ENGENHARIA CIVIL
BARREIRAS - BA
2021
SUMÁRIO
Introdução 3
Objetivos 4
Materiais 5
Procedimentos 6
Resultados e Discussões 10
Conclusão 25
Referências Bibliográficas 26
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1. INTRODUÇÃO
As instalações de transporte de água sob pressão, de qualquer porte, são constituídas por
tubulações montadas em sequência, de eixo retilíneo, unidas por acessórios de natureza diversa,
como válvulas, curvas, derivações, registros ou conexões de qualquer tipo e, eventualmente, uma
máquina hidráulica como bomba ou turbina. (PORTO,2006)
Portanto, nesse relatório iremos aprofundar o estudo sobre a perda de carga localizada na válvula
de gaveta e no cotovelo de raio curto 90°e também analisar a perda de carga distribuída ao longo
de 4 tipos diferentes de tubulação, buscando identificar as principais características da perda de
carga que podem oferecer uma certa resistência ao escoamento. As analises vão ser feitas a partir
de dados da altura do nível inicial e final do reservatório, vazão e volume, altura do bocal e a
velocidade do escoamento e cargas de pressão a montante e jusante dos trechos em análise.
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2. OBJETIVOS
O principal objetivo dessa prática é analisar a perda de carga contínua em quatro tipos de
tubulação e analisar a perda de carga localizada em um cotovelo de raio curto 90° e um registro de
gaveta, buscando comparar os valores obtidos em prática com os valores teóricos.
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3. MATERIAIS
Tubulações (PVC liso e corrugado e Cobre liso e rugoso), diâmetro interno de 20mm.
Reservatório para acumulo momentâneo da água que escoa pelas tubulações
Haste metálica 9,5mm (utilizada para a liberação do volume coletado de água)
Tomadas de pressão
Válvula (na saída da bomba)
Régua
Água
Bomba
Cronômetro (utilizado o do celular)
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4. PROCEDIMENTOS
X
Hi(cm)
6
Q
Hf(cm)
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Figura 4- Fechamento parcial da válvula de gaveta
4.1.5. Para terceira condição de escoamento diminui-se ainda mais vazão de escoamento
realizando outro fechamento parcial do registro de Gaveta com relação a segunda
medição;
4.1.6. Por fim, realizou-se o mesmo procedimento para as três condições de escoamento com
níveis de água diferentes no reservatório, para os quatro tipos de tubulações em
questão;
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4.1.10. Realizou-se a medição da perda de carga no cotovelo de raio curto 90°, instalado na
tubulação de cobre liso e com os tomadores de pressão posicionados a montante e
jusante do cotovelo;
4.1.11. Anotou-se as perdas de carga realizada para as três condições diferentes onde em cada
condição ocorre uma vazão diferente;
4.1.12. E em cada condição realizou-se três medições dos níveis de água no reservatório a fim
de se obter uma maior assertividade nos dados;
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Aútil=ÁRESERV − ÁHASTE
Parâmetro Dimensão
Lado 1 (mm) 317,1
Lado 2 (mm) 316,1
Diâmetro da haste (mm) 9,5
Área útil do reservatório - Ares (m²) 0,10016
Quadro 1 – Dimensões do reservatório de coleta de água para determinação da vazão
Após obtenção da área útil do reservatório conseguimos determinar as perdas de carga distribuídas
e localizadas.
Para determinação dos principais parâmetros desse experimento, utilizamos as fórmulas a seguir:
Vazão:
V
Q=
t
em que:
V= Volume (m³);
t= 10 s;
Velocidade:
Q
v=
A
em que:
Q= Vazão (m³/s);
A= área da seção do tubo;
Número de Reynolds:
ρvD
Rey=
μ
Número de Reynolds:
v= Velocidade média (m/s);
D=Diâmetro do tubo (m);
μ= Viscosidade Dinâmica;
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ρ= Massa especifica da água (Kg/m³);
Com relação a perda de carga localizada para cada acessório conseguimos determinar através da
seguinte expressão:
f∗L
∗V ²
D
ΔH =
2g
Com relação a perda de carga localizada para cada acessório conseguimos determinar através da
seguinte expressão:
K∗v ²
ΔH =
2g
em que:
ΔH= Perda de carga localizada (m);
K = Coeficiente adimensional;
v = velocidade média do escoamento (m/s);
v²
= Carga cinética;
2g
Para tal cálculo da diferença de pressão no manômetro diferencial de mercúrio, foi considerado
que o peso específico da água é de 9.800 N/m³ e o peso específico do mercúrio é de 133.280
N/m³.
Para a segunda etapa do ensaio onde observou-se o escoamento em uma tubulação de PVC com
parede lisa e diâmetro interno considerado de 20,8mm, valor esse obtido por meio da medição
com paquímetro, para as três condições de ensaio, obtendo os dados da tabela a seguir:
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Primeira condição Segunda condição Terceira condição
Parâmetro
R1 R2 R3 R1 R2 R3 R1 R2 R3
Altura 0,177 0,182 0,160 0,18 0,231 0,163 0,140 0,208 0,275
inicial no 4
reservatório
- hi (m)
Altura final 0,354 0,360 0,337 0,33 0,380 0,312 0,208 0,275 0,372
no 4
reservatório
– hf (m)
Diferença 0,177 0,178 0,177 0,15 0,149 0,149 0,068 0,067 0,097
de nível no 0
reservatório
– h (m)
Volume 0,017 0,017 0,017 0,01 0,014 0,014 0,006 0,006 0,006
escoado – 7 8 7 5 9 9 8 7 7
Vol (m³)
Tempo de 10 10 10
coleta – t (s)
Diâmetro 0,0208
interno da
tubulação
(m)
Área da 0,00034
seção
transversal
da tubulação
(m²)
Velocidade 5,23 4,40 1,98
média do
escoamento
- V (m/s)
Número de 1771810,65 1490624,64 670781,09
Reynolds –
13
Rey (adim.)
Nível do 0,664 0,652 0,627
mercúrio -
tomada de
pressão a
jusante – hjus
(mHg)
Nível do 0,572 0,584 0,610
mercúrio -
tomada de
pressão a
montante –
hmont(mHg)
Diferença
de pressão
no
manômetro
diferencial
de mercúrio
- hman
(mHg)
Perda de
carga - H
(mH2O)
Compriment 1
o do trecho
de tubulação
– L (m)
Fator de
atrito – f
(adim.)
14
R1 R2 R3 R1 R2 R3 R1 R2 R3
Altura 0,145 0,183 0,210 0,276 0,162 0,197 0,206 0,218 0,195
inicial no
reservatório
- hi (m)
Altura final 0,278 0,315 0,343 0,400 0,286 0,321 0,295 0,306 0,283
no
reservatório
– hf (m)
Diferença 0,133 0,132 0,133 0,124 0,124 0,124 0,089 0,088 0,088
de nível no
reservatório
– h (m)
Volume 0,013 0,013 0,013 0,012 0,012 0,012 0,008 0,008 0,008
escoado – 3 2 3 4 4 4 9 8 8
Vol (m³)
Tempo de 10 10 10
coleta – t (s)
Diâmetro 0,0208
interno da
tubulação
(m)
Área da 0,00034
seção
transversal
da
tubulação
(m²)
Velocidade 3,91 3,66 2,60
média do
escoamento
- V (m/s)
Número de 1324623,26 1239928,67 880823,65
Reynolds –
Rey (adim.)
15
Nível do 0,746 0,736 0,676
mercúrio -
tomada de
pressão a
jusante – hjus
(mHg)
Nível do 0,491 0,501 0,561
mercúrio -
tomada de
pressão a
montante –
hmont(mHg)
Diferença
de pressão
no
manômetro
diferencial
de mercúrio
- hman
(mHg)
Perda de
carga - H
(mH2O)
Comprimen 1
to do trecho
de
tubulação –
L (m)
Fator de
atrito – f
(adim.)
Logo após realizou-se o mesmo procedimento para a tubulação de cobre com parede lisa e
diâmetro interno considerado de 20,5mm, valor esse obtido por meio da medição com paquímetro,
para as três condições de ensaio.
Diâmetro 0,0205
interno da
tubulação
(m)
Área da 0,00033
seção
transversal
da
tubulação
(m²)
Velocidade 5,23 3,90 3,17
média do
escoamento
- V (m/s)
Número de 1721069,31 1283397,76 1043172,03
Reynolds –
Rey (adim.)
Nível do 0,665 0,646 0,637
mercúrio -
17
tomada de
pressão a
jusante – hjus
(mHg)
Nível do 0,572 0,591 0,600
mercúrio -
tomada de
pressão a
montante –
hmont(mHg)
Diferença
de pressão
no
manômetro
diferencial
de mercúrio
- hman
(mHg)
Perda de
carga - H
(mH2O)
Comprimen 1
to do trecho
de
tubulação –
L (m)
Fator de
atrito – f
(adim.)
Por fim realizou-se o mesmo procedimento para tubulação de cobre com parede corrugada e
diâmetro interno considerado de 20,5mm.
Diâmetro 0,0205
interno da
tubulação
(m)
Área da 0,00033
seção
transversal
da tubulação
(m²)
Velocidade 2,24 1,89 1,21
média do
escoamento
- V (m/s)
Número de 737131,02 621954,30 398182,38
Reynolds –
Rey (adim.)
Nível do 0,829 0,765 0,680
mercúrio -
tomada de
pressão a
jusante – hjus
(mHg)
19
Nível do 0,407 0,472 0,556
mercúrio -
tomada de
pressão a
montante –
hmont(mHg)
Diferença de
pressão no
manômetro
diferencial
de mercúrio
- hman
(mHg)
Perda de
carga - H
(mH2O)
Compriment 1
o do trecho
de tubulação
– L (m)
Fator de
atrito – f
(adim.)
Diâmetro 0,0205
interno da
tubulação
(m)
Área da 0,00033
seção
transversal
da
tubulação
(m²)
Velocidad 1,05 0,75 0,43
e média do
escoament
o - V (m/s)
Número de 345530,17 246807,26 141502,83
Reynolds
– Rey
(adim.)
Nível da 0,549 0,650 0,718
água na
tomada de
pressão a
montante –
hmont
(mH20)
Nível da 0,513 0,631 0,712
água na
tomada de
pressão a
jusante –
hjus (mH20)
Diferença 0,011 0,006 0,002
de pressão
(perda de
carga
localizada)
nos
piezômetr
os de
coluna de
21
água - h
(mH2O)
Carga 0,056 0,029 0,009
cinética –
V2/2g
(mH2O)
Coeficient 0,2 0,2 0,2
e de perda
de carga
localizada
–K
(adim.)
Mediu-se a perda de carga no cotovelo de raio curto 90° para as três condições de escoamento.
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Diâmetro 0,0205
interno da
tubulação
(m)
Área da 0,00033
seção
transversal
da
tubulação
(m²)
Velocidad 1,57 1,10 0,57
e média do
escoament
o - V (m/s)
Número de 516649,87 361983,98 187573,52
Reynolds
– Rey
(adim.)
Nível da 0,627 0,622 0,620
água na
tomada de
pressão a
montante –
hmont
(mH20)
Nível da 0,608 0,614 0,616
água na
tomada de
pressão a
jusante –
hjus (mH20)
Diferença 1,413 0,056 0,015
de pressão
(perda de
carga
localizada)
nos
piezômetr
os de
coluna de
água - h
23
(mH2O)
Carga 0,125 0,617 0,016
cinética –
V2/2g
(mH2O)
Coeficient 0,9 0,9 0,9
e de perda
de carga
localizada
–K
(adim.)
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6. CONCLUSÃO
Logo podemos concluir que, quanto maior for o valor do fator K da parede do conduto menor será
valor do número de Reynolds (Re), de forma a evidenciar que quando maior a turbulência maior
será o fator K da parede do conduto, aumentando assim a perda de carga e diminuído a energia
disponível no escoamento.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO NETTO, J.M. “Manual de Hidráulica”. Edgard Blücher. São Paulo,8 ° Ed.,
1957.
MELO PORTO, R.DE “Hidráulica Básica”. EESC USP. São Carlos, São Paulo,4 Ed.,2006.
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