Expelliarmus! – Ao mesmo tempo e as varinhas de Hydra e Angelina voaram para as


mãos de Percy Weasley e Lina Handgreen, os monitores chefes da Grifinória.

- O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI? – Gritava Percy - Vocês não tem vergonha?

- Foi ela que começou! – Disse Angelina.


- Foi ela! – Gritou Hydra e a coisa mais vergonhosa possível aconteceu, Angelina puxou
seu cabelo com força, Hydra puxou o dela e em poucos segundos as duas estavam se
engalfinhando no vagão ao som de "briga, briga, briga"

- PAREM! PAREM AGORA – Gritava Percy desesperado – Segregare! – Gritou ele e as


duas se separaram, caindo cada uma em um banco do vagão.

- Ligo! – Gritou Lina e uma corda surgiu ao redor dos corpos de Hydra e Angelina que
ficaram imóveis sentadas sem conseguir se mexer.

- PARA SUAS CABINES, AGORA, TODOS PARA AS SUAS CABINES! - Gritavam Percy e Lina
e Hydra ouviu centenas de passos e portas de cabines fechando.

Hydra olhou para Angelina que estava de cabelo totalmente em pé e sabia que
também estava uma bagunça, nenhuma das duas falou nada.

- Isso foi genial! – Hydra ouviu Fred gritar e Percy logo veio mandando ele ir embora.

"Quantas pessoas será que viram essa cena ridícula?" – Pensava Hydra envergonhada.

Depois de um tempo, Percy e Lina voltaram para a cabine e fecharam a porta.

- Que situação vergonhosa! Vinte pontos a menos para a Grifinória para cada uma! –
Dizia Percy servero.

- Isso não é justo, nós não estamos em Hogwarts! – Disse Hydra revoltada.

- Mas estamos no trem de Hogwarts e as mesmas regras valem! – Lina conseguia ser
mais séria que Percy – E espero que saiba que assim que as férias acabarem, terão
detenção!

Angelina e Hydra reclamaram, mas não adiantou nada.

- Onde está minha varinha? – Perguntou Hydra

- Comigo, nós iremos devolver assim que vocês duas se acalmarem – Disse Percy.

- Eu estou calma – Disse Angelina ofegante.


- Muito bem então, Relaxo – Disse Percy apontando a varinha e as cordas de Hydra e
depois de Angelina quando ele fez o mesmo sumiram.

- Posso saber o que aconteceu aqui? – Perguntou Percy ainda sério.

- Nós estávamos tendo uma discussão e saiu do controle – Respondeu Hydra.

- Isso é óbvio... – Lina tinha os olhos apertados de raiva – E fizeram nossa casa passar
uma grande vergonha!

- Me desculpe – Disse Angelina –isso não deve se repetir.

- Não mesmo! Deixarei que a professora McGonagall pense na punição que as duas
irão receber, mandarei uma coruja assim que chegar em casa – Disse Percy, vermelho
de raiva.

- Tudo bem, nós merecemos – Hydra já estava cansada e só queria que aquilo
acabasse.

- Muito bem então, podem se....

Antes que Percy pudesse acabar a frase, a porta da cabine abriu e era Olívio ofegante.

- Senhor Wood, o senhor não pode estar aqui! – Percy brigava

- Angelina, eu estava errado, não brigue mais com a Hydra, eu estava errado, não foi
nada daquilo, foi minha culpa, ela está certa – Percy colocou Olívio para fora da cabine
antes que ele pudesse falar mais.

- Hydra, é verdade isso? – Disse Angelina olhando dessa vez calma para ela.

- Sim, eu tentei te dizer, eu não trai o Olívio, eu não troquei ele pelo Peter, só
aconteceu! – Hydra ainda estava ofegante e Angelina estava pensativa, Lina esperava
Percy voltar na porta da cabine.

- Eu sinto muito, eu perdi o controle, eu te chamei de Malfoy nojenta... – Disse


Angelina quase chorando.
- Eu também perdi o controle, eu saquei minha varinha para você, de novo... – Hydra
também tinha lágrimas nos olhos.

- Você me perdoa? – As duas disseram ao mesmo tempo.

Então se levantaram e se abraçaram.

- EI, EI , EI, vão brigar de novo? – Perguntou Lina nervosa ao ver a cena.

- Não, estamos fazendo as pazes – Respondeu Hydra sorrindo.

- Fácil assim? – Olhava Lina espantada.

- Fácil assim! – Angelina e Hydra caíram na risada e não conseguiram parar.

- Você está ridícula com o cabelo assim – Angelina ria de gargalhar.

- Olha você então! – A barriga de Hydra doía de tanto rir, nesse ponto.

- O que está acontecendo aqui? – Perguntou Percy quando voltou.

- Elas são completamente malucas! – Exclamou Lina.

Depois de pararem de rir, Percy devolveu suas varinhas e mandou que Hydra voltasse
para a sua cabine e Angelina a acompanhou.

- Não pensem que irão se livrar do castigo... – Disse ele.

- Eu sei – Sorriu Hydra para ele que ficou vermelho na hora, Hydra achava que ele
ainda lembrava da brincadeira do começo do semestre que os gêmeos fizeram com
ele.

Hydra e Angelina se ajeitaram e seguiram para a cabine onde estavam seus amigos,
sendo recebidas com imensos aplausos.

- Que espetáculo! – Aplaudia Fred.

- Melhor que qualquer rádio novela – Jorge dizia também aplaudindo.


- Eu realmente entendo porque você quis esperar para contar – Disse Peter.

Angelina se sentou e pediu desculpas sinceras a Peter pelo modo que agiu e também
para Hydra.

- O pessoal no trem não falam em outra coisa – Disse Lino

- Ai meu Deus que vergonha! – Disseram Hydra e Angelina juntas

- O Percy deve estar irado, muito obrigado por isso, não poderia ter feito melhor –
Jorge ainda ria muito com a história.

Durante todo o resto da viagem pessoas passavam pela cabine dizendo que estavam
torcendo para Hydra ou para Angelina e até alguns caras vieram parabenizar Peter por
roubar Hydra de Olívio (ele não gostou muito da "brincadeira"). Draco também
apareceu dizendo que Hydra era vergonha da família brigando como uma trouxa (Fred
soltou uma bomba de bosta nele e ele desapareceu "chorando") e uma pessoa até
mesmo veio perguntar se Hydra e Angelina estavam brigando por Olívio.

- Uau, isso pelo visto ainda pode crescer muito! – Disse Hydra.

O trem chegou na estação e Hydra já começou a pensar em tudo que teria que passar
na casa dos pais. Se despediu de seus amigos e especialmente de Peter e encontrou
Draco, juntos, foram até seus pais.

- Então você estão namorando o Wood ou o Macmillan? – Perguntou Draco enquanto


eles caminhavam.

- Macmillan – Hydra não aguentava mais falar sobre o assunto da briga.

- Pelo menos ele é sangue-puro...

Hydra encontrou os pais, Narcisa correu para abraçar os dois filhos e Lúcio continuou
com a mesma expressão fria e irritada de sempre.

- Como foi a viagem? – Perguntou Narcisa quando estavam no carro.

- Você não quer saber... – Respondeu Hydra.


CAPÍTULO 15

NATAL

A mansão continuava a mesma de sempre, fria e sombria, era impressionante para


Hydra como seu sorriso sumia naquele lugar, com exceção de poucos momentos.
Hydra foi direto para seu quarto onde planejava se trancar pelas próximas duas
semanas (tirando os dias que iria tentar encontrar Peter, Fred e Jorge)

No dia antes do Natal, a casa estava ricamente decorada com uma árvore de natal na
sala de estar e velas flutuando na sala de jantar e Narcisa queria um jantar em família.
Hydra se arrumou com uma linda veste vermelha de um tipo de lã, a neve caia forte no
quintal e fazia a casa ficar mais fria do que nunca, Narcisa fazia questão que todos se
vestissem como para uma festa de verdade.

- Está linda filha! – Disse Narcisa quando ela entrou na sala de jantar – O que um
sangue-puro não pode fazer, não é mesmo? – Narcisa sorria, admirava e acariciava o
rosto da filha, Hydra sabia que esse era seu jeito de demonstrar amor, por mais
estranho e prepotente que fosse.

Todos se sentaram e aproveitaram de uma ceia extremamente farta, tão farta que
alimentaria confortavelmente uma família de dez pessoas.

- Quais as novidades em Hogwarts? – Perguntava Narcisa.

- Nada, Harry Potter continua desfilando como o rei da escola, é claro... – Disse Draco
amargurado – Mas o jogo contra a Sonserina está chegando e eu vou mostrar para ele.

- Espero que dessa vez você ganhe – dizia Lúcio friamente -e nos poupe da vergonha
de perder para aquele rapaz... - Draco tirou imediatamente o sorriso do rosto.

- E com você Hydra? – Continuou Narcisa.

- Nada, eu já envergonho a família sem o quadribol mesmo – Lúcio, como sempre,


lançava um olhar fulminante todas as vezes que Hydra fazia uma de suas ironias.
- Ela está namorando de novo – Disse Draco e foi a vez de Hydra lançar um olhar
furtivo em sua direção.

- O que? Quem? – Perguntava Narcisa confusa.

- Ué mamãe, você não tinha um espião na escola? O que houve? Adrian Pucey desistiu
de me vigiar para você? – Perguntou Hydra.

- Tinha, é uma longa história, quem vocês está namorando?

- Algum sangue-ruim, aposto, é só o que falta para nos envergonhar mais ainda – Dizia
Lúcio, que parecia segurar o fôlego até ela responder.

- Na verdade, ele é um sangue-puro papai, pode ficar aliviado. – Lúcio e Narcisa


olharam interessados – Não que isso me interesse...

- Alguém da Sonserina? – Narcisa sorria esperançosa, esperando pela resposta que


sempre quis ouvir.

- Não, Corvinal, um Macmillan – Respondeu ela.

- O rapaz do aniversário, eu devia imaginar... – Lúcio parecia irritado, mas ao mesmo


tempo, um pouco aliviado.

- Os Macmillan não são exatamente do nível de um Malfoy ou um Black, mas, são


sangue-puros de verdade, minha tia avó era uma Macmillan... – Narcisa falava
encarando a filha.

- Por que não são do nosso nível? Se eu namoro um meio-sangue vocês reclamam, se
eu namoro um sangue-puro vocês reclamam! – Hydra dizia irritada.

- Você não deveria estar namorando ninguém! Só tem quinze anos, deveria estar
estudando e cuidando melhor do seu futuro, – disse Lúcio levando a taça até a boca –
mas, um sangue-puro é melhor do que um mestiço ou um sangue-ruim, isso é verdade.

- Eu lembro da minha tia avó, Melania Macmillan, depois virou Melania Black,bem, eles
não são tão ruins assim, até são bons na verdade... – Narcisa tentava aliviar o clima.
- Uau, que fato não interessante! – Disse Hydra baixinho para que não ouvissem.

- Então, não deixa de ser uma família importante.. – Completou Draco.

- Não como nós... – Narcisa disse pensativa – Mas sim, pelo menos é uma família dos
vinte e oito sagrados.

- Os Weasleys também são, posso casar com um deles? – Hydra perguntou irônica.

- Chega Hydra! – Lúcio disse batendo o punho na mesa.

- Você sabem que eu só estou namorando, certo? Não estou noiva nem nada, podem
relaxar por enquanto – Disse Hydra, ignorando o pai.

- Nunca é cedo para começar a pensar no futuro, Hydra e com quem vai se relacionar –
Dizia Narcisa pomposa – Somos uma família importante, não nos misturamos com
escórias.

- Mas papai acabou de dizer que eu não devia...

- Chega, Hydra, será que você não pode tentar ser minimamente civilizada nem mesmo
no Natal? – Perguntou Lúcio, com o desprezo em sua voz chegando a um ponto
alarmante.

- Tudo bem, Lúcio, bem, sim, Hydra, seu pai e eu achamos que você...

Hydra já era tão saturada dessa conversa que decidiu parar de prestar atenção,
fazendo com que a voz de seus pais conversando parecesse apenas zumbidos no ar.

- Você vem conosco, Hydra? – Narcisa perguntou enquanto Hydra viajava


mentalmente no que precisava estudar para as aulas com o Snape.

- Para onde?

- Festa de natal do Ministro da magia – respondeu Narcisa –, amanhã.

- Eu sou obrigada a ir?


- Sim – Respondeu Narcisa seco.

- Então não preciso nem responder.

- Talvez seja melhor que você não vá, – disse Lúcio – não irá gostar de qualquer
maneira.

Hydra sabia que seu pai na verdade não queria que ela falasse algo que fosse
envergonhá-lo, ele conseguiu com sucesso esconder que ela não aprovava o jeito que
eles viviam e pensavam com sucesso e não queria acabar com tudo agora.

-Perfeito – Sorriu Hydra.

- Mas você ficará sozinha durante o almoço de Natal? – Narcisa parecia muito
preocupada.

- Não me importo, de verdade, eu prefiro assim, tenho tanta coisa para estudar,
N.O.M.s e tudo, sabe? – Na verdade, pensou Hydra, essa seria uma oportunidade
perfeita para visitar os Weasleys sem seus pais saberem, mandaria uma coruja hoje
mesmo para saber se seria possível, mas já ficara bem mais animada com a ideia.

- Sim, tem razão, minha filha, tem que tentar tirar uma boa nota – Disse Narcisa.

O resto do jantar foi tão desagradável como toda vez que ficava reunida com sua
família, decidiu ir correndo para o quarto mandar uma coruja para Fred e Jorge.

"Queridos Palermas,

Mamãe e papai vão para um almoço na casa do Ministro amanhã e eu não vou
precisar ir (uma maravilha que o papai não queira mostrar sua filha rebelde para os
outros, não?) Então, eu fiquei pensando que seria uma oportunidade maravilhosa para
conhecer a Toca sem ter que dar nenhuma explicação, o que acha? Seus pais se
importariam?

Com amor,

Hydra Malfoy"
Hydra amarrou a carta em Lydra e a viu partir pelo horizonte na janela, esperava que
não fosse tarde demais para que Fred e Jorge a respondesse.

Ela então mergulhou em seu livro de plantas mágicas, anotando tudo que precisava
em um longo pergaminho, quando Lydra voltou, algumas horas depois (já de
madrugada) com uma carta, Hydra tirou gentilmente a carta e Lydra voltou feliz para a
sua gaiola.

"Queria Palerma,

Mas é claro que você pode vir! Mamãe deu uma leve surtada sobre não ter nada bonito
o suficiente para recebê-la (já que está acostumada com o melhor, segundo ela) mas
gostou muito da ideia, ela realmente gostou de você, na verdade já perguntou para nós
dois algumas vezes se você está solteira, achamos que ou ela quer casar você com um
de nós ou com o Percy, o que é sempre uma possibilidade viável e acho que vocês
fariam um lindo casal, podemos planejar o casamento de vocês? Podemos ser os
padrinhos? Pode vir por Flú, vamos abrir a rede.

Vemos você amanhã,

Fred e Jorge Weasley"

Finalmente uma notícia para a deixar muito feliz, Hydra pensou em visitar Peter, mas a
visita para os Macmillan poderia ser negociada com seus pais, já a visita aos Weasleys,
deveria ser em um momento propicio e não conseguia imaginar um melhor do que
quando estará sozinha em casa. Naquela noite, dormiu feliz e satisfeita.

Hydra acordou no dia seguinte muito feliz, mas não queria demonstrar animação para
a família, então foi para o café parecendo entediada como sempre.

Primeiro encontrou seus presentes sob a árvore de Natal que Narcisa montara,
Angelina, Alicia, Kate, suas amigas da Beauxbatons, Lino, Peter (Que também enviará
presentes para seus pais e Draco), Fred e Jorge (para o horror de Lúcio e Narcisa) e até
Olívio enviaram presentes, depois de abrir cada um, os guardou em seu quarto e
voltou para o café.

O presente que mais gostara era o de Peter, uma linda caixinha de música, quando
aberta, uma pequena mulher dançava ao som de uma das músicas bruxas preferida de
Hydra e embaixo dela, um anel de esmeralda e prata, o anel na verdade se dividia em
três, um em cada dedo, sendo que o do dedo do meio, envolvia todo o dedo em
pequenos círculos, com a pedra verde magnífica no meio e no topo, perto de sua unha,
tinha uma cabeça de serpente em prata, fazendo com o que o resto do anel parecesse
uma serpente enrolada, era lindo, Peter dizia que pertenceu a Melanie Black e ficou
com sua família de herança.

- Tem certeza que não virá conosco? – Perguntou Narcisa esperançosa, enquanto
pegava alguns pedaços de bacon e colocava em seu prato.

- Não, eu prefiro ficar aqui estudando, tenho muita coisa para ler, muita mesmo... –
Mentiu Hydra tentando esconder o sorriso.

- É bom que obtenha muitos N.O.M.s realmente. – Sorriu Narcisa orgulhosa –


Voltaremos no final da tarde.

Draco olhou triste para Hydra, ela sabia que ele queria sua companhia na festa, mas
nem mesmo o olhar triste do irmão que amava (apesar de tudo) iria fazer com que ela
mudasse de ideia.

Seus pais partiram pouco antes da hora do almoço, não antes de Narcisa tentar
convencê-la mais um pouco, assim que partiram, Hydra correu para o quarto para se
arrumar rapidamente, colocou uma linda veste azul clara de crepe de lã e uma capa
preta de lã com tecido de cetim azul claro por dentro e desceu para fazer a viagem por
Flu.

Depois do habitual ritual de viagem, chegou na lareira dos Weasleys.

- Você veio! – Fred a recepcionou enquanto ela saia da lareira.

- Eu disse que vinha. – Hydra olhou ao redor e viu uma cozinha pequena e apertada,
com uma mesinha de madeira escovada e várias cadeiras, na lareira ficam vários livros
de receitas. Observou também um relógio de um ponteiro só e um rádio, a casa era
simples mas confortável, Hydra odiava admitir que de fato já estava acostumada com
o luxo e esse o fazia falta, mas trocaria pela paz que a casa passava.

- Seja bem-vinda! Está tão bonita como sempre – Disse a Senhora Weasley sorrindo e a
abraçando.
Hydra viu que a casa era simples, principalmente se comparado aonde morava, seu
quarto era pelo menos três vezes maior que aquela cozinha, mas também notou que a
casa era calorosa e cheia de personalidade, transbordando de amor, muito diferente
de fato de onde morava.

- Vamos para a sala, todos estão esperando ansiosos, – disse a Senhora Weasley,
fazendo com que a Hydra a seguisse para uma pequena sala cheia de poltronas, lá
estavam Percy, Jorge, Gina e um senhor ruiva que Hydra julgou ser o Senhor Weasley –
meus filhos mais velhos não puderam vir e Rony pediu para ficar em Hogwarts,
explicava a Senhora Weasley.

- Hydra! – Jorge levantou e a abraçou – Você veio mesmo, não vai ficar o resto das
férias presa nas masmorras por causa disso? – Brincou ele.

- Espero que não – Disse sem graça.

- Esse é meu marido, Arthur – Disse a Senhora Weasley, apontando para o homem
ruivo que estava sentado em uma das poltronas.

- Prazer em conhecê-la - disse ele, levantando e estendendo a mão, Hydra a apertou -


,eu estou surpreso de ver uma Malfoy na minha casa. – Ele parecia simpático quando
dizia isso, então Hydra não levou a mal.

- Eu peço desculpas pelo meu pai, eu sei que ele foi horrível com o senhor, mas ele
também é comigo, acredite – Hydra estava vermelha de vergonha.

- Não se preocupe, você não deve pagar pelos erros do Lúcio, Molly e as crianças já me
disseram que você não é igual a ele e eu acredito neles. – Disse o Senhor Weasley,
enquanto se sentava novamente na cadeira.

- Sente-se Hydra, fiquei a vontade, o almoço logo estará servido – Hydra se sentou ao
lado de Gina que sorria simpática.

- Acho que não conversamos desde o dia que chegamos em Hogwarts, não é mesmo?
– Disse Hydra para Gina enquanto se aconchegava na poltrona – Como estão as aulas?

- Boas, um pouco complicadas...– Gina falava um pouco sem graça – O segundo ano é
mais difícil, mas estou indo bem, nada que se compare ao quinto, tenho certeza.
- Eu não fiz o segundo ano em Hogwarts, mas também foi bem puxado na
Beauxbatons.

- Meus filhos comentaram que o Lúcio lhe enviou para uma escola no exterior – Disse o
Senhor Weasley entrando na conversa.

- Sim senhor, Beauxbatons na França, ele queria me esconder e eu queria sair de perto,
então foi uma combinação perfeita – O Senhor Weasley deu uma risada.

- E escondeu mesmo, eu não lembrava de que ele tinha uma filha, depois que o Jorge e
Fred falaram que eu lembrei que já te vi ainda criança acompanhada dele no
Ministério e que ele já conversou sobre você com alguns funcionários, nada que
pareça ser verdade, claro - O Senhor Weasley bebia uma grande caneca de chá e
parecia confortável na poltrona em frente a Hydra enquanto falava.

- Sim, não sou exatamente o orgulho da família – Sorriu sem graça.

- Bobagem, não vejo o porquê não.

- Porque eu não concordo com as atrocidades que o papai fala, então ele preferiu me
esconder e me considera uma vergonha.– Hydra olhava para o chão enquanto falava –
Eu também, assim como o Senhor, segundo Jorge e Fred me falaram, gosto de saber
sobre a vida dos trouxas, principalmente a música.

- É mesmo? – O Senhor Weasley quando deu um pulo da poltrona de espanto e


parecia estranhamento animado – Então preciso lhe mostrar a minha garagem depois
do almoço.

- Não vai mostrar para a menina aquela garagem velha e cheia de porcaria - A Senhora
Weasley tinha chegado da cozinha – venham, vamos todos comer.

Hydra seguiu a família Weasley até a mesa de jantar na cozinha, ela estava repleta de
uma comida cheirosa e com aparência deliciosa. Hydra se sentou entre Jorge e Fred e
esperou que todos se servissem para se sevir, o que fez com que a Senhora Weasley
quase jogasse um pedaço de coxa de frango em seu prato.

Estava tudo tão delicioso que Hydra repetiu o prato duas vezes.
- Você está muito magrinha, precisa comer mais! – Reclamava a Senhora Weasley
quando Hydra disse estar satisfeita.

Ela nunca teve uma refeição tão divertida quanto aquela. O Senhor Weasley contou
algumas piadas que fez a mesa toda rir e Fred e Jorge fizeram a Senhora Weasley gritar
e correr atrás deles soltando fogos de Filibuster na cozinha. Finalmente, cheios demais
até para falar, foram para a sala.

Depois de recuperados, o Senhor Weasley a levou para conhecer sua garagem onde
diversos equipamentos trouxas estavam jogados e explicou como ele gostava de
desmontá-los e montá-los novamente, ele ficou completamente fascinado quando
Hydra contou sobre seu equipamento de música trouxa que um amigo (em segredo)
encantou para que não precisasse de um cabinho (chamado tomada) para que
funcionasse.

- E o Lúcio não faz ideia de que está na casa dele? – Perguntou ele rindo.

- Nenhuma!

Fred e Jorge tentaram mostrar o quarto para Hydra, mas a Senhora Weasley arrumou
uma desculpa para que eles fossem para o jardim antes que fizessem, então eles
decidiram praticar quadribol junto com Gina (Percy se trancou no quarto assim que o
almoço acabou)

Foi um dos dias mais felizes de sua vida, um pouco antes do final da tarde, eles
voltaram exaustos para a sala e se jogaram em algumas poltronas.

- Eu não acredito que preciso voltar para a casa daqui a pouco – Disse Hydra
desanimada.

- Fica aqui, se rebela – Brincou Fred.

- Mamãe já tem sete filhos, ela aguenta mais uma – Completou Jorge.

- Mamãe já deixou claro que eu não posso sair de casa antes de ser maior de idade ou
ela iria atrás de mim com o Ministério, bem que eu queria... – Disse Hydra
desanimada.
A Senhora Weasley chegou na sala do que parecia um cochilo já que estavam com a
cara de quem acabara de acordar.

- A filha, que bom que ainda está aqui – Disse ela sorrindo e se acomodando em uma
das poltronas.

- Por pouco tempo, preciso voltar em breve.

- Que pena, mas pode voltar a hora que quiser, é muito bem-vinda – Disse a Senhora
Weasley simpática.

- Muito obrigada – Sorriu Hydra.

- Os meninos disseram que você tem um amiguinho - a Senhora Weasley parecia


tentar falar algo delicadamente – o capitão da equipe de quadribol.

Jorge e Fred riram e Hydra ficou vermelha.

- Sim, o Olívio é meu amigo – Hydra sentia que estava muito vermelha.

- Eu disse que a mamãe quer casar você com a gente... - brincou Jorge e dessa vez a
Senhora Weasley quem ficou vermelha.

- Não é nada disso! – Gritava ela envergonhada – Eu só estava perguntando...

Hydra também se juntou a risada de Fred, Jorge e Gina.

- Ela namora um outro menino agora, mamãe, sinto muito – Disse Fred, ainda
gargalhando.

- Macmillan... – Disse Gina, suspirando, fingindo se abanar e rindo da brincadeira junto


com Hydra.

A Senhora Weasley ficava cada vez mais sem graça e logo arrumou uma desculpa para
ir até a cozinha, deixando eles jogando uma partida de snaps explosivos.

Foi muito triste se despedir daquela família tão doce e simpática.


- Volte sempre, de verdade – Disse a Senhora Weasley a abraçando enquanto Hydra
entrava na lareira.

- Nos vemos no começo das aulas Palerma – Disse Jorge.

Com um pouco de Flú, Hydra se despediu dos Weasleys e voltou para a sua vida
normal, a casa ainda estava vazia e ela correu para o quarto e trocar de roupa, era uma
alegria o dia que passara e isso nunca seria apagado.
CAPÍTULO 16

OS MACMILLANS

Não se passaram nem dez minutos depois que Hydra chegou e Narcisa bateu na porta
do seu quarto.

- Está tudo bem? – Perguntou ela para Hydra que fingia estar lendo na cama.

- Sim, tudo bem.

- Uma pena que não quis nos acompanhar, foi uma festa maravilhosa, tanta gente
importante, uma pena que você não foi.

- É... – Disse Hydra segurando a risada – Uma grande pena.

Passado uma semana das férias, Peter já estava impaciente esperando por uma visita,
então Hydra decidiu falar com seus pais em uma tarde enquanto estavam na sala da
estar.

Ela entrou na enorme sala decorada com poltronas de veludo verde escuro e viu seu
pai sentado de costas para a porta, com Narcisa a sua frente.

- Posso falar com vocês? – Perguntou Hydra sentando em uma poltrona entre os dois.

- Claro – Disse Narcisa sorrindo.

- Eu queria permissão para visitar a casa do Peter – Hydra decidiu ir direto ao assunto.

- Peter é? – O tom de Lúcio era sempre frio e desgostoso.

- Peter Macmillan – Respondeu Hydra e Lúcio franziu a testa.

- Quando?
- Ele queria que eu fosse jantar lá amanhã, os pais deles convidaram vocês também,
mas tenho certeza que preferem que eu vá sozinha – Completou, com medo de que
aceitassem. Lúcio pareceu pensar por um tempo e depois respondeu.

- Tudo bem, desde que seja na casa de um sangue puro, você pode ir – Hydra tentou
não demonstrar contentamento.

- Ok, obrigada – Se retirou rapidamente, Narcisa assistia a tudo calada, sabia que Lúcio
quem iria dar a resposta final.

Hydra mandou uma coruja para Peter confirmando o encontro da noite seguinte,
estava com muita saudades de vê-lo, apesar de estarem separados por apenas uma
semana, até que aquelas férias estavam melhor do que imaginava já que sairia pela
segunda vez de casa.

Peter respondeu sua coruja parecendo muito feliz com a resposta, Hydra separou uma
linda veste vermelha de lã acetinada e a gola imitando pelos para usar, estava nervosa
de conhecer os pais de Peter, afinal, será que a visita seria tão agradável quanto a da
Toca?

No dia seguinte, chegou a casa de Peter por Flu um pouco antes do jantar.

- Você está levando um presente para os pais dele? – Perguntou Narcisa, que estava
mais animada do que Hydra imaginaria com a visita.

- Sim, mamãe...

- E já sabe que deve se comportar da melhor maneira possível? Como uma Malfoy?

- Sim, mamãe...

- E já...

- Mãe...

- Ok, ok...
Hydra viajou por até uma sala ampla e clara, com um sofá e duas poltronas bejes e na
parede, alguns quadros que se mexiam cochichavam curiosos, acima da lareira
algumas taças com um brasão em M e nas janelas, cortinas vermelhas escuras, parecia
uma casa elegante e até mesmo luxuosa, não tanto quanto a dela, mas ainda assim,
muito bonita, estava vazia quando chegou, mas logo Jeniffer apareceu.

- Ai meu Deus, você chegou! – Disse ela surpresa cumprimentando Hydra – Senta aqui
– Ela tirou Hydra da lareira e a levou até o sofá – Eu vou chamar o Peter e meus pais,
acho que nos distraímos e não percebemos que já estava na hora...

- Oi Hydra! - Abbas Shafiq entrava na sala com um copo de cerveja amanteigada e se


sentou ao lado de Hydra – Jeniffer me convidou também, prazer em vê-la.

- Prazer Abbas, vocês estão sérios então? – Perguntou ela, sorrindo e os dois coraram e
responderam que sim.

- Vou chamar o Peter. – Jeniffer se retirou por uma das portas de madeira da sala –
Abbas e Hydra ficaram sem graça sozinhos na sala sem saber exatamente o que dizer.

- Então, como vai seu pai? – Perguntou Hydra.

- Bem, perguntou pelo Lúcio um dia desses...

Eles não precisaram esperar muito tempo, Peter chegou logo depois acompanhado de
Jeniffer, ele estava ainda mais bonito do que o normal usando uma veste azul marinho
de tecido grosso, o coração de Hydra bateu forte ao vê-lo.

- Hydra... – Ele sorriu e se sentou ao lado dela no sofá dando um beijo em sua boca e
deixando Abbas e Jeniffer desconfortáveis.

- Peter, sua irmã... – Disse Hydra se afastando um pouco depois.

- Não se importem comigo... – Brincou Jeniffer.

- Meus pais já estão vindo- Disse Peter – Estou tão feliz que veio, estava achando que
não poderia vir, ou que não queria...
- Meu pai estranhamente deixou e é claro que eu queria vir, por quê eu não iria
querer? – Sorriu Hydra, era tão bom estar perto de Peter novamente, mais do que ela
imaginava, especialmente quando ele sorriu de volta.

- Papai e mamãe estão ansiosos em te ver – Disse Jeniffer.

- Vejo que você está usando o anel que eu te dei, gostou? – Perguntou Peter, pegando
na mão de Hydra.

- Sim, na verdade é maravilhoso, até mamãe gostou muito, você tem certeza que seus
pais não se importam de você me dá uma herança de família?

- Bom, tecnicamente é da sua família também. – Disse Peter rindo – E não, eles não se
importam.

A porta de madeira abriu logo depois e por ela passaram um casal de bruxos, a mulher
era alta de cabelos louros como os de Jeniffer e Peter e olhos verdes, tinha uma
elegância mais simples que a de Narcisa, porém admirável, achava Hydra. O homem
era um homem ainda mais alto (da altura de Peter) de cabelo grisalho e olhos azuis
como os de Peter, era muito bonito apesar de muito mais velho que Hydra e também
tinha um porte elegante, os dois sorriram ao ver a menina que levantou do sofá com
Peter e vieram a cumprimentar.

- Então você é a tão famosa Hydra Malfoy. – Dizia a mulher sorridente a abraçando – É
um prazer tão grande, sou Mezra Macmillan, Peter e Jeniffer falaram tanto de você
que sinto que já lhe conheço.

- É um prazer também – Disse Hydra, sem graça.

- É um grande prazer, sou Lance Macmillan.– Dizia o bruxo a cumprimentando – Sente-


se, por favor – Ele parecia muito simpático e seu sorriso parecia muito com o de Peter.

- Então, – Disse Mezra olhando sorridente para Hydra e Peter – vocês fazem um casal
lindo, simplesmente lindo... – Hydra sentiu seu rosto corar fortemente.

- Muito obrigada, o Peter me contou como o senhor e a senhora são curandeiros, isso
é tão interessante, acho uma profissão admirável. – Disse Hydra mudando de assunto.
- Sim, mais de vinte e cinco anos de serviço. – Sorriu Lance, orgulhoso em uma das
poltronas do canto.

- Nos conhecemos em Hogwarts também, você sabe. – Disse Mezra que estava
sentada na poltrona da outra ponta ao lado do sofá – Eu também era da Grifinória e o
Lance da Corvinal.

- Sério? Que coincidência! – Disse Abbas espantado – Eu era da Sonserina, é uma


ótima casa, apesar de algumas pessoas que dão mau nome para ela. – Ele completou e
Hydra sorriu, nunca tinha conhecido uma pessoa da Sonseria que fosse tão agradável,
talvez a casa não fosse tão ruim quanto ela imaginava.

- Sim, a casa só ajuda o bruxo em suas ambições, ela não corrompe ou enaltece
ninguém– Disse Mezra sorridente.

- Peter me disse que você quer ser uma mestre em poções – Perguntou Lance, de
forma simpática, sorrindo, percebendo bem, o sorriso de Peter parecia um espelho do
dele.

- Sim, é meu sonho.

- Muito bem, trabalhe para ele, é um ótimo objetivo, de pessoas inteligentes, com
certeza. – Disse ele sorrindo.

- Nós temos preparadores de poções no St. Mungo's, é uma profissão muito


respeitada. – Complementou Mezra.

- Sim, na verdade eu já pensei nessa possibilidade, de trabalhar no St. Mungo's,


enquanto faço minhas pesquisas.

- Pesquisas? – Perguntou Lance curioso.

- Ela e o Professor Snape estão tentando inventar uma poção – Respondeu Peter por
ela.

- É mesmo? Isso é muito, muito interessante, excelente! – Sorriu Lance – Eu na


verdade pensei que iria seguir algum cargo no Ministério, com toda influência de seu
pai e tudo mais.– Hydra tentou não parecer triste com a menção de Lúcio.
- O Ministro me ofereceu um estágio no departamento de Acidentes e Catástrofes
Mágicas, mais especificamente na parte de preparo de poções de cura e reversão de
danos por poção, também é uma boa possibilidade, estou mantendo as opções
abertas.

- Bonita e inteligente, você escolheu bem meu filho. – O sorriso de Mezra, assim como
o de Peter parecia não sumir nunca, Hydra notou que ele era uma linda combinação
dos melhores atributos de seus dois pais.

- Você deveria aceitar o estágio, – Disse Abbas que tinha as mãos dadas com Jeniffer e
estava sentado no mesmo sofá que Hydra – você poderia crescer muito lá dentro e é
um ótimo lugar para se trabalhar, acredite.

- Você trabalha no Departamento de Cooperação Internacional em Magia, não é? –


Perguntou Hydra.

- Sim, comecei em um estágio de verão também, pode valer muito a pena.

- Bem, é uma coisa a se pensar, quem sabe no ano que vem... – Disse Hydra.

- Vamos deixar de falar de carreira um pouco e vamos para a sala de jantar? – Disse
Mezra se levantando e todos a seguiram.

Hydra passou pela porta de madeira para uma linda sala de jantar decorada com velas
flutuantes e uma árvore de Natal ainda armada, tinha uma grande mesa de madeira e
poltronas com esfofado estampado com flores bege, ela se sentou ao lado de Peter,
Jeniffer e Abbas a sua frente, o Senhor Macmillan na cabeceira e a Senhora Macmillan
ao seu lado esquedo, ao lado de Jeniffer. Um delicioso jantar de carnes variadas, purê,
saladas e suco de abóbora foi servido e o Senhor Macmillan contou histórias de
pacientes que chegavam no St. Bruto's.

- Uma vez um homem tentou se transformar em uma Joaninha e não deu muito certo,
o resultado foi assustador – Dizia ele.

Hydra achou os pais de Peter iguais a ele, elegantes e simpáticos, a trataram com
muito carinho e atenção, ela se sentia em casa, ou melhor em um lugar melhor, já que
sua casa não era desse jeito.
Depois do jantar, eles foram novamente para a sala onde a Senhora Macmillan serviu
chá para todos.

- Me conte mais sobre a Beauxbatons Hydra. – Disse a Senhora Macmillan enquanto


todos tomavam seus chás – Peter me disse que você fez os três primeiros ano de
educação lá.

- Sim, é uma escola maravilhosa, é sempre fresco o clima e tem uma linda vista da
montanha, eu amo Hogwarts, mas as vezes me faz falta. – Hydra tinha um olhar
sonhador de sempre que falava de sua antiga escola.

- E por quê não completou sua educação lá? – Perguntou o Senhor Macmillan tomando
um gole de chá.

- Meu pai era conselheiro de Hogwarts e alguns amigos começaram a se perguntar por
que eu não estava em Hogwarts, ele acabou achando melhor me transferir para acabar
com o falatório.

- Mas por quê você não foi desde o começo para Hogwarts? – Lance fez a pergunta
que Hydra mais temia, não queria falar de sua família conturbada para eles, mas não
teve saída.

- Eu pedi para ir, meu pai e eu não no damos exatamente bem e eu quis ir para um
lugar onde ninguém conhecesse meu sobrenome – Disse Hydra olhando para o chão.

- Lúcio Malfoy não é a pessoa mais agradável de todas, realmente... – Disse o Senhor
Macmillan simpático e Hydra sorriu.

- Não mesmo, mas de onde vocês se conhecem? – Perguntou Hydra curiosa.

- Alguns jantares de conhecidos em comum, algumas muitas doações que ele fez para
o St. Mungo's, geralmente seguidas de uma cerimônia pomposa, eu já lhe vi lá algumas
vezes, quando era criança, ao lado dele. – Disse ele

- Sinto muito por ele... – Todos riram quando Hydra disse isso, pelo visto a fama de
Lúcio era realmente abrangente.

- Você lembra da Hydra criança? – Perguntou Jeniffer.


- Sim, a menininha lourinha ao lado de Lúcio, Narcisa e seu filho, claro que lembro. –
Disse Lance, sorrindo simpaticamente para Hydra.

- Que mundo pequeno... – Disse Abbas.

- Eu lembro da Narcisa novinha em Hogwarts. – Disse a Senhora Macmillan tomando


mais um gole de chá – Ela e sua irmã Bellatrix eram, bem... Elas eram... – Ela parecia
querer escolher bem as palavras – Pessoas difíceis de lidar, principalmente a Bellatrix e
depois casou com rapaz Lestrange, era uma dupla que ninguém gostaria de se meter
no caminho – Sua expressão era de quem se lembrava de algo ruim.

Hydra lembrou de sua detestada tia Bellatrix, irmã de sua mãe que fora mandada para
Azkaban quando Hydra tinha pouco mais de 3 anos, era uma grande apoiadora de
Você-sabe-quem, ela não conseguia se lembrar dos momentos que teve com a tia, mas
lembrava da sensação de nojo e desgosto que sentia em sua presença.

- Eu não lembro muito da tia Bellatrix, mas acho que é melhor assim. – Hydra sentia
mais uma vez ficar vermelha – Ela é uma pessoa abominável.

- Sim, ela machucou seriamente um casal de amigos nossos... – Disse a Senhora


Macmillan com o rosto triste olhando para o Senhor Macmillan – Grandes aurores, um
destino trágico que tiveram, eles e muitos outros amigos que nossos que lutaram
contra Você-sabe-quem... Eles estão no St.Mungo's até hoje, completamente foras de
si... – A sala ficou em silêncio, parecia estranho falar de tudo isso e pior ainda para
Hydra pensar que sua família estava envolvida diretamente com uma pessoa tão
terrível.

- Eu sinto muito – Hydra não aguentava mais ter que se sentir culpada ou pedir
desculpas pelos atos de sua família, mas sempre parecia necessário.

- Não é culpa sua. – Sorriu o senhor Macmillan – E vamos mudar de assunto, nada de
conversas triste por hoje.

- Sim, me desculpe, não sei de onde surgiu. – Sorriu a senhora Macmillan – Abbas, me
conte mais sobre seu trabalho no ministério.

O jovem rapaz de pele morena parecia feliz com a oportunidade de falar sobre o que
fazia.
- Eu trabalho no departamento de Cooperação Internacional em Magia, é fascinante,
lidamos com todo tipo de assunto internacional, viajo para muitos lugares, conheço
pessoas de várias parte do mundo, é maravilhoso – Abbas parecia realmente muito
feliz consigo mesmo.

- Eu quero trabalhar como jornalista. – Comentou Jeniffer alegre segurando o braço de


Abbas - Já estou de olho nas oportunidades de estágio de verão no profeta diário, seria
um sonho.

- Achei que ia querer ser curandeira que nem seus pais. – Comentou Hydra.

- Não, deixo a opção de seguir os passos da nossa família para o Peter , ele é a estrela
da família. – Disse brincando e encarando Peter que ficou sério.

- Não estou querendo seguir os passos da família, é um sonho meu. – Ele parecia
zangado olhando para a irmã que ria.

- Eu sei, eu sei seu chatinho... – Disse Jeniffer.

- E eu não sou a estrela da família – Completou Peter.

- A, isso é sim, mamãe, papai, até meus tios só faltam babar em cima do Peter – Disse
Jeniffer, que estranhamente, não parecia ter ressentimentos ao falar sobre isso.

- Nada disso, Jeniffer, amamos os dois igualmente e os dois nos dão orgulho – Afirmou
a Senhora Macmillan.

- Claro, claro... – Brincou Jeniffer.

A noite seguiu agradável e cheia de conversas, os pais de Peter realmente pareciam


felizes por ele e trataram Hydra da melhor forma possível.

- Hydra, vem, quero te mostrar o resto da casa – Disse Peter, segurando ela pela mão.

Jeniffer e Abbas tinham a muito sumido para o jardim e o Senhor e Senhora Macmillan
ajeitavam a cozinha.
Primeiro, Peter mostrou o segundo andar da casa, um grande corredor, com vários
quartos, o quarto de Peter era bonito, tinha uma cama de casa, um quarto aonde
ficava seu closet e pôsteres da Corvinal, Hydra notou que ao lado de sua cama, tinha
uma foto dos dois juntos, se beijando e depois acenando.

Depois de conhecer o quarto de Peter, os dois desceram e andaram pelo jardim, era
grande e aconchegante, cheio das mais diversas flores e plantas mágicas.

- Esse é Hérus, minha coruja – Disse Peter, mostrando uma linda coruja marrom com
listras e pintas brancas, que reagia com felicidade e carinho ao carinho de Peter.

- Ele já visitou a minha casa algumas vezes – Disse Hydra, reconhecendo a coruja que
sempre levava as cartas de Peter para ela.

- Eu sei, ele ama quando a sua coruja vem por aqui, sempre abre espaço para ela –
Disse Peter.

- Ela também gosta dele, talvez sejam um casal também... - Disse Hydra rindo - Então,
aqui que você cresceu? – Perguntou Hydra, observando a casa, branca, grande e com
muitas janelas.

- Sim, nasci e cresci, meus pais se mudaram para cá logo depois de se casarem e nunca
saíram, daqui, dizem que é a casa dos sonhos deles.

- Eu entendo, eu nasci e cresci na mansão dos Malfoy, mas ela está na família desde o
começo dos Malfoys, eu acho, Deus me livre de morar naquele lugar depois de casar –
Brincou Hydra.

- É tão ruim assim? – Perguntou Peter, olhando com um olhar de carinho e


curiosidade, segurando as suas mãos.

- É horrível, não só o lugar, mas as pessoas, eu realmente não gosto de estar ali, seus
pais por exemplo, parecem tão maravilhosos...

- Eles tem seus defeitos, eles trabalharam muito e nos deixaram muito sozinhos, mas
são bons pais, com certeza. – Disse Peter.

- Acho que eu preferia mil vezes que meus pais me deixassem sozinha...
Hydra e Peter passearam pelo jardim, aonde encontraram Jeniffer e Abbas em uma
situação bastante constrangedora (para Peter). Depois, os dois pararam em um banco
e ficaram namorando por algumas horas, até Hydra ter que voltar para casa.

- Te vejo na volta – Disse Peter, a beijando e se despedindo de Hydra na lareira.

- Te vejo na volta.

Narcisa esperava ansiosa por Hydra, quando ela retornou,

- Como é a casa deles? – Perguntava ela, sentada na ponta de sua cama, enquanto
Hydra trocava de roupa no closet.

- Bonita, grande, luxuosa, bem arrumada, você iria aprovar – Disse Hydra.

- Luxuosa como a nossa? – Perguntou Narcisa.

- Não, mãe, nem todo mundo é exagerado como vocês.

- Ter bom gosto não é exagero, Hydra... – A voz de Narcisa tomara um tom mais sério e
irritado.

- Pavões no jardim, mãe?

- Ok, talvez os pavões sejam um certo exagero, mas seu pai gosta deles e você também
sempre gostou, até colocou nomes pra eles e tudo, brincava com eles sempre... E os
pais deles? Eu acho que lembro dos Macmillans.

- Eles lembram de você e do papai, a Senhora Macmillan estudou com você.

- Sim, verdade, ela era da Grifinória eu acho, bem... Toda família tem seus defeitos, eu
acho.

- Ser da Grifinória é um defeito? – Perguntava Hydra, ainda dentro do closet, gritando


para a mãe ouvir.

- Não vamos começar com isso de novo, Hydra, vamos? – Perguntou Narcisa.
- Não mamãe... – Hydra saiu do closet, já vestida para dormir, Narcisa continuava
sentada na ponta da sua cama.

- Que bom que você esteja andando com sangues puro como você.

- Eu ainda ando com meio sangues, nascidos trouxas, ou qualquer outra pessoa que
me agrade, mãe – Disse Hydra, deitando em sua cama.

- Eu creio que um dia você entenda o que falamos quando afirmamos que sangues
puro são superiores aos outros – Disse Narcisa, olhando séria para a filha.

- Nunca mãe, não da para entender preconceitos sem fundamentos...

Nos dia seguinte, como de volta de um sonho, Hydra teve que encarar novamente o
mau humor de seu pai e o tédio de sua casa.

- Você vai ficar estudando o tempo todo? – Perguntou Draco, entrando no quarto de
Hydra em um dos últimos dias de férias.

- Sim, eu tenho os N.O.M.s esse ano, você se esqueceu? – Disse Hydra, sem tirar os
olhos do livro de plantas e poções que lia e fazendo anotações em um pergaminho que
agora já passava de cinco metros.

- E precisa de tudo isso? – Perguntou Draco.

- Se eu quiser conseguir um bom emprego e sair dessa casa, sim...

Draco como sempre, se ofendia e irritava quando Hydra falava sobre sair de casa ou
como não gostava do local, então, sem falar nada, apenas saiu do quarto, mal
humorado.
CAPÍTULO 17

GRIFINÓRIA X CORVINAL

O resto das férias foi desagradável e tediosa, mas finalmente, o dia de voltar para
Hogwarts chegou e Hydra embarcou com Draco no expresso de Hogwarts. Draco se
despediu e procurou um vagão com seus amigos e Hydra seguiu procurando Fred,
Jorge e Peter.

- Hydra! Sente aqui! – Disse Angelina, que estava em um vagão com Alicia. Hydra se
sentou e colocou suas coisas no compartimento de cima.

- Como foram as férias? – Perguntou Alicia animada, Hydra se sentou ao lado de


Angelina e em frente a Alicia antes de responder.

- Estranhamente boas, consegui estudar bastante e eu visitei o Peter e também o Fred


e o Jorge.

- Ouvi meu nome? – Disse Jorge, entrando no vagão com Fred e se sentando ao lado
de Hydra enquanto Fred se sentou ao lado de Alicia.

- Como foram o resto das férias, meninos? – Perguntou Hydra.

- Divertidas, eu e Jorge trabalhamos em algumas invenções novas. – Sorriu Fred com o


olhar de quem aprontara algo.

- E mamãe e papai falaram muito de você, papai finalmente encontrou alguém para
falar sobre coisas de trouxa. - Brincou Jorge e Hydra sorriu, realmente o senhor
Weasley era uma das pessoas mais divertidas e legais que conhecera.

Logo, Peter chegou no vagão (Jorge cedeu o lugar ao lado de Hydra para ele e se
sentou ao lado de Fred), por último, Lino apareceu e o expresso de Hogwarts começou
a se movimentar e tomar velocidade.

- Meus pais gostaram muito de você, disseram que nunca imaginaram que você fosse
tão bonita e agradável assim. – Sorriu Peter falando baixo com Hydra enquanto os
gêmeos e Lino jogavam snaps explosivos.
- Eu também gostei muito deles, são pessoas muito gentis e parecem ser maravilhosas.
– Sorriu Hydra.

O resto da viagem foi longa e divertida, Hydra se juntou para algumas partidas de
Snaps explosivos, assim como Peter, Angelina e Alicia e os gêmeos mostraram algumas
de suas novas invenções.

- Um doce que faz você vomitar lama verde, algum voluntário para uma
demonstração? – Todos recuaram e faziam não com a cabeça, enquanto Jorge
mostrava um docinho verde com listras brancas.

A visão de Hogwarts na carruagem de volta para o castelo foi como uma brisa em um
verão quente, o coração de Hydra se encheu de alegria.

No dia seguinte, as aulas recomeçaram, era uma manhã fria de Janeiro quando Hydra
desceu para o café.

- Transfiguração, aposto que a Professora McGonagall vai nos encher de dever de casa
– Reclamava Fred comendo um pedaço de ovo frito.

- Os N.O.M.s estão chegando, é mais do que esperado – Respondeu Angelina.

- Mas mesmo assim, ainda faltam meses!

- Faltam só cinco meses Jorge, isso passa voando – Disse Hydra, se servindo de um
pedaço de panqueca doce.

- Olá time, tiveram boas férias? – Olívio apareceu, se sentando ao lado de Angelina,
seu olhar para Hydra era mais alegrre do que o que tinha no trem no começo das
férias.

- Sim, animados – Respondeu Alicia.

- Ótimo, precisamos treinar muito, treinar duro – Seu velho olhar de grande fascínio
sempre aparecia quando falava de quadribol.

- Sim senhor! – Zombaram Fred e Jorge


- Não se preocupe Olívio, vamos estar prontos quando o próximo jogo chegar – Sorriu
Angelina.

- Excelente! Bom, é melhor eu ir indo, vejo vocês depois – Olívio se levantou e foi para
fora do salão.

- Acho que ele superou o barraco que vocês duas fizeram no trem – Disse Jorge, Hydra
e Angelina coraram na hora.

Apesar das férias terem tirado um pouco do peso da briga e o melhor, Percy parece ter
esquecido de notificar a Professora Minerva, então não teve detenção, era milagroso!
Mas é claro que algumas pessoas ainda passavam por elas comentando sobre isso.

Durante a aula de Transfiguração, eles praticaram feitiços de Desaparição e Minverva


lembrou a todos sobre os N.O.M.s

- Apenas cinco meses separam vocês do exame que vai mudar suas vidas, espero que
estejam estudando de acordo com a gravidade da situação – Disse com seu habitual
tom sério.

A Corvinal jogou contra Sonserina uma semana depois do início do semestre.


Sonserina ganhou, mas foi uma vitória apertada. Segundo Olívio, isto era uma boa
notícia para Grifinória, que tiraria o segundo lugar se também batesse Corvinal.
Portanto, o capitão aumentou o número de treinos para cinco por semana, ele ainda
insistia que Hydra participasse para ajudar, mas ela limitou sua ajuda para apenas duas
vezes por semana já que realmente estava preocupada com os N.O.M.s e suas aulas
com o Professor Snape estavam cada vez mais difíceis, ele disse que deveriam dar uma
pausa nas pesquisas para uma nova poção e se concentrar no preparo de poções
avançadas para os N.O.M.s e N.I.E.M.s, a primeira que testaram era realmente
extremamente avançada e levou horas para ficar apenas na metade.

- Deixaremos descansar por uma semana e continuamos na próxima aula – Disse


Snape, em uma das aulas.

- Quanto tempo demora para a poção ficar pronta? – Perguntou Hydra.

- Um mês e meio, mais ou menos – Respondeu Snape, meio como se fosse um absurdo
ela não saber disso.
Os encontros com Peter continuavam sendo diários, algumas vezes em salas vazias
aonde os dois podiam ficar relaxados e algumas vezes na biblioteca, aonde os dois
estudavam para os seus exames no final do semestre.

No final de Janeiro, Hydra estava na sua tediosa aula de História da magia, se sentindo
muito cansada, já que tinha ajudado Olívio no treino anterior.

- Vamos falar sobre o Merlin mais famoso, o qual foi aluno da nossa escola. – Disse o
Professor Binns, o único Professor fantasma que Hydra tinha – Abram na página 253
do seus livros.

- É impressionante como até um tema interessante como esse, provavelmente vai ser
tedioso nessa aula – Comentou Hydra com Angelina, que estava com o rosto apoiado
na mão, sentada ao seu lado e de Alícia.

Hydra tentou prestar atenção na aula, mas realmente a leitura do Professor a deixava
com um sono incontrolável.

- Depois do nascimento de Arthur, Merlin se tornou o tutor do jovem menino,


enquanto ele crescia com o seu pai adotivo...

Hydra sem nem perceber, pegou no sono.

Em seu sonho, ela se encontrava no quarto da mansão dos Malfoy, mas não estava
sozinha, Olívio estava em um canto, sendo ameaçado por Lúcio, que tinha a varinha
apontada para o seu rosto.

- Pai, deixa ele em paz! – Gritou Hydra.

- Não, não, esse meio-sangue maldito manchou nossa família...

- Pai...

Absolutamente do nada, Olívio se tornou Peter, ainda sob a ameaça de Lúcio.

- Pai, larga ele, pelo amor de Deus, larga! - Gritava Hydra, que por algum motivo, não
conseguia levantar da cama.
Lúcio deu uma risada sinistra e uma luz verde saiu de sua varinha, atingindo Peter em
cheio.

- NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOO – Gritou Hydra, chorando desesperadamente.

- Hydra, Hydra, acorda, o que houve? – Perguntou Angelina, sacudindo a menina, que
agora voltava a se perceber na sala de aula. O Professor Binns parecia não ter
percebido absolutamente nada de errado que acontecia, apenas continuava a sua
leitura.

- O que houve? – Perguntou Hydra.

- Você estava dormindo e começou a gemer um pouco, parecia assustada – Disse


Alícia.

- Eu tive um pesadelo, só isso...

Por dias, Hydra pensava em seu pesadelo e se realmente não seria um aviso, se Lúcio
não seria um perigo para Peter, o pensamento a fez tremer.

Fevereiro chegou com o mesmo frio de Janeiro, Hydra ainda tentava se acostumar com
o clima gelado.

- Já é meu segundo ano em Hogwarts e eu ainda acho que foi morrer congelada uma
noite qualquer dessas. – Dizia ela para Peter que estava em pé na sua frente encostado
em uma mesa de uma sala vazia.

- Mas você foi criada na Inglaterra, não era para ser acostumada com o frio? –
Perguntou ele, a abrançando.

- Sim, mas os três anos na Beauxbatons me fizeram esquecer, eu acho. – Riu Hydra.

- Semana que vem é o dia dos namorados. – Sorriu Peter – Não estou sabendo de
nenhuma visita marcada para Hogsmeade para podermos sair, pensei em fazermos um
picnic no pátio no fim de semana, mas com esse frio seria impossível, então só nos
resta comemorarmos por aqui mesmo, disse ele sorrindo.
- Eu não me incomodo nem um pouco – Hydra beijou Peter. Ela tinha esquecido que o
dia dos namorados se aproximava, lembranças do ano anterior invadiram sua mente e
a deixaram com o estômago um pouco embrulhado.

- Eu já encomendei seu presente, espero que goste. – Peter sorriu o seu sorriso
hipnotizante.

- Você está brincando? Duvido que tenha algo que você possa me dar que eu não
goste.

Hydra se lembrou da pulseira de Olívio, que estava guardada em uma caixinha em seu
malão, nunca mais quis usá-la, pensar em Olívio já não trazia aquele sentimento de
nervoso e frio na barriga de antes, na verdade seus sentimentos por Peter ficavam
cada vez mais fortes conforme o tempo passava e os com Olívio menores, mas não
significava que estava completamente desaparecidos.

Desde o incidente no trem, Olívio também não demonstrou mais sentimentos por ela,
voltou a se focar completamente no quadribol, mesmo nos treinos que ela participava,
ele sempre a tratara como todos os outros membros do time, isso a incomodava um
pouco, apesar de não querer admitir.

- Eu vou tentar achar algo que te deixe feliz. – Disse Hydra sem graça por não ter
pensado nisso ainda e na verdade não fazia ideia do que poderia dar para Peter.

- Eu sei a coisa ideal – Disse ele a puxando para perto de si e a beijando intensamente,
fazendo todo seu mundo desaparecer por um segundo.

No dia seguinte, Hydra estava em mais uma de suas aulas preferidas, a de Defesa
contra as artes das trevas.

- Silêncio pessoal – Disse o Professor Lupin sorrindo, apesar de sua aparência sempre
doente, ele também tinha um ar muito simpático. Logo todos se calaram.

- Hoje vamos falar de criaturas muito interessantes, Veelas, alguém sabe o que são? –
Alguns rapazes deram risadinhas e Brendon Lecorte, um rapaz de cabelos negros e
olhos verdes levantou a mão.
- São humanóides semi-mágicos. – Disse ele sorrindo – Elas tem a forma de lindas
mulheres (risadinhas masculinas surgiram) seus olhares e, especialmente, sua dança
são magicamente sedutores para quase todos os seres do sexo masculino, o que os faz
executar ações estranhas a fim de ficar mais perto delas.

Os meninos riam descontrolados e as meninas olhavam enojadas, Hydra já conhecera


algumas descentes de Veelas na França e realmente mesmo sem ser 100% Veelas
tinham um grande poder de encanto nos homens, apesar de não querer admitir, Hydra
não gostava dessa "competição".

- Muito bem, silêncio rapazes, está correto senhor Lecorte, dez pontos para a
Grifinória. – Lupin era sempre calmo, mesmo pedindo atenção – No entanto, as Veelas
nem sempre são belas e agradáveis, elas podem se tornar criaturas extremamente
perigosas, quando Veelas estão com raiva, no entanto, eles se transformam em algo
mais parecido com Harpias, seus rostos se transformar em cabeças de aves com bicos
cruéis enquanto asas longas escamosas estouro de seus ombros, e eles podem lançar
bolas de fogo de suas mãos.

O sorriso dos rapazes desapareceu, como se tivessem ouvido uma notícia ruim.

- É verdade que algumas Veelas se casam com Bruxos? – Perguntou Jennifer


Macmillan.

- Sim, é verdade e as crianças dessas uniões são meio-Veelas, e elas herdarão as


capacidades mágicas de seus pais e beleza e encanto de suas mães. Traços veela
parecem persistir por pelo menos algumas gerações. Estes traços mostram-se apenas
em mulheres, as filhas de sua prole.

- É assim que você surgiu Hydra? – Brincou Jorge deixando Hydra vermelha e fazendo a
turma cair na risada mais uma vez.

- Silêncio pessoal...– Mais uma vez pediu Lupin.

- Eu conheci descedentes de Veela de fato na Beauxbatons, elas são muito bonitas e


parecem realmente enfeitiçar os homens – Disse Hydra desgostosa.

- Mais uma curiosidade sobre as Veelas é que os fios de seus cabelos podem ser
usados na fabricação de varinhas mágicas, apesar de histórias antigas afirmam que se
um único fio de cabelo é arrancado da cabeça de ums Veela ela vai ou morrer ou se
desfigurar, mas isso não posso confirmar...

Hydra achou curioso, já que uma das meio Veelas que conhecia, tinha como núcleo da
varinha o fio de cabelo de sua avó, não sabia se isso era verdade então...

Ao final da aula, o professor Lupin pediu um exercício sobre as possíveis consequencias


de se irritar uma Veela.

Uma noite, perto do grande jogo contra a Corvinal, Hydra estudava perto da lareira na
sala comunal quando viu uma grande aglomeração de pessoas em volta de Harry
Potter e decidiu ir com os gêmeos ver do que se tratava, chegando lá, viu que ele
carregava nada menos que uma Firebolt, a vassoura mais rápida do mundo!

– Onde foi que você arranjou essa vassoura, Harry?

– Deixa eu dar uma voltinha?

– Você já andou nela, Harry?

– Corvinal não vai ter a menor chance, o pessoal lá usa Cleansweep Sevens!

– Me deixa só segurá-la um pouquinho, Harry?

A vassoura passou de mão em mão e Hydra pode admirar a maravilha que ela era.

- Agora nós vamos ganhar com certeza! – Dizia Fred alegre.

Depois de passada a excitação, Hydra voltou ao seus estudos, quando um grito


estrangulado ecoou pela escada do dormitório dos meninos um grito estrangulado
ecoou pela escada do dormitório dos meninos. Todos na sala se calaram e olharam
petrificados para a subida. Então ouviram os passos apressados de Rony, cada vez mais
fortes... e em seguida ele apareceu, arrastando um lençol.

– OLHA! – berrou ele, se dirigindo à mesa de Hermione.

– OLHA! – berrou de novo, sacudindo o lençol na cara da garota. –


Rony, que...?

– PEREBAS! OLHE! PEREBAS! Hermione procurava afastar o corpo, com uma expressão
de total perplexidade. Harry olhou para o lençol que Rony segurava. Havia alguma
coisa vermelha nele. Alguma coisa que se parecia horrivelmente com... –

- SANGUE! – bradou Rony no silêncio de atordoamento que invadiu a sala.

– ELE DESAPARECEU! E SABE O QUE TINHA NO CHÃO? – N... não – respondeu


Hermione com a voz trêmula.

Rony atirou uma coisa em cima da tradução de runas de Hermione. Ela e Harry se
curvaram para ver. Em cima das estranhas formas pontiagudas havia vários pelos de
felino, compridos e amarelo-avermelhados.

Foi uma grande gritaria, Rony e Hermione estavam enfurecidos, Hydra desistiu de se
concentrar nos estudos e decidiu subir para a cama, estava realmente um clima muito
ruim naquele lugar.

No treino antes do jogo da Corvinal, Hydra participou, a pedido de Olívio.

Madame Hooch, que continuava a supervisionar os treinos da Grifinória para vigiar


Harry, ficou tão impressionada com a Firebolt quanto todo mundo que a vira. A
professora pegou a vassoura antes da decolagem e expôs aos jogadores sua opinião
profissional.

– Olhem só o equilíbrio deste modelo! Se a série Nimbus tem algum defeito, é uma
ligeira queda para a cauda, observa-se que depois de alguns anos isto se transforma
num arrasto. Atualizaram o cabo também, mais fino do que as Cleansweeps, lembra as
antigas Silver Arrows, uma pena que tenham parado de fabricá-las. Foi nelas que
aprendi a voar, e também eram excelentes vassouras...

E a professora continuou nessa disposição por algum tempo até que Olívio a
interrompeu:

– Hum... Madame Hooch? Será que a senhora podia devolver a vassoura a Harry?
Temos que treinar...
– Ah, certo... tome aqui, Potter – disse ela. – Vou me sentar ali adiante com Weasley...

Ela e Rony deixaram o campo e foram se sentar na arquibancada, e o time da Grifinória


se agrupou em torno de Olívio para ouvir as últimas instruções para o jogo do dia
seguinte.

– Harry, acabei de descobrir quem vai jogar como apanhador na Corvinal. É a Cho
Chang: uma garota do quarto ano e muito boa... Para ser sincero eu tinha esperanças
de que ela não tivesse voltado à forma, ela teve alguns problemas com contusões... –
Olívio fez cara feia para assinalar seu desagrado pela plena recuperação de Cho Chang,
depois continuou: – Por outro lado ela monta uma Comet 260, que vai parecer uma
piada ao lado da Firebolt. – Olívio lançou um olhar de fervorosa admiração à vassoura
de Harry, depois disse: – Muito bem, pessoal, vamos...

Hydra ajudou ficando no gol rival e não conseguia deixar de ficar "babando" com a
performace da Firebolt de Harry, com dez segundos depois de Olívio soltar o pomo ele
já havia pegado o mesmo e todo time aplaudiu enllouquecidos.

Logo deois pegou mais uma vez. Foi o melhor treino que ele já fizera; os jogadores,
inspirados pela presença da Firebolt na equipe, realizavam movimentos impecáveis, e,
no momento em que voltaram ao chão, Olívio não teve uma única crítica a fazer, o
que, como Jorge Weasley enfatizou, era a primeiríssima vez que acontecia.

– Não vejo o que é que vai nos deter amanhã! – disse Olívio. – A não ser que... Harry,
você resolveu o seu problema com o dementador, não resolveu?

– Resolvi.

– Os dementadores não vão aparecer outra vez, Olívio. Dumbledore explodiria – disse
Fred, confiante.

– Bem, esperemos que não – disse Olívio. – Em todo o caso... bom trabalho, pessoal.
Vamos voltar para a Torre... dormir cedo...

– Eu vou ficar mais um pouco; Rony quer dar uma volta na Firebolt – avisou Harry a
Olívio
Hydra foi para os vestiários com os outros jogadores, todos ainda estavam muito
animados com o treino e Hydra se sentia confiante que o time iria ganhar o jogo.

- Vou torcer muito por vocês – Disse ela animada.

- Com essa vassoura de Harry? Nem precisa – Brincou Fred.

No dia seguinte, Hydra acordou cedo e se junto aos amigos no café, quando Harry
entrou, muitos viraram para admirar sua vassoura.

– Ponha ela aqui, Harry – sugeriu Olívio, ajeitando a vassoura no meio da mesa e
girando-a cuidadosamente de modo a deixar a marca visível.

Os alunos das mesas da Corvinal e da Lufa-Lufa não demoraram a ir olhá-la de perto.


Cedrico Diggory se aproximou para cumprimentar Harry por ter adquirido uma
substituta tão esplêndida para sua Nimbus e a namorada de Percy, Penelope
Clearwater, da Corvinal, chegou a perguntar se podia segurar a Firebolt.

– Ora, ora, Penelope, nada de sabotagem! – disse Percy cordialmente, enquanto ela
mirava a Firebolt. – Penelope e eu fizemos uma aposta – contou ele ao time. – Dez
galeões no vencedor da partida! A garota tornou a pousar a vassoura, agradeceu a
Harry e voltou à sua mesa. – Harry,

- Não deixe de ganhar – recomendou Percy, num sussurro urgente. – Eu não tenho dez
galeões. Estou indo, Penny! – E correu para comer uma torrada com a garota.

– Tem certeza que você sabe montar nessa vassoura, Potter? – disse uma voz
arrastada e fria. Draco chegara para dar uma espiada, seguido de perto por Crabbe e
Goyle.

– Acho que sim – disse Harry, descontraído. – Tem muitas características especiais, não
é? – disse Malfoy, os olhos brilhando de malícia.

– Pena que não venha com um paraquedas, para o caso de você chegar muito perto de
um dementador. Crabbe e Goyle deram risadinhas. ,

- Draco, chega! – Gritou Hydra com raiva, mas Harry respondeu maravilhosamente
bem a ofença dele.
– Pena que você não possa acrescentar braços na sua, Draco – retrucou Harry. – Assim
ela poderia apanhar o pomo para você.

Os jogadores da Grifinória deram grandes gargalhadas. Os olhos claros de Draco se


estreitaram e ele se afastou. Hydra tentou segurar o riso, não queria magoar o irmão
apesar de tudo.

- Muito bem Harry! – Disse ela, depois que o irmão se afastou.

- Ele com certeza vai pedir para o papai comprar uma para ele. – Disse Rony irônico.

- Não se preocupe com isso, papai nunca vai querer comprar uma vassoura tão cara,
nem para satisfazer os caprichos do Draco, ele tem seus limites, acredite. – Sorriu
Hydra.

Peter veio para o lado de Hydra que observou que Olívio já não parecia se incomodar
com a situação, que já estava corriqueira.

- Boa sorte para vocês hoje – Disse ele simpático.

- Não vai tentar nos sabotar? – Brincou Fred.

- Não, que o melhor time ganhe!

- Então o nosso, com o Harry aqui? O nosso ta com.tudo... – Disse Olívio, em um tom
de brincadeira, fazendo Peter sorrir sem graça antes de se afastar. Não era comum
Olívio ser tão petulante assim com relação ao time, mesmo de brincadeira.

Às quinze para as onze, o time da Grifinória saiu em direção ao vestiário e como


sempre, Hydra foi com eles, pedindo para Peter guardar um lugar para ela na
arquibancada. O tempo não poderia estar mais diferente do que o do dia da partida
com Lufa-Lufa. Fazia um dia claro e frio com uma levíssima brisa; desta vez não haveria
problemas de visibilidade.

– Vocês sabem o que temos de fazer – disse Olívio quando o time se preparava para
deixar o vestiário. – Se perdermos esta partida, estaremos fora do campeonato. Vocês
só têm que voar como fizeram no treino de ontem, e vamos nos dar bem!
- Vocês vão arrasar gente, estarei torcendo por vocês! – Disse Hydra saindo para as
arquibancadas, não sem antes abraçar cada um do time e desejar boa sorte.

Hydra achou um lugar ao lado de Peter, em uma arquibancada "neutra" junto com os
alunos da Lufa-Lufa.

- Seremos rivais hoje então – Sorriu ele.

- Parece que sim – Disse Hydra também sorrindo.

- Eu falei sério, que o melhor time ganhe.

- Que o melhor time ganhe – Concordou Hydra apertando a sua mão como se fizessem
um acordo.

O time da Corvinal saiu dos vestiários sob muitos aplausos, inclusive de Peter, que
gritava entusiasmado e logo depois, os jogadores da Grifinória saíram do vestiário para
o campo debaixo de tumultuosos aplausos, Hydra levantou e pulou, aplaudindo com
mais estardalhaço que o normal. O time da Corvinal, vestido de azul, já estava parado
no meio do campo.

Os capitães dos times deram as mãos e a Madame Hooch apitou, logo todos estavam
no ar, Harry voando mais rápido que todos os outros.

"Foi dado início à partida, e a grande novidade é a Firebolt que Harry Potter está
montando pelo time da Grifinória. Segundo a Qual vassoura, a Firebolt será a montaria
escolhida pelos times nacionais para o Campeonato Mundial deste ano..." – Narrava
Lino Jordan.

– Jordan, você se importa de nos dizer o que está acontecendo no campo? –


interrompeu-o a voz da Prof a McGonagall.

– Certo, professora, eu só estava situando os ouvintes... "A Firebolt, aliás, tem um freio
automático e..."

– Jordan!
"OK, OK, Grifinória tem a posse da goles, Katie Bell da Grifinória está voando em
direção à baliza..."

Harry voava veloz e Hydra tinha dificuldade para acompanhá-lo, finalmente viu que
Harry estugou a Firebolt quando contornaram as balizas da Corvinal, e Cho ficou para
trás. No momento exato em que Katie conseguia marcar o primeiro gol da partida e o
lado do campo da Grifinória enlouquecia de entusiasmo, Harry viu... o pomo estava
perto do chão, esvoaçando próximo à barreira.

Hydra notou que depos Harry mergulhou; Cho percebeu o seu movimento e disparou
atrás dele. O garoto foi aumentando a velocidade... Então um balaço, arremessado por
um dos batedores da Corvinal, saiu a toda, Harry mudou de rumo, evitando o petardo
por um dedo, e, naqueles segundos cruciais, o pomo sumiu.

Houve um grande "ooooooh" de desapontamento da torcida da Grifinória, mas muitos


aplausos da Corvinal para o seu batedor.

- Isso não é certo! – Gritou Hydra.

- Ela só está jogando! – Retrucou Peter, deixando Hydra com a "cara amarrada"

Jorge Weasley deu vazão ao que sentia lançando um segundo balaço diretamente
contra o autor do arremesso, que, por sua vez, foi forçado a dar uma cambalhota em
pleno ar para evitar a colisão

- Não! – Gritou Peter.

- Ele só está jogando! – Disse Hydra irônica.

"Grifinória lidera por oitenta pontos a zero, e olhe só o desempenho daquela Firebolt!
Potter agora está realmente mostrando o que ela é capaz de fazer, vejam como muda
de direção – a Comet de Chang simplesmente não é páreo para ela, o balanceamento
preciso da Firebolt é visível nesses longos..."

– JORDAN! VOCÊ ESTÁ GANHANDO PARA ANUNCIAR FIREBOLTS? VOLTE A IRRADIAR O


JOGO!
Corvinal começou a jogar na retranca; já tinha marcado três gols, o que deixava
Grifinória apenas cinquenta pontos à frente, Hydra estava começando a ficar nervosa e
desejando que Harry pegasse logo o pomo, já Peter parecia radiante.

Harry tinha ido em disparou atrás de algo seguido por Cho, Hydra esperava ansiosa,
então, notou algo que a fez gritar, três dementadores, três dementadores altos, negros
estavam no campoa baixo de Harry.

- Ai não, de novo não! – Disse ela preocupada, porém sem deixar de notar que não
sentia o frio e desespero de quando os dementadores normalmente apareciam.

Hydra notou que Harry puxou a varinha e uma coisa branco-prateada, uma coisa
enorme, irrompeu de sua varinha. Ele percebeu que apontara diretamente para os
dementadores, Hydra viu então que caído no chão estava seu irmão Draco com seus
amigos patéticos e não um dementador, não teve tempo de pensar sobre, logo viu que
Harry pegou o pomo e a Grifinória ganhou o jogo.

- AI MEU DEUS, NÓS GANHAMOS! – Gritava ela abraçando Peter que parecia chateado.

- É, meus parabéns... – Disse ele desanimado, mas Hydra nem respondeu, saiu em
disparada para o gramado.

– Aí, garoto! – Olívio não parava de berrar.

Em completa desordem, o time conseguiu voltar ao campo. Os torcedores da Grifinória


saltavam para dentro do campo, Rony à frente e Hydra logo depois. Harry, fora
engolfado pela turma que gritava aplaudindo-o.

– Sim! – gritava Rony, puxando com força o braço de Harry e erguendo-o no ar. – Sim!
Sim!

– Grande partida, Harry! – disse Percy, feliz. – Dez galeões para mim! Preciso procurar
Penelope, com licença...

- Parabéns Harry, foi maravilhoso – Disse Hydra dando um beijo em sua bochecha –
Parabéns Olívio - Disse ela abraçando forte Olívio que ainda estava muito alegre e
emocionado, mas quando se separaram, os dois se olharam sem graça.
– Você deu um grande susto no Sr. Malfoy – disse a voz do professor Lupin e ao ouvir
isso, Hydra olhou e viu que amontoados no chão estavam Malfoy, Crabbe, Goyle e
Marcos Flint, o capitão do time da Sonserina, lutando para se despir das vestes negras
e longas com capuzes. Pelo jeito Malfoy estivera em pé nos ombros de Goyle. Parada
ao lado deles, com uma expressão de fúria no rosto, estava a Prof a Minerva.

– Um truque indigno! – bradava ela. – Uma tentativa baixa e covarde de sabotar o


apanhador da Grifinória! Detenção para todos e menos cinquenta pontos para
Sonserina! Vou falar com o Prof. Dumbledore, não se iludam! Ah, aí vem ele agora!

- Que patético Draco – Disse Hydra se aproximando, totalmente enfurecida.

- Eu irei lidar com isso senhorita Malfoy, obrigada – Disse a professora Minerva e Hydra
decidiu voltar para a comemoração.

- Festa! Sala comunal da Grifinória, vamos Hydra? – Disse Fred.

- Com certeza!

Hydra estava tão animada que só no meuio do caminho lembrou de falar com Peter e
voltou para procurá-lo. O achou em um dos corredores.

- Desculpe – Disse ela ainda animada – Tem uma festa na sala comunal.

- Tudo bem meu amor, vá comemorar, amanhã nós nos falamos – Disse ele a beijando.

- Eu sinto muito de verdade pelo seu time – Disse Hydra tentando esconder a alegria.

- Eu acredito... – Peter sorriu e saiu em direção a sua sala comunal.

A sensação era de que já tinham ganhado a Taça de Quadribol; a festa durou o dia
inteiro e se prolongou até tarde da noite. Fred e Jorge Weasley desapareceram
algumas horas e voltaram com braçadas de garrafinhas de cerveja amanteigada,
abóbora espumante e vários sacos de doces da Dedosdemel.

– Como foi que você fez isso?! – gritou Angelina Johnson quando Jorge começou a
atirar sapos de menta nos colegas.
Hydra comemorou com muito alegria, seus colegas estavam muito animados, Hydra
pegou o seu artefato trouxa de tocar música do quarto e colocou algumas músicas,
trouxas e bruxas para animar o pessoal.

- Se chamar Nirvana essa banda, são sensacionais – Disse ela para Fred e Jorge quando
perguntaram de quem era uma das músicas que estava tocando.

A festa da Grifinória só terminou quando a Prof a Minerva apareceu vestida com o seu
robe de tecido escocês e os cabelos presos numa rede, à uma hora da manhã, para
insistir que todos fossem se deitar e Hydra subiu com as meninas ainda muito felizes.
CAPÍTULO 18

MAIS BRIGAS EM HOGWARTS

Hydra acordou no meio da noite com gritos e agitações vindas da sala comunal, vestiu
seu robe e desceu com Angelina e Jeniffer que também acordaram, lá viu alguns
alunos todos de pijamas parecendo confusos.

– Que ótimo, vamos continuar? – perguntou Fred Weasley animado

– Todos de volta para cima! – falou Percy, que entrou correndo na sala comunal
prendendo o distintivo de monitor-chefe no pijama enquanto falava.

– Percy... Sirius Black! – disse Rony com a voz fraca. – No nosso dormitório! Com uma
faca! Me acordou!

A sala comunal mergulhou em silêncio.

– Que bobagem! – exclamou Percy parecendo espantado. – Você comeu demais,


Rony... teve um pesadelo... – Estou lhe dizendo...

– Agora, francamente, já é demais! A Prof a Minerva estava de volta. Ela bateu o


retrato ao entrar na sala comunal e olhou furiosa para todos. – Estou encantada que a
Grifinória tenha ganhado a partida, mas isto está ficando ridículo! Percy, eu esperava
mais de você!

– Com certeza eu não autorizei isso, professora! – defendeu-se Percy, se


empertigando, indignado. – Estava justamente dizendo a todos para voltarem para a
cama! Meu irmão Rony teve um pesadelo...

– NÃO FOI UM PESADELO! – berrou Rony. – PROFESSORA, EU ACORDEI E SIRIUS BLACK


ESTAVA PARADO AO MEU LADO SEGURANDO UMA FACA!

A professora encarou-o.

– Não seja ridículo, Weasley, como seria possível ele passar pelo buraco do retrato?
– Pergunte a ele! – respondeu Rony apontando um dedo trêmulo para o avesso do
retrato de Sir Cadogan. – Pergunte se ele viu... Com um olhar penetrante e
desconfiado para Rony, a professora empurrou o retrato e saiu. Todos na sala
procuraram escutar prendendo a respiração. Hydra estava confusa e amedrontada e
Angelina parecia pálida e doente.

– Sir Cadogan, o senhor acabou de deixar um homem entrar na Torre da Grifinória?

– Certamente, minha boa senhora! – exclamou o cavaleiro.

Fez-se um silêncio de espanto, tanto dentro quanto fora da sala comunal.

– O senhor... o senhor deixou? Mas... e a senha?

– Ele sabia! – respondeu Sir Cadogan com orgulho. – Tinha as senhas da semana
inteira, minha senhora! Leu-as em um pedacinho de papel!

A professora tornou a passar pelo buraco do retrato e encarou os alunos atordoados.


Estava branca como giz.

– Quem foi – perguntou ela com a voz trêmula –, quem foi a criatura abissalmente tola
que anotou as senhas desta semana e as largou por aí?

Fez-se um silêncio absoluto, quebrado por gritinhos quase inaudíveis de terror. Neville
Longbottom, tremendo da cabeça às pontas dos chinelos fofos, ergueu a mão no ar

Ninguém na Torre da Grifinória dormiu àquela noite. Todos sabiam que o castelo
estava sendo revistado novamente e os alunos da casa permaneceram acordados na
sala comunal, Hydra passou a noite assustada sentada em uma poltrona ao lado dos
esperando para saber se Black fora apanhado.

- Você acha que vão conseguir pegar ele? – Perguntou Hydra.

- Eu não sei, eu não sei nem como deixaram ele chegar até aqui – Afirmou Fred, que
estava sentado até então em silêncio em uma poltrona ao lado de Hydra.

Olívio, que estava perto da lareira com seus amigos do sétimo ano, se aproximou
deles.
- Está tudo bem, pessoal?

- Sim, só estamos um pouco assustados, eu acho – Respondeu Alícia.

- Eu estaria mais assustado se fosse o Harry, ou se dormisse no quarto dele – Afirmou


Lino Jordan.

Olívio reparou que Hydra tremia de frio, estava enrolada em seu robe e não longe da
lareira, mas ainda assim, sentia frio.

- Toma, – Disse ele, tirando um casaco que vestia por cima do pijama e colocando em
cima de Hydra – vai se sentir melhor.

- Obrigada, Olívio, não vai te fazer falta? – Perguntou Hydra.

- Não, eu estou bem – Disse ele sorrindo e Hydra sorriu carinhosamente de volta.

Jeniffer, que não estava longe conversando com Rita, parecia olhar com insatisfação
para a cena, o que fez Hydra tirar o sorriso do rosto.

- Eu vou voltar lá para a minha poltrona, qualquer coisa gritem, ok? – Disse Olívio, se
afastando.

- Obrigada Olívio - Disse Hydra agradecida segurando a sua mão e os outros


agradeceram também.

A Prof a Minerva voltou ao amanhecer para informar que, mais uma vez, Sirius
escapara. Hydra, que tinha adomercido com a cabeça apoiada no ombro de Fred, só
pensava em que espécie de poder era esse que Sirius tinha, que fugia até mesmo de
Dumbledore.

Durante todo o dia, onde quer que fossem, os garotos percebiam sinais de uma
segurança mais rigorosa; o Prof. Flitwick podia ser visto, às portas de entrada do
castelo, ensinando-os a reconhecer uma grande foto de Sirius Black; Filch, de repente,
andava para cima e para baixo nos corredores, pregando tábuas em tudo, desde
minúsculas fendas nas paredes até tocas de camundongos. Sir Cadogan fora demitido.
Repuseram seu retrato no solitário patamar do sétimo andar e a Mulher Gorda voltou
ao seu lugar. Fora competentemente restaurada, mas continuava nervosíssima e só
concordara em voltar ao trabalho com a condição de receber mais proteção. Um
bando de trasgos carrancudos tinha sido contratado para guardá-la. Eles percorriam o
corredor em um grupo ameaçador, falando em rosnados e comparando o tamanho
dos seus bastões.

Em uma manhã, o pobre menino do terceiro ano, Neville Longbotton, recebeu um


berrador de sua avó, já que ele fora o responsável por deixar o papel com as senhas
perdido.

Todos ouviram o berrador disparar no saguão de entrada. A voz da avó de Neville, com
o volume normal magicamente ampliado cem vezes, bradava que ele envergonhara a
família inteira.

- Pobre rapaz, acho que eu deveria ir lá falar como eu ouço que eu sou a vergonha da
família pelo menos vinte vezes ao ano - Disse Hydra e Fred e Jorge riram.

- Também entendemos esse sentimento – Disse Fred , olhando para Jorge.

- A mãe de vocês é doida pelos dois.

- É mais certo dizer que nós a deixamos doida – Afirmou Fred.

- Não é para menos, vocês só aprontam, mas ela realmente ama os dois. – Hydra riu e
deu um tapinha no ombro dos rapazes.

Estava difícil circular pelo castelo sozinha, Hydra se lembrava do ano anterior, sendo
que agora estava um pouco melhor, pelo menos podia sair sem ser seguida por um
professor para cada canto.

Uma tarde, a caminho da biblioteca, Hydra foi parada por duas meninas da Corvinal,
uma a qual reconheceu como Ameee Goat, uma menina ruiva e bonita que fora
namorada de Peter no ano anterior e Maya Hognaide, uma menina baixinha e
gordinha com cabelos longos e loiros.

- Hydra Malfoy... – Disse Amee em um tom ameaçador enquanto parava em sua


frente.

- Eu...
- Precisamos conversar – Maya olhava para Hydra como se estivesse perto de atacá-la
a qualquer momento.

- Sobre o que Amee? – Hydra estufou o peito para não transparecer nenhum medo
(que realmente não sentia).

- Você é uma pirralha insignificante que acha que pode chegar em Hogwarts e fazer o
que bem entender! – Amee gritava e estava vermelha.

- Amee, com licença, eu preciso estudar... – Disse Hydra tentando abrir caminho entre
as duas que não deixaram.

- O Peter era meu muito antes de você chegar e agora você vem com essa pose toda,
só porque tem dinheiro acha que pode comprar todo mundo? – Amee ainda gritava.

- Eu não acho isso e eu não mencionei dinheiro em momento nenhum, nem para você
e nem para o Peter! – Hydra se sentia indignada e algumas pessoas saiam de
corredores para ver a cena.

- Mas todo mundo sabe que você é uma riquinha e que se acha melhor do que todo
mundo por isso!

- Isso não é verdade!

- Olha para você, toda cheia de pose, anda pela escola com o nariz em pé como se
mandasse em tudo.

Hydra notou que Fred e Jorge chegaram e pareciam estar se divertindo, a menina
sentia seu coração pulsar forte e o sangue ferver.

- Me deixa ir agora Amee, ou eu não respondo por mim!

Nesse momento Amee tirou sua varinha da vestes e a apontou para Hydra.

- Confringo! – Gritou e Hydra foi lançada com força na parede por uma forte explosão,
todos ao redor gritavam e alguns gritavam.

- Isso não vale!


- Que covardia!

Amee sorria satisfeita e Fred e Jorge vieram correndo a socorrer.

- Você está bem? – Dizia Jorge a levantando.

- Quer que a gente der um jeito nela? – Dizia Fred.

Mas Hydra sentiu um ódio subir por seu corpo que logo a fez levantar (para o espanto
de Amee) Hydra puxou sua varinha e disse apontando para a menina:

- Destruccio!

Um barulho de osso se quebrando foi ouvido e Amee abaixou ao chão com a mão no
rosto chorando de dor.

- VOCÊ QUEBROU MEU NARIZ! – Dizia ela fanha com a mão ainda no rosto e lágrimas.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Gritava Percy que vinha correndo acompanhado
de sua namorada, Penelope Clewater.

- Você de novo Hydra? – Disse ele vendo a cena.

- Você atacou a menina da minha casa? – Gritou Penelope.

- Sim, atacou sim! – Mentiu a amiga de Amee.

- É mentira, ela atacou a Hydra primeiro, nós vimos tudo! – Diziam as diversas
testemunhas – Ela só se defendeu!

- Que vergonha Amee! – Dizia Penelope furiosa, menos vinte pontos para a Corvinal,
vamos já para a ala hospitalar e depois irei reportar você para uma detenção.

- Hydra sorriu satisfeita e os gêmeos aplaudiram, mas logo viu que tinha marcas de
queimadura que ardiam em seus braços e sangue descendo de sua testa.

- Hydra você não escapará dessa vez, irei reportar agora mesmo sua briga para a
Professora Minerva – Disse Percy prepotente e muitos protestos foram ouvidos.
- Mas não foi culpa dela! – Dizia Fred indignado.

- Ela não precisava ter lançado o feitiço, precisava? Agora vá já para a ala hospitalar
também e todos de volta para suas salas comunais, vamos! – Percy dispersou a
multidão e Fred e Jorge levaram Hydra para a ala hospitalar.

- Não é justo, eu pedi para ela me deixar ir! – Dizia ela indignada.

- Não mesmo.... Mas belo feitiço – Riu Fred

- Me lembre de nunca brigar com você, já é a segunda briga desde que chegou em
Hogwarts? – Perguntou Jorge.

- Terceira se você contar a do trem... – Afirmou Hydra desanimada e um pouco


espantada com essa afirmação, lembrando que as duas primeiras tinham sido com sua
melhor amiga, Angelina Jhonson.

Na ala hospitalar, Amee e sua amiga destilaram mais algumas ofensas para Hydra que
tentou ignorá-las e logo a Madame Pomfrey as ameaçou se não ficassem quietas.

- Pronto senhorita Goat, pode ir embora, seu nariz já está no lugar novamente.

- Mas está vermelho e inchado – Disse Amee revoltada.

- Sim, foi um feitiço bem forte, o inchaço irá sair depois de alguns dias, agora já para
sua sala comunal, vamos! – Amee e sua amiga saíram lançando olhares ameaçadores
para Hydra que foram ironizados por Fred e Jorge e logo a Madame Pomfrey veio em
sua direção.

- É uma situação lamentável a de vocês duas, senhorita Malfoy, duas jovens bonitas e
inteligentes brigando pelos corredores, lamentável! – Dizia ela desgostosa – Deite-se,
precisarei dar algumas poções para a ferida na testa e as queimaduras.

Hydra se deitou em uma das camas e Fred e Jorge se sentaram ao seu lado cantando
uma canção de guerra que acabaram de inventar sobre Hydra e Amee e fazendo com
que Hydra risse bastante.
- Bela luta, você está se tornando uma grande fonte de entreterimento por aqui –
Brincou Jorge.

- Ela não deveria ter dito que eu ando de nariz em pé e cheia de pose! – Disse Hydra
indignada, mas logo viu que os gêmeos se olharam sem graça – O que? Vocês também
acham isso de mim? – Brigou ela.

- Não, nós sabemos que você é uma pessoa completamente maravilhosa – Disse Fred
rapidamente.

- Mas você realmente pode parecer, para quem é de fora, é claro, um pouco pomposa
– Jorge parecia querer ter cuidado com as palavras, mas não adiantou, Hydra olhava
com a boca aberta para os dois e raiva nos olhos.

- ISSO NÃO É VERDADE! – Gritou ela e os gêmeos se espantaram.

- Tudo bem, tudo bem, não é verdade! – Disseram eles assustados.

Hydra ficou com a cara amarrada e os meninos a olhavam sem jeito.

- Cadê ela? Hydra? – Gritava uma voz que Hydra reconheceu como a de Peter, que
apareceu nervoso e ofegante.

- Senhor Macmillan isso não é jeito de entrar na ala hospitalar! – Disse Madame
Pomfrey furiosa.

- Eu sei, me desculpe – Ele não parecia muito arrependido, mas a Madame Pomfrey
logo voltou para suas poções em sua sala.

- O que houve? Você e Amee brigaram de verdade? – Disse ele pegando na mão de
Hydra e tocando em seu rosto enquanto sentava ao lado de sua cama.

Fred e Jorge contaram todos os detalhes da briga e Hydra completou com a história
anterior a eles chegarem, no final, Peter parecia vermelho como um pimentão.

- Eu não acredito que ela fez isso! – Dizia ele com uma grande fúria no olhar – Como
ela ousa!
- Calma Peter, deixa isso para lá, ela é uma idiota – Hydra tentava acalmá-lo

- Acho melhor deixar vocês dois sozinhos – Fred e Jorge saíram de fininho.

- Ela não tinha esse direito! Tem muito mais de um ano que terminamos, o que ela
está pensando? E ela te machucou, olha você, está queimada e sangrando - Ele ainda
estava furioso.

- Ela também fez seu estrago! - Disse Jorge enquanto se afastava.

- Eu sei, mas ela aparentemente não quer que você namore, mas eu nem ligo – Sorriu
Hydra.

- Eu vou ter uma boa conversa com ela quando eu chegar na sala comunal, a eu vou!

- Você vai deixar isso pra lá, não quero mais confusão Peter e você está nervoso, vai
falar algo horrível provavelmente e esse não é você, nem ela merece isso!

- Não Hydra, me desculpe mas dessa vez foi acima de qualquer limite!

Hydra queria discutir mais, mas logo a Senhora Pomfrey chegou com as poções (que
tinham gosto horrível) e disse que Hydra precisava descansar pelo menos por duas
horas.

- Eu posso ficar com ela? – Perguntou Peter – Por favor!

- Nem pensar, senhor Macmillan, pode indo para a sua sala comunal, agora! – Disse ela
séria.

Peter se despediu de Hydra com um beijo na testa (a Madame Pomfrey estava


olhando) e saiu da ala hospitalar indignado.

No dia seguinte, a história se espalhou como o esperado e todos olhavam para Hydra
quando ela entrou no salão principal, ela notou que Amee estava não só com o nariz,
mas com os olhos inchados.

- O que houve com ela? – Perguntou para Peter que se sentou a seu lado.
- Eu conversei com ela e disse que ela não tinha direito de fazer o que fez – Respondeu
ele sério.

- Eu imagino a conversa que você teve, não precisava humilhar a menina vai... – Hydra
sentiu um pouco de pena de Amee que parecia ter chorado muito.

- Eu sinceramente não humilhei, eu fui o mais delicado que consegui ser, não falei
nada demais, pode perguntar para os meus amigo.

Fred e Jorge se sentaram ao seu lado quietos, sem olhar para Hyra e ela sentiu uma
dorzinha no peito, tinha sido muito grossa com seus melhores amigos.

- Me desculpe meninos, por favor, eu não queria ter gritado com vocês, eu estava
nervosa – Dizia ela.

- Ta bom vai, a gente te desculpa – Sorriu Fred.

- Eu acho que eu realmente posso ser nariz em pé de vez enquando – Disse Hydra
desgostosa e Peter, Fred e Jorge riram – Vocês só não precisam concordar...

A Professora Minerva anunciara o castigo de Hydra depois de sua aula.

- Eu iria proibir você da próxima visita a Hogsmeade. – Hydra gelou com o tom sério da
professora – Mas, em vista que a Senhorita Goat que começou a confusão, irei dar
uma punição no castelo, quero que monitore um grupo de alunos do primeiro ano que
estão com dificuldade todos os dias depois das aulas por uma semana.

- Professora, não, por favor, eu não sou tão boa ensinando e eu tenho que estudar
para os N.O.M.s... - Disse Hydra desesperada.

- Pensasse nisso antes de brigar pelos corredores, todos os dias depois do jantar na
biblioteca começando pela semana que vem! Bom dia senhorita Malfoy! – Disse ela
apertando os lábios e indicando a saída de sua sala para Hydra.

"Era só o que me faltava, tudo por causa da Amee" – Pensava Hydra.


Um pouco antes do dia dos namorados, Hydra voltou para a sala comunal depois de
estudar na biblioteca e viu um grande aglomerado de pessoas em torno do quadro de
avisos.

- Visita para Hogsmade esse fim de semana – Disse Fred.

- Ótimo! Eu estava querendo um lugar para comemorar o dia dos namorados – Sorriu
Hydra e Fred e Jorge fizeram sinais como se fossem vomitar.

- Eu estava precisando esticar as pernas fora do castelo um pouco mesmo – Disse


Angelina que chegava junto com Kate e Alicia.

- Algum plano especial para o dia dos namorados? – Brincou Alicia para Hydra.

- Não sei, agora que soube dessa visita vou falar com Peter, podemos fazer algo por lá.

Angelina se não aceitava ainda seu namoro com Peter pelo menos fazia um esforço
muito mais para fingir que sim agora, já que sorriu e sugeriu a casa de chá que ela ia
com Olívio.

- Eu não sei, eu ia para lá com o Olívio, parece estranho.

- É onde todos vão para namorar Hydra, não adianta ficar evitando, adianta? – Disse
Angelina.

Hydra viu Olívio no outro lado da sala que sorria e conversava com seus amigos e
pensou se ele ficaria ofendido se ela levasse Peter para o lugar que foi tão especial
para os dois.

- Quer saber? Vocês tem razão, eu vou procurar o Peter agora mesmo e sugerir!

- Mas Hydra, olha a hora! – Gritava Lino enquanto ela saia correndo pelo buraco e
retrato na parede (Urrrrrrrrrr gritou um dos trasgos que agora protegia a mulher gorda
no retrato)
CAPÍTULO 19

CORVINAL

Hydra sabia que a sala comunal da Corvinal ficava em uma das torres e foi tentando se
guiar por onde viu alguns de seus alunos andando, já estava perdida até que
finalmente viu um aluno da Corvinal no corredor.

- Ei, você, licença! – Gritou ela indo em direção a ele. O rapaz negro, alto e magro se
virou assustado.

- Hydra Malfoy – Sorriu ele, Hydra reconheceu ele como Jenono Macdino um dos
melhores amigos de Peter.

- Jenono, que bom! Eu estava tentando achar a sua sala comunal... – Disse ela ofegante
e sem fôlego de tanto correr e Jenono parecia assustado.

- Mas por quê? – Disse ele com os olhos arregalados.

- Porque eu precisava falar com o Peter... Sinceramente agora que eu estou falando
isso em voz alta eu vejo que eu poderia ter esperado até amanhã, o que diabos deu
em mim?

Jenono soltou uma gargalhada.

- Deve ser importante então – Sorriu ele.

- Não, eu realmente podia ter esperado até amanhã, acho que farei isso, obrigada
Jenono. – Ela ia virando as costas quando ele a interrompeu.

- Não, já que você está aqui vamos comigo, eu te levo até a nossa sala comunal.

- Mas eu posso entrar?

- Acredito que se acompanhada de um Corvino, por quê não iria?

Hydra seguiu Jenono em direção a uma escada circular (realmente estava perto).
Subiram em círculos apertados e estonteantes; Hydra definitivamente nunca estivera
ali antes. Finalmente, chegaram a uma porta. Não tinha maçaneta nem fechadura:
nada, exceto uma tábua lisa de madeira envelhecida e uma aldraba de bronze em
forma de águia.

Jenono bateu uma vez na porta e, no silêncio, a batida pareceu um tiro de canhão.
Imediatamente, o bico da águia se abriu, mas, em vez do grito do pássaro, uma voz
suave e musical perguntou:

- Casca de Wiggentree ou partes de besouros fervidos, qual dessas duas são utilizadas
para fazer uma Poção Wiggenweld?

- Casca de Wiggentree – respondeu Hydra sem pensar muito.

- Muito bem Malfoy! – Sorriu Jenono, bem que o Peter disse que você deveria ser da
Corvinal.

- Correto - Disse a voz, e a porta se abriu.

Hydra viu a sala comunal da Corvinal era ampla e circular, mais arejada do que a da
Grifinória. Graciosas janelas em arco pontuavam as paredes, ladeadas por reposteiros
de seda azul e bronze; de dia, os alunos deviam ter uma vista espetacular das
montanhas ao redor. O teto era abobadado e pintado com estrelas que se repetiam
também no carpete azul-escuro. Havia mesas, poltronas e estantes, lotadas de alunos
que encaravam os dois novos habitantes da sala em silêncio e, em um nicho na parede
oposta à porta, uma alta estátua de mármore branco. A estátua se erguia ao lado de
uma porta que provavelmente levava aos dormitórios no andar de cima.

- Mas ela é da Grifinória.

- O que ela está fazendo aqui?

- Não podemos receber alunos de outras casas aqui, isso é um absurdo!

Hydra se sentiu corar fortemente já que absolutamente todos os olhos da sala a


fitavam curiosos.
- Hydra, o que você está fazendo aqui, aconteceu alguma coisa? – Peter surgia do nada
parecendo preocupado.

- Encontrei ela vagando pelos corredores e decidi convidar para uma visita – Disse
Jenono, piscando discretamente para Hydra, era óbvio que ela se arrependera de estar
em uma sala comunal que não era sua. Logo depois, ele saiu em direção a uma
poltrona. Hydra encarava tudo muda, olhando com admiração ao redor.

- Hydra, está tudo bem? – Disse Peter novamente.

- Sim, eu na verdade queria te contar sobre a visita à Hogsmade que você obviamente
já deve saber e por algum motivo achei que tinha que te falar hoje, então encontrei
Jenono no corredor e... Por que vocês não tem senha para entrar nas portas? –
Perguntou ela, perdendo o foco, Peter sorriu.

- Porque com perguntas você aprende, o Jenono respondeu para você?

- Não, eu respondi, era fácil, era sobre poções – Peter sorria e parecia orgulhoso.

- Você nasceu para essa casa, eu sempre disse! – Disse a abraçando.

- Com licença, o que você pensa que está fazendo aqui? – Penelope Clearwater
chegava com uma expressão irritadoa.

- Eu me perdi e o Jenono me trouxe aqui, mas eu já estava de saída para a minha casa
– Mentiu Hydra.

- Acho bom que esteja, só alunos da Corvinal e professores podem estar aqui, Peter
deveria saber disso...

- Me desculpe, Penelope.

Hydra decidiu sair rapidamente e Peter a seguiu.

- Não é para você sair, senhor Macmillan – Disse Penelope, seu tom de voz lembrava
assustadoramente a deoPercy.
- Eu sou monitor, você esqueceu? Eu sou tão monitor quanto você, não preciso de
permissão para sair da sala comunal.

Penelope engoliu as palavras, ficou com a expressão mais irritada ainda e se virou.

- Vamos sair daqui antes que ela me exploda... – Sugeriu Peter.

Os dois desceram as escadas espirais e deixar a sala comunal, rindo da situação.

- Eu não acredito que você foi na minha sala comunal, eu sempre quis que você
pudesse ficar ali comigo... – Disse Peter, sorrindo e a beijando.

- Nem eu, eu sinceramente não sei o que deu em mim, eu só queria te contar que a
gente podia sair para comemorar o dia dos namorados em Hogsmeade, mas eu podia
ter feito isso amanhã, eu me arrependi quando encontrei o Jenono, mas ele insistiu em
me levar...

- E você acertou a pergunta da porta! – Ele sorria.

- Sim, mas era sobre poções, é difícil eu errar, na verdade, eu ia me sentir um mal se
errasse... Sua sala é linda por sinal, eu amei! – Disse ela, rindo.

- Eu sempre achei que seu coração pertencia a Corvinal.

- Eu gosto da sua casa, mas eu amo a Grifinória. – O sorriso de Peter diminuiu um


pouco.

- Seria bom ter você na sala comigo, todos os dias, podendo ficar juntos, igual você
fazia com o Olívio...

- Eu também amaria isso Peter, mas eu fico feliz em poder te ver nos corredores.

Hydra e Peter se beijaram e ficaram ali juntos por um bom tempo.

- Eu preciso ir logo, já era para eu estar na sala comunal, nos vemos amanhã – Hydra
disse e mais uma vez beijou Peter e saiu correndo para sua própria sala comunal.

- A sala deles é mais bonita que a nossa? – Perguntou Jorge, no café no dia seguinte.
- Sim, é linda, muito bem decorada e é em uma torre também. – Sorriu Hydra e Jorge
pareceu insatisfeito.

- Mas a nossa é muito mais legal!

- Isso eu concordo – Disse Hydra, apesar de não ser muito verdade.

Peter sentou ao lado de Hydra e cumprimentou a todos.

- Hydra, eu acho que hoje você deveria vir tomar café na minha mesa, eu sempre como
aqui e meus amigos estão muito curiosos para conhecê-la melhor – Sorriu ele.

Ela olhou para seus amigos como se pedisse permissão e todos eles apoiaram, dizendo
que ela deveria ir, até mesmo Angelina!

- Ok, vamos lá...

- Primeiro você entra na sala comunal, depois você come na mesa deles, só falta vestir
azul!– Brincou Fred.

- Jamais iria sair da Grifinória, aonde mais eu encontraria gêmeos tão maravilhosos? –
Hydra deu uma piscadinha para os gêmeos, que sorriam pomposos e fingiam corar
com a mão no rosto.

Ela seguiu em direção a mesa da Corvinal, muitas cabeças da mesa se viraram e


cochichavam, Ameee Goat em especial parecia capaz de assassiná-la a qualquer
momento. Peter a conduziu pela mão até um lugar no meio da mesa, ela então se
sentou a seu lado e Peter sentou ao lado de seu melhor amigo Jenono Macdino

- Ei menina, como vai? Gostou do passeio ontem? – Perguntou Jenono, sorrindo


simpático.

- Hydra deixa eu te apresentar, o Jenono você já conhece, é claro, esses são Marilee
James, - disse Peter apontando para a menina de cabelos louros muito claros, ainda
mais brancos que os seus e curtos com olhos que pareciam de gatos sentada a sua
frente – Mark Brown, – Mark era um rapaz negro de cabelos cacheados e castanho
claro – e Ully Madwich – Um rapaz ruivo de cachos grossos e sardinhas acenou.
- Prazer em conhecer vocês.

- O Peter aqui só falava de você desde o ano passado, era profundamente irritante às
vezes – Riu Marilee.

- Só digo uma coisa, pelo menos aquela chata da Amee saiu de cena, nenhum de nós
gostava muito dela – Disse Jenono e todos concordaram.

- E já era hora de você sentar aqui conosco também né, estávamos muito curiosos em
te conhecer – Sorriu Ully.

- Me desculpem, eu estou ficando maluca, ano de N.O.M.s vocês sabem...

- Nem nos falem, nós vamos fazer os N.I.E.M.s – Disse Marilee, se servindo de ovos
cozidos.

- Eu sei que você deviam me achar metida... Todos acham – Hydra notou que todos
ficaram vermelhos e calados.

- O Peter sempre nos disse que você é uma pessoa maravilhosa, pode acreditar –
Sorriu Jenono sem graça e Hydra também

- O Jenono nos disse que você acertou a pergunta da Águia ontem, bem legal isso! –
Disse Marilee entusiasmada.

- A que isso... – Hydra sentiu seu rosto corar – Era uma pergunta sobre poções e eu
realmente amo poções...

- O Peter comentou que você quer ser mestre em poções, realmente você deve estar
na casa errada... – Riu Mark e todos os outros amigos, mas Hydra, apesar de não
demonstrar, não gostou muito da brincadeira.

- Tem muitas pessoas inteligentes na Grifinória – Disse ela, forçando um sorriso.

- Eles sabem, estão só brincando – Interviu Peter, a abraçando.

- Nós nunca vimos nosso amigo tão feliz – Sorriu Marilee.


- Nunca mesmo! – Concordo Jenono.

Hydra teve uma agradável conversa com os amigos de Peter, todos deram dicas sobre
os N.O.M.s e como passar por eles.

- É só beber bastante água no dia anterior e relaxar – Dizia Jenono.

- Tente estudar o máximo que puder no seu tempo livre – Disse Marilee.

- Eu tomei uma poção revigorante nos dias da prova, fez toda a diferença – Disse Ully.

O dia do passeio para Hogsmeade finalmente chegou e Hydra se despediu de seus


amigos.

- Te perdôo só por causa do dia dos namorados – Brincou Angelina partindo com Alicia.

Os dois seguiram para a Casa de Chá Madame Puddifoot, que estava decorada para o
dia dos namorados como no ano anterior e cheia de casais. Hydra sentiu um pequeno
embrulho no estômago de lembrar que não era com Peter que viera, mas deixou isso
sair da sua cabeça e se sentou em uma mesa com Peter, pediram um chá cada e
ficaram sozinhos conversando.

- Eu só vim aqui uma vez, é confortável – Disse Peter sorrindo.

- Com a Amee? – Brincou ela.

- Na verdade não... – Peter ficou vermelho e Hydra olhou espantada

- Com quem?

- Jenny Tunner, minha namorada do quarto ano – Sorriu ele.

- Quantas namoradas você teve? – Peter corou mais ainda.

- Cinco... – Disse ele.

- Cinco? – Hydra perguntou, um pouco espantada.


- Sim, eu tenho dezessete anos, são muitos anos em Hogwarts... – Ele parecia muito
sem graça – Você só namorou o Oívio?

- De verdade sim, tive um namoro bobo na Beauxbatons, mas nada demais.

- Bem, os namoros mais sérios que eu já tive foram com você e com a Latrix Ginnene –
Peter parecia viajar nos pensamentos, o que deixou Hydra enciumada.

- Quem é ela?

- Ela era mais velha, se formou ano retrasado, namoramos um ano, as outras foram
poucos meses.

- Eu queria lhe fazer uma pergunta, mas não sei como – Disse Hydra vermelha.

- Pode falar Peter, qualquer coisa...

- Foi essa namorada que foi a primeira, séria, SÉRIA, sabe? – Hydra sentia que ia
explodir de vergonha e Peter riu.

- Sim, também, mas não foi a primeira pessoa que eu fiquei sério, SÉRIO – Disse ele
rindo e dando ênfase no sério – A primeira foi uma trouxa durante minhas férias de
Hogwarts quando eu tinha quinze anos.

Hydra olhou espantada, não esperava exatamente essa resposta.

- Uma trouxa? Você já namorou uma trouxa? – Disse ela espantada.

- Não namorei, nós ficamos juntos durante as férias somente.

- E seus pais não falaram nada?

- Eles não souberam, mas mesmo se soubessem, não iriam ligar da menina ser trouxa.

- Uau! Eu nem imagino o que meus pais fariam... Eu sempre quis conhecer um trouxa
melhor... Eles parecem fascinantes! - Hydra olhava boquiaberta para Peter sentada na
cadeira ao lado a sua, tentando imaginar a reação de seus pais se fosse o contrário,
apesar de não achar nada demais que ele tenha namorado, ou ficado com uma trouxa.
- E você? – Perguntou ele ainda risonho.

- Eu o que?

- Você sabe...

Hydra entendeu a pergunta e corou fortemente.

- Eu realmente tive um namoro bem sério com o Olívio e foi o primeiro namoro
SÉRIO.... – A expressão de Peter mudou para uma leve irritação que ele tentava
disfarçar.

- Sim, sim, eu já sabia disso... – Ele disfarçou um sorriso – Provavelmente por isso foi
tão difícil para você esquecer ele.

- Sim, talvez... – Hydra se sentia muito desconfortável com a conversa e um silêncio


pairou no ar, sendo quebrado apenas por sons de risadinhas e beijos dos casais ao
redor.

- Como vai ser Hydra, no próximo semestre, quando eu não estiver aqui? – Disse Peter
quebrando o silêncio.

- Como assim não vai estar aqui?

- Eu vou me formar esse ano, não irei mais te ver todos os dias, na verdade não sei
como nos veremos, como vai ser? – Ele parecia triste e preocupado.

- Eu não sei... – Hydra nunca tinha parado para pensar que esse era o último (e
primeiro) ano com Peter em Hogwarts e que a partir do próximo semestre, não iria
poder vê-lo nos corredores da escola.

- Você aguentaria? Me ver só nas visitas á Hogsmade, algumas vezes por ano e nos
falarmos por cartas até as férias? – Peter parecia extremamente triste e Hydra ficou
pensativa, mas depois, teve certeza da resposta.

- Sim, eu aguentaria, eu não gostaria, é claro, mas eu aguentaria, vai ser difícil, mas são
só mais dois anos até eu me formar também – Hydra sorriu e Peter a beijou mais
apaixonado do que nunca.
- Eu vou dar um jeito, vamos ver como, mas eu vou dar um jeito de nos encontrarmos
direito – Disse Peter.

- Eu acredito em você.

- Bom, acho que podemos voltar a comemorar então o dia dos namorados, certo?

- Certo – Respondeu Hydra, sorrindo para o rapaz.

- Aqui, eu comprei isso para você – Peter entregou um pacote para Hydra, ela
imediatamente abriu, lá dentro, tinha um coração de vidro, muito vermelho e
brilhante, quando Hydra tocou nele, ele "derreteu", se transformando em um colar
dourado, com pingente de coração vermelho.

- Rubi, mamãe disse que você iria gostar – Disse Peter, colocando o colar no pescoço
de Hydra.

- É magnífico, Peter, de verdade! – Disse Hydra, tentando pensar se algum dia já vira
um colar tão bonito em sua vida.

- Gostou mesmo? – Perguntou o rapaz, esperançoso.

- Sim, muito, eu nunca... – Hydra realmente ficou sem palavras, achou o presente lindo
e delicado, do jeitinho que ela gostava.

- Que bom, você fica linda com ele...

- Aqui está o seu! - Disse Hydra, tirando um pacote do bolso das vestes.

- Magnífico! – Disse Peter, depois de abrir o pacote e ver o lindo relógio de pulso preto
que Hydra lhe dera.

- Ele avisa quando você tem um compromisso perto, aperta seu pulso um pouco, nada
dolorido me falaram pelo menos... Também é só você pedir que ele te mostra a hora
em qualquer lugar do mundo que você pedir e marca sozinho datas que você acha
importante.

- Amei, Hydra, muito obrigado! – Disse o rapaz, sorrindo e a abraçando.


Os dois voltaram para Hogsmeade, felizes com seus presentes e com o tempo que
passaram juntos.

- Que lindo esse colar... – Disse Alícia, admirando o presente de Hydra.

- Ele disse fica mais escuro conforme estivermos mais perto um do outro.

- Obrigada pelos doces, Hydra – Disse Fred, que comia satisfeito os bolinhos que Hydra
comprara para ele e todos seus amigos.

- Você deu alguma coisa para o Olívio? – Perguntou Alícia, que comia um dos pirulitos
em forma de unicórnio que Hydra comprara.

- Sim, doces também e ele me deu caldeirões de chocolate – Disse Hydra.

- E o Peter sabe disso? – Perguntou Angelina.

- Nem precisa saber...


CAPÍTULO 20

O FIM DO CAMPEONATO DE QUADRIBOL

Enquanto conversavam no jantar, Angelina tentou falar com Hydra.

- Hydra, eu preciso te contar algo, é muito importante – Disse Angelina baixinho


parecendo preocupada.

- O que houve? É algo sério?

- Não, é só... – Ela olhou e viu as pessoas ao redor e disse – A gente se fala mais tarde –
Então saiu em direção a sala comunal.

- O que deu nela? – Perguntou Jorge que estava contando animado para Peter sobre
os novos jogos que acharam na Zonko's.

- Eu sinceramente não sei.

Hydra seguiu com os amigos para a torre da Grifinória, onde encontrou Angelina
sentada sozinha perto da lareira, antes que os outros pudessem a seguir, ela foi em
sua direção e sentou ao seu lado.

- O que diabos houve com você? – Perguntou Hydra, Angelina parecia congelada na
mesma posição e um pouco pálida.

- Eu beijei o Fred... – Disse ela séria e ainda imobilizada.

Hydra soltou um grito de felicidade tão alto que toda sala comunal olhou em sua
direção e Angelina ficou vermelha e com raiva.

- HYDRA!

- Desculpa, desculpa, eu não queria, mas como isso aconteceu? – Hydra estava
realmente animada.
- No três vassouras, estávamos sozinhos e aconteceu, ele me beijou do nada... ("Por
que os Weasleys tem mania de fazer isso?" Pensou Hydra) Mas vai ser só isso, ele
pediu desculpas por ter me beijado do nada e disse que a gente se via... – Angelina
parecia agora desanimada.

- Calma, isso já é um progesso, é sinal de que ele sente algo por você.

- Você acha? – Disse a menina, se sentindo um pouco mais animada.

- Acho – Logo depois, seus amigos chegaram querendo saber o que aconteceu, Hydra
deu uma desculpa sobre Angelina finalmente ter falado que gosta do Peter e ela
concordou.

Hydra passou a semana de seu castigo ensinando todas as noites alguns grupos de
alunos do primeiro ano na biblioteca lições de feitiços, transfiguração e poções.

- É só apontar três vezes a varinha e dizer "vera verto" – Dizia ela ensinando o grupo a
transformar um pequeno camundongo em um cálice de água.

O castigo foi realmente chato no começo devido a falta de paciência de Hydra para
ensinar os outros, mas depois de alguns dias, até se tornou divertido, porém atrasou
muito seus deveres de casa.

- Eu não acredito que a McGonagall te fez virar babá – Disse Alícia, enquanto Hydra
olhava de pergaminho em pergaminho, tentando fazer suas lições atrasadas.

- Foi até divertido, no final pelo menos, mas eu não sei como vou conseguir colocar
tudo isso em dia...

Alguns dias depois, Hydra estava no jantar lendo um dos seus livros de poções (a aula
com Snape no próximo sábado prometia ser especialmente puxada) enquanto seus
amigos comiam e conversavam (Peter estava na mesa da Corvinal dessa vez) quando
Hermione, Rony e Harry entraram ofegantes.

- Hydra, a gente pode conversar com você? – Disse Hermione parecendo nervosa
parando na sua frente.
- Claro, todo bem – Hydra guardou o livro e saiu em direção ao saguão de entrada com
os três.

- Hydra, o que você pode fazer para que seu pai desista de algo? – Disse Hermione
indo direto ao ponto quando chegaram ao saguão de entrada.

- Não muito Hermione, ele não me ouve, eu posso tentar ameaçar ele com algumas
coisas, mas ele também pode me ameaçar com outras então não sei se daria muito
certo – Hydra estava em pé em frente ao trio que pareciam decepcionados.

- Não adianta, ela não pode ajudar – Disse Rony olhando para o chão.

- Ajudar em que? Se vocês não falarem eu realmente não posso fazer nada!

- É seu pai, ele denunciou o bicuço, o Hipogrifo que mordeu seu irmão, o Hagrid tentou
fazer com que impedissem mas... Mas seu pai insistiu, intimidou toda a comissão, eles
vão executar o Bicuço e o Hagrid está arrasado! – Disse Harry com a voz chorosa.

- Eu não acredito, isso é algo que papai faria com certeza, pobre Hagrid! – Hydra sentia
uma tristeza muito grande e mal conseguia olhar para o trio, por que Lúcio e Draco
faziam sempre questão de fazer a vida de todos miserável?

- Não tem nada que você possa fazer? – Perguntou Hermione esperançosa, os quatro
falavam baixo para que os estudante que passavam pelo saguão não ouvissem.

- Eu vou tentar, eu vou enviar uma coruja pra ele agora mesmo.

Hydra saiu correndo sem se despedir e foi em direção a sala comunal e depois a seu
quarto lá, pegou pena e pergaminho e começou a escrever.

"Papai,

Eu soube da sua ridícula acusação contra o pobre Hagrid e seu Hipogrífo, você mais do
que eu sabe que o Draco estava apenas fazendo drama e não ficou tão machucado
quanto ele diz, provavelmente você realmente sabe já que eu aposto que ele lhe
contou, por favor, peço que tire as acusações, eu prometo fazer tudo que o senhor
mandar, sem questionar, lembre-se que tem muita coisa sua que eu sei e seria horrível
se vazassem.
Sua filha,
Hydra Malfoy"

Hydra queria ir até o corujal, mas com toda segurança depois do incidente com Sirius
Black, foi impossível.

- Percy, por favor, é urgente! – Disse Hydra enquanto ele a barrava no saguão de
entrada.

- Não, sem exceções, você já causou problemas demais para a Grifinória!

- Então vá você, manda para o meu pai para mim – Percy pareceu surpreso com o
pedido.

- Sinto muito, isso também não é possível – Disse ele irredutível ainda barrando sua
passagem.

- Eu vou – A voz de Peter surgiu atrás de Hydra.

- Macmillan, você como monitor chefe sabe...

- Eu sei que eu posso ir até o corujal se eu quiser, Weasley – Interrompeu Peter e Percy
ficou vermelho de raiva.

- Vou ter uma conversa com Penélope sobre que tipo de monitor a Corvinal tem... – E
saiu pisando forte em direção ao salão principal onde ainda acontecia o jantar.

- O que é isso Hydra? – Perguntou Peter apontando para o pergaminho.

Hydra explicou toda a história para Peter.

- Eu não conheço o Hagrid direito, as aulas dele realmente não são muito boas... –
Disse ele sem graça – Mas é injusto que um animal seja sacrificado pelos caprichos do
seu pai e irmão, eu vou enviar a coruja.

Peter se despediu e foi em direção ao corujal, Hydra decidiu voltar ao salão e contar
aos meninos o que fez.
- Espero que seja o suficiente – Disse Hermione esperançosa.

- Isso foi legal da sua parte – Sorriu Rony sem graça.

A resposta de sua carta chegou por coruja na manhã seguinte com apenas uma frase:

"Ouse fazer mais alguma ameaça e eu lhe inteiro no St. Mungo's imediatamente.

Lúcio Malfoy"

- Seu pai e meus tios deviam se conhecer, eles tem muito em comum...

– Disse Harry ao ler a carta – Se bem que provavelmente não seria uma boa ideia, já
que meus tios odeiam bruxos e seu pai odeia trouxas.

- Assim pelo menos eles podiam acabar um com o outro – Brincou Rony.

- Eu vou enviar uma resposta, isso não pode ficar assim, eu vou continuar tentando... –
Disse Hydra se sentindo revoltada.

- Não Hydra, você já fez o suficiente, você pelo menos tentou, vai acabar tendo mais
problemas do que soluções se continuar assim... – Disse Hermione triste.

- Eu posso ameaçar o Draco, ele pode falar com o papai!

- Draco iria contar para o seu pai o que você fez e ia ser pior, a Hermione tem razão –
Harry parecia devastado.

- Eu sinto muito, eu vou falar com o Hagrid no final da aula dele, desde o ano passado
não conversamos muito, eu vou tentar ajudar no que puder.

Hydra teve uma aula pesada de Artimância, com os N.O.M.s chegando, as aulas
estavam cada vez mais difíceis e cheia de dever de casa, logo depois seguiu para a aula
de Trato de Criaturas Mágicas.

Foi difícil falar com Hagrid ao fim da aula, ele parecia tão triste que foi difícil arrancar
palavras dele.
- Eu me atrapalhei, foi tudo culpa minha... – Chorava Hagrid.

- Foi culpa do meu pai, ele acha que pode fazer qualquer coisa porque tem dinheiro, a
culpa não é sua Hagrid.

- A comissão fez tudo que ele queria, tudo... – Hagrid parecia que iria chorar a
qualquer momento.

- Eu vou tentar fazer algo... – Hydra falava sem muito certeza se poderia fazer algo de
fato.

- Tudo bem Hydra, eu sei que a culpa não é sua... – Disse Hagrid parecendo ler a sua
mente.

Depois da aula, Hydra voltou para dentro do castelo se sentindo miserável, como pode
sua família ser tão cruel e insensível?

Na hora do almoço, marchou com ira até a mesa da Sonserina atrás de Draco.

- Draco, mande o papai parar com essa história de matar o Hipogrífo agora! – Gritou
ela, sem se importar com as muitas cabeças na mesa da Sonserina que a olharam.

- Eu não vou fazer nada e você nao pode me obrigar! – Apesar de querer parecer
decidido, tinha uma falha de medo em sua voz

- Você quer me testar Draco? – Hydra e Draco estavam em pé em frente um ao outro e


toda Sonserina e algumas pessoas de outras mesas olhavam para eles. Draco ficou
pálido e de olhos arregalados.

- Hydra, eu não posso, o papai não iria deixar, você sabe – Disse ele baixinho em seu
ouvido.

- TENTA! – Disse ela dando as costas e saindo para a sua mesa, ela se sentou entre
Jorge e Peter que a olhavam chocados.

- Você é melhor do que uma radionovela, é sério, a gente já disse isso, mas é verdade...
– Disse Jorge brincando.
- Mais um pouco e você vai ter brigado com a escola inteira, faltam quantos para a sua
lista? – Completou Fred em tom de brincadeira e todos riram.

- Dois a menos se vocês continuarem... – Disse Hydra, deixando os gêmeos assustados,


mas logo depois caindo na risada, sendo acompanhada pelos amigos.

As férias de Páscoa finalmente chegaram, Hydra não recebera nenhuma notícia sobre
o caso do Bicuço e estava tão atolada de dever de casa e preparações para as aulas
com Snape que não conseguiu tempo para fazer mais nada.

- Eu te ajudou e você me ajuda, que tal? – Disse Peter sentado na sua frente na
biblioteca, talvez a única pessoa com mais dever que ela fosse ele.

- E como eu vou te ajudar se você está fazendo os N.I.E.M.s e eu os N.O.M.s?

- Em poções, você sabe poções do nível N.I.E.M.s e eu preciso de ajuda com elas – Uma
grande pilha de livros separavam os dois que estavam trabalhando há horas.

- Ok, eu te ajudo com isso e você me ajuda com história da magia, fechado?

- Fechado!

Hydra passou a maior parte das férias trancada na biblioteca com Peter ou estudando
com os amigos na sala comunal, Angelina parecia que iria ter um ataque de nervos a
qualquer momento e Alicia chorara pelo menos umas duas vezes, somente Fred e
Jorge pareciam não ligar muito para o que aconteceria.

- Para que conseguir N.O.M.s? Nada do que queremos fazer está nas matérias da
escola – Disse Fred depois de voltar frustrado de tentar convencer um menino do
primeiro ano a testar sua nova poção de vômito.

- E o que vocês querem fazer afinal? – Perguntou Angelina levantando os olhos da


pilha de livros que tinha na sua frente.

- Inventores, inventores de jogos e brincadeiras – Sorriu Jorge – Quem sabe até mesmo
abrir nossa própria loja, nós já lhe falamos isso...

- É uma boa ambição, eu vou ter desconto lá? – Brincou Hydra.


- Dois sicles para cada dez itens – Respondeu Fred.

- Isso que é desconto! – Brincou Hydra e todos riram.

A partida da Grifinória contra a Sonserina que decidiria o título foi marcada para o
sábado depois das férias e Hydra se recusou a tomar parte nos treinos por conta dos
trabalhos.

- Quase todo o time está no mesmo ano que você Hydra, por favor, por favor –
Implorava Olívio em uma manhã – Eu preciso ter uma visão externa e eu queria que
você ficasse no gol só por alguns minutos.

- Uma vez por semana durante no máximo duas horas, ok?

- Obrigado!!! – Disse ele a abraçando na empolgação, o que não foi bem visto já que
Hydra estava sentada na mesa da Corvinal com Peter e seus amigos e todos ficaram
encarando Olívio quando ele saiu alegremente.

- Ele só está animado – Justificou Hydra.

- Ser amigo de ex, isso é novo para mim – Disse Jenono, rindo.

Como se quisessem enfatizar a importância dos exames, agora próximos, um pacote


de panfletos, folhetos e avisos, abordando as várias carreiras para bruxos, apareceu
nas mesas da Torre da Grifinória pouco antes do término das férias, ao mesmo tempo
que um aviso no quadro dizia o seguinte:

ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

Todos os quintanistas deverão ter uma breve reunião com a diretora de sua Casa
durante a primeira semana do trimestre de verão para discutir suas futuras carreiras.
Os horários das consultas individuais estão listados abaixo.

Hydra correu os olhos pela lista e descobriu que era esperado na sala da Professora
McGonagall às duas e meia da tarde de Terça-Feira.

- Você já sabe o que quer fazer, não sei porque fazer essa avaliação – Disse Angelina
sentada na poltrona ao lado da sua.
- Sempre é bom ter opções – Disse ela.

Hydra passou os olhos e notou todas as diferentes profissões que poderia seguir, não
deixou de sorrir ao ver o anúncio para curandeiro. Um folheto que tinha na capa um
osso e uma varinha cruzados, o emblema do St. Mungo's. – Dizia que preciso no
mínimo de um "E" nos N.O.M.s de Poções, Herbologia, Transfiguração, Feitiços e
Defesa Contra as Artes das Trevas. Realmente Peter tinha que se esforçar mais do que
ela imaginava, se bem que os requisitos de um outro folheto do St. Mungus para
preparador de poções não era muito diferente, só não exigia E em, mas precisava ter E
em Trato de Criaturas Mágicas, pelo menos para o nível ordinário, não era necessário
nos N.I.E.Ms

- Olha esse aqui – Disse Angelina passando um folheto para Hydra.

Você está procurando uma carreira estimulante que oferece viagens, aventuras e
substanciais abonos do tesouro para compensar os riscos? Então pense em trabalhar
para o Banco Bruxo Gringotes, que no momento está recrutando desfazedores de
feitiços para emocionantes cargos no exterior.

- Você quer trabalhar com isso? – Perguntou Hydra

- Não sei, é uma opção...

- Você precisa de Aritmância.

- É, deixa para lá então... - Disse Angelina jogando o panfleto de lado.

Hydra pegou um livreto sobre carreiras no Ministério da Magia quando Jeniffer a


interrompeu:

- Você está pensando em seguir a carreira no ministério? – Disse ela sentando na


poltrona ao lado com um panfleto do profeta diário nas mãos.

- É uma possibilidade, para trabalhar no departamento de Acidentes e Catástrofes


Mágicas eu preciso de "E" em Poções, Transfiguração, Feitiços, Defesa Contra as Artes
das Trevas, as mesmas que para ser curandeiro quase.

- Eu acho que seria bom para você...


- Quem sabe, tudo é possível, certo? – Sorriu Hydra.

Toda a Grifinória estava falando sobre a próxima partida de quadribol que se


aproximava. A casa não ganhava a Taça de quadribol desde que o lendário Carlinhos
Weasley (o segundo irmão mais velho de Fred e Jorge) jogara como apanhador.

Na Terça de tarde, Hydra esqueceu um pouco sobre o jogo e foi ao encontro da


Professora Minerva para sua orientação vocacional.

Hydra chegou na porta da sala da Professora Minerva e bateu.

- Pode entrar Senhorita Malfoy – Dizia a voz da Professora.

Hydra entrou e encontrou a professora sentada em sua mesa

– Sente-se, Malfoy – disse a Prof a McGonagall secamente apontando para a cadeira


do lado oposto da mesa, de frente para ela enquanto rearrumava os muitos panfletos
que se amontoavam em sua mesa.

– Bom, Malfoy, esta reunião é para discutirmos as ideias sobre carreiras que você já
tenha, e ajudá-lo a decidir que disciplinas você deve fazer no sexto e sétimo anos –
começou McGonagall. – Você já pensou no que gostaria de fazer quando terminasse
Hogwarts?

- Sim, Professora, eu quero ser mestre em poções – McGonagall pareceu surpresa.

- Bem, o Professor Snape realmente falou de sua pré disposição para o preparado de
poções, só não sabia que pretendia fazer disso uma carreira, é uma ótima escolha,
pretende estudá-las ou prepará-las? – Completou ela.

- Os dois, quero preparar no St. Mungos enquanto estudo para inventar uma poção,
ainda não sei de que, só sei que quero – Disse Hydra decidida.

- Muito bem, é uma ambição grande – Disse McGonagall ainda parecendo surpresa –
Não recebo muitos alunos com esse tipo de ambição, especialmente em minha casa,
mas é algo maravilhoso – Ela fez uma pausa procurando um folheto no meio dos
muitos que estavam em sua mesa.
– Você precisaria de notas excelentes para isso – disse a Prof a McGonagall, puxando
uma folhinha escura de baixo dos papéis em sua mesa e abrindo-a. – Exige-se um
mínimo de quatro N.I.E.M.s, e nenhuma nota abaixo de "Excepcional", pelo que vejo,
mas não acredito que seja um problema para a Senhorita, certo? – Disse ela a fitando
atrás de seus óculos.

- Espero que não Professora, vou me esforçar ao máximo.

- O St.Mungos é muito seletivo com seus candidatos, você precisará de excelente


recomendação de seu professor de poções.

Essa parte deixou Hydra preocupada, mas Snape afinal aceitou treiná-la, ele não iria
impedir que ela trabalhasse com isso, iria?

- Aconselho que continue com Transfiguração, Defesa-Contra-As-Artes das trevas,


Herbologia, poções naturalmente, feitiços e se possível, Alquimia. Devo dizer,
senhorita Malfoy, que não aceito alunos nas minhas turmas de N.I.E.M que não
tenham obtido "Excede as Expectativas" ou notas mais altas no N.O.M, mas não vejo
problemas já que essa já é a sua avaliação na maioria das matérias ou uma maior, só
continue o bom trabalho e não vejo o porquê de não realizar seu sonho. – Minerva
parecia satisfeita e Hydra também – Isso é tudo Senhorita Malfoy, pode se retirar.

Hydra saiu da sala da Professora se sentindo mais confianta do que nunca na carreira
que havia escolhido e de que era muito possível de ela acontecer.

Com a proximidade maior do jogo final de quadribol, a atmosfera ficou cada vez mais
pesada, as casas que já não se davam bem agora pouco se suportavam.

- Nós estamos torcendo por vocês – Declarou Marilee uma manhã no café – Eu não
gosto muito da Sonserina.

- Acho que toda escola está torcendo por vocês, menos a Sonserina – Afirmou Jenono.

Hydra queria muito a vitória para sua casa, ela sabia o quanto isso significava para seus
companheiros e a alegria que isso traria, mas se sentia um pouco mal por torcer contra
o próprio irmão (o que sua mãe fazia claro em todas as cartas que enviava).

Todas as atividades normais na sala comunal foram abandonadas na véspera do jogo.


Havia uma grande algazarra. Fred e Jorge Weasley enfrentavam a pressão agindo com
mais barulho e exuberância que nunca. Olívio estava a um canto debruçado sobre a
maquete de um campo de quadribol, empurrando bonequinhos com a varinha e
resmungando. Angelina, Hydra, Alícia e Katie riam das piadas de Fred e Jorge.

Depois de um tempo, Hydra decidiu ir até o canto aonde Olívio estava.

- O que exatamente você está tentando fazer? – Perguntou ela se sentando ao seu
lado.

- Descobrir todos os possíveis movimentos que a Sonserina pode fazer contra nós –
Disse ele sem tirar os olhos da maquete.

- Eu tenho fé em você Olívio, eu tenho fé no time – Disse Hydra sorrindo e Olívio


finalmente colocou os bonequinhos em cima da mesa e olhara para ela.

- Obrigado, isso significa muito, você ajudou o time, você me ajudou durante todo esse
ano e ano passado, a vitória será tanto sua quanto nossa – Disse ele em um estranho
bom humor sorrindo para Hydra.

- Vamos, me mostre as suas táticas, eu sei que você quer – Olívio se alegrou na hora e
começou a motrar com os bonecos na maquete tudo que planejava fazer no dia
seguinte durante o jogo.

Hydra entrou com o time da Grifinória no Salão Principal, no dia seguinte, sob uma
tempestade de aplausos. As mesas da Corvinal e Lufa-Lufa os aplaudiam também. A
mesa da Sonserina vaiou alto. Hydra aplaudia ao time com mais força que todos.

Olívio passou o café da manhã inteiro insistindo para que o time comesse, sem,
contudo, se servir de nada e Hydra forçou algumas torradas na sua boca, como já
fizera antes, que ele deu pequenas mordidas sem muita vontade, depois apressou-os a
se dirigirem ao campo antes que os outros tivessem terminado, para terem uma ideia
das condições de jogo.

- Boa sorte pessoal, a Corvinal está torcendo em peso para vocês – Disse Peter,
sentando ao lado de Hydra.

- Obrigada Peter, tomara que dê tudo certo – Sorriu Angelina.


Hydra depois se despediu de Peter e desceu para o campo com o time, como
tradicionalmente fazia, Quando saíram do Salão Principal, receberam novos aplausos.

Olívio andou pelo campo examinando tudo, com o time atrás. Finalmente, eles viram
as portas do castelo se abrirem ao longe e o restante da escola se espalhar pelos
gramados.

– Vestiário – disse Olívio tenso.

Todos ficaram quietos enquanto trocavam para o uniforme vermelho de quadribol.

Um pouco antes dos jogadores saírem, Hydra abraçou e beijou cada um deles.

- Tenho fé em vocês, tenho fé em você – Disse para Olivio com quem falou por último.
Então saiu em direção a arquibancada, não achou Peter, então se sentou ao lado de
Jeniffer e Rita.

- Eu estou tão nervosa que não consegui comer nada – Disse Jeniffer segurando uma
faixa escrita "Para sempre Grifinória"

- Oi, estava te procurando – Peter chegara e sentara ao lado de Hydra.

- Estava no vestiário com o time, é meio que nossa tradição...

O time da Grifinória entrou em campo sob uma onda gigantesca de aplausos. Três
quartos da torcida usavam rosetas vermelhas, agitavam bandeiras vermelhas com o
leão da Grifinória ou faixas com palavras de ordem: "PRA FRENTE GRIFINÓRIA!" e "A
COPA É DOS LEÕES!". Atrás das balizas da Sonserina, porém, duzentos torcedores se
cobriam de verde; a serpente prateada da casa refulgia em suas bandeiras e o Prof.
Snape estava sentado na primeira fila, vestindo verde como os demais.

"E aí vem o time da Grifinória!", bradou Lino Jordan, que, como sempre, fazia a
irradiação. "Potter, Bell, Johnson, Spinnet, Weasley, Weasley e Wood. Considerado por
todos o melhor time que Hogwarts já viu em muitos anos..."

Hydra teve lágrimas nos olhos só de ouvir o nome dos amigos.


Os comentários de Lino foram abafados por uma onda de vaias da torcida da
Sonserina. "E aí vem o time da Sonserina, liderado pelo capitão Flint. Ele fez algumas
alterações no esquema tático e parece ter preferido o peso à qualidade..." Mais vaias
da torcida da Sonserina.

No meio do campo, Flint e Olívio se aproximaram e se apertaram as mãos com força;


davam a impressão de que estavam querendo quebrar os dedos um do outro.

O som do seu apito se perdeu no estrondo das torcidas na hora em que as catorze
vassouras levantaram voo

O coração de Hydra estava batendo forte, ela, como toda torcida da Grifinória
praticamente, vestia vermelho e agora dividia com Jeniffer a faixa "para sempre
Grifinória" até Peter parecia nervoso.

E Grifinória com a posse da bola, Alícia Spinnet da Grifinória com a goles, voando
direto para as balizas da Sonserina, em boa forma, Alícia! Arre, não – a goles foi
interceptada por Warrington, Warrington da Sonserina partindo em velocidade pelo
campo – PAM! – uma boa rebatida de um balaço por Jorge Weasley, Warrington deixa
cair a goles, que é apanhada por... Johnson, Grifinória com a posse da bola outra vez,
aí Angelina – bom desvio de Montague – se abaixa Angelina, aí vem um balaço! – ELA
MARCA! DEZ A ZERO PARA GRIFINÓRIA!"

Se Hydra sentiu que seu coração poderia um dia explodir, aquela era a hora.

Angelina deu um soco no ar ao sobrevoar o extremo do campo; o mar vermelho nas


arquibancadas berrou de felicidade...

Do nada Angelina quase foi derrubada da vassoura por Marcos Flint ao colidir em cheio
com ela.

- IDIOTA, IMBECIL! – Gritava Hydra com tanta raiva que Peter, Jeniffer e Rita a olhavam
espantados.

Não demorou muito, Fred Weasley atirou o bastão contra a cabeça de Flint, cujo nariz
bateu com força no cabo da vassoura e começou a sangrar.

- BEM FEITO!!!!!!!! – Gritava Jeniffer também descontrolada.


– Chega! – gritou Madame Hooch, mergulhando entre os dois. – Pênalti contra
Grifinória pelo ataque gratuito ao artilheiro do seu adversário! Pênalti contra
Sonserina por prejuízo intencional ao artilheiro do seu adversá rio!

Madame Hooch apitou e Alícia se adiantou para cobrar o pênalti.

"Aí, Alícia!", gritou Lino no silêncio que se abatera sobre as arquibancadas. "SIM,
SENHORES! ELA FUROU O GOLEIRO! VINTE A ZERO PARA GRIFINÓRIA!"

Hydra berrou tanto que sentiu que ficará vermelha e sem fôlego.

Estava na vez de Flint cobrar o pênalti da Sonserina. Olívio sobrevoava as balizas da


Grifinória, os maxilares contraídos.

"É claro que Wood é um esplêndido goleiro!", comentou Lino Jordan para os ouvintes
enquanto Flint aguardava o apito de Madame Hooch. "Esplêndido! Difícil de vazar –
muito difícil mesmo – SIM SENHORES! EU NÃO ACREDITO! ELE AGARROU A BOLA!"

- ISSO OLÍVIO, ISSO! – Berrava Hydra descontroladamente, Peter parecia não gostar
muito ainda mais depois de ver que Olívio parecia procurar por alguém na multidão
que podia ser ela, mas não falou nada, continuou comemorando o pênalti defendido
discretamente.

"Grifinória com a posse, não, Sonserina com a posse – não! – Grifinória retoma a posse
e é Katie Bell, Katie Bell da Grifinória com a goles, a jogadora corta o campo – FOI
INTENCIONAL!"

Montague, um artilheiro da Sonserina, cortou a frente de Katie e em vez de agarrar a


goles, agarrou a cabeça da jogadora. Katie deu uma cambalhota no ar, conseguiu
continuar montada, mas deixou cair a goles.

- NÃO! ISSO NÃO VALE! – Gritavam vários torcedores.

O apito de Madame Hooch soou mais uma vez ao sobrevoar Montague e começar a
gritar com ele. Um minuto depois, Katie tinha marcado mais um pênalti contra a
defesa da Sonserina.

"TRINTA A ZERO! TOMA, SEU SUJO, SEU COVARDE..."


– Jordan, se você não consegue irradiar imparcialmente...

– Estou irradiando o que acontece, professora!

Harry correu em direção ao campo da Sonserina com Draco atrás dele, "seria o pomo?
Não, ainda estav muito cedo, a Grifinória precisava de uma vantagem de 50 pontos e
ele sabia disso, ou será que esqueceu" pensava Hydra.

Hydra notou que vários balaços eram lançados na direção do apanhador. Bole e
Derrick da Sonserina vinham voando na direção de Harry, com os bastões erguidos...
Então ele virou a Firebolt para o alto no último segundo e os dois batedores colidiram
com um baque de provocar náuseas.

"Ha, haaa!", bradou Lino Jordan quando os batedores da Sonserina se separaram,


levando as mãos à cabeça

Hydra, Jennifer, Rita e Peter gargalhavam na arquibancada.

- É bem feito, só sabem jogar sujo! – Disse Rita.

"Mau jeito, rapazes! Vão ter que acordar mais cedo para vencer uma Firebolt! E
Grifinória fica com a posse da bola mais uma vez, quando Johnson toma a goles – Flint
emparelhado com ela – mete o dedo no olho dele, Angelina! – foi só uma brincadeira,
professora, só uma brincadeira – ah não – Flint toma a bola, Flint voa para as balizas da
Grifinória, agora é com você Wood, agarra...!"

Mas Flint marcou; houve uma erupção de vivas do lado da Sonserina e Lino xingou
tanto que a Prof a Minerva McGonagall tentou arrancar o megafone mágico das mãos
dele.

– Desculpe, professora, desculpe! Não vai acontecer de novo! "Então, Grifinória está à
frente, trinta a dez, e Grifinória tem a posse..."

O jogo estava deteriorando no mais sujo de que Hydra já vira, ali ou em Beauxbatons.
Enraivecidos porque Grifinória tomara a dianteira desde o início, os adversários
estavam rapidamente recorrendo a todos os meios para roubar a goles. Bole atingiu
Alícia com o bastão e tentou alegar que pensara que era um balaço. Jorge Weasley foi
à forra dando uma cotovelada na cara de Bole. Madame Hooch puniu os dois times é
Olívio fez mais uma defesa espetacular, elevando o placar para quarenta a dez para
Grifinória.

Katie marcou. Cinquenta a dez. Fred e Jorge Weasley mergulharam cercando a garota,
os bastões erguidos, caso os jogadores da Sonserina pensassem em se vingar. Bole e
Derrick aproveitaram a ausência de Fred e Jorge para arremessar os dois balaços em
Olívio; eles o atingiram no estômago, um após o outro, e o goleiro virou de cabeça
para baixo no ar, agarrando-se à vassoura, completamente sem ar

- AI MEU DEUS, OLÍVIO! – Hydra estava tão preocupada que queria ir até ele, mas
Peter a segurou e disse que ele ficaria bem, Hydra sabia que não devia ser fácil para
Peter ver Hydra se preocupar com Olívio desse jeito, mas Olívio ainda era um de seus
melhores amigos e ele sabia disso.

Madame Hooch ficou fora de si. – Não se ataca o goleiro a não ser que a goles esteja
na área do gol! – gritou ela para Bole e Derrick. – Pênalti a favor da Grifinória!

E Angelina marcou. Sessenta a dez. Instantes depois Fred Weasley arremessou um


balaço contra Warrington, derrubando a goles de suas mãos; Alícia apanhou a bola e
enterrou-a no gol da Sonserina – setenta a dez.

A torcida da Grifinória lá embaixo estava rouca de tanto gritar – a casa passara


sessenta pontos à frente e se Harry apanhasse o pomo naquele momento, a Taça seria
dela. Harry corria sempre com Draco atrás dele, Hydra apertava a mão de Peter de
nervoso com tanta força que ele já reclamara duas vezes.

Harry viu algo, ele saiu em disparada, só podia ser o pomo, ele estava estendendo a
mão e Hydra notou que Draco se atirara para a frente, agarrara a cauda da Firebolt e
procurava atrasá-la.

- QUE DIABOS O SEU IRMÃO ESTÁ FAZENDO? – Gritou Jeniffer irada.

- Eu não sei! Ai meu Deus!!

– Pênalti! Pênalti a favor da Grifinória! Nunca vi uma tática igual! – Madame Hooch
guinchava, enquanto velozmente se dirigia até o ponto em que Malfoy deslizava de
volta à sua Nimbus 2001.
"SEU SAFADO NOJENTO!", urrava Lino Jordan no megafone, saltando fora do alcance
da Prof a McGonagall. "SEU SAFADO NOJENTO, FILHO..."

Naquele momento Hydra tinha tanta raiva do irmão que não ligava para que quase
todos ao seu redor gritassem a mesma coisa (menos Peter, que parecia querer muito)

A professora nem se deu o trabalho de ralhar com Lino. Na verdade ela sacudia o dedo
na direção de Draco, seu chapéu caíra da cabeça, e ela também berrava furiosamente.

Alícia cobrou o pênalti para Grifinória, mas estava tão zangada que errou por mais de
meio metro. O time da Grifinória começou a perder a concentração e os jogadores da
Sonserina, encantados com a falta de Draco em cima de Harry, se sentiam estimulados
a tentar voos mais altos. "Sonserina com a posse, Sonserina corre para o gol...
Montague marca...", gemeu Lino. "Setenta a vinte para Grifinória..."

Harry agora estava marcando Draco tão de perto que os joelhos dos dois se batiam o
tempo todo, notou Hydra.

Todos os jogadores da Sonserina, à exceção de Draco, estavam correndo pelo campo


em direção a Angelina, inclusive o goleiro do time – todos iam bloqueá- la...

- Não, Angelina, isso não é justo! – Gritava Hydra, amparada por Peter que a acalmava.

Então ela viu que Harry deu meia-volta na Firebolt, curvou-se até deitar o corpo sobre
seu cabo, e impeliu-a para a frente. Como uma bala, ele se precipitou em alta
velocidade contra os jogadores da Sonserina.

– AAAAAAARRRRRRRE! Os jogadores se dispersaram quando viram a Firebolt vindo; o


caminho de Angelina ficou desimpedido. "ELA MARCOU! ELA MARCOU! Grifinória
lidera por oitenta a vinte!"

Harry, que quase mergulhara de cabeça nas arquibancadas, parou derrapando no ar,
inverteu a direção da vassoura e voltou a toda para o meio do campo.

- Essa partida precisa terminar logo ou eu não sei se vou aguentar – Disse Hydra para
Peter.
- Nem minhas mãos – Disse ele tirando a mão da de Hydra que esmagava seus dedos
com força.

Hydra viu que Draco estava mergulhando atrás de algo "Não, não o pomo" pensava
Hydra, Harry apontou a Firebolt para baixo em direção a Draco, cada vez mais rápido,
Harry deitou-se no cabo da vassoura quando viu Bole arremessar um balaço contra ele,
já encostara nos calcanhares de Draco, emparelhou... Harry se atirou à frente, tirou as
mãos da vassoura. Afastou o braço de Malfoy do caminho com um empurrão e...
"PEGOU!"

O coração de Hydra se agitou e tudo ao seu redor ficou paralizado, Harry pegou o
pomo, a Grifinória ganhara a taça, era tão maravilhoso que não parecia real.

O estádio explodiu. Harry sobrevoou as arquibancadas, um zumbido estranho nos


ouvidos. A bolinha de ouro estava bem segura em sua mão, batendo inutilmente as
asinhas contra seus dedos. Hydra chorava como um bebê, mal conseguia ver nada por
causa das lágrimas, saiu em direção ao gramado tão rápido quanto pode, deixando
todos que estavam ao seu lado para trás.

Onda sobre onda de torcedores vermelhos saltou as barreiras do campo. Choveram


mãos nas costas dos jogadores. Hydra abraçou e chorou com cada um dos seus
amigos.

- Nós conseguimos, nós conseguimos!

Lá estava Percy, pulando que nem maluco, toda a dignidade esquecida. A Prof a
Minerva soluçava mais até que Olívio, enxugando os olhos com uma enorme bandeira
da Grifinória

O mar de gente era tanto que ela se perdia, finalmente encontrou Olívio, chorando
ainda mais que ela, ela correra para seu abraço, mas ao invés disso, ele deu um grande
beijo em sua boca de forma intensa, Hydra não sabia como agir, estava totalmente
tomada pela emoção, o beijou de volta, segurando em sua nuca enquanto ele segurava
em seu quadril, até que finalmente pensou no que estava fazendo alguns segundos
depois e se separou de Olívio, ela olhou ao redor, ninguém parecia ter notado aquela
cena, todos estavam emocionados e gritando demais, Hydra ficou paralizada, não
chorava mais, não falava nada, um sentimento de culpa corria por todo seu corpo.
- Hydra! – Gritou Olívio enquanto ela se afastava, mas Fred a segurou e ergou no ar
junto a Jorge, mais uma vez ela se deixou levar pela emoção da vitória por mais alguns
momentos, porém sabia que a culpa viria logo depois.
CAPÍTULO 21

N.O.M.s

Quando finalmente conseguiu se afastar do campo, depois da cerimônia, onde foi


entregue a taça para o time da Grifinória, encontrou Peter, que estava sorrindo, aquilo
parecia que fazia ser coração se partir em mil pedaços, Hydra achava que não merecia
alguém tão bom.

- Parabéns meu amor, essa vitória também é sua! – Disse ele a abraçando.

- Eu vou subir para a torre, eles vão fazer uma festa, você sabe... – Disse ela tentando
disfarçar que estava sem jeito.

- Claro, te vejo amanhã – Peter a beijou e saiu em direção ao castelo. Hydra se sentia
arrasada, completamente culpada por ter deixando Olívio a beijar e o pior ter
retribuído... Então sentiu uma mão em seu ombro.

- Eu não queria Hydra, me desculpa, eu estava emocionado... – Dizia Olívio ainda com
os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar de emoção pela vitória – Eu fui tomado
pelo momento, pela emoção, ai eu te vi e eu meio que lembrei de tudo, que eu lutei
com você por isso, que eu te deixei por isso... Me desculpa, por favor, me desculpa...

- Eu te entendo Olívio, mas você não podia...

- Eu sei que não, eu juro que sei que não, me desculpe por favor! – Ele parecia a ponto
de chorar novamente – Olha, eu falo com Peter, ele é um cara legal, ele te merece, eu
fico feliz de você ter encontrado alguém assim, eu não queria atrapalhar, eu juro.

- Não, eu preciso falar com ele, não você.

- Eu conto, afinal a culpa foi minha.

- Eu sou a namorada dele Olívio, eu conto – Disse Hydra decidida.

Antes que pudessem falar mais, o time os puxou para dentro do vestiário e os dois
disfarçaram qualquer problema.
A festa na sala comunal foi ainda maior e melhor do que a anterior, durou a noite
quase inteira e até Percy participou (até dar duas horas da manhã e ele falar que todos
deveriam dormir, mas pouco ouviram).

Hydra passou os dias seguintes evitando Peter, se sentindo tão culpada que seu corpo
doía, mas no jantar, não podia mais esconder.

- Hydra o que houve? Você está esquisita, não veio me ver hoje – Disse Peter se
sentando ao seu lado.

- É o cansaço de... – Hydra desistiu de contar a mentira que pretendia e chamou Peter
para conversar, eles foram até uma sala vazia.

- Então? O que houve Hydra, você está me deixando nervoso – Disse Peter encostado
na mesa.

Hydra não aguentou falar, começou a chorar descontroladamente e contou o que


aconteceu no campo no dia do jogo. Peter ficou parado por alguns minutos, branco,
petrificado, sem falar nada e nem piscar.

- Por favor fala alguma coisa... – Chorava Hydra.

Mas ele não disse nada, apenas saiu correndo da sala, Hydra tentou ir atrás dele sem
sucesso, parou em um degrau de uma das escadas depois de procurá-lo por uns vinte
minutos e chorou novamente.

- Hydra, o que houve? – Era a voz de Jorge que se sentou ao seu lado seguido de Fred.

- Eu fiz tudo errado... – Hydra chorava tanto que não conseguia falar, encostou a
cabeça no ombro de Fred e chorou enquanto Jorge acariciava sua mão. Depois do que
pareceu mais ou menos meia hora, contou tudo o que aconteceu.

- O Olívio fez isso? Bem, não é nenhuma surpresa – Disse Jorge.

- Não foi culpa sua Hydra, o Peter está nervoso agora mas ele vai perceber isso – Disse
Fred a cosolando...
- Eu retribui, Fred, eu deixei me envolver, eu... Eu... Eu segurei a nuca dele, igual eu
fazia antes, eu fiz isso! – Mais uma vez, Hydra chorava, inconsolável.

Ela tentou mais uma vez achar Peter, mas não teve sucesso, pensou em ir até a sala
comunal da Corvinal, mas achou que iria pegar mais uma detenção se fizesse, então
decidiu ir direto para a cama, sem falar com ninguém, ficou deitada ali fingindo estar
dormindo e chorando por horas até pegar no sono.

Na manhã seguinte, procurou Peter no café, mas ele não estava, decidiu então muito
envergonhada ir até os amigos dele perguntar.

- Oi Jenono.

- Oi Hydra, você veio da ala hospitalar? – Disse ele sorridente interrompendo a


conversa com os amigos.

- Ala hospitalar? Do que você está falando?

- Você não foi visitar o Peter? – Perguntou Marilee espantada.

- O PETER ESTÁ NA ALA HOSPITALAR? – Gritou tão alto que várias pessoas viraram para
olhar.

- Sim, ele brigou feio com aquele seu ex namorado ontem, aquele Wood, acho que os
dois estão lá – Respondeu Jenono assustado.

Hydra saiu correndo tão rápido que todos na sua frente pareciam borrões, ao chegar
na ala hospitalar, encontrou Madame Pomfrey que disse que era muito cedo para
visitas.

- Madame Pomfrey, eu imploro, eu faço qualquer coisa que você quiser, mas por favor
deixa eu entrar ai.

Depois de muita luta, finalmente Hydra conseguiu entrar e viu Peter que estava
deitada em uma das macas sozinho (nenhum sinal de Olívio) ele não a viu se
aproximar, ela sentou ao seu lado e então ele virou ela soltou um gritinho, seus lábios
estavam inchados e o olho roxo.
- Peter o que houve? – Disse ela espantada.

- O seu, o seu... – Ele não conseguia falar.

- O Olívio fez isso? - Perguntou Hydra espantada.

- Sim, mas eu deixei ele bem pior, ele ficou inconsciente a noite inteira, só teve alta
agora pouco.

Hydra abriu a boca em choque.

- Peter, por quê?

- Por que? Porque ele te beijou Hydra! ele me desrespeitou! – Gritou ele com raiva.

- Peter, aquilo não foi nada, eu gosto é de você, Olívo vai sim ser sempre especial, mas
ele é um amigo especial e só... Além disso, a culpa não foi só dele.– Hydra começou a
chorar, mas Peter ainda tinha o rosto contraído de raiva.

- Hydra, eu não posso namorar alguém que beija o ex namorado, eu sinto muito, mas
eu não posso! Como eu vou confiar em você assim? – O coração de Hydra bateu tão
forte, novamente a facada que sentira o dia que Olívio terminara com ela voltava, ela
chorou mais ainda.

- Eu... Peter, eu não quis beijar o Olívio...

- Eu preciso de um tempo para pensar, por favor... Me respeite nisso, por favor... – Ele
também parecia querer chorar.

Hydra saiu correndo antes que pudesse chorar mais, achou a primeira sala vazia e se
trancou nela, estava perdendo aula de feitiços mas não se importava, só queria chorar.

Finalmente, um aluno abriu a sala e Hydra saiu correndo, decidiu que iria tentar assistr
a aula seguinte, de Transfiguração.

- Hydra o que houve com você? Você sumiu no café, não foi para a aula de feitiços,
ninguém sabia responder onde você estava – Perguntou Angelina preocupada
sentando ao seu lado, mas Hydra não conseguia responder nada.
Durante toda a manhã seus amigos tentaram sem sucesso falar com ela, ela não
respondia absolutamente nada e também não prestou atenção em nenhuma aula.

- Talvez ela esteja doente... – Disse Alicia.

Hydra não foi ao almoço, subiu para a sala comunal vazia e se jogou em uma poltrona,
logo percebeu que na verdade a sala tinha mais um habitante, Olívio Wood que estava
quase tão machucado quanto Peter sentado em uma poltrona no canto, ela decidiu ir
até ele.

- O Peter não devia ter te atacado – Disse ela se sentando.

- Eu mereci. – Ele tentou sorrir – Está tudo bem com você? Não me leve a mal mas
você está com a aparência horrível.

- O Peter pediu um tempo... – Disse ela quase chorando.

- Ele é um idiota, – Disse Olívio de forma calma – você não teve culpa, ele já descontou
a raiva dele em mim, agora isso? Ele vai perder você se continuar assim, igual eu te
perdi...

Hydra olhou para Olívio e viu que ele estava realmente triste pela situação.

- Você não me perdeu, eu sempre estive aqui para você.

- Ele provavelmente vai mudar de ideia Hydra, eu sei de primeira mão como é mudar
de ideia sobre você, eu quero que você saiba que eu gosto de você, mas eu acho que
sempre vou gostar, mas não estou mais sofrendo, não estou mais triste, eu estou de
verdade feliz por você e o Peter, eu gosto de você como uma lembrança linda, eu me
concentrei tanto no quadribol que nem tive tempo para pensar nisso antes direito,
mas é verdade... – Sorriu Olívio.

A conversa com Olívio fez Hydra se sentir um pouco melhor, de modo que a tarde
conseguiu contar tudo a seus amigos.

- Ele provavelmente vai voltar logo, você sabe disso – Disse Alicia durante a aula de
trato de criaturas mágicas.
- Ele é um idiota se não – Afirmou Fred.

- Obrigada gente, só quero esquecer isso por agora.

Alguns dias se passaram, Peter saira da ala hospitalar e Hydra sofria toda vez que o via
(já com o rosto recuperado) na mesa da Corvinal, a notícia de seu possível término
correra solto e junto com a ainda euforia da taça de quadribol, era um assunto muito
comentado por todos, Amee Goat em especial parecia radiante tentando sentar perto
de Peter.

- Você está bem? – Perguntou Fred

- Sempre – Mentiu Hydra.

Amee sentara ao lado de Peter, acariciando seus cabelos sempre que ele não olhava,
apesar de ele afastar sua mão sempre que perecebia.

- Você está fazendo nevar – Disse Fred.

Hydra observou que pequenos flocos de neve caiam em cima deles, isso significava
que Hydra estava com muita raiva.

- Desculpa meninos, é só que... Essa Amee, ela não tem noção, né? – Perguntou ela.

- Mais do que o Olívio, talvez... – Disse Jorge, baixinho.

Era quase o meio de Maio e os N.O.M.s se aproximavam rápido, Hydra não falara mais
com Peter desde o dia na ala hospitalar e cada dia isso doia mais, mas ela não podia se
dar ao luxo de não se preparar para os exames que estavam tão perto. Fred e Jorge
sempre tentavam animá-la contando piadas na sala comunal.

- Vocês são muito especiais para mim – Disse Hydra sentada em uma poltrona próxima
a lareira para Fred e Jorge que sentaram ao seu lado.

- Você também é Hydra – Respondeu Fred.

- Posso te fazer uma pergunta? – Disse Jorge baixinho


- Claro!

- Você ama o Peter? Ou você gosta do Olívio?

Hydra ficou confusa com a pergunta e procurou Olívio com o olhar, ele estava
conversando alegremente com alguns amigos no outro canto da sala.

- Eu acho que eu vou sempre gostar do Olívo, não sei, pelo menos essa é a impressão
que eu tenho, mas eu não o amo mais, eu acho que eu realmente amo o Peter, eu não
sinto mais desejo pelo Olívio ou paixão, tudo isso eu sinto pelo Peter, ele me faz mais
falta do que eu imaginei, eu acho que eu não dei o valor que ele merecia antes,
quando eu o tinha... E agora... – Respondeu Hydra pensativa.

- Eu entendo, mas não se preocupe, você sabe que o Peter provavelmente vai voltar
logo, né? – Perguntou Jorge.

- Eu espero que sim – Disse Hydra, se esforçando para não voltar a chorar.

- E se não voltar... Temos sempre aquela lista...

- NÃO ME FALA NA LISTA – Interrompeu Hydra.

- Ok... Um rapaz não pode nem fazer mais um dinheiro honesto por aqui! – Disse Fred,
fingindo estar constrangido.

Jeniffer, tomando as dores do irmão, também evitava falar com Hydra, o que fazia ela
se sentir cada vez pior.

- Isso é ridículo dela – Disse Angelina, que agora se aproximava de Hydra e dos gêmeos
e viu que a menina olhava com tristeza para Jeniffer, que estava com Rita e Laura
sentada em um canto oposto da sala comunal.

- Você ficou sem falar com a Hydra porque ela terminou com o cara que você queria
que ela namorasse – Disse Fred.

- Pior, porque ele terminou com ela! – Completou Jorge.


- Não foi bem assim e não foi esse o motivo – Disse Angelina, lançando um olhar feio
para os meninos.

O sábado chegou e com ele a aula com o professor Snape.

- Desajeitada, esqueceu de mexer a poção para a esquerda, já é o segundo erro que


comete essa semana, sem contar com as semanas passadas, Senhorita Malfoy, se não
melhorar, deixarei de lado nossas aulas – Disse Snape do jeito cruel e severo de
sempre parado atrás de Hydra que mexia em um caldeirão que borbulhava em azul.

- Não profesor, eu prometo que eu vou me concentrar mais, eu prometo.

- Semana que vem, é a sua última chance – Pode ir e faça essa patética desculpa para
poção desaparecer antes.

- Evanesca – Disse Hydra apontando a varinha para o caldeirão e fazendo com que a
poção desaparecesse de vista.

- Semana que vem, iremos pegar mais uma poção que cairá no N.O.M e eu quero nada
menos que ótimo, entendido senhorita Malfoy?

- Sim, Professor Snape.

Hydra saiu da sala desgostosa em direção a sala comunal, estava subindo as escadas,
quando deparou com Peter, seu coração bateu forte e seu estômago estava tão
embrulhado que parecia que ela ia vomitar, ela pensou em passar batido, mas Peter a
chamou.

- Hydra, espera – Disse ele – Vem aqui comigo por favor?

Peter a levou até uma sala vazia onde ela se sentou e ele também a sua frente, os dois
ficaram se olhando por muitos minutos até Peter falar.

- Os gêmeos vieram falar comigo, o Olívio veio falar comigo, minha irmã veio falar
comigo, até meus amigos vieram falar comigo... – Disse ele calmamente olhando para
Hydra.

- Sobre o que? – Perguntou ela nervosa


- Que eu estou sendo um idiota, uma criança, que a culpa não foi sua, etc... Mas
sinceramente o que mais me marcou foi algo que o próprio Olívio disse.

- O que ele disse?

- Que pensava que cometeu o erro de se separar de você por achar que era o melhor
no momento e depois viu que sentia sua falta, o momento já tinha passado, ele não te
conseguiu de volta e depois passou a entender que realmente gostava de você, mas
não daquele jeito mais, mas que sempre seria uma amiga para ele e uma lembrança
boa e que você estava melhor comigo e que eu seria um idiota se deixasse esse
momento passar... – Hydra engoliu essas palavras – Ele disse que hoje em dia já
superou tudo isso...

- Ele disse isso? – Perguntou Hydra surpresa.

- Sim – Peter se levantou e se sentou ao lado de Hydra.

- Me desculpa, Peter eu não sou assim, eu não traio, eu não saio beijando caras
enquanto estou com alguém, só, aconteceu... Eu realmente não queria... Eu não
planejei, eu não quis beijar ele, só você...

- Eu acredito em você, eu acho que eu só fiquei louco de ciúmes, só isso – Disse Peter,
olhando para o chão.

- Promete que vai confiar em mim? – Perguntou Hydra.

- Eu prometo.

Os dois se beijaram e ficaram ali naquele sala por muito tempo, o coração de Hydra
estava alegre novamente, tudo parecia finalmente se encaixar, toda dor parecia
finalmente ter ido embora. Com o passar do tempo, até Jeniffer passou a voltar ao
normal com Hydra.

Com o fim do campeonato de quadribol, o final de Maio se tornou exclusivamente


para o pânico dos exames.

- Anotem, por favor, todos os temas que possivelmente irão cair em seus exames –
Disse a Professora Burbage, durante a aula de Estudos Trouxas – Uso da tecnologia na
comunicação trouxa, especialmente, como usar um telefone, escrever cartas e enviar
pelos correios e uso do computador.

- Isso vai ser difícil pelo visto... – Dizia Laura, enquanto anotava toda a matéria em um
pergaminho.

- Também teremos sobre como a genética bruxa se preserva com o cruzamento entre
bruxos e trouxas, meios de transporte trouxa e como usá-los no dia-a-dia e profissões
trouxas comuns.

- Tudo isso, professora? – Perguntou Hydra.

- E mais um pouco, Senhorita Malfoy.

- Me lembra novamente como seus pais deixaram você fazer essa matéria – Perguntou
Laura, que era a única conhecida que cursava a matéria com ela, enquanto a
Professora Burbage falava com o resto da turma sobre a matéria.

- Eles não sabem, eu fiz um acordo com a escola, o problema é que eu só comecei esse
ano, então eu tenho dois anos de matéria para aprender em apenas um.

- Você realmente deve estar ficando louca com tanta matéria – Disse Laura, se
compadecendo da menina.

- Você nem faz ideia....

À medida que junho se aproximava, os dias foram desanuviando e se tornando


quentes, e só o que as pessoas tinham vontade de fazer era passear pela propriedade
e se largar no gramado com vários litros de suco de abóbora gelado do lado, e talvez
jogar uma partida descontraída de bexigas ou apreciar a lula gigantesca nadar,
sonhadora, pela superfície do lago. Mas isso não era possível. Os exames estavam às
portas e em lugar de se demorarem pelos jardins, os alunos tinham de permanecer no
castelo, e tentar obrigar o cérebro a se concentrar em meio aos sopros mornos de
verão que entravam pelas janelas. Até mesmo Fred e Jorge Weasley tinham sido vistos
estudando finalmente percebendo que deveriam passar em pelo menos alguns
N.O.M.s. Hydra e Peter praticamente viviam na biblioteca, a briga entre os dois foi
esquecida completamente e agora eles só pensavam em como seriam os exames.
Nesse meio-tempo, nascera entre os alunos de quinto e sétimo ano um florescente
mercado negro de produtos para aumentar a concentração, a agilidade mental e a
atenção, mas Hydra não prestava atenção neles, na verdade não prestava atenção em
quase nada, vários alunos do quinto e sétimo ano saiam correndo e chorando da
biblioteca diariamente.

– Como vocês podem ver – disse a Prof a McGonagall à classe em uma das aulas de
Transfiguração enquanto os alunos copiavam as datas e os horários dos exames do
quadro-negro –, os seus N.O.M.s estão distribuídos por duas semanas sucessivas.
Vocês farão os exames de teoria pela manhã e os de prática à tarde. O exame prático
de Astronomia, naturalmente, será realizado à noite.

"Agora, devo prevenir a vocês que os seus exames receberam os feitiços anticola mais
fortes que existem. Não são permitidos na sala de exame Penas de Resposta
Automática, nem tampouco Lembróis, Punhos-de-Cola Destacáveis nem Tinta
Autocorretora. Todo ano, é preciso dizer, aparece no mínimo um estudante que acha
que pode contornar o regulamento da Autoridade de Exames Bruxos. Por favor não
percam seu tempo tentando e nem envergonhem a nossa casa."

- Professora, quando teremos o resultado dos nossos exames? – Perguntou Hydra


levantando a mão.

– Vocês receberão uma coruja em julho.

Hydra sentiu seu corpo todo ficando gelado, seria ruim o suficiente esperar para saber
os resultados, pior ainda esperar em casa.

O primeiro exame, Teoria dos Feitiços, estava programado para a segunda-feira pela
manhã, Hydra estava de novo com Peter na Biblioteca, os amigos de ambos também
estavam por perto nas mesas, todos muito concentrados.

- Peter, qual é a sua primeira prova? – Sussurrou Hydra.

- Poções e a sua?

- Teoria dos Feitiços, quer testar algumas poções comigo e eu testo alguns feitiços com
você?
- Tudo bem! – Disse ele alegremente.

Os dois pegaram suas coisas e foram até uma sala vazia, onde Peter praticou algumas
poções com a supervisão de Hydra e ela praticara alguns feitiços e transfigurações com
a supervisão de Peter.

- Você tem que se concentrar– Disse ele andando ao redor de Hydra enquanto ela
respondia suas perguntas, para a parte teórica dos exames,

- Eu sei, eu sei, é só que é difícil lembrar de algumas coisas. – Hydra estava realmente
muito nervosa.

Tinha algo de divertido e calmo estudar com Peter, apesar de poções ser a única
matéria que ela realmente podia ajudá-lo (Graças a todas as aulas avançadas com
Snape) e Peter estar extremamente nervoso com todos seus exames, ele sempre dava
um jeito de ajudá-la.

- Eu não consigo, é impossível, É IMPOSSÍVEL! – Dizia Alícia, entrando mais uma vez em
pânico, na biblioteca, fazendo com que a bibliotecária fosse pedir silêncio para o
grupo.

- Não é impossível, Alícia, você vai conseguir – Disse Hydra, tentando animar a amiga.

- Olha, até o Fred e o Jorge estão estudando – Disse Angelina, apontando para os
meninos que estavam na ponta da mesa da biblioteca, junto com Lino Jordan, os três
com os narizes enfiados em grossos livros.

- Eu disse que uma hora eles iam cair na real e levar à sério os exames – Disse Hydra.

No Sábado antes dos exames, Snape pegou particularmente pesado com os possíveis
exames que cairiam no N.O.M.

- Eu não quero nada abaixo de ótimo para uma aluna que tem tido aulas particulares o
ano inteiro, entendido – Disse ele observando uma poção revitalizante que ela acabara
de preparar, com a mesma expressão de eterno nojo e desprezo que sempre tinha.

- Sim Senhor. - Hydra não ousou responder mais nada.


- Pelo menos a senhorita recuperou sua mão para poções nas últimas semanas, não
vejo o porquê de não ir bem, apesar dos tipos com quem anda... – Ele fez uma pausa
desgostosa – Se não deixar se levar por eles, espero vê-la nas minhas aulas de N.I.EM
no ano que vem.

Hydra sorriu, apesar de tudo, gostava muito de Snape e ele ensinara mais para ela
naquele ano do que jamais poderia imaginar, sabia que tinha sorte e se sentia muito
confiante para fazer qualquer exame de poções.

Infelizmente, o primeiro exame seria em dois dias e era de Feitiços, e não poção e ela
estava ansiosa para sair e estudar. Finalmente depois de avaliar satisfatoriamente sua
poção, Snape a liberou.

Hydra passou a madrugada a dentro estudando com Angelina, Jeniffer, Rita, Laura e
Alicia teoria de feitiços, a pobre Alícia parecia que iria ter um colapso a qualquer
momento (novamente)

- Isso é pior do que a final contra a Sonserina – Disse Angelina nervosa.

Na noite de domingo, o jantar foi calmo e calado, ninguém parecia conseguir comer
muito ou dizer qualquer coisa, Alícia recitava em voz alta feitiços, Peter fazia gestos
com as mãos como se estivesse mexendo em um caldeirão e cochichava com Olívio
sobre o exame de defesa contra as artes das trevas (que estava perto, graças a recém
pazes que ele fez com Peter) mesmo Fred, Jorge e Lino pareciam doentes e calados.

– São eles? São os examinadores? – Perguntou Angelina, com a voz nervosa, olhando
para o saguão de entrada e todos viraram-se imediatamente.

Pelas portas que se abriam para o Saguão de Entrada, eles viram um pequeno grupo
de bruxos e bruxas de aparência idosa.

- Eu acho que são sim, eu não acredito que já é amanhã! – Disse Hydra, que Peter
notou, estar mais pálida do que nunca.

- Você é inteligente Hydra, sempre sabe as respostas, não sei do que está com medo –
Disse Alicia.

- Eu sou esforçada, mas nunca se sabe...


A noite na sala comunal, todos pareciam querer revisar suas matérias sem sucesso,
Hydra decidiu então ir dormir, mas ficou rolando na cama até tarde da noite, precisava
mais do que nunca se concentrar no dia seguinte.

Nenhum dos quintanistas conversou muito durante o café na manhã seguinte,


tampouco:

Hydra tentava mentalmente lembrar de todos os feitiços que precisava e Peter, que
iria prestar os N.I.E.M.s tinha um olhar enlouquecido.

Quando terminaram, os alunos de quinto e sétimo anos se deixaram ficar pelo Saguão
de Entrada enquanto os outros estudantes foram para as aulas; então, às nove e meia,
eles foram chamados, turma por turma, a reentrar no Salão Principal, que tinha sido
rearrumado para as provas; as mesas das quatro Casas tinham sido retiradas e
substituídas por muitas mesas individuais, de frente para a mesa dos professores no
fundo do salão, à qual estava a Prof a McGonagall, por sua vez, de frente para as
mesas dos alunos. Depois que todos se sentaram e sossegaram, ela disse:

– Podem começar. – E virou uma enorme ampulheta na mesa ao lado, sobre a qual
havia ainda penas, tinteiros e rolos de pergaminho de reserva.

O coração de Hydra parecia que ia explodir, baixou os olhos para ler a primeira
pergunta:

a) cite o encantamento e b) descreva o movimento da varinha exigido para fazer os


objetos voarem. Respirou fundo e começou a escrever.

- Como você foi? – Perguntou Hydra para Peter no sagão de entrada, duas horas mais
tarde.

- Eu acho que fui bem, sua ajuda foi maravilhosa, muitas coisas que treinamos caiu no
exame – Sorriu ele e abraçou.

- E ai gênios, como foi o exame? – Disse Fred que chegava com Jorge e Lino.

- Eu acho que fui muito bem e vocês? – Respondeu Hydra.

- Não sei e não me importa – Disse Jorge.


- Você não tomam jeito mesmo – Sorriu Hydra dando um soquinho no ombro de Jorge.

Os quintanistas almoçaram com o restante da escola (as mesas das quatro Casas
reapareceram na hora do almoço), depois marcharam para uma pequena sala ao lado
do Salão Principal, onde deviam esperar a chamada para o exame prático. À medida
que pequenos grupos de alunos eram chamados, os que ficavam murmuravam
encantamentos e praticavam movimentos com a varinha, ocasionalmente espetando o
colega nas costas ou no olho, por engano.

Chamaram Angelina e Lino que foram tremendo com alguns outros alunos. Os
estudantes que eram testados não voltavam à sala, o que causava uma tensão entre os
amigos que ficavam esperando ansiosos.

- Vamos lá... – Sorriu Alicia.

O Prof. Flitwick chamou depois de um tempo:

- Macmillan, Jeniffer... Maccoy, Brendon.... Malfoy, Hydra... Matense, Lena...

- Boa sorte – Desejaram Fred, Jorge e Alicia.

- Obrigada gente – Sorriu Hydra nervosa.

– O Prof. Tofty está livre, Malfoy – esganiçou-se o Prof. Flitwick, que estava em pé à
porta. E orientou Hydra para um bruxo que parecia o examinador mais velho e mais
careca, sentado a uma mesinha no canto mais distante, a uma pequena distância da
Prof a Marchbanks, que, por sua vez, já estava na metade do exame de um aluno da
Lufa-Lufa.

– Hydra Malfoy? – perguntou o Prof. Tofty, consultando suas anotações e espiando por
cima do pincenê à aproximação de Hydra.

- Isso – Disse Hydra tremendo.

- Vamos senhorita não precisa ficar nervosa. Agora, gostaria de pedir que você pegasse
esse porta-ovo e o fizesse dar saltos mortais para mim.

Hydra sentiu que foi muitíssimo bem no exame e saiu confiante e sorrindo.
No jantar, todos comentavam sobre os exames

- Eu me atrapalhei um pouco com o feitiço de mudança de cor. – Disse Angelina


chateada – Mas no geral acho que fui bem.

- Nem adianta perguntar de vocês, não é? – Riu Hydra para Fred e Jorge que
confirmaram

- Os N.I.E.M.s não são mole gente, não mesmo! – Disse Peter nervoso, parecendo meio
trêmulo, sentando ao lado deles.

- Você disse que foi bem. – Disse Hydra.

- Eu acho que sim, mas, realmente são exaustivos.

- Acho que por isso o nome "Incrivelmente Exaustivos" – Disse Jorge, se referindo ao I
e E das siglas N.I.E.M

Não houve tempo para relaxar naquela noite, Hydra seguiu para a sala comunal já que
não podia mais ajudar Peter e sabia que ele precisava se concentar, todos seus amigos
do quinto ano mergulharam em uma revisão de Transfiguração.

No dia seguinte, Hydra sentiu que foi muito bem no seu exame teórico e melhor ainda
no prático, onde conseguiu fazer uma iguana desaparecer completamente, Jeniffer
que estava na mesa ao seu lado deixou metade da iguana aparecendo no começo,
antes de conseguir fazer o bicho sumir por completo depois.

Os alunos fizeram o exame de Herbologia na quarta-feira, essa era uma das


especialidades de Hydra, então ela não sentiu absolutamente nenhuma dificuldade.
Peter teve seu exame de Feitiços no mesmo dia e estava muito mais satisfeito do que o
de poções.

Depois, na quinta-feira, tiveram Defesa Contra as Artes das Trevas. Hydra teve
pequenas dificuldades na parte escrita, mas graças as maravilhosas aulas do Professor
Lupin, conseguiu ir bem e realizar todos as contra-azarações e feitiços defensivos que
foram o foco das aulas no segundo período do semestre.
Na sexta-feira, Hydra prestou o exame de Runas antigas, sentiu que não foi o seu
melhor desempenho, mas ainda assim foi satisfatório. Peter parecia cada dia mais
pálido depois dos exames.

Durante o fim de semana, ela tentou fazer com que Peter relaxasse um pouco, afinal
só faltavam mais dois exames para ele, Defesa-Contra-As-Artes-Das-trevas e
Herbologia.

- Eu posso te ajuda em Herbologia se você quiser. – Disse ela sorrindo abraçada a ele
em uma sala vazia.

- Eu até que estou despreocupado com esses dois últimos exames, para mim o pior já
passou, eu não entendo porque você está puxando tanta matéria esse ano Hydra,
ainda faltam muitos para você! – Disse ele preocupado.

- Ano que vem eu vou diminuir essa carga horária, pode ter certeza – Sorriu ela.

- Eu nem acredito que o ano já está acabando... – Disse Peter triste.

- E eu não quero pensar sobre o que isso significa, não agora, por favor... – Disse Hydra
o beijando.

No Sábado a noite, Snape passou uma revisão maravilhosa de poções para o seu
exame de segunda o que fez com que Hydra passasse o domingo ajudando os amigos
(e alguns outros alunos que estavam na biblioteca) a fazer revisões finais, quando se
deu conta, tinha pelo menos trinta alunos ao seu redor enquanto ela explicava a Poção
Polissuco, de todas as casas, até da Sonserina!

O exame escrito de Poção foi o mais fácil que Hydra já tiverá na vida e a mesma coisa
aconteceu de tarde, ela tinha a inabalável certeza de que tiraria a nota máxima, já que
não sentiu absolutamente nenhuma dificuldade com elas. Quando o professor disse:

"Afastem-se dos seus caldeirões, por favor, o exame terminou" Hydra saiu contente e
se sentindo satisfeita.

- Como foi o exame? – Perguntou ela encontrando Angelina no corredor.


- Não tão bom, nada que vá me garantir uma vaga na turma do Snape ano que vem, eu
acho. – Respondeu ela desanimada.

- Não tenha certeza disso, além disso, mesmo que seja verdade, o que eu não acho que
seja, você meio que nem queria mesmo, né? – Perguntou Hydra.

- Não mesmo, pra mim vai ser um alívio não ter aula com ele.

No jantar, todos pareciam desanimados, era vez de Hydra se sentar com os amigos de
Peter, que pareciam exaustos.

- Herbologia não foi difícil, – Comentou Peter – mas todos os nossos exames são
extremamente cansativos, espera até você chegar lá... – Disse Peter com olheiras nos
olhos.

- Eu estou tendo já o gostinho dos N.O.M.s, apesar dos de hoje terem sido ótimos,
amanhã eu tenho Trato das Criaturas Mágicas e sinceramente, o Hagrid não me
ensinou muito esse ano para que eu me sinta confiante em passar, a maioria eu
estudei sozinha nos livros.

- Eu te entendo. – Disse Marilee – Fiz a mesma coisa, Hagrid não é exatamente um


bom professor.

Hydra se sentiu dividida, realmente concordava com Marilee, mas gostava de Hagrid,
preferiu não falar mais nada sobre o assunto.

- Vocês já decidiram como vão fazer ano que vem? – Perguntou Jenono entre uma
garfada de bife a parmegiana e outra.

- Sobre o que? – Perguntou Peter

- Vocês não vão mais estar juntos todos os dias... – Hydra e Peter ficaram vermelhos,
na verdade já era bem desconfortável ter que falar sobre esse assunto a todo
momento.

- Nós vamos continuar namorando, eu vou ver a Hydra nos fins de semana de
Hogsmeade e nos feriados – Disse Peter com um tom de quem encerra um assunto.
Jenono parece ter entendido já que não perguntou mais nada.
- Como foi para vocês esperar o resultado dos N.O.M.s? – Perguntou Hydra – Eu não
consigo nem imaginar esperar seis semanas para saber se passei ou não, é muito
nervoso.

- Calma – Riu Marilee – Passa rápido, quando você perceber já estão chegando por
coruja na sua casa, dali pra frente é só planejar os últimos dois anos de Hogwarts e ser
feliz.

Hydra teve prova prática de Trato das Criaturas Mágicas pela manhã e prática de
tarde. O exame prático foi realizado à tarde no gramado em frente à Floresta Proibida,
onde os examinadores pediram aos estudantes para identificar corretamente o ouriço
escondido no meio de uma dúzia de porcos-espinhos (o truque era oferecer leite a
cada um individualmente; os ouriços, bichos extremamente desconfiados, cujas cerdas
têm propriedades mágicas, geralmente ficavam furiosos diante do que imaginavam ser
uma tentativa de envenená-los); depois pediram para demonstrar como se apresentar
corretamente a um Hipogrifo; tentar identificar uma Briba e um Cava-Charco.

O exame teórico de Astronomia na quarta-feira de manhã correu bem. Tiveram de


esperar até a noite para fazer o exame prático, Hydra teve então de tarde sua prova de
estudos os trouxas, que achou que foi muito bem.

Onze da noite, Hydra e seus amigos foram até a torre de Astronomia para o exame
prático, a noite estava calma, Cada aluno montou o próprio telescópio e, quando a
Professora deu a ordem, começaram a preencher as cartas estelares em branco que
haviam recebido. Apesar de não ser a matéria preferida de Hydra, ela achou que seu
exame foi satisfatório o suficiente para passar, logo depois que acabou, foi para a torre
da Grifinória e desabou na cama de cansaço, no dia seguinte teria seu último exame,
História da magia.

- Hoje tenho Defesa-Contra-As-Artes-Das-Trevas e é isso, acabou, sem mais exames em


Hogwarts, nunca mais – Disse Peter com mais temor que felicidade em sua voz
sentado ao seu lado no café – Eu ainda não acredito que já se passaram sete anos
desde que estive aqui a primeira vez.

- Nem me fala, sinto a mesma coisa – Disse Olívio que estava sentado perto na mesa –
Pelo menos consegui terminar meus estudos com a taça de quadribol nas mãos, isso já
foi mais do que eu poderia desejar. – Sorriu ele, com brilho no olhar.
- Você vai continuar com o quadribol? – Perguntou Peter.

- Sim, já tenho testes marcados para algumas equipes profissionais e você?

- Vou ser curandeiro, já consegui uma vaga no St. Mungo's – Disse ele, orgulhoso.

Depois do café, Peter e Olívio continuaram para seus exames teóricos e Hydra subiu
para a torre da Grifinória, O exame final de História da Magia não deveria se realizar
até a tarde.

- Sem o Peter e o Olívio aqui ano que vem, quem vai brigar no corredor por sua causa?
– Brincou Jorge enquanto Hydra revisava suas anotações sentada na sala comunal –
Isso aqui vai ficar muito chato.

- Sempre pode surgir novas brigas , não se preocupe, Angelina vai continuar aqui, não
se esqueça, essas duas sempre podem inventar uma confusão para arrumar. – Brincou
Fred.

- Eu não acredito que vocês tem prova daqui a pouco e estão ai brincando – Disse
Hydra zangada, mas os gêmeos fizeram uma expressão de desdém e continuaram
conversando.

Os quintanistas entraram no Salão Principal às duas horas e se sentaram em seus


lugares diante do exame virado para baixo.

– Desvirem o exame – disse a Profa à frente do salão, invertendo a gigantesca


ampulheta. – Podem começar.

O exame foi exatamente como as aulas de História de magia, longo, chato e cansativo,
mas finalmente acabara, finalmente estava livre dos N.O.Ms, agora era só esperar seis
semanas para saber como se saiu.
CAPÍTULO 22

A DESPEDIDA

Durante o jantar, Hermione contou que o Ministro da mágia estava com a comissão e
um carrasco para o "julgamento" final contra Bicuço.

- Mas isso não é justo, isso não é um julgamento, é uma sentença! – Exclamou Hydra.

- Foi o que eu disse! – Disse Hermione desanimada.

- Será que não teria algo que eu poderia fazer? Falar com o ministro talvez... – Disse
Hydra.

- Acho que não adiantaria, seu pai deixou o caso bem difícil de ser vencido – Disse
Rony com um pouco de ressentimento e Hydra se sentiu envergonhada.

- Hoje a noite vão assassinar o pobrezinho... – Chorou Hermione.

- Eu sinceramente sinto muito, eu queria muito poder impedir isso, é uma injustiça, eu
sei que meu irmão exagerou tudo e meu pai também, eu queria ter mais poder sobre
eles, acredite... – Disse Hydra desanimada.

- Você fez o que pode – Disse Hermione.

Hydra passou o resto do jantar triste, os três amigos saíram e Hydra foi para a sala
comunal depois de se despedir de Peter.

- Eu estou exausto, vou direto para a cama, amanhã nos falamos mais – Disse ele
sorrindo e a beijando.

Hydra, Fred e Jorge ficaram conversando sobre invenções enquanto Alicia, Lino, Olívio,
Kate e Angelina descansavam nas poltronas, um clima de alívio era visível entre os
alunos dos quinto e sétimo ano.

- Vocês são extremamente inteligentes, as coisas que vocês conseguem criar... Como
vocês não vão melhor nas matérias?– Perguntou Hydra chocada.
- É uma questão de prioridades – Disse Fred.

- E você poderia nos ajudar nessas invenções, Hydra. – Disse Jorge – Estamos
precisando de poções novas para brincadeiras, você bem que podia colaborar.

Hydra pensou um pouco até falar:

- Se vocês prometerem não machucar ninguém, eu topo.

- Segurança em primeiro lugar – Brincou Fred.

- Bem-vinda a Gemialidades Weasley – Sorriu Jorge, dando a mão para ela apertar, o
que ela fez logo em seguida.

- O que seria isso? – Perguntou Hydra confusa.

- O nome da nossa futura loja de brincadeiras, quando tivermos dinheiro para montar
uma.

- Eu gostei – Sorriu Hydra – Assim que eu tiver acesso ao meu dinheiro eu faço questão
de ser uma investidora.

- Acesso ao seu dinheiro? – Perguntou Jorge curioso.

- Sim, mamãe e papai deixaram separado ouro para mim e Draco, mas só podemos ter
acesso quando formos maiores de idade, apesar de eu achar que papai vai querer
adiar isso para depois já que ele sabe que quando eu fizer dezessete anos vou sair mais
rápido daquela casa que você pode falar Erumpente, acredite.

- E vai para onde? – Perguntou Fred.

- Não sei, para um lugar meu, para a casa de alguma amiga na França, não sei ainda,
depende de se terei dinheiro. – Disse Hydra séria.

- Você pode morar com a gente – Sorriu Fred – Tenho certeza que mamãe não se
incomodaria.
Hydra sorriu, mas pensou como seria possível caber mais uma pessoa naquela casa,
apesar de que amaria estar entre os seus amigos.

- Vocês são amigos maravilhosos... – Sorriu ela - Vamos ver como tudo irá acontecer,
ainda falta mais de um ano, em Agosto eu faço dezesseis ainda.

Hydra ficou ali conversando com os amigos até pouco mais das onze da noite, então
decidiu ir dormir.

No dia seguinte, ela e suas amigas acordaram preparadas para mais uma visita à
Hogsmeade, a última do semestre, desceu para o café sentindo um calor sufocante
que invadia o castelo.

- Vocês souberam o que aconteceu? – Perguntou Jeniffer nervosa se sentando ao lado


deles na mesa da Grifinória.

- O que? – Responderam todos nervosos.

- Sirius Black, ele atacou ontem, foi capturado por Snape mas conseguiu fugir!

- O QUE? – Todos gritaram espantados.

- Ele esteve no castelo? – Perguntou Fred.

- Snape conseguiu prender ele? – Perguntou Jorge.

- E ele escapou de novo? – Completou Hydra.

- Exatamente – Disse Jeniffer.

Hydra sentia curiosidade de saber como ela sempre sabia de tudo em primeira mão.

- Ele machucou alguém? – Perguntou Alicia.

- Isso eu não sei, mas eu não contei a parte mais chocante – Disse ela enquanto os
amigos se aglomeravam ao seu redor – O Professor Lupin é um Lobsomen!!!

- O QUE? – Gritaram todos de novo.


- Eu sabia que tinha algo diferente nele, mas nunca imaginei... – Disse Fred.

- Você tem certeza disso Jeniffer? – Perguntou Lino.

- Tenho sim, toda escola esta falando sobre isso, parece que o Professor Snape contou
para os alunos da Sonserina.

- Ele foi o melhor professor que já tivemos, será que Dumbledore vai demitir ele
depois disso? – Perguntou Fred desanimado.

- Eu espero que não – Respondeu Hydra.

- Mas eu aposto que vai, infelizmente, os pais não vão querer que um Lobisomen
ensine os filhos deles, infelizmente mesmo – Disse Angelina triste.

- É uma pena, o Professor Lupin realmente foi sensacional. – Disse Peter triste – Espero
que ele fique e ajude vocês nos próximos anos.

Toda escola comentava sobre as novidades quando partiram para Hogsmeade, o dia
quente fez com que eles fossem direto para o Três Vassouras beber uma cerveja
amanteigada gelada, o clima era de alegria apesar de tudo, todos os seus amigos, os
amigos de Olívio (e os de Peter) estavam reunidos ao redor de três mesas que foram
colocadas juntas.

- Ao final da nossa jornada em Hogwarts – Brindou Marilee com o resto dos alunos do
sétimo ano.

- Ao começo dos nossos N.I.E.M.s – Brindou Jeniffer com os do quinto ano.

- Ao meu fim de ano só então, já que não começo nada disso ainda – Riu Kate Bell e
"brindou" sozinha.

À medida que o trimestre foi chegando ao fim, muitas teorias diferentes sobre o que
realmente acontecera na noite da fuga de Sirius e depois Hydra descobrira, de Bicuço,
que escapou também (graças a Deus, pensou Hydra aliviada) foram formadas.
Draco estava enfurecido com a fuga de Bicuço. Acreditava que Hagrid encontrara um
jeito de contrabandear o hipogrifo para um lugar seguro, e parecia indignado que ele e
o pai tivessem sido enganados por um guarda-caça.

- Bem feito para vocês dois! – Disse Hydra sorridente quando encontrou Draco no
corredor – Parem de achar que o mundo é feito somente para agradar as suas
vontades.

Draco ficou ainda mais furioso, mas Hydra virou as costas e saiu andando.

A saída de Lupin foi algo que deixou muita gente chateada na escola, afinal, ele tinha
se tornado o professor preferido de muitos e o futuro da matéria era incerto para o
ano seguinte.

Hydra estava aproveitando os últimos momentos com Peter em Hogwarts alguns dias
antes do encerramento do semestre.

- Você vai me visitar nas férias? – Perguntou ele sorrindo abraçado a ela.

- Claro que vou, ainda mais sabendo que não poderei mais fazer isso com tanta
frequência ano que vem – Disse ela desanimada.

- Você sabe que eu vou te esperar, não sabe? – Disse ele olhando fundo em seus olhos.

- Eu sei disso e eu a você, mas vai ser muito difícil ficar todos esses dias aqui e você lá
fora – Disse Hydra com os olhos tristes.

- Passam rápido, além do mais, o sexto ano é tão ocupado que você não vai nem
sentir, prometo – Sorriu ele.

- E no outro eu vou ter dezessete anos e já ter saído de casa, pelo menos isso.

- Para onde você vai Hydra? – Perguntou Peter preocupado.

- Depende se eu conseguir dinheiro ou não, posso comprar um lugar para mim – Disse
ela pensativa – Os Weasleys também ofereceram abrigo – Disse ela brincando.
- Por que você não mora comigo? – Hydra se assustou com a pergunta e deu um
pequeno passo para trás.

- Morar com você? – Repetiu ela assustada.

- Sim, por que esse espanto todo? Até lá já vamos estar namorando firme há quase
dois anos, se tudo der certo e você vai ser maior de idade.

- Eu sei Peter, mas é uma responsabilidade muito grande, não é algo que eu realmente
planeje fazer tão cedo.

- Não é um casamento, Hydra, relaxa – Sorriu ele.

- Nós somos muito novos...

- Você é muito nova ainda, eu concordo, mas não vai ser quando for maior de idade.

Hydra ficou pensativa e demorou alguns minutos antes de responder.

- Eu nunca tinha pensado nisso antes, nunca...

- Você não gostou da ideia? – Perguntou Peter parecendo mais desanimado do que no
começo.

- Eu te amo e é claro que eu quero ficar com você, eu só me acho tão nova ainda...

- Como eu disse, não é agora, além do mais, de começo você vai passar somente as
férias do sexto para o sétimo ano, se não gostar, pode muito bem procurar um lugar só
pra você quando se formar de Hogwarts.

- Sim, você tem razão, além do mais, isso é somente ano que vem – Sorriu Hydra, ainda
temos muito tempo para pensar sobre.

- Verdade, vamos aproveitar o que temos agora – Sorriu Peter e a bejou.

- Eu vou sentir falta de me esconder nessas salas com você. – Brincou Hydra.
- Você reparou que é a primeira vez que você fala que me ama? - Perguntou Peter
sorrindo um sorriso "bobo".

- Não, eu já sinto isso tem tanto tempo... Acho que só não tinha conseguido formular
as palavras antes - Disse Hydra, sorrindo e o beijando.

- Eu também te amo, Hydra Malfoy - Disse Peter feliz, a beijando profundamente.

A casa de Grifinória, em grande parte, graças ao seu espetacular desempenho na


conquista da Taça de quadribol, ganhara o Campeonato das Casas, pelo terceiro ano
consecutivo. Isto significou que a festa de encerramento do ano letivo se realizou em
meio a decorações vermelhas e douradas, e que, na comemoração geral, a mesa da
Grifinória foi a mais barulhenta do Salão.

Na manhã seguinte, Hydra estava no compartimento do Expresso de Hogwarts com


Peter, Fred, Jorge, Alicia e Angelina.

- Eu não acredito que eu preciso esperar para saber o resultado dos meus N.O.M.s –
Disse Angelina enquanto Fred e Jorge tentavam ver se conseguiam fazer a explosão
dos Snaps explosivos ser maior do que o normal.

- Eu não sei se vou aguentar de ansiedade – Disse Alicia.

(Os gêmeos conseguiram fazer uma grande explosão que fez com que algumas pessoas
viessem checar o compartimento).

Depois de tudo se acalmar e receberem uma grande bronca de Percy, todos se


sentaram e os gêmeos contaram piadas para animá-los, Alicia e Angelina quase
choraram de tanto rir. Hydra que estava sentada perto de Peter, conversava com ele
baixinho.

- Quando você começa a trabalhar?

- Não sei, preciso dos meus N.I.E.M.s, então eu irei me registrar para o treinamento de
curandeiro no St Mungos, então eu começo no meio de Agosto provavelmente, ou
começo de Setembro.
- Eu não tenho dúvidas de que seus resultados dos N.I.E.M.s vão ser maravilhosos –
Disse Hydra sorrindo.

- E antes disso eu e papai iremos procurar casas para mim, não muito longe deles, mas
não muito perto também – Riu Peter – Estou pensando em algo próximo ao mar, o que
acha?

- Eu acho maravilhoso, se eu estivesse procurando casas com certeza consideraria essa


uma das minhas principais opções.

Fred e Jorge causaram mais uma explosão no compartimento.

- SÉRIO, CHEGA, VOCÊS DOIS! – Gritou Percy, entrando furioso no local.

- Você se formou, Percy, já não é mais monitor chefe, não enche! – Disse Jorge.

- Sou até sairmos desse trem – Lembrou ele, como sempre, pomposo.

- Eu ainda não acredito que você se formou – Disse Hydra acariciando o rosto de Peter.

- Nem eu – Disse ele encostando sua cabeça na dela – E eu não acredito que eu
finalmente te conquistei esse ano – Brincou ele – Não foi fácil.

- Para, nem foi difícil... – Riu Hydra.

Hydra saiu para procurar a moça do carrinho já que estava com fome quando
encontrou Olívio.

- Hydra, que bom que te encontrei – Sorriu ele

- Oi Olívio, o que houve? – Os dois estavam parados em em um dos corredores do


trem.

- Eu queria pedir desculpas mais uma vez por tudo que fiz esse ano e te agradecer por
sempre ter sido paciente, eu irei sentir muito a sua falta agora que não te verei todos
os dias, mas eu estou feliz que você está seguindo com sua vida feliz e tentarei sempre
fazer o mesmo, espero nunca perder o contato com você, afinal é uma das melhores
lembranças que levarei de Hogwarts – Disse ele sorrindo emocionado – Isso e ter
ganhado a Taça de quadribol é claro.

Ambos riram bastante.

- Eu vou sentir sua falta também Olívio, acredite e eu desejo muito boa sorte com a
sua nova vida agora e saiba que sempre podemos conversar – Hydra abraçou Olívio e
sentiu que realmente sempre teria carinho por ele, não o amor que sentiu, mas
carinho e boas lembranças. Os dois se despediram e Hydra voltou ao seu
compartimento depois de achar a moça do carrinho de doces e comprar comida para
todos.

O trem parou na estação 9 ¾ depois de muita conversa e brincadeiras de Snaps


explosivos. Hydra se despediu dos amigos e Peter se abraçaram e beijaram por um
tempo na estação (tempo o suficiente para Draco reclamar que seus pais estavam
esperando pelo menos cinco vezes).

- Me promete que vai me escrever todos os dias? – Disse Hydra que já estava
chorando.

- Todos e podemos nos ver também nesse verão, não se preocupe – Peter a abraçou
antes que chorasse também.

Draco teve um pequeno surto dizendo que não aguentava mais e então Hydra partiu
com ele acenando para Peter. Agora só precisava aguardar pelo que suas férias iriam
trazer...

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