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História do

Vestuário
Antiguidade

Profa.Daniela Hinerasky
Tecnologia em Design de Moda
Unifra - Santa Maria/RS
Tuesday, March 11, 14
[ COM QUE ROUPA ELES IAM? ]

precisamos entender o passado

Tuesday, March 11, 14


Tuesday, March 11, 14
[ORIGENS: de 500 a.C a 1599]
Antiguidade: contexto
primeiros registros de vestuário: roupas usadas pelos povos do Mediterrâneo,
notadamente gregos e romanos (durante os 8 séculos antes da era cristã)

necessidades básicas como abrigo, alimento e roupas foram transformadas em


modos de expressão cultural e artística

trajes de peças de tecidos demandavam uma moradia fixa e climas temperados para o
cultivo das matérias-primas vegetais como linho e algodão

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[Antiguidade: origens do vestuário ]

o vestuário emergiu de duas fontes:


cortes baseados em peles de animais,
e trajes dependentes da forma
retangular dos tecidos
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[indumentária clássica grega e romana]
principais trajes
assírios, egípcios, gregos e romanos usavam peças
esvoaçantes que envolviam o corpo - drapejadas,
enroladas e amarradas ao redor do corpo fixados com
uma fíbula (pequena fivela, fecho ou broche);

trajes gregos e romanos exibem uma profusão de pregas


e dobras;
a vestimenta clássica não estava sujeita à mudanças da moda

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Egito
Antigo Império (antes de 1500 a.C):
traje principal era o schenti (avental triangular
de pano, fixado por um cinto)

Novo Império (entre 1500 e 322 a.C):


homens: Kalasiris (túnica semitransparente,
longa e franjada), usado sobre uma tanga
mulheres: traje até abaixo dos seios,
fixado com alças de ombro

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adornos de cabeça
cerimoniais
coroa real
sem penteados

acessórios
símbolos religiosos
unguentos (substância para perfurmar o corpo)

cores sem calçados


- roupas brancas
consideradas tecidos
sagradas (durante se limitavam ao linho (achavam a
séculos vestiram
roupas sem tingimento) lã impura)
- vestiam cores
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Assíria
manto cilíndrico

mitra

ambos o sexos: peças de lã de carneiro em torno da cintura


e mantôs nas partes superiores (tipo xale)

[1132-609 a.C]
os feltros foram substituídos por tecidos cujas
margens eram adornadas com bordados, apliques,
metais preciosos, pompons e franjas

traje masculino substituído por uma túnica


de mangas longas com padronagem ornada, bordados e joias
usado com cobertura para cabeça (barrete ou mitra)

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adornos de cabeça
vestuário chapéus fenícios
coroa real ou mitra
hierarquia sem penteados
escravos nus

reis e dignatários:
acessórios
roupas feitas de braceletes
linho enrijecido e cintos ou faixas
pregueadas

calçados
botas curtas

Assíria sandálias de dedo


sapatos planos de laço

tecidos
trajes de feltro ou tecido de lã
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Grécia homens
[500 -300 a.C]

grandes pedaços de pano


(um ou dois retângulos de
tecidos sem corte) confeccionados
em t e a r e s m a n u a i s, - lã e linho em modelos sem
amarrados de forma a deixá-los corte, relativamente leves e
com caimento fluido;
drapeados, com buracos em
cima e embaixo para contornar
- branco e cores primárias
pernas, braços e cabeça
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chiton (quíton)
traje típico:
longo ou curto, de acordo com a
ocupação e a idade

himation
por cima do chiton: (capa longa e drapeada)
ou chlamys (manto mais curto, fechado com alfinete ou
broche)

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Quíton
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Grécia mulheres [500 -300 a.C]

- trajes variados quanto a modelos, cores e estampas

túnica e mantos eram itens essenciais, usados


juntos ou não;

- chiton ou quíton (túnica curta ou sem mangas)


- peplos (vestimenta tubular, aberta dos lados e com
sobreposição de tecidos na cintura)

modelos mais curtos: deusas, caçadoras, atletas e artista


modelos mais longos: mulheres casadas e de meia-idade

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Etrúria ( período greco-romano)
- trajes etruscos se confundiam com os dos gregos e
romanos;

- usavam diferentes versões de um mesmo traje: a


túnica e o manto (diversos modelos e nomes variavam de
acordo com o momento e o lugar);

- a túnica era chamada chiton pelos gregos

- os etruscos adotaram o chiton dos miscênios e dos


povos do Oriente Próximo

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intercâmbio de trajes e
- ativo
estilos entre os 3 povos
(gregos, romanos, etruscos)

- dificuldade de definir uma peça ou


modelo em particular

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[ Império Romano ]
- sociedade romana: muito estratificada
- importância do vestuário: no estabelecimento e na
manutenção da hierarquia e na
diferenciação das posições sociais,
idade e gênero;
- soldados romanos: túnicas mais compridas
- homens civis: túnicas mais curtas
- escravos: tipo de calçado ou ausência deles
(proibidos de vestir os calcci)

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Império Romano
- vestimenta mais característica: a toga (origem etrusca);

- preferência por corpo mais coberto,


tecidos pesados e estampas mais
complexas (também como os etruscos);
- as roupas tinham função mais simbólica do que
decorativa;

- apesar do conservadorismo, abertos a influências


externas e trocas de povos não-mediterrâneos;

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Império Romano
trajes masculinos trajes femininos também
indicavam o papel da mulher na sociedade
túnica e a toga
- toga praetexta (branca debruada, com
- calcci (sapatos romanos de
cano alto) estreita faixa violeta, até o casamento): usadas
pelas jovens meninas
- túnica: usado após o casamento e restrito a
mulheres comprometidas;
- stola (vestido tipo envelope drapeado com
cuidado)
palla (grande manto usado por cima da stola,
também servia de véu)

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Império Romano

Ao longo do tempo (por


volta do século I a.C), a
toga deixou de ser usada
no dia a dia, e continuou
como traje cerimonial
e festivo (até o século IV d.C)

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a elegância da Antiguidade clássica Expo
ressurgiu em outros momentos históricos: Madame
- neoclassicismo do século XIX; Grès no
- vestidos de festa nos anos 1930 Musée Bourdelle,
em Paris, em 2011

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Expo
Madame
Grès no
Musée Bourdelle,
em Paris, em 2011
Tuesday, March 11, 14
Tuesday, March 11, 14
Tuesday, March 11, 14
Tuesday, March 11, 14
Expo
Madame
Grès no
Musée Bourdelle,
em Paris, em 2011

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Expo Madame Grès no
Musée Bourdelle, em Paris, em 2011

Tuesday, March 11, 14


Expo
Madame
Grès no
Musée Bourdelle,
em Paris, em 2011

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Expo
Madame
Grès no
Musée Bourdelle,
em Paris, em 2011
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século IX
China
INDUMENTÁRIA CHINESA
estampas graúdas
- os tecelões chinieses conseguiam
produzir ;
- na capital (atual X’ian) havia
fábricas estatais com especialidades
distintas:
tingimento,
fiação,
tecelagem
e produção de cordões e fitas

século VII
devia ser a nação mais bem-vestida
do mundo:
experiência na criação de bichos-
- séculos de
da-seda (sericicultura);
- tecnologia de desenrolar e fiar a seda estava
consideravelmente avançada
- tear de tração (capaz de confeccionar tecidos
com estampas complexas )
Passeio primaveril de nobres e mulheres [mulheres não usam mais
véus] Obra de Zhang Xuan (750)
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China
pessoas se vestiam de
acordo com seu poder
aquisitivo, sem interferência
do governo;

mas, nas reuniões da corte,


funcionários públicos
usavam túnicas de
cores diferentes para
indicar o status
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China
mulheres traje padrão
blusa de mangas compridas e estreitas,
liberdade sem precedentes saia comprida
[dinastia Tang (618 a 907)] xale (estreito pedaço de gaze ou
seda fina, cerca de 2m)

Foi o único período da história em


que uma monarca mulher esteve no
poder (a imperatriz Wu Zetian)

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estátua que ilustra o auge da
moda das bailarinas
na corte de TAng, séc VII

o espírito livre se surgiu a moda das roupas


manifestava nas femininas decotadas
roupas e adornos

acessórios:
pentes de marfim e madrepérola, grampos
de ouro e prata, flores naturais e artificiais
(damas da corte)

valorização da beleza e dedicação


especial ao rosto: maquiagens demoradas e
sobrancelhas (pó de arroz, ruge...)
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China
mulheres
traje comum: vestico e
sobrecasaco de seda

com o tempo, trajes


cada vez mais amplos
contínuo esmero com
os penteados,
cada vez mais altos
(coques de variados tipos e China
tamanhos e até perucas e
apliques artificiais)
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China
[antes de 618] [em 713]
[por volta de 650]
usavam véu comprido ao saírem chapéu desapareceu, e as
de casa (proteger da poeira mulheres não ocultavam mais os
chapéus
e esconder o rosto) rostos lindamente maquiados

[fim do séc VII] blusa com abertura no


novo e ousado adereço pescoço, com decote cavado

trajes femininos mais volumosos


[a partir do século VIII] (saias ganharam pregas e mangas ficaram mais largas)

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China

[séculos VIII a IX]


competição entre as mulheres exigiu
um decreto do Imperador, limitando a
largura das mangas (40cm) - foi
provavelmente ignorado, porque os
registros mostram trajes de magas largas

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China
homens
raras fontes sobre trajes masculinos;

homens cultos: túnicas


classe trabalhadora: calças compridas
e casacos (razões práticas);

tradicionalmente, homens de cabelos


compridos em um pequeno coque no
alto da cabeça (mas cobriam o coque
com um lenço de cabeça)

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China
traje comum: túnica de
gola redonda e chapéu preto

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[Japão]
atenção “neurótica” e “fetichista” aos
as roupas eram objeto de uma
preocupação obsessiva e aflitiva para detalhes da indumentária nas
cortes medievais japonesas de
as damas de companhia aristocráticas Heian-kyo
o mais importante era a escolha das
combinações de cores pra o
complexo sistema de
camadas

O traje de corte foi copiado do estilo


chinês Tang e os tecidos eram
importados da China

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[Japão]
um estilo mais singularmente japonês
começou a ser usado pela elite, quando
os governos chinês e japonês pararam
de se comunicar

kosode
(precursor do atual Kimono) tornou-se a
peça-chave para ambos os sexos
- a silhueta foi se tornando cada vez
mais volumosa e escultural

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“Primavera no Palácio” (de Gengi Monogatari)
mulheres da corte, com túnicas
coloridas e primaveris

importavam as
roupas, não
os atributos físicos

imensos e
pesados trajes
escondiam traços
individuais e/ou
corpo das mulheres

foco estético:
periferias das
imensas mangas

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[Japão]
integrantes da nobreza
cobertas por (múltiplas) camadas de volumosas
túnicas do traje “Kasane” (destaque aos detalhes,
cores e sobreposição)

mulheres nobres “afastadas” do olhar externo pela


indumentária e arquitetura [espécie de confinamento
espacial, proteção externa];

túnicas coloridas tinham um forte apelo erótico


(“espiar pelo buraco”)

combinação de túnicas equivalente ao nível de


cultura e sensibilidade da mulher = cores
das túnicas expressavam um refinamento
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Traje nobre femininino
século X

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Ilustração de Hikokuni
Tokugava II
mulheres mudas e
imóveis,
entrevistadas por
trás das persianas

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[Japão]
nível de suntuosidade
e ostentação dos trajes
da corte se tornou
insustentável com o
passar do tempo;

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[moda hoje]
estilistas
(re)utilizam,
muitas vezes, a
rica herança
estética

- moda anos 1980 e


1990 também se
caracteriza por
volumosas camadas
que ignoram os
contornos do
corpo

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2013
PRADA

2013
inspiração
japonesa
na moda
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