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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

SETOR DE FÍSICA EXPERIMENTAL


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

LUCAS FERNANDES CARNEIRO

RELATÓRIO FINAL
EXPERIMENTOS DE HIDROSTÁTICA

FEIRA DE SANTANA-BA
29 de junho de 2021
Conteúdo
1 Resumo 3
2 Introdução 3
3 Fundamentação teórica 4
3.1 Lei de Stevin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.2 Princípio de Arquimedes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.3 Descrição teórica e estatística . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

4 Materiais utilizados 8
5 Aplicações da lei de Stevin e princípio de Arquimedes 12
5.1 Procedimentos das aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.2 Organização dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5.3 Resultados das aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.4 O ovo que boia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.5 O termômetro de Galilleu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5.6 O Ludião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.7 Conclusão das aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

6 Experimentos realizados com vaso comunicante 18


6.1 Procedimentos experimentais do experimento do vaso comunicante . . . . . 18
6.2 Organização dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
6.3 Resultados experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
6.4 Tabelas e dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
6.5 Determinando a densidade do óleo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
6.6 Cálculo do erro percentual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

7 Experimentos realizados com a lei de empuxo 24


7.1 Procedimentos experimentais para lei de empuxo . . . . . . . . . . . . . . 25
7.2 Organização dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
7.3 Resultados experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
7.4 Tabelas e dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
7.5 Cálculo da aceleração gravitacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
7.5.1 Cálculo da regressão linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
7.5.2 Cálculo do erro percentual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
7.5.3 Propagação do erro de g . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
7.6 Determinando a densidade da água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

8 Experimentos realizados com o Princípio de Pascal 32


8.1 Procedimentos experimentais do experimento para o Princípio de Pascal . 32
8.2 Organização dos dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
8.3 Resultados experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
8.4 Tabelas e Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
8.4.1 Desvio padrão associado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
8.5 Cálculo da regressão linear para determinação da área da sessão transversal
do êmbolo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
8.5.1 Propagação do erro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

1
8.6 Comparação dos resultados e erro percentual . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

9 Conclusão 37
10 Referências 38

2
1 Resumo
Neste documento, iremos tratar de alguns fenômenos físicos que é bastante comum no
nosso dia a dia. Algumas das aplicações destes fenômenos serão ilustradas para entender-
mos de fato uma melhor resolução dos problemas quando chegarmos nos experimentos.
Das aplicações temos que um ovo que afunda ou bóia ao mudarmos a solução de um uido
no qual ele está emerso, ou o termômetro de Galileu que dentro de um tubo transparente
possui um liquido com uma certa densidade, e dentro do tubo algumas bolinhas com den-
sidades diferentes onde quando a temperatura muda a densidade do uido muda e ocorre
uma processo de mudança das posições da bolinha, ou também como a aplicação do ludião
que também está relacionado ao processo hidrostático. Inicialmente, neste relatório, ire-
mos abordar alguns experimentos relacionados com a hidrostática para mostrar algumas
relações importantes e fenômenos no qual se pode explicar utilizando hidrostática. Par-
tindo desse ponto de vista, serão abordados neste documento alguns experimentos para a
explicação dos fenômenos físicos no qual situamos. Para os futuros experimentos, temos
um vaso comunicante para a utilização da lei de stevin para determinar a densidade de
um determinado uido, como também um experimento para vericarmos o quão o em-
puxo varia de acordo com o volume de um liquido deslocado, podendo entender assim
também qual o valor de g neste determinado experimento. Por m, ao desenvolvimento
deste documento iremos explicitar os segredos por trás dos experimentos realizados e a
sua relação direta com a hidrostática.

2 Introdução
O estudo da hidrostática é destinado aos estudos de corpos rígidos em equilíbrio, a pa-
lavra hidro do grego signica água e a palavra estática também do grego signica que
esses mesmos corpos estão em equilíbrio. Um dos primeiros pivôres a elaborar estudos
relacionados a hidrostática foi o Físico e matemático Arquimedes. Segundo a lenda, Ar-
quimedes estava tentando solucionar um problema dado a ele relacionado a uma coroa
de um rei. Neste problema, Arquimedes teria que procurar soluções para determinar a
densidade da coroa, mesmo sem ele conhecer qual gura geométrica seria sucientemente
próximo para determinar o volume associado àquela coroa. Por m, no nal das contas,
ao adentrar em uma banheira Arquimedes percebeu que o uido no qual ele adentrou
crescia o seu volume, então a partir dai ele encarou aquele episódio como uma resposta do
por que as coisas utuam e outras não. Outro grande Físico que revolucionou os estudos
dos corpos emergidos em um uído foi o Simon Stevin, conhecido pelos seus teoremas
e aplicações no campo da física e engenharias. Stevin, nascido na Bruges, que agora é
conhecido como Bélgica formulou teoremas que hoje nos ajudam a compreender como a
pressão pode variar de acordo com a profundidade no qual um corpo está emerso. To-
maremos os estudos dos Físicos Arquimedes e Simon Stevin para explicar os principais

3
conceitos dos experimentos presentes neste documento. A hidrostática é muito comum
nos nossos dia a dia, como por exemplo, o porquê a água e o óleo não se misturam quando
são postos em repouso dentro de um recipiente volumétrico, ou por que um navio de 280
toneladas pode utuar, mas um pequeno anel de 7,5 gramas pode afundar facilmente na
água. Essas perguntas estão todas relacionadas com a hidrostática e os estudos da Física
sobre corpos rígidos em equilíbrio dentro de um uido.

3 Fundamentação teórica
Nesta seção, iremos desenvolver as principais idéias utilizadas pelos Físicos Arquimedes
e Simon Stevin para formular de forma algébrica as suas deduções teóricas relacionadas
a corpos emergidos em um uido em equilíbrio. O uso desta seção, irá nos guiar para
tomarmos como evidência as conclusões desenvolvidas nos experimentos presente neste
documento.

3.1 Lei de Stevin

Utilizando um elemento de uido que está emergido em um recipiente, podemos determi-


nar as forças que atuam no uido na vertical e na horizontal. Para deduzir essa expressão,
determinaremos um elemento ininitesimal dP que será nosso elemento de uido. Sabendo
que a pressão pode ser escrita como força sobre área. Observando o elemento da Fig.1.
temos as pressões devido às forças que atuam no elemento, onde PA é a força resultante
que atua na superfície do elemento, (P+dP)A é a força resultante que atua na parte
superior do elemento.

Figura 1: Relação das pressões devido as forças que atuam em um elemento


de uido em repouso

Fonte: Sears Zemansky, 14ed

4
Fazendo o somatório das forças que atuam sobre o elemento de uido, podemos de-
terminar qual é a solução física que governa o sistema. Entendendo que não há dinâmica
de movimento na vertical, e que as forças na horizontal se cancelam. Podemos utilizar as
seguintes relações.

F
P = (1)
A
Utilizando a Eq(1) podemos determinar as forças que atuam no elemento de uído
multiplicando toda a equação pela área. Portanto temos que

F =P ·A (2)
Portanto, de acordo com a Fig.1. temos que
X
F~y = 0 ⇒ F~y = F~1 − F~2 − F~3 = 0 (3)
Utilizando a Eq(2) na Eq(3) podemos determinar os fenômenos que atuam no elemento
de uido de acordo com a Fig.1.

P A − (P + dP )A − ρgdyA = 0 (4)
Dividindo toda a Eq(4) pela área temos portanto que:

P − P − dP − ρgdy = 0 (5)
Simplicando a Eq(5) podemos portanto chegar em uma equação que descreve a rela-
ção de pressão e altura que ocorre no elemento do uido.

dP
= ρg (6)
dy
Tomando P1 e P2 como pressões que atuam no elemento do uido e y1 e y2 como alturas
no qual o elemento do uido está emergido em relação a supercie, temos portanto a Eq(6)
descrita da seguinte forma

P2 − P1 = ρg(y2 − y1 ) (7)
Fazendo h = (y2 − y1 ) podemos por m chegar na Lei de Stevin, o físico no qual
tratamos anteriormente. Simplicando a Eq(7) temos nalmente a seguinte solução

P = Po + ρgh (8)
Onde P é a pressão absoluta no qual o uido está emergido, onde Po é conhecido
como pressão inicial, ou até mesmo pressão atmosférica dependendo se o recipiente estiver
aberto, onde ρ representa a densidade do uido e não do objeto inserido no uído, onde
h representa à altura e g a aceleração gravitacional no qual o uido está inserido. A lei
de Stevin serve para entendermos como a pressão pode variar em relação a altura no qual
um objeto está emergido. Com a lei de stevin, podemos, por exemplo, compreender o
porquê quando mergulhamos para baixo do mar, quanto mais baixo vamos maior ainda é a
pressão, perceba que pela Eq(7) se y2 >> y1 então a pressão tende aumentar, fazendo com
que a h torne-se sucientemente grande a medida no qual um corpo afunda em um uído.
O termo do lado direito da equação também é conhecido como pressão manométrica, ou
seja, a pressão na parte interior dentro do uido abaixo da superfície.

5
3.2 Princípio de Arquimedes

Arquimedes foi um grande matemático, físico e engenheiro de Siracusa na qual deu grandes
contribuições para o campo das ciências. Uma de suas maiores contribuições, foi a lei do
empuxo. Arquimedes passou a formular os conceitos sobre o empuxo, quando ao adentrar
em uma banheira com água, percebeu que o volume natural do uido na banheira se
alterava a medida que ele entrava dentro da banheira, com isso Arquimedes percebeu
que o volume do seu corpo era o mesmo volume do liquido deslocado. O princípio de
Arquimedes está associado a corpos imersos em um determinado uido. Ele nos diz que
se um corpo estiver imerso em um uido, ou parcialmente imerso em um uido, então
surgirar uma força ascendente que tem a mesma direção da força peso porém de sentidos
contrário. Para uma visualização inicial dessas forças que atuam em um determinado
elemento, pode-se observar a força de empuxo e a força peso no diagrama de forças
descrito na FIG. 2.
Figura 2: Diagrama de corpo livre para o empuxo e a força peso atuando em
um corpo.

Fonte: sica.net

Para entendermos de fato o porquê alguns corpos afundam e outros não, seguiremos
com o principio da lei de Stevin para formular o Principio de Arquimedes. Pela segunda
lei de Newton, se colocarmos um objeto de massa m emergido em um uido, podemos
compreender as forças que atuam no corpo devido às partículas do uido que exercem
sobre o corpo tanto na vertical, quanto na horizontal. Se tomarmos a Eq(8) podemos
multiplicar ambos os lados pela área. Portanto, temos que

(P2 − P1 )A = ρghA (9)


Sabendo que o volume de um cilindro é igual a area da base vezes a altura, podemos
portanto reescrever a Eq(9) da seguinte forma

(P2 − P1 )A = ρgV (10)


Portanto, para o Empuxo temos a Eq(10) reescrita da seguinte forma, onde pela Eq(1)
temos o seguinte resultado

6
~ = ρ~g Vld
E (11)
Finalmente chegamos no Princípio de Arquimedes. O empuxo é, portanto, uma força
vetorial que tem modulo direção e sentido ascendente apontado sempre para direção
oposta ao vetor da força peso. Podemos assim classicar o empuxo como, quando um
corpo está totalmente imerso ou parcialmente imerso em um uido, então existirá sobre
este corpo uma força ascendente na mesma direção da força peso, porém com sentido con-
trário. O volume representa o volume do líquido deslocado, onde ρ representa a densidade
do uido e g a gravidade no qual o corpo está presente.

3.3 Descrição teórica e estatística

Alguns conceitos fundamentais devem ser compreendidos a respeito da descrição teórica


e estatística a m de podermos associar tais medidas ao experimento com precisão, não
existem medidas isentas a erros. Uma das relações fundamentais é poder descrever algum
mecanismo que nos possibilitarão uma associação teórica desses erros associados ao nosso
experimento. Segundo a Profa. Hatsumi Mukai e Prof.Paulo R.G.Fernandes (2018).
Os erros grosseiros são caracterizados pela falta prática do experimentador; erros de
leitura.Os erros sistemáticos acontecem no mesmo sentido, normalmente ocorrem por
atraso ou antecipação do experimentador na medida. Os erros de utuação ocorrem
de fatores imprevisíveis, são ocasionadas por variações das quais não temos controle.

ˆ Desvio Padrão
O desvio padrão relacionado a uma medida de uma dada grandeza é uma dispersão esta-
tística. Portanto, ele nos mostra o quanto de variação ou dispersão persiste em relação à
média ou um valor da medida pode calcular utilizando a seguinte relação.
rP
[(x − x)2
σ=
n−1

ˆ Erro relativo percentual

Uma forma evidente e plausivél segundo Profa. Hatsumi Mukaie Prof.Paulo R.G.Fernandes(2018)
de avaliar nitidamente um resultado estatístico, é poder fazermos uma comparação de um
valor xo com um valor prestabelecido. Normalmente, um valor de referência é tomada
como valores já tabelados ou valores médios de uma sequência de medidas. Com isso,
pode-se determinar o erro percentual relativo, que pode ser calculado utilizando a se-
guinte relação

|x − x|
E% = · 100
x

ˆ Propagação de erro
O estudo para os erros individuais das medidas que são obtidas após operações mate-

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máticas, na quais são obtidas indiretamente é chamado de propagação de erro. Se uma
grandeza x depende de outras grandezas de tal forma que
Então podemos escrever da seguinte forma

y = f (x1 , x2 , x3 + ...xn )
Logo, a propagação de erro de y será dado por

∂f ∂f ∂f ∂f
∆y = | |∆x1 + | |∆x2 + | |∆x3 + ...| |∆xn
∂x1 ∂x2 ∂x3 ∂xn

ˆ Método dos mínimos quadrados


O método dos mínimos quadrados é uma relação que podemos utilizar para compreender-
mos a relação entre duas variaveis quaisquer. O intuito central é poder vericar como o
y varia em relação a x. Na regressão linear, tentamos adaptar a um conjunto de pontos e
valores dados a uma melhor reta que passa por esses pontos, onde essa reta é uma reta que
minimiza a soma quadrática das diferenças entre os valores das retas nesses determinados
pontos.
Para o nosso estudo, o método dos mínimos quadrados, ou também conhecido como
método da regressão linear, pode ser obtido utilizando a seguinte relação;
n
P
(x − x) · (y − y)
i=1
β= n
P
(x − x)2
i=1

4 Materiais utilizados
Nesta sessão, iremos identicar os materiais usados nos experimentos presente neste do-
cumento. Alguns dos equipamentos foram materiais de fácil acesso e outros materiais de
médio acesso, podendo assim, para todos os materiais, uma boa adaptação para realização
dos experimentos relacionados à hidrostática

Dos materiais utilizados, procurou-se obter equipamentos que fosse possível determi-
nar alguns fenômenos físicos que são muito comuns no nosso dia a dia. Dos materiais,
dois foram materiais de fácil acesso possibilitando assim, uma maneira pertinente do ex-
perimento ser reproduzido por outras pessoas caso haja possibilidades. Inicialmente para
o primeiro experimento obteve alguns materiais de fácil acesso. Para o primeiro experi-
mento, foi obtido um copo de vidro com água dentro, um ovo que não estivesse cozido
e por m, uma recipiente com sal dentro. Para o segundo experimento, seguiu-se com
alguns materiais de médio acesso, ou seja, que não é tão difícil assim de se obter. Para
este segundo experimento, obteve-se um tubo de vidro com uído dentro, no caso água, e
algumas bolinhas de densidades diferentes, este tudo de vidro é também conhecido como
termômetro de Galileu, que foi um grande Físico que revolucionou a Física nos anos de
1610. Para o terceiro experimento, obteve-se um equipamento de fácil acesso, uma gar-
rafa de água pet de plástico que pudesse ser pressionada, e um brinquedo chamado pelo

8
estudante Pedro Henrique, no qual realizou o experimento, de ludião. Para o próximo
experimento, obteve-se um tubo transparente dobrado em um formato semicircular de
tal modo que dois uidos de densidades diferentes fossem colocados sobre este mesmo
tubo. Por m, para o ultimo experimento, obteve-se um cilindro com marcações que
variavam de 1cm na altura, uma corda na qual este mesmo cilindro estava suspenso, uma
balança de pratos e um becker utilizado para colocarmos água dentro. Incluindo também
um manômetro, que foi um medidor de pressão para utilizarmos no experimento para o
princípio de Pascal.

Figura 3: Equipamentos utilizados para o experimento do ovo que boia

Fonte: Pedro Henrique e Wesley Lima, realizadores dos experimentos

Figura 4: Termômetro de Galilleu

Fonte: Pedro Henrique e Wesley Lima, realizadores dos experimentos

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Figura 5: Equipamentos utilizados para o experimento do ludião

Fonte: Pedro Henrique e Wesley Lima, realizadores dos experimentos

Figura 6: Equipamento utilizado para o experimento da lei de Stevin

Fonte: Prof. Marildo Geraldête Pereira

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Figura 7: Equipamento utilizado para o experimento do princípio de Arqui-
medes

Fonte: Prof. Marildo Geraldête Pereira

Figura 8: Manômetro utilizado no experimento do Princípio de Pascal

Fonte: Prof. Marildo Geraldête Pereira

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5 Aplicações da lei de Stevin e princípio de Arquimedes
Nesta sessão, será tratado dos procedimentos experimentais realizados por dois estudantes
de Física de graduação da Universidade Estadual de Feira de Santana. O intuito central
desta sessão será mostrar as fases e passos realizados mediantes a cada experimento rea-
lizado.

5.1 Procedimentos das aplicações

No espaço virtual do Google Meeting, dois alunos de graduação, Pedro Henrique e Wes-
ley Lima, do curso de Física da Universidade Estadual de Feira de Santana promoveram
uma apresentação mediante a três experimentos realizados dentro de ambientes comuns.
No primeiro experimento, um copo de vidro com água até a sua extremidade foi pego e
colocado em repouso em cima de uma mesa plana. Posteriormente um ovo não cozido
foi solto na superfície dentro deste copo de vidro e, imediatamente o ovo afundou. Em
seguida, um pote de cloreto de sódio NaCl, mais conhecido também como sal de cozinha
foi pego para ser inserido dentro do copo de vidro com uido dentro, a medida na quais
algumas colheres de sal foram postas dentro do copo de vidro com água dentro, o ovo, que
estava totalmente imerso até a parte mais funda do copo vidro, começou a subir. Após o
ovo subir devido algumas colheres de sal, novamente foram colocados mais algumas quan-
tidades signicativas de sal dentro do copo, fazendo assim o ovo subir consideravelmente.
No segundo experimento, um tubo com uído dentro, transparente e de vidro, continua
água e, dentro deste tubo, havia algumas bolinhas de densidades diferentes. No primeiro
passo, este tal tubo de vidro com uídos e bolinhas de densidades diferentes, conhecido
também como termômetro de Galileu, foi posto dentro de um ambiente fechado, sem a
presença direta da luz do sol. No segundo passo, o tubo de vidro com o mesmo uído
e com as mesmas bolinhas de densidades diferentes dentro do tubo, foi posto do lado
de fora, para que haja presença direta da luz do sol sobre o tubo de vidro, com isso,
visivelmente as bolinhas que estavam imersa dentro do uído começou a se movimentar
e alterar a sua altura em relação à superfície do uido, tudo isso dentro do tubo de vi-
dro. No terceiro experimento, uma garrafa pet com água dentro foi posta em um local
plano e sem inclinação, após isso um brinquedo foi colocado dentro desta garrafa pet que
possuía uido até a superfície, com isso, nitidamente, o brinquedo de plástico começou
a utuar, não imergindo totalmente dentro do uido, permanecendo assim na boca da
garrafa. Após pressionar a garrafa pet, o brinquedo que antes não afundava, começou
afundar totalmente, imergindo até o fundo da garrafa enquanto a garrafa seguia sendo
pressionado, após isso, quando assim solta, o brinquedo voltava a seu estado natural de
repouso na superfície do uído na parte de cima da garrafa.

5.2 Organização dos dados

Passo 1 - Visualização do experimento


Passo 2 - Identicação dos fenômenos físicos
Passo 3 - Descrição teórica
Passo 4 - Diagrama de corpo livre
Passo 5 - Conclusão dos experimentos

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5.3 Resultados das aplicações

Nesta sessão, inicialmente iremos tratar dos resultados experimentais dos experimentos
presentes neste documento. Vale ressaltar, que os três experimentos estão conectados por
um mesmo conceito físico no qual estamos tratando neste relatório.

5.4 O ovo que boia

Notou-se que, inicialmente ao pega-se um copo de vidro com uído dentro, no caso a água,
e ao soltar o ovo inicialmente o ovo imergiu totalmente até o fundo do copo. Essa analise
traz uma discussão que embora seja trivial que o ovo afundasse, ainda assim as razões
pelo qual o ovo sobe após ocorrer uma mudança na solução do uído não é algo trivial.
Por exemplo, será que o ovo subiria se no lugar da água tivesse óleo? Ou melhor, será que
ele chegaria afundar. Para responder essas perguntas tomaremos inicialmente o diagrama
de corpo livre do ovo antes de ser colocado NaCl na água, depois de ser colocado uma
quantidade razoável e por m, após ser colocado uma quantidade signicativa, conforme
mostra na Fig.3.

Figura 9: Diagrama de corpo livre do ovo durante as três etapas

Fonte: Lucas Fernandes Carneiro, o próprio autor.

Tomando a Eq(8), podemos compreender qual relação está por trás para o ovo afundar
ou não afundar. Inicialmente, para o peso de um corpo imerso dentro de um uído, temos
que

P~ = m~g (12)
Tomando a Eq(12) e comparando com a Eq(8) podemos entender que, para o uído
em repouso temos a seguinte relação.

P~ = E
~ (13)
Substituindo a Eq(12) e a Eq(8) na Eq(13) temos portanto uma relação xa para o
ovo imerso dentro de um uído

~ = P~ ⇒ [ρf luido ][~g ][Vld ] = m~g


E (14)

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Sabendo que a massa pode ser escrita em termos da densidade do corpo e do volume
no qual o corpo possui, então, temos portanto que

m = [ρ(ovo) ][Vovo ] (15)


substituindo a Eq(15) na Eq(14) temos portanto que

[ρf luido ][~g ][Vld ] = [ρ(ovo) ][Vovo ]~g (16)


O volume do líquido deslocado é o mesmo volume volume do ovo, portanto a seguinte
igualdade é equivalente

Vld = Vovo (17)


substituindo a Eq(17) na Eq(16) temos portanto que

[ρf luido ][~g ][Vovo ] = [ρ(ovo) ][Vovo ]~g (18)


Sabendo que ~g > 0 e Vovo então podemos dividir toda a Eq(18) pela densidade do ovo
e pela aceleração gravitacional. Logo, podemos reescrever a Eq(18) da seguinte forma

ρf luido = ρ(ovo) (19)


Por m, chegamos na nossa conclusão. Pela Eq(19) se a densidade do ovo é maior do
que a densidade do uído, então o irá afundar. Se a densidade do ovo é menor do que a
densidade do uído, então o ovo cará boiando.

ρf luido < ρ(ovo) ⇒ Af unda

ρf luido > ρ(ovo) ⇒ Boia

5.5 O termômetro de Galilleu

Para o experimento do termômetro de Galilleu, cada bolinha imersa dentro do tubo de


vidro foi calibrada para afundar em determinada temperatura. Para compreender como
essas bolinhas afundam ou futuram de acordo com a temperatura, iremos identicar que
na Eq(11) o empuxo que age sobre as bolinhas depende diretamente do seu volume imerso
na água e da densidade do uído. Compreendendo que todas as bolinhas estão totalmente
imersas dentro do uído, poderemos descartar a hipótese do volume do líquido deslocado
para determinar por que algumas afundam mais do que as outras quando o tubo de vidro
se depara com diferentes temperaturas. A melhor hipótese que tomaremos, será que a
densidade do uído está sendo alterada de acordo com uma fonte de energia externa que
transmite calor para o termômetro de Galileu.

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Figura 10: Diagrama de forças que atuam nas bolinhas que imergem no termô-
metro de Galilleu

Fonte: Lucas Fernandes Carneiro, o próprio autor.

Para uma mudança de posições das bolinhas que imergem o termômetro de Galileu,
entende-se que ocorre uma mudança no estado de densidade do uído. Para ocorrer essa
mudança, ocorre uma variação de temperatura ∆T que produz uma dilatação térmica no
uído. Se o uído se torna mais quente, então as partículas que formam o uído ganham
energia cinética e se expande aleatoriamente, aumentando assim o seu volume ∆V e,
se o volume aumenta, o uído ca menos denso,se o volume ∆V diminui por razão de
um decréscimo na temperatura ∆T então o uído ca mais denso. Com isso, podemos
determinar uma dilatação térmica através da seguinte equação

∆V = Vo β∆T (20)
Outra forma de entender oque ocorre no termômetro de Galileu, é utilizando a lei de
empuxo e aplicando a segunda lei de Newton. Fazendo isso, temos que

~ − P~ = m · a
E (21)
continuando, temos que
mg − ρf luido gvld
a= (22)
m
vericando a Eq(22), podemos notar que se o peso for maior que o empuxo, teremos
uma aceleração posiva, onde as bolinhas afundaram, caso o peso seja menor que o empuxo
então as bolinhas irão subir. Isolando o V da Eq(20) e substituindo na Eqq(22), temos
que

mg − ρf luido g[V o + V oβ∆T ]


a= (23)
m

15
Ou seja a aceleração das bolinhas aqui será uma função que depende da temperatura.
Nos termômetro de Galileu é muito usual ter álcool no lugar de água dentro do termô-
metro. O real motivo é que para valores de β o coeciente de dilatação do álcool é maior
do que o da água, com isso o álcool tem maiores tendências de mudar a sua densidade
através de variações de temperaturas do que a água.

5.6 O Ludião

Neste experimento, ao pressionar uma garrafa Pet com água dentro, notou-se que o ludião
começou a afundar durante esse processo. A explicação para esse processo, é que inicial-
mente o ludião tem um cilindro vazado no seu centro juntamente com um pequeno orifício
nas costas dele, extremamente pequeno, com isso o ludião terá um pequeno espaçamento
com ar na parte interna. A pergunta que surge agora é, por que a água não entra dentro
desse pequeno orifício? A resposta é por que nesse pequeno orifício existe uma tensão
supercial que impossibilita a entrada total de água dentro desse pequeno orifício. Em
alguns casos, ocorre da água entrar dentro desse orifício, opõe impossibilitaria a realização
do experimento, portanto, essa tensão supercial pode ser rompida em alguns casos, prin-
cipalmente quando o orifício é maior do que o esperado. As moléculas de água estão tão
presas uma as outras que elas não conseguem se separar para adentrar dentro do espaço
de ar dentro do orifício no brinquedo de ludião. Conhecendo agora essas propriedades,
podemos compreender o porquê o ludião desce quando é colocada a mão na garrafa Pet.

Figura 11: Garrafa pet com brinquedo dentro que ilustra o ludião

Fonte: periodicos.unb.br

Isso ocorre por que dentro desse orifício existe uma bolha de ar, nesta bolha de ar,
ao comprimir a garrafa com a mão, ocorre uma alteração no volume dessa bolha de ar,
logo, ocorre uma alteração na densidade do ludião. Se o brinquedo é pressionado, então o
volume diminui devida uma compreensão no ar, fazendo com que a densidade do ludião
se altere. Para o ludião inicialmente antes da compressão no ar, temos a seguinte relação
m
ρ1 = (24)
V1

16
Logo, conhecendo a Eq(21) no segundo momento o ar é comprimido aparecendo um
V2 na Eq(21) onde ocorre uma compressão no volume
m
ρ2 = (25)
V2
Onde

V1 > V2
Portanto, se ocorre uma variação ∆V no volume do ludião, então consequentemente
o brinquedo se torna mais denso do que a água e começa a imergir, conforme vimos na
explicação da Eq(19)

5.7 Conclusão das aplicações

Tomando como base os experimentos e os processo desenvolvimentais dos fenômenos físi-


cos identicados conforme vimos neste documento podemos assim, portanto tomar como
fundamento o principio de Arquimedes, o conceito de densidade e o conceito de dilatação
térmica para impor uma conclusão nal a respeito dos três experimentos presentes neste
relatório. Para o primeiro experimento intitulado pelos realizadores do experimento de o
ovo que bóia, podemos identicar através das relações do principio de Arquimedes, que se
o corpo está imerso em um uido então haverá uma força ascendente de mesma direção,
porém de sentido contrário a força peso. Contudo, utilizando as relações da Eq(19) vimos
que o conceito de afundar ou não afundar depende diretamente da tanto da densidade do
uído quanto da densidade do corpo imerso. Vejamos bem, é muito comum se uma pessoa
puder ir ao um mar morto ela identicará que será mais facilmente permanecer boiando no
mar do que imergindo no mesmo. O motivo que o ovo bóia, é que a quantidade de sal NaCl
altera a densidade da solução, tornando a solução evidentemente mais densa, fazendo com
que a densidade da solução que maior do que a densidade do ovo, que conseqüentemente
começa a boiar a medida que quantidades extras de sal são colocadas no copo. Para o
segundo experimento, também vimos à aplicação da hidrostática presente no mesmo, uti-
lizando o principio de Arquimedes, foi possível perceber que determinamos uma variação
na temperatura do uído foi possível alterar a densidade da água, fazendo com que as
bolinhas que já tinham densidades xam, pudessem imergir ou utuar conforme a altera-
ção na densidade do uído e, por m, para o terceiro experimento, a hidrostática também
foi abordada para determinar o porquê do ludião desce ao pressionarmos a garrafa pet.
A explicação fundamental para este conceito foi o uso de um pequeno orifício na parte
traseira do brinquedo, criando assim uma tensão supercial, fazendo com que as águas
que estão tão bem agrupadas não se soltem para preencher uma bolha de ar que estava
dentro do ludião neste mesmo orifício. Ao haver uma pressão externa, o volume dessa
bolha de ar é alterado após haver uma compressão no ar, logo, se o volume desta bolha de
ar diminui, então posteriormente a densidade do brinquedo aumenta, fazendo assim com
que ele comece a imergir enquanto o seu volume permanecer comprimido. Para o volume
permanecer comprimido, uma força constante e externa foi necessário e, na medida em
que essa força foi desligada, o ludião retorna ao seu estado inicial. Portanto, tomando
como base fundamental os três experimentos mostrados e explicados neste documento, foi
possível a compreensão nítida da hidrostática e o entendimento do quão comum são esses
fenômenos no dia a dia.

17
6 Experimentos realizados com vaso comunicante
Nesta seção, iremos iniciar com os experimentos realizados a respeito dos conceitos da
hidrostática relacionados a lei de Stevin. Aqui, iremos inicialmente, utilizar das ideias
construidas anteriormente neste documento, para explicar o processo e uso das ferramentas
matemáticas para escrever a funcionalidade dos problemas no quais queremos determinar.
Neste experimento realizado, trata-se de uma utilização da lei de stevin e vericação do
quão ela funciona experimentalmente, a ideia central neste primeiro experimento será
determinar a densidade em um dos uidos utilizando a relação das equações demostradas
neste documento. Antes de tudo é interessante retomarmos a ideia das equações deduzidas
na Sessão lei de Stevin, compreendendo assim, alguns signicados teóricos durante as
suas aplicações. Uma dos metódos de poder compreender a utilização dessas equações, é
poder utilizar de recipientes que são chamados de vasos comunicantes, esses recipientes
geralmente tem o formato de U, eles são utilizados normalmente para uma determinação
nas densidades de alguns uido imersos em vasos comunicantes.

6.1 Procedimentos experimentais do experimento do vaso comu-


nicante

Neste experimento, uma das propriedades muito interessante de serem testadas é poder
utilizar da lei de Stevin e vericar como funciona ela experimentalmente. No caso, nesta
condição foram utilizados alguns equipamentos conforme está ilustrado na FIG.6. de
tal modo que fosse possível obtermos um vaso comunicante. Os procedimentos deste
experimento baseou-se em misturar dois uidos dentro deste tubo, que chamaremos de
vaso comunicante e compreender o seu comportamente mediante a altura que ambos os
uidos se posicionaram em relação a uma dada altura relativa. Portanto, inicialmente,
foram obtidos uma certa quantidade de ácool 46 INPM e outra certa quantidade de
óleo para realização do experimento. Posteriormente o óleo foi colocado dentro do vaso
comunicante juntamente com o álcool azulado. Após isso acontecer foram obtidos 3
medidas para compreenssão do experimento, tais medidas foram; a altura do óleo dentro
do vaso comunicante em relação a um referêncial, a altura do álcool dentro do vaso
comunicante em relação a este mesmo referêncial e, por m, a altura deste referêncial
inercial. Chamaremos neste documento de Ho altura do óleo, Ha altura do álcool e Hr
altura do referêncial. Ao colocarmos na primeira etapa uma certa quantidade de óleo
e álcool, notou-se que o álcool teve uma altura relativa dentro do vaso comunicante em
relação a altura do óleo, total, tivemos 3 medidas. Uma certa quantidade de óleo e depois
de álcool também foram colocados dentro do becker de tal modo que fosse possível medir
a massa do óleo e também a massa do álcool, tendo em vista que, seria necessário subtrair
a massa do becker dentro dos cálculos nos dois casos.

6.2 Organização dos dados

Passo 1 - Visualização do experimento


Passo 2 - Medição
Passo 3 - Anotação no caderno de laboratório
Passo 4 - Descrição teórica
Passo 5 - Conclusão do experimento

18
6.3 Resultados experimentais

Como vimos, conforme consta na FIG.6 uma certa quantidade de óleo e álcool azulado
foram colocados dentro do vaso comunicante. Neste estágio, os resultados dos experimen-
tos foram determinados em três etapas diferentes na qual realizamos três medições. A
FIG.12 mostra a relação de ambos os uidos que são colocados em um vaso comunicante
do nosso mesmo experimento.

Figura 12: Ilustração de um vaso comunicante

Fonte: pt.wikipedia.org

A altura relativa da FIG.12 ilustra a altura na qual ambos os uidos se igualam


na medida da altura em referêncial ao solo. Tomando isso como verdades, das medi-
ções realizadas, obteve-se medidas para Ho , Ha e Hr conforme discutimos no tópico de
procedimentos experimentais do experimento do vaso comunicante.

6.4 Tabelas e dados

Tendo em vista que Ho representa a altura do uido de óleo, Ha a altura do uido de


álcool e Hr a altura referência de ambos, onde ambos possuiem a mesma altura neste
ponto, tomaremos a seguir as seguintes tabelas e dados.

Tabela 1: Dados coletados das alturas dos uidos no vaso comunicante


Ho ± 5 · 10−3 m Ha ± 5 · 10−3 m Hr ± 5 · 10−3 m
medida 1 0.438 0.455 0.240
medida 2 0.520 0.495 0.190
medida 3 0.548 0.515 0.165

Para determinar a massa do óleo e a massa do álcool, inicialmente a massa do becker


foi determinada ao medirmos na balança de pratos. O becker é um recipiente transparente

19
que possibilita colocarmos uidos dentro dele de tal maneira que seja possível obtermos a
quantidade de uido colocado, pois o becker possui um sistema de medida na qual podemos
utiliza-lo para determinar caracteristicas de algumas grandezas físicas. Sabendo disso, a
ideia foi poder medir a massa total que o becker possui, e com isso, se determinarmos
uma quantidade rasoavel de álcool ou óleo dentro do becker, será possível determinar a
massa dos mesmos fazendo uma subtração da massa do becker com a massa do álcool, e
fazendo uma subtração da massa do becker com a massa do óleo. Com isso, conhecendo
a massa do becker, uma quantidade de 50mm de óleo foi colocada dentro do becker que
estava em cima da balança, onde nos deu os seguintes resultados:

mo + mbecker = 1.069kg (26)

onde, isolando mo que representa a massa do óleo da Eq(23) e conhecendo o mbecker


que representa a massa do becker que é de 0.583kg. Temos que a massa de 50mm de óleo
é de:

mo = 1.069kg − mbecker = 0.486kg (27)


Posteriormente, uma quantidade de 50mm de álcool foi colocado dentro do becker que
estava em cima da balança, onde nos deus os seguintes resultados:

ma + mbecker = 1.087kg (28)


onde, isolando ma que representa a massa do álcool da Eq(25) e conhecendo o mbecker
que representa a massa do becker que é de 0.583kg. Temos que a massa de 50mm de
álcool é de:

ma = 1.087kg − mbecker = 0.504kg (29)


Utilizando os dados da Eq(24) e Eq(26), podemos portanto construir uma tabela com
as organização dos dados coletados

Tabela 2: Dados coletados das quantidades de massa de uma determinada


quantidade de uido de álcool e óleo
mm (m ± 5 · 10−5 )kg
Álcool 50 0.504
Óleo 50 0.486

6.5 Determinando a densidade do óleo

Para uma aplicação das leis descritas neste documento, podemos utilizar as equações
de Stevin e determinar a densidade do uido de óleo que se encontra dentro do vaso
comunicante. Antes de tudo, vale salientar os princípios discutidos na primeira sessão no
tópico Lei de Stevin, serão aplicados neste tópico onde utilizaremos desta ferramente da

20
Eq(8) para vericar a sua utilização prática. Inicialmente, de acordo com as medidas da
Tab.1 utilizando os dados da primeira medidas, tivemos as seguites situações, onde que:
Figura 13: Ilustração da primeira medida do óleo e do álcool no vaso comuni-
cante

Fonte: Lucas Fernandes Carneiro, o próprio autor.

Tomando a Eq(8) e sabendo que ambos os uidos nesta primeira medida estão na
mesma altura relativa de 0.240m. Tomando a densidade o Álcool de 789 m 3 . Igualando as
kg

pressões, onde Po representa a pressão do óleo, Pa representa a pressão do álcool e Patm


representa a pressão atmosférica, temos portanto que

Po = P a (30)
Abrindo a Eq(27) temos que

Patm + ρo gh1 = Patm + ρa + h2 (31)


simplicando a Eq(28)e entendendo que a pressão atmosférica é a mesma para ambos,
temos portanto que

ρo h1 = ρa h2 (32)
Isolando a densidade do óleo da Eq(28) temos que

ρa h2
ρ= (33)
h1
Substituindo os resultados que obtivemos conforme a Tab.1 da primeira medida na
Eq(29), temos nalmente que

[789][0.455 − 0.240] kg
ρo = (34)
[0.438 − 0.240] m3
Logo, para a primeira medidas obtivemos uma densidade do óleo de

21
kg
ρo1 = 856, 74 (35)
m3
Para a segunda medida, utilizamos também a densidade do álcool como referência
para podermos determinar a densidade do óleo utilizando as relações da Tab.1 para a
medida 2.

Figura 14: Ilustração da segunda medida do óleo e do álcool no vaso comuni-


cante

Fonte: Lucas Fernandes Carneiro, o próprio autor.

Tomando a Eq(8), temos portanto que no determinado referêncial da segunda medida


as pressões de ambos os uidos também são iguais, portanto temos que

Po = P a
simplicando e entendendo que a pressão atmosférica é a mesma para ambos, temos
portanto que

ρo h1 = ρa h2
Isolando a densidade do óleo, temos que

ρa h2
ρo =
h1
Substituindo os resultados, temos nalmente que

[789][0.495 − 0.190] kg
ρo = (36)
[0.520 − 0.190] m3
Logo, para a segunda medida obtivemos uma densidade do óleo de

kg
ρo2 = 730.22 (37)
m3

22
Para a terceira medida, analisando também a ilustração da FIG.15. podemos com-
preender de acordo com a TAB.1. e utilizando a Eq(8) a densidade do óleo para a terceira
medida.

Figura 15: Ilustração da terceira medida do óleo e do álcool no vaso comuni-


cante

Fonte: Lucas Fernandes Carneiro, o próprio autor.

Sabendo que no ponto onde os uidos tem a mesma altura de referência as pressões são
iguais, então podemos também utilizar o mesmo conceito para determinar a densidade do
óleo para a terceira medida. Tomando a Eq(28) e fazendo o mesmo processo da primeira
e da segunda medida, temos que

Po = P a
simplicando entendendo que a pressão atmosférica é a mesma para ambos, temos
portanto que

ρo h1 = ρa h2
Isolando a densidade, temos que

ρa h2
ρo =
h1
Substituindo os resultados, temos nalmente que

[789][0.515 − 0.190] kg
ρo = (38)
[0.548 − 0.165] m3
Logo, para a segunda medida obtivemos uma densidade do óleo de

kg
ρo3 = 670.50 (39)
m3
Para a densidade do óleo, tiramos uma média das três medidas que obtivemos, portanto
temos que

23
ρo1 + ρo2 + ρo3
ρo = (40)
3
Substituindo a Eq(32), Eq(34) e Eq(26) na Eq(37), chegaremos por m na densidade
do óleo, utilizando as 3 medidas e utilizando a lei de stevin.
856, 74 + 730, 22 + 670, 50
ρo = (41)
3
kg
ρo = 752, 49 (42)
m3
Portanto, a densidade do óleo determinada utilizando as três medidas e utilizando a
lei de Stevin foi de 752, 49 m
kg
3.

6.6 Cálculo do erro percentual

Tomando como referência dados tabelados obtidos pelo site Brainly, usando como uma
média comum a um óleo de soja que foi utilizado no experimento. Portanto, tomando
como base uma densidade de 891kg · m−3 Devemos então compreender a relação da den-
sidade do óleo no qual obtivemos pela Eq(42) utilizando a lei de Stiven e as três medidas
realizadas. Portanto, calculando o erro percuntual, temos que:

|ρ − ρ|
E% = · 100% (43)
ρ
Substituindo a Eq(42) e substituindo a média obtida da densidade do óleo, temos
portanto que

|752, 49 − 891|
E% = · 100
891

E% = 16% (44)

7 Experimentos realizados com a lei de empuxo


Neste sessão teremos uma realização prática do princípio de Arquimedes, ou também
chamado de lei de Arquimedes. A idéia neste experimento será poder vericar o quão o
empuxo esta variando quando é colocado um cilindro imerso dentro de um uido fazendo
com que o liquido seja deslocado, para isso será construído um gráco do empuxo versos
o volume do líquido deslocado, procurando assim determinar a relação entre essas duas
grandezas e vericar gracamente como funciona este comportamento. A idéia de colocar
o cilindro imerso dentro do uido será de poder determinar o volume de líquido que este
cilindro desloca ao adentrar dentro do Becker com água dentro, para isso, o cilindro e
o Becker precisa estar em uma posição de equilíbrio, sendo assim possível a realização
dessas medidas. Outro ponto que seguiremos, é de compreendermos qual a relação direta
do empuxo com o volume de uido deslocado pelo corpo imerso dentro da água. Para isso a
relação gráca será de extrema importância para compreendermos quais as características
da relação entre o empuxo e o volume deslocado pelo uido. Será de nossa intenção
também, poder determinar o valor de g utilizando as relações na qual já conhecemos que
foram introduzidas na sessão sobre o ' Principio de Arquimedes'. Os experimentos foram

24
realizados sob supervisão do professor Marildo Geraldête, através da plataforma google
meeting.

7.1 Procedimentos experimentais para lei de empuxo

Conforme descrito na sessão 'princípio de Arquimedes', o empuxo que ocorre de natureza


vetorial acontece de forma viável por conta dos somatórios das forças resultantes que o
uido exerce em um corpo imerso. As forças nas horizontais, sempre se cancelam em
uido homogêneo, por que a resultante se torna nula naquele ponto, pois na horizontal,
a partículas de uido exercem as mesmas forças em um determinado ponto. Na vertical,
inicialmente quando o corpo é imerso dentro do uido, o somatório das forças na ver-
tical resulta em um vetor que tem a mesma direção vetorial da força peso, porém com
sentido contrário, este vetor é chamado de empuxo, no qual tal grandeza física depen-
derá exclusivamente da aceleração gravitacional no qual o corpo se encontra, do volume
de líquido no qual o corpo que está imerso deslocou ao entrar dentro do uido e, por
m, da densidade do uido, tendo em vista que estamos falando de um uido que deve
possuir uma densidade homogênea, ou seja, uma densidade distribuída igualmente em
todo o uido. Tomando esses conceitos, para os procedimentos experimentais para a lei
de empuxo, segue-se a idéia de podermos medir essas grandezas físicas e construir um
gráco do empuxo em razão do volume do liquido deslocado para compreendermos qual
comportamento gráco este processo ilustra, e quais as relações do empuxo e do volume
de uido deslocado pelo corpo ao adentrar dentro do uido. Conhecendo essas grandezas,
podemos por m, determinarmos a aceleração gravitacional, utilizando o conceito da lei de
empuxo presente no nosso experimento. Logo, inicialmente, um Becker com água dentro
foi colocado em cima de uma balança de pratos de tal forma que fosse possível medirmos
a massa do Becker, a massa do uido e a massa do cilindro, Becker e uido. Um cilindro
pequeno separado por medições que variavam de 1 cm, preso a uma corda na vertical foi
mergulhado dentro do uido de 1 a 1 cm e os dados da massa de volume de água em cada
etapa foi obtido, nos dando possibilidades de medirmos essas grandezas utilizando a lei de
empuxo, e construirmos um gráco do empuxo em razão do volume do líquido deslocado.
Para isso, tivermos que compreender qual o diâmetro real do cilindro imerso dentro do
uido, tendo em vista que foram feitas seis medições, ou seja, o cilindro inicialmente foi
mergulhado a 1 cm, depois a 2 cm, depois a 3 cm, depois a 4 cm, em seguida a 5 cm e por
m a 6 cm, deslocando quantidade uido diferente para cada momento em que o cilindro
foi imerso e, nos dando medições das massas do becker + água , e da massa do volume
do líquido deslocado.

7.2 Organização dos dados

Passo 1 - Observação do experimento


Passo 2 - Obtenção das medidas
Passo 3 - Anotação no caderno de laboratório
Passo 4 - Descrição teórica e erros associados
Passo 5 - Estudo gráco
Passo 6 - Obtenção da gravidade e erros associados
Passo 7 - Conclusão

25
7.3 Resultados experimentais

Inicialmente, um cilindro separado por medidas na vertical que variavam de 1cm a 1cm,
foi suspenso por uma corda conforme ilustra a FIG.16.. Um becker com 150 mililitros
de água colocado foi colocado em cima de uma balança pratos para determinarmos as
grandezas físicas presente neste experimento.

Figura 16: Ilustração do cilindro suspenso por uma corda e do becker com
uido dentro

Fonte: Lucas Fernandes Carneiro, o próprio autor.

Para descrever as forças que atuam em todo o sistema, inicialmente foi criado um
diagrama de corpo livre para determinarmos e compreendermos o grau de acontecimento
das grandezas físicas, e como elas se comportam de diferentes etapas. Por exemplo, antes
de o cilindro ser imerso dentro do becker, notou-se que a massa do becker + agua consistiu
em 215,5g, após as medidas, a maneira na qual o cilindro era adentrado dentro do uido,
notou-se uma mudança signicativa na massa total do sistema. Realizando um diagrama
de corpo livre para a primeira etapa, notou-se que, inicialmente as forças que atuavam
no cilindro eram a força e a força de tensão, e as forças que atuavam no sistema abaixo
eram a peso do uido e becker e a normal que formavam um par de ação e reação por
estarem em corpos diferentes. No segundo estágio, o cilindro é colocado imerso dentro do
becker, onde a massa do sistema agora representa a massa do becker mais a massa da água
mais a massa do pedaço de cilindro que foi colocado durante os seis estágios. Com isso,
ilustrando melhor em um diagrama de corpo livre, podemos observar o funcionamento do
experimento de acordo com a FIG.17. ilustrada.

26
Figura 17: Diagrama de corpo livre do sistema

Fonte: Lucas Fernandes Carneiro, o próprio autor.

Notamos que, quando o cilindro não está imerso dentro do becker com água, nós temos
a força de tensão e a força peso Pc atuando sobre o cilindro onde tais forças se equilibram,
temos a força peso do do becker Pb , onde o becker representa no primeiro diagrama um
corpo com uido dentro. No segundo estágio temos o cilindro dentro do becker com 150
milimetros de água, onde surge uma força de empuxo na posição de equilíbrio com a força
peso. Vale salientar, que embora não esteja descrito uma força de empuxo no primeiro
diagrama a esquerda da FIG.17 ainda assim existe uma força de empuxo onde o uido é
o ar no qual o cilindro está, porém, está força é insignicante para o nosso experimento,
logo não será necessária utiliza-la no diagrama. Para os dados obtidos, temos portanto
que

7.4 Tabelas e dados

Tabela 3: Dados do sistema obtidos inicialmente


(mb ± 5 · 10−5 )kg (mb + ma ± 5 · 10−5 )kg (Va ± 2 · 10−5 )m3 (Dcilindro ± 0.010)m Abase
0.05860 0.21550 0.00015 0.018 0.009

Onde mb representa a massa do becker, onde ma representa a massa da água, onde Va


representa o volume da água dentro do becker e onde Dcilindro representa o diâmetro do
cilindro que está suspenso pela corda conforme consta na FIG.17. Após isso, o cilindro
começou a ser imergido dentro do uido variando a medida de 1 a 1cm. Portanto, para
os seguintes dados, temos que; ` que representa a quantidade de comprimento que foi
submersa dentro do uido, msistema a massa do sistema antes e depois quando o cilindro
adentra no becker com agua (ou seja, essa massa indica, massa do becker, massa da agua,
massa do cilindro), mf luido que representa a massa de uido deslocado pelo cilindro ao
adentrar na agua, Vld que representa o volume do líquido deslocado pelo cilindro e, por
m, E ~ representa o empuxo realizado.

27
Tabela 4: Dados obtidos durante os estágios em que o cilindro imergia dentro
do uido
(` ± 0.01)m (msistema ± 5 · 10−5 ) (mf luido ± 5 · 10−5 ) (Vdeslocado ± 2 · 10−5 )m3 ~ )
E(N
0 0.21550 0 0 0
0.01 0.2177 0.0022 2.5 · 10−6 0.025
0.02 0.2205 0.0050 5.09 · 10−6 0.050
0.03 0.2239 0.0084 7.64 · 10−6 0.074
0.04 0.2265 0.0110 1.02 · 10−5 0.099
0.05 0.2289 0.0134 1.28 · 10−5 0.126
0.06 0.2320 0.0165 1.52 · 10−5 0.150

Conhecendo os dados acima, notamos que a medida que vamos imergindo o cilindro
dentro do uidou, o volume deslocado de acordo com a TAB.4. nitidamente aumentou,
consequentemente, podemos vericar que o valor do empuxo cresce na mesma razão.
Uma observação que é importante perceber aqui é que para os valores reais do empuxo
contida na tabela 4 a lei para determinar esses valores está presente na Eq(11) conforme
mostra na Sessão 'Princípio de Arquimedes'. É importante entender, que a densidade
da água utilizada para obtenção dos dados do empuxo, foi de uma densidade padrão
média de aproximadamente 1000kgm−3 no qual resultou nos valores discutidos e obtidos
no experimento para lei de empuxo. Uma forma mais usual de compreendermos de como
podemos relacionar o empuxo com o volume deslocado que o cilindro deslocou ao decorrer
da maneira que ele era imergido no uido, podemos observar uma tabela que mostre esses
resultados diretamente e, também obter uma realização gráca deste processo. Portanto,
temos que:

Tabela 5: Relação do Empuxo com o volume do líquido deslocado pelo cilindro


(Vdeslocado ± 2 · 10−5 )m3 ~ )
E(N
0 0
2.5 · 10−6 0.025
5.09 · 10−6 0.050
7.64 · 10−6 0.074
1.02 · 10−5 0.099
1.28 · 10−5 0.126
1.52 · 10−5 0.150

Utilizando os dados da tabela 5, conseguimos vericar que quando o volume do liquido


deslocado pelo cilindro que imergiu dentro do uido durante as seis etapas, o empuxo
tende a aumentar, o que já era previsto por nós de acordo com a sessão em 'princípio de
Arquimedes'. Essa é uma das maneiras na qual podemos concluir que o volume do líquido
deslocado pelo cilindro tem uma propocionalidade direta com o empuxo que o cilindro
sofre ao adentrar dentro do uido. Para uma melhor visualização, podemos também
utilizar dos dados presentes na tabela 5 e propor um gráco onde o empuxo depende
diretamente do volume do líquido deslocado pelo cilindro. A utilização desta ferramente
irá nos ajudar a entender o comportamento gráco entre essas duas grandezas, tendo em

28
vista que nossa intenção é poder entender qual as caracteristicas visual que esse gráco
pode apresentar. Portanto, para uma descrição gráca temos que;

Figura 18: Relação gráca entre o empuxo e o volume do líquido deslocado


pelo cilindro

Fonte: Lucas Fernandes Carneiro, o próprio autor.

Analisando o gráco conforme consta na FIG.18. é notório que ocorre uma propor-
cionalidade entre o empuxo e o volume do líquido deslocado pelo cilindro quando imerso
dentro do uido. Cada ponto no gráco representa um estado em que o empuxo esta
variando conforme o volume para os seis estágios de medições do nosso experimento. O
gráco da gura 18 representa uma caracteristica linear, onde o empuxo é diretamente
proporcional ao volume do líquido deslocado pelo cilindro.

7.5 Cálculo da aceleração gravitacional

Para determinarmos um valor presente para a aceleração gravitacional com os dados


obtidos neste experimento, é viável compreendermos que de acordo com FIG.18 os pontos
localizados no gráco mostram uma relação linear diretamente com as duas variaveis
descritas no nosso problema. Portanto, para uma variável adicional, conhecendo a lei de
empuxo que foi descrita na fundamentação teórica, podemos determinar através de uma
regressão linear o valor de ~g diante deste experimento.

29
7.5.1 Cálculo da regressão linear
Realizando o cálculo para regressão linear, temos os dados presentes na TAB.5.. Por-
tanto, utilizando as medidas correspondentes, chamando x = Vdeslocado e y = E , onde de
acordo com os cálculos, x = 8.905 · 10−6 e y = 0.088, logo, temos temos que;
n
P
(x − x) · (y − y)
i=1
a= n
P (45)
(x − x)2
i=1

x y (x − x) (y − y) (x − x) · (y − y)
2.5 · 10−6 0.025 −6.405 · 10−6 -0.063 4.03515 · 10−7
5.09 · 10−6 0.050 −3.815 · 10−6 -0.038 1.4497 · 10−7
7.64 · 10−6 0.074 −1.265 · 10−6 -0.014 1.771 · 10−8
1.02 · 10−5 0.099 1.295 · 10−6 0.011 1.4245 · 10−8
1.28 · 10−5 0.126 3.895 · 10−6 0.038 1.4801 · 10−7
1.52 · 10−5 0.150 6.295 · 10−6 0.062 3.9029 · 10−7

Utilizando a Eq(45), podemos determinar a aceleração gravitacional no local do expe-


rimento

1.11874 · 10−6
g=
1.1365355 · 10−10
g = 9843/1000 ⇒ 9.843m · s−2

Portanto, a aceleração gravitacional no local do experimento foi de

g = 9, 843m · s−2 (46)

7.5.2 Cálculo do erro percentual


Para determinarmos o erro percentual do nosso cálculo do experimento realizado para
determianr a aceleração gravitacional local, inicialmente iremos coletar dados xos que
podemos usar como referêncial central. Para uma determinação estatística do cálculo
da gravidade no local do experimento, será utilizado o cálculo do erro percentual para
determinar a exatidão do resultado obtido para este experimento. Para referênciar um
g médio, foi tomado um g médio referênciado na cidade de Feira de santana - BA local,
o exato local do experimento. Por tanto, tomando a latitude de 12◦ 160 0000 (doze graus
dezesseis minutos e zero segundos), tomando um g ∼ = 9.780, tem-se que
|9.780 − 9.843|
E% = · 100%
9.780

E% = 0, 0064% (47)

30
7.5.3 Propagação do erro de g
Utilizando a Eq(11), podemos propagar o erro da gravidade na qual calculados, e poder
observar como os valores se comportam estatisticamente. Logo, inicialmente, para calcular
a propagação do erro de g, temos portanto que

∂g ∂g ∂g
∆g = | |∆E + | |∆ρ + | |∆V (48)
∂E ∂ρ ∂V
De acordo com a FIG.18, o programa nos deu um erro propagado associado de;
47, 29494
∆g = (49)
1000

Se obtemos um g através da regressão linear, onde tivemos que


9843
g= (50)
1000
Portanto, de acordo com a FIG.18. e com os cálculos a mão, temos que
47, 29494
∆g = = 0, 048 (51)
1000
Portanto, temos que

∆g = ±0, 048 (52)


Logo, reescrevendo nosso valor determinado da aceleração gravitacional, temos por-
tanto que o resultado real com o erro propagado é de

|g| = 9, 84 ± 0, 048 (53)

7.6 Determinando a densidade da água

Para determinarmos a densidade da água, podemos utilizar os dados já obtidos de acordo


com nosso experimento realizado e, consequêntemente, utilizarmos da Eq(11) com os
dados da TAB.5. podermos compreender qual o valor da densidade da água para nosso
experimento. Portanto, utilizando a Eq(11), temos que

E = ρ · Vdeslocado · g
Conhecendo g, na qual já calculamos de acordo com a Eq(51). Podemos determinar a
densidade da água isolando ρ na equação. Portanto temos que

E
ρ= (54)
Vdeslocado · g
Utilizando os dados da primeira linha da TAB.5. temos que
0, 025
ρ= = 1015, 9kg · m−3 (55)
[2, 5 · 10−6 ] · [9, 843]
Portanto, para a densidade da água temos que;

ρ = 1015, 9kg · m−3 (56)

31
8 Experimentos realizados com o Princípio de Pascal
Nesta sessão, iremos identicar as princípais caracteristicas que regem a relação direta
entre força e pressão, no qual abordamos na fundamentação teórica deste documento
para realização de um experimento, na qual podemos utilizar destas ferramentas para
abordar conceitos experimentais sobre a lei de Pascal, ou chamado também de Princípio
de Pascal. A abordagem geral, será de poder obtermos uma relação gráca direta entre
pressão e força, e através disso, também determinarmos a área da sessão transversal do
êmbolo no qual as massas são colocadas.

8.1 Procedimentos experimentais do experimento para o Princí-


pio de Pascal

Os procedimentos experimentais deste experimento, foram realizados utilizando um equi-


pamento de manômetro, que nos possibilitou a medida da pressão, conforme consta na
FIG.8. Este equipamento que nos possibilita medirmos a pressão exercida sobre o equipa-
mento, é possível quando uma dada força é aplicada sobre ele. Com isso, para podermos
medir essas forças e detectarmos uma resposta de saída que são as pressões relativas a
essas forças aplicadas, massas foram utilizadas para determinarmos essas quantidades fí-
sicas. Logo, inicialmente, uma determinada massa m1 foi colocada inicialmente sobre o
equipamento, nos dando uma pressão P1 relativa a força peso aplicada sobre este equipa-
mento por esta mesma massa, posteriormente, uma massa m2 foi colocada no equipamento
nos dando uma pressão relativa P2 , posteriormente uma massa m3 foi colocada sobre o
equipamento nos resultando em uma pressão relativa P3 , posteriormente uma massa m4
foi colocada sobre o equipamento nos resultando em uma pressão relativa P4 e, por m,
uma ultima massa m5 foi colocada sobre o equipamento nos resultando em uma pressão
relativa P5 . As pressões obtidas, estão relacionadas também com a massa do êmbolo, essas
medidas deverão ser devidamente separadas. A utilização desses conceitos, nos ajudarão
a compreender e vericarmos a aplicação do princípio de pascal de uma forma estatística,
de tal forma que possamos poder comparar com os resultados diretos. O experimento
ocorreu de forma online pela plataforma do google meeting sobg a supervisão do professor
Marildo Geraldête.

8.2 Organização dos dados

Passo 1 - Visualização do experimento


Passo 2 - Medição das grandezas físicas
Passo 3 - Anotação no caderno de laboratório
Passo 4 - Relação dos erros associados
Passo 5 - Dedução gráca e teórica
Passo 6 - Comparação
Passo 7 - Conclusão do experimento

8.3 Resultados experimentais

Inicialmente, sobre o equipamento que possui uma manômetro (medidor de pressão), um


êmbolo com uma determinada massa xa e constante, e outras cinco massas m1 ,m2 ,m3 ,m4

32
e m5 foram separadas de tal forma que pudessem ser colocadas no êmbolo, e o êmbolo
pudesse, através da sua própria massa e das massas separadas, realizar uma força peso
sobre o equipamento de tal forma que o equipamento retornasse uma pressão relativa a
cada força peso realizada sobre o sistema êmbolo + massa, conforme consta na FIG.19.

Figura 19: Ilustração da utilização do equipamento realizado para aplicação


do princípio de Pascal

Fonte: Revista Brasileira de Ensino de Física; scielo.br

8.4 Tabelas e Dados

Dos dados obtidos, podemos destacar aqui as relações diretas entre, massa, peso e pressão.
As medidas das massas foram determinadas, assim como a medida da massa do êmbolo,
logo, para massa do êmbolo e medida das massas que foram vez a vez colocadas no êmbolo,
chamaremos de massa do sistema, a massa do sistema nos dará um peso, esse peso é o
peso responsável que faz o equipamento conforme ilustra a FIG.19 nos retornar medidas
relativas a pressão. Com isso, com os dados obtidos, temos que

Tabela 6: Dados obtidos durante o experimento


(membolo ± 5 · 10−5 )kg (mi ± 5 · 10−5 )kg (msistema ± 5 · 10−5 )kg
54, 20 · 10−3 5, 00 · 10−1 5, 542 · 10−1
54, 20 · 10−3 1,000 1,052
54, 20 · 10−3 1,500 1,554
54, 20 · 10−3 2,000 2,054
54, 20 · 10−3 2,200 2,254

A intuição geral, será de uma possível aplicação das leis do princípio de pascal para
determinarmos a área da sessão transversal presente no êmbolo, com isso, a determinação
será concedida de forma estatística e de forma direta. Para a relação da pressão e força,
temos os seguintes dados obtidos.

33
Tabela 7: Relação da força peso com a pressão relativa concedida
(msistema ± 5 · 10−5 )kg F (N ) P (P a)
0,5542 5,4311 15690,6400
1,0542 10,3310 35303,9400
1,5542 15,2310 41187,9300
2,0542 20,1310 64723,8900
2,2542 22,0910 68646,6000

Para determinarmos inicialmente uma relação direta am de compreendermos a área


da sessão transversal do êmbolo, podemos tomar a Eq(1) descrito na fundamentação
teórica para lei pascal, para determinarmos a área da sessão transversal e, posteriormente,
compararmos com o valor obtido através da regressão linear. Portanto, para obter a área
da sessão transversal diretamente, iremos obter A = [A1 + A2 + A3 + A4 + A5 ] · 5−1 .
Portanto, utilizando a Eq(1) e os dados da TAB.7, temos que;

F
P =
A
Utilizando os dados da tabela 7, temos portanto que

A1 = 3, 47·10−4 m2 , A2 = 3·10−4 m2 , A3 = 3, 69·10−4 m2 , A4 = 3, 11·10−4 m2 , A5 = 3, 21·10−4 m2

Portanto, temos que

A = [A1 + A2 + A3 + A4 + A5 ] · 5−1 = 3, 30 · 10−4 m2 (57)

8.4.1 Desvio padrão associado


Para um desvio padrão associado da Eq(55), temos uma relação direta entre as 5 medidas.
Portanto utilizando a seguinte equação conseguimos determinar o desvio padrão associado
e por m, obtermos a área da sessão transversal de maneira direta. Fazendo isso, temos
que
rP
[x − x]
σ= (58)
n−1
Portanto, temos que
r
3, 15 · 10−9
σ= = ±2, 8 · 10−5 (59)
4
Portanto, para a área da sessão transversal, obtida de maneira direta, temos que

A = [3, 30 · 10−4 ± 2, 8 · 10−5 ]m2 (60)


Para determinarmos a área da sessão transversal de maneira estatística, será de nossa
intenção inicialmente podermos compreender qual a relação gráca entre a força exer-
cidada em virtude das massas e da massa do êmbolo e, a pressão relativa a cada uma
dessas forças. Onde, tomamos a pressão absoluta como soma da pressão manométrica
mais pressão atmosférica. Portanto, tomando a FIG.20

34
Figura 20: Ilustração gráca da relação entre a pressão absoluta e a força

Fonte: Lucas Fernandes Carneiro, o próprio autor.

Com isso, podemos nalmente, de acordo com a FIG.20 determinar a área da sessão
transversal, porém dessa vez de maneira estatística, utilizando o cálculo da regressão
linear.

8.5 Cálculo da regressão linear para determinação da área da


sessão transversal do êmbolo
1 1
P = · F =⇒ A = (61)
A b
Portanto, tomando as condições da Eq(59) como verdade, estamos interessados em
saber qual é o valor da área da sessão transversal do êmbolo. Logo, chamando x = F
e y = P. Aqui, podemos simplicar, sabendo que a pressão atmosférica é a mesma em
todos os pontos, logo, utilizaremos apenas a pressão manométrica para determinarmos o
valor pelo método da regressão linear. Logo, Calculando através do método dos mínimos
quadrados, utilizando a Eq(45) temos que;
n
P
(x − x) · (y − y)
i=1
b= n
P
(x − x)2
i=1

35
x y (x − x) (y − y) (x − x) · (y − y)
5,4311 15690,64 -9,21192 - 29419,96 271014,3179
10,3310 35303,94 - 4,312202 -9806,66 42286,51405
15,2310 41187,93 0,588 -3922,67 -2306,52996
20,1310 64723,89 5,48798 19613,29 107637,3433
22,0910 68646,60 7,44798 23530,6 175255,4382

593887, 0835
b= = 3135, 78 (62)
189, 390611
Como queremos a área da sessão transversal, então temos que
1
A= = 3, 19 · 10−4 (63)
b
Logo, obtemos o seguinte resultado para a área da sessão transversal utilizando outro
método, que foi o método da regressão linea, o que foi esperado conforme consta nos dados
da FIG.20

A = 3, 19 · 10−4 m2 (64)

8.5.1 Propagação do erro


A propagação do erro nesta forma da utilização pelo método da regressão linear, pode
ser obtida de forma na qual iremos derivar parcialmente a nossa Eq(61) de tal forma que
possamos obter o erro propagado. Fazendo isso, temos que

∂ 1
∆A2 = [ ( ) · ∆b]2 (65)
∂b b
Logo, temos que
−1
∆A = | | · ∆b
b2
1
∆A = | | · 0, 05
(3135, 78)2
Portanto, temos que

∆A = ±5, 0 · 10−9 (66)


Portanto, para a área obtida através do método da regressão linear, temos que

A = (3, 19 · 10−4 ± 5, 0 · 10−9 )m2 (67)

36
8.6 Comparação dos resultados e erro percentual

Para fazermos uma comparação precisa dos resultados obtidos utilizando os conceitos
fundamentais ditos neste documento, é de nosso interesse podermos fazer uma cálculo
relacionando os resultados e compreender o quão preciso formos diante dos resultados
direto e estatístico. Com isso, utilizando o cálculo do erro percentual, podemos nalmente
comparar ambos os resultados.

|x − x|
E% = · 100%
x

3, 19 · 10−4 − 3, 30 · 10−4
E% =
3, 30 · 10−4
Logo, temos que

E% = 33% (68)
Uma boa precisão diante de nossas estimativas, com um erro percentual de 0, 033%.

9 Conclusão
Entende-se a importância da compreensão de alguns fenômenos físicos envolvendo a hi-
drostática no nosso dia a dia. Como vimos neste documento, alguns desses usos podem ser
de extrema importância para responder perguntas na qual desejamos realizar. Exemplos
que podem ser dados que foram relatados neste documento, são exemplos importantes que
podem surgir como uma aplicação para explicar conceitos e fenômenos físicos em escalas
ainda maiores, como por exemplo, o porquê uma pressão que é realizada sobre um deter-
minado corpo tende a aumentar ao decorrer da profundidade que este mesmo corpo imerge
dentro de um uido, ou por que quando adentramos dentro de uma piscina normalmente
nos sentimos mais leves, dentre outras perguntas que podem ser respondidas de acordo
com ferramentas mostradas neste documento. A lei de Stevin, lei de Pascal e princípio
de Arquimedes, formam uma base sólida para os estudos no campo da hidrostática, com
elas podemos retratar fenômenos físicos medindo as grandezas na qual podemos medir,
e determinar outras grandezas conhecendo as relações dessas propriedades. O cálculo
da aceleração gravitacional, por exemplo, foi uma dessas variáveis na qual conseguimos
determinar utilizando os conceitos da hidrostática, tais ferramentas nos auxiliaram a com-
preender a natureza da aceleração gravitacional de um corpo localizado em um uido em
um determinado planeta, que no nosso caso foi a terra. A conclusão geral que podemos
determinar neste documento, é que tais ferramentas na qual relatamos deduzidamente
e cuidadosamente, são essenciais para diversas aplicações cotidiana dentro do campo da
física. Dos experimentos realizados, notou-se que para o experimento dos vasos comuni-
cantes, a utilização da lei de Stevin foi válida para determinarmos da densidade um outro
uido desconhecido, sabendo assim, que pela fundamentação teórica presente neste docu-
mento, foi possível compreender que a medida na qual o corpo imerge dentro de um uido,
a sua pressão manométrica aumenta e conseqüentemente a sua pressão absoluta também
aumenta, dos experimentos realizados com a lei de empuxo, foi possível a compreensão
também das idéias elaboradas neste documento sobre um corpo imerso e em repouso,

37
notou-se que foi possível determinarmos a aceleração gravitacional, assim também como
a densidade do uido, tornando-se válida também as relações discutidas dentro da fun-
damentação teórica relacionada ao princípio de Arquimedes, dos experimentos realizados
com o princípio de Pascal, foi de nossa natureza poder obter uma relação direta entre uma
força aplicada e uma pressão estabelecida, a importância deste experimento na prática
validou também o que foi discutido bem no início da fundamentação teoria, mostrando
que a pressão varia com uma determinada força, e que foi possível determinarmos a área
da sessão transversal do êmbolo, fazendo ajustes nas grandezas físicas na qual pudésse-
mos controlar. Por m, os erros estatístico nos auxiliou a compreendermos a precisão do
experimento realizado, a teoria e a prática realizadas, foi uma das junções principais para
o estudo realizado e bem sucedido neste documento.

10 Referências
DICKMAN;Adriana,VERTCHENKO;Lev. Vericando a lei de Boyle em um labo-
ratório didático usando grandezas estritamente mensuráveis. São Paulo  SP:
Rev. Bras. Ensino Fís.34(4)Dez 2012

GOMES;Andreia,AMARAL;Elessandra,PRADO;Rogério.Determinação da densidade
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Didáticos.Rev. Bras. Ensino Fís.41(3)2019.

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SEARS,Francis; YOUNG,Huge; ZEMANSKY,Mark.Física 2 Mecânicas dos Fluidos.


Calor. Movimento Ondulatório. 2.ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Cientí-
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38

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