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UNIDADE II – MECANISMOS

DE AUMENTO DE
RESISTÊNCIA
2.1. Aumento de resistência por solução sólida
2.2. Aumento de resistência por contorno de grão
(diminuição do grão)
2.3. Aumento de resistência por deformação
plástica (encruamento)
2.3.1. Trabalho a frio e a quente
2.3.2. Recuperação, recristalização e crescimento
de grão
2.4. Aumento de resistência por precipitação
2.4.1. Por nucleação no contorno de grão
2.4.2. Por tratamento térmico (dispersão de
partículas)
Prof. Dr. Otavio Rocha
Fonte:
(1) Rezende Gomes dos Santos
(2) Willian Callister Jr
 Estados de equilíbrio termodinâmico:

Instável
Equilíbrio Metaestável
termodinâmico
Estável
Equilíbrio
termodinâmico
 Um material pode ser utilizado
forma
na sua
metaestável

Equilíbrio
termodinâmico
Sim! Muitas vezes uma estrutra
metaestável apresenta
propriedades mais
convenientes para a aplicação
do que a estrutura
termodinamicamente mais estável.
Impor obstáculo Aumento de
ao movimento Resistência

MOVIMENTAÇÃO
DE
DISCORDÂNCIAS 
Facilitar Deformação
movimento Plástica
(1) Solução Sólida
(2) Contorno de Grão

Resistência
MECANISMOS
(3) Deformação Plástica
(4) Precipitação

Dificultar movimento de discordância


1.1. Por Solução
Sólida

Fonte: Adaptado de Willian D. Callister Jr., 2002


Fonte: Adaptado de: cimm.com.br
Regra de Hume - Rothery
Para soluções sólidas de substituição, as regras de Hume-Rothery são
as seguintes:

1. O raio atômico dos átomos de soluto e solvente não deve diferir em


mais de 15%:
2. As estruturas cristalinas do soluto e do solvente devem ser
1.1. Por Solução semelhantes.
Sólida 3. A solubilidade completa ocorre quando o solvente e o soluto têm a
mesma valência . É mais provável que um metal dissolva um outro de
maior valência do que vice-versa.
4. O soluto e o solvente devem ter eletronegatividade semelhante . Se a
diferença de eletronegatividade for muito grande, os metais tendem a
formar compostos intermetálicos em vez de soluções sólidas.

“Não obedecendo, a tendência é formar soluções parciais ou


insolubilidade no estado sólido, e/ou formação de fases
intermediárias”
Fonte: Adaptado de https://pt.qaz.wiki/wiki/Hume-Rothery_rules
1.1. Por Solução
Sólida

Ligas

“Principais
diagramas de
fases” Fonte: Shackelford, J. F., 2008
Tração

1.1. Por Solução Traciona a rede do hospedeiro (solvente)

Sólida

Compressão

Comprime a rede do hospedeiro (solvente)

Fonte: Adaptado de Willian D. Callister Jr., 2002


Um grão é uma
porção do material,
na qual todos os
átomos estão
arranjados
2.2. Por contorno segundo um único
de grão: modelo e uma única
orientação.
Características do
Grão e do contorno Características do contorno o grão:
do grão: - Empacotamento atômico menos
eficiente
- Elevada energia
- Favorece a nucleação de novas fases
(segregação)
- Favorece a difusão
Fonte: Adaptado de: Apostila de EPM – Prof. Jorge Teófilo/UFPA
MECANISMOS DE FORMAÇÃO DO GRÃO

(1) Início da solidificação


– nucleação do embrião
sólido
Formação do
Grão
Fonte: Adaptado de:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.ph
p/3629502/mod_resource/content/1/Au
la%209-
Metalografia%20Quantitativa.pdf
d d  Relação
inversa com
a Taxa de
resfriamento

(a) formação de núcleos, (b) crescimento de núcleos formando cristais, (c) união
dos cristais para formar grãos e os contornos de grãos. Observe que os grãos
são orientados aleatoriamente.
(a) Os grãos são formados no
início do processo de
solidificação a partir de
pequenos agrupamentos de
átomos chamados de
núcleos.
(b) Cada núcleo da origem à um
grão com crescimento
cristalográfico em direção
diferente de seus vizinhos.
Mecanismos de (c) Quando resta pouco líquido e
os diferentes grãos começam
formação de a se encontrar, formam o
grãos contorno de grão.
(d) O contorno de grão é uma
região de 2 a 10Ǻ,
desordenada, sem uma
estrutura cristalina definida,
sendo portanto uma região
de maior energia que a do
interior do grão.
Altas taxas de resfriamento na solidificação

Fonte: Adaptado de Willian D. Callister Jr., 2002


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3354036/mod_resource/content/1/Metais%20e%20Ligas%20GRAD%202017%20stoa.pdf
Relação da
resistência com
o tamanho do Souza et al. 2019
grão

Fonte: Adaptado de Willian D. Callister Jr., 2002


Contorno de Grão
(Emaranhado de Fonte: Adaptado de: Prof. Wanderson Santana da Silva, Dr. Eng/UFSC

discordância)
Fonte: Adaptado de Rezende Gomes dos
Santos
Desalinhamen
to do
constorno vs.
Resistência

Fonte: Adaptado de: Prof. Wanderson Santana da Silva, Dr. Eng/UFSC


2.3. Por
“A deformação plástica deforma os grãos cristalinos e,
deformação portanto, distorce os planos de deslizamento, dificultando a
plástica movimentação de discordância, aumentando a resistência
(Encruamento) mecânica”
Fonte: Adaptado de Rezende Gomes e
Willian Callister Jr. Trabalho a Frio

Encruamento:
2 a 10% da energia
é absorvida
Temperatura de Recristalização

Trabalho a frio Trabalho a quente

2.3.1. Trabalhos
a Frio e a Quente

Fonte: Adaptado de cimm.com.br


(a) Geralmente realizados a quente

Principais
processos de
conformação
por deformação (b) Geralmente realizados a frio
plástica (1) Antes da deformação
(2) Cilindro de laminação
(3) Após deformação

Fonte: Adaptado de https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3629502/mod_resource/content/1/Aula%209-Metalografia%20Quantitativa.pdf


Laminação a
frio e a quente
20%
10%
3%
Trabalho a quente 1%
Aumento da Temperatura
resistência crítica Sem deformação

devido o
encruamento Trabalho a frio

Fonte: Adaptado de:


http://ftp.demec.ufpr.br/discipli
nas/TM206/Prof_Marcondes/M
ecanismos_de_endurecimento.
pdf
Aumento da
resistência
devido o
encruamento

Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/392500/.


1% 3% 10% 20%

Limite máximo
do grau de
Encruamento

Limite máximo

Fonte: Adaptado de E. B. Filho et al. 2011 – Conformação Plástica dos Metais


Influência do
percentual de TF
sobre as
propriedades
mecânicas

Fonte: Adaptado de Willian D. Callister Jr., 2002


Temperaturas
de
recristalização
para alguns
metais

Fonte: Gomes, R.G. 2002. Transformações de Fases em Metais


Trabalho a quente:
• Grandes deformações;
• Baixa qualidade dimensional e superficial
Comparativo • Peças grandes e de formas complexas
• Contração térmica, crescimento de grãos, oxidação, etc...
• Recuperação e recristalização dinâmicas.
Trabalho a frio
x Trabalho a Trabalho a frio:
quente • Pequenas deformações
• Encruamento
• Elevada qualidade dimensional
• Recuperação e recristalização estáticas

Fonte: Adaptado de E. B. Filho et al. 2011 – Conformação Plástica dos Metais


A maneira de restaurar a ductilidade do metal é a de liberação
da energia interna acumulada por meio do tratamento térmico
de recozimento (annealing). Essa liberação envolve três etapas
identificáveis: recuperação, recristalização e crescimento de
grãos.
Fonte: www.metalurgistaindustrial.com.br U = 2 a 10%
2.3.2.
Recuperação, G = H - T S
recristalização H = U - P V
e crescimento
de grão
H = U
G = U
São tratamentos térmicos (Recozimento) aplicados em
altas temperaturas para eliminar os efeitos da
deformação a frio.

2.3.2.
Recuperação,
recristalização
e crescimento
de grão

Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/392500/.


1. Na etapa de recuperação a estrutura deformada não é
modificada, apenas a densidade e a distribuição dos defeitos
presentes são alteradas.

2. Na recristalização (primária) ocorre a nucleação de


2.3.2. novos grãos, principalmente nos contornos de grãos
Recuperação, deformados. Devido à elevada energia interna presente no
recristalização material gerada na deformação, os novos grãos crescem às
custas da estrutura deformada, até eliminá-la completamente.
e crescimento
de grão 3. A continuidade do recozimento leva ao crescimento de
grão, etapa também denominada recristalização
secundária e é ativada pela redução de energia superficial
dos contornos de grão, diferenciando-se assim da recristalização
primária
2.3.2.
Recuperação,
recristalização
e crescimento
de grão

Material
Recuperado Recristalizado
encruado
Fonte: Adaptado de: cimm.com.br
(a)Baixas temperaturas:
modificações na quantidade e na
distribuição de defeitos de ponto como
lacunas;

Recuperação (b)Temperaturas intermediárias:


rearranjos de defeitos : rearranjos de
Vs. defeitos de linha, aniquilação de
discordâncias de sinais opostos,
Temperatura crescimento de sub grãos;
(c)Altas temperaturas: escalagem de
discordâncias e poligonização.

Fonte: Adaptado de: http://www.dem.feis.unesp.br/maprotec/aula17.pdf

Fonte: Adaptado de: cimm.com.br


Etapas da recristalização primária

Recristalização
primária

(a) Início da recristalização


(b)  30% da recristalização
(c) Recristalização completa

Fonte: Adaptado de: cimm.com.br

Fonte; Adaptado de: http://pelicano.ipen.br/PosG30/TextoCompleto/Iara%20Maria%20Esposito_M.pdf


Comportamento da resistividade elétrica e da
dureza, bem como a energia liberada durante o
recozimento do níquel encruado.

Propriedades Observa-se que a


resistividade elétrica é quase
x que completamente
Energia liberada
Recozimento Baixa Alta
recuperada antes da etapa
de recristalização, enquanto
que a queda acentuada de
dureza ocorre
simultaneamente com essa
etapa

Recuperação Recristalização

Fonte: Adaptado de: Heed-Hill, http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM206/Prof_Marcondes/Recozimento%20-%20Texto.pdf


Recuperação,
recristalização
e crescimento
de grão

Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/392500/.
Recuperação e Recristalização são definidas como
estáticas quando ativadas apenas termicamente, após
trabalho a frio. Já no trabalho a quente, recuperação e
recristalização são denominadas dinâmicas, são
Recuperação e concorrentes à deformação e ativadas tanto térmica quanto
recristalização mecanicamente
estáticas e
dinâmicas “A ocorrência estática ou dinâmica das etapas de
recuperação e recristalização depende de fatores
como o grau e a taxa de deformação, a temperatura
e principalmente da energia de falha de
empilhamento”
Fonte: Adaptado de: http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM206/Prof_Marcondes/Recozimento%20-%20Texto.pdf.
Recuperação,
recristalização e
tamanho do
grão
x
Propriedades

Fonte: Adaptado de: Willian D. Callister Jr., 2002


Recuperação e
Recristalização
dinâmicas

Fonte: cimm.com.br/infomet.com.br
Recristalização:
Influência do
grau de
deformação e
da temperarura

Deformação
mínima para
ocorrer a Fonte: Willian D. Callister Jr., 2002
recristalização

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