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Dimensionamento de Circuitos de Motores

 Fatores básicos para o dimensionamento de um condutor:

fator de tipo de sistema: método de


potência da 1f, 2f, 3f instalação
carga

potência ou
natureza da
corrente da
carga
carga

distância da
frequência carga ao
nominal ponto de
suprimento

tensão Dimensionamento corrente de


nominal condutor curto‐circuito
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 Fios e Cabos Condutores:

Cabo Tripolar
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 Sistemas de Distribuição:

Monofásico (F‐N) Monofásico a três condutores Trifásico – Delta (3F)

Trifásico – Estrela (3F) Trifásico a 4 condutores Trifásico a 5 condutores


– Estrela (3F‐N) – Estrela (3F‐N‐T)
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 Critérios básicos para divisão dos circuitos (NBR 5410:2004)


a) Divisão dos circuitos de acordo com as necessidades, de forma a satisfazer:
• Evitar qualquer perigo e limitar as consequências de uma falta a uma área restrita.
Segurança • Evitar o risco de realimentação inadvertida através de outro circuito.

• Evitar os incovenientes que possam resultar de um circuito único, tal como um só circuito
Conservação de iluminação.
de Energia • Facilitar o controle do nível de iluminamento.

• Circuitos individuais para tomadas e iluminação.


Funcionais • Circuitos individuais para diferentes ambientes, tais como refeitórios, sala de reuniões etc.
• Circuitos individuais para motores e outros equipamentos.

Produção • Circuitos individuais para diferentes setores de produção (tipo de indústria).

Manutenção • Facilitar as verificações e os ensaios.

b) Circuitos específicos para determinadas partes da instalação.


c) Criar condições nos quadros de comandos e condutos para futuras ampliações.
d) Distribuir de forma equilibrada as cargas monofásicas e bifásicas entre as fases.
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 Critérios para dimensionamento da seção mínima dos condutores de fase:

•A seção mínima dos condutores elétricos deve satisfazer, simultaneamente, aos três
critérios seguintes:

1. Capacidade de condução de corrente, ou simplesmente ampacidade.

2. Limites de queda de tensão.

3. Capacidade de condução de corrente de curto‐circuito por tempo limitado.

Nota: Os condutores são inicialmente dimensionados pelos dois primeiros critérios e


quando do dimensionamento das proteções baseado nas intensidades das correntes de
falta, é necessário confrontar os valores destas e os respectivos tempos de atuação da
proteção para eliminação da falta, com os valores admitidos pelo isolamento dos
condutores. A seção do condutor é escolhida como a maior entre os três critérios.
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1. Critério da capacidade de condução de corrente (iluminação, tomadas, cargas gerais):

• Circuito Monofásico:
Ic: Corrente de projeto ou de carga (A)
Pc Pc: Potência da carga (W)
Ic 
V f  cos() V f :Tensão entre fase e neutro (V)
cos(): Fator de potência da carga

• Circuito Bifásico:
Pc
Ic  Vff :Tensão de linha entre fases (V)
V ff  cos()

• Circuito Trifásico:
Pc
Ic 
3 Vff  cos()
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1. Critério da capacidade de condução de corrente (motores):

 Instalação de um motor (circuito terminal):


Inm: Corrente nominal do motor (A)
736  Pnm
Ic  Fs  Inm (A) I nm  (A) Pnm: Potência nominal do motor (cv)
3 Vnm   cos() Vnm: Tensão nominal do motor (V)
Fs: Fator de serviço do motor (=1 quando não especificado)

Fator de Serviço (Fs): é um número que pode ser multiplicado pela potência nominal do
motor, a fim de se obter a carga permissível que o mesmo pode acionar, em regime
contínuo. Representa uma potência adicional contínua.

 Instalação de um agrupamento de motores (CCM):


n
I c  Fs(1)  Inm(1)  Fs(2)  I nm(2)  ...  Fs(n)  I nm(n) (A)  I c   Fs(i )  Inm(i ) (A)
i1

n : Número de motores agrupados no CCM

Nota: Quando os motores possuírem fatores de potência muito diferentes, o valor de Ic deve
ser calculado através da soma vetorial das componentes ativas e reativas.
4 – DDimmeennssioonnaammeenntoode Circuitos de Motores 9
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Nota: Se um agrupamento consiste em N condutores isolados ou cabos unipolares, podem‐se


considerar tanto N/2 circuitos com 2 condutores carregados como N/3 circuitos com 3
condutores carregados.
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Exemplo de aplicação 4.1 (3.5): Determinar a seção dos condutores isolados em PVC que
alimentam um CCM que alimenta três motores de 40 cv e quatro motores de 15 cv, todos de IV polos
ligados em tensão de 380V e com fatores de serviço unitários.

Exemplo de aplicação 4.2: Determinar a seção dos condutores isolados em PVC que alimentam um
CCM que alimenta dois motores de 40 cv e três motores de 50 cv, todos de II polos ligados em tensão
de 380V. Os motores são da marca WEG trifásico gaiola de esquilo.
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Exemplo de aplicação 4.1 (3.5): Determinar a seção dos condutores da figura abaixo, sendo os
mesmos isolados em PVC.
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Exemplo de aplicação 4.1 19
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Motores WEG trifásico – Gaiola de Esquilo 20

Exemplo de aplicação 4.2


Dimensionamento de condutores

Critério do limite da queda de tensão


Critério do limite da queda de tensão
Limites de queda de tensão
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2. Critério do limite da queda de tensão (qualquer carga): 21

• Circuito Monofásico/Bifásico:
: resistividade do material condutor (cobre=1/56  mm2/m)
200    Lc  Ic  2 Lc: Comprimento do circuito (m)
Sc  (mm )
Vc V f Vf :Tensão entre fase e neutro (V) (monofásico)
Vc: Queda de tensão máxima admitida (%)
Nota: O circuito sendo bifásico utilizar a tensão entre fases.

• Circuito Trifásico:

100  3    Lc  Ic  2 3  I c  Lc  R  cos   X  sen 


Sc  (mm ) Vc  (%)
Vc Vff 10  Ncp Vff

N cp : Número de condutores em paralelo por fase


R: Resistência do condutor (m/m)
X : Reatância do condutor (m/m)
: Ângulo do fator de potência da carga (graus)
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Exemplo de aplicação: Determinar a seção do condutor que liga um QGF ao CCM, sabendo que a
carga e composta de 10 motores de 10 cv, IV polos, 380 V, fator de serviço unitário, e o comprimento
do circuito é de 150 m. Adotar o condutor isolado em PVC, instalado no interior de eletrodo de PVC,
embutido no piso, admitindo uma queda de tensão máxima de 5%.

Exemplo de aplicação : Determinar a seção do condutor d circuito mostrado na figura abaixo,


sabendo que serão utilizados condutores unipolares isolados em XPLE, dispostos no interior de
canaleta ventilada construída no piso. A queda de tensão admitida será de 4 %.
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3. Critério da capacidade de corrente de curto‐circuito:


Limitação da seção do condutor para uma determinada corrente de curto‐circuito

Te  Ics
Sc  (mm2 )
 234  T f 
0, 34  log  
 234  T i 

I cs : Corrente simétrica de curto-circuito trifásico (kA)


Te: Tempo de eliminação da falta (s)
T f : Temperatura máxima de curto-circuito suportada pela isolação do condutor (C)
Ti: Temperatura máxima admissível pelo condutor em regime normal de operação (C)

Nota: Os valores de Tf e Ti são estabelecidos por norma, ou seja:


‐ Condutor com isolação PVC 70o C – Tf=160oC e Ti=70oC
‐ Condutor com isolação EPR ou XLPE – Tf=250oC e Ti=90oC
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Capacidade máxima da corrente de falta – EPR‐XLPE


Dimensionamento de Circuitos de Motores
Capacidade máxima da corrente de falta – PVC
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4. Limitação do comprimento do circuito em função da corrente de curto-circuito fase e terra.

O comprimento de um determinado circuito deve ser limitado em função da atuação do


dispositivo de proteção para uma dada corrente de curto-circuito fase e terra no ponto da sua
instalação.
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 Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor Neutro (NBR‐5410:2004)

• O condutor neutro deve possuir a mesma seção que os condutores fase nos seguintes
casos:
1. Circuitos monofásicos;
2. Circuitos bifásicos com neutro (2 fases + neutro), quando a taxa de 3ª harmônica e
seus múltiplos não for superior a 33%.
3. Circuitos trifásicos com neutro, quando a taxa de 3ª harmônica e seus múltiplos não
for superior a 33%.

• Conforme a NBR‐5410, apenas nos circuitos trifásicos é admitida a redução do condutor


neutro. Tal procedimento deve atender, simultaneamente, as três condições seguintes:
1. O circuito for presumivelmente equilibrado, em serviço normal.
2. A corrente das fases não contiver uma taxa de 3ª harmônica e seus múltiplos superior
a 15%.
3. O condutor neutro for protegido contra sobrecorrentes.
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 Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor Neutro (NBR‐5410:2004)


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Harmônicos
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Harmônicos
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Harmônicos
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Harmônicos

• Efeitos provocados por harmônicos:

1. Operação indevida de equipamentos – eletrônicos, de controle, proteção;

2. Erros de leitura em equipamentos de medição.

3. Sobretenções.

4. Sobrecorrentes.

5. Interferência em sistemas de comunicação – principalmente sinais de rádio.

6. Redução da vida útil dos equipamentos.

7. Perdas excessivas em cabos e transformadores.

8. Ruídos audíveis.

9. Ressonâncias série e paralela, entre outros.


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 Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor Neutro (NBR‐5410:2004)


• Quando, num circuito trifásico com neutro ou num circuito com duas fases e neutro, a taxa
de 3ª harmônica e seus múltiplos for superior a 33%, a corrente que circula pelo neutro é
superior à corrente das fases. A seção do condutor neutro pode ser determinada
calculando‐se a corrente no neutro como:

I N  Fcn  Ic (A)
nh

I h
2
 I 22  I 23  I 24 ...  I nh
2
(A)
i2

I 12 I h (A)
nh
Ic  2

i2

Fcn: Fator de correção de corrente de neutro


I c : Corrente de projeto em valor eficaz
I h : Corrente harmônica de ordem h
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 Critérios para Dimensionamento da Seção Mínima do Condutor Neutro (NBR‐5410:2004)

33%
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Exemplo de aplicação 4.5 (3.4): Determinar a seção dos condutores fase do circuito trifásico
mostrado na figura abaixo. Na instalação são utilizados cabos isolados em PVC, dispostos em
eletroduto aparente. Considere que o nível de 3ª harmônica não ultrapasse 33%.
Distribuição dos condutores
Distribuição dos condutores
Distribuição dos condutores
Instalação Eletrocalha com o CCM
Instalação de eletrocalha e canaletas no solo
Fixação do leito na estrutura

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