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Sacramento da Confissão

Guia Prático
"Quem é santo, seja santificado ainda."
Apocalipse 22:11

Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros,
para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus
efeitos.
Tiago 5:16

"Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e


àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos."
João 20:23
Mistério (Sacramento) do Arrependimento (Confissão)

Um Guia Prático.

Salmo 50

1 Para o fim. Salmo de Davi. 2 Quando veio ter com ele o profeta Natan, depois que se unira com
Bersabéia. 3 Tem piedade de mim, ó Deus, segundo a Tua grande misericórdia; e conforme a
multidão das Tuas clemências, apaga minhas transgressões! 4 Lava-me todo inteiro da minha
iniquidade e purifica-me do meu pecado! 5 Pois, reconheço minhas transgressões, e tenho
sempre presente diante de mim o meu pecado. 6 Pequei contra Ti, contra Ti somente, e
pratiquei o mau diante de Teus olhos. Assim serás considerado justo em Tua sentença,
incontestável em Teu julgamento. 7 Eis que em iniquidades fui concebido, e em pecados,
minha mãe me concebeu. 8 Eis que amas a verdade; a mim deste a conhecer as coisas secretas
e ocultas da Tua sabedoria.9 Tu me aspergirás com o hissope e ficarei limpo. Lava-me, e
ficarei mais alvo que a neve. 10 Tu me farás ouvir júbilo e alegria, e os ossos que trituraste
exultarão! 11 Desvia o Teu rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades! 12
Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em minhas entranhas um espírito reto! 13
Não me expulses de Tua Presença, nem retires de mim Teu Santo Espírito! 14 Restitui-me a
alegria da Tua salvação, e sustenta-me com um Espírito Regente! 15 Então, ensinarei aos
iníquos os Teus caminhos, e os ímpios a Ti se converterão. 16 Livra-me dos sangues, ó Deus,
Deus da minha salvação, e minha língua aclamará Tua justiça. 17 Abre, Senhor, meus lábios,
e minha boca proclamará o Teu louvor. 18 Se desejas sacrifícios, eu os dou, “no entanto”,
jamais te deleitaste em holocaustos. 19 Sacrifício a Deus é o espírito quebrantado; um coração
quebrantado e humilhado Deus não desprezará. 20 Faze o bem, ó Senhor, a Sião, conforme a
Tua boa vontade, e que os muros de Jerusalém sejam construídos. 21 Então Te agradarás do
sacrifício de justiça ofertado e dos holocaustos, e eis que vitelos serão oferecidos sobre o Teu
altar.

É comum que aos buscarmos nos preparar para a confissão de nosso pecados, a fim de recebermos os Santos
Mistérios do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos depararmos com a curiosa dificuldade de
rememorarmos os pecados por nós cometidos, a fim de informarmos ao nosso Padre Confessor, mesmo que
já tenha se passado algumas semanas da nossa última confissão.
Tal dificuldade, só torna evidente o quanto estamos imersos no lamentável pecado da auto indulgência, não
conseguindo perceber o oceano de falhas e máculas que fabricamos a cada dia, nos nossos tão numerosos
equívocos e persistências nos vícios de nossa conduta imoderada e impiedosa.

Quando Devemos Nos Confessar?


A confissão deve ser parte da vida cristã normal, como uma ferramenta divina indispensável para o contínuo
crescimento espiritual e o fortalecimento da relação de cada filho da Igreja com Deus.
Superar a ansiedade que é um desafio comum  para aqueles que vão confessar pela primeira vez. De uma
forma geral, o fiel o quanto mais busca pensar sobre o Sacramento, mais ele percebe que  realmente não sabe
bem o que dizer ou fazer durante a confissão.
Na Igreja Ortodoxa é possível se confessar sempre. Deus confiou à Igreja o poder de perdoar os pecados de
seus fiéis na pessoa de seus ministros ordenados, ou seja, padres e bispos.
Onde e Como Acontece a Confissão?
Nas igrejas de tradição grega, o lugar da confissão (confessionário) fica localizado no nartex, em uma sala
reservada. Nas igrejas de tradição eslava a confissão se dá na nave da Igreja, próximo ao iconostásio, ao lado
do ícone de Nosso Senhor Jesus Cristo. No altar da confissão está o Evangelho e uma cruz de bênção.
Enquanto confessamos, colocamos nossas mãos sobre o Evangelho. O sacerdote, coloca sobre a cabeça do
penitente sua estola sacerdotal (Epitrachílion) e ouve nossa confissão. Depois, pronunciando a oração do
perdão, faz sobre o penitente o sinal da cruz que, ao mesmo tempo, traça-o sobre si próprio. No final da
confissão o sacerdote dá uma penitência ao fiel, como por exemplo, participar dos ofícios litúrgicos, jejuns,
peregrinações, visita ao cemitério, aos hospitais ou aos lugares sagrados, para que fiel e piedosamente, a
cumpra.
Após ouvir as orientações do sacerdote-confessor, o fiel beija o Evangelho, a cruz de benção e a mão do
sacerdote, indo em seguida ascender velas diante dos ícones dos santos de sua devoção.
A Igreja qualifica como pecado grave os homicídios, os abortos, as infidelidades conjugais, os desvios
sexuais, o roubo, as blasfêmias, o ódio, a maldição, entre outros. Os pecados menos graves também
prejudicam o homem e constituem uma barreira para se alcançar o Reino dos Céus.
Se nos confessarmos sem o arrependimento e o propósito de não repetir os mesmos erros, a confissão torna-
se inválida.
Após sete anos de idade, somos responsáveis pelos nossos próprios pecados. Os que se fazem batizar em
idade adulta, não tem necessidade de confessar os pecados de sua vida pregressa, pois o batismo apaga
todos os pecados.

A Preparação Para a Confissão


Como a Grande Quaresma  já se aproxima, novamente  o tema da Confissão se torna atual.
Todos nós passamos por este momento e mesmo qualquer começo é difícil, e particularmente a primeira
Confissão se apresenta como um passo muito importante na vida de qualquer Cristão Ortodoxo, que assim
se torna ainda mais difícil quando a primeira confissão já se dá na fase adulta da vida. 
Os Anciãos da Igreja comparam este Sacramento com um segundo Batismo, a qual é dado a cada fiel   a
oportunidade de ser levado novamente a vestir novamente as  vestes  batismais, e, com uma alma limpa e
com os pecados perdoados, se tornar pronto para reiniciar a sua vida em Cristo. 
Mas para que seja assim, uma preparação prévia para tão importante momento se faz necessária, para que
cada um possa tirar o melhor proveito, da forma mais oportuna e significativa deste "segundo batismo". 
As sugestões a seguir são destinadas a ajudar neste intuito.

1) Converse com seu Padre confessor.


Como preparação para a primeira Confissão , é muito útil ter uma conversa prévia com aquele que
será o seu Padre confessor.  Essa conversa mais informal causará uma sensação de alívio para boa
parte dos "iniciantes", pois nela vão ser eliminados muitos dos receios, o que fará todo o processo ser
menos complicado. 
O Padre Confessor vai poder nesta conversa prévia, informar ao fiel quais são as orações adequadas
para serem lidas antes da Confissão, assim como demais textos válidos para uma boa preparação. O
Padre também pode nesta conversa expor como se dará a primeira confissão, o que certamente será
benéfico para o fiel. 

2) Leia as orações antes da Confissão.


A confissão é um exercício espiritual profundo , que vai penetrar na raiz dos nossos fracassos
espirituais. 
Qual modo poderia ser melhor para começarmos nossa reconciliação com Deus senão através da
oração? As orações nos ajudam adquirir um estado de contrição, colocando perante nossos olhos a
lembrança de  muitos dos nossos  fracassos. 

Ao mesmo tempo, elas também trazem a esperança, na lembrança que Deus pode perdoar qualquer
pecado, desde que ocorra  verdadeiro arrependimento. 
Deus não se alegra com a morte do pecador, mas Ele quer que o pecador se arrependa e assim viva.
(Ezequiel 18:23).

3) Medite sobre seus pecados.


Esta é provavelmente a parte mais importante na preparação para a Santa Confissão. É o momento em
que o coração pode se tornar contrito pela oração,  pois o fiel começa a recordar os erros do passado. 
Uma pessoa que confessa pela primeira vez já na fase adulta pode vivenciar um momento de árduo
desafio, pois com o passar dos anos muitos dos eventos vão desaparecendo da memória, e assim
muitos dos pecados ficam esquecidos.
Neste caso,  o fiel não deve se afligir, mas deve fazer um esforço , para tentar voltar em sua mente, o
quanto mais recuado no tempo lhe for possível, afim de desenterrar os atos de sua mocidade, para 
que estes também sejam purificados quando do Sacramento, por Obra do Espírito Santo, que Está
presente quando da realização do mistério. 
Algumas pessoas acham maior facilidade no uso de guias para auxílio da Confissão, fazendo então
uso desses modelos ao invés de usar a própria consciência inquiridora. 
Já outros tomam como guia desta autoanálise os Dez mandamentos e os Mandamentos da Igreja. Seja
qual for o método escolhido, não deve haver pressa na realização desta importante tarefa. 
Pode-se escrever os pecados em um papel e o levar para quando da Confissão, com o fim de não
esquecer nenhum deles.
Contudo, é sempre importante lembrar que esta não é uma listagem ordinária, como é por  exemplo
uma lista de comprar de mercado. Estes pecados listados devem ser recitados com o  coração, como
itens que apresentam nossas máculas, as quais nos buscamos a cura. 
Em nossa Paróquia, utilizamos o modelo de São João de Kronstadt para ajudar na identificação dos
pecados que tenazmente nos assediam. Veja este modelo na página 12.
Na medida em que o fiel medita sobre esses pecados, e sobre as consequências danosas que tais
máculas causam em sua vida espiritual, tal reflexão  levará o fiel ao verdadeiro arrependimento e
nisso  vai encher os olhos com as lágrimas de compunção.

4) Aprenda a Ter Um Coração Contrito.


Uma vez preparado para  Confissão, já tendo exposto a consciência a uma criteriosa revista, o fiel deve
se aproximar do Sacramento com um coração contrito.
O modelo de Confissão deve ser a Parábola do Publicano e do Fariseu. 
O arrependimento do Publicano, a autoconsciência da baixeza de sua alma e sua esperança na
misericórdia de Deus para guiá-lo em sua vida renovada, deve ser o modelo para uma boa Confissão. 
Acima de tudo o fiel deve evitar qualquer divulgação sobre as suas boas ações, como erroneamente
fez o Fariseu do Evangelho. 
O papel da Confissão é conquistar a cura  para o doente, é buscar sua cura espiritual. 
O Padre Confessor deve ouvir sobre aquilo que está apodrecido  e causando dor ao fiel, e não sobre
aquilo o que é saudável e positivo na vida daquele que confessa. 
O caminho do verdadeiro arrependimento passa necessariamente pela humildade. Deus, como diz o
salmo, não despreza um coração quebrantado e humilde (Salmo 50:17), mas sim, rapidamente
proporciona a restauração e a salvação através da Sua graça divina.
O Que Dizer e Como Dizer Na Confissão
Durante a confissão todos os pecados devem ser descritos de forma sucinta, sem entrar em  detalhes. 
O Padre Confessor pode, se desejar, fazer perguntas para avaliar a profundidade e a extensão de um
pecado particular que ele considere importante. 
A respeito dessas perguntas o fiel deve responder sem entrar em detalhes inadequados. No entanto,
não se deve também expor os pecados de forma generalista ou tentando pintar uma imagem mais
agradável sobre qualquer situação particular. Ficar  atento a uma narrativa dos fatos é o melhor
parâmetro. Com base nas respostas do fiel, o Padre poderá ofertar um aconselhamento mais
adequado, visando a restauração da alma do fiel.
É extremamente importante que o fiel revele todos os pecados sem esconder nada. 
Sempre é preciso se ter em mente que o objetivo não é conquistar uma boa aparência com o Sacerdote,
mas sim apresentar o verdadeiro estado de si mesmo, não importando quão difícil ou feio este estado
possa  ser. 
Não há nenhum sentido em se buscar um médico e esconder dele os sintomas importantes. Quem faz
assim, vai voltar para  para casa com suas feridas não cicatrizadas, tornando todos os esforços gastos
em buscar o médico totalmente sem sentido. 
Lembre-se que Deus ama o maior pecador mais do que os maiores santos jamais poderiam amar a
Deus. Não importa o quão grave nossos pecados possam ser, a misericórdia de Deus ultrapassa a
nossa maldade.

O Que o Sacerdote Pode Fazer Depois de Ouvir os Pecados Confessados?


Com base na Confissão, o Padre Confessor pode  recomendar o que a Igreja chama de “epitimia".
Epitimia são disciplinas terapêuticas e consiste em algumas orações, jejum, prostrações, boas obras,
leituras piedosas etc...
Ela pode também envolver a abstinência da Santa Comunhão durante um determinado período, até
que as consequências do pecado tenham sido curadas na alma e o arrependimento total seja alcançado
pelo fiel. 
É importante não considerar qualquer um desses elementos como meios de "pagar pelo pecado", ou
como um castigo. Ninguém pode pagar  pelos  pecados cometidos, pois todos nos tornamos
perdoados pela  graça de Deus.
O objetivo da Confissão também não é a punição, mas sim a reconciliação com Deus. 
Epitimia é um medicamento para a alma que o Padre Confessor faz uso com sua mão suave, trazendo
o fiel para um relacionamento mais íntimo com Deus. 
O fiel deve receber a medida de tal tratamento e o abraçar com alegria, pois tal medicamento irá
garantir uma recuperação rápida e adequada.

A Confissão É Um Novo Começo.


Os pecados confessados são perdoados; o sacerdote selou o sacramento com a imposição das mãos. É este o
fim? 
Não. Isso é apenas o começo de um novo.
O verdadeiro arrependimento não significa apenas uma confissão de pecados por parte do fiel, mas também
se configura em uma afirmação de intenções para o futuro. 
A "metanoia" verdadeira significa uma mudança de mentalidade, uma mudança da própria maneira a
garantir a colaboração, a sinergia com a graça salvadora de Deus. 
A Confissão não é um fim em si mesma, mas sim é um meio para o crescimento espiritual.
Primeira Confissão Não Deve Ser A Última.
Uma vez que nossos pecados são perdoados em nossa primeira confissão, devemos tentar ficar o mais
próximos o quanto nos for  possível daquela promessa de mudança que  professamos. 
Como somos fracos certamente vamos cair em pecado novamente, às vezes no mesmo pecado o qual
confessamos. 
Mas nós não devemos nos desesperar com isso, porque a Confissão não é um evento único, como o Batismo,
mas sim é algo que Deus nos proveu para utilizarmos a qualquer momento, conforme nossas necessidades. 
A avaliação regular da nossa consciência é indispensável para o nosso crescimento espiritual e a Confissão é
o abençoado caminho para fazê-lo. 
A Grande Quaresma e todos os demais períodos de jejum do ano são oportunidades para melhorar a nossa
vida em Cristo. Consorciado ao jejum, oração e boas obras, a Confissão é uma outra maneira de nos
aproximarmos de Deus, procurando ativamente efetivarmos a eliminação do pecado em nossas vidas.
A primeira Confissão é um passo difícil na vida espiritual, mas também muito importante. 
É o momento em que começamos a responder à vocação nos apontada por Deus:
"Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus." (Mateus 5:48).
Este processo de ascese, como os Padres gregos a chamam, não pode ser concluído sem nos examinarmos
regularmente no "espelho" no qual se transforma a Santa  Confissão.
O verdadeiro reflexo que vamos obter deste Mistério (Sacramento), vai - a cada vez que for repetido - nos
ajudar em nosso continuo ajuste do curso de nossas vidas , em nossa meta de carregarmos a imagem de
Deus em nós, com o fito de alcançarmos a Sua semelhança.
Como Eu Devo Me Confessar?
Uma Preparação para a Confissão
por São João de Kronstadt

O modelo de confissão que trazemos hoje, elaborado pelo amigo de Cristo e santo padre da Igreja, São João
de Kronstadt, pode nos ajudar muito a aclarar a nossa vista acerca do quão fácil deve ser para nós
observarmos o quanto pecamos, a fim de com a necessária humildade, nos aproximemos da confissão com
fidelidade e atenção aos fatos, dizendo ao padre cada um de nossos desvios, e esperando com total
esperança e fé a misericórdia de Deus.

1. Eu, uma alma pecadora, confesso ao Nosso Senhor Deus e Salvador Jesus Cristo, todos os atos maus
que pratiquei, disse ou pensei, desde o meu batismo até o presente dia. Não mantive os votos do meu
batismo, mas tenho agido de maneira reprovável perante a face de Deus.
2. Tenho pecado perante Deus pela minha falta de fé e por dúvidas relativas à Fé Ortodoxa e à Santa
Igreja; por ingratidão frente a todos os grandes e incessantes dons de Deus e Seu sofrimento e Sua
providência por mim, um pecador; por falta de amor ao Senhor, e sem o devido temor por não cumprir
os Santos Mandamentos de Deus e os cânones e leis da Igreja.
3. Não preservei o amor a Deus e pelo meu próximo, nem me esforcei o suficiente por causa da preguiça e
falta de cuidado para aprender os Mandamentos de Deus e os preceitos dos Santos Padres.
4. Tenho pecado por não rezar de manha e à noite e no curso do dia; por não atender aos Ofícios ou ir a
igreja com coração desmotivado, preguiçosamente e displicentemente; por conversar durante o ofício,
por não prestar atenção, deixando minha mente vagar; e por deixar a igreja antes da liberação e da
benção.
5. Tenho pecado por julgar membros do clero.
6. Tenho pecado por não observar as Santas Festas, quebrar os jejuns e por minha falta de moderação
com a comida e a bebida.
7. Tenho pecado por auto exaltação, desobediência, voluntarismo, auto virtuosismo, orgulho e busca por
aprovação.
8. Tenho pecado por descrença, falta de fé, dúvidas, desesperança, desânimo, pensamentos abusivos,
blasfêmias e por praguejar.
9. Tenho pecado por orgulho, opinião elevada sobre mim mesmo, narcisismo, vaidade, inveja, amor por
elogio, amor por honras.
10. Tenho pecado por fazer julgamentos indevidos, fofocas maldosas, raiva, por relembrar as ofensas feitas
a mim, por devolver o mal com o mal; calúnia, censura, mentiras, malícia, decepções e hipocrisias, por
prejuízos, argumentos, obstinação, e uma falta de empenho em ajudar ao meu próximo, por tripudiar,
por rancor, por sarcasmo, insultos e gozações; por fofocar, por falar muito e por um discurso fútil.
11. Tenho pecado por risadas desnecessárias e excessivas, por injuriar e persistir nos meus prévios
pecados, por meu comportamento arrogante, insolência e por falta de respeito.
12. Tenho pecado por não combater minhas paixões físicas e espirituais, por apreciar os pensamentos
impuros, por licenciosidade e falta de castidade nos pensamentos, palavras e ações.
13. Tenho pecado por falta de resistência frente as minhas doenças e tristezas, uma devoção aos confortos
da vida, e por ser passionalmente apegado aos meus pais, filhos, parentes e amigos.
14. Tenho pecado pela dureza do meu coração, por ter uma vontade fraca e por não me esforçar por fazer o
bem.
15. Tenho pecado pela minha avareza, um amor ao dinheiro, pela aquisição de coisas desnecessárias, e um
apego imoderado aos bens.
16. Tenho pecado por minha auto justificação, por ignorar a voz de minha consciência e falhar em
confessar meus pecados por causa de negligencia e do falso orgulho.
17. Tenho pecado muitas vezes na minha confissão: Diminuindo, justificando e mantendo silencio sobre os
pecados.
18. Tenho pecado contra os Santíssimos e Vivificantes Mistérios do Corpo e Sangue de Nosso Senhor,
vindo à Santa Comunhão sem humildade e temor a Deus.
19. Tenho pecado em atos, palavras e pensamentos, consciente e inconscientemente, voluntária,
descuidada e involuntariamente, e é impossível enumerar todos os meus pecados devido a serem
muitos.
20. Mas eu verdadeiramente me arrependo deles e por outros não mencionados por mim, por causa do meu
esquecimento; e peço que todos os meus pecados sejam perdoados pela abundância da misericórdia de
Deus.
Guia Para Obtenção de Uma Sã Consciência
“Quem há que possa discernir as sua próprias faltas? Perdoa-me as que eu não vejo”. Salmo 18:12
“Conservando a fé, e uma boa consciência, a qual alguns havendo rejeitado, vieram a naufragar na fé...”
1 Tim. 1:19

A consciência reside numa das mais profundas e misteriosas regiões do coração humano e onde Deus faz
ressoar a Sua Voz; por isto, ela é alvo de ataques constantes dos demônios que a tentam cegar, embotar ou
ludibriá-la com fantasias e raciocínios equivocados. Eles tentam criar uma Babel dentro de nós, buscando nos
confundir para que possamos entender somente a nossa própria linguagem, ouvir somente a voz que emana
das paixões que habitam em nossos membros.
No entanto, o Pai, em Seu amor, prometeu ao Seu Filho, nos conceder o Paráclito, o Espírito da Verdade que
nos guiaria em toda a verdade e nos faria discernir o pecado, a justiça e o juízo. Assim, o Filho de Deus,
tendo Se assentado no Trono, à direita da Majestade, enviou-nos no dia de Pentecostes, o Espírito Santo, com
o qual pelo Santo Mistério do Crisma fomos selados para o Dia da Redenção. E Deste Espírito, a Igreja tem
bebido e Dele recebido a iluminação e discernimento pelos ensinamentos que Ele concede aos nossos Santos
Padres, desde os Apóstolos até os dias de hoje.
Apresentamos, agora, um resumo do que nos ensinam os Santos Padres acerca dos pecados. Contudo, é
preciso alertar aos Fiéis que para se obter o discernimento correto deste conteúdo, submeta seu
entendimento à apreciação do seu Pai Espiritual ou do Bispo, tal como um paciente não deve usar remédios
sem orientação médica.

Pecados Contra Deus e a Igreja

Negando a Deus ou afastamento da Fé Ortodoxa.


Ceticismo e dúvida quanto à veracidade da Bíblia e dos ensinamentos da Igreja: seus cânones, costumes e
legitimidade do Clero; da verdade da Igreja, Ofícios, dos Mistérios (Sacramentos) da Igreja e da autoridade
dos escritos dos santos Padres.

A Pouca Fé e a Dúvida
Elas são produtos de uma educação espiritualmente deficitária, ou a assimilação dos ensinamentos
materialistas, dos "paganismos orientais" ou dos hereges, ou, simplesmente, por se está sobrecarregados com
as ansiedades da vida. Dúvidas e sensação de vazio são distintas da pouca fé e são geralmente provocadas
por falta de compreensão de uma verdade ou de outra.

Heresia
Heresia é um ensinamento religioso falso, rejeitado pela Igreja, mas que tem pretensões de ser a verdade
cristã. Na maioria das vezes ela brota da ignorância ou do orgulho (extravagante dependência do intelecto
ou da experiência pessoal de cada um). As mais destrutivas e estranhas aos ensinamentos cristãos são:
ocultismo, crenças hindus e outras semelhantes, esoterismo, espiritismo, percepção extra-sensorial,
curandeirismo, exorcismos e pregações de prosperidade material.

Superstição
Em suas diversas formas, as superstições emanam de crenças pagãs e da feitiçaria. Elas também provém da
cultura que busca utilizar os costumes e os símbolos cristãos (dias de Festas Sagradas, dias comemorativos
de Santos, utensílios sagrados e até mesmo os Sacramentos) para fins mágicos, e isto é blasfêmia.
Superstições são ervas daninhas bem plantadas nos campos Divinos e que sufocam as sementes espirituais
da verdadeira fé. Fixam-se como parasitas sobre a alma de uma pessoa, devoram a sua energia, e deformam
o verdadeiro caminho espiritual e o manto da Verdade de Cristo.

Superstições fomentam o analfabetismo espiritual e a fé cega nas "antigas" tradições do paganismo.

Todos esses pecados e problemas da mente são tratados com os estudos das Sagradas Escrituras e com a
leitura dos livros espirituais endossados pela Igreja.

Passividade e Indiferença Para Com os Ensinamentos Cristãos e Ausência de Interesses Espirituais.


Este estado é o resultado de uma mente preguiçosa e da sonolência espiritual. Em um indivíduo
espiritualmente passivo, a verdade da fé não é rejeitada, mas simplesmente ignorada, assim, sua mente fica
impedida de ser iluminada com os ensinamentos de Cristo. Os sinais de passividade são: a ausência de
pensamentos sobre Deus, a falta de amor e gratidão a Ele e indiferença quanto a participação na vida futura.

A passividade gera um relacionamento morno com Deus e também com o propósito de salvar a alma.
Mesmo que uma pessoa ore, esta tibieza espiritual surge por causa de sua falta de atenção e o sentimento de
ser obrigado a fazê-lo.

Em relação aos Ofícios da Igreja, este sentimento se reflete na pouca frequência aos tais ou comportamento
indevido, tais como desatenção, conversas durante os Ofícios, caminhadas desnecessárias dentro da igreja ou
idas simuladas ao sanitário, desvio da atenção de outras pessoas para lhes pedir algo ou com comentários;
chegar atrasado ou sair mais cedo.

O pecado da indiferença para com o Mistério do arrependimento (Sacramento da Confissão) é geralmente


comprovado quando se dar preferência por confissões gerais (e não as individuais), evitando assim o
desconforto pessoal; em não querer compreender-se profundamente, em se manter numa atitude
impenitente e de orgulhosa teimosia em não abandonar comportamentos pecaminosos, em não erradicar
inclinações sórdidas e não combater tentações; ao contrário, se esforçam para minimizar a gravidade do
pecado, para justificar a si mesmo e não revelar os atos e pensamentos mais desavergonhados.

Deve-se lembrar que uma pessoa que participa dos Mistérios (Sacramentos), sem a preparação necessária e
não limpando sua alma através do arrependimento, comete um pecado grave e trará sobre si mesmo mais
mal do que bem. Após a Sagrada Comunhão, logo se esquece de que tem os Santos Dons dentro de si e
rapidamente retorna aos seus velhos hábitos iníquos e pecaminosos.

As razões para a passividade são o apego aos benefícios terrenos e a vários prazeres. Em sua totalidade, este
pecado leva à ausência de consciência da graça de Deus e Sua proximidade de nós e, como consequência, a
pessoa se torna um cristão nominal e um pagão de fato e de verdade.

Rigorismo Eclesiástico
O rigorismo eclesiástico é adesão à letra da lei, o compromisso extremo e fanático às formas externas da vida
da igreja, no entanto, indiferente quanto ao seu significado e propósito. Este tipo de comportamento decorre
do pouco aprofundamento no Evangelho de Cristo, que nos deu a capacidade de sermos servidores do Novo
Testamento - "não da letra, mas do espírito, porque ... a letra mata, mas o Espírito dá vida "(2 Cor. 3: 6).

Um rigorista atesta sua compreensão inadequada dos ensinamentos da Igreja e da não-conformidade com a
sua majestade - ocultando sob a capa do zelo - a nociva paixão de querer dominar sobre os outros.

Medo e Insegurança
Isto resulta da falta de confiança em Deus e da ausência de crença em que a nossa vida - com todos os seus
mínimos detalhes - está nas mãos de Deus, que nos ama e se preocupa com a nossa salvação. Esta falta de
confiança é fruto da ausência de um relacionamento vivo com Deus, do estar totalmente envolvido com
interesses terrenos.

Queixar-se
Este pecado é consequência da falta de confiança em Deus, que por sua vez pode levar a um afastamento da
Igreja e de perda total da fé.

Ingratidão Para Com Deus


Muitas pessoas recorrem a Deus quando se veem confrontadas com provas e tribulações, porém, em tempos
de bonança esquecem-se dEle, não percebendo que todos os benefícios que recebem provém de Deus. É
essencial obrigar-se diariamente a render graças a Deus por Sua misericórdia - especialmente, pelo envio de
Seu Filho, que suportou por nossos pecados a morte mais humilhante, e que agora cuida constantemente de
nós, dirigindo-nos de forma que alcancemos a nossa salvação.

Ausência de temor a Deus e Irreverência Perante Ele.


Displicência, orações desatentas, comportamento irreverente na igreja junto ao Santo dos Santos, desrespeito
para com o Clero e negligência em considerar a morte e o Juízo Final esperado. Esta condição resulta de uma
atitude estúpida em relação à fé, que por sua vez nos leva a realizar muitas das nossas obrigações
superficialmente, por rotina, assim como está escrito na Bíblia: "Este povo se aproxima de mim com a sua boca, e
com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim "(Is. 29:13).

Distorção e Desobediência à Vontade de Deus


Isso normalmente assume a forma de desacordo aberto com a vontade de Deus, expressa nos Seus
mandamentos, Santo Evangelho, diretrizes do pai espiritual, da voz da própria consciência. Aquele que
distorce ou faz uma má interpretação da vontade de Deus, assim o faz em seu próprio favor, a fim de
justificar suas ações; ou também condenando outros, colocando sua própria vontade acima da de Deus,
praticando atos fervorosos e sem sentido de ascetismo e obrigando outros a imitá-los; não honrando as
promessas feitas a Deus em Confissões passadas.

Atitude Frívola Para Com Deus e a Igreja.


O uso do Santo Nome de Deus nas brincadeiras e conversas ociosas; conversas frívolas e piadas sobre os
itens da fé; xingando palavrões ou com o uso de seu Nome.

Barganha
Voltar-se para a Deus e a para a Igreja apenas por estar enfrentando dificuldades, porém, não, por
sentimentos de amor a Deus, mas por motivo oculto de receber algo instantâneo e terreno. Depois de
alcançar o que pretendia, a pessoa volta para sua costumeira vida mundana.

Pecados Contra o Próximo

Julgamento Temerário
Inclinação para notar defeitos nos outros e apresentá-los sempre com reprovação. Às vezes, sem se dar conta
de suas ações preconceituosas para com o próximo, o coração dessa pessoa formula deste uma imagem
deturpada; por conseguinte, se utiliza desta imagem como justa razão para não amar e ignorar tal pessoa.

Orgulho
Atribuindo a si mesmo habilidades excepcionais (intelectual, cultura, talento, "espiritualidade") que dão
origem a sentimentos de superioridade sobre os outros, ou a crença em uma autossuficiência e justiça. O
orgulho se expressa em sentimentos de má vontade, ou às vezes em atitudes altamente rotularia e
depreciativa para com os outros.

Vaidade e Presunção
Estão relacionados com o orgulho. Caímos nesses pecados quando procuramos exibir nossos talentos,
cultura, saber teológico, piedade pessoal ou mesmo apego à Igreja.

Pergunte a si mesmo se você se vangloria na frente de outras pessoas falando dos seus esforços, atos de
caridade, ajuda aos vizinhos, esperando deles aprovação ou louvor. Observe como você trata os membros de
sua família, bem como as pessoas com as quais está sempre em contato ou trabalhar regularmente: Você
pacientemente tolera suas fraquezas ou com eles se irrita facilmente? Você com frequência se mostra
arrogante, irritado, impaciente para com outros que tenham pontos de vista diferentes dos seus?

Proeminência
É o desejo de estar acima dos demais e ditar aos outros o que fazer. Você gosta de ter pessoas lhe ouvindo ou
lhe servindo? Como você trata as pessoas que dependem de você, tanto em casa como no trabalho? Você ama
forçar as pessoas a realizarem a sua vontade? Você quer ter a última palavra apenas por uma questão de não
concordar com uma outra pessoa, mesmo que ela esteja certa?

Auto-Isolamento
Alienação das pessoas, falta de vontade para se associar ou rezar com os outros. Você está atento às
necessidades de sua família e parentes? Você se fecha em seus problemas, ignorando o sofrimento dos
outros? Esse sentimento surge pela ausência de fervor espiritual e amor cristão.

Negligência e Indiferença Para Com Seus Entes Próximos


Este pecado torna-se especialmente temível quando é aplicado contra os pais, em não expressar a nossa
gratidão, não tem preocupações para com eles, sendo rude e negligente com os tais. Se os pais estão mortos,
devemos orar por eles, ofertar Pannihidis (requiems) e inscrever seus nomes nos Dípticos durante a Liturgia.

Ser Agradável
Este pecado é o oposto ao desejo de domínio. Caímos nele quando tentamos levar os outros a gostar de nós,
e para isto, nos tornamos bajuladores ou subservientes. Fechamos os olhos para seus atos injustos ou até
mesmo os tentamos mascarar. Você já praticou lisonja a fim de obter favores? Por causa de ambições
avarentas, você se subordina a opiniões ou gostos que diferem do seu só para agradar? Você foi mentiroso,
desonesto ou hipócrita? Alguma vez você já traiu para obter ganho pessoal?

Você está pecando ao satisfazer suas paixões físicas, estupidamente adotando o estilo de vida e de
comportamento das pessoas ao seu redor, incluindo aqueles que são membros de sua igreja, mas que são
desprovidos de espírito cristão?

Inveja e Maldade
Você está com ciúmes do sucesso ou bem-estar do outro? Você já desejou infortúnios e fracasso para o outro
ou se alegrou quando isto ocorreu? Você já instigou outros a cometer atos errados, permanecendo
aparentemente inocente? Você já esteve excessivamente suspeitando de outrem, com base apenas nas
deficiências dele? Alguma vez você já apontou para uma pessoa os defeitos do outro, de modo a iniciar um
argumento entre eles? Alguma vez você já traiu a confiança de uma pessoa próxima, divulgando as suas
deficiências e pecados para os outros? Alguma vez você já se espalhou boatos? Agiu com a intenção de
provocar tristeza ou ciúme em uma outra pessoa?

A Raiva, Irritação e Antagonismo


Você é capaz de controlar seus acessos de raiva? Você usa palavrões ou xingamentos quando discute ou
quando você está irritado com os seus filhos? Usa linguagem chula em conversas diárias e entende ser isto
normal porque “todo mundo” faz isto? Você se permite ser grosseiro, vulgar, impertinente e sarcástico?

Insensibilidade e Dureza de Coração


Você tem sido mesquinho e reticente para com os que lhe pedem empréstimo com medo que não lhe
retornem o bem emprestado? Você grotesca e persistentemente pressiona os que lhe pediram emprestado?
Você tem atendido aos pedidos de ajuda? Está preparado para auto-sacrificar-se para praticar atos de
caridade?

Como você reage às desgraças dos seus próximos? Traz na memória a diretriz apostólica que diz "levai os
fardos uns dos outros e assim cumprireis a Lei de Cristo"?
Nós cedemos a esses pecados por causa do nosso apego aos bens terrenos ou pelo medo de perder vantagens
materiais, por não atentar que Deus nos envia as pessoas em necessidade a fim de testar a sinceridade de
nosso amor.

Rancores e Vinganças; Exigências Excessivas Para Com Seus Entes Próximos


Esses pecados negam o espírito, assim como a palavra escrita do Evangelho de Cristo. Nosso Senhor nos
ensina a perdoar os nossos parentes, suas infrações contra nós. Agindo assim, sem perdoar os outros,
vingando nossas mágoas e alimentando a nossa animosidade, não podemos esperar também o perdão pelas
nossas transgressões.

Insubordinação
Você pecou por desobedecer seus pais, seus presbíteros ou seus superiores no trabalho? Você negligenciou o
conselho de seu pai espiritual ou não cumpriu atos de penitência que ele estabeleceu para você praticar?

Pecados Contra Si Mesmo - Tendências Pecaminosas.

Excessos físicos
Você esteve propenso a abusar de seu descanso físico e conforto para dormir demais ou permanecer deitado
na cama por longos períodos após o despertar? Você já se deu à preguiça, letargia, inatividade e fraqueza?
Você está tão ligado a seu estilo de vida que não está disposto a mudá-lo para o bem de si mesmo? Quis
desfrutar das várias formas de excessos em prejuízo para a sua saúde, por meio de: gula, excessiva ingestão
de doces, apaziguar o corpo, comer fora de hora?
Tem se entregado à embriaguez ou ao uso de narcóticos? Dentre os vícios que destroem o corpo e a alma,
estes são os mais assustadores, pois trazem sofrimentos para os nossos entes queridos. Como é que você luta
contra essas iniquidades?

Está viciado também em fumo, o qual igualmente destrói a saúde?

O fumante faz do cigarro uma distração e um substituto da oração, pois fumar o desvia de uma vida
contemplativa, suplanta a consciência do pecado, destrói a pureza espiritual, prejudica os que estão ao redor
e serve de tentação, especialmente para os jovens.

Você tem incentivado outros a beber demais, fumar ou fazer algo pecaminoso?

Pensamentos, Sentimento e Tentações


Você luta contra seus pensamentos e desejos pecaminosos? Você evitar lugares que servem de estímulo aos
desejos carnais? Procura afastar-se de conversas sedutoras e estimulante de auto erotismo? Tem pecado por
não manter uma relação casta com pessoas do sexo oposto? Deseja secretamente se relacionar sexualmente
com pessoas do mesmo gênero que o seu? Lembra-se de seus pecados carnais passados com prazer?

Indisposição Para o Bem


Você cumpre “a pulso” suas tarefas e obrigações? Tem pecado por ser negligente com o trabalho? Tem sido
descuidado com a educação de seus filhos? Tem prejudicado a outrem por sua mania de chegar atrasado,
fazer as coisas de improviso ou de forma displicente? É responsável no trabalho, em sua casa e quando está
dirigindo? Tem a mente dispersa durante o trabalho? Inicia uma nova tarefa, esquecendo-se ou
negligenciando uma tarefa ainda por terminar? Está se esforçando por fazer todas as suas tarefas como
sendo uma oferta para Deus?

Vida Dissoluta
Você tem desperdiçado o seu tempo? Busca usar seus talentos dados por Deus para um bom propósito ou
está dissipando o seu dinheiro e outros recursos dados por Deus de forma desregrada? Tal comportamento
revela que você está preso a uma vida de conforto e apego às coisas materiais, mostrando assim a sua falta
de fé em Deus e na veracidade da percepção de que você pode aparecer diante de Seu julgamento amanhã
mesmo?

Acúmulo
Nós cedemos a este pecado quando estamos encantados com a posse de dinheiro e riqueza; quando nos
omitimos de rezar ou ir à igreja porque estamos ocupados demais - mesmo em dias de festa e domingos,
quando nos submetemos a muitas atividades e agitação. Esse vício leva a uma mente cativa e um coração
insensível.

Egoísmo e Amor a Si Mesmo


Quando nos colocamos no centro de tudo, tentando utilizar outras pessoas para atingir objetivos pessoais, e
fazer de tudo para obter ganho pessoal.

Falta de Vontade Para Lutar Contra o Pecado


Os espíritos demoníacos conduzem esse sentimento através da implantação do pensamentos de que é
“besteira” lutar contra o pecado, uma vez que mais cedo ou mais tarde a pessoa vai cair de novo. Esses
sentimentos devem ser vencidos com esperança na misericórdia de Deus e Sua onipotência. Ele prometeu
que iria nos ajudar. Portanto, devemos lutar. Diz-se que se a morte nos encontra em um estado de batalha e
expiação, então Deus será misericordioso conosco, mas se ele nos encontra em um estado de pecado e
desânimo, então Ele vai nos rejeitar. Por conseguinte, temos de assumir cada dia como sendo o nosso último
dia na Terra. Cultivando esta disposição de alma, seremos capazes de vencer as astutas ciladas do nosso
inimigo.

Impaciência Para Com Os Exercícios Espirituais


Refere-se ao nosso não-cumprimento de nossas obrigações para com o recitar as orações, violando os dias de
jejum, comer fora de tempo, sair da igreja antes do término da Divina Liturgia.

Depressão e Desespero
Alguma vez você já sucumbiu aos pensamentos e sentimentos sombrios? Alguma vez você já caiu em
desespero? Você já se permitiu ter pensamentos de suicídio?
Oração Antes Da Confissão
De São Simeão, o Novo Teólogo

Ó Deus e Senhor de tudo! Tu que tens o poder sobre cada respiração e alma; ó Único capaz de me curar,
ouvir a minha oração, infeliz que sou; de destruir e depois matar a serpente aninhada dentro de mim pelo do
Espírito Santo Doador da Vida; eu me ofereço a mim, pobre e nu de toda a virtude, e em lágrimas me prostro
aos pés de meu pai espiritual, e chamar sua santa alma a misericórdia, que tenha misericórdia de mim. E
Grant, ó Senhor, para o meu coração humildade e bons pensamentos, tornando-se um pecador, quem
consentiu a arrepender-se a ti, e não abandonam até o fim da uma só alma, as quais ele próprio unido a Ti e
perseverou confessou Ti, e em vez disso de todo o mundo te escolheu e te preferido. Para Tu sabes, Senhor,
que eu quero me salvar, e que o meu mau hábito é um obstáculo. Mas todas as coisas são possíveis a Ti, ó
Mestre, qual é impossível para o homem. Amém.

Breve Confissão Ante o Padre Confessor


A partir da confissão completa de St. Demétrius de Rostov

Confesso que o Senhor meu Deus e diante de ti, venerável pai, todos os meus inúmeros pecados, cometidos
por mim até este mesmo dia e hora, em ação, palavra e pensamento. Eu peco diariamente e a cada hora pela
minha ingratidão para com Deus para Seus grandes e inúmeras bênçãos e providência benevolente em cima
de mim, um pecador.

Oração Penitencial de São Efraim, o Sírio


Ó Senhor e Mestre da minha vida, afasta de mim o espírito de preguiça, o espírito de desânimo, o desejo de
poder e a vã loquacidade. Mas concede a mim, Teu servo, o espírito da castidade, da humildade, da
paciência e do amor.
Sim, Senhor e Rei, concede-me que eu veja as minhas faltas e não julgue meus irmãos. Pois tu és bendito
pelos séculos dos séculos.

Alguns Ensinamentos dos Santos Padres Sobre a


Confissão

“Se quiseres oferecer a Deus uma confissão irrepreensível, não recordes teus erros nos detalhes, mas suporta
valorosamente as suas consequências.”
“Dos pecados passados nos vêm sofrimentos que trazem consigo o que é conatural a todo pecado.”
São Marcos, o Asceta,

“Quando nos tornarmos partícipes do santo conhecimento prestaremos contas de todas as distrações, também das
involuntárias. Diz o divino Jó: “Foi-me computada toda transgressão, também involuntária” (cf. Jó 14,17), e
justamente”.
Diádoco de Foticéia,
“Toda confissão humilha a alma, mas há aquela que lhe ensina como foi justificada por graça de Deus, há aquela que lhe
ensina como por causa da negligência de seu querer foi levada a julgamento.”
Máximo o Confessor,

A confissão pode dar-se de duas maneiras: a primeira é chamada de confissão porque com ela se rende graças pelos bens
que nos foram dados; a segunda é assim chamada porque com ela se acusa e se examina aquilo que foi mal feito. Chama-
se confissão tanto a enumeração dos bens divinos que recebemos, praticada na ação de graças, quanto a admissão da
parte de quem é culpado do mal que foi feito. Uma e outra produzem humildade: humilha-se, de fato, tanto quem
agradece pelos bens, quanto quem se examina sobre aquilo do qual é acusado; um se julga indigno dos bens recebidos, o
outro, necessitado do perdão dos seus pecados.
Máximo o Confessor,

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