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APOSTILA
DE
ORIENTAÇÃO
AREAS DA FISIOTERAPIA
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Sumário
ONCOLOGIA.........................................................................................................................................193
SAUDE DO IDOSO................................................................................................................................191
RESPIRATÓRIA.....................................................................................................................................209
CARDIOLOGIA......................................................................................................................................263
NEUROLOGIA ADULTO........................................................................................................................283
NEUROLOGIA INFANTIL.......................................................................................................................320
TRAUMATO ORTOPÉDICA
Fraturas
“É a perda total ou parcial da continuidade de um osso com ou sem lesão de partes moles”
(Adams, 1976; Gould, 1993).
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Etiologias:
Sobrecarga (inclinação)
Trauma (direto ou indireto)
Fadiga ou estresse
Patológica
Sinais Clínicos:
Subjetivos:
Dor (posição antálgica)
Incapacidade funcional
Objetivos:
Edema
Deformidade
Mobilidade local
Crepitação
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Investigações Adicionais:
Ferimento externo (c/ ou s/ comunicação)
Lesão circulatória e/ou nervosa
Lesão muscular e/ou tendínea
Fatores de influência:
Aspecto mecânico = estabilidade
Aspecto biológico = vascularização
Clavícula em recém-nascido = consolidada em 2 a 3 semanas,
Tíbia tratada com gesso = de 2 a 3 meses para consolidar;
Fêmur exposta com múltiplos fragmentos = 6 a 8 meses para consolidar, mesmo sob
tratamento cirúrgico.
Variáveis locais:
Intensidade do trauma,
Grau de perda óssea e tec. Moles,
Tipo de osso comprometido,
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Tipo de imobilização,
Fratura intra-articular e Malignidade local.
Variáveis sistêmicas:
Complicações:
Infecção
Osteomielite
Necrose avascular
Pseudoartrose
Consolidação viciosa
Desvios angulares do membro/ Deformidades
Tratamento Ortopédico
Redução cirúrgica:
Falha da redução por manipulação e por tração mecânica;
Necessidade de incisão cirúrgica;
Reparo dos fragmentos ósseos;
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Métodos de imobilização:
● Gesso;
● talas gessadas;
● Suportes
● tala de Thomas;
Colares cervicais
Imobilizações por tração contínua:
Entalação com suporte;
Férula de Thomas;
Férula de Braun;
Tração de Bryant utilizada em crianças e fraturas de vertebras cervicais
Aplicação de uma força sobre parte do corpo para: Minimizar espasmos musculares; Reduzir,
alinhar e imobilizar fraturas; Reduzir deformidades; Aumentar os espaços entre as superfícies
da fratura.
Aço inoxidável: Cromo, níquel e molibdênio: baixo custo, maior resistência; Maior
rigidez em relação a elasticidade do osso cortical;
Liga não ferrosa: Cromo, cobalto e molibdênio, utilizada em todas aplicações exceto
fios circunferenciais;
Titânio: Flexível, menos rígidos, resistentes à fadiga mas possui custo alto
Internas: - Inter fragmentar, - de suporte, - tutores
Externas: - fixadores externos
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Osteossintese Internas:
Inter fragmentares:
De suporte
Tutores
Reabilitação
Consolidação da Fratura (Lei de Wolff -1892): “Ossos respondem dinamicamente a presença
ou ausência de tensão com mudanças de tamanho, forma e densidade”. Efeito Piezelétrico:
Energia mecânica → Atividade elétrica Consequências da Doença de Fratura e do Imobilismo:
Cuidados:
Objetivos e Condutas:
Analgesia
Ganho de Flexibilidade e ADM
Ganho de FM
Reeducação funcional e proprioceptiva
Recondicionamento cardiovascular e respiratório
Resultados Finais:
Remodelação Óssea
Cicatrização
Sintomatologia
Funcionalidade
HÉRNIA DE DISCO
Incidência:
Causas:
Traumatismos
Degeneração discal
Obesidade
Flacidez muscular
A hérnia lombar ocorre devido ao excesso de carga que a coluna suporta. O disco lombar
suporta cargas acima de 250 Kg num homem de 70kg sentado, perdendo, com o passar do
tempo, seu poder de hidrofílica, tornando-se menos hidratado e vulnerável à ruptura do seu
anel fibroso.
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Etiopatogenia: Disco Intervertebral → jovem 88% de H2O e adultos = 66% → Ruptura das
fibras concêntricas do anel / deslocamento do núcleo → Protrusão ou extrusão → Agressão
química ou mecânica nas raízes nervosas → Dor, contratura e limitação das adm.
Estágios da Lesão:
Sinais Clínicos:
Lombalgia, lombociatalgia
Contratura
Parestesia
Alteração de reflexos (mais comum hiporreflexia)
Paresia
Sd. Da cauda equina (urgência cirúrgica)
Sentado > Pé > Decúbito
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Testes Especiais:
Lasègue à 30º
Teste da perna retificada
Valsava
Milgram
Exames de imagem:
RX em PA – perfil e oblíquas
Ressonância nuclear magnética ou CT
Mielografia (radiografia contrastada)
ENM
Tratamento Conservador:
Reabilitação
Fisioterapia / Objetivos de Tratamento:
Analgesia
Relaxamento muscular e Descompressão vertebral
Ganho de flexibilidade
Ganho de força muscular (estabilidade)
Educação do paciente
Recuperação ou adaptação funcional
Condutas / ETFterapia
Controlar inflamação:
Analgesia:
Condutas / Estabilidade
ESPONDILÓLISE E ESPONDILOLISTESE
Espondilólise:
Fratura do “pars articularis”
2 a 10 % população
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Espondilolistese
Deslizamento anterior de uma vértebra sobre a outra, sendo mais comum da 5ª vértebra
lombar sobre o sacro.
Incidência:
2) Ístmica: Em que ocorre fratura por stress (pode ser aguda) e/ou alongamento da “pars
interarticulares”.
3) Degenerativa: Sem fratura da pars, ocorre listese com arco vertebral integro.
6) Iatrogênica: produzida por instabilidade criada após cirurgia. Wiltse LL, Newman PH,
Macnab I. "Classification of spondylolysis and spondylolisthesis." Clin Orthop Relat Res. 1976
Jun;(117):23-9
Exame Físico:
Sinal de Goldthwait:
Sintomas:
Danos neurológicos podem ocorrer como resultado da pressão nas raízes nervosas,
com possível ciatalgia e parestesia
I – 0 a 25%
II – 25 a 50%
III – 50 a 75%
IV – 75 a 100%
Tratamento da Espondilolistese
Tratamento conservador
Ventral, apoiar-se nos cotovelos. Manter-se por 30’ a 90’. Retorne lentamente à
posição inicial. Repetir 2 a 4 vezes.
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Dorsal, joelhos fletidos e os braços ao longo do corpo. Rode ambas as pernas para
os lados. Repita entre 8 a 12 vezes.
Fortalecimento do transverso do abdómen: Dorsal, elástico à volta da cintura.
Pressionar o fundo das costas contra o chão e tentar diminuir o diâmetro da cintura.
Manter a contração por 8’. Retorne lentamente à posição inicial. Repita entre 8 e 12
vezes.
Enriste Pélvico: Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados
no chão. Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão. Manter a
posição por 5 segundos e relaxar. Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
Bicho Morto: Contrair os músculos abdominais e pressionar a lombar contra o solo.
Levantar uma perna, a alguns centímetros do solo. Manter por 5 segundos e então
relaxar. Fazer com a outra perna. Alternar as pernas e fazer 5 repetições com cada
uma e depois relaxar os músculos abdominais. Fazer 3 séries.
Enrolamento Parcial: Deitar em DD, joelhos fletidos e pés apoiados no chão.
Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima. Lentamente
levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os abdominais. Manter a posição
por 3 segundos, repetindo 10 vezes. Progressivamente, fazer 3 séries.
De Quatro e Sentar no Calcanhar: Ficar em posição de quatro apoios e a CV ereta.
Colocar o peso na parte de trás do corpo e sentar sobre os calcanhares. Manter a
posição por 6 segundos e retornar à posição inicial. Fazer 10 vezes.
Estudo de Caso:
Redução da dor em nível 7 inicial para 0 na última sessão, de acordo com a Escala
Analógica da Dor (O'Sullivan, 1993),
Com relação a força muscular a paciente, após a última sessão apresentou Grau 5
na musculatura abdominal e Grau 5 na musculatura paravertebral.
Tratamento dos graus 3 e 4:
ESPONDILOARTROSE
É uma Degeneração da cartilagem articular: Art. Interapofisárias, estenose Idade: > 60 anos
(85%)
ETIOLOGIA:
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Incidência:
Classificação:
Tipos de luxação:
Estruturas em risco:
Exame Físico:
Sinal da dragona
Proeminência do acrômio e um “vazio” logo abaixo
Exame vascular (ppl a. radial e teste de Allen)
Exame neurológico (n. axilar, mct, radial, med., ulnar)
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Avaliação Radiológica:
Incidência AP:
Incidência plano Escapular (Y):
Luxações anteriores
Em 85% das redicivantes
Bankart invertido
Luxação anterior
Relação direta com recidiva
Harold Hill; Maurice Sachs
Slap Lesion: É a lesão anterior ou posterior do labrum superior acompanhado ou não do cabo
longo do bíceps na sua origem.
Fraturas:
Tratamento Ortopédico:
‘As luxações agudas do ombro devem ser reduzidas tão rápida e delicadamente quanto
possível’ (Charles A. Rockwood).”
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Imobilização
Extensão do cotovelo várias vezes ao dia
Até 30 anos nas 3 semanas iniciais -RE 30 °/ flexão 90 ° Após RE 40 ° e flexão 90 °:
Reabilitar a força muscular: subescapular e infra espinhal, usando theraband, pesos e
natação
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Reabilitação do Ombro
Objetivos:
Fase Inflamatória:
Redução da dor
Redução da liberação de mediadores químicos
Redução do edema
Relaxamento muscular
Melhora da circulação
Freq.: 4 KHz
AMF: 120-150 Hz
Delta F: 60-80 Hz
Slope: 6:6
Modo Tetrapolar
Laser AsGa:
Produção de Cortisol
Degradação de fosfolipídios e produção de ácido araquidônico
Aumento da microcirculação
Dose:
10-30 mJ
1,5 cm
(1-3 J/cm2)
Freq.: 4 KHz
AMF: 50-100 Hz
Delta F: 30-60 Hz
Slope: 1:1 - 1:5:1
Modo Tetrapolar ou bipolar
Laser AsGa:
Agitação acústica
Aumento da permeabilidade das membranas
Aumenta transporte de cálcio
Aumento da síntese de proteínas
Aumenta poder de catálise das enzimas
Normalização do Ph
Freq.: 1 MHz
Freq. Pulso: 100 Hz
Pacote: 10-20% (1:9/2:8)
Tempo 4´
Intensidade: 1.0-1.5 W/cm2
Fase de Reconstrução:
Fortalecimento:
Fase II – Fortalecimento
Etapa III –Músculos Captadores (músculos: abdutores, anteriores e específicos para manguito
rotador)
Etapa III - Atividades funcionais específicas, atividade que envolve o ciclo excêntrico -
concêntrico ao músculo ativo, e que provocam sua potencialização elástica, mecânica e
reflexa, resultando uma maior produção de trabalho positivo (Moura, 1897).
A luxação, é a “perda do contato articular” entre o úmero e ulna e/ou rádio. A articulação do
cotovelo tem um formato que dificulta a luxação, ou seja, é uma articulação estável.
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Mecanismo de lesão: O tipo de trauma mais comum é aquele em que o indivíduo sofre uma
queda com o cotovelo estendido e apoiado no chão.
Condutas Pós Luxação: A luxação do cotovelo com muita frequência tem fraturas
associadas e uma radiografia sempre deve ser feita antes da redução. O paciente deve manter
seu cotovelo em repouso, imobilizado e procurar um serviço médico. Após a avaliação clínica
e radiográfica, o médico realizará a redução. Após a redução, novas radiografias serão
realizadas para assegurar da redução e ausência de fraturas.
Nos casos isolados, o tratamento após a redução é, conservador. Com fraturas associadas o
tratamento pode ser cirúrgico. As fraturas mais comuns são: da cabeça do rádio e/ou do
coronóide. Nos casos em que há luxação + fratura da cabeça do rádio + fratura do coronóide,
o tratamento é mais complexo e a lesão recebe o nome de "tríade terrível" do cotovelo.
Tratamento:
Sem fraturas e instabilidades: Conservador. A imobilização não deve ser mais de 2 semanas,
pois aumenta o risco de rigidez e o tempo de recuperação pode ser prolongado. Fraturas
associadas: Cirúrgico, exceto nos casos de fraturas incompletas ou sem desvio.
Complicações:
Fratura em crianças
Fratura Supracondilianas
Tipos:
I - Mínimo deslocamento
II - Integridade da cortical
Fase 1:
Fase 2:
Fase 3:
Nervo Ulnar:
Sinal de Froment: Para avaliar paralisia do nervo ulnar através da ação do músculo adutor
do polegar (segurar uma folha de papel com o polegar).
Sinal de Wartenberg: Serve para verificar Neurite ou Paralisia do Nervo Ulnar. Paciente
estende a palma da mão sobre uma superfície plana e lisa, pedir para realizar a abdução e
adução do Vº dedo, se ele não conseguir o teste é positivo para doença no nervo ulnar.
Nervo Mediano:
Ligamento de Struthers
Dor, parestesias (do 1º,2º e 3º e metade do 4º dedo) e alterações vasculares (a.
braquial) e atrofia tenar
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SÍNDROME DO PRONADOR
SÍNDROME DO INTERÓSSEO ANTERIOR
Nervo Radial:
EPICONDILITES
Lateral
“Cotovelo de tenista”
↓ Tênis - ↑ AVD’s
Tendinose (processo degenerativo)
Extensor radial curto do carpo
Compressão nervosa?
Medial
“Cotovelo de golfista”
AVD’s
Menos comum que a lateral
Origem comum dos flexores
Diagnóstico:
Palpação
Teste de Cozen
Teste de Mill
Teste do 3º dedo
Teste do cotovelo de golfista
Tratamento:
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Etiologia:
♂ 10:1 - 40 anos
Etiologia desconhecida
Alcoolismo e tabagismo
Diabéticos e epiléticos
Tratamento:
Tratamento Conservador:
Embora frequentemente espontânea e idiopática, essa síndrome pode ter inúmeras causas,
incluindo fraturas do rádio e fraturas supracondilianas.
Quadro Clínico:
O início pode ser gradativo mas é com frequência aguda, dor eventual no antebraço é
a queixa mais comum,
Impossibilidade de flexionar a falange do polegar
Fraqueza na pronação
Não há déficit sensitivo
A pinça entre o polegar e o indicador é “anormal”
Diagnóstico: ENMG
Tratamento Conservador:
O túnel do carpo é uma estrutura fibro-óssea, circundada por oito ossos carpianos e o
retináculo flexor. Através dele passam o nervo mediano, os nove tendões flexores e a artéria
mediana quando presente.
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A STC é causada em geral por qualquer processo patológico que reduza o diâmetro do canal
do carpo ou ocasione aumento do volume das estruturas que por ele transitem: Espessamento
do ligamento transverso do carpo e Edema sinovial do tendão e da articulação do punho.
É a compressão do nervo mediano na face anterior do punho, tendo como possíveis fatores
causais:
♀ 5:1 – 40 a 50 anos
Inflamação dos tendões flexores
Fraturas/Traumas (Consolidação Viciosa das fraturas de Colles)
Queimaduras
Alterações hormonais
Diabetes descontrolada
Gestação
Diagnóstico:
História Clínica
Dor face anterior
Choque
Parestesia no trajeto do nervo mediano
Redução da FM de preensão
Hiporreflexia
Testes de Phalen e Tínel
Reabilitação
Conservador:
AINE’s
Infiltração com corticoides
Fisioterapia
Cirúrgico: Riscos de sequelas
Fisioterapia:
Fase aguda
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Eletroterapia: Dor sem edema → Corrente analgésica; Dor com edema → CDB com
polo positivo sobre o punho
Repouso: órtese
Alongamentos
Turbilhão / parafina
Eletroterapia
Manutenção da ADM: tração e deslizamento
Manutenção da força muscular
MOBILIZAÇÃO NEURAL: alongamento neural: paciente em DD, realizar tração e
extensão de punho com braço abduzido. Proximal → distal
Fase crônica:
Orientações: não torcer roupa, qualquer atividade que envolva preensão e flexão, passar
roupa.
Fraturas do Escafoide:
Diagnóstico:
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Incidências:
Perfil
Póstero-anterior + desvio ulnar + dedos flexão
Oblíquas (pronação e supinação)
É comum a dificuldade em visualizar a fratura no exame radiológico inicial. Porém na
presença de suspeita clínica deve-se tratar como fratura
Fraturas sem desvio: gesso braquiopalmares por 40 dias, e após, luvas gessadas
englobando o polegar até a consolidação, geralmente 2 meses e meio.
Fraturas com desvios maiores do que 1mm ou associadas às luxações, indica-se
redução imediata e fixação da fratura com parafusos e estabilização do carpo com fios
de Kirschner.
Fraturas com fragmentos pequenos no pólo proximal serão tratadas com parafusos de
Herbert & Fisher
Doença de Kienböck:
Fratura de Colles:
É a fratura da extremidade distal do rádio associada a distal da ulna. 1/3 distal do rádio
(proc. estiloide ulna)
Deslocamento posterior do fragmento distal
Idosos
Dorso em garfo
Complicações:
Pseudoartrose
Consolidação viciosa
Ruptura do tendão longo extensor do polegar
Distrofia simpático reflexa (Distúrbio vasomotor provocando edema e alterações
sensitivas e motoras → difícil de acontecer)
Redução fechada sob anestesia local no foco da fratura com manipulação em direção
volar e distal
Imobilização axilo-palmar com leve flexão, desvio ulnar e antebraço em leve pronação.
A imobilização é mantida por 3 semanas e depois trocada por uma luva gessada.
Cirúrgico: Técnica de Ulson.
Reabilitação
Fase I (com o fixador):
Analgesia: TENS
Prevenir distúrbios circulatórios
Mobilidade dos tendões dos dedos sobre a fratura
Manutenção da força muscular
Ganho da ADM: calor profundo (OCC, Micro ondas ou turbilhão) mais mobilização
articular (tração e deslizamento graus II e III e alongamento.
Ganho de força muscular: exercícios resistidos (theraband, halteres, digiflex, Power
web)
Treinamento das AVD’s
Fratura de Smith:
Também conhecida como “colles reverso” é causada por queda com o punho em
flexão
Tratamento: redução incruenta com imobilização gessada do punho em leve extensão, por
aprox. 6 semanas
Fratura de Barton:
Mecanismo de trauma:
Tratamento: O tratamento das fraturas da porção volar é cirúrgico. Nas fraturas da porção
dorsal pode ser, em princípio incruenta.
QUADRIL E FÊMUR
É uma articulação sinovial esferoide com bastante estabilidade por causa das estrutura que
permitem maior cooptação, porém é a que mais corre risco de danos degenerativos. Seus
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FRATURAS DO FÊMUR
Proximais
A região do colo e da cabeça do fêmur é bastante vascularizada pelas Art. Circunflexa Lateral
e Medial e Art. Do Ligamento Redondo, que tornam a região bastante delicada e em caso de
fratura com risco de necrose. Também possui muito tecido ósseo esponjoso e pouco
compacto que facilitarão futuramente o acometimento por osteopenia e osteoporose. Deve
ser levado em consideração que a cabeça e o colo não estão na mesma linha da diáfise e
que recebe todo peso da superior.
Intermediárias
É uma região com muito tecido ósseo compacto e pouco esponjoso, está relacionada a
traumas. Acomete mais adulto jovem.
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Distais
Relacionada à traumas e é mais perigosa perto do joelho por causa de lesões ligamentares.
Acomete qualquer idade.
Classificação
Quanto estrutura
Impactada - achatamento, ocasionada pela força axial
Não deslocadas - completa sem desvio
Deslocadas - ocorre desvio por rotação ou elevação
Quanto ás causas
Traumáticas (ex. acidente de carro painel bate no joelho);
Pós sobrecarga (pcte. Idoso roda e quebra o colo, exercício também ocasiona);
Patológicas (osteoporose e tumores - Osteosarcoma).
Classificação Geral
Quanto as causas –Traumáticas (ex. acidente de carro painel bate no joelho); pós
sobrecarga (pcte. Idoso roda e quebra o colo, exercício também ocasiona) patológicas
(osteoporose e tumores - Osteosarcoma.)
Classificação de Garden
Mecanismo do trauma
Tratamento
Nas fraturas deslocadas, a redução anatômica fechada com contato ósseo adequado é
fundamental para evitar necrose avascular. A mobilização ativa deve ser iniciada 48 horas
após a cirurgia e o apoio parcial após 6 semanas, salvo sob orientação médica. Iniciar o
tratamento com imobilização objetivando evitar tromboembolismo – com pequeno ou grande
desvio, fixação com osteossintese de suporte. Observação iniciar tratamento com
mobilização passiva o mais precoce possível, objetivando evitar tromboembolismo. Cai na
classificação III e IV.
Complicações
Tromboembolismo
Infecção (osteomielite – osso não tem a consolidação, pode levar a necrose de
extremidade)
Retardo de consolidação, pode ser por causa da infecção
Necrose avascular (por ser uma região muito vascularizada)
Alterações RX:
Fraturas Transtrocanterianas
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São fraturas em geral extra capsulares a cápsula fica colo e cabeça. Região ricamente
vascularizada
Osso predominantemente muito esponjoso
Se pensar em fratura, irá acometer pessoas acima de 80 anos, ou seja mais idade do
que as com fratura de colo, por osteoporose, à maioria desses pacientes consolidam
suas fraturas conservadoramente.
Com estes requisitos (área bastante vascularizada), as fraturas sempre consolidam e faz
supor que o tratamento deve ser sempre conservador. Entretanto, a alta incidência de:
Tratamento Conservador
Está indicado em pacientes com alto índice de risco anestésico e já confinados no leito.
Pacientes jovens suportam melhor a tração transesqueletica (em geral de 6 a 10 semanas),
mesmo assim, deve-se estar atento a complicações clínicas como.
Pneumonia
Infecções urinárias
Escaras
Tromboembolismo
Tratamento Cirúrgico
Deve acontecer o mais breve possível
Placas de ângulo Fixo DHS (por causa do ângulo diafisário), no trocanter maior insere
o glúteo médio principal estabilizador do quadril.
Hastes flexíveis, Endless.
Diagnóstico
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Tratamento
Depende do traço da fratura e das condições do paciente. Em primeira (se for grau II, III, IV)
ser instancia o tratamento deve ser cirúrgico com tração transesqueletica (sistema de roldana)
de 6 a 10 semanas em pacientes mais jovens e fixos com osteossintese Inter fragmentar.
Em pacientes mais jovens a opção será por tração transesqueletica de 6 a 10 ou fixos com
osteossintese Inter fragmentar.
PUBALGIA
Definição
Expressão de sintomas localizados ao nível da sínfise púbica, com irradiações para adutores
e abdominais. Outras denominações:
Osteíte púbica
Artroplastia púbica
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Sinfisite púbica
Etiologia
Quadro Clínico
Dores provocadas pelas atividades físicas caracterizada por arrancadas rápidas com
mudança repentina de direção
Dor aos saltos e giros sobre uma perna
Dor ao realizar o chute
Dor à palpação da sínfise púbica, adutores e reto abdominal
Manobra de Grava positiva
Dor ao alongamento e/ou contração dos adutores e abdominais
Avaliação
Diagnóstico Diferencial
Hérnia Inguinal
Infecção urinária
Lesões no Reto femoral (apalpar a EIAS)
Tendinite dos adutores (só com RNM)
Dor referida da coluna lombar
Tendinite dos Adutores
Dor referida da coluna lombar ou quadril
Exames Radiológicos
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Reabilitação
Fase inicial
Repouso de 3 a 5 dias
Analgesia: gelo, eletro analgesia
Laser: 3 – 4 J/cm² no máximo 3 pontos
CDB + em caso de edema
Isométricos 60% da força máxima, não pode haver mobilidade articular.
Fase intermediária
Fase Final
SÍNDROME DO PIRIFORME
Inflamação do nervo ciático na sua passagem sob o músculo piriforme, causado por:
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Gatilhos- miofasciais
Traumas (quedas na posição sentado)
Encurtamentos musculares
Pode estar relacionado com dor lombar
Pode ocorrer por fibrose próximo ao piriforme comprimindo o ciático.
Anatomia
1- Superfície pélvica do sacro entre o primeiro e quarto forâmen sacral. Margem do grande
forâmen ciático, superfície pélvica do ligamento sacrotuberal
O n. ciático passe por baixo do piriforme, e não perfurando-o como em algumas das pessoas.
Ação Muscular
Etiologia
Avaliação
Palpação
Palpação do piriforme deve ser feita posteriormente ao quadril, próximo ao forâmen do ciático,
diferenciar sintomas da SI, inserção trocantérica, GM ou do ísquio
BURSITES DO QUADRIL
Quadro Clínico - dor na região do trocanter maior, palpação dolorosa nesta região e dor a
abdução resistida
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Quadro Clínico - dor durante a flexão ou extensão, dor a palpação na área inguinal
Tratamento bursites
O tratamento, no caso de ser uma lesão aguda, tem como objetivo inicial controlar os
sinais inflamatórios, através de:
Analgésicos e anti-inflamatórios não-esteroides: poderão ser receitados pelo médico
para controlar o processo inflamatório e aliviar as dores.
Descanso: Evite caminhar e estar muito tempo de pé. Andar a pé pode significar um
agravamento da sua lesão.
Gelo: Use o gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de
aplicar gelo novamente. Repita 2 a 3 vezes por dia. Assim que os sintomas diminuírem,
deve ser iniciado um programa de fisioterapia. As técnicas que revelam maior eficácia
nesta condição.
Exercícios de alongamento progressivo, principalmente do tensor da fáscia lata.
Aplicação de ultrassom e TENS poderá ser benéfica para aliviar a dor.
FM: Abdutores da coxa para diminuir o risco de recidivas. A aplicação de gelo no final
dos exercícios para prevenir sinais inflamatórios. Os seguintes exercícios são
geralmente prescritos durante a reabilitação de uma síndrome de dor trocantérica.
Deverão ser realizados 2 a 3 vezes por dia e apenas na condição de não causarem
ou aumentarem os sintomas.
Deitado de lado, com uma bola na região glútea. Com a ajuda de braços e pernas pressione
a bola em pequenos movimentos circulares.
Repita o movimento durante 30 a 90 segundos, desde que não desperte nenhum sintoma.
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Em pé, com a perna a alongar cruzada atrás da outra. Empurre a anca no sentido da perna a
alongar. Mantenha a posição durante 20 segundos.
Sentado, com um elástico à volta dos joelhos e os pés bem apoiados. Faça força para afastar
os joelhos. Mantenha a posição durante 8 segundos.
JOELHO
SÍNDROME PATELOFEMORAL
Etiologia/Fatores predisponentes
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Fatores causais
Anteversão Femoral
Aumento do ângulo Q
Patela alta
Displasia patelar
Displasia Troclear
A partir de uma imagem axial, marcar um ponto no centro da tróclea traçar 2 retas uma na
superfície lateral e outra na medial.
Desequilíbrio muscular
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Vasto Medial: Quanto maior sua fraqueza, mais a patela se lateraliza, ocasionando o
desequilíbrio entre a patela e a tróclea do fêmur.
Retração trato iliotibial: Aumenta o valgo. A debilidade dos rotadores externos leva
consequentemente à RI e ao desalinhamento.
Tensor da fáscia lata: Quanto maior o seu encurtamento maior será o valgo.
Glúteo Máximo: Quanto maior sua fraqueza, maior a tendência do fêmur ficar em anteversão
ocorrendo assim o desalinhamento.
Etiologia
Quadro clínico
Testes especiais
Afecções associadas
Tendinite
Plica sinovial (membrana subpatelar existente em 30% da população que pode
inflamar)
Lesão de LCA
Osgood-Schlater
Doença de Hoffa (inflamação da gordura)
Reabilitação
Fase aguda:
Fase sub-aguda:
Fase crônica:
OCC, se necessário
Alongamentos
CCF (0 – 50°) + adução
CCA (90 – 50°) + adução
Propriocepção dinâmica
Hidroterapia (condicionamento físico)
LESÃO MENISCAL
Função
Aumentar a congruência
Melhor descarga de peso
Lubrificação (tem um envoltório que produz líquido sinovial)
Estabilidade
Mecanismos de Lesão
Vascularização
Sutura meniscal
Meniscectomia Parcial
Reabilitação
Meniscectomia parcial
1ª e 2ª semanas
NMES (quadríceps)
Treino proprioceptivo estático (transferência de peso)
3ª e 4ª semanas
5ª e 6ª semanas
ADM restaurada
Alongamentos ADM completa
“Leg-press” (até 90°)
Treino proprioceptivo (médio)
Hidroterapia (condicionamento físico)
7ª e 8ª semanas
Pliométricos
Treino proprioceptivo (difícil)
Corrida
Treino do gesto esportivo
Orientações
Sutura meniscal
1ª a 4ª semana
4ª a 8ª semana
8ª a 12ª semana
55
RECONSTRUÇÃO DE LCA
Anatomia do LCA
Feixes do LCA
Vascularização
coágulo de fibrina, que evoluiria para tecido de granulação e finalmente tecido fibroso
ou cicatricial.
Biomecânica
Mecanismo de Lesão
LCA+LCP
57
Tratamento
Tratamento conservador;
Tratamento cirúrgico;
Indicado para ruptura total;
Instabilidade;
Lesões - LCP e Meniscos;
Jovens com grande mobilidade;
Desejo em manter a atividade esportiva;
Insucesso no tratamento conservador.
Reabilitação
Objetivos:
Analgesia;
Diminuição do edema;
Deambulação com muletas;
Prevenir a inibição reflexa da musculatura do joelho;
Prevenir aderências;
Restaurar a mobilidade completa do joelho;
Recuperar a percepção cinestésica e controle neuromuscular – estático e dinâmico;
Melhorar a F.M e Flexibilidade.
PO Imediato
1 - 2 ª Semanas
3ª Semana
ADM 0º a 120º
Alongamentos
Exercícios isométricos de joelho com carga progressiva
Exercícios isotônicos de quadril com carga
Exercícios isotônicos de tornozelo
ECCA 90 – 60 graus, sem carga
Propriocepção sem descarga de peso (sentado)
Bicicleta ergométrica sem carga
Hidroterapia;
ECCF: 0 – 45 graus
ECCA: 90 – 60 graus com carga leve
Propriocepção com apoio bipodal em solo
Estável e instável;
60
Marcha com apoio total (após 21 dias). Extensão total e flexão mínima de 90 a 100
graus.
Dirigir
1ª ao 2ª Mês
2ª ao 3ª Mês
4º ao 6º Mês
6ª ao 8ª Mês
Avaliação – Alta.
ENTORSE DE TORNOZELO
Epidemiologia
Mecanismo de Lesão
Lesão Aguda
Classificam-se em três graus:
GRAU I
GRAU II
Hematoma
Perda parcial da estabilidade (frouxidão ligamentar)
GRAU III
Instabilidade Funcional
Instabilidade Mecânica
Quadro Clínico:
Dor;
Edema localizado;
Equimose (ruptura dos vasos sanguíneos);
Diminuição da ADM ativa e passiva;
Diminuição da força muscular;
Dificuldade para deambular
Diagnóstico:
Palpação
Dor na região do maléolo lateral
Exames Complementares:
Reabilitação
Conservador: Iniciar o tratamento o mais precoce possível para as lesões Graus I e II.
Dividido em três fases:
Fase I
Fase II
Fase III
Fase I
Objetivos:
Fase II
Objetivos:
Laser AsGa;
US (modo: pulsado);
OC (modo: pulsado);
CDB (se não tiver sinais de inflamação – polo negativo);
Exercícios ativo-assistido com prancha e skate;
Exercícios no turbilhão;
Alongamento passivo de flexores plantares;
Mobilização articular;
Exercícios isométricos;
Exercícios resistidos com theraband;
Reeducação sensório- motora
Solo estável -> solo instável;
Olho aberto -> olho fechado;
Apoio bipodal -> apoio Unipodal;
Prancha, skate, disco de Freeman
Fase III
Objetivos:
Reeducação funcional
Condutas:
Propriocepção dinâmica:
Saltos;
Corrida (todas as direções);
Drible;
Rotações;
Obs.: em caso de atletas, associar ao gesto esportivo
SAÚDE DA MULHER
Principais Funções da Pelve
– Contenção das vísceras pélvicas e abdominais
– Transferência do peso do corpo para os MMII
– Permite passagem da uretra, vagina e reto
Anatomia
Anel Ósseo:
– Ilíacos, sacro e cóccix
Articulações:
– Anteriormente: Sínfise púbica
– Posteriormente: Art. Sacro ilíaca e art. Sacro coccigeana
Ligamentos:
– Lig. Ileolombar (L5 – ilíaco) – limitam inclinação lateral do tronco e rotação
da coluna.
– Lig. Sacro-ilíaco anterior (sacro-ilio) – estabilizam a art. Sacro-ilíaca e
limitam o movimento de nutação e contra-nutação.
– Lig. Sacro-ilíaco posterior (sacro-ilio) - estabilizam a art. Sacro-ilíaca e
limitam o movimento de nutação e, principalmente, contra-nutação.
– Lig. Sacro- tuberal (sacro-tuberosidade isquiática)
– lig. Sacro espinal (sacro- espinha isquiática) – limitam a nutação e
amenizam as forças de impacto.
Parede latero-posterior:
– Piriforme
– Obturador interno
Parede inferior:
– Planos superficial: períneo urogenital, períneo anal;
– Plano médio: diafragma urogenital (isquiocavernoso, bulboesponjoso,
transverso superficial e profundo do períneo)
– Plano profundo: diafragma pélvico (levantador do ânus, coccígeo e fáscias
que cobrem sua face superior e inferior)
Diafragma Pélvico
Estabilização postural.
O equilíbrio da pelve depende: ação dos MAP, ação dos abdominais, ação dos músculos
dorsais (multifidos)
Bexiga
Musculo detrusor
Esfíncter interno (espessamento do musculo detrusor)
No homem contém mais fibras
Retocele
A retocele pode dificultar a evacuação e pode causar constipação. A mulher pode ter
dificuldade em evacuar todo o conteúdo intestinal. Algumas mulheres precisam colocar um
dedo na vagina e pressionar contra o reto para evacuar.
Enterocele
A enterocele se desenvolve quando o intestino delgado e o revestimento da cavidade
abdominal (peritônio) caem e ficam salientes entre a vagina e o reto. Ela ocorre mais
frequentemente após o útero ter sido removido cirurgicamente (histerectomia). A enterocele
resulta do enfraquecimento do tecido conjuntivo e dos ligamentos que sustentam o útero.
A enterocele muitas vezes não apresenta sintomas. Porém, algumas mulheres sentem uma
sensação de plenitude ou pressão ou dor na pelve. A dor também pode ser sentida na
região lombar.
Cistocele e cistouretrocele
A Cistocele se desenvolve quando a bexiga cai e se projeta em direção à parede frontal da
vagina. Ela resulta do enfraquecimento do tecido conjuntivo e das estruturas de sustentação
em torno da bexiga. Quando a ureterocele e a cistocele ocorrem juntas, esse quadro clínico
é chamado de cistouretrocele.
Mulheres com qualquer um desses distúrbios podem ter incontinência de esforço (liberação
da urina durante a tosse, risos ou qualquer outra manobra que, de repente, aumenta a
pressão dentro do abdômen). Se forem graves, esses distúrbios podem causar incontinência
por transbordamento (a liberação da urina quando a bexiga fica muito cheia) ou retenção
urinária. Depois de urinar, a bexiga pode não esvaziar completamente. Às vezes, uma
infecção do trato urinário se desenvolve. Se os nervos da bexiga ou da uretra estiverem
danificados, as mulheres que tiverem esses distúrbios podem desenvolver incontinência de
urgência (uma vontade intensa e irreprimível de urinar, resultando na liberação da urina).
Prolapso do útero
No prolapso do útero, o útero cai dentro da vagina. Isso geralmente resulta de
enfraquecimento do tecido conjuntivo e dos ligamentos de sustentação do útero. O útero
pode ficar saliente das seguintes maneiras:
O prolapso do útero pode causar dor lombar ou no cóccix, dificuldade em defecar e dor
durante as relações sexuais, bem como uma sensação de peso ou pressão – uma sensação
de que os órgãos pélvicos estão caindo. No entanto, muitas mulheres não apresentam
nenhum sintoma.
O prolapso uterino total pode causar dor durante a caminhada. Feridas podem se
desenvolver no colo do útero (a parte inferior do útero) saliente e causar sangramento,
secreção e infecção.
O prolapso do útero pode causar uma torção na uretra. A torção pode esconder a
incontinência urinária se estiver presente ou tornar o ato de urinar difícil.
70
Prolapso da vagina
No prolapso da vagina, a parte superior da vagina cai em direção à parte inferior, de modo
que a vagina vira do avesso. A parte superior pode cair a meio pela vagina ou em toda a sua
extensão, projetando-se para fora do corpo e causando o prolapso vaginal total.
Normalmente, a cistocele ou a retocele também estão presentes.
O prolapso vaginal total pode causar dor ao se sentar ou caminhar. Feridas podem se
desenvolver na vagina saliente e causar sangramento e corrimento. O prolapso da vagina
pode causar uma necessidade irresistível ou frequente de urinar. Ou pode causar torção da
uretra. A torção pode esconder a incontinência urinária se estiver presente ou tornar o ato
de urinar difícil. Evacuar pode também ser difícil.
Incontinência urinaria
Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Distúrbio mais frequente no
sexo feminino, pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década de vida quanto em
mulheres mais jovens. Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da
uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com
que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a
contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em
volta uretra sejam mais frágeis nas mulheres.
Causas
71
Gravidez e parto
Tumores malignos e benignos
Doenças que comprimem a bexiga
Obesidade
Tosse crônica
Diagnostico
São dados importantes para o diagnóstico o levantamento da história dos pacientes e
a elaboração de um diário miccional onde eles devem registrar as características e
frequência da perda urinária.
Outro recurso para firmar o diagnóstico é o exame urodinâmico, que é pouco invasivo
e registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinaria sob esforço.
AFA – Avaliação funcional da musculatura do assoalho pélvico
GRAU O = Sem função perineal subjetiva (visual) e objetiva (detectada pela palpação)
GRAU 1 = Sem função perineal subjetiva e objetiva débil
GRAU 2 = Função perineal subjetiva e objetiva medianas (sem resistência opositora à
palpação)
GRAU 3 = Função perineal subjetiva e objetiva mantidas, com resistência opositora
mantida à palpação por menos de 5 segundos
GRAU 4 = Função perineal subjetiva e objetiva mantidas, com resistência opositora
mantida à palpação por mais de 5 segundos
Tipos de incontinência
Tosse
Espirro
Atividades esportivas
Mudanças de postura
Causas:
Tipo 0: IUE sem demonstração objetiva de perda, colo vesical e uretra abrem
durante esforço
Tipo I: colo vesical e uretra abrem e descem menos de 2cm durante esforço, com
discreta procedência da parede vaginal anterior
Tipo IIa: colo vesical e uretra abrem e descem mais de 2cm durante esforço, com
procedência da parede vaginal anterior
Tipo IIb: colo vesical e uretra ficam abaixo da borda inferior da sínfise púbica no
repouso, podendo descer durante esforço
Tipo III: colo vesical e uretra estão abertos durante repouso, na ausência de
contração do detrusor
Bexiga Hiperativa:
A hiperatividade do detrusor é caracterizada por contração não-inibida do músculo detrusor
de forma abrupta e involuntária. Caracterizada por bexiga hiperativa quando de origem
idiopática e, bexiga hiperativa neurogênica quando a origem é neurológica (ICS,2002)
BEXIGA NEUROGÊNICA
Complicações
Causas
A bexiga neurogênica pode ter várias causas como, um lesão medular, esclerose múltipla,
diabetes mellitus, traumatismo lombar, alcoolismo e intoxicação medicamentosa. A
incontinência urinária (IU) decorrente da bexiga neurogênica é a IU por transbordamento com
74
P.E.R.F.E.C.T
Reabilitação
Na Incontinência urinária, os fisioterapeutas ginecológicos atuam através de
eletroestimulação e reabilitação miccional, e ensinam às mulheres exercícios de
fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, que também é importante no tratamento
da disfunção sexual feminina.
Considere os fatores que levam a incontinência urinária do idoso – uso de diuréticos, ingestão
hídrica, situações de demência e delírio, problemas de locomoção – e tente contorná-los. Às
vezes, a perda de urina nessa faixa de idade é mais um problema social do que físico;
Evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante a gestação, praticar
exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico, são medidas que podem ser úteis
na prevenção da incontinência urinária.
Terapia comportamental
Reeducação Vesical
Reeducação Intestinal
Reeducação Comportamental
Diário Miccional
Treinamento ou Reeducação Vesical
Esvaziamento Programado
Orientações Alimentares e Ingesta hídrica
Reeducação muscular
76
Cinesioterapia
Cone Vaginal
Eletroestimulação
Biofeedback
Cinesioterapia
Indicações
o Propriocepção
o Fortalecer
o Coordenar
o Manter
Contra Indicações
Cones vaginais
Rosa 20 gramas
Amarelo 32 gramas
Marfim 45 gramas
Verde 57 gramas
Azul 70 gramas
Contraindicações: gestação, prolapso, infecção uterina e período
menstrual.
Eletroestimulação
Estimulação do pudendo intra ou extracavitária. Eletrodos vaginais, retais ou de superfície
77
Indicações:
Fortalecimento MAP
Inibição Detrusora
Contra Indicação
Implante Metálico
Gestação
Prolapso (intracavitário)
Infecções Pélvicas
Sensibilidade
Anatomia e aceitação
Lesões cutâneas
Incontinência urinaria de esforço - IUE
Frequência – 50 a 65 Hz
Largura de Pulso – 250 a 400 ms
Ton/Toff – 2/4s
Bexiga Hiperativa
Frequência: <10Hz
Largura de Pulso: 200ms
Ativação de arco reflexo – Reflexo n. Pélvico
Biofeedback
Indicação
Conscientização dos MAPs
Evitar uso de musculatura acessória
Maximizar esforço de contração
78
Anorgasmia
Estudos populacionais têm demonstrado altas taxas de disfunções sexuais, entre elas
a anorgasmia feminina, que entende-se por dificuldade de atingir o orgasmo ou a ausência
dele. Anorgasmia não deve ser confundida com frigidez, pois a mulher que sofre de
anorgasmia tem interesse sexual e todas as respostas satisfatórias para realizar o ato sexual.
A anorgasmia pode ser dividida em primária e secundária, onde anorgasmia primária a mulher
nunca experimentou um orgasmo, enquanto que, na secundária ela possuía orgasmos, mas
de alguma forma passou a não mais apresentá-los.
Etiologia
Experiências vivenciadas na infância e adolescência (Psicorrelacionais),
Biológicas
Qualidade do relacionamento ao qual a pessoa está inserida.
Depressão
Objetivo
Fortalecimento perineal, trabalhando com técnicas, como por exemplo a
cinesioterapia.
Reabilitação
Exercícios perineais
Autoconhecimento corporal (região pélvica)
Educação
Fortalecimento do assoalho pélvico
Cinesioterapia
Exercícios de Kegel
Ginastica hipopresiva
79
Eletroestimulação
Biofeedback
Terapia manual
Método pilates
Exercícios de Kegel
Decúbito dorsal, nádegas ligeiramente elevadas, perna de apoio flexionada e que fará
a elevação estendida. Realizar o exercício com as duas pernas.
Em pé, com uma bola entre as faces internas da coxa, ficar na ponta dos pés,
contraindo o períneo e relaxando-o ao voltar com as plantas dos pés no chão.
Endometriose
O endométrio é um tecido que reveste a parte interna do útero, sendo constituído por vasos
sanguíneos e células especializadas, que descamam e resultam na menstruação.
Este tecido tem como função oferecer condições adequadas para a implantação e nutrição do
óvulo fecundado, até que aconteça a formação da placenta para possibilitar o transporte de
oxigênio e demais nutrientes entre mãe e feto.
No caso da endometriose, em vez das células do endométrio serem expelidas na
menstruação, migram no sentido oposto e podem atingir locais fora da cavidade uterina
A endometriose é caracterizada pela presença de tecido endometrial, localizado fora da
cavidade uterina, como superfície peritoneal, ovários, septo retovaginal, além de bexiga, reto,
sigmoide e outras porções do tubo digestivo.
Estudos apontam uma prevalência de até 20% em mulheres em idade reprodutiva e que 30 a
50% das mulheres inférteis apresentam endometriose.
A etiologia da endometriose é obscura e as suas teorias são múltiplas.
Porém, as evidências indicam que as combinações de fatores genéticos, contribuir para a
formação e desenvolvimento dos focos ectópicos de endometriose
Sintomas
Cólicas menstruais severas (dismenorreia)
Dispareunia (dor durante o ato sexual)
Cisto de ovário
Outros sintomas encontrados são os intestinais, que se dão devido a secreção de
prostaglandinas, podendo acontecer um aumento do hábito intestinal durante a
menstruação, que estimula a contração do intestino. Se avançada, a doença atinge o
intestino grosso causando sangramento e dificuldade ao evacuar
Dor pélvica
Dor lombar
Desconforto abdominal
Já os sintomas urinários aparecem quando a endometriose é implantada na parede
da bexiga e causa inflamação e irritação, fazendo com que a mulher tenha dor ao
urinar, vá ao banheiro diversas vezes ao dia e tenha dificuldade de segurar a urina
quando a bexiga está cheia.
Alteração de ciclo menstrual
Diagnostico
Sintomas
Exame ginecológico
Fatores de risco
81
Reabilitação
Diversos estudos mostram que o tempo entre o início dos sintomas álgicos e o diagnóstico e
tratamento da doença é muito longo.
Este longo período de dor, sem diagnóstico, leva às alterações musculoesqueléticas
relevantes. Da mesma forma, existem ossos, músculos, nervos, fáscias e ligamentos na
pelve e abdômen que estão sujeitos a alterações substanciais.
Com isso, os fisioterapeutas avaliam o alinhamento, a musculatura, os sistemas fasciais e
os padrões de movimento da pelve e do corpo, procurando solucionar problemas
relacionados com a dor intensa e com a consequente diminuição da qualidade de vida.
Alguns recursos utilizados para aliviar essa patologia são:
Eletroterapia,
Cinesioterapia
Exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico
Exercícios direcionados à elevação da liberação de endorfinas,
Massagem,
Terapia manual,
Terapias posturais,
Crioterapia,
termoterapia,
Acupuntura e exercícios aeróbicos
Dispareunia
Dispareunia é definida como dor durante o ato sexual.
É um sintoma incomodo e que pode levar a problemas e conflitos dentro de uma relação.
Causas
Lubrificação genital inadequada, isso pode ser um problema após o parto, cirurgia;
Endometriose;
Gravidez ectópica;
Útero retrovertido; prolapso da bexiga, útero ou reto; prolapso dos ovários na bolsa de
Douglas; ligamento largo; rasgadura.
82
Reabilitação
Técnica de dessensibilização do local;
Massagem local;
Alongamento;
Biofeedback;
Exercícios de Kegel;
Cones vaginais;
Estimulação elétrica.
Objetivo:
Diminuição da dor;
Vaginismo
Por mais que se ouve pouco, o vaginismo é muito comum, 5 em cada 100 mulheres
sofrem algum grau de vaginismo. Ele tem cura e merece atenção.
Causas
O vaginismo é uma condição única que pode resultar de uma combinação tanto de
causas físicas quanto não-físicas, ou podem não ter causa perceptível.
Medo;
Ansiedade ou estresse;
Problemas de relacionamento;
Eventos Traumáticos;
Experiência de Infância;
Nenhuma causa.
Problemas de saúde;
Parto normal;
83
Desconforto temporário;
Trauma pélvico;
Abuso;
Medicações.
Diagnostico
Sintomas
Tratamento
Autoconhecimento da anatomia;
Relaxamento;
Termoterapia;
Terapia Manual;
Dilatadores Vaginais;
Eletroestimulação;
Biofeedback;
Cinesioterapia.
Terapia manual
84
Dilatadores vaginais
Gestação
Adaptações hormonais
HCG- Gonadotrofina Coriônica Humana
• Secreção: células sinciciais trofoblásticas (8 a 9 dias pós ovulação)
• Pico: 10 a 12 semanas;
• Impede a involução do corpo lúteo/ menstruação;
• Proliferação e reserva de nutrientes endometriais.
HCS - Somatomamotropina Coriônica
• Secreção: sinciciotrofoblasto
• Correlaciona seus níveis com peso placentário;
• Desenvolvimento das mamas (HPL- Lactogênico placentário humano)
Relaxina
Sistema musculoesquelético
Compensações
posturais
Efeitos hormonais
• Estrógeno+ relaxina + progesterona + cortisol:
• Substituição do colágeno com maior extensibilidade e flexibilidade nas articulações:
• Maior retenção hídrica;
• Hipotonia vascular;
• Edemas, varizes, compressões nervosas, hipermobilidade articular e pélvica.
Sobrecarga ponderal
• 3,5 kg – feto
• 1,0 kg – crescimento uterino
86
Diástase abdominal
Sistema cardiovascular
Sistema hematológico
• Baixos níveis fisiológicos de hemácias, plaquetas e proteínas:
• Anemia fisiológica;
• Anemia adquirida (dieta inadequada e má absorção).
Sistema respiratório
Sistema gastrointestinal
Vasodilatação periférica:
• Aumento das secreções mucosas;
• Hiperemia e amolecimento da gengiva
• Salivação excessiva
• Hipotonicidade da musculatura lisa
• Deslocamento do estômago
• Diminuição do tônus e esfíncter esofágico
• Retardamento do esvaziamento gástrico
• Pirose
• Hipotonicidade da musculatura lisa (progesterona)
• Compressão mecânica do intestino
• Maior reabsorção de água e sódio- aldosterona:
• Constipação intestinal
• Presença de hemorroidárias
Sistema urinário
• Aumento do volume plasmático:
• Aumento do volume plasmático renal
88
Hiperpigmentação areolar
Puerpério
Período que se segue ao parto, no qual os órgãos e sistemas envolvidos, direta ou
indiretamente, sofrem processos regenerativos, na tentativa de retornarem às condições pré-
gravídicas.
Classificação
Puerpério imediato
Após o secundamento até o 10º dia.
Puerpério tardio
Entre o 11º e o 45º dia.
89
Puerpério remoto
Além do 45º.
Puerpério imediato
Período de maiores transformações fisiológicas (corporais e psíquicas), e de maiores
possibilidades de complicações clínico-cirúrgicas (puerpério patológico).
Necessidade de monitorização.
Involução uterina
Sede excessiva
Perda de peso
Diminuição do edema
Puerpério tardio
• Regeneração do epitélio vaginal
• Regressão e regeneração uterina
• Regressão do líquidos (sanguíneo /seroso)
• Retorno da capacidade residual funcional e volume de reserva expiratória aos valores
basais
• Aumento da diurese – eliminação do líquido acumulado durante a gestação
Puerpério remoto
Avaliação fisioterapêutica
Anamnese
História da gestação atual
Exame físico
Dados vitais
Sinais de formação de trombos
Avaliação respiratória
Avaliação do abdome
Avaliação dos membros inferiores
Avaliação das mamas e condições para o aleitamento materno.
Estímulo respiratório
Estímulo circulatório
Parto vaginal
Inclinação pélvica.
Reforço do assoalho pélvico
Alivia a dor;
Estimular a deambulação;
Massagem abdominal.
ONCOLOGIA
Causas de câncer
Fatores hereditários
Tabagismo e alcoolismo
Obesidade
Fatores ambientais
Fatores químicos
O que é o gene?
É o pedaço do DNA, do cromossomo que tem como papel conter uma informação genética.
Formado por bases nitrogenada tem o papel de formar proteína.
A transformação, mutação dessas proteínas iniciam o processo de oncogênese, ou a
produção de grande quantidade dessas proteínas podem iniciar um processo de câncer
Membrana celular é composta:
Fosfolíquido: (ácido graxos, fosfato);
Proteínas: transporte de substancias, faz reconhecimento da célula (diferenciação da
célula);
Forma estrutura da célula e também o mecanismo de ancoragem (adesão intracelular).
Nomenclatura tumoral
Quando sua origem for dos tecidos de revestimento externo e interno, os tumores
são denominados carcinomas.
96
Fadiga;
Dor;
Alterações na Pele;
Diagnostico
Analise Clinica: Exames de sangue que avaliam a presença de marcadores tumorais.
Biopsia por agulha: realiza-se uma coleta de amostra de tecido da região do tumor, com
objetivo de avaliar histopatologicamente as estruturas celulares.
Biopsia Liquida: o exame é realizado a partir da coleta de uma amostra de cerca de 15 ml
de sangue, que deve ser rapidamente centrifugado para a separação do plasma.
97
A análise permite detectar moléculas de DNA tumoral circulante com especificidade próxima
de 100% e sensibilidade superior a 90% nos casos de doença avançada.
Medicina nuclear
Núcleos de exame de imagem
Sistema linfático
O sistema linfático é um sistema vascular - a parte - por onde circula a linfa. É um sistema
auxiliar de drenagem, ou seja, auxilia o sistema venoso fazendo retornar para a circulação o
líquido acumulado no interstício. O liquido flui dos espaços intersticiais para os vasos linfáticos
e depois volta para a circulação.
Medula Óssea: É um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo
conhecido popularmente por “tutano”. A medula óssea desempenha um papel
fundamental no desenvolvimento das células sanguíneas, pois é lá que são produzidos
os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos), e as plaquetas.
Apêndice: Não se sabe a função exata do apêndice sabe se que é rico em células de
defesa em infeções locais.
Função:
98
A linfa é um líquido que se acumula no espaço intersticial, ou seja, entre os tecidos e que
está presente nos vasos linfáticos. Sua composição é semelhante a do plasma, exceto pela
baixa concentração de proteínas. Possui grande quantidade de leucócitos, particularmente
linfócitos. Geralmente é um líquido claro, porém a do intestino delgado torna-se leitosa pela
ação dos lipídios digestivos.
Sangue:
Plasma + Hemácias + Leucócitos + plaquetas e outras substancia
Linfa:
Ducto torácico é um grande canal linfático que se estende do abdome até o pescoço. É o
maior ducto linfático do corpo e é responsável por coletar maior parte da linfa.
Ducto torácico Esquerdo: É o maior vaso linfático do corpo. Se origina no abdome e
desemboca na veia subclávia esquerda na sua junção com a veia jugular interna esquerda.
Ducto linfático direito: Possui aproximadamente 4 cm de comprimento e desemboca na
veia subclávia direita em sua junção com a veia jugular interna direita.
Edema
Pressão osmótica ou pressão oncótica gerada pelas proteínas no plasma sanguíneo,
especialmente pela albumina e pelas globulinas.
Linfedema
Acumulo de liquido altamente proteico nos espaços intersticiais;
Obstrução do vasos do sistema linfáticos;
Linfedema;
Disfunção do membro;
Dano de nervos.
Quimioterapia;
Hormonioterapia;
Imunoterapia.
Tratamento local:
Radioterapia.
Tratamento cirúrgico
Quimioterapia
A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no
tratamento do câncer.
(INCA, 2016)
Formas de administração:
A quimioterapia pode ser administrada de diferentes maneiras.
Tipos de quimioterapia
Sintomas da quimioterapia
101
Efeitos cardiovasculares
HORMONIOTERAPIA
A manipulação do sistema endócrino para o tratamento de algumas neoplasias malignas
Hormoniossensíveis.
Utilizada no CA de mama, carcinomas de endométrio e de próstata e os tumores
tiroidianos.
102
Radioterapia
Controle local do câncer.
Neoadjuvante;
Adjuvante;
Locais de irradiação: pode se irradiar todos os locais, exceto locais onde tem presença de
órgãos moveis. Ex: Abdome
Tipos de radioterapia
Sintomas
103
Cirtometria
Mensuração da circunferência.
Deve ser avaliada antes e após tratamento em caso de Linfedema.
Como deve ser realizado
Realiza uma marcação na articulação e vai subindo e descendo de 5 em 5 cm, sempre
fazendo a marcação
Epidemiologia
• De todas as mulheres que apresenta câncer de mama, de 15 a 20%, apresenta
Linfedema;
• 50% das que passaram por retirada de linfonodos;
• Nas cirurgias conservadoras aumenta a chance de ter as que passam por tratamento
de radioterapia na axila e na pelve.
Classificação do Linfedema
• Primário: Ex. Congênito- Alteração do vaso linfático.
• Secundário: causado pela retirada de rede de linfonodos após cirurgia-complicação
seria e incapacitantes.
Outras causas: insuficiência venosa crônica, erisipelas, metástase, pós radioterapia.
Algumas literaturas ainda coloca a classificação grau 4- Fase avançada da doença- falência
total dos vasos.
105
Contraindicação
Absolutas
• Insuficiência cardíaca não compensada;
• Trombose venosa profunda de MS;
• Neuropatias periféricas avançadas.
Relativas
107
• Infecções;
• Flebite;
• Alergia ao material;
• Distúrbio de sensibilidade.
Princípios da contenção
Lei de Laplace: Quanto maior o raio do vaso, maior a tensão na parede requerida para resistir
uma dada pressão interna de fluido.
Materiais de apoio
• Espuma
• Atadura elástica
• Malha tubular;
• Grampo ou fita adesiva
108
Braço: faço a estimulação axilar ou supra clavicular para esvaziamento dos gânglios
linfáticos. Depois começo a drenar o braço de proximal (próximo à área axilar) e após distal
(próximo ao cotovelo).
Fazer movimentos leves, sempre carregando a linfa em direção a área de esvaziamento,
quando terminar de drenar posso seguir para o antebraço (dividindo em 3 partes também,
para facilitar), carregando a linfa sempre em direção axilar ou supra clavicular. Quando
terminar o antebraço, fazer a drenagem da mão e dedos.
Por fim, posso fazer um bracelete para terminar a drenagem.
Obs.: fazer movimentos de 5 a 7 vezes em cada parte para encaminhamento da linfa
Sempre que terminar de drenar por partes, lembrar sempre de esvaziar novamente a área
axilar ou supra clavicular para melhor drenagem.
Segundo a organização mundial da saúde (OMS), o câncer de mama é definido como sendo
um tumor maligno localizado na mama, como resultado de uma série de alterações nos genes
que controlam o crescimento e o comportamento celular, sendo que o tumor ocorre quando
estas células se multiplicam de maneira descontrolada, devido a uma anormalidade nestes
genes.
Incidência
2º tipo de CA mais incidente;
49.400 casos diagnosticados em 2008;
Estimativa de 51 casos a cada 100.000 mulheres;
60% diagnósticos: estádios III e IV.
Fatores de risco
Riscos Mediano a muito elevado
Obesidade
Nuliparidade
Sedentarismo
Densidade da mama.
Carcinogênese
Diagnostico
Exame clínico: inspeção das mamas e palpação dos linfonodos axilares e da mama.
Auto exame: auto palpação das mamas no mesmo período de cada mês, 4 a 6 dias
após término menstruação.
Estadiamento
Intercâmbio de informações
Prognóstico
Planejar terapêutica
Avaliar resultados
Sistema T.N.M.
T: extensão do tumor
Metástase
A via de disseminação é o sistema linfático e hematogenica.
Os locais mais afetados são:
Fígado;
Pulmão
Osso
113
SNC;
Mastectomia
Cirurgia conservadora
Indicação
Margem livre do tumor á microscopia;
Acesso a radioterapia complementar;
Padrão mamário favorável;
Consciência do risco de recidiva.
114
Linfadenectomia axilar
Tratamento clinico
Quimioterapia
115
Efeitos colaterais
Radioterapia
Objetivo: destruir as células neoplásicas remanescentes após a cirurgia ou reduzir o tamanho
dos tumores antes da cirurgia
Tipos: Teleterapia, intraoperatoria e Braquiterapia
Efeitos colaterais podem ser agudos ou tardios
116
Hormonioterapia
Estudo hormoniohistoquimico de receptores.
Sintomas: semelhante aos da menopausa, além de ainda pode ocorrer sangramento vaginal,
retenção hídrica e irregularidade menstrual.
Terapia alvo
Reconstrução mamaria;
Avaliação fisioterapeutica
Dados pessoais
Dados clinicos
Antecedentes pessoais
Atividades de vida diaria
Exame fisico (avaliação postural, perimetria, goniometria e disfunções
musculoesqueleticas no ombro).
Tratamento
Ideal que já tenha tido o primeiro contato no pré-operatório- Avaliações pré existente.
Objetivo:
- Evitar postura antálgica;
- Evitar respiração de defesa;
- Melhorar a expansibilidade torácica;
- Prevenir acúmulos de secreção;
- Prevenir complicações circulatórias;
- Profilaxia a tendência de retração da cicatriz;
- Manutenção da ADM;
118
Condutas
Posicionar o membro operado com elevação de 30º, com abdução de 45º. Mobilização
leve do membro.
Mobilização com ADM limitada a 90º.
Objetivo
Exercícios isométricos;
Exercícios Respiratório;
DLM;
Fortalecimento muscular;
Melhorar postura;
120
Seroma;
Complicações cicatriciais;
Hemorragia;
Lesões Neurovasculares;
Alteração de sensibilidade;
Linfedema;
Dor;
Uso de bastões;
Pilates;
Seroma
Ocorre abaixo dos retalhos elevados da pele;
Incidência: 24% a 52%.
Ocorre devido acumulo de linfa e sangue abaixo a cicatriz.
Tratando o seroma
Terapia compressiva;
Terapia manuais;
Aderência;
Infecção;
Deiscência;
Fibrose;
Hipertrofia;
Necrose.
122
Tratamento de aderência
Liberação manual
Tratamento
TENS,
Terapia manual
123
TENS;
Kinesiotaping;
Alongamento e Fortalecimento;
FES
Escapula alada
Drenagem postural
• Higiene brônquica;
• Expansão pulmonar;
• Fortalecimento muscular;
Plaquetas
Limiar da dor
Manobras leves
Incentivador respiratório
Assistência ventilatória:
Fisioterapia motora
Síndrome do desuso
126
Quimioterapia neoadjuvante
Neobexiga ineal: retira-se a musculatura detrusora e substitui pela musculatura do intestino
(anus)
Radioterapia + quimioterapia sistêmica
Avaliação
Dados pessoais
127
História familiar
Avaliar o nível de atividade física
Anamnese
História da disfunção
História sexual
Ausente
Baixa
Boa
Presente desde o primeiro comando
Uso da musculatura acessória
Periometria: avaliação objetiva do assoalho pélvico dado através de um objeto
chamado periometro. Avalia-se o paciente também em exame de toque.
Posiciona o paciente em decúbito lateral; faz introdução do dedo indicador até a
primeira falange no anus do paciente; pede-se que o paciente contraia a musculatura
e avaliamos o grau de força pela escala de Ortiz ou de Oxford 2007.
Queixa principal de perda de urina. Questionar a respeito da perda de urina para o
paciente
Tratamento fisioterapêutico
Para incontinência
Treinamento vesical
Micção programada
Retardo da micção
Eletroestimulação
Biofeedback
Envelhecimento e musculatura da bexiga -> leva um aumento residual que leva a infecção d
trato urinário
Bexiga hiperativa -> urgência urinaria sem relação com a perda urinaria
Tratamento
Eletroestimulação
Biofeedback
Exercícios de Kegel
Tumores ósseos
Sarcomas ósseos e de partes moles
Tratamento
Precisão no diagnostico
Estadiamento
60% das cirurgias de retirada de tumor promove a cura
Quimioterapia
Radioterapia
A intenção é sempre manter o membro
Porem a retirada dos tumores, podem levar a lesão nervosa consequentemente tendo um
membro doloroso.
Indicação de amputação
Avaliação
História da doença
Característica da dor
Tempo de diagnostico
Aspectos radiográficos
Metástase óssea
Controle da dor
Melhorar e restaurar a função
Orientar no auto cuidado
Indicação de órtese
Crianças de 1 a 10 anos
Adulto entre os 80 anos de idade
O importante não é o nome do tumor e sim as disfunções que ele irá causar
130
Sintomas
Edema cerebral
Dores de cabeça
Alteração visual
Náuseas e vomito
Alteração vestibular
Perda da força muscular
Hábitos miccionais e intestinais
Diagnostico
História clinica
Exame clinico- funções cerebrais e medulares
Exame de imagem
Angiograma
Biopsia e exame patológico
Tratamento
Neoadjuvante (radioterapia)
Cirúrgico
Adjuvante
Fisioterapia neurológica
Objetivos da fisioterapia
O plano de tratamento deve ser discutido com o paciente. E trazer de volta a funcionalidade
131
Tratamento
Conceito de bobath
Analgesia
Treino de marcha
Treino de funcionalidade
132
Maturação do SN,
Código genético do indivíduo,
Manuseio
Experiências ambientais
Desenvolvimento:
Céfalo- caudal
Proximal – distal
Tátil,
Proprioceptivo,
Cinestésica,
133
Visual
Vestibular
Reações de Retificação
• São respostas automáticas, mas ativas, que não apenas mantém a posição normal da
cabeça no espaço, mas também alinhamento normal da cabeça, pescoço com o tronco
e tronco com os membros.
Reações de equilíbrio
• São respostas automáticas, complexas e altamente integradas as mudanças das
posturas e movimentos, destinadas a restabelecer o equilíbrio alterado
Planos
• Plano Sagital: coordenação entre extensão e flexão; movimentos livres da cabeça,
tronco e membros.
• Plano frontal: alinhamento postural – endireitamento lateral.
• Plano transversal: desenvolvimento da rotação através da influência do endireitamento
do corpo sobre o corpo – fundamental para obter mudanças de posturas.
Bebê
– padrões primitivos
– Maturação do córtex inibidos (evolução sensório-motor – Céfalo-caudal).
Reflexos
• Superficiais ou cutâneos
– se dá a nível medular
Reações: Se dá a nível mesencefálico
Reflexos e reações:
– Classificados de acordo com 4 níveis de integração:
• Nível 1 - medula espinha Reflexos fásicos/ primários
• Nível 2 – bulbo e medula espinhal alta Reflexos tônicos/posturais
• Nível 3 – mesencéfalo Reações de retificações
• Nível 4 –córtex Comportamento voluntário/espontâneo
Prono:
• Cabeça: rodada para o lado (sit. Labiríntico – retificação cabeça – liberação da vias
aéreas)
• Músculos da articulação do ombro
– promove estabilidade sinérgica
– levantar e rodar
Deslocamento do peso corpo está na face e MMSS
• Face se encontra apoia e não a orelha
• Extensão da cabeça e pescoço
– 1º ativação antigravitária (alonga os flexores).
MMII: Flexão, abdução e rotação externa do quadril (encurtamento da cápsula articular e dos
músculos)
– os ligamentos ileofemoral e isqueofemoral
– posição de closepacked
• Músculos rotação externa do quadril
– dobro dos rot. Internos.
• Joelhos fletido e tornozelos fortemente dorsifletidos
– elevação da pelve
– deslocamento do peso sobre face e ombros e mãos
• Mais movimentos das extremidades inf. Pontapés alternados
Prono
Supino:
– Durante a rotação da cabeça – bebê rola em bloco para os lados – reação cervical de
retificação.
– MMSS:
– MMII:
Sentado:
– Ausência de controle de tronco (cifose)
– Costas arredondadas e a cabeça cai para frente.
– Às vezes conseguindo levantar a cabeça por alguns instantes e cai novamente.
Em pé
– Reação positiva de suporte (grau de extensão limita devido ao grau de encurtamento de
músc. e tecido moles).
– Tornozelos dorsifletidos e evertidos – podendo inverter durante a marcha.
– Mov. recíprocos da marcha – reflexo de marcha automática.
1 mês
• Do tônus flexor fisiológico
• Maior campo visual – 40-50 cm (lat. Até linha média)
• Mov. oculares não estão bem coordenados, algumas vezes estrabismo, mobilidade da
cabeça e pescoço (contato com orelha)
• MMSS: permite maior rot. Ext. de ombro, da flexão de cotovelos (alongando
musculatura do peito e ant. dos braços), abdução ativa se inicia
• MMII: quadril e joelho mais estendido, do grau de abdução e rot. ext.
• Sentado apoia sobre tuberosidade isquiática
2 meses
138
• O bebê interagir com o ambiente (não controle cabeça controle ocular afetado)
• Rotação cabeça – 180º (supino)
• Em prono o bebê eleva cabeça por pouco tempo a 45º (deslocamento do peso para
costela sup.). Alongamento os extensores do quadril
• MMSS: Ombros mais abduzidos e rodado ext., e não estão mais protraídos
• Efeito de tenodese
• MMII: De pé: fase de astasia e abasia
3º mês
• Bebê percebe objetos na linha média (acompanha para os dois lados)
• Supino: Chin tucking
• Simetria corporal e orientação da cabeça na linha média.
• MMSS: Segura objetos voluntariamente (quando colocados a mão). Não é capaz e
soltar voluntariamente
• MMII: Frogg-legged (contato dos pés)
• Prono: Postura de pappy
• Elevação cabeça: da eficácia da reação labiríntica e óptica de retificação
• Peso encontra suportado pelo antebraço (feedback proprioceptivo) da extensão da
coluna lombar e torácica e quadril
• Maior controle de ombro e escápula (estabilização)
• Sentado: Capaz de sustentar a cabeça
• De pé: Tomada de peso nos pés
4º mês
139
• Supino: chin tucking continua a ocorrer mas não consegue retirar da superfície de
apoio – não apresenta sinergia da musculatura abdominal. Reação cervical de
retificação ainda presente rola de supino para lateral (acidentalmente)
• MMII: no grau de extensão dos joelhos (ponta pés), ponte de quadril, Frogg legged
prevalece
• Posição de pivot
• Puxado para sentado:
• Chin tucking
• Sentado: Encontra-se semi- ereto (eretores da coluna cervical, torácica e lombar
encontram-se ativos
• Em pé: Inicia a fase saltatória (pelve estabilizada)
5º mês
• Preensão palmar, brinquedo transferido de uma mão para outra e levado a boca
• Supino: Controle antigravitária dos músc. Flexores da cabeça,
• Descobertas dos pés (ação dos músc. Abdominais)
• Alcance mais refinado (mais controle músc. Dos MMSS tronco e abdômen-
coordenação olho- mão),
• Ajustes preparatórios da mão antes de pegar objetos – visualmente,
• Manipulação de objetos pequenos
• Rola de supino para lateral voluntariamente
• Prono: Reação de retificação do corpo sobre a cabeça está se iniciando,
• Transferência de peso com liberação do braço do lado facial
• Rola de prono para supino acidental
• Sentado com apoio
• Em pé: fase saltatória (ação de quadríceps)
6º mês
• RTCA e Moro desaparecem completamente,
• Equilíbrio em supino,
• Rola de supino para prono
• Prono: reação de landau mais maduras
141
7 meses
• Não gosta de ficar em supino prefere ficar em prono,
• Desenvolve reação de anfíbio e o RTCS se aperfeiçoa e prepara o bebê para
engatinhar
• Arrasta – para trás (controle de MMSS impulsionar)
• Assumi a postura de gato – prono
8 meses
• De joelho para semi- ajoelhado,
• Escala
• Em pé: com apoio
• Transfere o peso na pernas nos 3 planos
• Anda de lado,
• Anda independentemente quando seguro pelos dedos
• Sentado
• Engatinhar
9 meses
• Idade ativa de exploração sensório espacial
• Habilidades motoras finas e grossas
• Sentado:
- Anel, long sitting, side-sitting, combinação de long sitting e anel
• W-sitting
– sair de sentado
10 meses
11 meses
• Manipulação de objetos pequenos
• Fica em pé de frente para o móvel e usam as 2 mãos juntas para manipular
(independentemente),
• Postura de cócoras
• Passa para de pé sem apoio,
144
12 meses
2 anos
• Sobe e desce escadas sem alternar seus MMII e pula o último degrau (Gastrocnêmio,
Sóleo e tibial post.)
• Mobilidade de prono-supino do antebraço, abrir rosca e passar folha
• Inicia a coordenação olho- pé – chutar
145
2 anos e meio
• Controle de esfíncter noturno
• Capacidade de andar nas pontas dos pés
3 anos
• Aparece a aceleração e desaceleração linear e vertical (contrações concêntricas e
excêntricas)
• Sobe escada alternadamente
• Pedala velotrol
3 anos e meio
• Desce escada alternadamente
• Arremessar tanto pelos braços quanto pelo restante do corpo
4 anos
• Maior alcance e distanciamento dos saltos,
• Arremesso ipsilateral
5 anos
• Pula, salta, dribla, arremessa
• Supino para sentado sem rotação de tronco
7 anos
Lateralidade definida
Maturação do sistema piramidal
Habilidades para jogos e esportes
Mobilidade motora grossa deve estar bem desenvolvida para dar estabilidade à
mobilidade fina.
8 anos
Adolescência
Período de transição entre a infância e a idade adulta (passagem da dependência da criança
para independência e responsabilidade do adulto). Cobre o início da puberdade ao término
do crescimento ósseo (segunda década de vida – 12 a 18 anos)
Piaget, enfatiza que este aspecto é representado por tudo aquilo que a criança aprende por
transmissão a partir do outro.
Operações Concretas
Aparecimento do pensamento (interiorização da palavra)
Manipulação dos símbolos
Dividido em 2 períodos
Pré-operacional (2-7A)
Irreversibilidade: você tem irmão? Bolas com massa de modelar
Egocentrismo: tudo ocorre devido as suas ações (abris torneira, entrar no carro)
Centração: apoia-se somente em 1 aspecto do objeto, (massinha: comprimento, copo
água: altura ou largura)
Raciocínio transdutivo: aprimoramento da causalidade (papai precisa de água para
fazer barba não é diferente de água precisa da barba do papai)
Operações concretas (7-11A)
Reflexos- estimulação
Época: RN – 10 dias
Estímulo: Em supino virar a cabeça do bebê para um dos lados
Resposta: Pupila no canto dos olhos tremulando (nistagmo)
Função: Testar a maturidade do SNC. Se permanecer por mais de
2 meses indica PC.
• Manobra de Propulsão
Época: RN – 10 dias
Estímulo: Criança em prono, pôr a mão na sola dos
pés e fazer uma tríplice
Flexão dos MMII
Resposta: Extensão de MMII com propulsão do corpo
Função: Testar o tônus de MMII. Sua ausência indica
diplegia
Época: RN – 4 meses
Estímulo: Passar estímulo nos 4 cantos da boca. Comissura
direita e esquerda e nos lábios superior e inferior
Resposta: A criança vira a cabeça para a direção estimulada
Função: Testar integridade do SNC. Orientação da boca
para o seio da mãe.
• REFLEXO DE SUCÇÃO
Época: RN – 4 meses
151
Época: RN – 2 meses
Estímulo: Suspender o bebê verticalmente e passar a
superfície dorsal dos pés nas bordas de uma mesa
Resposta: O bebê suspende os pés e os coloca sobre a
superfície da mesa
Função: Tônus de MMII.
Época: RN – 1 mês
Estímulo: Suspender a criança vertical e apoiar os pés
em uma superfície
Resposta: Apoio plantar
Época: RN – 2 meses
Estímulo: Suspender o bebê verticalmente pela axila e
tocar a planta do pé em uma superfície
Resposta: Aumento do tônus extensor de MMII com
flexão plantar. O bebê fica na ponta do pé
Função: Integridade do SNC / Tônus de MMII.
152
Época: RN – 2 meses
Estímulo: RN com os pés apoiados em uma superfície
firme e com ligeira flexão de tronco
Resposta: Realiza alguns passos
Função: Integridade do SNC.
• REFLEXO DE GLABELA
Época: RN – 2 meses
Estimulo: Comprimir a glabela
Resposta: Fechamento dos olhos
Função: Constatar paresias faciais.
153
Época: RN – 4 meses
Estímulo: Bebê em supino coloca-se o dedo
indicador do examinador na região da
articulação metacarpo falangeana
Resposta: O bebê molda todos os dedos nos
dedos do examinador
Função: Testa simetria e integridade do SNC.
Época: RN – 8 meses
Estímulo: Bebê em supino e o examinador estimula a
região dos metatarsos
Resposta: Flexão dos dedos do pé, moldando-os ao
dedo do examinador
Função: Simetria e integridade do SNC / Tônus de MMII.
• REAÇÃO DE GALLANT
Época: RN – 2 meses
Estímulo: O bebê em prono estimula os PV da coluna
lombar em direção a torácica
Resposta: Apresenta uma flexão lateral do tronco do lado
estimulado. Onde a pelve aproxima do ombro
Função: Se permanecer depois dos 3 meses a criança não
senta.
154
Época: RN – 5 meses
Estímulo: Terapeuta segura o pé do bebê e aplica um
estímulo nocivo (picada de alfinete na sola do pé e solta)
Resposta: O bebê esboça uma tríplice flexão do membro
estimulado
Função: Tônus de MMII.
Época: RN – 2 meses
Estímulo: Terapeuta segura o pé dá um estimulo nocivo na
sola do pé e não solta
Resposta: O bebê traz o outro membro em flexão e em
seguida adução e extensão
Função: Tônus de MMII.
Época: RN – 1 ou 2 anos
Estímulo: na borda lateral da planta do pé no sentido
do calcâneo em direção aos dedos
Resposta: O bebê faz extensão e abdução do hálux
Função: Se continuar presente por mais de 2 anos –
babinsk
Época: 1º ao 4º mês
Estímulo: Bebê em supino. Faz-se uma rotação da cabeça
para um dos lados
Resposta: O bebê faz uma extensão dos MMSS e MMII do
lado frontal e flexão do lado occipital
Função: Integridade do SNC / Simetria corporal.
155
Época: RN – 4 meses
Estímulo: O terapeuta faz uma flexão da cabeça do bebê, ou o
terapeuta faz uma extensão da cabeça do bebê
Resposta: O bebê realiza flexão dos MMSS e extensão dos
MMII. O bebê realiza extensão dos MMSS e flexão dos MMII
Função: Tônus MMSS e MMII.
Época: RN – 2 meses
Estímulo: O terapeuta realiza uma hiperextensão da cabeça
do bebê em supino
Resposta: O bebê realiza uma extensão dos MMSS e MMII
Função: Tônus MMSS e MMII / opstótono patológico com
extensão da cabeça, extensão dos ombros com flexão de
cotovelos e punhos ou extensão total com extensão de MMII.
• REFLEXO DE HOFFMAN
Época: RN – 3 meses
Estímulo: Puxar a ponta de um dos dedos da mão do bebê
Resposta: Retirada e flexão dos dedos
Função: Simetria corporal / integridade do SNC.
Época: RN – 1mês
Estímulo: Coloca-se o bebê em prono e deixa a face em
contato com a cama
Resposta: O bebê quando ainda não possui controle da
cabeça virará o rosto para o lado no sentido a liberar a
respiração
Época: 6 meses
Estímulo: O terapeuta suspende o bebê verticalmente e
passa o dorso da mão do bebê na borda da mesa
Resposta: O bebê colocará a palma da mão sobre a mesa
Função: Simetria corporal.
• REAÇÃO DE ANFÍBIO
Época: 6 meses
Estímulo: Com o bebê em prono passar o dedo na região
inguinal
Resposta: O bebê esboça uma tríplice flexão do lado
estimulado
Função: Tônus MMII (Obs.: quando ausenta a criança não
arrasta).
Época: RN – 5 meses
Estímulo: O bebê é colocado em supino e o terapeuta vira a
cabeça do bebê passivamente para um dos lados
Resposta: O bebê acompanha com o corpo como um todo
(em bloco), para alinhar o corpo com a cabeça
Função: Integridade do SNC / Dissociação pelve e ombro.
Época: RN – 2 anos
Estímulo: O terapeuta oclui a visão do bebê com um pano e altera a posição do bebê
virando o corpo para todas as posições em suspensão vertical
Resposta: A cabeça orienta-se para a posição vertical
Função: Integridade do SNC.
• REFLEXO DE LANDAU
• REFLEXO DE PÁRA–QUEDAS
Resposta: O bebê esboça uma extensão dos MMSS no sentido de apoiar a palma da mão
na superfície
Função: Integridade do SNC / Simetria corporal.
Sistema sensorial
Ontogenia dos sistemas sensoriais:
• Segue uma sequência: tátil, vestibular, auditivo, olfativo/gustativo, visual
• Estimulação sensorial adequada pode estimular outros sistemas
Sistema tátil:
• Primeiro a se desenvolver
• Área do polo bucal – 7 a 8 semanas gestação
• À partir da 15ª semanas gestação suga dedo
• 20 semanas sensibilidade tátil em todo corpo (face
tronco e pés)
• Sistema de maturação mais precoce – permite
reconhecimento e reação de diferentes tipos de toque
– possibilita aprendizado
• Pré-termo na UTI – ambiente muito diferente do
uterino (oferecer suporte adequado)
• Fornecer contenção adequada para o corpo todo
(forma um ninho)
• Postura de prono:
• Permite exploração manual mão- boca
Sistema vestibular:
• Segundo sistema a se desenvolver
• Receber muitos inputs sensoriais no útero
• Na UTI recebe poucos estímulos vestibulares
• Mudanças de postura colocando sobre ação da gravidade é importante
Desenvolvimento da audição:
• Terceiro sistema a se desenvolver
• Resposta piscar ou de susto à partir de 24 a 28 semanas
• Atenção e alerta à partir de 32 a 34 semanas
No útero ruído de 28db (sons vasculares e ruídos digestivos)
• Ruído da batida do coração e voz da mãe de 24db
• Encontra-se bem protegido do ruído externos
Na UTI perde a proteção uterina
160
Desenvolvimento visual:
Último a se desenvolver
Maturação após o nascimento (interação com o ambiente)
26 a 30 semanas pode ser obtido potencial evocado
Dentro do útero exposto a pouca iluminação
À partir de 30 semanas fecha os olhos diante de luz forte
34 semanas já segue objeto
37 semanas gira os olhos em busca de luz suave
161
Terapia sensorial
Sistema vestibular
Equilíbrio: função combinada com sistema visual, tátil e proprioceptivo
162
Praxia
Envolve três processos básicos:
a) Ideação: o que fazer
b) planejamento: como fazer
c) execução: a projeção da ação propriamente dita
Dispraxia
• É a dificuldade de planejar e executar padrões de movimento de natureza habilidosa
ou não habitual.
• Este problema geralmente começa na infância.
Deficiência vestibular
Terapia sensorial
• Sistema somatossensorial
• Sensibilidade ao toque
• Dificuldade em discriminar texturas
• Dificuldade em discriminar temperatura
• Tratamento
Arroz, feijão, areia, geléia, lixa, algodão, massagem superficial e profunda, gelo, calor
Sistema vestibular
• Informações no equilíbrio
• Intolerância ao movimento
• Evita atividade física
Sistema vestibular
Equilíbrio
165
Praxias
• Percepção do espaço
• Visualização espacial
Fase verbal
18 a 24 mês: Grande salto no aprendizado da linguagem chegando a conhecer 200 a 300
vocábulos.
Forma frases com 3 palavras, emprega substantivos e verbos, nomeia figuras e sabe
quem é “eu” e “você”
166
SINAIS DE ALERTA
• Vocabulário restrito
• Dificuldade de elaborar frases
• Desatenção contínua
• Ausência de fala ou conversa incompreensível
• Dificuldades visuais, motoras e auditivas
• Hiperatividade
• Dificuldade de compreensão e aprendizagem
• Instabilidade emocional
Imita traços
Completa mielinização do nervo óptico
Acuidade visual – olhar preferencial – nível
Adulto
Coordenação olho- mão bem desenvolvida
Visão subnormal
Presença de nistagmo
Erro de refração
Estrabismo
Hipersensibilidade ao tato
Insegurança ao movimento
Olhar compulsivo a luz
Atraso no desenvolvimento cognitivo e da linguagem
Fisioterapia
• Incentivar o foco
• Reações de equilíbrio
• Diminuir a hipersensibilidade
• Tornar as pessoas e o meio familiar para a criança
• Dar função aos MMSS
• Rastejar e andar
• Inserir na sociedade
• Estimulação tátil e proprioceptiva
Diafragma
• Diminuição do número de fibras musculares. Fadiga resistente (tipo I)
• Insere-se perpendicularmente nos arcos costais
Siglas
RNPT: recém-nascido pré termo; até 37 semanas
ITU: infecção do trato urinário
Reativo: reage aos estímulos
Hipoativo: criança largada
Nas afecções ventilatórias, primeiro se tenta a ventilação não invasiva, depois caso
não funcione entra com a intubação
Ventilação pulmonar mecânica: aparelhos que insuflam as vias aéreas com volumes de ar,
a uma determinada velocidade, gerando pressões positivas
O uso da VPM na UTI neonatal contribui para aumento da sobrevida do recém nascido
Fisiologia Respiratória
Complacência
Variação do volume pela variação da pressão (VIP)
Capacidade de dispensabilidade pulmonar
Baixa complacência
SDR: síndrome do desconforto respiratório
Pneumonia com processos atelectasicos difusos
Pulmões com complacência baixa necessitam de gradiente de pressão elevado para manter
o volume corrente adequado
Resistencia
Variação da pressão pela variação do fluxo
Uma força que se opõe ao fluxo aéreo
Capacidade de resistir a entrada de ar
Essa resistência pode estar ainda mais aumentada pela aspiração meconial -> dificulta a
ventilação do neonato
É o tempo necessário para que ocorra equilíbrio entre as pressões das vias aéreas e
alveolares
Kt: resistência x complacência
Durante uma ventilação, o tempo de uma inspiração para a expiração deve ser cerca de 3 a
5x a constante de tempo. Onde uma kt será de 0,15 segundos.
Se em VMI ou VMNI
Posição e fixação da COT ou pronga nasal
172
Avaliação cardiorrespiratória
Frequência cardíaca
- FC = taquicardia
- FC = bradicardia
Pressão arterial
- PA = hipertensão
- PA = hipotensão
Saturação de oxigênio
• Manter a SpO2 em 85 e 95%
• Oxigênio em excesso é prejudicial
Inspeção do tórax
• Observar
• Petequeias
• Observar movimentos respiratórios
• Drenagem torácica (dreno)
• Simetria ou assimetria entre os hemitórax
• Presença de abaulamento e retrações
• Avaliar movimentos torácicos
PIP: quantidade de pressão que tem que colocar no ventilador. A pressão necessária é em
torno de 0,05 cm (meio centímetro) para o bebe
FiO2: fração de oxigênio necessário. A quantidade ofertada ao paciente sendo suficiente para
saturar a 92%
PEEP: é a pressão que fica dentro do alvéolo após a expiração. É um volume residual.
FR: a frequência respiratória necessária para manter a normalidade dos gases CO2 e O2
TE e TI: tempo de 1 para 2 (uma inspiração para duas expirações). A programação é feita
dentro de um minuto
Fluxo: fluxo é diferente de pressão. Fluxo é a velocidade que meu ar vai chegar dentro do
pulmão
Tratamento ouro para pneumonia: Epap -> ele gera uma PEEP maior
Controlado: quando o paciente não possui drive respiratório. Ele necessita que o ventilador
faça todo o processo de ventilação por ele. Está colado no ventilador
• Apenas ventilações mandatórias. Ignora os esforços respiratórios próprios do
paciente.
• Podem necessitar sedação intensa ou curare.
• Uso limitado em neonatologia.
Assisto-controlado (A/C)
Paciente recebe ventilações mandatórias determinadas + ventilações mandatórias
disparadas pelo seu próprio esforço respiratório.
Se o paciente estiver em apnéia, funciona apenas como o modo controlado
Espontâneo
• Usado em desmame da VM
• Pouco usados isoladamente em Neo.
Ventilação controlada a volume (VCV): Quando ventilo a volume, o que altera é a minha
pressão
175
Ventilação controlada a pressão (PCV): A pressão que eu coloco no pulmão é o que vai
gerar o volume. Subir o volume é o essencial
Usar formula para calcular
É considerada a ventilação a pressão como a mais confortável para o paciente, porem isso é
variável. Considera sempre o que o paciente melhor se adapta
SIMV + PS
Permite que o paciente realize respirações espontâneas com ajuda inspiratória e PS,
sendo necessário disparo do aparelho.
176
INTUBAÇÃO
Cânulas Traqueais
RNPT 2,5- 3,0
RN 3,0- 3,5
Até 6m 3,5- 4,0
6- 12 m 4,0- 4,5
12-18 m 4,5- 5,0
18- 24 m 5,0- 5,5
Objetivos da VM
Reduzir trabalho respiratório
Melhorar troca gasosa
Reduzir consumo de O2
Oxigenação a 100% pode levar a uma degradação alveolar ou até uma retinopatia
(cegueira). Então é sempre melhor saturar a 92% do que a 100%
Nunca oferecer nem mais e nem menos do que o paciente necessita.
Quanto mais agressiva a VM, em geral maior o risco de lesão pulmonar e doença
pulmonar crônica.
Parâmetros Iniciais de VM
Fluxo: 6 – 8L
PIP: 20 a 30 cmH2O
PEEP: 4 a 6 cmH2O
Ti: 0,3 a 0,4s
FR: 30 a 60 rpm
FiO2: a menor necessária para garantir boas SatO2 - geralmente em torno de 40-60%
Fluxo: 6 a 8L (considerar peso, quadro clínico, etc.)
FiO2
Com cuidado o Ti
Se a PaCO2 não estiver baixa, pode-se á PIP e/ou á FR. Ao aumentar a PIP, observe
a expansibilidade.
Se PaCO2 também estiver satisfatória, reduzir também PIP em 1 a 2 cmH2O por vez,
observando a expansibilidade torácica.
Monitorização
Expansibilidade: expansibilidade torácica máxima de 0,5 cm (meio centímetro). Volume
pulmonar máximo na radiografia torácica de 9 (10) costelas
• Ambu: para ofertar 100% de FiO2 para paciente, 5L de O2, ambu destravado e
reservatório não furado
Oxigenação
Oximetria de pulso
Gasometria arterial
Hemodinâmica
FC
Perfusão periférica
Pressão arterial
Débito urinário
Desmame
É a retirada gradual da assistência ventilatória mecânica.
Deve ser iniciado quando o paciente apresenta condições:
Cardiocirculatórias, neurológicas, respiratórias, metabólicas -> todas estáveis
PIP ≤ 20 cmH2O
PEEP ≤ 5 cmH2O
FR ≤ 20 rpm
FiO2 ≤ 40%
* Mantendo valores gasométricos os mais próximos dos valores normais.
Extubação
Extubação Manter a ventilação espontânea sem desconforto
Vácuo
Estetoscópio
Luva estéril
Luvas de procedimento
SF 0,9%
Ambú
Oxigênio
CPAP ou HOOD/Halo ou CNE
Precauções gerais:
Garantir monitorização cardiorrespiratória
Garantir a oxigenação e ventilação adequadas antes, durante e depois do
procedimento
Deixar o material de intubação próximo ao paciente –emergência!!!
Realizar fisioterapia respiratória antes e avaliar após
O procedimento deve ser realizado por 2 pessoas
3 h em jejum antes da extubação e 4 a 6 h após
PÓS-EXTUBAÇÃO
Atenção!!!
Cianose/Palidez
Agitação
Padrão respiratório
Retrações
Frequência respiratória
Frequência cardíaca
Complicações:
Apnéia
PCR
Obstrução alta com aumento do esforço respiratório (edema)
Falência respiratória
Fisioterapeuta ou médico.
Recém nascido
< 1500 gramas
Cpap nasal (CPAPN/IMV); pressão: 4 a 6 cmH20
FiO2 SaO2 de 89 a 93% varia de paciente para paciente
182
CLÍNICA
– Estridor
– Batimento de asa nasal
– Retração da caixa torácica
HEMODINÂMICA
– FC
– PA e perfusão periférica
Insucesso
• Piora do desconforto respiratório
• Episódios de apnéia recorrentes
• Acidose respiratória
• Instabilidade hemodinâmica
INSUCESSO deve-se:
• Fraqueza da musculatura respiratória
• Doença pulmonar não resolvida - Edema pulmonar, PCA, Infecção
• “DRIVE” respiratório inadequado
• Lesão neurológica
• Sedativos e hipnóticos
• Prematuridade (Imaturidade)
Indicação VNPPI
Objetivo: suporte ventilatório nos quadros clínicos que cursam com a IVA de diversas origens:
- Infecções respiratórias,
- Exacerbação/complicações de doenças crônicas,
- Após a extubação,
183
- Entre outras.
Tem como finalidade:
• Aumentar a ventilação alveolar,
• Mantendo a criança em ventilação espontânea,
Sem a necessidade de IOT ou de TQT (sem necessidade do uso de prótese ventilatória
A VNIPP no modo ventilatório com dois níveis de pressão (BiPAP) envolve uma
assistência inspiratória
Uma pressão maior do que a pressão expiratória é aplicada à via aérea (IPAP).
No modo ventilatório CPAP uma pressão maior do que a pressão atmosférica é aplicada
durante todo o ciclo ventilatório, sem aumento de pressão durante a fase inspiratória.
Os aparelhos de ventilação pulmonar mecânica (VPM) específicos para fornecer a VNIPP
fornecem:
• Pressão positiva inspiratória (IPAP)
• Pressão positiva expiratória (EPAP).
• IPAP é sinônimo de pressão positiva inspiratória - PIP
• EPAP (nível de pressão expiratória) é sinônimo de pressão expiratória final
Positiva - PEEP
• Melhora na oxigenação,
• Diminuição do trabalho ventilatório,
• Melhora da relação ventilação/perfusão (V/Q),
• Diminuição da fadiga,
• Aumento da capacidade residual funcional (CRF).
VNIPP X Intubação Traqueal (IT)
Quando comparada à IT -> vantagens ao conforto da criança:
• Possibilidade do paciente deglutir e falar,
• A facilidade de início e retirada da VNIPP,
• Redução de infecções relacionadas a VPM.
• Clínica,
• Laboratorial,
• Gasometria arterial,
• RX tórax.
Pressão Positiva Contínua nas vias aéreas (CPAP-N por Pronga nasal)
É um modo terapêutico que:
Melhora a oxigenação;
Diminui as apneia;
Diminui o trabalho respiratório em RNPT;
185
Falha da CPAP-N
• Acidose respiratória
• FiO2 > 60% PaO2 < 50 mmHg
PEEP - 15 cmH2O
• Episódios frequentes de apneia
• Esforço respiratório importante
Oxigenoterapia
Objetivos:
Prevenir ou diminuir hipóxia tecidual evitando graves e irreversíveis efeitos na
função orgânica
Indicações:
• Hipoxemia
• Falência cardiocirculatórias
• Durante reanimação
Métodos de administração de O2
Modo de administração: Mistura de gases (O2 e AC) umidificados e/ou não aquecidos,
permitindo a saída de CO2 pelo topo do HALO
Máscara de Oxigênio:
- FiO2 varia 35 a 100%
- Fluxos de 6 a 15 L/min
Posição prona
190
Posição supina
Posição lateral
ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
Efeitos Indesejáveis:
Não se recomenda horários preestabelecidos para aspiração
Varia com a necessidade de cada RN
Materiais:
Luva estéril
Sonda estéril descartável de tamanho apropriado ao tamanho da cânula
Soro fisiológico 0,9% para secreções muito espessa
Seringa de 5 ml
191
Realizado sempre por 2 pessoas: a que irá aspirar e a que irá auxiliar o procedimento,
evitando contaminação
Fonte de vácuo
192
Saúde do Idoso
O envelhecimento é um processo natural e universal, irreversível, heterogêneo, individual,
intrínseco, único e com perda progressiva das funções.
Ter sempre em mente que o envelhecimento é de forma desigual, nem todos tem privilégios
e atualmente é comum ver idosos trabalhando em lugares insalubres o que pode levar a uma
velhice de extrema luta e dificuldades.
“Envelhecimento populacional: um dos maiores desafios para a saúde pública
contemporânea, especialmente em países em desenvolvimento onde este fenômeno
ocorre em ambiente de pobreza e grande desigualdade social.”
(Rouquayrol, 2003)
Autonomia
Independência
Doenças que mais atingem os idosos:
HAS
DM
Osteoporose
Doenças respiratórias
Idoso independente e autônomo:
Realiza tarefas
193
Toma medicamento
Controle urinário
Anda
Veste-se
Toma banho
Alimenta-se
Sai da cama
Idoso considerado frágil:
Acamados
Hospitalizados
Incapacidade funcional
Vivem em situações de violência
Maiores de 75 anos
Sinais de alerta do idoso:
Confusão mental
Quedas
Incontinência urinária
Declínio funcional
Imobilidade
Síncope
Depressão
Inapetência
Emagrecimento
Promoção do envelhecimento saudável.
Diagnósticos adequados
Medicação
Reabilitação funcional
Qualificar a equipe de saúde para:
Identificar situações de vulnerabilidade;
Diagnóstico precoce de demências;
Avaliação da capacidade funcional;
Prevenção de agravos: Vacinas;
Detecção Precoce.
Manutenção e reabilitação da capacidade funcional
194
Detecção precoce:
Reduzir a mortalidade;
Manter a independência funcional;
Estender a expectativa de vida ativa;
Melhorar a qualidade de vida.
Desafio das instituições de longa permanência de idosos
Sugere-se que as entidades que desenvolvem programas de institucionalização de longa
permanência sigam os seguintes princípios:
I - preservação dos vínculos familiares
II - atendimento personalizado e em pequenos grupos
III - manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em caso de força maior
A maioria das incapacidades funcionais encontradas em idosos, não são decorrentes das
doenças nem de alterações fisiológicas do envelhecimento, mas da IMOBILIDADE e
DESCONDICIONAMENTO
Testes,
Observação,
Entrevistas,
Revisão de prontuários e julgamento clínico
Padronização de condutas;
Possibilidade de medidas de evolução ou involução terapêutica quantitativamente;
Possibilidade de comparações;
197
Objetivos:
Mobilidade Funcional
Equilíbrio estático e dinâmico
Força de MMII
Velocidade de marcha
Outros.
Escalas
Demências no idoso
Etiologia:
Principais causas:
DOENÇA DE ALZHEIMER
Curso clínico:
Estágio I:
Início insidioso:
Falta de iniciativa;
Perda de interesse em atividades;
Negligência na execução de tarefas;
Déficit progressivo de memória (episódica);
Comprometimento no aprendizado de novas informações;
Dificuldade no planejamento de atividades;
Desorientação espacial;
Comprometimento da linguagem: déficit de nomeação, dificuldade em gerar listas de
palavras
Estágio II:
Alterações de comportamento:
200
Apatia;
Agitação;
Depressão;
Insônia;
Ansiedade;
Irritabilidade;
Delírios e alucinações;
Sundowning;
Alterações na ingesta alimentar;
Dificuldades para dormir.
Diagnóstico:
DEMÊNCIA VASCULAR
Lesão cerebrovascular;
Depressão;
Labilidade emocional;
Apatia;
Ansiedade;
Quadros psicóticos (delírios).
201
Diagnóstico:
Critérios do NINDS-AIREN:
Neuroimagem.
Tratamento Farmacológico:
Anticolinesterásicos;
Antidepressivos;
Neurolépticos
Exames complementares:
SPECT e PET: alterações regiões occipitais.
Tratamento Farmacológico:
Anticolinesterásicos; Neurolépticos; Antidepressivos; Levodopa; Clonazepam.
Exceto:
Tratamento Farmacológico:
DEMÊNCIA FRONTOTEMPORAL
Tratamento Farmacológico:
• Controle quadro neuropsiquiátrico: Neurolépticos e antidepressivos.
FISIOTERAPIA NA DEMÊNCIA
As técnicas de fisioterapia serão as mesmas que usamos nas pessoas de terceira idade que
não apresentam demência, mas a maneira de abordá-las exige habilidade especial.
O paciente pode não parecer interessado em saber como a falta de flexibilidade articular, a
fraqueza muscular ou o edema poderão afeta-lo; não tem condições de entender a relação
que existe. (*)
O preparo de explicações claras e simples darão melhores resultados. A instrução deverá ser
repetida da mesma forma; o emprego das palavras diferentes poderá confundir o paciente.
Lançar mãos de gestos e sinais físicos para esclarecer e reforçar as instruções exigentes.
São comuns as alterações de sensibilidade, por isso, evitar a eletroterapia e os equipamentos
que exigem colaboração de participação subjetiva.
Nos estágios iniciais e médios da doença, a intervenção fisioterápica geralmente pode
prolongar a habilidade de movimentar-se com facilidade.
A intervenção fisioterápica envolve facilitação dos movimentos e planejamentos motor e o
desenvolvimento ou refinamento de pistas ambientais e cognitivas para ajudar a realizar
tarefas complexas.
A primeira meta da reabilitação é criar um ambiente que dê suporte a trabalhar ativamente
para compensar as perdas cognitivas específicas na medida em que forem ocorrendo. A meta
final é ajudar os pacientes a sentirem que eles são capazes, de modo que continuem a tentar
fazer por si próprios as coisas que possam fazer com segurança, independentemente de
permanecerem em sua casa ou estarem vivendo em uma instituição;
Em cada sessão, os movimentos precisam ser equilibrados com períodos adequados de
repouso para assegurar que o paciente não atingirá o ponto de fadiga e, em alguns casos,
estresse emocional
205
O QUE É SARCOPENIA?
• Condição multifatorial que determina mudanças nos músculos com a idade, levando a
perda involuntária de massa muscular, força e função.
• Causa potencial, importante e reversível de morbidade e mortalidade de pacientes
idosos.
• Papel predominante na etiologia da fragilidade
CONSEQUÊNCIAS DA SARCOPENIA
• Alterações de marcha
• Desequilíbrio
• Perda da propriocepção
• Tendência cifosante
• Alterações cognitivas
• Queda
• Osteoporose
• Fraturas
DIAGNÓSTICO
• Investigar estilo de vida: alimentação, exercício físico, AVD’S e AIVD’S.
• Avaliação nutricional.
• Déficit visual.
RISCOS DO DESENVOLVIMENTO DA SFI
• Baixo nível socioeconômico
• Antecedente de doença isquêmica cardíaca
• Diabetes Mellitus
• Fratura de quadril
• Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
• Osteoartrite
• Acidente Vascular Encefálico
• Depressão
DIAGNÓSTICO DA SFI
• Critérios clínicos.
• Os marcadores laboratoriais: albumina; pré-albumina; zinco e vitaminas; colesterol
total e frações; triglicérides; insulina de jejum e após teste de tolerância à glicose;
proteína C-reativa, entre outros.
• Virar-se no mesmo ponto, dando número cada vez menor de passos, quatro a seis no
máximo.
Treino de Equilíbrio:
• Podemos trabalhar o paciente com atividades de transferência de peso de um lado
para o outro,
• Marcha sobre uma esteira de equilíbrio,
• Exercícios de agilidade e manobras com obstáculos.
• E por fim podemos também progredir com um trabalho de treino do paciente em
padrões funcionais e atividades que usem movimentos repetitivos para aumentar a
resistência à fadiga.
Uso de Órtese:
• Existem três categorias de dispositivos deambulatórios auxiliares: bengalas, muletas,
e andadores.
• Tais dispositivos auxiliares da marcha são prescritos por uma série de fatores, como
problemas de equilíbrio, dor, fadiga, fraqueza, instabilidade articular.
QUEDAS
ALTERAÇÕES QUE PREDISPÕEM AS QUEDAS
• Neurológico: Parkinson
• Cardiovascular: Arritmia
• Gastrointestinal: Sangramento, Diarreia
• Metabólico: Anemia, Desidratação
• Geniturinário: Incontinência
• Musculoesquelético: Artrite, Miosite, Fraqueza Muscular
• Psicológico: Depressão, Ansiedade, Induzido por Droga
• Estados patológicos atribuíveis a diuréticos
CONSEQUÊNCIAS
Respiratória
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Nariz
Faringe: é um tubo que começa nas coanas nasais e estende-se para baixo do
pescoço. Ela se situa atrás das cavidades nasais e logo a frente das vértebras
cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica
mucosa e funciona como uma passagem de ar e alimento, dividida em: nasofaringe,
orofaringe e laringofaringe
Laringe: órgão curto que liga a faringe à traqueia, se situa na linha mediana do
pescoço, diante da 4ª a 5ª vértebras cervicais. Suas funções são: Atua como
passagem para o ar durante a respiração; Produz som, ou seja, a voz; Impede que
corpos estranhos entrem nas estruturas respiratórias.
Traqueia: Tubo de 10 a 12,5 de comprimento de 2,5 cm de diâmetro. Constitui um
tubo que faz continuação à laringe, penetra o tórax e termina se bifurcando nos 2
brônquios principais. É constituída por 20 anéis cartilaginosos, é forrada por mucosa,
onde é abundante em glândulas e o epitélio ciliado facilita a expulsão de corpos
estranhos. Sua parte inferior é ocupada pela Carina.
Brônquio fonte/principais: liga a traqueia aos pulmões. O direito é mais curto, mais
largo e mais vertical do que o esquerdo e consequentemente o mais afetado.
Brônquios lobares: vai para cada lobo do pulmão, subdividindo-se em brônquios
segmentares.
Brônquios segmentares
– Bronquíolos: sua parede contém músculo liso e não possui cartilagem
– Brônquios terminais
– Brônquios respiratórios
– Ducto alveolar: túbulos minúsculos
Alvéolo: sáculos de ar onde ocorre a troca de O2 e CO2 através da membrana capilar
alvéolo-pulmonar.
OBS: Do nariz até os brônquios terminais são chamados de vias aéreas condutoras, dos
brônquios respiratórios até os alvéolos são chamados de vias aéreas respiratórias.
Pulmões
Cada pulmão tem uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas
e três faces.
posterior da cavidade torácica. A borda inferior apresenta duas porções: 1) uma que é
delgada e projeta-se no recesso costofrênico e 2) outra que é arredondada e projeta-
se no mediastino.
Pulmão direito: apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras.
Uma fissura oblíqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura
horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio.
Pulmão esquerdo: é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura
oblíqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior apresenta uma estrutura que
representa resquícios do desenvolvimento embrionário, a língula do pulmão.
FISIOLOGIA
Ventilação pulmonar
Processo de conduzir o ar da atmosfera até os alvéolos.
Na posição de repouso do complexo toraco- pulmonar observa-se pressão intrapleural
negativa. Isso se deve ao gradeado costal que exerce uma força de expansão e ao pulmão
que, ao contrário, imprime uma força para se retrair. Nas condições normais a pressão
intrapleural sempre será negativa.
Forças elásticas da parede torácica puxam a pleura parietal para um lado e as forças
elásticas do pulmão puxam a pleura visceral para o outro lado, isso faz com que a
cavidade pleural tenha uma pressão negativa.
212
A pressão pode ser tornar mais negativa ou mais positiva, mas SEMPRE será
negativa.
Nós respiramos por causa da diferença de pressão que é gerada pela contração
muscular, essa mudança gera o fluxo inspiratório e expiratório.
Na inspiração:
Pressão transmural: diferença entre a pressão pleural e a pressão alveolar, a distensão dos
alvéolos depende dessa pressão, os alvéolos distantes da cavidade pleural, são igualmente
distendidos devido a sua arquitetura que favorece a transmissão das forças até aquelas
regiões.
Inspiração: ação muscular -> expansão do tórax -> diminui a pressão de platô -> pressão
alveolar < pressão atmosférica = ENTRADA DE AR
Expiração: relaxamento muscular -> retração do tórax -> aumenta a pressão de platô ->
pressão alveolar > pressão atmosférica = SAÍDA DE AR
Forças elásticas: forças geradas pelo músculo para expandir os alvéolos. Oposição
elástica dos tecidos; complacência pulmonar; tensão superficial
Forças de atrito: resistência do ar para chegar ao seu destino devido ao atrito entre
os tecidos. Resistência viscosa dos tecidos; resistência das vias aéreas.
Propriedades elásticas
A elasticidade é uma propriedade da matéria que permite ao corpo retornar a sua forma
original após ter sido deformada por uma força.
Os tecidos dos pulmões e da caixa torácica são constituídos por fibras elásticas, cartilagens,
células epiteliais, glândulas, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos que possuem propriedades
elásticas.
Quanto maior a pressão gerada pelos mm. respiratórios, maior será o volume inspirado.
Quando a força aplicada ao tecido cessa, ele retorna a posição inicial.
213
Complacência pulmonar
Relação entre a variação do volume e a pressão necessária para manter o pulmão insuflado.
Desse modo a complacência mede o grau de extensibilidade do pulmão.
A complacência toraco pulmonar é o somatório da curva de complacência pulmonar e a curva
de complacência do gradil costal.
Tensão superficial
Força de atração entre as moléculas superficiais de uma interface liquido- gás -> Tendência
do alvéolo de se fechar. Essa tensão induz as moléculas a manterem a menor área possível
de contato com a região gasosa, ou seja, uma esfera, pois apresenta uma menor área por
unidade de volume, portanto é uma menor área de contato entre o ar interior e o seu
revestimento líquido.
Lei de Laplace: O alvéolo menos expandido tem a tendência de se esvaziar, colabar e
mandar o ar para um alvéolo maior (mais expandido).
Forças de atrito
214
Resistência viscosa dos tecidos: movimento dos tecidos (pulmões, caixa torácica,
diafragma, órgãos abdominais) durante a ventilação, responsáveis por 20% da resistência.
Fatores como fibrose pulmonar e obesidade aumentam a resistência, dificultando a expansão
diafragmática.
Resistência das vias aéreas: corresponde ao comportamento pressórico ao fluxo de gases
e movimento dos tecidos, devido a forças de fricção através do sistema respiratório, pelo
deslocamento de ar através da árvore brônquica. Ou seja, é a dificuldade do ar em chegar às
vias aéreas devido ao calibre dos brônquios (quanto menor o calibre mais resistência).
Fluxo
Na presença de um fluxo elevado ocorre completa desorganização do padrão laminar levando
à turbulência.
Laminar: brônquio menos calibroso, fluxo mais lento -> gera mais expansão.
Turbulento: brônquio mais calibroso, fluxo mais rápido.
Transicional: onde há divisão nos brônquios.
Volumes pulmonares
A ventilação pulmonar pode ser medida pela determinação dos volumes de ar existentes nos
pulmões, em diferentes circunstâncias.
Os volumes e as capacidades pulmonares são cerca de 20 a 25% menores no sexo feminino
e são maiores nos indivíduos de maior porte físico e nos atletas.
Capacidades pulmonares
Capacidade inspiratória é a capacidade de ar que pode ser inspirado, quando a inspiração
começa ao nível expiratório normal e distende os pulmões ao máximo. Equivale a cerca de
3500 ml e corresponde à soma do volume corrente e do volume de reserva inspiratória.
Capacidade vital (CV): quantidade máxima de ar que uma pessoa expira após uma
inspiração máxima -> 4600 ml
CV = VRI + VRE
Ventilação pulmonar
Volume minuto (VE): volume que respiramos por minuto FR: 12 a 20rpm (Adulto) e 40 a
45rpm (recém-nascido) VE = VC x FR
Ventilação alveolar: quantidade de ar que chega ao alvéolos a cada minuto. É dependente
da FR, VC e espaço morto.
Espaço morto
Ar que não participa das trocas gasosas
Espaço morto anatômico: ocupa as vias aéreas condutoras (das narinas aos
bronquíolos terminais).
Espaço morto alveolar: vias aéreas respiratórias, chega aos alvéolos, mas não
participam das trocas gasosas -> ocorre mais na região do ápice do pulmão.
Espaço morto fisiológico: soma do anatômico e do alveolar
As bases pulmonares recebem a maior parte do gás inspirado na posição ereta, pois as bases
apresentam pressão intrapleural menos negativa do que o ápice, isso é secundário
principalmente pelo peso pulmonar. Qual quer objeto na posição supina requer maior pressão
nas bases. Como a pressão intrapleural é muito mais negativa nos ápices os alvéolos aí
situados, durante o repouso, tem um volume elevado.
Perfusão pulmonar
216
Onde há melhor ventilação e perfusão é onde há mais ar e mais sangue, sendo assim
é onde há mais trocas gasosas.
No ápice pulmonar a pressão intrapleural muito negativa faz com que os alvéolos
permaneçam muito insuflados, o que comprime os vasos justa-alveolares.
Na base pulmonar a pressão intrapleural menos negativa permite que os alvéolos
desta região fiquem menos insuflados e, portanto, não exercem compressão sobre os
vasos justa-capilares.
Relação ventilação/perfusão (V/Q)
A adequada relação entre a ventilação e o fluxo sanguíneo nas regiões pulmonares é
essencial para que ocorra uma troca gasosa adequada, se houver falha na perfusão ou
ventilação não ocorrerá a troca gasosa.
Os distúrbios da relação V/Q são conhecidos como shunt e efeito espaço morto.
Efeito espaço morto: áreas ventiladas e não perfundidas. Ocorre onde a ventilação
é maior do que a perfusão, por exemplo, onde o alvéolo está mais expandido e
comprime os vasos sanguíneos, ou em caso de tromboembolismo. Tendência à
hipercapnia, pouca ou nenhuma hipóxia.
Shunt: áreas perfundidas e não ventiladas, ou seja, tem sangue mas por algum
motivo, como por exemplo uma obstrução, não há 02. O sangue sai da área de shunt
com sua PO2 inalterada. Produz hipoxemia arterial importante, que não se alterará ao
aumento da FiO2.
o Pacientes que fazem shunt não respondem à oxigenoterapia, porque o alvéolo
está obstruído e não está sendo ventilado, portanto, aumentar a quantidade de
O2 não vai fazer com que esse O2 chegue ao alvéolo, não ocorrendo assim a
troca gasosa.
o Quanto maior a área de shunt menor será a troca gasosa e o PO2 arterial ficará
diminuído.
o Com 50% de shunt pode colocar 100% de O2 que ainda assim não vai alterar
o PO2.
Difusão
217
Controle da ventilação
Os três elementos básicos de controle da ventilação são:
• Sensores: coletam as informações
• Controle central: coordena as informações e as envia
• Efetores: realizam ventilação (músculos respiratórios)
Sensores
Quimiorreceptor é um sensor que responde a uma alteração na composição do sangue.
Quimiorreceptores centrais: próximo a superfície ventral do bulbo, respondem à
concentração de H+: aumento de H+ = estimula a ventilação; diminuição de H+ = inibe a
ventilação.
Quimiorreceptores periféricos: situados na bifurcação das artérias carótidas. Respondem
à diminuição da PaO2 e ao PCO2: quando aumenta a quantidade de CO2 ele avisa o controle
central que precisa respirar, quando normaliza diminui o estímulo.
218
Controle central
Tronco cerebral: a natureza periódica da respiração é controlada por neurônios localizados
no bulbo e na ponte, os principais são: centro respiratório bulbar, centro apnêustico e centro
pneumotáxico.
Centro bulbar
o Região dorsal: responsável pela inspiração, as células dessa região são responsáveis
pelo ritmo básico da ventilação. Geram potenciais de ação que resultam em impulsos
para os mm inspiratórios.
o Região ventral: responsável pela expiração
Centro apnêustico: situado da porção inferior da ponte. Os impulsos dessa região têm um
efeito excitatório sobre a área inspiratória do bulbo, tendendo a prolongar a rampa de potencial
de ação -> dá o 1º estímulo para o centro bulbar
Centro pneumotáxico: situado na porção superior da ponte. Inibe a inspiração, regulando
assim o volume inspiratório e, secundariamente, a FR.
Inspeção dinâmica
Palpação
o Mãos nas regiões supra claviculares, com polegares na 7ª vértebra cervical, para
medir a inspiração do paciente.
o Mãos nas bases pulmonares, altura da 10ª costela com os polegares simétricos na
região da coluna, solicitar a inspiração ao paciente.
Frêmito toracovocal: vibrações percebidas na parede torácica pela mão do examinador,
quando o paciente emite algum som.
Aumento: consolidação da área pulmonar (pneumotórax, infarto pulmonar.
Diminuição: derrame pleural, atelectasias.
Percussão:
Percutir o espaço intercostal
Normal: som claro pulmonar
Hipersonoridade: aumento de ar nos alvéolos – enfisema pulmonar
Submaciez e maciez: diminuição ou inexistência de ar nos alvéolos – derrame pleural,
condensação pulmonar
Som timpânico: ar aprisionado no espaço pleural ou em cavidade intrapulmonar
222
GASOMETRIA ARTERIAL
É um exame invasivo que mede as concentrações de oxigênio, a ventilação e o estado ácido-
básico.
Valores de referência
PH: 7,35 a 7,45
PO2: 80 a 100 mmHg
PCO2: 35 a 45 mHg
HCO3: 22 a 26 mmol/l (18 a 21 mmol/l)
BE: -2 a +2
SO2: > ou igual a 95%
PH: avaliar o pH para determinar se está presente uma acidose ou uma alcalose. Um pH
normal não indica necessariamente a ausência de um distúrbio ácido- básico, dependendo do
grau de compensação. O desequilíbrio ácido- básico é atribuído a distúrbios ou do sistema
respiratório(PaCO2) ou metabólico.
PO2: exprime a eficácia das trocas gasosas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares
pulmonares, e depende diretamente da pressão parcial de oxigênio no alvéolo, da capacidade
de difusão pulmonar desse gás, da existência de shunt anatômico e da reação ventilação/
perfusão pulmonar. Alterações desses fatores constituem causas de variações de pO2.
PCO2: a pressão parcial na concentração de bicarbonato no plasma podem desencadear
desequilíbrios ácido- básicos por distúrbios metabólicos.
223
Distúrbio respiratório
Alteração na concentração de PaCO2.
Acidose respiratória: diminuição do pH e aumento do CO2 -> hipoventilação Causas:
lesão/depressão do centro respiratório, obstrução das vias aéreas (DPOC, secreção, corpo
estranho), edema, tromboembolia, SARA, atelectasias, pneumotórax, pneumonia, distensão
abdominal severa, etc.
Alcalose respiratória: aumento do pH, diminuição de CO2 -> hiperventilação (por eliminar
muito CO2) Causas: hiperventilação (por ansiedade, dor, hipertermia, hipóxia, ventilação
mecânica), lesões no SNC, tumores, encefalites, hipertensão intracraniana.
Distúrbio metabólico
Alteração na concentração de HCO3
Acidose metabólica: diminuição do pH e diminuição de HCO3
Causas: insuficiência renal, ingestão excessiva de ácidos, perdas excessivas de bases,
hipóxia.
Alcalose metabólica: aumento do pH e do HCO3
Causas: vômitos, ingestão de medicação alcalina.
Mecanismos compensatórios
Acidose mista
Numa insuficiência pulmonar, devido a hipóxia ou ao aumento do trabalho muscular
respiratório, a produção de ácido lático ficará aumentada e como ele é tamponado pelo
bicarbonato (HCO3), consequentemente haverá diminuição dos níveis de HCO3, diminuindo
ainda mais o pH e levando à acidose mista.
Ou seja...
Diminuição de CO2 de longa duração faz com que o rim libere muito HCO3,
normalizando o pH.
Alcalose mista
É uma associação da alcalose respiratória e da metabólica, frequente em pacientes com
insuficiência respiratória quando hiperventilados mecanicamente, e ocorrem perdas de suco
gástrico ou uso de diuréticos.
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
Como analisar um RX
Hipertransparente: muito penetrado -> mais escuro -> estruturas com muito ar
226
227
Higiene Brônquica
Objetivos: melhorar a “clareance mucociliar”, aumentar a expectoração, prevenir infecção
pulmonar, melhorar a função pulmonar.
Técnicas: técnicas não invasivas que promovem limpeza das vias aéreas melhorando a troca
gasosa, proporcionando a prevenção e minimizando complicações.
Tipos de expectoração
Mucoide: translúcida
Purulenta: amarelada/ esverdeada -> mais viscosidade
Hemática: hemoptise -> sangramento recente
Hemoptoico -> sangue coagulado / antigo
Compressão expiratória
Vibrocompressão
Comprimir o tórax seguindo o movimento do gradil costal, num ângulo de força para baixo,
deprimindo as costelas. Pode ser realizada uni ou bilateralmente.
A vibração faz com que a secreção se descole e a compressão acelera o fluxo.
Shaking (sacudidelas)
Durante a expiração, faz uma vibração (sacudidela leve) na direção do movimento das
costelas, essa vibração vai ser transmitida através do tórax usando o peso do corpo.
**Deve-se tomar cuidado ao aplicar essa técnica caso existam sinais de osteoporose ou
metástase em costelas e coluna vertebral.
Bag Squezing
Objetivo: mobilizar e auxiliar na remoção do excesso de secreções brônquicas e reexpandir
áreas pulmonares colapsadas em pacientes sob VMI.
Princípios básicos: hiperinsuflação manual, vibrocompressão e aspiração
Realiza pequenas insuflações com o ambu, depois faz uma vibrocompressão vigorosa.
Oscilador oral de alta frequência - Flutter (só com paciente sentado) / Shaker / Acapella
Objetivo: acelerar o fluxo expiratório
Paciente sopra, gera uma vibração no aparelho que é transmitida para o pulmão e auxilia no
deslocamento da secreção, depois estimula a tosse e o paciente expectora.
Usar em casos: PO imediato, DPOC, Asma, fibrose cística, tosse ineficaz
Fases da tosse:
1.Inspiração profunda 2. Fechamento da glote e tensão das pregas vocais 3. Contração dos
músculos abdominais e elevação do diafragma com o aumento da pressão intra-abdominal.
4. Abertura brusca da glote 5. Expiração explosiva de ar que impulsiona as secreções do
alvéolo para a traqueia.
Classificação da tosse:
Tosse técnica:
Solicitação da tosse: orienta o paciente a tossir
Tosse fragmentada ou em 3 tempos: inspiração máxima seguida de uma expiração curta,
depois tossir 3 vezes.
Tosse assistida: junto com a tosse faz a compressão do tórax Pode utilizar almofada para
auxiliar em casos de dor -> auto assistida
Huffing: inspiração única e longa seguida de sopros expiratórios curtos com a boca aberta e
pede para o paciente dizer “huffing” na expiração.
**Como estimular a tosse: põe o polegar ao lado da traqueia e “cutuca” -> tic traqueal
**Cuidados: hipertensão intracraniana, instabilidade hemodinâmica
Drenagem autogênica- Forma de auto drenagem: leva secreções de pequenos calibres para
brônquios de grandes calibres
1º desprender: desprender o muco com respirações superficiais
2º coletar: coleta o muco nas vias aéreas médias com respirações mais que superficiais
3º eliminar: expectorar o muco com uma respiração mais forte (volume alto)
**No final de cada inspiração fazer uma pausa de 2 a 3 segundos, para manter as vias aéreas
abertas mais tempo.
Paciente em DL, com hemitórax a ser tratado em contato com o leito, faz inspiração e
expiração lentamente, usando um bocal, o fisioterapeuta posicionado atrás do paciente,
realiza pressão com uma mão no tórax e outra no abdome durante a expiração.
Nebulização/ Inalação
Pressão positiva inspiratória final (PEEP): Pressão atmosférica aplicada nas vias aéreas
no final da expiração
Efeitos:
1.Volume pulmonar: distensão dos alvéolos, prevenção do colapso alveolar, reabertura dos
alvéolos colapsados 2. Água pulmonar extravascular (APE): redistribui esse liquido do
alvéolo para o espaço perivascular -> quando aumenta a PEEP o líquido sai do alvéolo. 3.
Circulação pulmonar: aumento da resistência vascular produzida pela compressão dos
capilares pulmonares; redistribui fluxo sanguíneo. 4. Ventilação/ perfusão: reduz shunt
**Indicado para hipoxemia, recrutamento alveolar
Treinamento muscular
Dispositivos de treinamento
Threshold IMT: treina musculatura inspiratória (Força = 70% da PiMax; Resistência= 40% da
PiMax)
Threshold PEP: treina a musculatura expiratória
Objetivos:
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
A insuficiência respiratória (IR) pode ser definida como a condição clínica na qual o sistema
respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da
pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro dos limites da normalidade, para
determinada demanda metabólica.
Causas: Hipoventilação, distúrbio V/Q, shunt.
Classificação
Insuficiência respiratória aguda – Tipo I
-Hipoxemia: diminuição da PaO2 -> menor ou igual a 60 mmHg
-Ventilação normal ou hiperventilação: PaCO2 normal ou maior que 45 mmHg.
Sintomas:
Dispneia
Alteração da frequência cardíaca
Agitação psicomotora
Cianose
Uso de musculatura respiratória acessória
Tiragem intercostal
Alteração da ausculta pulmonar
OXIGENOTERAPIA
Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada
na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia.
O oxigênio necessita de um fluxômetro e um regulador de pressão parar ser liberado. A
determinação de gases arteriais é o melhor método para averiguar a necessidade e a eficácia
da oxigenoterapia. Podem ou não existir outros sinais de hipóxia como a cianose.
Gasometria arterial
PaO2 ideal = 109 – (0,43 X idade) -> Formula de Sorbini
Oxímetro de pulso: esmalte, perfusão baixa e extremidades geladas atrapalham
Como calcular:
21% – 60mmHg
X – 100mmHg
60X = 2100
X = 2100/60 = 35%
Catéter nasal
- Administra no máximo 6 l/min O2
-Usual até 3 l/min O2
Máscara de Venturi
DOENÇAS PLEURAIS
Devido à diferença de pressão hidrostática entre os vasos dos dois folhetos, cerca de
700 ml de líquido circulam diariamente no espaço pleural e são absorvidos pelos
linfáticos e capilares do folheto visceral.
Qualquer alteração nas pressões que controlam a dinâmica do líquido pleural, na
permeabilidade dos capilares pleurais ou na integridade dos vasos linfáticos, poderá
acarretar acúmulo anormal de líquido, caracterizando a formação do derrame pleural.
DERRAME PLEURAL
Acúmulo anormal de líquido no espaço pleural resultante de um desequilíbrio fisiológico das
forças que regulam a formação e reabsorção do líquido pleural ou de eventos
fisiopatológicos decorrentes de processos inflamatórios ou infiltrativos dos folhetos pleurais.
RX: opacidade homogênea com apagamento de seios cardio e costofrênico
Quaro clínico: sinais de insuficiência respiratória, cianose, dispneia, taquipnéia.
PNEUMOTÓRAX
Pneumotórax espontâneo
Pneumotórax traumático
Presente em 15 a 50% dos pacientes com trauma torácico. Fratura de arco costal; impacto
sobre vítima em inspiração completa com a glote fechada; tiro; facada.
Pneumotórax Iatrogênico
Causado por realização do acesso venoso central em subclávia ou por barotraumas
(profissional que causa no paciente)
Pneumotórax hipertensivo
– Situação de risco de vida
– Válvula unidirecional que permite que o ar entre mas não saia do espaço pleural
– No RX observa desvio do mediastino, com comprometimento do pulmão contralateral.
Consequências:
Dor
Dispneia
Expansibilidade diminuída
Hipertimpanismo a percussão
MV diminuído ou abolido
Cianose
Distensão jugular
Taquicardia e hipotensão arterial
Interpretação radiológica do pneumotórax
Área Hipertransparente
DPOC é a quarta causa de morte nos EUA. Sendo a única causa de morte que está
aumentando.
A OMS prevê que em 2020 a DPOC passará:
- De 12ª doença mais prevalente para a 5ª.
- De 6ª causa de morte para 3ª.
Duas razões para isso:
-Redução da mortalidade por outras causas (doenças cardiovasculares em países
industrializados e doenças infecciosas em países em desenvolvimento).
-Marcado aumento no consumo de cigarros e poluição ambiental nos países em
desenvolvimento.
Definição: a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença caracterizada por:
Fase avançada
Horizontalização das costelas e alargamento dos espaços intercostais.
Rebaixamento e retificação das cúpulas diafragmáticas.
240
Hipertransparência pulmonar.
Alargamento da artéria pulmonar e aumento do VD.
Gasometria
Identifica e gradua a hipoxemia e a hipercapnia
Hipercapnia com pH normal = hipoventilação crônica.
Hipercapnia com pH baixo = hipoventilação aguda ou crônica descompensada.
pH<7,25 geralmente indica necessidade de VMI/VMNI.
Espirometria
Tratamento – Fisioterapia
Oxigênio para corrigir a hipoxemia
Posicionamento
Exercícios respiratórios com fluxo ins. e exp. lentos
Freno labial
Se necessário VMNI/ VMI
Pneumonia
FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
Objetivos:
Dar conforto ao paciente
Manter vias aéreas livres
Melhorar a função pulmonar – troca gasosa
Técnicas:
Fluidificar as secreções se necessário
o Inalação, nebulização, orientar a ingestão de líquidos
Higiene brônquica
o Drenagem postural
o Vibrocompressão
o Tosse assistida ou espontânea
o Flutter / Shaker
Expansão pulmonar
o Manobra de pressão negativa
o Manobras de direcionamento de fluxo
242
o Padrões ventilatórios
o Inspirômetros de incentivo
o Ventilação mecânica não invasiva (VMNI)
SARA
É uma lesão (ou trauma) difusa do parênquima pulmonar, que leva a uma resposta
inflamatória comprometendo a membrana alveolocapilar, com alteração da permeabilidade
endotelial – líquido para o interstício (edema pulmonar).
Tratamento
Evitar distensão cíclica alveolar: trabalhar com pressões mais baixas e PEEP
otimizado (já começa com 10 -> quanto maior o PEEP mais o alvéolo se expande)
Promover máximo recrutamento alveolar
Maior estabilidade alveolar possível
Reduzir picos de pressão
Manter melhor troca gasosa, com o menor FiO2 possível
Sempre mudar o decúbito -> pois melhora a oxigenação, porque a área mais
perfundida e ventilada é sempre a inferior e ao colocar os alvéolos mais expandidos
para baixo melhora esse quadro.
Ventilação mecânica
A ventilação mecânica substitui total ou parcialmente a respiração espontânea e está indicada
na insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada. A ventilação mecânica propicia
melhora das trocas gasosas e diminuição do trabalho respiratório, podendo ser utilizada de
forma não-invasiva através de uma interface externa, geralmente uma máscara facial, e de
forma invasiva através de um tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia.
Indicação:
Insuficiência respiratória por problemas:
Ventilatórios: doenças do sistema nervoso central, TRM, depressão por anestésicos ou
relaxantes musculares.
De troca gasosa: SARA, DPOC, EAP, atelectasias
Profilática: cirurgias, pós operatório imediato
Disfunção de outros órgãos e sistemas: choque, hipertensão intracraniana
243
PaO2: 50 a 70mmHg
PaCO2: 50-55mmHg
PH: > 7,20
SatO2: 90 – 93%
Objetivos (clínicos):
Reverter a hipoxemia
Reverter acidose respiratória aguda
Reduzir o desconforto respiratório
Reverter a fadiga dos músculos respiratórios
Reduzir o consumo de O2 sistêmico e do miocárdio
Reduzir pressão intracraniana
Estabilizar a parede torácica
Aspectos consensuais:
Avaliar o cuff a cada 12hrs. O valor referência é entre 20 a 34/35 cmh20 (15 a 25
mmHg)
Quanto mais pressão tiver mandando para o paciente, mais a chance de lesar a
traqueia do paciente.
Quanto menos pressão tiver mandando para o paciente, tenho chance de causar uma
pneumonia de aspiração no paciente.
Umidificador ativo: altamente prejudicial ao paciente, pode causar infecções. O ar passa
pelo circuito e sai umidificado e vai para o paciente, o ar vai úmido e em temperatura ideal.
Umidificador passivo: HME. É um filtro, usado no adulto seguindo as recomendações.
A ventilação mecânica é indicada na insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada.
Insuficiência respiratória aguda: incapacidade do sistema respiratório de efetuar adequada
trocas gasosas
SaO2 menor que 90%, rebaixamento do nível de consciência, FR maior que 35, dispneia
(moderada ou intensa), PaO2 menor de 60mmHg, PaCo2 maior que 50-55mmHg, entre
outros, estado hemodinâmico instável, entre outros.
Hipercapnia: aumento de Co2
Hipoxemia: déficit de O2
Disparo:
**Sempre que o paciente tentar respirar atingindo algum dos valores (pressão ou de fluxo)
ocorrerá um novo disparo.
**O paciente só inicia a respiração a máquina o auxilia a completar o ciclo respiratório
Ciclagem:
Início da fase expiratória
Tempo: 1,2 segundos -> volume corrente não controlado diretamente
Volume: 500 ml -> garantia de volume, não permite controle direto das pressões (quando
atinge o valor estipulado a máquina inicia a expiração)
Pressão: 15 a 20 cmH2O -> valor de pressão prefixado, independente de tempo insp. e
volume corrente atingidos
Fluxo: ocorre na PSV – 25% do original -> varia de acordo com o ventilador, independente do
volume corrente obtido.
Volume controlado
Pressão controlada
Controle de pressão e tempo inspiratório, parâmetros resultantes: fluxo e volume
Vantagens: menor pico de pressão em vias aéreas, menor VC para manter uma mesma
PaCO2, melhora PaO2.
Resumindo...
Ciclagem a volume -> ajusta FLUXO
Ciclagem a pressão -> ajusta TEMPO INS
OBS:
o Se controlar o volume não controla da pressão -> a pressão passa a ser
dependente da complacência
o Se controlar a pressão não controla diretamente o volume
o O fluxo é dependente do tempo: diminui tempo ins = aumenta fluxo
o Através da pressão é possível alterar indiretamente o volume
o Aumento de pressão = aumento de volume
o Se o paciente tiver diminuição de complacência (DPOC, SARA) -> ventilar à
pressão
PRESSÃO DE CUFF: 20mmHg: se estiver maior que 30 pode causar ulcerações na
traqueia. (Avaliar o cuff a cada 12hrs. O valor referência é entre 20 a 34/35 cmh20 (15
a 25 mmHg)
Quando usar cada modo ventilatório
A/C: quando não quer que o paciente tenha ciclos espontâneos e quer um maior controle da
respiração
SIMV: quando quer que o paciente tenha ciclos espontâneos ou quando já quer fazer
desmame
À pressão: para pacientes com diminuição da complacência (SARA, DPOC) “pulmão duro”
Como ofertar?
Volume (VCV)
Pressão (PCV)
Pressão de Suporte (PSV)
Volume (VCV): volume constante e pressão variável; ciclado a volume ou a tempo. Pré
determinado a volume, porem a pressão é variável. Pressão muito alta pode causar
barotraumas no paciente
Parâmetros
Volume corrente- VC
Fluxo- FL
Pressão positiva- PEEP
Frequência respiratória- FR
Tempo inspiratório – Ti
249
Sensibilidade
Fração inspirada de oxigênio- FiO2
Pressão (PCV): pressão constante e volume variável; fluxo variável; Ciclado a tempo. Como
o volume é variável deve ter cuidado com a hipoventilação e hiperventilação do paciente
Parâmetros
Pressão Inspiratória- PI
Pressão Positiva – PEEP
Frequência respiratória- FR
Tempo inspiratório- Ti
Sensibilidade
Fração inspirada de oxigênio- FiO2
Pressão suporte
PEEP
Sensibilidade
FiO2
Gráficos do ventilador
Gráficos escalares: são os gráficos que não se fecham
Pxt
• Auto PEEP
• Obstrução de VAs
• Resposta a Broncodilatação;
• Mecânica toraco-pulmonar
• Exalação ativa
• Ppico, Pplato;
• CPAP/PEEP
• Assincronias;
• Esforços do paciente.
250
Vxt
• Auto PEEP
• Escapes
• Vt
• Expiração ativa
• Assincronias
Sem pausa inspiratória Com pausa inspiratória
Fluxo x t: ondas de Fluxo desaceleradas tendem a atingir menor valor de Ppico com o
mesmo Vt; Auto-PEEP; Obstrução de VAs; Resposta broncodilatadora; Exalação ativa; Tipo
de onda de fluxo; Fluxo inspiratório; Assincronias; Esforços do paciente.
Volume Pressão
Proteção diafragmática
Ventilação espontânea PSV
FiO2 menor que 0,6 ou 60%
Proteção neurológica
PaCo2 em torno de 40mmHg
Definições de Variáveis
• Fração inspirada de Oxigênio – FiO2
• Pressão Inspiratória – PIP ou Pinsp
• Pressão Expiratória Final – PEEP
252
• Frequência Respiratória – FR
• Tempo expiratório – Te
• Tempo inspiratório – Ti
• Relação entre tempo inspiratório e expiratório – I:E
• Fluxo / rise time / cicle off
Fração Inspirada de Oxigênio – FiO2
Concentração de O2 no ar inspirado.
Interfere na oxigenação alveolar e arterial
No RN FiO2 excessiva está relacionada a maior incidência de doença pulmonar
crônica.
Usar o necessário para manter SatO2 entre 90-94%.
Excesso de O2
Instabilidade Alveolar
Retinopatia
Tosse Seca
Ressecamento de Mucosa
Rubor facial
Tosse seca
Diapnea
Dor torácica
Aperto no peito
Dor de garganta
Volume Corrente - Vt
• Rotina – 6 A 8 ml / kg de peso
• SARA- entre 4 E 6 ml / kg de peso (estratégia Protetora)
• DPOC – entre 5 e 8 ml / kg de peso
Diferença de pressão – DP
DP = PIP – PEEP
Está relacionado à manutenção do volume corrente e, portanto, da
ventilação.
Também conhecido como pressão de ventilação.
253
Efeitos da PEEP
Aumento CRF
Aumento ventilação
Diminuição shunt
Aumento complacência
Aumento PA02
Aumento SaO2
Diminuição WOB
Diminuição hipoxemia
• Diminuição edema – Redistribuição de Líquidos
254
Tempo inspiratório – Ti
Depende da constante de tempo
Tempo inspiratório muito curto pode levar a hipoventilação e hipercapnia
Tempo inspiratório muito longo pode levar a síndrome de escape de ar e auto
PEEP
Constante de tempo
Tempo necessário para equilibrar 63% das pressões entre a via aérea e o alvéolo.
Ct = Resistencia x Complacência
(L, s, cmH2O)
Durante a ventilação, o tempo para inspiração e para expiração devem ser cerca de
3 a 5x a constante de tempo.
Tempo expiratório – Te
Não é definido diretamente no aparelho de VM, depende do ajuste de Ti e
FR.
Também correlaciona-se à constante de tempo (Ct)
Te muito curto pode significar esvaziamento pulmonar incompleto à auto-
PEEP
Auto PEEP leva a aumento da pressão alveolar média e alterações
hemodinâmicas (â resistência vascular-RV)
Habitualmente a auto-PEEP não aparece no monitor do ventilador.
Relação I:E
É consequência do ajuste da f e do Ti
Fisiologicamente: expiração > inspiração
De modo geral, utiliza-se a relação mais próxima da fisiológica, entre 1:1,5 –
1:3
Evita-se a relação invertida, exceto em situações de hipoxemia refratária às
manobras de suporte ventilatório convencionais.
255
Frequência Respiratória – f
Deve ser suficiente para garantir a redução da PaCO2 e aumento da
PaO2, respeitando a relação I:E.
f mais baixas tendem a ser mais fisiológicas e favorecem o desmame da
VM.
FR altas podem permitir pressão menos elevada e FiO2 mais baixa.
Cuidado com o ajuste do Tempo exp. e o auto-PEEP.
Cuidado com a hipocapnia no RN!
• Ajustada de acordo com a doença de base e interação do paciente
• f – manter a relação
I : E de 1: 2
• Usar de 12 a 16 em geral
• Desenvolvimento de Auto- PEEP
• Monitorizar a PaCO2 pela gasometria
•
Correção da Acidose/ Alcalose Respiratória
f = PaCO2 (a) x FR (a) / PaCO2 (d)
Fluxo
Velocidade com que determinado volume de gás é movimentado em um período de
tempo.
Sinal de Disparo
Sensibilidade / Trigger: limiar que deve ser alcançado pelo paciente para que seu esforço
respiratório seja detectado pelo aparelho.
Pressão
• Sem Fluxo de Gás;
• Delay maior;
• Maior WOB;
• Pouco afetado por vazamentos;
Fluxo
• Fluxo no circuito
• Menor Delay
• Sinal eletrônico;
• Menor WOB
Tempo de Resposta do Ventilador: Tempo entre o sinal de disparo dado pelo paciente e o
início do fluxo inspiratório
Tipos de Ciclagem
Ti Neural ≠ Ti Ventilador
Te Neural ≠ Te Ventilador
Associadas com:
Maior tempo de VM;
Maior incidência de traqueostomia;
Menos taxa de sucesso no desmame;
Maior LOS na UTI;
Maior LOS no Hospital;
Menor chance de alta hospitalar.
258
Assincronias de Disparo
Disparo ineficaz: quando o paciente pede e o ventilador não entrega. O esforço inspiratório
não é suficiente para disparar o ventilador.
Assincronias de Fluxo
Fluxo Insuficiente: O fluxo recebido pelo paciente é inferior à sua demanda ventilatória,
ocorrendo tipicamente quando o fluxo é ajustado pelo operador e não pode ser aumentado
pelos esforços do paciente (VCV).
Para resolver: Corrigir as causas de aumento da demanda ventilatória, tais como febre, dor,
ansiedade, acidose. Em VCV, aumentar o fluxo; mudar MV para PCV/PSV; Em PCV/PSV,
aumentar Rise Time/ rampa/ slope.
Fluxo Excessivo: o fluxo recebido pelo paciente é superior à sua demanda ventilatória.
Assincronias de Ciclagem
Ciclagem prematura: ciclo antes do que foi programado no ventilador. O ventilador
interrompe o fluxo inspiratório antes do desejado pelo paciente.
Ti ventilador < Ti neural
Em VCV, ocorre por Ti muito alto, fluxo muito baixo ou pausa inspiratória inadequada.
Em PCV, Ti muito alto.
Em PSV, % de ciclagem muito baixa
Em PSV; a redução de fluxo se faz de forma muito lenta, fazendo com que a % de
ciclagem demore a ser atingida.
Para resolver: Em VCV e PCV, diminuir Ti; Em VCV aumentar fluxo; Em PSV, aumentar a %
do critério de ciclagem
Na extubação
Fatores de risco
Hipercapnia após extubação, insuficiência cardíaca, tosse ineficaz, mais de uma falência
consecutiva de desmame, mais de 65 anos, mais de uma comorbidade, obstrução das vias
aéreas superiores
Teste do cartão branco: paciente apenas com a cânula na boca, eu peço pra ele fazer um
huffing e coloco um papel branco próximo do bocal da cânula, no final do huffing o papel deve
estar molhado ou com secreção. Isso significa que o paciente tem reflexo de tosse.
TRE bem sucedido: VNI preventiva: recomendada para pacientes com fatores de risco para
falência respiratória
Desmame bem sucedido após 48h: VNI curativa: sem evidencias de benefícios exceto em
pacientes cirúrgicos
Falha de TRE: VNI facilitadora: recomendado em DPOC, PaCo2 > 45mmHg
Cálculos
Altura em cm
Resistência das vias aéreas (RVA). RVA= (Ppico – Pplato) / fluxo. Onde P em cmH2O,
fluxo em L/s, e valor normal sendo de 4 a 7 cmH2O.
Ex: Pico: 17 cmH2O RVA=17-13/0,5
Platô: 13 cmH2O RVA= 0,8
Fluxo: 30L/min ou 0,5L/s
Pressão de distensão (Pd) = pressão platô – PEEP. Resultado em cmH2O
Complacência pulmonar (Cp): dispensabilidade pulmonar e caixa torácica
Estática
Cp= Vc/ Pplato- PEEP, logo Cp= Vc/Pd
Valor normal: 50 a 100ml/cmH2O
Dinâmica
Cp= Vc/ Ppico – PEEP
Valor normal: 100 a 200 ml/cmH2O
PaO2 ideal: 109 – (idade x 0,43). O ideal é por volta de 80 mmHg em condições
normais, pois garante uma saturação de 95%.
Pressão inspiratória máxima (PiMax): força muscular inspiratória
263
CARDIOLOGIA
ANATOMIA E FISIOLOGIA CARDÍACA
ANATOMIA
Sistema condutor do sangue e seus nutrientes por todo o corpo
Formação:
FISIOLOGIA CARDÍACA
O coração ejeta um volume de sangue contra uma determinada resistência com pressão e
velocidade adequada através de contração e relaxamento da sua musculatura. O seu
desempenho depende da capacidade de ejetar fluxo suficiente para atender as necessidades
metabólicas do organismo e de receber fluxo suficiente para gerar o DC.
Músculo cardíaco
Músculo cardíaco
Período refratário do músculo - É um intervalo de tempo durante o qual um impulso cardíaco
normal não pode re-excitar uma área já excitada do miocárdio. Período refratário dos átrios x
ventrículos -> músculo atrial se contrai pouco antes do músculo ventricular, importante para o
bombeamento cardíaco.
Definições
Volume sistólico (VS): quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada sístole
ventricular – 50 a 70 ml
Débito cardíaco (DC): Quantidade de sangue bombeada pelo coração em um minuto
– DC=FC x VS (5l/min)
Volume diastólico final (VDF): Quantidade de sangue dentro dos ventrículos ao final
da diástole – 120 a 130 ml
Volume diastólico final (VDF): O que permanece no coração após a sístole – 60 a 70
ml
Retorno venoso (RV): fluxo de sangue proveniente dos tecidos periféricos que chega
ao AD. Deve ser igual ou próximo ao DC, tudo o que diminui o RV altera a função
cardíaca.
Mecânica Cardíaca
através do feixe AV e das fibras de Purkinje, ocorrendo então a contração ventricular. Após a
sístole, o coração relaxa e inicia-se o enchimento dos ventrículos.
Localização do coração
O coração fica apoiado no diafragma, próximo a linha média da cavidade torácica, no
mediastino.
Válvulas cardíacas
ARTÉRIAS – transporte de sangue sob alta pressão, levam o sangue do coração para os
tecidos, se dividem e formam as;
ARTERÍOLAS – válvulas de controle – distribuição, se ramificam em vasos chamados;
CAPILARES – trocas entre sangue e espaço intersticial, se unem e formam as;
VÊNULAS – coletam sangue dos capilares, confluem para vasos maiores chamados;
VEIAS – transporte sob baixa pressão.
PROPEDÊUTICA CARDIOLÓGICA
Dispneia
Dor ou desconforto torácico
Cianose
Síncope ou tonteiras
Palpitações
Edema
Síncope
Causas cardíacas
Arritmias (TV, BAV), estenose aórtica, TEP maciça.
Causas neurológicas - Enxaqueca, AIT, convulsões.
Causas metabólicas - Hipoglicemia, hiperventilação, distúrbios psiquiátricos.
Palpação arterial
Pulso Artérias: radial, braquial, carótida, femoral.
Observar:
Frequência: 60 a 100
– Taquicardia
– Bradicardia
Ritmo
– Arritmia sinusal: alternância de pulsações ora rápidas ora lentas
– Extra-sístole: comum, não indica necessariamente lesão cardíaca
268
Fisiopatologia
Todas as síndromes coronarianas iniciam-se pela ruptura de uma placa ateromatosa instável,
ativando a adesão de plaquetas e formação de coágulo de fibrina e trombose coronariana.
Tratamento Fisioterapêutico
Objetivos
- Prevenir os efeitos do posicionamento prolongado e do descondicionamento físico
- Permitir a independência nas AVDs
- Diminuir ansiedade e depressão
269
Responsabilidades do Fisioterapeuta
Programa gradual
Exercícios respiratórios
Repouso
Respeitar uma hora após a refeição
Evitar stress
Deambular
Escadas por volta do 13º dia
Protocolo Fase I
1.
a) Repouso absoluto no leito
b) Cuidados matinais
c) Alimenta-se com braços apoiados
d) Banho completo;
e) Sanitário ao lado do leito.
2.
a) Toma banho completo, barbeia-se, higieniza-se.
b) Senta-se ao lado da cama com os pés elevados de 20 a 30 minutos
3.
a) No leito, lava os braços, tórax e genitais.
b) Pode andar até o banheiro com ajuda
270
4.
a) Anda até o banheiro
b) Em pé no quarto e sentado na cadeira conforme o desejado
c) Continua deambulação progressiva
6.
a) Banho de chuveiro sentado;
b) Anda no corredor 3Xdia.
Fase II
Fase de Manutenção
Melhorar a capacidade física
271
VALVOPATIAS
ESTENOSE: ocorre redução progressiva do orifício valvar e a câmara cardíaca fica submetida
a um regime de trabalho aumentado.
INSUFUCIÊNCIA: ocorre aumento progressivo do orifício, com um fluxo retrógrado turbulento.
MIOCARDIOPATIA
INSUFICIÊNCIA CARDIACA
Fisioterapia na IC
A IC limita a capacidade funcional e prejudica a qualidade de vida
Objetivo:
REABILITAÇÃO CARDIACA
Classe C - Composta por indivíduos de moderado a alto risco para exercícios de média
intensidade e ou incapazes automonitorização, compreende pacientes com
cardiopatia de evolução estável e ou TE anormal, do tipo funcional III do NYHA, com
as seguintes características: VO2 <21mL/kg. Min; ausências de insuficiência cardíaca,
ausência de angina ou isquemia de repouso; capacidade insatisfatória de
automonitorização e de obediência à prescrição do exercício.
274
FISIOLOGIA DO EXERCICIO
Débito Cardíaco
DC= FC x VS
276
VO2
MET
Kcal
CONSUMO DE O2 (VO2)
VO2 – consumo máx. de Oxigênio é a quantidade máx. de O2 que o organismo consegue
captar e utilizar para gerar trabalho
Padrão de referência para aptidão cardiorrespiratória
MET
O MET representa o consumo de oxigênio em repouso, é um parâmetro fisiológico muito
comum que expressa o gasto metabólico do organismo.
1 MET = 3,5 ml.kg-1.min-1 (valor relativo)
Kcal
Caloria é uma medida usada para expressar o calor ou valor energético do alimento e da
atividade física, é definida como o calor necessário para elevar a temperatura de 1 kg (1 litro)
de água em 1o C, assim a caloria é mais corretamente designada como quilocaloria (kcal).
277
5 kcal = 1 l.min-1
Diagnóstico ou Prognóstico
Avaliação da doença pré suposta;
Avaliação de indivíduos assintomáticos com risco de Doença cardíaca coronariana;
Após infarto do miocárdio (antes da alta);
Estudo de marcapasso;
Após angioplastia coronariana;
Avaliação da hipertensão arterial;
Investigação da dor torácica;
Análise dos resultados terapêuticos.
Capacidade Funcional
Prescrição de exercícios para indivíduos saudáveis;
Avaliação da capacidade funcional;
Após infarto do miocárdio;
Após revascularização coronariana;
Após reparo de defeito valvular ou cardíaco congênito;
Doença pulmonar crônica.
278
Frequência cardíaca
Pressão arterial
Índice de percepção ao esforço
ECG
Interrupção do teste
Falha no sistema de monitoração;
Queda significante (10 mmHg) na pressão sanguínea sistólica ou incapacidade de
elevação da pressão sanguínea sistólica;
Tontura, confusão, palidez, cianose, ou sinais de severa insuficiência circulatória
periférica;
279
Exercício
↑ do tônus simpático e catecolaminas -> ↑FC ↑RV ↑DC -> ↑ PAS ( ↑ PAS > PAD
= ↑ PAM)
Cicloergômetro
Vantagens
280
Esteira rolante
Vantagens
Tipo comum de exercício
Utiliza maior massa muscular
Desvantagens
Custo financeiro alto
Maior dificuldade na monitorização
Peso corporal interfere no exercício
Banco
Vantagens
Baixo custo
Não necessita de energia elétrica
Não necessita calibração
Fácil transporte
Desvantagens
Difícil monitorização
Execução correta pelo avaliado
(METs), de forma objetiva através do teste ergométrico, onde valores inferiores a 4 METs
estão associados a um maior risco de eventos cardíacos no pós-operatório.
Para calcular os MET eu pego o Vo2max e divido por 3,5
Uma forma alternativa de avaliar a capacidade funcional pode ser estimada através da
realização de AVD’s. Medida de Independência Funcional (MIF), Índice de Bartel, Duke
Activity Status Index (DASI), Índice de Katz
Teste ergométrico e cardiopulmonar
O mínimo de tempo de teste ergométrico é de 8 minutos e no máximo 12 minutos, abaixo ou
acima desse tempo o teste é considerado falho.
Vo2Max: coloco carga, aumento a resistência, e chega em um momento em que se eu
aumentar mais a carga o Vo2 se mantem, quando ele não sobe mais é porque chegou ao
seu máximo. Ele alcança o platô
Vo2Pico: quando coloco carga no meu paciente, aumento sua resistência e o paciente para
o teste porque não aguenta mais, o vo2 dele não alcança o platô, apenas chega no pico.
Detectar isquemia miocárdica;
Reconhecer arritmias e distúrbios hemodinâmicos induzidos pelo esforço;
Neurologia Adulto
Sistema Nervoso é dividido pro: Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico.
No Sistema Nervoso Central é constituído pelo Encéfalo que constitui com o cérebro,
cerebelo e troco encefálico, já a medula espinhal constitui com a ponte bulbo e
mesencéfalo.
Já o Sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos que constitui com os
nervos espinhais e nervos cranianos, temos também os gânglios e terminações
nervosas.
Possui uma superfície cheia de sulcos e depressões chamadas de circunvoluções cerebrais,
e se divide em dois hemisférios cerebrais, o direito e o esquerdo. Esses hemisférios são
unidos pelo corpo caloso, uma ponte formada por mais de 200 milhões de fibras nervosas.
A camada externa dos hemisférios cerebrais é composta por uma substância cinzenta
chamada de córtex cerebral, formada por mais de 10 bilhões de neurônios. A região interna
dos hemisférios tem uma massa de cor mais clara do que o córtex, e por isso é chamada de
substância branca.
Cada um dos hemisférios cerebrais é dividido em cinco lobos, sendo que quatro lobos
recebem os nomes dos ossos que os envolvem:
Córtex Cerebral
Funções:
Pensamento
Movimento voluntário
Linguagem
Julgamento
Percepção
Cerebelo
Funções:
Movimento
Equilíbrio
Postura
Tônus muscular
Tronco Encefálico
Funções:
Respiração
Ritmo dos batimentos cardíacos
Pressão Arterial
Mesencéfalo
Funções:
Visão
Audição
Movimento dos Olhos
Movimento do corpo
Tálamo
Funções:
Integração Sensorial
Integração Motora
Sistema Límbico
Funções:
Comportamento Emocional
Memória
Aprendizado
Emoções
286
Incidência
Sabemos que pessoas de mais idade, raça negra (por causa da anemia falciforme), e com
histórico familiar de doenças cardiovasculares estão mais propensas a desenvolver a doença,
porém o que antes era visto apenas como um problema enfrentado pelos idosos, hoje em dia
tornou-se comum entre os jovens. É o resultado dos hábitos de vida dessa população. Dados
do Ministério da Saúde apontam que 62 mil pessoas, com menos de 45 anos, morreram no
Brasil entre os anos 2000 e 2010 por causa do acidente vascular encefálico.
TIPOS
AVE Isquêmico
AVE isquêmico ou acidente vascular encefálico isquêmico se dá pelo comprometimento de
alguma artéria cerebral, ou seja, quando há uma obstrução da artéria, impedindo a passagem
de oxigênio para as células cerebrais, levando à morte a região afetada e consequente parada
de suas funções. A falta do sangue, que carrega oxigênio e nutrientes, pode levar à morte
neuronal em poucas horas. A obstrução da artéria pode acontecer por uma placa de gordura
(placa ateromatosa), um coágulo de sangue que se junta à parede do vaso sanguíneo, ou por
um êmbolo, que é um trombo que se desloca através da corrente sanguínea até ficar preso
em um vaso sanguíneo de menor calibre.
Sinais sintomas
Os sinais e sintomas acontecem de forma súbita e podem ser únicos ou combinados.
Fraqueza ou adormecimento em apenas um lado do corpo, alteração da fala e da
compreensão da linguagem, engolir, dificuldade para andar e enxergar, tontura, perda
da força da musculatura do rosto ficando com a boca assimétrica, dor de cabeça
intensa e perda da coordenação motora.
Nem sempre há perda da consciência
Queixa de dor de cabeça
287
AVE Hemorrágico
O acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEH) se caracteriza pelo rompimento de um
vaso cerebral, ocorrendo um sangramento (hemorragia) em algum ponto do sistema nervoso.
Pode ocorrer no interior do tecido cerebral (intraparenquimatoso) ou perto da superfície
cerebral, entre o cérebro e as meninges (subaracnóideo). A hemorragia intraparenquimatoso,
é o subtipo mais comum de hemorragia cerebral, acometendo cerca de 15% de todos os
casos de AVE.
Os sinais e sintomas gerais são sempre súbitos e podem ser: dor de cabeça muito forte e
repentina, náuseas e vômitos, perda da força de um lado do corpo, perda da sensibilidade ou
do campo visual de um ou ambos os olhos, tontura, dificuldade para falar ou para
compreender palavras simples e até mesmo a perda da consciência ou crises convulsivas.
Ocorrerá edema cerebral e aumento da pressão intracraniana.
o INTRAPARENQUIMATOSO
o MENÍNGEA ESPONTANEA
Também é desencadeado pelos fatores citados acima com a inclusão de os aneurismas, neste
caso, serem principalmente originados no polígono de willis.
Apresenta:
-Cefaléia súbita e intensa
-Vômitos
-Rigidez cervical
-Pode ter perda de consciência
288
A artéria cerebral média é responsável por irrigar a parte lateral do cérebro e a artéria
cerebral anterior irriga o cérebro medialmente.
A artéria basilar irriga o tronco encefálico e quando se bifurca em cerebelares e artéria
cerebral posterior, irá irrigar o cerebelo, parte posterior do cérebro e sua base. Cada área do
cérebro desempenha uma função e para que esta função continue íntegra, o suprimento
sanguíneo deve estar preservado. Então se ocorre lesão na artéria basilar além de afetar a
coordenação motora o paciente irá apresentar problemas respiratórios e no sono, pois no
tronco encefálico estão localizadas as áreas que controlam a respiração e sono. Se a lesão
for na artéria cerebelar o paciente irá apresentar ataxia (déficit de coordenação motora). Se a
lesão for na artéria cerebral posterior irá acontecer algum déficit na visão, pois a área da visão
está localizada no lobo occiptal. Se a artéria lesada for a artéria cerebral anterior, o paciente
provavelmente apresentará déficit motor e sensitivo nos MEMBROS INFERIORES E
TRONCO. Se a artéria lesada for a artéria cerebral média na altura dos giros pré e pos
central, o paciente provavelmente apresentará déficit motor e sensitivo nos MEMBROS
SUPERIORES, CABEÇA E PESCOÇO.
289
290
Sequelas
As sequelas dependem muito da área lesionada e da extensão da lesão. Este paciente pode
apresentar comprometimentos tanto sensoriais quanto motores, de fala e cognição. Além de
poder desenvolver problemas ortopédicos como o pé equino e deformidades articulares
instaladas devido a grandes encurtamentos. Um dos comprometimentos ortopédicos que mais
ocorrem no A.V.E é o ombro doloroso, que se dá devido a fase inicial da doença apresentar
hipotonia da musculatura ocorre um estiramento das estruturas do ombro, e na fase
291
• Versão brasileira: –
- Alta confiabilidade inter e intra-observador (CCI = 0,99 e 0,98 respectivamente)
- Subescalas (interobservador CCI = 0,99 a 0,94; intraobservador CCI = 0,98 a 0,87).
Avaliação fisioterapêutica
Principal fonte de informações para a tomada de decisão clínica
Anamnese
Integridade dos nervos cranianos
Sensação
ADM
Função motora:
o Estágios de recuperação
o Tônus muscular
o Reflexos
o Movimentos voluntários*
o Coordenação motora
o Programação motora
Força muscular
Controle postural e equilíbrio
Escalas: Berg, POMA, Teste de alcance funcional, Teste de Interação
Sensorial, TUG
Marcha e locomoção
Condicionamento cardiorrespiratório
Teste de caminhada de 6`
Funcionalidade:
Mobilidade funcional
AVD’s e AIVDs
Escalas funcionais: Barthel e MIF
Escalas específicas: RPS e SIS
Reabilitação na fase aguda/inicial
Objetivos
• Monitoramento do processo de recuperação
• Estimular diferentes posturas e atividades
• Prevenir comprometimentos secundários
• Melhora da função motora e desempenho nas AVD’s
293
294
Outras intervenções
Bobath
Kabat
Biofeedback
Estimulação cerebral (estimulação magnética transcraniana)
Intervenções complementares (acupuntura, terapia alternativas)
295
Fraturas
Concussão
Contusões
Lacerações
Lesão Axonal Difusa
Lesão Secundária: São as alterações estruturais decorrentes das lesões primárias e
alterações sistêmicas.
296
Dificuldade na concentração
Cefaléia
Tontura
Alteração da personalidade
Delírio
Sonolência
Coma
Escala de coma de Glasgow
297
3. FUNÇÕES MOTORAS
Plegias e paresias
Reflexos anormais
Rigidez de decorticação
Rigidez de descerebração
4. RESPOSTAS PUPILARES
Algumas sequelas:
Alterações Físicas
298
Plegias e paresias
Alter. Equilíbrio e reações de endireitamento
Presença de reflexos primitivos
Alteração na sensibilidade
Tono anormal
Comprometimento da coordenação
Alteração Cognitiva
Afasia
Disartria
Disfagia
Alt. Visuo-espacial e perceptivas
Alt. na atenção e perseverança
Amnésia
Alteração de comportamento
Irritabilidade
Agressividade
Ansiedade
Euforia
Apatia
Depressão
Perda da inibição e julgamento
Negligência à higiene
Distúrbios Clínicos
Metabólicos (neuroendócrino)
Gastrointestinais
Respiratórios
OBJETIVOS
Desequilíbrio muscular
Perda da amplitude articular
Perda da mobilidade ativa e passiva
300
Síndrome ombro-mão
Sinais e sintomas:
Edema na mão
Hipersensibilidade da mão
Limitação da ADM de dedos e ombro a mão
Atrofia dos ossos, pele e músculos
Contratura grave (nem toda mão edematosa leva a esta síndrome)
Conduta:
Toque
Massagem
Sustentação de peso (descarga de peso)
Posicionamento da mão
Entrelaçamento dos dedos e pressão na palma
Pressão da mão contra outras partes do corpo
Pressão da mão contra superfície firme
Movimentação auto assistida
Mobilização ativa e ativa-assistida
Mão
Sinais e sintomas:
Alinhamento apropriado
Pressão na base do polegar
Sustentação de peso
Membro inferior e marcha
1.) FLEXÃO DO QUADRIL:
6. MARCHA:
Ceifante
Observar: duração do passo, duração do ciclo, comprimento do passo
Mecanismos de lesão:
Ferimentos por: Facas, tiros, estilhaços.
Fraturas ou luxações das vértebras por: Forças de Impacto ou movimentos forçados e
excessivos
Principais Fatores: acidentes automobilísticos, acidente motociclisticos, mergulho em aguas
rasas.
Fisiopatogenia:
Concussão simples
Compressão
Contusão ou laceração
Hemorragia intramedular (hematomielia)
Compressão do suprimento vascular
Pode se apresentar em lesão completa ou incompleta. Além disso, sua disfunção irá depender
do qual nível neurológico foi afetado. Para uma classificação unificada, utilizamos a escala da
ASIA:
ASIA “A” = Lesão Completa: Sem preservação das funções motora e sensitiva no segmento
sacral S4 - S5
ASIA “B” = Lesão Incompleta: Perda da função motora, porém função sensitiva preservada
abaixo do nível neurológico e inclui sensibilidade do segmento sacral S4-S5
302
ASIA “C” = Lesão Incompleta: Função motora preservada abaixo do nível neurológico, e mais
da metade dos músculos-chave abaixo do nível neurológico possuem grau de força inferior a
3
ASIA “D” = Lesão Incompleta: Função motora preservada abaixo do nível neurológico, e mais
da metade dos músculos-chave abaixo do nível neurológico possuem grau de força igual ou
superior a 3
ASIA “E” = Funções motora e sensitiva são normais.
DIAGNÓSTICO:
Clínico
Tono muscular
Hipotonia:
Hipertonia:
–Fase de liberação
303
Tetraplegia:
PARKINSON
A doença de Parkinson é dividida em dois tipos:
Parkinsonismo primário
- descrita em 1817 por James Parkinson
- etiologia desconhecida
Parkinsonismo secundário
- pós infeccioso
- tóxico
- farmacológico
- metabólico
Se fragmentam em forma Rígido
- Acinética e forma Hipercinética.
Progressão da doença
Estágio inicial: inicia com tremor de repouso, cursa com rigidez e bradicinesia.
Estágio intermediário: a bradicinesia se torna acinesia, abolição da expressão fácil e
ausência do balanço dos braços durante a marcha
Estágio final: paciente restrito ao leito ou cadeira de rodas, contratura fixa em flexão de tronco
e pescoço, expansão torácica diminuída e broncopneumonia e demência em alguns casos.
Avaliação do paciente:
Cognição
Reações de endireitamento
Integridade sensorial
Resistência cardiorrespiratória
Função visual
305
Marcha
Comprometimentos da fala e deglutição
Desempenho motor funcional
Postura
Desempenho nas AVD's
Força muscular
ADM
Tônus muscular
Reabilitação do paciente:
Prevenir complicações
Manter a função
Evitar limitações funcionais
Atividades em ritmo
Integrar o indivíduo na sociedade
Tratamento
Objetivos:
Modular tônus
Melhorar o alongamento muscular
Melhorar/ prevenir limitações da ADM
Alinhamento postural
Fortalecimento muscular
Melhorar equilíbrio
Melhorar marcha
Melhorar coordenação motora grossa/ fina
Condutas:
Técnicas inibitórias
Diagonais Kabat
Alongamentos lentos e mantidos
Movimentos de rotação de tronco
Movimentos ativos para articulações com boa ADM
Tapping na musculatura extensora
RPG
Feedback em frente ao espelho
Exercícios resistidos
Exercícios de propriocepção (prancha de propriocepção, balancim, cama elástica)
Marcha com obstáculos (usar ritmo e comando verbal para auxiliar no início e na
frenagem)
Circuitos de marcha
Transferências de decúbito (DD para sentado; sentado para em pé, etc.)
Orientações:
Alongamentos
306
Esclerose = endurecimento.
Lateral = acomete primariamente um dos lados do corpo.
Amiotrófica = atrofia do músculo.
Patologia
Síndrome piramidal:
Síndrome extrapiramidal:
–Atrofia muscular;
–Arreflexia;
–Fasciculação;
– Hipotonia.
Formas Clínicas
ESCLEROSE MÚLTIPLA
Doença crônica desmielinizante do sistema nervoso central, irá “atrapalhar” a condução de
estímulos nervosos, sendo lentificado ou perdido.
Incidência: 15 a 50 anos, raça branca, mais em mulheres do que homens
Etiologia: Viral, ambiental, fatores genéticos predisponentes
308
Iniciais.
Sensitivos.
Motores.
Disfunções de órgãos.
Sintomas sistêmicos.
Curso Clínico
80% dos doentes evoluem por surtos e remissões, com uma fase secundariamente
progressiva.
20% dos doentes têm curso progressivo desde o início, com ou sem surtos.
70% dos doentes evoluem para formas progressivas.
10-15% têm formas benignas (estabilidade clínica >20 anos).
Manifestações clínicas:
Parestesia ou entorpecimento
Distúrbios na percepção de posição
Hipersensibilidade
Neuralgia do trigêmeo
Nistagmo (movimento de tremor nos olhos)
Diplopia
Comprometimento dos tratos motores
Paresia
ROT exaltados
Espasticidade
Clônus e babinsk presentes
Fadiga excessiva
Comprometimentos do cerebelo
Dismetria
Disdiadococinesia
Tremor de ação
Hipotonia
Déficits do equilíbrio
Disartria e disfagia
TRATAMENTO
309
Devem ser exercícios de séries mais curtas com períodos de alcance mais prolongado e baixa
temperatura.
Intervenção nos déficits sensoriais
Uso de gelo
Alongamentos lentos
Ativação do antagonista (inibição recíproca)
Fortalecimento -> moderado: NUNCA usar resistência máxima, dar longos períodos
de descanso, séries mais curtas, evitar fadiga e horas quentes
Treinamento e condicionamento físico
Estimular conservação de energia
Intervenção nos sintomas cerebelares
NEUROPATIAS PERIFÉRICAS
Definição As neuropatias periféricas abrange um grupo de patologias com etiologias variadas
que apresentam como fator comum a lesão dos nervos periféricos.
Classificação das neuropatias
Mononeuropatia
MONONEUROPATIAS
Traumáticas Rupturas
FAF e FAB
310
Fraturas Ósseas
Esmagamentos focais
Lesões compressivas
Lesão por tração
Classe I – Neuropraxia
Desmielinização
Recuperação completa em 3 meses
Classe II – Axôniotmese
Lesão do axônio
Célula de Schwann e membrana basal preservadas
Recuperação lenta – crescimento de 1 a 8mm/dia
POLINEUROPATIAS
Etiologia
Formas Hereditárias:
311
Polineuropatias Alcoólica
Polineuropatias Diabética
Paraneoplásicas
Infecciosas
Formas Traumáticas:
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ
COMPROMETIMENTOS DIRETOS:
Aumento da porosidade
Aumento do canal medular
Aumento da incidência de fraturas
Discrepância de comprimento – lesão na infância
AVALIAÇÃO DO PACIENTE:
Anamnese
Inspeção geral
Palpação de tecidos moles
Testes sensitivos
Avaliação da ADM
Teste muscular manual
Exames complementares
PROCEDIMENTOS FISIOTERÁPICOS
Traumáticas
Infecciosas
Tumorais
Metabólicas e Vasculares Fisiopatologia:
Bloqueio na condução nervosa (processos compressivos, infecciosos e traumáticos)
Sua Anatomia:
Exercícios da mímica facial: Soprar, sugar, franzir a testa, fechar os olhos, bico,
sorriso e estimulação com Tapping.
Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva: Elevação e depressão das
sobrancelhas, abertura e fechamento das pálpebras, contração do ângulo da boca e
protrusão dos lábios, abertura e fechamento dos lábios.
Massoterapia: Hemi- face não comprometida no sentido centrífugo.
Massoterapia de estimulação: Hemi- face acometida no sentido centrípeto.
Eletroterapia: Correntes galvânicas (diadinâmicas) e FES (não é indicado na PFP).
Biofeedback: Promover simetria facial, estimular a contração voluntária e melhorar as
sincinesias.
Atividades em frente ao espelho: Promover simetrias e evitar as sincinesias.
Orientações domiciliares: Uso de algodão umedecido sobre os olhos, uso de canudo
para líquidos e exercícios da mímica em frente ao espelho.
Alongamento máximo
Tração
Contato manual
Reflexo de estiramento
Comando verbal
Contato (orientação) visual
Resistência máxima
Sincronização
O posicionamento do paciente deve ser biomecanicamente correto.
OBJETIVOS
Diagonal 1
Padrão Flexor Posição inicial: extensão de dedos, extensão de punho, pronação, extensão de
cotovelo, rotação interna, extensão e abdução de ombro.
317
318
319
320
321
Neurologia Infantil
Lesão encefálica aguda: Traumatismo cranioencefalico na infância
322
323
324
325
326
327
328
Fatores genéticos;
Deficiência de ácido fólico;
Ingestão de álcool nos primeiros meses de gravidez;
Medicações;
Fatores sociais;
Fatores ambientais
Ácido fólico
ABERTA
Mielomeningocele:
- Lesão cística contendo líquor, meninges e elementos da medula. -Tecido nervoso exposto
não coberto por pele.
Nível sensitivo-motor
Função vesical
Envolvimento ou agravamento de deformidades: pé equino-varo ou escoliose.
Siringomielia
Paralisia flácida
Hipotrofia muscular
Diminuição ou abolição dos reflexos osteotendinosos
331
Nas lesões de nível alto o distúrbio está relacionado com inatividade da parede
intestinal e nas lesões baixas com incontinência.
Crianças dependentes de cadeira de rodas -> mais propensas à obstipação crônica
Crianças deambuladoras menos incontinência.
Iniciar o treinamento de controle das fezes após a fase de lactância. Os objetivos do
tratamento são prevenir obstipação e diarreia e controlar a incontinência.
Dieta bem orientada.
Adequado volume de líquidos ingeridos nas 24 horas.
Rotina regular para esvaziamento intestinal, de preferência 30 minutos após refeição
reforçada.
Se treinamento não efetivo, opções são: medicações laxativas, estimulação digital com
luvas, supositórios e enemas, sob orientação médica.
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