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FACULDADE ESTÁCIO DE JI-PARANÁ – ESTÁCIO UNIJIPA

PSICOLOGIA

ANA PAULA LAVORATTI

DAYANE DOS SANTOS MENDES

GABRIEL GONÇALVES DE OLIVEIRA

LETÍCIA RAYANE OLIVEIRA ROCHA

RICHARD BRIAN SANGI DOS SANTOS PEREIRA

A ESCOLHA PROFISSIONAL COM ADOLESCENTES EM CONTEXTO DE


VULNERABILIDADE SOCIAL

JI-PARANÁ - RO

27/10/2020
FACULDADE ESTÁCIO DE JI-PARANÁ – ESTÁCIO UNIJIPA

PSICOLOGIA

PROF. ESP. MIRIAN GABRIELLA SILVA

A ESCOLHA PROFISSIONAL COM ADOLESCENTES EM CONTEXTO DE


VULNERABILIDADE SOCIAL

JI-PARANÁ - RO

27/10/2020
1. JUSTIFICATIVA

A relevância deste projeto baseia-se na atuação dos acadêmicos de Psicologia


articulando-se com conhecimentos teóricos e práticos referente à Orientação Vocacional
(OV). É de suma importância abordar sobre a OV com jovens, principalmente, com os
que estudam em escolas de comunidades periféricas e como evidência a precariedade
econômica é atuante e presente. O acesso à tecnologia é limitado o que dificulta no
processo de desenvolvimento e aprendizagem dos jovens nas periferias.

A educação nestes locais, como um todo, não recebem instrumentalizações e


ferramentas atualizadas para serem aplicadas em sala de aula, deixando os jovens e
professores ausentes de intervenções necessárias na melhora da qualidade de ensino. O
projeto tem objetivo de conduzir os jovens a encontrarem no seu horizonte possível
(HEIDEGGER,2015), a possibilidade de escolherem as profissões desejadas na qual
possam exercer seu ofício de acordo com suas potencialidades. (SAFRA, 2004).

A escola estadual de ensino médio e fundamental Beatriz Ferreira da Silva


selecionada para este projeto, está localizada no município de Ji-Paraná-RO, atende
jovens localizados na periferia do município. A Orientação Vocacional aplicada no
centro da estrutura escolar, oferece possíveis intervenções psicossociais para jovens de
comunidades pobres, que sofrem da precarização econômica reduzindo novas
possibilidade culturais e sociais. O conhecimento e estrutura do procedimento da
Orientação Vocacional, disponibiliza ferramentas necessárias na apropriação do
conhecer sobre o atual sistema sociocultural articulando-se com análises críticas que
fomenta mudanças de realidade histórico-social de jovens periféricos que sofrem com a
falta de olhares complacentes do governo do Estado. (FOUCAULT, 2019).

Portanto, a Orientação Vocacional oferece conhecimentos históricos-sociais, com o


propósito de impedir a manutenção de rótulos impostos que prejudica no
desenvolvimento dos estudantes da instituição, também proporciona o saber de novos
agentes de transformação da realidade social para que possa se tornar atuante nas suas
escolhas.
2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Levantar discussões a respeito das possibilidades lançadas pelo programa da


Orientação Vocacional, para adolescentes em contextos periféricos e carentes de
ferramentas educacionais, a fim de ampliar a rede de apoio e consciência destes jovens,
promovendo questionamentos sobre as suas subjetividades, proporcionando novas
construções criativas no self central de cada jovem ali presente e, incentivando o olhar
crítico e transfigurador, frente as suas possibilidades existenciais e, trabalhando em prol
da mudança histórico-social, cultural e étnica, a partir das potencialidades que esses
sujeitos possuem.

A ausência de olhares sociais e educacionais provoca a falta de recursos básicos


nas escolas da cidade de Ji-Paraná, e como proposta do grupo estabelecido pelos
estagiários da Faculdade Panamericana UNIJIPA - ESTÁCIO, lançando oportunidades
de encontros semanais em grupo na Escola Estadual Beatriz Ferreira da Silva localizada
no bairro Primavera de Ji-Paraná RO.

2.2 Objetivos específicos

 Ouvir e acolher os jovens do grupo, a respeito do que pensam sobre a temática


da vocação.
 Propor discussões sobre racionalidade, diversidades culturais, sociais e
problematizando a estrutura binária e genealógica sobre gênero. (BUTLER, 2009).
Dentro dos recursos metodológicos escolhidos pelos estagiários, ampliando a visão e
conhecimento dos adolescentes.
 Avaliar o contexto atual das escolas estaduais da região e dos demais indivíduos
apresentados no grupo e na escola.
 Promover um espaço de trocas ideológicas e a apropriação de novos
conhecimentos, a fim de discutir sobre as aspirações profissionais, imaginações
criativas e a ampliação de novos horizontes ascendentes. (HEIDEGGER,2015).

3- REVISÃO BIBLIOGRAFICA
3.1 – Teorização
A orientação vocacional surgiu no contexto da Revolução Industrial ao final do
século XIX, sustentada pelo viés da psicometria. Naquele período a proposta era traçar
perfis que sinalizasse o trabalho que se alinhasse ao trabalhador para compactuar com a
lógica da produtividade para gerar lucros ao empregador. Foi, portanto, a partir da
proposta capitalista de adaptação ao trabalho, considerava-se que o trabalhador estaria
satisfeito caso estivesse ajustado conforme as características inatas e sociais que
envolviam o contexto laboral. A partir do desenvolvimento teórico da psicodinâmica,
por exemplo, passaram a questionar tais características imutáveis e a considerar outros
aspectos do sujeito, principalmente, as características pessoais, culturais e
socioeconômicas. (AGUIAR; CONCEIÇÃO, 2013).
Na primeira metade do século XX, a orientações profissionais se calcavam nas
ideias de Parson, sustentados em modelos de traço e fator cujas noções de ajustamento
entre as características pessoais, ambientais ou ocupacionais eram predominantes. Foi, a
partir da década de 1950 que a teoria de desenvolvimento de carreira produziu impactos
no mundo corporativo.
No contexto brasileiro, a orientação profissional se constituiu como modalidade
psicométrica, demonstrando, a princípio, efetiva para o desenvolvimento e
aperfeiçoamento dos instrumentos psicológicos. No entanto, apesar de ter ampliado as
possibilidades de avaliação psicológica no âmbito laboral, até a metade do século XX, a
orientação profissional esteve aliada à práticas não validadas cientificamente, propondo,
então, a necessidade de estudos e pesquisas na área, sobretudo, para validar os
instrumentos de avaliação e aprimorar métodos e técnicas de intervenção (AMBIEL;
CAMPOS, CAMPOS, 2017; NORONHA; CAMPOS, 2006).
No ano de 1993 criou-se a Associação Brasileira de Orientação Profissional
(ABOP) cuja proposta era de construir as medidas que pudessem ampliar as produções
científicas. Desde então, a ABOP tem ampliado as condições para a produção neste
campo além de promover eventos científicos que tem garantido condições para o
trabalho nesse campo, inclusive com a publicação da Revista Brasileira de Orientação
Profissional (RBOP). Com o significativo crescimento na área de atuação, houve,
consequentemente, um aumento expressivo dos estudos científicos (AMBIEL;
CAMPOS; CAMPOS, 2017). Mas, uma crítica que fazemos é a precariedade de estudos
relacionados que possam abarcar a aplicação da OP aos contextos de pessoas em
situação de vulnerabilidade, como também, as questões raciais.
Na cultura, a escolha e decisão profissional se constitui como a expressão de uma
virada que marca a vida do sujeito, sendo socialmente apresentada como uma passagem
para a vida adulta. Essa escolha e decisão, nem sempre garantida com apoio
psicológico, pode ser vivenciada com angústia e ansiedade. Assim, a importância de
tornar acessível o apoio e orientação psicológica para as pessoas em situação de
vulnerabilidade social se constitui como um ato político. Partindo disso, destacamos o
trabalho de Silva e Braz (2020) que apresentaram em seu artigo intitulado Orientação
vocacional, raça e poder: implicações psicopolíticas de processos de dominação social,
as experiências de orientação vocacional que ocorreram num curso preparatório voltado
à população negra, brancos pobres e indígenas.
Nesse trabalho destacam a defasagem da representatividade da população negra
nos contextos educacionais e com isso enfatizam a importância de discussões que
viabilizem pensar as desigualdades, principalmente, a partir da contribuição da
orientação profissional que poderá produzir uma ação transformadora no sujeito que o
conduzam a superar as lógicas de dominação. Silva e Braz (2020, p. 68) sublinham que
“sujeitos em situação de vulnerabilidade precisam superar figuras autoritárias para que
possam colocar a si mesmos como sujeitos políticos da ação. Oportunizar esses
reposicionamentos da subjetividade passa pelas atividades de uma orientação
vocacional crítica com a qual estamos comprometidos”. Nesse ponto, precisamos pensar
a orientação vocacional alinhada às questões do nosso tempo, colocando-a como uma
prática que vai além da especificidade de elucidar habilidades que auxilie o sujeito na
sua tomada de decisões.
Importa-nos discutir e propor uma prática que esteja forjada em ações que
promovam a inserção social. Nesse sentido, a orientação vocacional precisa ultrapassar
os ideais em torno da adequação do sujeito, propondo ir além do reconhecimento das
capacidades de agir para a tomada de decisões sustentadas pela lógica da produtividade;
como afirma Silva e Braz (2020) essas decisões estão no plano das relações de poder.
Portanto, considera-se que decidir uma profissão se configura como um modo de agir
no campo das relações de poder. Assim, na prática, podemos pensar no processo em que
o orientador e o orientando se engajem em papéis que articulem elementos subjetivos
considerando-os no contexto socioeconômico e político. As pessoas em situação de
vulnerabilidade social estão limitadas em sua tomada de decisão pelo fato de não
possuírem condições propícias para conhecerem a si próprias e suas capacidades que
possam abrir uma multiplicidade de inserção social.
No entanto, a educação está sempre em crise, os cuidados e atenção, são aspectos
necessários do conhecimento comum, e, no ambiente escolar a educação evidencia a
multiplicidade de modelos escolares igualitários e universais. (FREIRE, 1984). Os
desdobramentos da educação no Brasil, por mais que recebam verbas públicas para a
reconstrução ambiental das escolas, nas manutenções e atualizações pedagógicas, este
subfinanciamento só evidencia a circulação repetitiva de uma educação universal com
conceitos sociais que, ao invés de inovar ideologias e epistemologias, acabam
produzindo e persistindo na colonização da educação brasileira. (FANON, 2008).
Os modelos escolares passam por um ajustamento universal que, como reflexo
destes “curativos” a educação recebe críticas, reclamações e denúncias, levando os
professores a desvalorizarem os métodos pedagógicos utilizando a aplicação de uma
pedagogia desatualizada. (FREIRE, 1984). Os recursos da educação são mobilizados
conforme as ciências epistemológicas se renova, no entanto, a aplicação dos
conhecimentos alcançados pela evolução da tecnologia são empregados com
dificuldades nas práticas pedagógicas, deixando os professores e alunos ausentes de
novas experiências educacionais, sociais e culturais. Na obra de Bruno Martins,
Oprimidos da Pedagogia, 2004, ele situa as perspectivas educacionais e sociais de Paulo
Freire, que evidencia o fenômeno da imomerialidade das crianças do nosso século, ele
ressalta;
ao longo do tempo, nas mais diversas culturas, as novas gerações
aprendiam na convivência comunitária os valores e as habilidades
necessárias para sua sobrevivência. A prática de um processo educativo
separado da vida cotidiana, com um conjunto de conhecimentos
sistematizados que devem ser adquiridos por todas as crianças
independentemente de seu contexto social é novidade na história
humana. (FREIRE, 1984).
As tradições culturais ocupa um papel importante na genealogia das famílias dos
educadores e alunos, porém, a desvalorização dos jovens pelos esforços trabalhistas e
conquistas materiais pelos povos antigos, evidencia uma civilização que abriu mão de
seus conceitos históricos, produzindo encobrimentos, distorções e negações diante da
historiografia das civilizações antiga. (SAFRA, 2004). Portanto, a educação solidificou
seus passos até os tempos atuais, deixando rastros para novas possibilidades de
intervenções sociais e culturais, o que reduz na potência da multiplicabilidade de novos
modelos escolares e pedagógicos, são os dispositivos de controle do Estado que, com as
técnicas disciplinares como ferramenta de dominação e manipulação dos saberes e
prazeres concretiza a redução e opressão da pedagogia dentro das escolas, lançando os
alunos numa perspectiva perturbada sobre o real conceito de educação e escola,
prestigiando a evolução social, sendo a única conquista digna de reconhecimento
existencial e social. (FOUCAULT, 2009; FREIRE, 1984; SAFRA, 2004).

4- PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Utilizando a metodologia do instrumento de mediação, Orientação Vocacional,
optamos por pesquisar e apropriar-se dos saberes sociais e contextos culturais em
conjunto com a escavação arqueológica da historicidade da comunidade local.
(HEIDEGGER, 2015). A proposta de intervenção dos estagiários é fundamentada por
problematizações que evidenciam situações de vulnerabilidade social e econômica, que,
como dispositivos de controle e educação os jovens da instituição não tem acesso a
informações de conteúdos históricos e sociais da comunidade e, por não terem este
conteúdo a percepção dos professores, estudantes e diretores passam por perturbações,
distorções e ilusões sobre o atual estado brasileiro. (FOULCAULT, 1972).

O projeto foi realizado numa Escola Pública de ensino fundamental e médio de Ji-
Paraná-RO. A Escola Beatriz é situada em uma comunidade periférica no bairro
Primavera. Foi proposto aos alunos do 3º ano para os que tivessem interesse
viabilizando 8 encontros semanais consecutivos com duração de 1 hora para cada
encontro. A problemática social e econômica dos alunos inseridos em Escolas Públicas,
é refletir nas possibilidades de auxílio para jovens negligenciados pelas coerções
sociais, neste sentido, recorremos para rodas de conversas com o propósito de
desmistificar ideias implantadas pelo Estado. (FOULCAULT, 1972). Como se trata de
estudantes periféricos, a economia das instituições públicas são sucateados e
subfinanciados, reduzindo as oportunidades de crescimento social e cultural dos jovens.
(BUTLER, 2009).

Os procedimentos da Orientação Vocacional se basearam na psicoeducação,


referente as profissões que envolvem habilidades técnicas fisiológicas, motora e
cognitiva para apropriação de tendências vocacionais dos alunos da instituição, o
esclarecimento de dúvidas frente as profissões e qualificações do mercado de trabalho
foram questionamentos constates nas rodas de conversa. Além disso, foram utilizados
questionários, vídeos, textos temáticos, dinâmicas de grupo e músicas nos encontros
interativos, com o intuito de integrar os adolescentes de seus direitos para obter acessos
nas redes de apoio da região, possibilitando reflexões e analises de escolhas. A proposta
dos acadêmicos é apreender levantamento de dados, evidenciar situações positivas e
negativas e nas rodas de conversa, proporcionar discussões e debates de novos
pensamentos, ideias e despertar a necessidade de expressarem suas potencias criativas.
(SAFRA, 2004).

A Orientação Vocacional oferece possibilidades de escolher e analisar as


profissões que são de interesse subjetivo, sendo fundamental o levantamento de
questões sociais, culturais de raça e classe. No entanto, a tarefa de despertar a vontade
de saber em jovens que estão institucionalizados e controlados pelos dispositivos do
Estado, exige uma quebra de rótulos e debates sobre alteridades, diferenças e
diversidades. (BUTLER, 2009). Para efetuar esta quebra de sigilo é preciso desrespeitar
a burocracia do Estado, de modo que não prejudique os jovens da escola. A civilização
constitui fronteiras sociais e políticas que estabelece fontes de vícios e virtudes, a
dialética dos contextos socioculturais demonstram estruturas binárias que envolvem
hábitos, exigências sociais e sensibilidades para a definição do que é bom ou mal.
(BUTLER, 2009; FOULCAULT, 1972).

A Escola representa um espaço de desenvolvimento que proporciona ao estudante


um contado com as ciências positivistas que remessa-os rumo a constituição dos
primeiros passos para a carreira profissional, conforme as exigências do meio
aumentam a elasticidade social dos indivíduos, os desafios cotidianos demandam
demasiada sensibilidade e atenção para atender as necessidades das configurações do
mundo subjetivo e público. (SAFRA, 2004).
5- METODOLOGIA
O presente artigo apresenta-se em seu viés metodológico, sob forma de pesquisa
bibliográfica qualitativa, os fundamentos teóricos necessários para abordar a OV
(Orientação Vocacional) baseando-se em autores como Judith Butler, Heidegger, Paulo
Freire, entre outros, no período de novembro e dezembro de 2020, a fim de abordar,
discutir e elaborar múltiplas formas de fazer contato com o tema proposto em sua
problemática, e ainda, apresentar um cronograma executável com atividades propostas
que facilitam a compreensão da Orientação Vocacional.
6- CRONOGRAMA
13-10-2020 Roda de conversa sobre “profissão e cidadania”

20-10-2020 Roda de conversa com jogos de cartas terapêuticas

27-10-2020 Palestra “Orientação Vocacional um olhar além da profissão”

03-11-2020 Roda de conversa sobre “periferia e questões sociais”

10-11-2020 Roda de conversa “mercado de trabalho para o jovem no séc. XXI”

17-11-2020 Roda de conversa aberta para os pais dos alunos da escola

24-11-2020 Oficina de lutoterapia com argila e desenhos e depois aberto para discussões e
reflexões sobre diversos temas sociais.
01-12-2020 Produções de cartazes informativos para colocar no mural da escola.
7- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir que através das experiências realizadas na escola do município de
Ji-Paraná sobre Orientação Vocacional, os estagiários obtiveram resultados profícuos
abordando assuntos que vão além da escolha profissional, mas conteúdos pertinentes a
questões sociais voltadas para alunos que vivem na periferia.

O compromisso da OV deve ir muito além da escolha profissional, mas abordar o


contexto social inserindo os menos favorecidos em uma perspectiva maior. Incluir esses
indivíduos é papel fundamental com instrumento de transformação social já que, a
transformação social ocorre através da interação entre os indivíduos e nesse contato a
transfiguração ocorre em seu nível social.

Abordar Orientação Vocacional tangenciando aos aspectos sociais é de suma


importância, principalmente, quando se trata de jovens que vivem em vulnerabilidade
social e são desprovidos de recursos para que possam concorrer a vagas de
Universidades. Sendo assim, as rodas de conversas fomentaram o campo para a
discussão aflorando conteúdos latentes de jovens que não tinham esse espaço para o
diálogo.

Além da roda de conversa as oficinas de pintura são essências como recurso lúdico
para a simbolização dos conteúdos, pois, a arte é uma aliada para o campo das reflexões.
Outra forma de instigar esses jovens é através da produção da informação que em
consonância com a arte pode ser um viés integrativo positivo.

Portanto, a Escola deve ser um espaço que contribui para a transformação social e
não que exclui seus membros, transformando-os em dejetos sociais por não terem
recursos suficientes em inserir-se no ambiente acadêmico, sendo assim, a participação
da psicologia no ambiente escolar é fundamental para desmantelar os padrões adoecidos
que são oferecidos aos nossos jovens.
REFERÊNCIAS

AGUIAR, Fernando Henrique Rezende; CONCEIÇÃO, Maria Inês Gandolfo.


Orientação vocacional e promoção da saúde integral em adolescentes. Estudos e
pesquisas em psicologia. Rio de Janeiro, v. 13, n. 01, p. 86-100, 2013.
AMBIEL, Rodolfo A. M.; CAMPOS, Maria Isabel de; CAMPOS, Priscilla Perla T.
Von Zuben. Análise da Produção Científica Brasileira em Orientação Profissional:
Um Convite a Novos Rumos. Psico-USF,  Itatiba ,  v. 22, n. 1, p. 133-145,  Apr.  2017.
BUTLER, Judith; Quadros de Guerra: Quando a vida é passível de luto?
Foucault, Michel; Microfísica do Poder. São Paulo\Rio de Janeiro, Pas e Terra,
2019.
HEIDEGGER, Martin; Ser e Tempo, 2015.
NORONHA, Ana Paula Porto; AMBIEL, Rodolfo Augusto Matteo. Orientação
profissional e vocacional: análise da produção científica. Psico-USF (Impr.), 
Itatiba ,  v. 11, n. 1, p. 75-84,  June  2006. 
PAULO Freire Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
SAFRA, Gilberto: A Face Estética do Self, teoria clínica, 2004.
SILVA, Alexandre Soares da; BRAZ, Sandra Regina Ramos. Orientação
vocacional, raça e poder: implicações psicopoliticas de dominação social. Revista
eletrônica de psicologia política, Belo Horizonte, v. 18, n. 44, p. 59-79, Ago, 2020.

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