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RIO GRANDE DO NORTE | JUNHO DE 2020

EDIÇÃO ESPECIAL Nº 17 | ANO 4


REVISTA DA REDE E INSTITUTO OBVIO
OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA
INSTITUTO MARCOS DIONISIO DE PESQUISA
OBVIUM ESPECIAL É UMA PUBLICAÇÃO TÉCNICA DE CRIMEANÁLISE
ANO 4 | ED. ESPECIAL 17: MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019 | ISSN: 2595-2102

2020 © REDE E INSTITUTO DE PESQUISA OBVIO OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA | INSTITUTO MARCOS DIONISIO DE PESQUISA
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QUALQUER FIM COMERCIAL.

ESSA PUBLICAÇÃO FOI PRODUZIDA EM COLABORAÇÃO COM:


GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
MPRN MINISTÉRIO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO NORTE
SESED SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DA DEFESA SOCIAL
SEMJIDH SECRETARIA DE ESTADO DE MULHERES, DA JUVENTUDE, DA IGUALDADE RACIAL E DOS DIREITOS HUMANOS
CONSELHO ESPECIAL DE SEGURANÇA PÚBLICA E POLÍTICAS CARCERÁRIAS DA OAB-RN
COEDHUCI CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS HUMANOS E DA CIDADANIA
COINE COORDENADORIA DE INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS E ANÁLISES CRIMINAIS
COMISSÃO ESPECIAL PARA ELABORAÇÃO DO PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA P ÚBLICA (PESP)
EXECUTIVA DE ELABORAÇÃO DO PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
SUBCOMISSÃO PARA ELABORAÇÃO DOS DEMAIS PRODUTOS E TAREFAS RELATIVOS À POLÍTICA E AO PLANO ESTADUAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
CÂMARA TÉCNICA DE MONITORAMENTO DE CVLIS

FICHA EDITORIAL

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS LABORATÓRIO DE PESQUISA COLETA DE DADOS DE IMPRENSA


IVENIO HERMES PESQUISADORES SÊNIORES ABRAÃO DE OLIVEIRA JUNIOR
+55 84 9 9819-5754 DANIEL OLIVEIRA BARBALHO
SÓCIO CRIMINALÍSTICA ELMA GOMES PEREIRA
JÁRVIS CAMPOS IVENIO HERMES FÁBIO VALE
+55 84 9 8111-8848 KARINA MEIRA ISAAC WENDELL
OSWALDO GOMES CORRÊA NEGRÃO MARCELINO NETO
OSWALDO GOMES CORRÊA NEGRÃO THADEU DE SOUSA BRANDÃO
+55 84 9 9707-4917 AUDITORIA EXTERNA
DEMOGRAFIA BRUNO COSTA SALDANHA
JÁRVIS CAMPOS MANUEL SABINO PONTES
THADEU DE SOUSA BRANDÃO
JOSÉ VILTON COSTA ROSIVALDO TOSCANO DOS SANTOS JUNIOR
+55 84 9 9707-0244
LUCIANA LIMA GLÁUCIO PAIVA
MARCOS GONZAGA
CAPA, DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
METODOLOGIA
IVENIO HERMES
TURISMO
ANA CATARINA COUTINHO A METODOLOGIA METADADOS E A
REVISÃO GERAL JEAN HENRIQUE COSTA PLATAFORMA MULTIFONTE FAZEM PARTE DO
RAMIRO DE VASCONCELOS DOS SANTOS JR MOZART FAZITO SISTEMA METADADOS, FORAM CRIADAS POR
SÁSKIA SANDRINELLI HERMES WILKER NÓBREGA IVENIO HERMES E MARCOS DIONISIO, E SÃO OS
MEIOS DE CONSOLIDAÇÃO DE DADOS E DE
FICHA INSITUCIONAL GESTÃO PÚBLICA INFORMAÇÕES UTILIZADO PELO OBVIO,
CLÁUDIO JESUS SENDO VEDADA SUA UTILIZAÇÃO COMERCIAL
BANCOS DE DADOS RODRIGO FIGUEIREDO SUASSUNA OU PARA FINS DE PROPAGANDA
IVENIO HERMES GOVERNAMENTAL.
PESQUISADORES ASSOCIADOS
ESTATÍSTICA FONTES DE DADOS
SANCLAI VASCONCELOS SILVA PLENOS ITEP | IBGE | DATASUS | SIRC
JOSINEIDE BATISTA DA SILVA CIOSP| COINE | MPRN
TEXTO E ANÁLISES DIAGNÓSTICAS RAMIRO DE VASCONCELOS DOS SANTOS JR
IVENIO HERMES NIEDERLAND TAVARES LEMOS
THADEU DE SOUSA BRANDÃO

COLABORAÇÃO ESPECIAL
ALEXSANDRA BEZERRA DA ROCHA
CLÁUDIO ROBERTO DE JESUS
GABRIEL MEDEIROS DE MIRANDA
JENAIR ALVES DA SILVA
OBVIO REDE DE PESQUISA ACADÊMICA
OBSERVATÓRIO DA VIOLÊNCIA DO RIO GRANDE DO NORTE
MEMBROS
REDE E INSTITUTO MARCOS DIONISIO DE PESQUISA
ALEXSANDRA BEZERRA DA ROCHA (UFCG)
ALINE GRIMBERG PEREIRA DE MEDEIROS (UFRN)
FICHA INSTITUCIONAL
ANA CATARINA COUTINHO (UFRN)
ANA PATRÍCIA DIAS SALES (UFRN)
PRESIDENTE (IN MEMORIAM)
ANDRÉIA MAGALHÃES DA ROCHA (UFRN)
MARCOS DIONISIO MEDEIROS CALDAS
BÁRBARA NASCIMENTO RODRIGUES (UFPE)
CLÁUDIO ROBERTO DE JESUS (UFRN)
INSTITUTO
IZETE SOARES DA SILVA DANTAS PEREIRA (UERN)
COORDENADOR GERAL
JEAN HENRIQUE COSTA (UERN)
OSWALDO GOMES CORRÊA NEGRÃO
JENAIR ALVES DA SILVA (UFRN)
JORDANA CRISTINA DE JESUS (UFRN)
COORDENADOR DA REDE JOSE LUIZ RATTON (UFPE)
MOZART FAZITO JOSÉ VILTON COSTA (UFRN)
JOSINEIDE BATISTA DA SILVA (UFRN)
COORDENADOR ACADÊMICO JULIANA MELO (UFRN)
WILKER NÓBREGA KELLY CHRISTINA DA SILVA MATOS PEREIRA (UFRN)
LUCIANA CONCEIÇÃO DE LIMA (UFRN)
COORDENADOR DE PESQUISA MARCOS ROBERTO GONZAGA (UFRN)
IVENIO HERMES NIEDERLAND TAVARES LEMOS (UFRN)
RAMIRO DE VASCONCELOS DOS SANTOS JR (UFRN)
COORDENADOR INSTITUCIONAL RODRIGO SUASSUNA (UFRN)
JÁRVIS CAMPOS THAYANE SILVA CAMPOS (UFRN)
VINICIUS ASSIS COUTO (UNFPA)
COORDENADORA DE POLÍTICAS DE COMBATE WALTER NUNES (UFRN)
À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER WENDELL DE FREITAS BARBOSA (UFCA)
KARINA CARDOSO MEIRA WILSON FUSCO (FUNDAJ)

COORDENADOR DE CONVÊNIOS
CLÁUDIO ROBERTO DE JESUS

Dados de Catalogação na Fonte da Publicação


(Natal, RN, Brasil)
_________________________________________________________________________________________________________________________________
R454 Revista de crimeanálise da Rede e Instituto de Pesquisa OBVIO Observatório da Violência – Instituto Marcos Dionisio de Pesquisa
OBVIUM. - Ano 4, Edição especial n.17: Mortandade da Juventude Potiguar 2015-2019 – Natal: ISSUU. 2020
64 p.

Mensal
RESUMO em português
Disponível em: https://issuu.com/obvium
ISSN: 2595-2102

1. Criminologia – Periódico. 2. Estatística Criminal – Rio Grande do Norte – Periódico 3. Rio Grande do Norte – Criminologia - Periódico.

CDU: 341.59
_________________________________________________________________________________________________________________________________
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Rio Grande do Norte : Estado : Observatório da Violência do Rio Grande do Norte :

Segurança pública: problemas sociais 341.59


LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR (2015-2019). .................................................... 11
TABELA 2 – ETNIA. ............................................................................................................................ 12
TABELA 3 – ETNIA: EVIDENCIANDO NEGRA (PARDA + PRETA). .............................................................. 13
TABELA 4 – FAIXA ETÁRIA. ................................................................................................................. 14
TABELA 5 – COMPARAÇÃO ENTRE MORTANDADE DA JUVENTUDE E DE OUTRAS FAIXAS ETÁRIAS. ............ 15
TABELA 6 – ESTADO CIVIL. ................................................................................................................ 16
TABELA 7 – ESCOLARIDADE................................................................................................................ 17
TABELA 8 – RENDA ESTIMADA. ........................................................................................................... 18
TABELA 9 – REGIÃO DE ORIGEM. ........................................................................................................ 19
TABELA 10 – TOP 10 ESTADOS DE ORIGEM. ........................................................................................ 20
TABELA 11 – ESTADO DE RESIDÊNCIA. ................................................................................................ 21
TABELA 12 – MESORREGIÕES POTIGUARES........................................................................................... 22
TABELA 13 – MICRORREGIÕES POTIGUARES. ........................................................................................ 24
TABELA 14 – POLOS TURÍSTICOS. ....................................................................................................... 25
TABELA 15 – REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL. ............................................................................. 26
TABELA 16 – TERRITORIALIDADE ESTADUAL. ....................................................................................... 27
TABELA 17 – TERRITÓRIOS DA CIDADANIA. ........................................................................................ 28
TABELA 18 – MUNICÍPIOS TOP 10 DA VIOLÊNCIA................................................................................. 29
TABELA 19 – TIPO DE CONDUTA LETAL.............................................................................................. 30
TABELA 20 – ARMAMENTO E/OU MEIO EMPREGADO............................................................................. 31
TABELA 21 – TIPO DE LOCAL DE CRIME. ............................................................................................. 32
TABELA 22 – MACROCAUSAS DA VIOLÊNCIA. ...................................................................................... 33
TABELA 23 – SÉRIE HISTÓRICA MENSAL. .............................................................................................. 34
TABELA 24 – MUNICÍPIOS. ................................................................................................................. 35
TABELA 25 – ZONAS ADMINISTRATIVAS DE NATAL. ............................................................................. 38
TABELA 26 – TOP 20 BAIRROS DE NATAL............................................................................................ 39
TABELA 27 – TIPOS DE CONDUTA LETAL EM NATAL. ........................................................................... 41
TABELA 28 – ZONAS REFERENCIAIS DE MOSSORÓ. ............................................................................... 42
TABELA 29 – TOP 20 BAIRROS DE MOSSORÓ. ...................................................................................... 43
TABELA 30 – TIPOS DE CONDUTA LETAL EM MOSSORÓ........................................................................ 45
TABELA 31 – ZONAS REFERENCIAIS DE PARNAMIRIM. ............................................................................ 46
TABELA 32 – TOP 20 BAIRROS DE PARNAMIRIM.................................................................................... 47
TABELA 33 – TIPO DE CONDUTA LETAL EM PARNAMIRIM. ..................................................................... 48
TABELA 34 – ZONAS REFERENCIAIS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE. ................................................ 49
TABELA 35 – TOP 20 BAIRROS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE. ....................................................... 50
TABELA 36 – TIPOS DE CONDUTA LETAL EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE......................................... 51
TABELA 37 – COMPARATIVO ENTRE OS MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA. ............................................ 52
TABELA 38 – COMPARATIVO: MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA E OUTROS MUNICÍPIOS. ....................... 53
TABELA 39 – TAXAS DE MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR POR GRUPOS DE 100 MIL HABITANTES.
....................................................................................................................................................... 54
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 – INCIDÊNCIA ANUAL....................................................................................................... 11
GRÁFICO 2 – INCIDÊNCIA POR ETNIA.................................................................................................. 12
GRÁFICO 3 – INCIDÊNCIA POR ETNIA: EVIDENCIANDO NEGRA (PARDA + PRETA). ................................... 13
GRÁFICO 4 – INCIDÊNCIA POR FAIXA ETÁRIA. ..................................................................................... 14
GRÁFICO 5 – INCIDÊNCIA POR FAIXA ETÁRIA DA JUVENTUDE. ............................................................... 15
GRÁFICO 6 – INCIDÊNCIA POR ESTADO CIVIL. ..................................................................................... 16
GRÁFICO 7 – INCIDÊNCIA POR ESCOLARIDADE. ................................................................................... 17
GRÁFICO 8 – INCIDÊNCIA POR RENDA ESTIMADA................................................................................. 18
GRÁFICO 9 – INCIDÊNCIA POR REGIÃO DE ORIGEM.............................................................................. 19
GRÁFICO 10 – INCIDÊNCIA POR TOP 10 ESTADOS DE ORIGEM. ............................................................. 20
GRÁFICO 11 – INCIDÊNCIA POR ESTADO DE RESIDÊNCIA. ..................................................................... 21
GRÁFICO 12 – INCIDÊNCIA POR MESORREGIÕES POTIGUARES. .............................................................. 22
GRÁFICO 13 – INCIDÊNCIA POR MICRORREGIÕES POTIGUARES.............................................................. 24
GRÁFICO 14 – INCIDÊNCIA POR POLOS TURÍSTICOS. ............................................................................ 25
GRÁFICO 15 – INCIDÊNCIA NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL..................................................... 26
GRÁFICO 16 – INCIDÊNCIA POR TERRITORIALIDADE ESTADUAL. ............................................................ 27
GRÁFICO 17 – INCIDÊNCIA POR TERRITÓRIOS DA CIDADANIA. ............................................................. 28
GRÁFICO 18 – INCIDÊNCIA POR MUNICÍPIOS TOP 10 DA VIOLÊNCIA. .................................................... 29
GRÁFICO 19 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE CONDUTA LETAL. ................................................................. 30
GRÁFICO 20 – INCIDÊNCIA POR ARMAMENTO E/OU MEIO EMPREGADO. ................................................ 31
GRÁFICO 21 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE LOCAL DE CRIME. .................................................................. 32
GRÁFICO 22 – INCIDÊNCIA POR MACROCAUSAS DA VIOLÊNCIA. ........................................................... 33
GRÁFICO 23 – INCIDÊNCIA MENSAL.................................................................................................... 34
GRÁFICO 24 – INCIDÊNCIA POR ZONAS ADMINISTRATIVAS DE NATAL. .......................................................... 38
GRÁFICO 25 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE NATAL. ................................................................................. 39
GRÁFICO 26 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE CONDUTA LETAL EM NATAL. .......................................................... 41
GRÁFICO 27 – INCIDÊNCIA POR ZONAS REFERENCIAIS DE MOSSORÓ. ............................................................ 42
GRÁFICO 28 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE MOSSORÓ. ............................................................................ 43
GRÁFICO 29 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE CONDUTA LETAL EM MOSSORÓ. ..................................................... 45
GRÁFICO 30 – INCIDÊNCIAS POR ZONAS REFERENCIAIS DE PARNAMIRIM. ....................................................... 46
GRÁFICO 31 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE PARNAMIRIM. .......................................................................... 47
GRÁFICO 32 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE CONDUTA LETAL EM PARNAMIRIM. .................................................. 48
GRÁFICO 33 – INCIDÊNCIA POR ZONAS REFERENCIAIS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE. ................................ 49
GRÁFICO 34 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE. ................................................. 50
GRÁFICO 35 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE CONDUTA LETAL EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE. ......................... 51
GRÁFICO 36 – INCIDÊNCIA: COMPARATIVO ENTRE OS MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA. ................................. 52
GRÁFICO 37 – INCIDÊNCIA: COMPARATIVO ENTRE OS MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA E OUTROS MUNICÍPIOS. .. 53
GRÁFICO 38 – TAXA DE MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR POR GRUPO DE 100 MIL HABITANTES. ............ 61
GRÁFICO 39 – COMPARAÇÃO ENTRE MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR E DE OUTRAS FAIXAS ETÁRIAS....... 62
GRÁFICO 40 – INCIDÊNCIA ENTRE MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR E DE OUTRAS FAIXAS ETÁRIAS. ......... 62
LISTA DE MAPAS
MAPA 1 – INCIDÊNCIA POR MESORREGIÕES POTIGUARES ...................................................................... 23
MAPA 2 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE NATAL ................................................................................... 40
MAPA 3 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE MOSSORÓ. ................................................................................... 44
SUMÁRIO
PREFÁCIO.......................................................................................................................................7

APRESENTAÇÃO GERAL E METODOLÓGICA DO ESTUDO .................................................................9

MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015 A 2019 ................................................................. 11

1 PERFIL GERAL ............................................................................................................................ 11

1.1 MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR (2015-2019) ........................................................... 11

1.2 ETNIA ..................................................................................................................................... 12

1.2.1 GERAL ................................................................................................................................. 12

1.2.2 EVIDENCIANDO NEGRA (PARDA + PRETA) ............................................................................. 13

1.3 FAIXA ETÁRIA......................................................................................................................... 14

1.3.1 TODAS AS FAIXAS................................................................................................................ 14

1.3.2 COMPARAÇÃO ENTRE MORTANDADE DA JUVENTUDE E DE OUTRAS FAIXAS ETÁRIAS ............ 15

1.4 ESTADO CIVIL......................................................................................................................... 16

2 PERFIL SOCIOECONÔMICO CULTURAL ....................................................................................... 17

2.1 ESCOLARIDADE....................................................................................................................... 17

2.2 RENDA ESTIMADA ................................................................................................................... 18

3 ESPACIALIDADE DA ORIGEM DA VÍTIMA ..................................................................................... 19

3.1 REGIÃO DE ORIGEM ................................................................................................................ 19

3.2 TOP 10 ESTADOS DE ORIGEM .................................................................................................. 20

3.3 ESTADO DE RESIDÊNCIA.......................................................................................................... 21

4 ESPACIALIDADE DA OCORRÊNCIA .............................................................................................. 22

4.1 MESORREGIÕES POTIGUARES .................................................................................................. 22

4.2 MICRORREGIÕES POTIGUARES................................................................................................. 24

4.3 POLOS TURÍSTICOS ................................................................................................................ 25

Pág. 4
4.4 REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL ......................................................................................26

4.5 TERRITORIALIDADE ESTADUAL................................................................................................27

4.6 TERRITÓRIOS DA CIDADANIA ..................................................................................................28

4.7 TOP 10 MUNICÍPIOS ................................................................................................................29

5 CONDUTAS, MEIOS E MACROCAUSAS..........................................................................................30

5.1 TIPO DE CONDUTA LETAL ......................................................................................................30

5.2 ARMAMENTO E/OU MEIO EMPREGADO.....................................................................................31

5.3 TIPO DE LOCAL DE CRIME .......................................................................................................32

5.4 MACROCAUSAS DA VIOLÊNCIA ...............................................................................................33

5.5 SÉRIE HISTÓRICA MENSAL.......................................................................................................34

6 MUNICÍPIOS TOTAL ...................................................................................................................35

7 MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA .............................................................................................38

7.1 NATAL ...................................................................................................................................38

7.1.1 ZONAS ADMINISTRATIVAS DE NATAL ...................................................................................38

7.1.2 BAIRROS DE NATAL..............................................................................................................39

7.1.3 TIPO DE CONDUTA LETAL EM NATAL...................................................................................41

7.2 MOSSORÓ ...............................................................................................................................42

7.2.1 ZONAS REFERENCIAIS DE MOSSORÓ .....................................................................................42

7.2.2 BAIRROS DE MOSSORÓ .........................................................................................................43

7.3 PARNAMIRIM ...........................................................................................................................46

7.3.1 ZONAS REFERENCIAIS DE PARNAMIRIM .................................................................................46

7.3.2 BAIRROS DE PARNAMIRIM .....................................................................................................47

7.3.3 TIPO DE CONDUTA LETAL EM PARNAMIRIM ..........................................................................48

7.4 SÃO GONÇALO DO AMARANTE ...............................................................................................49

Pág. 5
7.4.1 ZONAS REFERENCIAIS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE ..................................................... 49

7.4.2 BAIRROS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE ......................................................................... 50

7.4.3 TIPO DE CONDUTA LETAL EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE .............................................. 51

7.5 RESUMO DOS POLOS DA VIOLÊNCIA ........................................................................................ 52

7.5.1 COMPARATIVO ENTRE OS MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA ............................................... 52

7.5.2 COMPARATIVO: MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA E OUTROS ............................................. 53

8 TAXAS DA MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR POR GRUPOS DE 100 MIL HABITANTES ...... 54

9 UMA JUVENTUDE DESAFIADA A VIVER ......................................................................................... 57

10 ANÁLISES E DISCUSSÃO ........................................................................................................... 60

Pág. 6
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

PREFÁCIO
Jenair Alves da Silva1 e Cláudio Roberto de Jesus2

Essa publicação é lançada em um momento singular e bastante difícil da história mundial. Estamos
vivenciando uma pandemia originada na Ásia e que atualmente (junho de 2020) está presente em todos os
continentes. Há registros de infectados pelo novo Coronavírus na maioria dos países, e por consequência
mortes provocadas pela Covid-19. O Brasil, nesse momento, está entre os primeiros no ranking das nações
com maior número de óbitos em decorrência do vírus. Este que, aparentemente é democrático e alcança
pessoas de todas as raças, classes sociais e gêneros, não-coincidentemente no Brasil atinge em sua
maioria pessoas negras e pobres, sobretudo as mulheres, que são uma parcela significativa das funções
essenciais - enfermeiras, técnicas em enfermagem, médicas, cuidadoras, prestadoras de serviço de limpeza,
caixas de supermercado, etc. Sabe-se que pandemia do novo Coronavírus também está afetando de forma
contundente a geração de idosos, o que é motivo de grande preocupação. Mas e a juventude? Além da Covid-
19 e seus impactos, que outras preocupações afligem esses sujeitos de direitos?
Jovens, sobretudo negros, continuam a morrer nas periferias do Rio Grande do Norte. Quem mata? Quem (ou
quê) causa tanta morte? Quem se responsabiliza por elas? A repetição dos altos índices de morte de jovens
nos últimos 15 anos, segundo estudos nacionais como Mapa da Violência e Atlas da Violência, reforça o
discurso de que a sociedade brasileira tem sistematicamente exterminado parte de sua juventude. Não são
números, são histórias interrompidas, na maioria das vezes por arma de fogo. O fato de que em 2019
diminuiu o número de jovens mortos no Rio Grande do Norte não merece comemoração. É apenas um alento,
uma pausa respirar fundo e continuar a busca por uma sociedade menos violenta, que proteja e ampare sua
juventude.
O perfil descritivo das vítimas é conhecido pelas pesquisas e divulgado pela mídia: homens, negros,
solteiros, com baixa escolaridade e que completaram a maioridade penal, é como se apresenta a grande
parte daqueles que concluem sua vida muito cedo. Nas periferias das cidades mais populosas do estado do
Rio Grande do Norte ter tais características implica em convivência com risco de morte. Uma ameaça que
não se analisa a partir de fatos e eventos isolados, mas que somente é possível discutir ao se levar em
conta uma investigação da realidade a qual revela a necropolítica: um longo processo de exclusão de
populações e territórios, o racismo, a desigualdade, a socialização violenta e exposição à morte, os vínculos
fragilmente construídos e a destituição da vida em comunidade, a ausência de políticas públicas e as
ameaças à democracia, entre outras questões. É preciso romper com o conhecido ciclo que leva uma parte
da juventude a morte precoce.
Nos últimos 5 anos, o monitoramento realizado pelo OBVIO, a partir do Sistema Metadados, conclui que o
Rio Grande do Norte perdeu 5.376 adolescentes e jovens de 12 a 29 anos. Uma média de um pouco mais de
1 mil jovens por ano são assassinados no RN, e cerca de 90% deles são negros (pardos e pretos).

1
Jenair Alves da Silva – Graduada em Psicologia (UFRN), Mestre em Estudos Urbanos e Regionais (UFRN), Doutoranda em Psicologia
(PPGPsi/UFRN), Pesquisadora no Observatório da População Infantojuvenil em Contexto de Violência (OBIJUV/UFRN) e bolsista no Programa
Marielle Franco - Fundo Baobá.
2
Cláudio Roberto de Jesus – Graduado em Ciências Sociais (Sociologia) pela UFMG, Mestre em Economia Social e do Trabalho (UNICAMP) e
Doutorado em Geografia pela UFMG. Docente do Departamento de Políticas Públicas e do Programa de Pós-graduação em Estudos Urbanos e
Regionais da UFRN. Coordenador do grupo de pesquisa Violência, trabalho e ilegalismos e do projeto de extensão Motyrum Penitenciário.

Pág. 7
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

A via pública, as ruas principais das comunidades, têm deixado de ser lugar de circulação, encontro, troca,
potência de vida, movimento, para ser lugar de recolhimento de corpos. Não se pode naturalizar esses
espaços como o lugar do encontro fatal. É fato que, comparado a anos anteriores, há uma diminuição do
número de mortes de jovens no Rio Grande do Norte em 2019, mas podemos nomear isso como tendência?
Existe um plano ou política que garanta que 2020 apresente índices menores que 2019? Se sim, quais
estratégias e ações compõem esse plano? Mais do que refletir sobre como a violência rebate sobre a
juventude potiguar é importante apontar caminhos para que os dados não sejam apenas quadros
enumerados, mas sobretudo subsidiem estratégias urgente para as políticas públicas de juventudes.
Essa edição especial OBIVUM Nº 17, propõe demonstrar o quão real é o processo de extermínio da juventude
em curso no Rio Grande do Norte, como também ocorre em todo o Brasil, evidenciando seu carácter
continuado. As estatísticas da Mortandade da Juventude Potiguar no estado do Rio Grande do Norte, aqui
apresentadas de forma qualificada em diversas variáveis, considerando o período entre 2015 a 2019, apenas
comprovam isso. Nossa edição especial OBIVUM Nº17, evidencia mais uma vez números que demonstram o
quão real é o processo de extermínio da juventude em curso no Rio Grande do Norte, como também ocorre
em todo o Brasil. Seja pela via criminógena, seja pela ausência parcial do Estado em suas diversas
instâncias, abrindo precedentes e espaço para grupos ilegítimos e ilegais assumirem ações em seu lugar,
fazendo com que a juventude padeça e entre num redemoinho de morte com poucas chances de sobreviver.
As estatísticas da Mortandade da Juventude Potiguar no estado do Rio Grande do Norte, aqui apresentadas
de forma qualificada, desagregada em diversas variáveis, no período entre 2015 a 2019, apenas comprovam
isso.
Dentre as diversas variáveis aqui disponibilizadas e que já gerariam em sim diversos estudos, estão as
características das vítimas (idade, escolaridade, renda, estado civil), as características do crime (tipo de
conduta letal, tipo de arma utilizada e local do crime) e as possíveis macrocausas da violência que remetem,
em parte, o perfil do agressor. Destarte, é uma edição rica em dados e informações que certamente podem
e devem subsidiar quaisquer planejamentos de políticas de segurança para a juventude no RN e ainda
realimentar estudos sobre a temática.
O estudo está organizado de modo a disponibilizar as características das vítimas (idade, escolaridade,
renda, estado civil), as características do crime (tipo de conduta letal, tipo de arma utilizada e local do
crime) e as possíveis macrocausas da violência que remete, em parte, o perfil do suspeito agressor.
Destarte, é uma edição rica em dados e informações que certamente podem e devem subsidiar quaisquer
planejamentos de políticas de segurança para a juventude no RN e ainda realimentar estudos sobre a
temática.
Parece estranho, em meio ao enfrentamento à Covid-19, apresentarmos este estudo que discute dados e
informações sistematizadas sobre a violência letal intencional contra a juventude ocorrida entre 2015 a
2019. Enquanto rede composta por pesquisadoras e pesquisadores que buscam produzir ciência, sabe-se
que é observado o que aconteceu em nossa história antiga e recente que podemos projetar o futuro. Apesar
da brusca alteração no cotidiano provocada pela doença atualmente sem cura ou vacina, seguimos, cientes
do desafio de que é necessário mais do que álcool em gel e máscaras para proteger e garantir a vida dos
potiguares jovens.

Boa leitura!

Pág. 8
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

APRESENTAÇÃO GERAL E METODOLÓGICA DO ESTUDO


O material apresentado nesta edição consiste em recortes técnicos contendo a vitimização letal sofrida
pela juventude potiguar compreendida entre 16 e 29 anos de idade, no período de 2015 a 2019.
As notas técnicas, as análises diagnósticas e as breves considerações, como é de praxe da revista OBVIUM,
servirão para orientar estudiosos, pesquisadores e qualquer entidade, governamental ou não, bem como a
sociedade civil organizada norte-rio-grandense e brasileira como um todo. Contudo, por ser denso, o material
pode e deve fomentar o debate e outros estudos.

ORIENTAÇÕES
A sequência de imagens abaixo segue o modelo de tabela (Figura 1) e de gráfico (Figura 2) que são
apresentados no estudo, com a chave do entendimento de cada um deles, tornando claro o que cada dado,
representação, imagem ou formulação estatística se refere.

FIGURA 1 – TABELAS.

Pág. 9
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019
FIGURA 2 – GRÁFICOS.

Dados
O Banco de Dados do OBVIO Observatório da Violência do RN, Instituto Marcos Dionisio de Pesquisa,
entidade sediada pela UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte, é construído por meio do Sistema
Metadados3. Ele consiste no tratamento interpolado de dados de diversas fontes governamentais e não-
governamentais (Datasus, Dados da Segurança Pública, ITEP, SISOBI, Ministério Público e algumas fontes
jornalísticas previamente credenciadas), oriundas de um processo de coleta dinâmico denominado
Plataforma Multifonte criado por Hermes e Dionisio4.
As análises produzidas pelos pesquisadores do OBVIO são coordenadas e organizadas pelos
pesquisadores do instituto e da rede de pesquisa.

3
HERMES, Ivenio; DIONISIO, Marcos. Do Homicímetro Ao Cvlimetro: A Plataforma Multifonte e a Contribuição Social nas Políticas Públicas de
Segurança. 2. ed. Natal: Saraiva, 2014. 110 p.
4
HERMES, Ivenio. Metadados 2013: Análises da Violência Letal Intencional no Rio Grande do Norte. 2. ed. Natal: Saraiva, 2014. 145 p.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015 A 2019


1 PERFIL GERAL
1.1 MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR (2015-2019)

TABELA 1 – MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR (2015-2019).


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Evolução Anual Incidência Variação


Mortandade da Juventude Potiguar
2015-2019
2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Vitimas Por Ano 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Incidência Anual 18,0% 21,0% 26,0% 20,5% 14,5% 100,0% NA 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 1 – INCIDÊNCIA ANUAL.

NOTAS TÉCNICAS:
1 – A Mortandade da Juventude Potiguar no período 2015-2019 apresenta o ano 2017 como o mais violento,
alçando 26% em taxa de incidência, e o ano de 2019 o menos violento. Mas o agrupamento da série revela
a triste situação no Rio Grande do Norte e a perda de 5.376 jovens. Há de verificar que, de fato, as condições
gerais de vida – como renda, educação, serviços públicos – estão diretamente relacionados a questão da
violência.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

1.2 ETNIA
1.2.1 GERAL
TABELA 2 – ETNIA.
OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Etnia 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Parda 485 655 707 749 581 3.177 59,1% 35,1% 7,9% 5,9% -22,4% 19,8%
Preta 329 359 605 259 125 1.677 31,2% 9,1% 68,5% -57,2% -51,7% -62,0%
Branca 153 116 84 95 63 511 9,5% -24,2% -27,6% 13,1% -33,7% -58,8%
Ignorada 0 0 2 1 8 11 0,2% NA NA -50,0% 700,0% NA
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 2 – INCIDÊNCIA POR ETNIA.

NOTAS TÉCNICAS:
1 - Usamos a nomenclatura “etnia” ao invés de “raça”, por uma questão de ser um termo mais atual;
2 - O termo “ignorada” foi usado para os casos onde não foram obtidas as informações de cor da pele em
nenhuma das bases de dados utilizadas no Sistema Metadados.
3 - Os dados usados para o mapeamento da cor da pele são inseridos após análise de fotografias das
identificações das vítimas, ou quando a vítima não é identificada, foram usadas fotos do local do crime.
4 - A cor da pele é o fator de risco para a população negra e parda no estado do Rio Grande do Norte, de
acordo com a tabela 2 o agrupamento da série em análise representa 90,3%. Apenas no ano de 2017
morreram 1.312 negros e pardos. Isso nos deixa uma inquietação as ações desenvolvidas no período de
2015-2019 de combate à violência estariam baseadas em quais pressupostos ideológicos a respeito da
pobreza ou da exclusão social?

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

1.2.2 EVIDENCIANDO NEGRA (PARDA + PRETA)

TABELA 3 – ETNIA: EVIDENCIANDO NEGRA (PARDA + PRETA).


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Etnia (evidenciando parda e preta) 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Negra 638 771 791 844 644 3.688 68,6% 20,8% 2,6% 6,7% -23,7% 0,9%
Branca 329 359 605 259 125 1.677 31,2% 9,1% 68,5% -57,2% -51,7% -62,0%
Ignorada 0 0 2 1 8 11 0,2% NA NA -50,0% 700,0% NA
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 3 – INCIDÊNCIA POR ETNIA: EVIDENCIANDO NEGRA (PARDA + PRETA).

NOTA TÉCNICA:
1 – A população parda e preta, que agregamos sob a classificação negra representam, juntas, 68,6% das
mortes de jovens potiguares no período 2015-2019. Chama a atenção que em 2019 o número de ocorrências
da juventude negra tenha sido igual ao de 2015, enquanto, no mesmo período, observou-se uma redução de
62% das ocorrências entre jovens brancos e uma redução de 19,6% entre todos os jovens.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

1.3 FAIXA ETÁRIA


1.3.1 TODAS AS FAIXAS
TABELA 4 – FAIXA ETÁRIA.
OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Faixa Etária 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
12 A 17 127 137 170 150 89 673 12,5% 7,9% 24,1% -11,8% -40,7% -29,9%
18 A 24 560 675 832 635 459 3.161 58,8% 20,5% 23,3% -23,7% -27,7% -18,0%
25 A 29 280 318 396 319 229 1.542 28,7% 13,6% 24,5% -19,4% -28,2% -18,2%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 4 – INCIDÊNCIA POR FAIXA ETÁRIA.

NOTA TÉCNICA:

1 - A distribuição das mortes da juventude por idade mostra que 58,8% das ocorrências entre 2015 e 2019
estão concentradas no grupo etário entre 18 e 24 anos, e 28,7% das ocorrências entre 25 e 29 anos. Nesse
período, observou-se uma redução de 19,6%. A redução no período só não foi maior, pois, observou-se um
aumento nas ocorrências entre 2016 e 2017, em todas as idades, da ordem de 23,7%.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

1.3.2 COMPARAÇÃO ENTRE MORTANDADE DA JUVENTUDE E DE OUTRAS FAIXAS ETÁRIAS


TABELA 5 – COMPARAÇÃO ENTRE MORTANDADE DA JUVENTUDE E DE OUTRAS FAIXAS ETÁRIAS.
OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Variação


Incidência
Comparativo de Mortandade da Juventude 2015-2019
2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
e de Outras Faixas Etárias
Mortandade da Juventude Potiguar 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 56,6% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Mortes das Outras Faixas Etárias 703 866 1.014 860 674 4.117 43,4% 23,2% 17,1% -15,2% -21,6% -4,1%
Rafael Fernandes 1.670 1.996 2.412 1.964 1.451 9.493 100,0% 19,5% 20,8% -18,6% -26,1% -13,1%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 5 – INCIDÊNCIA POR FAIXA ETÁRIA DA JUVENTUDE.

NOTA TÉCNICA:

1 - A mortandade da juventude potiguar nas faixas de 12 a 29 anos representa 56,6%. Mesmo com uma
redução de 19,6%, estes números mostram o quanto nossa juventude está exposta ao risco e a violência,
principalmente nas áreas mais vulneráveis das cidades. Será que relacionar condições precárias de vida com
a violência poderia conduzir a uma análise sutil que referende a relação entre pobres e violência?

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

1.4 ESTADO CIVIL

TABELA 6 – ESTADO CIVIL.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Estado Civil 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Solteiro(A) 895 964 1.102 991 594 4.546 84,6% 7,7% 14,3% -10,1% -40,1% -33,6%
Ignorado 3 75 206 31 111 426 7,9% 2400,0% 174,7% -85,0% 258,1% 3600,0%
Uniao Consensual 44 60 68 61 57 290 5,4% 36,4% 13,3% -10,3% -6,6% 29,5%
Casado(A) 22 28 21 19 14 104 1,9% 27,3% -25,0% -9,5% -26,3% -36,4%
Divorciado(A) 2 3 1 2 0 8 0,1% 50,0% -66,7% 100,0% -100,0% -100,0%
Viuvo(A) 1 0 0 0 1 2 0,0% -100,0% NA NA NA 0,0%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 6 – INCIDÊNCIA POR ESTADO CIVIL.

NOTA TÉCNICA:

1 - Em relação ao estado civil, a Tabela 6 mostra variações percentuais importantes em todas as categorias
(solteiro(a), união consensual, casado(a), divorciado(a) e viúvo(a)), no período 2015-2019. Ressalta-se a
prevalência de solteiros(as) nas ocorrências da mortandade da juventude (84,6%), no período em análise.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

2 PERFIL SOCIOECONÔMICO CULTURAL


2.1 ESCOLARIDADE

TABELA 7 – ESCOLARIDADE.
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Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Escolaridade 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Nao Alfabetizado 0 0 0 1 10 11 0,2% NA NA NA 900,0% NA
Fundamental 360 278 227 395 293 1.553 28,9% -22,8% -18,3% 74,0% -25,8% -18,6%
Medio 130 172 183 147 58 690 12,8% 32,3% 6,4% -19,7% -60,5% -55,4%
Medio Completo 15 9 7 8 4 43 0,8% -40,0% -22,2% 14,3% -50,0% -73,3%
Ignorada 462 671 981 553 412 3.079 57,3% 45,2% 46,2% -43,6% -25,5% -10,8%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 7 – INCIDÊNCIA POR ESCOLARIDADE.

NOTA TÉCNICA:

1 - Em relação à escolaridade, 57,3% das informações correspondem à categoria ignorado, enquanto


(28,9%) possuía o Ensino Fundamental. Por outro lado, a redução das ocorrências entre 2015-2019 neste
nível de ensino (-18,6%) foi bem próximo ao total observado no período (-19,6%).

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

2.2 RENDA ESTIMADA

TABELA 8 – RENDA ESTIMADA.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Renda Estimada 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Sem Atividade Remunerada 498 729 1.042 644 501 3.414 63,5% 46,4% 42,9% -38,2% -22,2% 0,6%
Ate 1 Salario Minimo 176 140 145 142 83 686 12,8% -20,5% 3,6% -2,1% -41,5% -52,8%
Ate 2 Salarios Minimos 258 227 182 209 119 995 18,5% -12,0% -19,8% 14,8% -43,1% -53,9%
Ate 4 Salarios Minimos 25 30 19 99 68 241 4,5% 20,0% -36,7% 421,1% -31,3% 172,0%
Ate 6 Salarios Minimos 5 3 3 6 3 20 0,4% -40,0% 0,0% 100,0% -50,0% -40,0%
Ate 8 Salarios Minimos 5 1 7 4 3 20 0,4% -80,0% 600,0% -42,9% -25,0% -40,0%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 8 – INCIDÊNCIA POR RENDA ESTIMADA.

NOTA TÉCNICA:

1 - Em relação à distribuição segundo a renda estimada, a Tabela 8 mostra (63,5%) não tinham atividade
remunerada. Ao agregar este grupo os jovens com até 2 salários mínimos (de renda estimada), essa parcela
da população chega a 82% das ocorrências. Isso mostra como a violência pode estar atrelada à desigualdade
econômica, à falta de investimentos na educação da nossa juventude e à elevada circulação de armas de
fogos, além da falta de políticas públicas de permanência dessa juventude no mercado de trabalho, e/ou
reprodução de melhores condições de vida.

Pág. 18
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

3 ESPACIALIDADE DA ORIGEM DA VÍTIMA


3.1 REGIÃO DE ORIGEM

TABELA 9 – REGIÃO DE ORIGEM.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Região de Origem 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Nordeste 566 724 1.342 1.081 724 4.437 82,5% 27,9% 85,4% -19,4% -33,0% 27,9%
Nao Identificada 382 381 32 1 32 828 15,4% -0,3% -91,6% -96,9% 3100,0% -91,6%
Sudeste 13 19 18 15 13 78 1,5% 46,2% -5,3% -16,7% -13,3% 0,0%
Norte 1 2 4 1 3 11 0,2% 100,0% 100,0% -75,0% 200,0% 200,0%
Centro-Oeste 2 1 2 2 2 9 0,2% -50,0% 100,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Distrito Federal 3 0 0 2 3 8 0,1% -100,0% NA NA 50,0% 0,0%
Sul 0 1 0 2 0 3 0,1% NA -100,0% NA -100,0% NA
Exterior 0 2 0 0 0 2 0,0% NA -100,0% NA NA NA
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 9 – INCIDÊNCIA POR REGIÃO DE ORIGEM.

NOTA TÉCNICA:

1 - Os dados até o momento mostram que ser nordestino, negro, pardo, morador de áreas vulneráveis,
conviver com violência, ter apenas ensino fundamental, ser solteiro, sem renda ou ganhar até 2 salários são
fatores que determinam a exclusão social em diferentes contextos: violência, perigo/medo e pobreza. Afinal,
como poderíamos ter evitado a mortandade de 5.376 jovens?

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

3.2 TOP 10 ESTADOS DE ORIGEM

TABELA 10 – TOP 10 ESTADOS DE ORIGEM.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Estados de Origem 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Rio Grande Do Norte 541 691 1.297 1.032 694 4.255 79,1% 27,7% 87,7% -20,4% -32,8% 28,3%
Ignorado 382 381 32 1 32 828 15,4% -0,3% -91,6% -96,9% 3100,0% -91,6%
Paraiba 10 13 23 19 14 79 1,5% 30,0% 76,9% -17,4% -26,3% 40,0%
Sao Paulo 9 12 13 13 9 56 1,0% 33,3% 8,3% 0,0% -30,8% 0,0%
Ceara 7 10 14 12 9 52 1,0% 42,9% 40,0% -14,3% -25,0% 28,6%
Pernambuco 2 8 4 12 5 31 0,6% 300,0% -50,0% 200,0% -58,3% 150,0%
Rio De Janeiro 4 6 4 1 4 19 0,4% 50,0% -33,3% -75,0% 300,0% 0,0%
Bahia 3 0 1 3 1 8 0,1% -100,0% NA 200,0% -66,7% -66,7%
Distrito Federal 3 0 0 2 3 8 0,1% -100,0% NA NA 50,0% 0,0%
Goias 2 1 2 1 1 7 0,1% -50,0% 100,0% -50,0% 0,0% -50,0%
Para 0 2 1 1 2 6 0,1% NA -50,0% 0,0% 100,0% NA
Alagoas 1 0 0 3 1 5 0,1% -100,0% NA NA -66,7% 0,0%
Outros 3 6 7 4 2 22 0,4% 100,0% 16,7% -42,9% -50,0% -33,3%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 10 – INCIDÊNCIA POR TOP 10 ESTADOS DE ORIGEM.

NOTA TÉCNICA:

1 - Porque se mata tantos jovens no território potiguar? Os números mostram que a mortandade da
juventude representou em 2015-2016 (27,7%), 2016-2017 (87,7%), e em 2015-2019 (28,3%). Tendo uma
redução dentro dos períodos 2017-2018 (-20,4%) 2018-2019 (-32,8%).

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

3.3 ESTADO DE RESIDÊNCIA

TABELA 11 – ESTADO DE RESIDÊNCIA.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Estado de Residência 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Rio Grande Do Norte 144 789 966 1.056 704 3.659 68,1% 447,9% 22,4% 9,3% -33,3% 388,9%
Ignorado 822 333 431 42 68 1.696 31,5% -59,5% 29,4% -90,3% 61,9% -91,7%
Paraiba 1 6 1 2 3 13 0,2% 500,0% -83,3% 100,0% 50,0% 200,0%
Ceara 0 2 0 1 1 4 0,1% NA -100,0% NA 0,0% NA
Pernambuco 0 0 0 3 1 4 0,1% NA NA NA -66,7% NA
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 11 – INCIDÊNCIA POR ESTADO DE RESIDÊNCIA.

NOTA TÉCNICA:

1 - Como esses jovens conseguiram sobreviver a tamanha exclusão, uma vez que a mortandade representou
68,1% no território potiguar?

Pág. 21
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

4 ESPACIALIDADE DA OCORRÊNCIA
4.1 MESORREGIÕES POTIGUARES

TABELA 12 – MESORREGIÕES POTIGUARES.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Mesorregião Potiguar 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Leste Potiguar 605 705 861 669 442 3.282 61,0% 16,5% 22,1% -22,3% -33,9% -26,9%
Oeste Potiguar 207 242 306 251 208 1.214 22,6% 16,9% 26,4% -18,0% -17,1% 0,5%
Agreste Potiguar 88 113 175 139 103 618 11,5% 28,4% 54,9% -20,6% -25,9% 17,0%
Central Potiguar 67 70 56 45 24 262 4,9% 4,5% -20,0% -19,6% -46,7% -64,2%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 12 – INCIDÊNCIA POR MESORREGIÕES POTIGUARES.

Pág. 22
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019
MAPA 1 – INCIDÊNCIA POR MESORREGIÕES POTIGUARES

NOTA TÉCNICA:

1 – A análise das mesorregiões do Leste Potiguar e Oeste Potiguar merecem atenção especial (subdivisão
do estado que congrega os diversos municípios de uma determinada área geográfica com características
econômicas e sociais). A primeira, contempla a maioria dos municípios da Grande Natal e os demais
municípios litorâneos. Além da maior concentração de população geral, também apresenta as maiores taxas
de mortes. Apesar da redução nos números observados, os números ainda são bastante preocupantes
(61%). Estes dados deveriam subsidiar as tomadas de decisão para o enfrentamento desta problemática,
bem como para as estratégias de prevenção destes CVLIs (61%). Da mesma forma os índices de CVLIs no
Oeste Potiguar representam elevadíssimas taxas de mortalidades. Merece destaque especial a região
Central Potiguar que conseguiu melhores taxas de redução das CVLIs no período. Fato que merece uma
análise mais aprofundada para verificar os determinantes e condicionantes locais que possam ter
contribuído para a melhoria e resultados observados.

Pág. 23
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

4.2 MICRORREGIÕES POTIGUARES

TABELA 13 – MICRORREGIÕES POTIGUARES.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Microrregião Potiguar 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Natal 420 464 496 366 211 1.957 36,4% 10,5% 6,9% -26,2% -42,3% -49,8%
Macaiba 154 197 291 218 180 1.040 19,3% 27,9% 47,7% -25,1% -17,4% 16,9%
Mossoro 132 149 190 148 153 772 14,4% 12,9% 27,5% -22,1% 3,4% 15,9%
Agreste Potiguar 38 53 91 90 58 330 6,1% 39,5% 71,7% -1,1% -35,6% 52,6%
Borborema Potiguar 38 32 46 28 30 174 3,2% -15,8% 43,8% -39,1% 7,1% -21,1%
Litoral Sul 19 23 31 63 24 160 3,0% 21,1% 34,8% 103,2% -61,9% 26,3%
Vale Do Acu 23 22 37 36 18 136 2,5% -4,3% 68,2% -2,7% -50,0% -21,7%
Litoral Nordeste 12 21 43 22 27 125 2,3% 75,0% 104,8% -48,8% 22,7% 125,0%
Baixa Verde 12 28 38 21 15 114 2,1% 133,3% 35,7% -44,7% -28,6% 25,0%
Chapada Do Apodi 18 25 21 25 9 98 1,8% 38,9% -16,0% 19,0% -64,0% -50,0%
Serido Ocidental 29 24 20 9 11 93 1,7% -17,2% -16,7% -55,0% 22,2% -62,1%
Umarizal 15 15 25 18 15 88 1,6% 0,0% 66,7% -28,0% -16,7% 0,0%
Serido Oriental 16 15 14 9 3 57 1,1% -6,3% -6,7% -35,7% -66,7% -81,3%
Pau Dos Ferros 9 18 13 12 5 57 1,1% 100,0% -27,8% -7,7% -58,3% -44,4%
Macau 10 21 10 13 0 54 1,0% 110,0% -52,4% 30,0% -100,0% -100,0%
Medio Oeste 6 6 9 8 5 34 0,6% 0,0% 50,0% -11,1% -37,5% -16,7%
Serra De Sao Miguel 4 7 11 4 3 29 0,5% 75,0% 57,1% -63,6% -25,0% -25,0%
Serra De Santana 5 2 3 11 8 29 0,5% -60,0% 50,0% 266,7% -27,3% 60,0%
Angicos 7 8 9 3 2 29 0,5% 14,3% 12,5% -66,7% -33,3% -71,4%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 13 – INCIDÊNCIA POR MICRORREGIÕES POTIGUARES.

NOTA TÉCNICA:

1 - As informações por Microrregiões permitem observar a importante redução das mortes da juventude na
Microrregião de Natal (-49,8%) no período 2015-2019, em paralelo ao aumento das microrregiões agreste
potiguar de (52,6%), Mossoró (15,9%) e Macaíba (16,9%). Contudo, a Microrregião de Natal compreende
quase um terço (36,4%) das ocorrências, no período.

Pág. 24
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

4.3 POLOS TURÍSTICOS

TABELA 14 – POLOS TURÍSTICOS.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Polo Turísitco 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Costa Das Dunas 607 697 857 649 435 3.245 60,4% 14,8% 23,0% -24,3% -33,0% -28,3%
Costa Branca 156 183 217 189 166 911 16,9% 17,3% 18,6% -12,9% -12,2% 6,4%
Nao E Polo Turistico 94 145 217 178 108 742 13,8% 54,3% 49,7% -18,0% -39,3% 14,9%
Agreste/Trairi 38 30 40 35 36 179 3,3% -21,1% 33,3% -12,5% 2,9% -5,3%
Serido 48 39 37 26 21 171 3,2% -18,8% -5,1% -29,7% -19,2% -56,3%
Serrano 24 36 30 27 11 128 2,4% 50,0% -16,7% -10,0% -59,3% -54,2%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 14 – INCIDÊNCIA POR POLOS TURÍSTICOS.

NOTA TÉCNICA:

1 - Em relação aos polos turísticos, embora a Costa das Dunas tenha observado uma redução importante
da mortandade da juventude entre 2015 e 2019 (-28,3%), a região compreende 60,4% das ocorrências no
período. Merece destaque a Costa Branca, que teve um aumento de 6,4% no período analisado.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

4.4 REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL

TABELA 15 – REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Região Metropolitana de Natal 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Natal 323 338 358 267 156 1.442 45,4% 4,6% 5,9% -25,4% -41,6% -51,7%
Parnamirim 81 108 95 74 39 397 12,5% 33,3% -12,0% -22,1% -47,3% -51,9%
Sao Goncalo Do Amarante 51 62 87 75 71 346 10,9% 21,6% 40,3% -13,8% -5,3% 39,2%
Macaiba 40 34 63 57 56 250 7,9% -15,0% 85,3% -9,5% -1,8% 40,0%
Ceara-Mirim 34 57 89 31 24 235 7,4% 67,6% 56,1% -65,2% -22,6% -29,4%
Extremoz 16 18 43 25 16 118 3,7% 12,5% 138,9% -41,9% -36,0% 0,0%
Sao Jose De Mipibu 18 22 26 31 18 115 3,6% 22,2% 18,2% 19,2% -41,9% 0,0%
Nisia Floresta 11 22 26 24 11 94 3,0% 100,0% 18,2% -7,7% -54,2% 0,0%
Monte Alegre 3 7 13 18 7 48 1,5% 133,3% 85,7% 38,5% -61,1% 133,3%
Vera Cruz 1 7 14 3 4 29 0,9% 600,0% 100,0% -78,6% 33,3% 300,0%
Bom Jesus 7 5 2 9 5 28 0,9% -28,6% -60,0% 350,0% -44,4% -28,6%
Goianinha 2 4 3 11 3 23 0,7% 100,0% -25,0% 266,7% -72,7% 50,0%
Maxaranguape 1 3 12 3 0 19 0,6% 200,0% 300,0% -75,0% -100,0% -100,0%
Ielmo Marinho 3 2 9 0 3 17 0,5% -33,3% 350,0% -100,0% NA 0,0%
Arez 4 2 3 4 0 13 0,4% -50,0% 50,0% 33,3% -100,0% -100,0%
Total Geral 595 691 843 632 413 3.174 100,0% 16,1% 22,0% -25,0% -34,7% -30,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 15 – INCIDÊNCIA NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL.

NOTA TÉCNICA:

1 - Em relação à Região Metropolitana, embora Natal seja responsável por 45,5%, apresentou redução de -
51,7%, seguido de Parnamirim responsável por 12,5%, e redução de -51,9% das ocorrências, nesse período.
Dentre os municípios com maior número de ocorrências, destacam-se São Gonçalo do Amarante, com 10,9%
das ocorrências e aumento de 39,2% no período; Macaíba, com aumento de 40% nas ocorrências e Ceará-
Mirim, com redução de 29,4%.

Pág. 26
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

4.5 TERRITORIALIDADE ESTADUAL

TABELA 16 – TERRITORIALIDADE ESTADUAL.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Territorialidade Estadual 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Regiao Metropolitana 595 691 843 632 413 3.174 59,0% 16,1% 22,0% -25,0% -34,7% -30,6%
Interior 372 439 555 472 364 2.202 41,0% 18,0% 26,4% -15,0% -22,9% -2,2%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 16 – INCIDÊNCIA POR TERRITORIALIDADE ESTADUAL.

NOTA TÉCNICA:

1 - Mesmo com redução de (-30, 6%) a região metropolitana é mais violenta que o interior potiguar (-2,2%)
da mortandade da nossa juventude. Para ambas o período 2016-2017 foi o mais violento.

Pág. 27
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

4.6 TERRITÓRIOS DA CIDADANIA

TABELA 17 – TERRITÓRIOS DA CIDADANIA.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Territórios da Cidadania 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Terras Potiguaras 511 560 646 498 338 2.553 47,5% 9,6% 15,4% -22,9% -32,1% -33,9%
Assu/Mossoro 154 170 224 180 169 897 16,7% 10,4% 31,8% -19,6% -6,1% 9,7%
Agreste Litoral Sul 63 99 135 176 85 558 10,4% 57,1% 36,4% 30,4% -51,7% 34,9%
Mato Grande 58 113 172 82 66 491 9,1% 94,8% 52,2% -52,3% -19,5% 13,8%
Trairi 41 35 56 31 37 200 3,7% -14,6% 60,0% -44,6% 19,4% -9,8%
Serido 51 42 40 33 24 190 3,5% -17,6% -4,8% -17,5% -27,3% -52,9%
Sertao Do Apodi 31 37 41 43 27 179 3,3% 19,4% 10,8% 4,9% -37,2% -12,9%
Alto Oeste 21 34 38 24 10 127 2,4% 61,9% 11,8% -36,8% -58,3% -52,4%
Potengi 20 18 29 29 19 115 2,1% -10,0% 61,1% 0,0% -34,5% -5,0%
Sertao Central, Cabugi E Litoral Norte 17 22 17 8 2 66 1,2% 29,4% -22,7% -52,9% -75,0% -88,2%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 17 – INCIDÊNCIA POR TERRITÓRIOS DA CIDADANIA.

NOTA TÉCNICA:

1 - Nos territórios da Cidadania felizmente percebe-se nesse período analisado a redução da mortandade de
jovens em 7 territórios, sendo os mais característicos no (Sertão Central (-88, 2%), e aumento em 3 Agreste
litoral sul, Mato grande e Assú/Mossoró.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

4.7 TOP 10 MUNICÍPIOS

TABELA 18 – MUNICÍPIOS TOP 10 DA VIOLÊNCIA.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Municípios Top 10 da Violência 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Natal 323 338 358 267 156 1.442 26,8% 4,6% 5,9% -25,4% -41,6% -51,7%
Mossoro 101 125 140 119 133 618 11,5% 23,8% 12,0% -15,0% 11,8% 31,7%
Parnamirim 81 108 95 74 39 397 7,4% 33,3% -12,0% -22,1% -47,3% -51,9%
Sao Goncalo Do Amarante 51 62 87 75 71 346 6,4% 21,6% 40,3% -13,8% -5,3% 39,2%
Macaiba 40 34 63 57 56 250 4,7% -15,0% 85,3% -9,5% -1,8% 40,0%
Ceara-Mirim 34 57 89 31 24 235 4,4% 67,6% 56,1% -65,2% -22,6% -29,4%
Extremoz 16 18 43 25 16 118 2,2% 12,5% 138,9% -41,9% -36,0% 0,0%
Sao Jose De Mipibu 18 22 26 31 18 115 2,1% 22,2% 18,2% 19,2% -41,9% 0,0%
Nisia Floresta 11 22 26 24 11 94 1,7% 100,0% 18,2% -7,7% -54,2% 0,0%
Caico 28 21 16 7 9 81 1,5% -25,0% -23,8% -56,3% 28,6% -67,9%
Outros 264 323 455 394 244 1.680 31,3% 22,3% 40,9% -13,4% -38,1% -7,6%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 18 – INCIDÊNCIA POR MUNICÍPIOS TOP 10 DA VIOLÊNCIA.

NOTA TÉCNICA:

1 - Os 10 municípios top da violência Natal mesmo em 1 lugar apresentou dentro do período uma redução
de (-51,7%), seguido de Caicó (67,9%), Parnamirim (51,9%), Ceará – Mirim (29,4%). Enquanto Macaíba
apresentou aumento de (40%), São Gonçalo do Amarante (39,2%), e Mossoró (31,7%).

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

5 CONDUTAS, MEIOS E MACROCAUSAS


5.1 TIPO DE CONDUTA LETAL

TABELA 19 – TIPO DE CONDUTA LETAL.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Tipo de Conduta Letal 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Homicidio Doloso 812 987 1.110 827 552 4.288 79,8% 21,6% 12,5% -25,5% -33,3% -32,0%
Intervencao Policial 55 47 106 137 134 479 8,9% -14,5% 125,5% 29,2% -2,2% 143,6%
Lesao Corporal Seguida De Morte 70 60 145 108 69 452 8,4% -14,3% 141,7% -25,5% -36,1% -1,4%
Latrocinio 17 24 18 22 15 96 1,8% 41,2% -25,0% 22,2% -31,8% -11,8%
Feminicidio 13 12 19 10 7 61 1,1% -7,7% 58,3% -47,4% -30,0% -46,2%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 19 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE CONDUTA LETAL.

NOTA TÉCNICA:

1 - Sobre o tipo de conduta letal, observa-se a prevalência de homicídio doloso (79,8%), muito embora tenha
se observado uma redução de 32% deste tipo de conduta letal, entre 2015 e 2019. O feminicídio também
apresentou uma redução importante (-46,2%). Enquanto intervenção policial aumentou (143,6%).

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

5.2 ARMAMENTO E/OU MEIO EMPREGADO

TABELA 20 – ARMAMENTO E/OU MEIO EMPREGADO.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Armamento e/ou Meio Empregado 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Arma De Fogo 866 1.027 1.302 1.032 723 4.950 92,1% 18,6% 26,8% -20,7% -29,9% -16,5%
Arma Branca 64 58 55 36 29 242 4,5% -9,4% -5,2% -34,5% -19,4% -54,7%
Espancamento 12 15 11 12 9 59 1,1% 25,0% -26,7% 9,1% -25,0% -25,0%
Asfixia Mecanica Provocada 12 8 14 12 7 53 1,0% -33,3% 75,0% -14,3% -41,7% -41,7%
Objeto Contundente 8 14 8 5 6 41 0,8% 75,0% -42,9% -37,5% 20,0% -25,0%
Outros 5 8 8 7 3 31 0,6% 60,0% 0,0% -12,5% -57,1% -40,0%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%

GRÁFICO 20 – INCIDÊNCIA POR ARMAMENTO E/OU MEIO EMPREGADO.

NOTA TÉCNICA:

1 – Ao analisarmos os meios empregados, as armas de fogo lideram com 92,1% como armamento e/ou meio
empregado, além de ter tido um aumento de 16,5% deste meio empregado no período 2015-2019. As armas
brancas ocuparam a segunda opção (4,5%), embora tenha se observado uma redução relativa importante no
período (-54,7%). Vale ressaltar a importância efetiva do controle do uso de circulação de armas de fogo. A
banalização do porte de armas, bem como a supervalorização “social” da posse, pode contribuir em um futuro
breve com a piora desses indicadores que ainda são bastante preocupantes.

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5.3 TIPO DE LOCAL DE CRIME

TABELA 21 – TIPO DE LOCAL DE CRIME.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Tipo de Local de Crime 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Vias Publicas 473 457 555 377 232 2.094 39,0% -3,4% 21,4% -32,1% -38,5% -51,0%
Residencias E Proximidades 29 184 284 218 153 868 16,1% 534,5% 54,3% -23,2% -29,8% 427,6%
Hospitais E Prontos Socorros 67 99 160 181 189 696 12,9% 47,8% 61,6% 13,1% 4,4% 182,1%
Interior De Edificacoes 90 61 37 25 35 248 4,6% -32,2% -39,3% -32,4% 40,0% -61,1%
Bares E Festas 75 69 43 29 20 236 4,4% -8,0% -37,7% -32,6% -31,0% -73,3%
Terrenos Baldios 48 48 68 23 19 206 3,8% 0,0% 41,7% -66,2% -17,4% -60,4%
Estradas Carrocaveis 45 33 44 36 36 194 3,6% -26,7% 33,3% -18,2% 0,0% -20,0%
Equipamentos Publicos 21 40 63 40 7 171 3,2% 90,5% 57,5% -36,5% -82,5% -66,7%
Margens De Rodovias E Estradas 14 36 25 43 23 141 2,6% 157,1% -30,6% 72,0% -46,5% 64,3%
Povoados E Sitios 10 27 36 47 17 137 2,5% 170,0% 33,3% 30,6% -63,8% 70,0%
Comunidades E Favelas 19 12 8 28 1 68 1,3% -36,8% -33,3% 250,0% -96,4% -94,7%
Dentro De Veiculos 3 21 16 12 11 63 1,2% 600,0% -23,8% -25,0% -8,3% 266,7%
Predios De Correicao 14 12 26 9 1 62 1,2% -14,3% 116,7% -65,4% -88,9% -92,9%
Praias E Orlas 11 10 17 11 4 53 1,0% -9,1% 70,0% -35,3% -63,6% -63,6%
Beira-Rios E Mangues 2 17 10 8 11 48 0,9% 750,0% -41,2% -20,0% 37,5% 450,0%
Area De Matas E Dunas 7 1 4 7 18 37 0,7% -85,7% 300,0% 75,0% 157,1% 157,1%
Assentamentos Rurais 32 0 1 3 0 36 0,7% -100,0% NA 200,0% -100,0% -100,0%
Mercados E Feiras Livres 7 3 1 7 0 18 0,3% -57,1% -66,7% 600,0% -100,0% -100,0%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 21 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE LOCAL DE CRIME.

NOTA TÉCNICA:

1 - Quanto à incidência por tipo de local de crimes contra jovens, as vias públicas e as residências e
proximidades somadas, representam os locais de mais da metade (55%) das mortes no período 2015-2019.
As Residência e proximidades (16,1%) tiveram um aumento de 427% no período. As vias públicas, que em
números absolutos ainda ocuparam a primeira posição, com 2094 casos no período representaram 39% dos
casos. Ainda assim observou-se uma redução de 51% no período 2015-2019.

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5.4 MACROCAUSAS DA VIOLÊNCIA

TABELA 22 – MACROCAUSAS DA VIOLÊNCIA.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Macrocausas da Violência 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Crimes De Encomenda 492 503 638 428 203 2.264 42,1% 2,2% 26,8% -32,9% -52,6% -58,7%
Violencia Interpessoal 122 287 345 284 98 1.136 21,1% 135,2% 20,2% -17,7% -65,5% -19,7%
Conflito Policia X Criminalidade 62 52 122 150 138 524 9,7% -16,1% 134,6% 23,0% -8,0% 122,6%
Acao Do Trafico 73 83 97 89 165 507 9,4% 13,7% 16,9% -8,2% 85,4% 126,0%
Violencia Social 64 93 55 67 25 304 5,7% 45,3% -40,9% 21,8% -62,7% -60,9%
Rixa De Gangues 41 35 45 28 99 248 4,6% -14,6% 28,6% -37,8% 253,6% 141,5%
Violencia Patrimonial 32 41 39 34 36 182 3,4% 28,1% -4,9% -12,8% 5,9% 12,5%
Ausencia De Controle Prisional 50 14 26 9 0 99 1,8% -72,0% 85,7% -65,4% -100,0% -100,0%
Violencia Domestica 14 14 21 10 6 65 1,2% 0,0% 50,0% -52,4% -40,0% -57,1%
Violencia Colateral 9 6 10 5 6 36 0,7% -33,3% 66,7% -50,0% 20,0% -33,3%
Nao Confirmada 5 2 0 0 0 7 0,1% -60,0% -100,0% NA NA -100,0%
Violencia Sexual 3 0 0 0 1 4 0,1% -100,0% NA NA NA -66,7%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 22 – INCIDÊNCIA POR MACROCAUSAS DA VIOLÊNCIA.

NOTAS TÉCNICAS:
1 - As macrocausas da violência podem ser entendidas como as causas que deram origem ao conflito gerador
da letalidade, onde a contextualização da vítima, suas vulnerabilidades sociais e criminais podem influir
como agente ignitor da violência.
2 – Crimes de encomenda está na primeira posição, com 42,1% das mortes matadas entre 2015 e 2019,
embora tenha sofrido uma redução de 58,7% nesse período. Chama a atenção a violência interpessoal
segunda posição (21,1% das ocorrências), apesar da redução de 19,7% no período os números são
absolutamente preocupantes. A terceira macro causa observada foi o Conflito Polícia X criminalidade (9,7%)
seguida pela ação do tráfico (9,4%). Nestes dois últimos, observou-se aumento expressivo de 122,6% e
126% respectivamente.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

5.5 SÉRIE HISTÓRICA MENSAL

TABELA 23 – SÉRIE HISTÓRICA MENSAL.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Mês 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Janeiro 94 76 127 119 58 474 8,8% -19,1% 67,1% -6,3% -51,3% -38,3%
Fevereiro 59 98 111 106 61 435 8,1% 66,1% 13,3% -4,5% -42,5% 3,4%
Março 97 94 127 100 91 509 9,5% -3,1% 35,1% -21,3% -9,0% -6,2%
Abril 68 88 120 102 52 430 8,0% 29,4% 36,4% -15,0% -49,0% -23,5%
Maio 75 95 127 73 69 439 8,2% 26,7% 33,7% -42,5% -5,5% -8,0%
Junho 62 110 97 98 61 428 8,0% 77,4% -11,8% 1,0% -37,8% -1,6%
Julho 77 89 117 94 71 448 8,3% 15,6% 31,5% -19,7% -24,5% -7,8%
Agosto 84 97 128 98 73 480 8,9% 15,5% 32,0% -23,4% -25,5% -13,1%
Setembro 77 96 132 78 62 445 8,3% 24,7% 37,5% -40,9% -20,5% -19,5%
Outubro 87 105 102 91 65 450 8,4% 20,7% -2,9% -10,8% -28,6% -25,3%
Novembro 96 82 102 85 59 424 7,9% -14,6% 24,4% -16,7% -30,6% -38,5%
Dezembro 91 100 108 60 55 414 7,7% 9,9% 8,0% -44,4% -8,3% -39,6%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 23 – INCIDÊNCIA MENSAL.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

6 MUNICÍPIOS TOTAL

TABELA 24 – MUNICÍPIOS.
OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Municípios 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Acari 1 0 0 0 0 1 0,0% -100,0% NA NA NA -100,0%
Afonso Bezerra 2 5 4 1 1 13 0,2% 150,0% -20,0% -75,0% 0,0% -50,0%
Alexandria 2 4 2 1 0 9 0,2% 100,0% -50,0% -50,0% -100,0% -100,0%
Almino Afonso 1 0 0 3 0 4 0,1% -100,0% NA NA -100,0% -100,0%
Alto Do Rodrigues 2 2 4 3 0 11 0,2% 0,0% 100,0% -25,0% -100,0% -100,0%
Angicos 2 1 1 0 0 4 0,1% -50,0% 0,0% -100,0% NA -100,0%
Antonio Martins 1 3 5 1 0 10 0,2% 200,0% 66,7% -80,0% -100,0% -100,0%
Apodi 6 7 11 12 2 38 0,7% 16,7% 57,1% 9,1% -83,3% -66,7%
Areia Branca 6 9 12 7 8 42 0,8% 50,0% 33,3% -41,7% 14,3% 33,3%
Arez 4 2 3 4 0 13 0,2% -50,0% 50,0% 33,3% -100,0% -100,0%
Assu 11 11 17 20 8 67 1,2% 0,0% 54,5% 17,6% -60,0% -27,3%
Baia Formosa 2 1 2 5 1 11 0,2% -50,0% 100,0% 150,0% -80,0% -50,0%
Barauna 16 13 19 13 6 67 1,2% -18,8% 46,2% -31,6% -53,8% -62,5%
Barcelona 0 1 1 2 0 4 0,1% NA 0,0% 100,0% -100,0% NA
Bento Fernandes 0 2 0 0 0 2 0,0% NA -100,0% NA NA NA
Boa Saude 2 1 9 5 2 19 0,4% -50,0% 800,0% -44,4% -60,0% 0,0%
Bom Jesus 7 5 2 9 5 28 0,5% -28,6% -60,0% 350,0% -44,4% -28,6%
Brejinho 0 0 5 1 2 8 0,1% NA NA -80,0% 100,0% NA
Caicara Do Norte 0 4 0 2 0 6 0,1% NA -100,0% NA -100,0% NA
Caico 28 21 16 7 9 81 1,5% -25,0% -23,8% -56,3% 28,6% -67,9%
Campo Grande 0 1 1 2 0 4 0,1% NA 0,0% 100,0% -100,0% NA
Campo Redondo 0 0 0 0 1 1 0,0% NA NA NA NA NA
Canguaretama 8 7 12 26 14 67 1,2% -12,5% 71,4% 116,7% -46,2% 75,0%
Caraubas 10 8 4 8 3 33 0,6% -20,0% -50,0% 100,0% -62,5% -70,0%
Carnauba Dos Dantas 1 2 2 1 0 6 0,1% 100,0% 0,0% -50,0% -100,0% -100,0%
Carnaubais 1 1 1 2 4 9 0,2% 0,0% 0,0% 100,0% 100,0% 300,0%
Ceara-Mirim 34 57 89 31 24 235 4,4% 67,6% 56,1% -65,2% -22,6% -29,4%
Cerro Cora 0 1 0 1 3 5 0,1% NA -100,0% NA 200,0% NA
Coronel Ezequiel 1 0 2 2 0 5 0,1% -100,0% NA 0,0% -100,0% -100,0%
Coronel Joao Pessoa 0 0 1 1 0 2 0,0% NA NA 0,0% -100,0% NA
Cruzeta 0 1 0 0 0 1 0,0% NA -100,0% NA NA NA
Currais Novos 8 5 3 2 2 20 0,4% -37,5% -40,0% -33,3% 0,0% -75,0%
Encanto 0 0 2 0 0 2 0,0% NA NA -100,0% NA NA
Equador 0 1 2 0 0 3 0,1% NA 100,0% -100,0% NA NA
Espirito Santo 0 2 2 0 0 4 0,1% NA 0,0% -100,0% NA NA
Extremoz 16 18 43 25 16 118 2,2% 12,5% 138,9% -41,9% -36,0% 0,0%
Felipe Guerra 1 5 1 1 2 10 0,2% 400,0% -80,0% 0,0% 100,0% 100,0%
Fernando Pedroza 1 0 0 0 0 1 0,0% -100,0% NA NA NA -100,0%
Florania 1 0 1 1 2 5 0,1% -100,0% NA 0,0% 100,0% 100,0%
Francisco Dantas 1 0 0 0 1 2 0,0% -100,0% NA NA NA 0,0%
Frutuoso Gomes 3 1 1 0 1 6 0,1% -66,7% 0,0% -100,0% NA -66,7%
Galinhos 0 1 0 0 0 1 0,0% NA -100,0% NA NA NA
Goianinha 2 4 3 11 3 23 0,4% 100,0% -25,0% 266,7% -72,7% 50,0%
Gov Dix-Sept Rosado 1 5 5 4 2 17 0,3% 400,0% 0,0% -20,0% -50,0% 100,0%
Grossos 2 0 3 5 3 13 0,2% -100,0% NA 66,7% -40,0% 50,0%
Guamare 1 4 2 2 0 9 0,2% 300,0% -50,0% 0,0% -100,0% -100,0%
Ielmo Marinho 3 2 9 0 3 17 0,3% -33,3% 350,0% -100,0% NA 0,0%
Ipanguacu 0 2 6 1 0 9 0,2% NA 200,0% -83,3% -100,0% NA
Itaja 3 2 1 2 2 10 0,2% -33,3% -50,0% 100,0% 0,0% -33,3%
Itau 0 0 1 0 1 2 0,0% NA NA -100,0% NA NA
Jacana 2 2 5 7 3 19 0,4% 0,0% 150,0% 40,0% -57,1% 50,0%
Jandaira 2 1 3 2 2 10 0,2% -50,0% 200,0% -33,3% 0,0% 0,0%
Janduis 4 0 5 1 2 12 0,2% -100,0% NA -80,0% 100,0% -50,0%
Japi 1 0 3 0 2 6 0,1% -100,0% NA -100,0% NA 100,0%
Jardim De Piranhas 0 2 3 0 1 6 0,1% NA 50,0% -100,0% NA NA

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Municípios 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Jardim Do Serido 0 2 0 0 0 2 0,0% NA -100,0% NA NA NA
Joao Camara 9 18 27 15 11 80 1,5% 100,0% 50,0% -44,4% -26,7% 22,2%
Joao Dias 0 3 2 1 1 7 0,1% NA -33,3% -50,0% 0,0% NA
Jose Da Penha 0 0 0 1 0 1 0,0% NA NA NA -100,0% NA
Jucurutu 1 1 3 4 2 11 0,2% 0,0% 200,0% 33,3% -50,0% 100,0%
Jundia 0 1 1 0 1 3 0,1% NA 0,0% -100,0% NA NA
Lagoa D'Anta 1 0 2 7 3 13 0,2% -100,0% NA 250,0% -57,1% 200,0%
Lagoa De Pedras 0 2 0 1 3 6 0,1% NA -100,0% NA 200,0% NA
Lagoa De Velhos 0 0 0 0 1 1 0,0% NA NA NA NA NA
Lagoa Nova 1 0 0 3 1 5 0,1% -100,0% NA NA -66,7% 0,0%
Lagoa Salgada 3 1 5 7 2 18 0,3% -66,7% 400,0% 40,0% -71,4% -33,3%
Lajes 2 1 0 1 1 5 0,1% -50,0% -100,0% NA 0,0% -50,0%
Lajes Pintadas 0 3 0 0 0 3 0,1% NA -100,0% NA NA NA
Lucrecia 0 0 3 0 1 4 0,1% NA NA -100,0% NA NA
Luis Gomes 1 0 1 1 1 4 0,1% -100,0% NA 0,0% 0,0% 0,0%
Macaiba 40 34 63 57 56 250 4,7% -15,0% 85,3% -9,5% -1,8% 40,0%
Macau 9 9 6 3 0 27 0,5% 0,0% -33,3% -50,0% -100,0% -100,0%
Major Sales 1 0 0 0 0 1 0,0% -100,0% NA NA NA -100,0%
Martins 6 3 5 3 1 18 0,3% -50,0% 66,7% -40,0% -66,7% -83,3%
Maxaranguape 1 3 13 4 0 21 0,4% 200,0% 333,3% -69,2% -100,0% -100,0%
Messias Targino 0 1 1 1 0 3 0,1% NA 0,0% 0,0% -100,0% NA
Montanhas 0 1 4 3 2 10 0,2% NA 300,0% -25,0% -33,3% NA
Monte Alegre 3 7 13 18 7 48 0,9% 133,3% 85,7% 38,5% -61,1% 133,3%
Monte Das Gameleiras 1 0 1 1 0 3 0,1% -100,0% NA 0,0% -100,0% -100,0%
Mossoro 101 125 140 119 133 618 11,5% 23,8% 12,0% -15,0% 11,8% 31,7%
Natal 323 338 358 267 156 1.442 26,8% 4,6% 5,9% -25,4% -41,6% -51,7%
Nisia Floresta 11 22 26 24 11 94 1,7% 100,0% 18,2% -7,7% -54,2% 0,0%
Nova Cruz 6 4 4 10 5 29 0,5% -33,3% 0,0% 150,0% -50,0% -16,7%
Olho D'Agua Do Borges 1 0 0 0 1 2 0,0% -100,0% NA NA NA 0,0%
Parazinho 0 3 3 3 2 11 0,2% NA 0,0% 0,0% -33,3% NA
Parelhas 6 3 7 6 1 23 0,4% -50,0% 133,3% -14,3% -83,3% -83,3%
Parnamirim 81 108 95 74 39 397 7,4% 33,3% -12,0% -22,1% -47,3% -51,9%
Passa-E-Fica 1 3 2 3 5 14 0,3% 200,0% -33,3% 50,0% 66,7% 400,0%
Patu 0 2 5 3 1 11 0,2% NA 150,0% -40,0% -66,7% NA
Pau Dos Ferros 2 6 4 5 1 18 0,3% 200,0% -33,3% 25,0% -80,0% -50,0%
Pedra Grande 1 0 2 2 1 6 0,1% -100,0% NA 0,0% -50,0% 0,0%
Pedro Avelino 0 1 4 1 0 6 0,1% NA 300,0% -75,0% -100,0% NA
Pedro Velho 0 4 2 4 2 12 0,2% NA -50,0% 100,0% -50,0% NA
Pendencias 1 2 2 2 1 8 0,1% 100,0% 0,0% 0,0% -50,0% 0,0%
Piloes 0 3 0 0 0 3 0,1% NA -100,0% NA NA NA
Poco Branco 1 4 5 1 0 11 0,2% 300,0% 25,0% -80,0% -100,0% -100,0%
Portalegre 0 2 1 0 0 3 0,1% NA -50,0% -100,0% NA NA
Porto Do Mangue 3 1 1 0 1 6 0,1% -66,7% 0,0% -100,0% NA -66,7%
Pureza 1 3 2 1 1 8 0,1% 200,0% -33,3% -50,0% 0,0% 0,0%
Rafael Fernandes 0 1 0 0 0 1 0,0% NA -100,0% NA NA NA
Rafael Godeiro 0 0 1 1 1 3 0,1% NA NA 0,0% 0,0% NA
Riacho Da Cruz 0 1 2 1 1 5 0,1% NA 100,0% -50,0% 0,0% NA
Riachuelo 0 0 0 1 0 1 0,0% NA NA NA -100,0% NA
Rio Do Fogo 1 2 5 5 6 19 0,4% 100,0% 150,0% 0,0% 20,0% 500,0%
Rodolfo Fernandes 2 1 2 1 1 7 0,1% -50,0% 100,0% -50,0% 0,0% -50,0%
Ruy Barbosa 1 0 0 0 0 1 0,0% -100,0% NA NA NA -100,0%
Santa Cruz 15 11 8 1 8 43 0,8% -26,7% -27,3% -87,5% 700,0% -46,7%
Santa Maria 0 2 3 0 0 5 0,1% NA 50,0% -100,0% NA NA
Santana Do Matos 2 0 0 2 2 6 0,1% -100,0% NA NA 0,0% 0,0%
Santana Do Serido 0 1 0 0 0 1 0,0% NA -100,0% NA NA NA
Santo Antonio 0 9 6 8 2 25 0,5% NA -33,3% 33,3% -75,0% NA
Sao Bento Do Norte 0 3 2 6 0 11 0,2% NA -33,3% 200,0% -100,0% NA
Sao Bento Do Trairi 0 1 0 1 0 2 0,0% NA -100,0% NA -100,0% NA
Sao Fernando 1 0 0 2 0 3 0,1% -100,0% NA NA -100,0% -100,0%
Sao Francisco Do Oeste 1 0 1 1 0 3 0,1% -100,0% NA 0,0% -100,0% -100,0%

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

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Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Municípios 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Sao Goncalo Do Amarante 51 62 87 75 71 346 6,4% 21,6% 40,3% -13,8% -5,3% 39,2%
Sao Joao Do Sabugi 0 1 0 0 0 1 0,0% NA -100,0% NA NA NA
Sao Jose De Mipibu 18 22 26 31 18 115 2,1% 22,2% 18,2% 19,2% -41,9% 0,0%
Sao Jose Do Campestre 7 6 15 4 5 37 0,7% -14,3% 150,0% -73,3% 25,0% -28,6%
Sao Miguel 2 6 7 2 2 19 0,4% 200,0% 16,7% -71,4% 0,0% 0,0%
Sao Miguel Do Gostoso 2 0 1 5 4 12 0,2% -100,0% NA 400,0% -20,0% 100,0%
Sao Paulo Do Potengi 5 8 7 11 4 35 0,7% 60,0% -12,5% 57,1% -63,6% -20,0%
Sao Pedro 1 0 4 1 2 8 0,1% -100,0% NA -75,0% 100,0% 100,0%
Sao Rafael 1 0 2 2 0 5 0,1% -100,0% NA 0,0% -100,0% -100,0%
Sao Tome 3 0 3 3 3 12 0,2% -100,0% NA 0,0% 0,0% 0,0%
Sao Vicente 0 0 0 3 0 3 0,1% NA NA NA -100,0% NA
Senador Eloi De Souza 0 0 0 2 1 3 0,1% NA NA NA -50,0% NA
Serra Caiada 4 0 3 0 4 11 0,2% -100,0% NA -100,0% NA 0,0%
Serra De Sao Bento 0 1 0 0 1 2 0,0% NA -100,0% NA NA NA
Serra Do Mel 4 1 11 2 2 20 0,4% -75,0% 1000,0% -81,8% 0,0% -50,0%
Serra Negra Do Norte 0 0 0 0 1 1 0,0% NA NA NA NA NA
Serrinha 0 1 1 1 3 6 0,1% NA 0,0% 0,0% 200,0% NA
Serrinha Dos Pintos 0 0 1 1 0 2 0,0% NA NA 0,0% -100,0% NA
Severiano Melo 1 0 0 0 0 1 0,0% -100,0% NA NA NA -100,0%
Sitio Novo 1 0 0 2 0 3 0,1% -100,0% NA NA -100,0% -100,0%
Taboleiro Grande 0 0 0 1 0 1 0,0% NA NA NA -100,0% NA
Taipu 1 3 7 1 1 13 0,2% 200,0% 133,3% -85,7% 0,0% 0,0%
Tangara 6 7 8 5 6 32 0,6% 16,7% 14,3% -37,5% 20,0% 0,0%
Tenente Ananias 0 0 0 1 0 1 0,0% NA NA NA -100,0% NA
Tenente Laurentino Cruz 1 1 2 1 0 5 0,1% 0,0% 100,0% -50,0% -100,0% -100,0%
Tibau 3 1 5 2 1 12 0,2% -66,7% 400,0% -60,0% -50,0% -66,7%
Tibau Do Sul 3 0 2 10 2 17 0,3% -100,0% NA 400,0% -80,0% -33,3%
Timbauba Dos Batistas 0 0 1 0 0 1 0,0% NA NA -100,0% NA NA
Touros 5 10 13 4 14 46 0,9% 100,0% 30,0% -69,2% 250,0% 180,0%
Triunfo Potiguar 1 0 1 0 0 2 0,0% -100,0% NA -100,0% NA -100,0%
Umarizal 3 3 2 5 8 21 0,4% 0,0% -33,3% 150,0% 60,0% 166,7%
Upanema 1 4 1 4 3 13 0,2% 300,0% -75,0% 300,0% -25,0% 200,0%
Varzea 1 0 1 2 0 4 0,1% -100,0% NA 100,0% -100,0% -100,0%
Venha-Ver 0 1 0 0 0 1 0,0% NA -100,0% NA NA NA
Vera Cruz 1 7 14 3 4 29 0,5% 600,0% 100,0% -78,6% 33,3% 300,0%
Vila Flor 0 2 1 0 0 3 0,1% NA -50,0% -100,0% NA NA
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

Pág. 37
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7 MUNICÍPIOS P OLOS DE VIOLÊNCIA

Os municípios tratados como polos da violência são aqueles que por suas características demográficas,
ou seja, devido ao adensamento populacional e por possuírem mais de 100 mil habitantes em 2019, São:
Natal, Mossoró, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante.

7.1 NATAL
7.1.1 ZONAS ADMINISTRATIVAS DE NATAL
TABELA 25 – ZONAS ADMINISTRATIVAS DE NATAL.
OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Zonas Administrativas de Natal 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Norte 144 148 175 138 77 682 47,3% 2,8% 18,2% -21,1% -44,2% -46,5%
Oeste 120 130 121 88 55 514 35,6% 8,3% -6,9% -27,3% -37,5% -54,2%
Leste 44 36 35 26 12 153 10,6% -18,2% -2,8% -25,7% -53,8% -72,7%
Sul 15 24 27 15 12 93 6,4% 60,0% 12,5% -44,4% -20,0% -20,0%
Total Geral 323 338 358 267 156 1.442 100,0% 4,6% 5,9% -25,4% -41,6% -51,7%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 24 – INCIDÊNCIA POR ZONAS ADMINISTRATIVAS DE NATAL.

NOTA TÉCNICA:

1 - Em relação ao município de Natal, 42,3% das ocorrências estão concentradas na Zona Norte (47,3%),
seguido pela Zona Oeste Zona Leste (35,6%). As Zonas Leste (10,6%) e Zona Sul (6,4%). Importante
observar a redução expressiva nas três regiões com maior incidência: Norte com redução de 46,5%, Oeste
com redução de 54,2%, a Zona Leste com a maior redução 72,7% e, por fim a Zona Sul, com a redução de
20% no período 2015-2019.

Pág. 38
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.1.2 BAIRROS DE NATAL

TABELA 26 – TOP 20 BAIRROS DE NATAL.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Top 20 Bairros de Natal 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Nsa Sra Da Apresentacao 34 44 57 32 22 189 13,1% 29,4% 29,5% -43,9% -31,3% -35,3%
Lagoa Azul 23 21 37 38 19 138 9,6% -8,7% 76,2% 2,7% -50,0% -17,4%
Felipe Camarao 41 33 32 14 13 133 9,2% -19,5% -3,0% -56,3% -7,1% -68,3%
Pajucara 25 34 30 33 9 131 9,1% 36,0% -11,8% 10,0% -72,7% -64,0%
Potengi 27 19 21 12 9 88 6,1% -29,6% 10,5% -42,9% -25,0% -66,7%
Planalto 24 23 15 16 8 86 6,0% -4,2% -34,8% 6,7% -50,0% -66,7%
Quintas 15 18 24 19 5 81 5,6% 20,0% 33,3% -20,8% -73,7% -66,7%
Igapo 22 17 18 18 5 80 5,5% -22,7% 5,9% 0,0% -72,2% -77,3%
Bom Pastor 13 12 14 14 6 59 4,1% -7,7% 16,7% 0,0% -57,1% -53,8%
Redinha 13 13 11 4 13 54 3,7% 0,0% -15,4% -63,6% 225,0% 0,0%
Cidade Nova 7 10 4 6 8 35 2,4% 42,9% -60,0% 50,0% 33,3% 14,3%
Dix-Sept Rosado 5 4 13 8 4 34 2,4% -20,0% 225,0% -38,5% -50,0% -20,0%
Cidade Da Esperanca 9 13 6 2 3 33 2,3% 44,4% -53,8% -66,7% 50,0% -66,7%
Alecrim 7 4 10 9 2 32 2,2% -42,9% 150,0% -10,0% -77,8% -71,4%
Nordeste 2 7 8 7 7 31 2,1% 250,0% 14,3% -12,5% 0,0% 250,0%
Rocas 8 8 9 0 1 26 1,8% 0,0% 12,5% -100,0% NA -87,5%
Cidade Alta 8 11 1 2 4 26 1,8% 37,5% -90,9% 100,0% 100,0% -50,0%
Ponta Negra 8 5 7 1 1 22 1,5% -37,5% 40,0% -85,7% 0,0% -87,5%
Mae Luiza 7 3 3 5 2 20 1,4% -57,1% 0,0% 66,7% -60,0% -71,4%
Lagoa Nova 0 9 7 3 1 20 1,4% NA -22,2% -57,1% -66,7% NA
Outros 25 30 31 24 14 124 8,6% 20,0% 3,3% -22,6% -41,7% -44,0%
Total Geral 323 338 358 267 156 1.442 100,0% 4,6% 5,9% -25,4% -41,6% -51,7%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 25 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE NATAL.

Pág. 39
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019
MAPA 2 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE NATAL

NOTA TÉCNICA:

1 – O mapa com a incidência por bairros de Natal ajuda compreender melhor como se deu a mortandade da
juventude. A Zona Norte é sem dúvidas e região que necessita maior atenção, considerando a gravidade dos
números observados, em especial nos bairros de Nossa Senhora da Apresentação, Lagoa Azul e Pajuçara. Da
mesma forma na Zona Oeste merece destaque o bairro de Felipe Camarão. Nestes quatro bairros se
concentraram 41% de todas as mortes no período analisado. As soluções para o enfrentamento desta
questão passam necessariamente pela busca de maior presença e articulação das políticas públicas nestes
bairros.

Pág. 40
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.1.3 TIPO DE CONDUTA LETAL EM NATAL

TABELA 27 – TIPOS DE CONDUTA LETAL EM NATAL.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Tipo de Conduta Letal em Natal 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Homicidio Doloso 281 285 271 183 90 1.110 77,0% 1,4% -4,9% -32,5% -50,8% -68,0%
Lesao Corporal Seguida De Morte 24 28 60 28 12 152 10,5% 16,7% 114,3% -53,3% -57,1% -50,0%
Intervencao Policial 10 15 24 51 50 150 10,4% 50,0% 60,0% 112,5% -2,0% 400,0%
Latrocinio 5 6 2 4 3 20 1,4% 20,0% -66,7% 100,0% -25,0% -40,0%
Feminicidio 3 4 1 1 1 10 0,7% 33,3% -75,0% 0,0% 0,0% -66,7%
Total Geral 323 338 358 267 156 1.442 100,0% 4,6% 5,9% -25,4% -41,6% -51,7%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 26 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE CONDUTA LETAL EM NATAL.

Pág. 41
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.2 MOSSORÓ
7.2.1 ZONAS REFERENCIAIS DE MOSSORÓ

TABELA 28 – ZONAS REFERENCIAIS DE MOSSORÓ.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Zonas Referenciais de Mossoró 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Leste 34 38 41 28 53 194 31,4% 11,8% 7,9% -31,7% 89,3% 55,9%
Sul 9 28 36 38 33 144 23,3% 211,1% 28,6% 5,6% -13,2% 266,7%
Norte 23 35 34 21 13 126 20,4% 52,2% -2,9% -38,2% -38,1% -43,5%
Rural 20 12 11 18 13 74 12,0% -40,0% -8,3% 63,6% -27,8% -35,0%
Oeste 7 7 14 8 13 49 7,9% 0,0% 100,0% -42,9% 62,5% 85,7%
Central 8 5 4 6 8 31 5,0% -37,5% -20,0% 50,0% 33,3% 0,0%
Total Geral 101 125 140 119 133 618 100,0% 23,8% 12,0% -15,0% 11,8% 31,7%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 27 – INCIDÊNCIA POR ZONAS REFERENCIAIS DE MOSSORÓ.

Pág. 42
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.2.2 BAIRROS DE MOSSORÓ

TABELA 29 – TOP 20 BAIRROS DE MOSSORÓ.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Top 20 Bairros de Mossoró 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Santo Antonio 15 22 21 13 7 78 12,6% 46,7% -4,5% -38,1% -46,2% -53,3%
Rural Mossoro 16 12 10 16 13 67 10,8% -25,0% -16,7% 60,0% -18,8% -18,8%
Belo Horizonte 4 11 13 22 15 65 10,5% 175,0% 18,2% 69,2% -31,8% 275,0%
Aeroporto Mossoro 4 13 11 2 12 42 6,8% 225,0% -15,4% -81,8% 500,0% 200,0%
Santa Delmira 8 4 8 6 8 34 5,5% -50,0% 100,0% -25,0% 33,3% 0,0%
Dom Jaime Camara 7 0 8 8 10 33 5,3% -100,0% NA 0,0% 25,0% 42,9%
Abolicao 5 3 9 5 10 32 5,2% -40,0% 200,0% -44,4% 100,0% 100,0%
Barrocas 5 8 9 4 5 31 5,0% 60,0% 12,5% -55,6% 25,0% 0,0%
Pres Costa E Silva 2 4 10 4 10 30 4,9% 100,0% 150,0% -60,0% 150,0% 400,0%
Alto De Sao Manoel 3 7 6 4 8 28 4,5% 133,3% -14,3% -33,3% 100,0% 166,7%
Centro Mossoro 5 2 2 3 6 18 2,9% -60,0% 0,0% 50,0% 100,0% 20,0%
Planalto 13 De Maio 2 4 1 2 8 17 2,8% 100,0% -75,0% 100,0% 300,0% 300,0%
Boa Vista 0 0 6 6 2 14 2,3% NA NA 0,0% -66,7% NA
Paredoes 3 3 2 3 2 13 2,1% 0,0% -33,3% 50,0% -33,3% -33,3%
Alto Da Conceicao 0 2 2 7 2 13 2,1% NA 0,0% 250,0% -71,4% NA
Nova Vida (Malvinas) 5 4 1 1 1 12 1,9% -20,0% -75,0% 0,0% 0,0% -80,0%
Alto Do Sumare 0 4 1 2 4 11 1,8% NA -75,0% 100,0% 100,0% NA
Bom Jardim 2 2 4 2 1 11 1,8% 0,0% 100,0% -50,0% -50,0% -50,0%
Vingt-Rosado 2 3 0 0 4 9 1,5% 50,0% -100,0% NA NA 100,0%
Nova Betania 1 2 3 1 1 8 1,3% 100,0% 50,0% -66,7% 0,0% 0,0%
Outros 12 15 13 8 4 52 8,4% 25,0% -13,3% -38,5% -50,0% -66,7%
Total Geral 101 125 140 119 133 618 100,0% 23,8% 12,0% -15,0% 11,8% 31,7%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 28 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE MOSSORÓ.

Pág. 43
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019
MAPA 3 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE MOSSORÓ.

NOTA TÉCNICA:
1 – O mapa com a incidência por bairros de Mossoró, merecem destaques os bairros de Santo Antônio, Belo
Horizonte, Aeroporto e Santa Delmira. Estes bairros juntos concentraram 35,4% de todas as CVLIs, no
período 2015-2019. Assim como em Natal, a busca de soluções passa necessariamente pela mudança na
forma de atuação dos entes públicos estatais nestes bairros.

Pág. 44
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

TABELA 30 – TIPOS DE CONDUTA LETAL EM MOSSORÓ.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Tipos de Conduta Letal em Mossoró 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Homicidio Doloso 85 114 112 93 100 504 81,6% 34,1% -1,8% -17,0% 7,5% 17,6%
Lesao Corporal Seguida De Morte 9 3 12 6 20 50 8,1% -66,7% 300,0% -50,0% 233,3% 122,2%
Intervencao Policial 6 4 9 14 9 42 6,8% -33,3% 125,0% 55,6% -35,7% 50,0%
Latrocinio 0 2 5 4 4 15 2,4% NA 150,0% -20,0% 0,0% NA
Feminicidio 1 2 2 2 0 7 1,1% 100,0% 0,0% 0,0% -100,0% -100,0%
Total Geral 101 125 140 119 133 618 100,0% 23,8% 12,0% -15,0% 11,8% 31,7%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 29 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE CONDUTA LETAL EM MOSSORÓ.

Pág. 45
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.3 PARNAMIRIM
7.3.1 ZONAS REFERENCIAIS DE PARNAMIRIM

TABELA 31 – ZONAS REFERENCIAIS DE PARNAMIRIM.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Zonas Referenciais de Parnamirim 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Oeste 49 53 56 38 20 216 54,4% 8,2% 5,7% -32,1% -47,4% -59,2%
Leste 29 47 31 23 18 148 37,3% 62,1% -34,0% -25,8% -21,7% -37,9%
Litoral Sul 3 8 8 13 1 33 8,3% 166,7% 0,0% 62,5% -92,3% -66,7%
Total Geral 81 108 95 74 39 397 100,0% 33,3% -12,0% -22,1% -47,3% -51,9%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 30 – INCIDÊNCIAS POR ZONAS REFERENCIAIS DE PARNAMIRIM.

Pág. 46
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.3.2 BAIRROS DE PARNAMIRIM

TABELA 32 – TOP 20 BAIRROS DE PARNAMIRIM.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Top 20 Bairros de Parnamirim 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Nova Parnamirim 6 13 15 7 3 44 11,1% 116,7% 15,4% -53,3% -57,1% -50,0%
Monte Castelo 10 10 12 7 2 41 10,3% 0,0% 20,0% -41,7% -71,4% -80,0%
Emaus 6 16 6 4 7 39 9,8% 166,7% -62,5% -33,3% 75,0% 16,7%
Bela Parnamirim 13 8 9 5 2 37 9,3% -38,5% 12,5% -44,4% -60,0% -84,6%
Passagem De Areia 5 12 10 4 2 33 8,3% 140,0% -16,7% -60,0% -50,0% -60,0%
Santa Tereza 3 4 7 5 3 22 5,5% 33,3% 75,0% -28,6% -40,0% 0,0%
Nova Esperanca 6 4 3 3 6 22 5,5% -33,3% -25,0% 0,0% 100,0% 0,0%
Centro Parnamirim 3 5 2 5 2 17 4,3% 66,7% -60,0% 150,0% -60,0% -33,3%
Rosa Dos Ventos 6 2 4 5 0 17 4,3% -66,7% 100,0% 25,0% -100,0% -100,0%
Cajupiranga 2 4 4 3 3 16 4,0% 100,0% 0,0% -25,0% 0,0% 50,0%
Pium 2 3 5 3 1 14 3,5% 50,0% 66,7% -40,0% -66,7% -50,0%
Vida Nova 2 1 7 4 0 14 3,5% -50,0% 600,0% -42,9% -100,0% -100,0%
Liberdade 6 5 2 0 0 13 3,3% -16,7% -60,0% -100,0% NA -100,0%
Jardim Planalto 4 2 1 3 2 12 3,0% -50,0% -50,0% 200,0% -33,3% -50,0%
Cohabinal 1 2 1 7 0 11 2,8% 100,0% -50,0% 600,0% -100,0% -100,0%
Parque De Exposicao 0 4 3 2 2 11 2,8% NA -25,0% -33,3% 0,0% NA
Santos Reis Pnm 2 4 1 2 1 10 2,5% 100,0% -75,0% 100,0% -50,0% -50,0%
Vale Do Sol 2 4 0 1 0 7 1,8% 100,0% -100,0% NA -100,0% -100,0%
Pirangi Do Norte 0 2 0 3 0 5 1,3% NA -100,0% NA -100,0% NA
Boa Esperanca 1 2 1 1 0 5 1,3% 100,0% -50,0% 0,0% -100,0% -100,0%
Outros 1 1 2 0 3 7 1,8% 0,0% 100,0% -100,0% NA 200,0%
Total Geral 81 108 95 74 39 397 100,0% 33,3% -12,0% -22,1% -47,3% -51,9%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 31 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE PARNAMIRIM.

Pág. 47
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.3.3 TIPO DE CONDUTA LETAL EM PARNAMIRIM

TABELA 33 – TIPO DE CONDUTA LETAL EM PARNAMIRIM.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Incidência Variação


Tipo de Conduta Letal em Parnamirim 2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Homicidio Doloso 67 98 71 48 25 309 77,8% 46,3% -27,6% -32,4% -47,9% -62,7%
Intervencao Policial 5 5 8 15 6 39 9,8% 0,0% 60,0% 87,5% -60,0% 20,0%
Lesao Corporal Seguida De Morte 6 3 12 10 4 35 8,8% -50,0% 300,0% -16,7% -60,0% -33,3%
Latrocinio 3 2 3 1 3 12 3,0% -33,3% 50,0% -66,7% 200,0% 0,0%
Feminicidio 0 0 1 0 1 2 0,5% NA NA -100,0% NA NA
Total Geral 81 108 95 74 39 397 100,0% 33,3% -12,0% -22,1% -47,3% -51,9%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 32 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE CONDUTA LETAL EM PARNAMIRIM.

Pág. 48
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.4 SÃO GONÇALO DO AMARANTE


7.4.1 ZONAS REFERENCIAIS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE

TABELA 34 – ZONAS REFERENCIAIS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Variação


Incidência
Zonas Referenciais de São Gonçalo do
2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Amarante
Periferia 41 56 71 58 57 283 81,8% 36,6% 26,8% -18,3% -1,7% 39,0%
Urbana 10 5 16 17 14 62 17,9% -50,0% 220,0% 6,3% -17,6% 40,0%
Distrital 0 1 0 0 0 1 0,3% NA -100,0% NA NA NA
Total Geral 51 62 87 75 71 346 100,0% 21,6% 40,3% -13,8% -5,3% 39,2%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 33 – INCIDÊNCIA POR ZONAS REFERENCIAIS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE.

Pág. 49
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.4.2 BAIRROS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE

TABELA 35 – TOP 20 BAIRROS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Variação


Incidência
Top 20 Bairros de São Gonçalo do
2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Amarante
Santo Antonio Do Potengi 10 11 14 10 11 56 16,2% 10,0% 27,3% -28,6% 10,0% 10,0%
Golandim 10 11 13 3 4 41 11,8% 10,0% 18,2% -76,9% 33,3% -60,0%
Regomoleiro 5 4 4 8 8 29 8,4% -20,0% 0,0% 100,0% 0,0% 60,0%
Centro Sao Goncalo Do Amarante 5 3 8 9 3 28 8,1% -40,0% 166,7% 12,5% -66,7% -40,0%
Jardim Lola 6 5 9 2 1 23 6,6% -16,7% 80,0% -77,8% -50,0% -83,3%
Jardins 2 0 7 5 7 21 6,1% -100,0% NA -28,6% 40,0% 250,0%
Novo Amarante 3 7 3 3 3 19 5,5% 133,3% -57,1% 0,0% 0,0% 0,0%
Olho D'Agua Do Carrilho 0 3 4 2 9 18 5,2% NA 33,3% -50,0% 350,0% NA
Santa Terezinha 2 6 3 5 1 17 4,9% 200,0% -50,0% 66,7% -80,0% -50,0%
Guajiru 0 1 2 3 10 16 4,6% NA 100,0% 50,0% 233,3% NA
Rural Sao Goncalo Do Amarante 1 1 2 4 5 13 3,8% 0,0% 100,0% 100,0% 25,0% 400,0%
Amarante 3 2 0 2 4 11 3,2% -33,3% -100,0% NA 100,0% 33,3%
Guanduba 1 0 5 3 1 10 2,9% -100,0% NA -40,0% -66,7% 0,0%
Massaranduba Sga 0 1 4 3 0 8 2,3% NA 300,0% -25,0% -100,0% NA
Serrinha Das Pedreiras 1 0 1 2 2 6 1,7% -100,0% NA 100,0% 0,0% 100,0%
Nova Zelandia 1 0 0 5 0 6 1,7% -100,0% NA NA -100,0% -100,0%
Uruacu 0 1 1 1 2 5 1,4% NA 0,0% 0,0% 100,0% NA
Oiteiros 0 0 2 2 0 4 1,2% NA NA 0,0% -100,0% NA
Coqueiros 0 1 2 1 0 4 1,2% NA 100,0% -50,0% -100,0% NA
Pajucara Sga 0 0 2 1 0 3 0,9% NA NA -50,0% -100,0% NA
Outros 1 5 1 1 0 8 2,3% 400,0% -80,0% 0,0% -100,0% -100,0%
Total Geral 51 62 87 75 71 346 100,0% 21,6% 40,3% -13,8% -5,3% 39,2%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 34 – INCIDÊNCIA POR BAIRROS DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE.

Pág. 50
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.4.3 TIPO DE CONDUTA LETAL EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE

TABELA 36 – TIPOS DE CONDUTA LETAL EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Variação


Incidência
Tipo de Conduta Letal em São Gonçalo do
2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Amarante
Homicidio Doloso 43 57 66 59 46 271 27100,0% 32,6% 15,8% -10,6% -22,0% 7,0%
Intervencao Policial 0 0 13 11 18 42 4200,0% NA NA -15,4% 63,6% NA
Lesao Corporal Seguida De Morte 6 2 6 3 5 22 2200,0% -66,7% 200,0% -50,0% 66,7% -16,7%
Latrocinio 1 2 1 2 1 7 700,0% 100,0% -50,0% 100,0% -50,0% 0,0%
Feminicidio 1 1 1 0 1 4 400,0% 0,0% 0,0% -100,0% NA 0,0%
Total Geral 51 62 87 75 71 346 34600,0% 21,6% 40,3% -13,8% -5,3% 39,2%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 35 – INCIDÊNCIA POR TIPO DE CONDUTA LETAL EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE.

Pág. 51
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.5 RESUMO DOS POLOS DA VIOLÊNCIA


7.5.1 COMPARATIVO ENTRE OS MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA

TABELA 37 – COMPARATIVO ENTRE OS MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Variação


Incidência
Comparativo Entre os Municípios Polos de
2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Violência
Natal 323 338 358 267 156 1.442 51,4% 4,6% 5,9% -25,4% -41,6% -51,7%
Mossoro 101 125 140 119 133 618 22,0% 23,8% 12,0% -15,0% 11,8% 31,7%
Parnamirim 81 108 95 74 39 397 14,2% 33,3% -12,0% -22,1% -47,3% -51,9%
Sao Goncalo Do Amarante 51 62 87 75 71 346 12,3% 21,6% 40,3% -13,8% -5,3% 39,2%
Total Geral 556 633 680 535 399 2.803 100,0% 13,8% 7,4% -21,3% -25,4% -28,2%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 36 – INCIDÊNCIA: COMPARATIVO ENTRE OS MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA.

Pág. 52
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

7.5.2 COMPARATIVO: MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA E OUTROS

TABELA 38 – COMPARATIVO: MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA E OUTROS MUNICÍPIOS.


OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Evolução Anual Variação


Incidência
Comparativo: Municípios Polos de
2015 2016 2017 2018 2019 2015-2019 2015-2019 2015-2016 2016-2017 2017-2018 2018-2019 2015-2019
Violência e Outros Municípios
Polos da Violência 556 633 680 535 399 2.803 52,1% 13,8% 7,4% -21,3% -25,4% -28,2%
Restante do Estado 411 497 718 569 378 2.573 47,9% 20,9% 44,5% -20,8% -33,6% -8,0%
Total Geral 967 1.130 1.398 1.104 777 5.376 100,0% 16,9% 23,7% -21,0% -29,6% -19,6%
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

GRÁFICO 37 – INCIDÊNCIA: COMPARATIVO ENTRE OS MUNICÍPIOS POLOS DE VIOLÊNCIA E OUTROS MUNICÍPIOS.

Pág. 53
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

8 TAXAS DA MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR POR GRUPOS DE 100 MIL


HABITANTES

TABELA 39 – TAXAS DE MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR POR GRUPOS DE 100 MIL HABITANTES.

OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Taxa de CVLIs por grupos de 100 mil habitantes
Municípios 2015 2016 2017 2018 2019 Média 2015-2019
Afonso Bezerra 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Alexandria 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Alto Do Rodrigues 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Angicos 35,72 36,78 37,97 39,24 40,58 38,06
Antonio Martins 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Apodi 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Areia Branca 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Arez 28,11 28,26 28,49 28,77 29,08 28,54
Assu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Baia Formosa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Barauna 28,52 28,25 28,06 27,91 27,77 28,10
Barcelona 109,83 111,37 113,21 115,19 117,25 113,37
Bento Fernandes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Boa Saude 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Bom Jesus 41,37 41,44 41,61 41,82 42,06 41,66
Brejinho 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Caicara Do Norte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Caico 13,18 13,35 13,55 13,77 14,00 13,57
Canguaretama 10,97 10,99 11,05 11,11 11,18 11,06
Caraubas 21,77 22,14 22,59 23,08 23,59 22,63
Ceara-Mirim 32,11 32,40 32,78 33,21 33,67 32,83
Cerro Cora 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Currais Novos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Encanto 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Equador 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Extremoz 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Frutuoso Gomes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Galinhos 158,58 158,28 158,30 158,41 158,51 158,41
Goianinha 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Gov Dix-Sept Rosado 31,13 31,55 32,05 32,59 33,17 32,10
Grossos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Guamare 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ipanguacu 27,32 27,35 27,45 27,58 27,73 27,49
Itaja 266,24 268,98 272,56 276,52 280,70 273,00
Itau 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Jacana 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Jandaira 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Jardim De Piranhas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Pág. 54
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

OBVIO Rede e Instituto de Pesquisa Observatório da Violência

Mortandade da Juventude Potiguar Taxa de CVLIs por grupos de 100 mil habitantes
Municípios 2015 2016 2017 2018 2019 Média 2015-2019
Jardim Do Serido 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Joao Camara 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Joao Dias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Jucurutu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Lagoa Nova 25,31 25,62 26,02 26,45 26,91 26,06
Lagoa Salgada 95,51 96,18 97,10 98,15 99,28 97,24
Lajes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Luis Gomes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Macaiba 24,43 24,27 24,18 24,13 24,09 24,22
Macau 13,98 13,99 14,04 14,11 14,19 14,06
Marcelino Vieira 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Martins 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Maxaranguape 33,27 32,83 32,49 32,19 31,92 32,54
Messias Targino 97,45 96,95 96,72 96,61 96,57 96,86
Montanhas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Monte Alegre 17,61 17,73 17,89 18,08 18,28 17,92
Mossoro 11,17 11,24 11,35 11,47 11,60 11,37
Natal 16,90 17,14 17,43 17,76 18,11 17,47
Nisia Floresta 28,86 28,59 28,40 28,25 28,11 28,44
Nova Cruz 10,95 11,09 11,26 11,45 11,66 11,28
Olho D'Agua Do Borges 107,43 110,06 113,02 116,09 119,20 113,16
Parelhas 19,84 20,43 21,11 21,83 22,58 21,16
Parnamirim 4,51 4,41 4,32 4,24 4,16 4,33
Passa-E-Fica 30,49 30,57 30,73 30,94 31,17 30,78
Passagem 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Patu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pau Dos Ferros 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pedro Avelino 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pedro Velho 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Poco Branco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pureza 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Rafael Godeiro 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Rodolfo Fernandes 98,01 98,82 99,92 101,13 102,43 100,06
Santa Cruz 19,70 19,92 20,21 20,53 20,86 20,24
Santa Maria 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Santana Do Matos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Santo Antonio 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sao Bento Do Norte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sao Fernando 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sao Francisco Do Oeste 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sao Goncalo Do Amarante 26,70 26,56 26,49 26,46 26,44 26,53

Pág. 55
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

Sao Joao Do Sabugi 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00


Sao Jose De Mipibu 18,29 18,29 18,35 18,42 18,51 18,37
Sao Jose Do Campestre 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sao Miguel 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sao Miguel Do Gostoso 76,40 77,35 78,54 79,85 81,23 78,67
Sao Paulo Do Potengi 23,30 23,52 23,82 24,15 24,50 23,86
Sao Rafael 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sao Tome 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Senador Eloi De Souza 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Serra Do Mel 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Serrinha Dos Pintos 99,10 100,70 102,57 104,59 106,68 102,73
Severiano Melo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Taipu 31,37 31,83 32,39 32,99 33,62 32,44
Tangara 50,58 50,57 50,70 50,89 51,13 50,77
Tibau 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Tibau Do Sul 28,88 28,20 27,62 27,08 26,58 27,67
Touros 22,96 23,05 23,20 23,38 23,58 23,24
Umarizal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Vera Cruz 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Vicosa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Total RN 13,07 13,15 13,28 13,41 13,56 13,29
Período de 1 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019
Fontes consolidadas via Sistema Metadados: ITEP, DATASUS, SISOBI, SIRC, CIOSP e COINE

NOTA TÉCNICA:
1 - Estimativas da população residente nos municípios do Rio Grande do Norte realizada pela equipe do
OBVIO no Departamento de Demografia da UFRN, em 1º de julho de 2019.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

9 UMA JUVENTUDE DESAFIADA A VIVER

Gabriel Medeiros de Miranda5

Nota introdutória

Encarar dados tão duros sobre violações de direitos da juventude como os da mortandade apresentados
neste estudo exigem conectar-se com a realidade, refletir e enxergar mais que números. De início, é
necessária uma incursão no conceito de juventude. Ser jovem, de um ponto de vista subjetivo, é estar em
um período da vida permeado por transformações psicossociais fundamentais para a constituição humana.
É o momento de constituição de identidade, de construção de autonomia, de transformação na forma de
enxergar a si e ao mundo a sua volta. É tempo de constituir laços, desenvolver potências, organizar-se
coletivamente e buscar desenhar a sua história e a de sua comunidade.
No Brasil, ser jovem, em especial jovem negro, significa também ser sujeito de diversas violações de
direitos. A realidade do estado do Rio Grande do Norte não foge à regra e tem sido de uma dureza enorme
para a juventude. Conforme dados da PNAD Contínua (IBGE), desde 2018 temos cerca de 30% de jovens em
estado de “desocupação”, sem vínculos de estudo nem de trabalho. Dentre os que trabalhavam, a renda
média no último trimestre de 2018 era de R$712,00, valor bem abaixo do salário mínimo e mais baixo dentre
todas as unidades da federação.
Os dados apresentados neste estudo escancaram a dura realidade da violação mais bruta e desumana de
direito, a violação da vida. Ainda que a morte constitua parte fundamental da vida humana, as mortes
matadas aqui retratadas são reflexo da desumanização de centenas de jovens ao longo dos anos.
O retrato do perfil das vítimas é nítido: a eles não lhes foi dada a humanidade na garantia dos direitos à
educação, ao trabalho, à renda digna, ao tratamento igual em razão de sua cor. Em todos os períodos
analisados, a esmagadora maioria de vítimas é de baixa renda e escolaridade e negros. Ao fim, suas vidas
foram tratadas como descartáveis pela sociedade, pelas organizações criminosas, pelas forças policiais e
pelo Estado. O abandono à própria sorte durante a vida tem culminado em verdadeiro desafio à sobrevivência
imposto à juventude.

Um sopro de esperança

A série histórica aqui retratada apresenta, todavia, entre tanta dor, esperança. Desde 2017, dentre todas
as faixas etárias, foram os homicídios contra jovens os que mais diminuíram, com uma redução de 21%
entre 2017 e 2018 e 29,6% entre 2018 e 2019, contra redução de 15,2% entre 2017 e 2018 e 21,6% entre
2018 e 2019 das estatísticas para outras faixas etárias. Se compararmos 2019 a 2015, início da série
histórica e antes do pico de 2017, verifica-se a redução nos homicídios de jovens de 19,6%. Especificamente

5
Gabriel Medeiros de Miranda – é jovem advogado formado pela UFRN. Foi coordenador-geral do DCE da UFRN e 1º Diretor de Universidades
Públicas da União Nacional dos Estudantes. Atualmente preside o Conselho Estadual de Juventude e exerce o cargo de subsecretário da
juventude da Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.

Pág. 57
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

quanto a vitimização de jovens negros, que teve seu pico de em 2018, esta também sofreu queda de 23,7%
em 2019 e atingiu patamares semelhantes a 2015.
Certamente que o caráter multicausal da violência letal intencional torna extremamente desafiadora a
determinação exata dos fatores responsáveis pela redução dos homicídios de jovens no Rio Grande do Norte.
Essa tarefa exigiria pesquisa técnica profunda que não cabe neste breve comentário. Entretanto, é possível
levantar hipóteses para provocar o debate científico e de gestão.
Em 2019, a PNAD Contínua (IBGE) apontou crescimento significativo da renda média nominal da juventude
se comparado ao ano anterior, atingindo os R$883,00. Sendo a renda, conforme os dados apresentados,
fator importante na caracterização do perfil vitimizado, este fato tem relevância significativa.
Além disso, em 2019 houve a regularização do pagamento mensal das folhas salariais do funcionalismo
público do RN, que produz impacto de duas sortes. Em primeiro lugar, estabiliza a prestação de serviços
públicos e por consequência melhora a garantia de direitos nos territórios. Com a regularidade dos
pagamentos, por exemplo, a rede de educação funciona regularmente, garantindo não só o direito à
educação, mas a segurança alimentar da juventude em idade escolar, disputando o destino da vida da
juventude nos territórios mais vulneráveis. Ainda, a regularidade no pagamento dos salários e diárias
operacionais dá mais condições de trabalho às forças de segurança pública, cuja ação – ainda que permeada
de contradições e violações de direitos da juventude ela mesma – pode contribuir para a redução de índices
de violência.
Em segundo lugar, a teia econômica que depende da renda dos servidores públicos no RN era severamente
comprometida pelo atraso de salários. O atraso comprometia diretamente as famílias que contam com a
renda dos servidores públicos e indiretamente as economias locais, alimentadas pela circulação dessa
renda em setores como comércio, serviços e turismo, afetando, portanto, a oferta de emprego e
oportunidades de geração de renda da juventude. Em um estado em que mais de 35% da massa de
rendimentos circulantes são oriundos da renda de servidores públicos (municipais, estaduais e federais), as
consequências sociais e econômicas do atraso sistemático de salários pelas gestões estaduais anteriores
eram devastadoras.

O desafio da gestão de juventude

Entretanto, apesar das vidas poupadas neste último ano serem motivo de celebração, os desafios à gestão
permanecem gigantescos. Paradoxalmente à redução significativa dos homicídios de jovens em todas as
regiões de Natal entre 2018 e 2019 (42,3%) e – mais surpreendentemente ainda – no comparativo 2015-
2019 (49,8%), verifica-se um aumento de 11,8% nos homicídios em Mossoró no último biênio e de 31,7%
se analisado o quinquênio inteiro. Este fato desperta importante questão quanto a atual dinâmica criminal
no estado e sua nova distribuição territorial, que merece investigação própria.
Ainda, grande preocupação emerge dos dados de vitimização por intervenção policial. O crescimento
vertiginoso desses casos entre 2015 e 2018 ainda não apresenta perspectiva de reversão, apesar de
estagnado em 2019. É tarefa urgente dos governos e forças de segurança a construção de ferramentas de
gestão, formação e protocolos de atuação que mitiguem o caráter violento das ações policiais no Rio Grande
do Norte. É inaceitável que a vida da juventude potiguar, em especial a juventude potiguar negra, seja
violentada pelas forças do próprio Estado.

Pág. 58
MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

O Estado precisa encarar a juventude como sujeito de direitos e assumir a tarefa de garanti-los. Isso exige
a produção de dados acurados que permitam a apreensão da realidade da vida da juventude e orientem a
elaboração e execução de políticas públicas e esse tem sido o esforço da gestão estadual. Os fatos
expressos nos estudos publicados periodicamente pelo OBVIO, o monitoramento da Câmara Técnica de
Violência Letal Intencional e o trabalho da COINE-SESED têm sido determinantes para a definição dos rumos
das Políticas Públicas de Juventude no Rio Grande do Norte.
Diagnosticado o quadro da vida da juventude potiguar e a presença marcante da violência, desemprego e
baixa renda e desigualdades regionais e raciais, a gestão tem se orientado para o enfrentamento desses
desafios. As iniciativas de garantia de mais oportunidades de entrada no mercado de trabalho e geração de
renda autônoma, como os programas RN Aprendiz, CredJovem e CredMais; de transformação de territórios
para que sejam espaços públicos de ocupação pela juventude e que ela estreite seus laços com as políticas
do estado, como o programa Praças da Juventude e o Festival de Rap, Coco e Repente; e de intervenção nas
políticas de segurança através da elaboração do Plano Estadual de Segurança a partir de uma perspectiva
participativa junto a juventude são expressões disso. Todas elas voltadas para a garantia de direitos e
contendo ferramentas para o combate às desigualdades - em especial a de raça, gritante nos dados como
os que aqui se apresentam.

Uma juventude em movimento

Por fim, também é importante destacar que a juventude potiguar não se encerra nas mazelas que lhe
acometem historicamente. Por mais duro que o cenário possa parecer, da própria juventude brotam a
disposição para encará-lo e propostas de saídas para superá-lo. Em cada canto do estado resistem jovens
das mais diversas origens organizando os seus sonhos coletivamente e transformando as realidades sua e
da sua comunidade. São inúmeros os grupos de hip-hop, de juventude LGBT, coletivos de economia solidária,
grêmios estudantis e DCEs, coletivos de comunicação independente, pastorais, cooperativas de produção
rural, coletivos de juventude negra, grupos feministas e tantos outros tipos de organização coletiva que a
criatividade da juventude permite criar para a transformação da realidade. Essa juventude é indispensável
para a elaboração, execução e avaliação de políticas públicas que se disponham a efetivamente mudar o
quadro de vulnerabilidade e exclusão garantindo direitos. Por isso, também, que a primeira medida da gestão
de juventude do Governo Fátima Bezerra foi efetivar a Lei do Conselho Estadual de Juventude e criar essa
ferramenta de participação social fundamental.
A tarefa de construir políticas públicas que permitam a superação do caráter de genocídio dos índices de
mortes matadas de jovens potiguares é árdua, complexa e impossível de ser cumprida por um ator
governamental isolado. Exige o comprometimento de todas as esferas de gestão e a participação ativa da
sociedade civil. Seguiremos nesse esforço conjunto empenhando esforços e esperança na construção de
um Rio Grande do Norte em que a juventude não mais seja consumida pelo desafio à sobrevivência, mas
impulsionada ao desenvolvimento de toda a sua potência.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

10 ANÁLISES E DISCUSSÃO

Járvis Campos6 Oswaldo Negrão7 e Ivenio Hermes8

Os dados referentes à Mortandade da Juventude Potiguar no período 2015-2019 apresentam o ano de


2019 como o menos violento da série. Mas ao mesmo tempo é imprescindível lembrar também que o
consolidado da série expõe a situação ainda preocupante no Rio Grande do Norte, quando avaliamos as
perdas de 5.376 (cinco mil, trezentos e setenta e seis) jovens neste período. Mortes que potencialmente
poderiam ser evitadas se não a totalidade delas, mas grande parte. É importante também ressaltar a
necessidade de estudos aprofundados em relação ao fatídico ano de 2017. O ano mais violento da história
do nosso estado. Reconhecer os problemas enfrentados naquele ano para evitar que ele se repita em um
futuro. É importante também destacar que a redução observada foi também bastante desigual quando se
observam os recortes de gênero ou o critério raça/cor, dado que os negros representam 68,6% das
ocorrências. Da mesma forma as iniquidades e vulnerabilidades mais presentes nos bairros periféricos nos
grandes centros, também se reproduzem em históricos de violências e perdas dessas populações. Há de
verificar que, de fato, as condições gerais de vida – como renda, educação, aceso aos serviços públicos,
tais como acesso à educação, saúde, segurança pública, transporte público, acesso à água tratada e
disponível, lazer, mobilidade e etc. estão diretamente relacionados à questão da violência. As relações com
o tráfico de drogas e o uso são questões que se confundem muitas vezes em especial nas periferias.
Os jovens das periferias, assim como no interior possuem poucas oportunidades de acesso às tecnologias
comunicacionais. Fato que pode agravar ainda mais a evasão escolar, considerando o processo de migração
do ensino presencial para o ensino à distância. Um dos fatores de proteção entre os jovens é a permanência
na escola. O ensino médio e a universidade ainda não fazem parte da realidade de todos os jovens. O Estado

6
Járvis Campos – Professor Adjunto do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais (DDCA) da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte (UFRN), é graduado em Geografia e Mestre em Geografia pela PUC-Minas, e Doutor em Demografia pelo Centro de Desenvolvimento e
Planejamento Regional (CEDEPLAR), da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, tendo realizado intercâmbio/sanduíche no Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Possui experiência e tem atuado nas áreas de Demografia Espacial, Distribuição Espacial da População,
Estimativas Populacionais e Sensoriamento Remoto. Já atuou como professor substituto do CEDEPLAR, como pesquisador em projetos na área
de estimativas e projeções, bem como em projetos das Nações Unidas, na área de migração. Atualmente é coordenador do Laboratório do Grupo
de Estudos Demográficos (GED/DDCA); membro do OBVIO (Observatório da Violência do Estado do Rio Grande do Norte); pesquisador bolsista
do Projeto (financiado pela FUNASA e coordenado pelo DESA/UFMG) referente ao Plano Municipal de Saneamento Básico; e coordena projetos
de pesquisa e de extensão interinstitucionais, na UFRN. É membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN
(PPGDEM), com orientações de mestrado nas áreas de Demografia Espacial, Estimativas e Distribuição Espacial da População.
7
Oswaldo Gomes Corrêa Negrão – Professor Adjunto do Departamento de Saúde Coletiva (DSC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN), é graduado em odontologia pela PUC-Paraná, especialista em Saúde Coletiva pela UFPR e pela PUC-PR. Mestre em Saúde Coletiva para
(UFRN) e doutor em Ciências da Saúde também pela (UFRN). Possui experiência na análise das violências e seus impactos no campo da saúde.
Membro do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (UFRN) e coordenador geral do OBVIO (Observatório da Violência do Estado do Rio Grande do
Norte) e Membro da Câmara Técnica de CVLIs (Condutas Violentas Letais Intencionais) da SESED (Secretaria de Defesa Social e Segurança
Pública) do RN.
8
Ivenio Hermes – Mestre em Cognição, Tecnologias e Instituições pela Universidade Federal do Semi-Árido - UFERSA, Doutorando do Programa
de Pós-Graduação em Demografia – PPGDEM da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, pesquisador e escritor vencedor do Prêmio
Literário Tancredo Neves, consultor em Gestão e Políticas Públicas de Segurança e de Segurança Pública. Possui bibliografia com 20 livros
publicados, dezenas revistas técnicas e artigos científicos. É Coordenador de Bancos de Dados do OBVIO – Observatório da Violência do Rio
Grande do Norte, Instituto Marcos Dionisio de Pesquisa, sediado na UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Coordenador de Análises
Criminais da Secretaria Estadual da Segurança Pública e da Defesa Social do RN, Consultor do Conselho Especial de Segurança Pública e
Políticas Carcerárias da OAB-RN. Presidente da Câmara Técnica de Monitoramento de CVLIs, Membro da Comissão de Combate e Prevenção à
Tortura do RN, Membro da Subcomissão Executiva do Plano Estadual de Segurança Pública do RN, e Membro Sênior do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública - FBSP.

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

do Rio Grande do Norte ainda apresenta taxas preocupantes em relação ao número de anos estudados e a
altas taxas de evasão no ensino médio. Questões que precisam estar atreladas à outras políticas de
inclusão dos jovens nos meios de geração de renda e de participação social. Estas questões precisam estar
direcionadas para a melhoria da qualidade de vida dos jovens, bem como para a preservação das suas vidas.
Todo este cenário resulta num perfil estereotipado e muito bem delimitado da juventude potiguar, vítima
de violência: 80% são homicídios dolosos, por motivo de crime de encomenda (42%), acometidos quase
sempre por arma de fogo (92%), e principalmente contra solteiros (85%), de baixa escolaridade (29%) ou
escolaridade ignorada, também associada à baixa escolaridade (57%), e sem atividade remunerada (63,5%),
característica está associada ao tráfico de drogas.
Observamos, ainda, que 61% das ocorrências entre 2015 e 2019 se deram na mesorregião leste potiguar,
fenômeno associado à violência persistente na Região Metropolitana de Natal, que representa 59% dos
casos de violência no estado. Somente a capital corresponde a 27% (1.442) dos casos registrados no
Estado do RN (5.376) no período 2015-2019, seguido por Mossoró (618, 12%), Parnamirim (397, 7%), São
Gonçalo do Amarante (346, 6%) e Macaíba (250, 5%). Por outro lado, quando se analisa a taxa de incidência,
Natal apresenta uma média de 17,5 vítimas por 100 mil habitantes, no período 2015-2019, enquanto
Mossoró apresenta uma média inferior (11,4), em contraste a São Gonçalo do Amarante, com uma média de
26,5.
O Gráfico 38 mostra a taxa de mortandade da juventude potiguar, por 100 mil habitantes. Nele observamos
que embora tenhamos reduções na mortandade da juventude apontadas entre os anos 2017 a 2019, quando
esses números deixam de ser contabilizados de forma absoluta passando a apresentá-los em relação ao
número de habitantes dessa faixa estaria no estado, as taxas se apresentam em crescimento constante.
Quanto mais a população jovem cresce, mas sua vulnerabilidade social e outras vulnerabilidades contextuais
também aumentam, deixando a juventude em constante processo de extermínio.

GRÁFICO 38 – TAXA DE MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR POR GRUPO DE 100 MIL HABITANTES.

Já o Gráfico 39 compara a mortandade da juventude com as ocorrências registradas em outras faixas


etárias, aonde fica evidenciado a similaridade no nível de violência, no período 2015-2019, onde uma curva

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MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR 2015-2019

do gráfico parece acompanhar a outra na medida que crescem ou diminuem, dando a impressão de
interdependem uma da outra.

GRÁFICO 39 – COMPARAÇÃO ENTRE MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR E DE OUTRAS FAIXAS ETÁRIAS.

GRÁFICO 40 – INCIDÊNCIA ENTRE MORTANDADE DA JUVENTUDE POTIGUAR E DE OUTRAS FAIXAS ETÁRIAS.

No entanto, a Juventude Potiguar, aqui compreendida pelas idades entre 16 e 29 anos, como pode ser visto
no Gráfico 40, é 13,2% mais vitimizada em Condutas Violentas Letais Intencionais do que todas as outras
faixas etárias agregadas. comparam a mortandade da juventude com as ocorrências registradas em outras
faixas etárias, aonde fica evidenciado a similaridade no nível de violência, no período 2015-2019.
Suscitemos pois, diante dos números, análises, gráficos e todo material nessa edição apresentados, um
amplo debate sobre os rumos das políticas públicas de segurança que queremos ter no Rio Grande do Norte,
lembrando que seu efetivo sucesso se materializará, indubitavelmente, nos números da mortandade da
juventude potiguar dos próximos anos.

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