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RENATA GABRIELLA SILVEIRA BRITO

Dado o caso clínico, entendo que o diagnostico está em descobrir se a paciente


possui ou não um transtorno relacionado ao consumo da cafeína. Tem-se no DSM-V o
número de classificação é o 292.0(F15.93), sendo que os critérios diagnósticos são:
A. Uso diário prolongado de cafeína.
B. Cessação ou redução abrupta do uso de cafeína, seguida, no período de 24
horas, de três (ou mais) dos seguintes sinais ou sintomas:
1. Cefaleia.
2. Fadiga ou sonolência acentuadas.
3. Humor disfórico, humor deprimido ou irritabilidade.
4. Dificuldade de concentração.
5. Sintomas gripais (náusea, vômitos ou dor/rigidez muscular).
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras
áreas importantes da vida do indivíduo.
D. Os sinais ou sintomas não estão associados aos efeitos fisiológicos de
outra condição médica (p. ex., enxaqueca, doença viral) nem são mais bem
explicados por outro transtorno mental, incluindo intoxicação por ou
abstinência de outra substância. (DSM-V, 2014, p.506)
No DSM-V consta que os sintomas necessários para a caracterização dos critérios,
são os seguintes:
A síndrome de abstinência de cafeína é indicada por três ou mais dos
seguintes (Critério B): cefaleia; fadiga ou sonolência acentuadas; humor
disfórico, humor deprimido ou irritabilidade; dificuldade de concentração; e
sintomas gripais (náusea, vômitos, dor/rigidez muscular). (DSM-V, 2014,
p.506)
Assim pode-se afirmar que somente a irritabilidade não seria o suficiente para
caracterizar uma síndrome. Os outros sintomas que ocorrem durante a gravidez, não
deixa claro se os sintomas eram pela falta de café ou da própria gravidez e insatisfação
de não poder consumir, aliado ao humor acentuado durante a gravidez, assim, temos
somente um sintoma nítido que é a irritabilidade.
Necessário ponderar as causas sintomáticas que geram disfuncionalidade
enquanto exerce sua profissão (isso ocorre em um relato contato e parece não se repetir)
e analisar se não há outros estressores que provocaram a irritabilidade naquele
momento, não obstante, entende-se que o motivo principal era o café caracterizando o
critério B-3 do DSM-V.
Em outro relato mostra ser uma consumidora de café e que este fato está ligado ao
prazer não só do gosto/sensações ou dos efeitos gerados no organismo, mas também tem
viés social, como se fosse um ritual (tomava com sua avó).
Assim, devido a todas as situações e falta de qualificações aos critérios segundo o
DSM-V, não diagnosticaria com a síndrome de abstinência ao café.

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