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COVID-19

IMPACTO NO MERCADO
DA MÚSICA DO BRASIL
Núcleo de pesquisa e organização de
dados e informações sobre o mercado
musical da Semana Internacional de
Música de São Paulo - SIM São Paulo.
Produzimos dados e análises que
subsidiam a elaboração de estratégias de
ação para o setor musical, com o objetivo
de incrementar e tornar mensuráveis seus
benefícios econômicos e sociais.
O QUE FAZEMOS
— Desenvolvemos pesquisas, estudos e
mapeamentos do mercado da música,
com foco em cidades
— Produzimos dados primários e inéditos
sobre o mercado musical
— Reunimos dados secundários, a partir de
bases de dados públicas e de parceiros
— Analisamos os impactos socioeconômicos
de projetos e festivais de música (em seus
múltiplos formatos)
— Levantamos e analisamos os números
gerados pelos setores do mercado e a
relação cultural e econômica entre eles
FICHA TÉCNICA
Daniela Ribas | Diretora de Pesquisa
Fabiana Batistela | Diretora Executiva
Katia Abreu | Coordenadora de Comunicação
Pena Schmidt | Consultor Especial e Analista de Dados
Renata Gomes | Pesquisadora e Analista de Dados
REALIZAÇÃO
DATA SIM
IDEALIZAÇÃO E CONSULTORIA
Pena Schmidt
METODOLOGIA
METODOLOGIA

METODOLOGIA

— Dados primários sobre: Impactos da COVID-19 no Mercado da Música do Brasil


— Abordagem: Survey on-line (Questionário enviado para o mailing da SIM São Paulo por meio da
newsletter e divulgação em mídias sociais)
— Coleta: 17 de março a 23 de março de 2020
— Respostas:
Alcance do questionário
1399 respondentes
536 respostas válidas (empresas e Micro Empreendedores Individuais com CNPJ)
RESULTADOS
RESULTADOS | PERFIL

ÁREAS DE ATUAÇÃO DAS EMPRESAS IMPACTADAS


PELA COVID-19 NO MERCADO MUSICAL BRASILEIRO
Base: 536 (respostas múltiplas)

Artístico
ARTÍSTICO 71,8% Booker, agente, produtor, empresário, curador, etc.

ORGANIZAÇÃO 56,9% Organização


Promoção, produção, realização, direção, assessoria, gestão, etc.

PALCO 24,1% Palco


Casa de show, centro cultural, espaços que recebem música, etc.
OUTRO 24,1% Comunicação
Divulgação, veículos, conteúdo, etc.
COMUNICAÇÃO 23,1% Técnica
Equipamentos, locação, som, luz, vídeo, gerador, etc.
TÉCNICA 14,2% Consultoria
Aceleradora, incubadora, mentoria, formação, etc.
CONSUTORIA 13,2%
Logística
Transporte, viagens, passagens, hospedagens, etc.
LOGÍSTICA 6,7%

Atenção: alguns gráficos contidos neste documento estão dispostos em escalas diferentes para privilegiar visualização e leitura dos dados.
RESULTADOS | PERFIL

PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA
OPERAÇÃO DESSAS EMPRESAS
Base: 536 (respostas múltiplas)

FORNECEDORES 30,3%

FREELANCERS 22,6%

PRESTADORES TERCEIRIZADOS 18,1%

COLABORADORES PJ 15,3%

OUTROS 5,1% Número total


de profissionais
FUNCIONÁRIOS CLT 4,8%
envolvidos
SÓCIOS PROPRIETÁRIOS 3,9%
19.996

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RESULTADOS | PERFIL

METADE DESSAS EMPRESAS SÃO MEI


Base: 536 respostas

NÃO MEI
46,8%

MEI
53,2%

*MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL

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RESULTADOS | PERFIL

ESTADO SEDE DA OPERAÇÃO DAS EMPRESAS


Base: 536 respostas

MAIORES
PERCENTUAIS
SP: 45,5%
RJ: 11,7%
MG: 9,7%
RS: 5,4%
DF: 5,2%
PR: 4,3%
SC: 4,3%
BA: 2,6%

SP RJ MG RS DF PR SC BA PE CE ES PA PB SE MS RN AM MA PI AP MT

Todos os 21 estados mencionados no gráfico têm respostas válidas


Estados que não obtiveram respostas: AC, AL, GO, RO, RR, TO

Atenção: alguns gráficos contidos neste documento estão dispostos em escalas diferentes para privilegiar visualização e leitura dos dados.
RESULTADOS | PERFIL

ASSOCIATIVISMO
Base: 536 respostas

ENTIDADES COM MAIS


DE TRÊS MENÇÕES
PARTICIPO OMB: 17
BM&A: 10
NÃO PARTICIPO 23% SIND. MÚSICOS: 4
ABRAPE: 4
77% WOMEN IN MUSIC: 3
MMF LATAM: 3

MAIORIA DAS EMPRESAS RESPONDENTES INFORMARAM PARTICIPAÇÃO


INFORMOU NÃO PARTICIPAR DE EM 43 ENTIDADES DIFERENTES RELACIONADAS
ASSOCIAÇÃO OU ENTIDADE À MÚSICA, MAIS 5 RELACIONADAS AO ECAD E
REPRESENTATIVA DE CLASSE MAIS 14 ENTIDADES NÃO MUSICAIS
Atenção: alguns gráficos contidos neste documento estão dispostos em escalas diferentes para privilegiar visualização e leitura dos dados.
RESULTADOS | IMPACTOS

PRINCIPAIS IMPACTOS RELATADOS


Base: 536 (respostas múltiplas)

ADIAMENTOS 81,2%

CANCELAMENTOS 77,4%

DIMINUIÇÃO RITMO DE TRABALHO 66,8%

INTERRUPÇÃO DAS ATIVIDADES 63,2%

DIFICULDADES COM REMARCAÇÕES 51,5%

DIFICULDADES COM PATROCÍNIO 30,2%

CONTAMINAÇÃO 7,1% PARALIZAÇÃO


ESTES NÚMEROS DEMONSTRAM
FALTA DE INSUMOS 5,6 A PARALIZAÇÃO TOTAL DAS
ATIVIDADES COM PÚBLICO

Atenção: alguns gráficos contidos neste documento estão dispostos em escalas diferentes para privilegiar visualização e leitura dos dados.
RESULTADOS | IMPACTOS

PRINCIPAIS IMPACTOS RELATADOS


Base: 536 respostas

EVENTOS AFETADOS
8.141

PÚBLICO DIRETAMENTE AFETADO


8.060.693

PREJUÍZO ESTIMADO
R$ 483.214.006,00
INSIGHTS
DESAFIOS, TENDÊNCIAS
E OPORTUNIDADES
INSIGHTS | DESAFIOS, TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES

— 53,2% dos respondentes são Micro Empreendedores Individuais (MEI). Até o momento, as principais
ações de recuperação do setor através de crédito têm se direcionado às micro e pequenas empresas.

— Se projetarmos os resultados das 285 MEIs representadas nesta pesquisa para as cerca de 62 mil
MEIs registradas no Ministério da Fazenda como empresas de Produção, Sonorização e Iluminação, o
prejuízo estimado das “MEIs da Música ao Vivo” no país seria de 3 bilhões de reais impactando cerca de
1 milhão de profissionais.

— Além das MEIs, a pesquisa identificou outros 294 profissionais que não têm CNPJ próprio (e por isso
suas respostas não foram contabilizadas nos resultados). Ainda assim, o número corrobora a
vulnerabilidade do setor num momento de crise aguda.

— A diversidade de áreas de atuação das empresas e o enorme percentual de fornecedores e


terceirizados implicados na cadeia produtiva da música demonstram que a organização produtiva é
complexa e requer medidas diversificadas, amplas e estruturantes, pensadas coletivamente, e que
não se restrinjam a segmentos específicos da extensa cadeia produtiva da música.
INSIGHTS | DESAFIOS, TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES

— O baixo associativismo (77% não tem representação de classe) é problema antigo e que tem
impacto em um momento de crise. Alguns países têm anunciado medidas de recuperação através de
entidades nacionais representativas dos diversos setores do ecossistema da música. No Brasil a falta
de uma entidade de âmbito nacional que dialogue com todos os segmentos produtivos, somada à
fragilidade institucional das instâncias governamentais, tem impedido que ações sistêmicas e efetivas
sejam encaminhadas com a urgência necessária.
— O associativismo, a busca de entidades múltiplas que possam representar com legitimidade e
expressar as necessidades de cada um dos diferentes aspectos da cadeia de produção da Música
Brasileira, deveria ser a coroação desse processo inédito de crise, desta oportunidade de reflexão e
conexão. Da mesma forma, seria desejável a consolidação orgânica de uma federação associativa do
setor, que congregue de forma horizontal e democrática os interesses das diversas categorias
profissionais da música. A oportunidade estaria em não reproduzir velhas práticas políticas (ligadas a
lobbies específicos já consolidados na representação do setor) e dar voz às múltiplas iniciativas de
organização que surgiram no período e que recolocam em novos termos as lutas históricas do setor.
— Cancelamentos (77,4%) e adiamentos (81,2%) geraram a paralização total e por tempo indefinido
das atividades com presença de público, implicando numa reação imediata do setor, com significativo
aumento na disponibilização de conteúdo on-line (em termos de número de horas transmitidas pelas
redes sociais e outras plataformas). A monetização desses conteúdos é crucial e ainda é um ponto
crítico do ecossistema da música.
INSIGHTS | DESAFIOS, TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES

— O engajamento do público como alternativa financeira para artistas e outros profissionais é


necessário, mas isso não deve excluir iniciativas de fomento direto e indireto do poder público e
iniciativa privada, pois a música é uma cadeia produtiva que merece ser tratada da mesma forma
que as demais nas agendas governamentais e de investimento privado.
— A comunidade musical tem tido papel importante em levantar os espíritos, produzindo dezenas de
festivais virtuais, criando canais de discussão, de divulgação de boas práticas de isolamento e
assepsia, de sistematização de boas práticas em política cultural e para a recuperação do setor, de
levantamento de fundos para necessitados, etc. Este é um valor agregado difícil de ser mensurado, mas
que sabemos ser de importância vital num momento de crise e confinamento.
— O tempo livre, essencial à fruição cultural, foi obrigatoriamente redimensionado pelo isolamento.
Isso poderá afetar o consumo cultural doméstico e os hábitos de escuta musical. Só o tempo poderá
dizer se tais mudanças serão duradouras e significativas para o mercado da música, e como
exatamente elas contribuirão na reestruturação do setor. Certamente os grandes players do
ecossistema (gravadoras, editoras, plataformas digitais) deverão lidar com tais mudanças para
que possam estar up-to-date em relação às tendências do consumidor.
INSIGHTS | DESAFIOS, TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES

— Grandes mudanças na indústria da música ocorrem como respostas às crises, como a chegada
da internet e o surgimento das plataformas de streaming. É preciso que haja investimento para que a
inovação possa despontar. O interesse do público pela música, ao vivo ou gravada, não irá arrefecer.
— Para além de prejuízos e falências, os cancelamentos/adiamentos de shows podem ter
consequências estruturais no setor. Com maior capital de giro e poder de negociação com agências
e empresas de representação artística, os gigantes na área de promoção de eventos poderão sufocar
os promotores independentes. É preciso que haja cuidado e preocupação com os promotores
e produtores independentes, de menor porte, que abrigam os grandes números de empregos e
ocupações e são os responsáveis pela manutenção e renovação das cenas locais que alimentam
a grande indústria. Majors, grandes editoras, distribuidores digitais e plataformas de streaming, a
indústria de instrumentos e equipamentos, os grandes players do mercado devem agir defendendo
e cooperando na recuperação deste setor, buscando um período de melhor distribuição de
esforços e recursos.
DATA SIM | SIM São Paulo
Conheça outros estudos/pesquisas em:
www.datasim.info

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