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Relatório de Atividades – 17/10/2020

Na data de 17 de outubro de 2020, às 09h30, deu-se início à segunda


reunião do Grupo de Estudos Coram Deo, com a presença de Brennise Rodrigues,
Mirles Lino, Marcelo Arrais, Renato e Ênio Cidrão, que foi o multiplicador, isto é, o
responsável por trazer um panorama do texto lido anteriormente.
A Mirles introduziu a reunião com um apanhado geral sobre o que foi
discutido na reunião passada. Abordou o que Stott escreveu acerca de que devemos
pensar para a glória. Levantou pontos sobre a doutrina bíblica, alguns aspectos
sobre o evangelismo baseado na fé racional. Nessa síntese, explicitou que muitos
jovens sequer sabem dos reais motivos do movimento ou das Ideologias que
adotam. Também, comentou sobre o enfraquecimento dos estudos, a falta do uso da
mente, que tem limitado, inclusive, os universitários. Disse que nós fomos criados
para a glória de Deus, para pensar. Citou exemplos e reiterou os principais pontos
que Stott versou: a moral cristã, o uso da espiritualidade para a glória de Deus e
para propagar o evangelho. Comentou sobre as doutrinas da criação, da revelação,
da redenção e do julgamento. Disse, por derradeiro, que não existe adoração sem
conhecimento.

O Ênio, na condição de multiplicador, começou a sua contribuição


considerando que a fé não está dissociada da natureza e do conhecimento do
mundo. Num panorama geral, informou que, no capítulo três, são esmiuçadas as
doutrinas mencionadas nos capítulos anteriores. Isso, para mostrar que a atividade
intelectual está atrelada as questões da fé. É demonstrado que o louvor, inclusive,
deve ser inteligente, com entendimento, a saber do que conhecemos sobre salmos,
onde os atributos e o caráter de Deus são expostos no decorrer do livro bíblico.

Nesse liame, disse que a fé, o fundamento de toda a caminhada cristã, é


lógica, é inteligente, conforme leu na passagem bíblica de Romanos cap.1. Fé não é
o antônimo de razão, senão o contrário de visão, mas essencialmente racional, pois
se baseia no caráter e nas promessas de Deus. A fé, na verdade, não é a confiança
em si mesma, mas como se fosse um instrumento. É uma dependência de Deus.
Não é, também, um pensamento positivo. Está direcionada a Deus e não fecha os
olhos para os fatos, disse.

O multiplicador citou exemplos bíblicos que demonstram a orientação de


se olhar para a natureza e para a realidade, e confiar, apesar das circunstâncias,
nas promessas de Deus.

A Brennise também contribuiu com uma passagem bíblica, comentando


sobre o tópico da fé, citando o livro de João no que diz respeito à importância do
conteúdo e não apenas do instrumento. O Thalisson também trouxe contribuições
comentando que a fé tem um motivo.

Já quanto ao tópico da santidade, o Ênio, leu uma citação de Norman


Geisler no livro apologética. Expôs que a lei é imprescindível para que conheçamos
a vontade de Deus. O livro fala que é necessário conhecer o padrão de Deus, as leis
morais e os mandamentos do Senhor. E a mente deve refletir sobre isso, pois
precisa responder a isso, a exemplo das passagens bíblicas que apontam sobre o
pensamento inclinado às coisas do alto. O cristão deve ter consciência de que a fé
não está baseada em um otimismo, mas manter na mente o que ele é e o que Deus
quer que ele seja. A Mirles trouxe comentários sobre a passagem da tentação de
Jesus. Sobre a utilização da Palavra para fazer Jesus pecar, que devemos conhecer
a Deus para obedecê-lo e para amá-lo. O Ênio comentou que, inclusive, na tentação
de Jesus, Cristo pensou sobre a real hermenêutica bíblica. Não apenas se
posicionou superficialmente, mas houve pensamento e inteligência na argumentação
contra o Diabo.

Em seguida, foi abordado acerca do posicionamento cristão. Quanto à


revelação geral e a revelação específica. A revelação geral se refere à natureza e às
Sagradas Escrituras na transmissão de uma orientação para todos. Já na revelação
específica, é tratado como cada pessoa é especificamente orientada quanto à
profissão e casamento, por exemplo. Também com o relacionamento
transcendental. Sempre confiando que Deus está nos guiando, não como quem guia
cavalos e mulas, mas com instrução para que possamos tomar decisões. Os jovens
cristãos não devem tomar decisões com base em palpites, mas refletir nas verdades
bíblicas (na revelação geral), bem como no relacionamento com Deus (revelação
específica).

O Thalisson comentou acerca da sabedoria de fazer escolhas. Não uma


fé tola, mas uma fé que está intimamente ligada ao sábio, a escolhas sensatas.

Sobre o tópico do livro referente à proclamação do evangelho, o


multiplicador expôs que é uma escolha entendida, refletida da fé cristã. Disse que
isso também vale quanto à persuasão de quem proclama o evangelho e quanto a
reflexão de quem aceita o evangelho. Para isso, é importante entender o evangelho
de forma integral. E isso não se restringe ao conhecimento acadêmico, que é mais
linear, mas que é possível ser entendido, pensando, mesmo por pessoas que não
possuem formação acadêmica. Acerca disso, foi conversado sobre o erro e o
desabono de quem fala do evangelho superficialmente, dando oportunidade para
que os ímpios não tenham informações, acesso a um entendimento satisfatório das
verdades bíblicas, sendo extremamente prejudicial.

De igual modo, foi mencionado acerca de passagens que tratam da


pregação como loucura. O Ênio trouxe a explicação de Stott ao falar que depravação
da humanidade nos impediu, como uma névoa, de enxergar a verdade para fazer a
escolha pelo evangelho, mas é justamente com a propagação do evangelho que
essa névoa, essa venda cai, e é possível compreender o evangelho. O objetivo do
evangelho é ganhar o homem em todos os seus âmbitos de existências, inclusive da
mente. Por isso é de suma importância o ensino doutrinário.

Foi passado, após isso, sobre o tópico dos dons. Sobre a diferença entre
dom e talento. Dom como algo dado e talento como algo inato. Quanto ao ministério
pastoral, foi adentrado na importância desse ministério de ensino, sendo importante
que os pastores estudem mais para passar o conhecimento das verdades bíblicas
com excelência e lastreados na verdade. Não de modo assoberbado, mas um
conhecimento humilde. A Mirles acrescentou, abordando a relação entre graça e
conhecimento. O conhecimento com a finalidade de compartilhar com outras
pessoas. Também, frisou a importância da oração em conjunto com os estudos.

Por derradeiro, explicitou, o multiplicador, as dimensões da vida cristã. O


culto, a pregação do evangelho, a fé, o serviço da igreja local. Que o conhecimento
não seja um fim em si mesmo, mas para um fim, “telos”. Falou que o conhecimento
traz consigo a benesse de nos posicionar adequadamente nas atividades cotidianas.
O conhecimento leva à submissão, e, de forma alguma, ao envaidecimento.

Foi mencionado que o conhecimento, lançando mão do que diz o Salmos


119, nos leva ao amor, à santidade. De igual modo, o amor limita o conhecimento na
medida em que considera aqueles que ainda são novos na fé e não conhecem ainda
algumas verdades bíblicas, como foi dito em Pv1.

Com isso, deu-se por encerrada a reunião deste dia, relatada por
Brennise Rodrigues.

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Secretário

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