Os policiais trazem uma mulher não identificada de 72 anos que
encontraram andando sem rumo em torno do estacionamento do supermercado. No interrogatório, ela se lembra de seu nome e idade, mas não tem certeza de onde mora ou como entrar em contato com sua família. Ao exame superficial, observa-se que está vestindo roupas limpas e ligeiramente amassadas e com botões desalinhados. Ela nega qualquer dor ou lesão. Ela não se lembra de ter consultado alguma vez um médico, diz que está bem e que sempre foi saudável. Ao exame neurológico, ela é incapaz de recordar mês/dia/ano, equivocadamente recitando sua data de nascimento várias vezes, e também tem dificuldade em utilizar números, recordar palavras e nomear objetos. O restante dos resultados laboratoriais e do exame físico é normal para sua idade. Sua filha é encontrada e afirma que a mãe começou com um déficit de memória há mais de um ano, que progrediu lentamente ao longo do tempo. A paciente parou de fazer compras há seis meses, quando não conseguia se lembrar o que ia comprar ou manter sua conta bancária organizada. Ao longo dos últimos meses, ela parou de cozinhar para si mesma. A filha teve de ajudar cada vez mais com as atividades diárias da mãe. Após cuidadosa consideração do caso, você conclui que a paciente sofre de demência, uma doença degenerativa do encéfalo que afeta seriamente a capacidade de uma pessoa para realizar atividades diárias.