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JMN + MINERAÇÃO S.A.

MINA MORRO DOS COELHOS

PROJETO TÉCNICO DE DRENAGEM

MINA MORRO DOS COELHOS

JMN-RL-171101-00
NOVEMBRO/2017
JMN + MINERAÇÃO S.A.
MINA MORRO DOS COELHOS

SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1
2 - CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.......................................................................... 1
3 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA ................................................................................. 1
4 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO ........................................................................................ 2
5 - FISIOGRAFIA E GEOMORFOLOGIA ........................................................................ 3
5.1 - Relevo ..................................................................................................................... 3
5.2 - Solo ......................................................................................................................... 3
5.3 - Vegetação ............................................................................................................... 4
5.4 - Drenagens ............................................................................................................... 5
6 - GEOLOGIA REGIONAL .............................................................................................. 5
7 - GEOLOGIA LOCAL ..................................................................................................... 7
7.1 - Litoestratigrafia ...................................................................................................... 7
7.2 - Geologia Estrutural ............................................................................................... 12
7.3 - Descrição Litológica Detalhada............................................................................ 13
8 - DIMENSIONAMENTO DA DRENAGEM DE MINA .............................................. 14
8.1 - Considerações preliminares .................................................................................. 14
8.2 - Estudo hidrológico ................................................................................................ 14
8.3 - Condições pluviométricas .................................................................................... 15
8.4 - Cálculo das vazões de projeto .............................................................................. 17
8.5 - Caracterização das bacias hidrográficas ............................................................... 18
8.6 - Estudos Hidráulicos .............................................................................................. 19
8.7 - Tipos de dispositivos de drenagem superficial considerados ............................... 20
8.8 - Resultados do dimensionamento da drenagem superficial ................................... 20
8.9 - Estruturas de contenção de sedimentos ................................................................ 21
8.10 - Volume para retenção de sedimentos ................................................................... 22
9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 23
LISTA DE FIGURAS
Figura 3.1: Vértices da poligonal ................................................................................................. 1
Figura 4.1: Localização rodoviária da área DNPM 833.340/2003. .............................................. 2
Figura 4.2: Relação da poligonal DNPM e municípios. ............................................................... 2
)LJXUD  *HRPRUIRORJLD GD UHJLmR HP ´PDUHV GH PRUUR´ FRP GHVWDTXH SDUD D FULVWD UHWD
(linha verde) que marcam a área mineralizada com direção principal leste-oeste. .............. 3
Figura 5.2: Ponto distante 1 km da área, onde há voçoroca no ponto de maior espessura do
saprolito gnáissico. ............................................................................................................... 4
Figura 5.3: Exemplos da relação entre a mata nativa e os pastos, predominante na região. À
esquerda, pastos com ilha de mata nativa e à direita pasto pobre (devido ao solo arenoso)
com uma ilha de plantação de eucalíptos. ............................................................................ 4
Figura 5.4: Principais drenagens da área. ..................................................................................... 5
Figura 6.1: Encarte tectônico do oeste do Quadrilátero Ferrífero, modificado de MACHADO
FILHO, 1983. ....................................................................................................................... 6
Figura 6.2: Mapa regional da CPRM apresentando as principais unidades litoestratigráficas em
escala de 1:100.000, modificado de SILVA, 2013. .............................................................. 7
Figura 7.1: Modelo do empilhamento estratigráfico da área. ....................................................... 8
Figura 7.2: Exemplo do empilhamento das camadas. .................................................................. 8
Figura 7.3: Camada ou leito coluvionar no topo do morro dos coelhos ± rico em blocos de
hematita em matriz quartzosa. .............................................................................................. 9
Figura 7.4: Formação ferrífera bandada ± IF. ............................................................................... 9
Figura 7.5: Formação ferrífera bandada mais hidratada ± IFH. ................................................. 10
Figura 7.6: Camada de HE maciça no centro e com fraturamento mais forte nas bordas mais
fraturadas. ........................................................................................................................... 11
Figura 7.7: Fácies maciça da camada de HE. ............................................................................. 11
Figura 7.8: Fácies mais granular................................................................................................. 11
Figura 8.1: Limite da área de influência definida para o estudo do coeficiente de escoamento
superficial da Mina Morro dos Coelhos. ............................................................................ 18
Figura 8.2: Bacias hidrográficas definidas no projeto técnico de drenagem superficial ............ 19
LISTA DE TABELAS
Tabela 8.1: Fator de Probabilidade (K) ± Ouro Preto-MG ......................................................... 15
Tabela 8.2: Precipitação de chuva (mm) ± Ouro Preto-MG ....................................................... 16
Tabela 8.3: Intensidade de chuva (mm/h) ± Ouro Preto-MG ..................................................... 17
Tabela 8.4: Cálculo das vazões de projeto das bacias de drenagem........................................... 17
Tabela 8.5: Tempos de concentração para as bacias de drenagem definidas para o projeto
técnico................................................................................................................................. 18
Tabela 8.6: Resultado do dimensionamento dos dispositivos de vertimento instalados nas sub-
bacias .................................................................................................................................. 21
Tabela 8.7: Taxas de geração específica de sedimentos ............................................................. 21
Tabela 8.8: Cálculo da geração de sedimentos no empreendimento .......................................... 22
Tabela 8.9: Capacidade da contenção de sedimentos das bacias de decantação escavadas. ...... 23
JMN + MINERAÇÃO S.A.
MINA MORRO DOS COELHOS

1 - INTRODUÇÃO

O presente trabalho foi elaborado para o atendimento ao Termo de Ajustamento de Conduta


Ambiental - TAC/AFS/65/2017 e contempla o projeto técnico de drenagem para a jazida de minério
de ferro da área do direito minerário 833.340/2003, denominada Mina Morro dos Coelhos, cujo
relatório final de pesquisa foi aprovado e publicado no DOU em 27/02/2009.
O projeto técnico apresenta a adequação às medidas de controle de erosão, contendo ainda o
coeficiente de escoamento superficial e planta planialtimétrica georreferenciada do sistema de
drenagem. A planta contém as linhas de fluxo de drenagem, bem como as leiras e bacias escavadas.

2 - CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Razão Social: JMN Mineração S.A.


CNPJ: 08.579.947/0001-00
Endereço: Praça Dr. Augusto Gonçalves, 146 ± Sobreloja 02 ± Centro.
Município: Itaúna/MG

3 - CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Poligonal Ativa
Ponto de Amarração: confluência do Córrego do Silva com o Córrego da Cachoeira
Latitude: ƒ¶¶¶
Longitude: ƒ¶¶¶
Vetor de Amarração-Distância do Primeiro Vértice: 1950 m Ângulo: ƒ¶Quadrante: NE
Área da Poligonal: 700 ha Nº. de Vértices: 4

Figura 3.1: Vértices da poligonal


4 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO

A jazida situa-se no município de Desterro de Entre Rios, no local conhecido como Morro dos
Coelhos, na Serra da Tapera, a cerca de 10 Km ao norte da sede municipal por estrada vicinal não
pavimentada e 5 Km em linha reta.
O acesso é feito a partir de Belo Horizonte pela BR-040, sentido Conselheiro Lafaiete até o
entroncamento com a BR-383 no distrito de Murtinho num trecho de 80 Km. Deste ponto segue-se
por mais 30 Km pela BR-383 até a cidade de Entre Rios de Minas. Daí, percorrendo-se mais 35 Km
pela MG-270 chega-se a Desterro de Entre Rios. Chega-se ao local da jazida por duas opções de
acesso, uma pelo seu lado noroeste, atravessando a cidade e saindo por uma estrada de terra que
passa pela antiga usina hidrelétrica, num percurso total de cerca de 10 Km. Outra, destinado para o
transporte pesado, no setor sudeste, seguindo-se por um acesso de pavimentação poliédrica, que liga
a rodovia MG-270 no km 28 sentido Passatempo, a uma estrada vicinal à direita, cerca de 1 Km
antes de chegar a Pereirinhas, distrito de Desterro, por um percurso de cerca de 14 Km até a mina,
sentido noroeste. A figura a 4.1 ilustra o trajeto até a cidade de Desterro de Entre Rios, partindo de
Belo Horizonte.

Figura 4.1: Localização rodoviária da área DNPM 833.340/2003.

A área engloba dois municípios, Desterro de Entre Rios e Piracema, região centro sul de Minas
Gerais, como pode ser visto na figura 4.2.

Figura 4.2: Relação da poligonal DNPM e municípios.


5 - FISIOGRAFIA E GEOMORFOLOGIA

5.1 - Relevo
A área é montanhosa, WtSLFRV ³PDUHV GH PRUUR´ FRQWURODGR SHOD VXD PDMRULWiULD JHRORJLD GH
granitóides (granitos e gnaisses) que controlam um relevo em morros arredondados, padrão de
drenagem dentrítico (fig. 5.1). Enquanto dentro da área o maior destaque do relevo se dá pela crista
reta de direção leste-oeste levemente sinuosa, por onde passa a estrade principal de acesso à mina.

Figura 5.1: *HRPRUIRORJLDGDUHJLmRHP´PDUHVGHPRUUR´FRPGHVWDTXHSDUDDFULVWDUHWD OLQKDYHUGH TXHPDUFDPD


área mineralizada com direção principal leste-oeste.

5.2 - Solo
São identificados cinco tipos principais de solo dentro da área, sendo:
‡ Solo residual saprolítico arenoargiloso proveniente das alterações dos gnaisses, de coloração
rosa e manchada em cinza e branco;
‡ Solo residual arenoso e quartzoso proveniente da alteração dos quartzitos, de coloração branca
ou cinza a vermelho nas faixas mais ricas em ferro;
‡ Solo detrítico arenoso coluvionar quartzoso proveniente da erosão dos quartzitos e deposição
deste em sedimentos tamanho areia média a fina, de coloração extremamente branca;
‡ Solo detrítico ferruginoso coluvionar proveniente da erosão dos corpos de formação ferrífera e
deposição de clastos hematíticos e magnetíticos como camadas.
‡ Solo orgânico, intercalado ao latosolo rico em ferro, que devido ao perfil erosivo desta área,
este tipo de solo é raso, menor que 1m.
(P DOJXQV ORFDLV p SRVVtYHO REVHUYDU ³YRoRURFDPHQWR´ GR VROR RQGH D HVSHVVXUD GR VDSUyOLWR p
maior que 10m e, provavelmente, o nível de água freática intercepta a erosão (fig. 5.2).

Figura 5.2: Ponto distante 1 km da área, onde há voçoroca no ponto de maior espessura do saprolito gnáissico.

5.3 - Vegetação
A vegetação dominante da região é a braquiária ou capim de pasto, devido à exploração
agropecuária da região. As florestas plantadas de eucalipto são organizadas em ilhas retangulares
dispersas em toda região, bem como existem plantações de pequeno porte como de hortaliças.
As áreas de mata nativa correspondem às regiões íngremes e em área de proteção permanente, como
matas ciliares, Figura 5.3.

Figura 5.3: Exemplos da relação entre a mata nativa e os pastos, predominante na região. À esquerda, pastos com ilha
de mata nativa e à direita pasto pobre (devido ao solo arenoso) com uma ilha de plantação de eucalíptos.
5.4 - Drenagens
O padrão de drenagem da área é dentrítico a retangular, como mostra a imagem da Figura 5.4.
Marcado pela junção e contorno dos morros arredondados. Na maior parte da área, as drenagens são
intermitentes, drenando o terreno em períodos chuvosos.
No sentido leste-oeste, como já observado anteriormente, há uma crista reta que é o divisor de águas
local, separando uma micro bacia ao sul do Morro do Coelhos da micro bacia do norte.

Figura 5.4: Principais drenagens da área.

6 - GEOLOGIA REGIONAL

A Unidade Quartizítica mencionada como esparsas no CMCB (Fernandes & Carneiro, 2000), estão
relacionados com o principal interesse deste trabalho. Segundo os autores supracitados, a Unidade
Quartizítica aflora principalmente na cidade de Candeias, com um granada-sillimanita quartzito,
intrudido pela Unidade Gabronorítica, o quartzito apresenta foliação milonítica granuloblástica,
marcada pela sillimanita com direção NEE e SEE mergulhando 40-60° para SE e NE, com um
relacionamento estratigráfico não definido com os gnaisses da região.
O Complexo Metamórfico Campo Belo, localizado a oeste do Quadrilátero Ferrífero, a sudoeste do
Complexo Bonfim e a norte-noroeste do Complexo Metamórfico Arqueano Campo das Vertentes,
como mostra a figura 2.2, apresentado por Machado Filho et all. 1983, separado por uma zona de
cisalhamento transcorrente sinistral (Silva, 2013).
Figura 6.1: Encarte tectônico do oeste do Quadrilátero Ferrífero, modificado de MACHADO FILHO, 1983.

O maior detalhamento da geologia na região do Morro dos Coelhos está descrito, quase
exclusivamente, no mapeamento (fig. 2.3) da carta geológica SF.23-X-A-V - ENTRE-RIOS DE
MINAS, 1:100.000 da CPRM (SILVA, 2013). Ele relata ocorrência de ferro (Fe) sobre rochas
arqueanas cristalinas e supracrutais relacionadas ao Supergrupo Minas, mas distante 12 km a sul-
sudeste da área deste estudo.
No trabalho de Silva (2013) são apresentadas as principais litologias da região, da base para o topo:
Gnaisse Alberto Flores (A3af), que compreendem rochas da suíte TTG; Complexo Gnaissico
Piracema - Passa Tempo (A3pt), com leuco gnaisse esverdeado; Ortognaisse Desterro (A3de),
formado ortognaisse a biotita, anfibólio, piroxênio e granada eventual, coloração cinza, granulação
média foliado e eventualmente bandado, de composição granodiorítica a granítica; Suite Córrego
Figura 6.2: Mapa regional da CPRM apresentando as principais unidades litoestratigráficas em escala de 1:100.000,
modificado de SILVA, 2013.

Perobas (A4μp) composto por rochas gabróicas, muitas vezes intrusiva; Granito Alto Jacarandá
$ࢢDM  IRUPDGR SRU JUDQLWRV FLQ]D IROLDGRV *UDQLWR 0LUDQGD $ࢢPL  FRP JUDQLWRV
leucocráticos e tonalitos; Supergrupo Minas (PP12m), representado por quartzitos indivisos com
intercalações ferruginosas, podendo ser relacionados ao quartzitos superiores à Formação Cauê a
área do Quadrilátero Ferrífero, que está cerca de 12 km a sul-sudoeste da área deste estudo, como
mencionado anteriormente.

7 - GEOLOGIA LOCAL

7.1 - Litoestratigrafia
A geologia da área corresponde a um empilhamento estratigráfico (fig. 7.1) metaforizado na fácies
xisto verde, formada da base para o topo: pelo substrato cristalino gnáissico, Gnaisse Desterro,
conforme literatura; quartzitos puros a sericíticos, com passagens maciças quartzosas intercaladas,
de coloração branca a amarelada; camadas finas, menos que 10cm de argila, representando a fase
distal da deposição clástica na bacia; camada de formação ferrífera maciça de espessuras variáveis
(1 a 5m), rica em hematita e magnetita, provavelmente, marca a fase de deposição química,
relacionado à exalações vulcânicas submarinas e hidrotermalismo; sobre a camada maciça de ferro,
depositou-se, em contato erosivo, os sedimentos quartzo hematíticos / magnetítico de forma
estratificada, representando a formação ferrífera bandada; cobrindo grande área da poligonal, está a
cama de colúvio rico em clastos de minério de ferro, variando de arenoso a cascalhoso, dependendo
de sua fonte, FFB ou Hematita Maciça, respectivamente.

Figura 7.1: Modelo do empilhamento estratigráfico da área.

De forma ainda mais simplificada, temos três camadas de alto potencial econômico como minério
(fig. 7.2), na forma de:
‡ HR: Hematita Rolada
‡ IF: Itabirito Friável
‡ HE: Hematita
As litologias HR e HE atualmente são lavradas, britada e classificada em produtos Lump Ore e
Hematitinha. O minério IF será necessário processo de concentração.

Figura 7.2: Exemplo do empilhamento das camadas.


Hematitas Roladas ± HR
A camada mais jovem, produto da erosão e deposição inconsolidada do Terciário / Quaternário, na
forma de colúvios de granulometria cascalho a blocos, localmente chamado de minério rolado, é
rico em hematita, magnetita e quartzo, além de passagens mais argilosas e ferruginosas. Encontra-se
esta litologia suportada pelos clastos de hematita e com a matriz rica em ferro, e com a variação de
clastos sobre matriz quartzosa e argilosa (fig.7.3).

Figura 7.3: Camada ou leito coluvionar no topo do morro dos coelhos ± rico em blocos de hematita em matriz
quartzosa.

Itabiritos Friáveis - IF
Originalmente descrito com quartzito ferruginoso, esta formação ferrífera apresenta bandamento
rítmico quartzo-hematítico de origem sedimentar clástica (fig. 7.4), onde as bandas ferruginosas
descontínuas apresentam formato sigmoidal típico de deposição (alguns exemplos relictos da fácies
sedimentar). Porém, é possível identificar outra geração de minerais de magnetita, aparentemente
granuloblásticas e euédricos, sem orientação dentro de camadas puramente quartzosas, se
distinguindo as camadas clásticas.
Os grãos de quartzo se apresentam na forma de novos grãos, devido ao metamorfismo regional e
hidrotermalismo, com silicificação ou remobilização da sílica, por este motivo, a caracterização
sedimentar do quartzo fica comprometida, como por exemplo, amarrar a origem deltaica destes
sedimentos na gênese do depósito.

Figura 7.4: Formação ferrífera bandada ± IF.


Outra variação da formação ferrífera bandada (FFB) neste depósito está identificada e diferenciada
pelo mais elevado teor de PF (Perda ao Fogo), na forma de itabirito friável hidratado (IFH). Esta é
apenas uma fácies litoquímica dentro do pacote da FFB, mas que não se diferencia estratigráfica e
estruturalmente do IF.
O IFH (fig. 7.5) apresenta teor de PF > 2.5%, visualmente tem a coloração marrom a avermelhado,
com bandas de ferro mais finas e maior frequência, com as bandas de silicática mais argilosa que
quartzosa.

Figura 7.5: Formação ferrífera bandada mais hidratada ± IFH.

Corpos Maciços de Formação Ferrífera - HE


Existem duas fácies da formação ferrífera hematítica, a Formação Ferrífera Compacta Magnética,
que é a camada mais competente e resistente (fig. 7.6 e 7.7), podendo apresentar mais de duas
famílias de fraturas, formando blocos romboédricos. Nesta fácies, atualmente em lavra para geração
de Lump Ore (LO), é necessário utilização prévia à lavra, de um rompedor pneumático (martelete
em escavadeira) em muitos pontos mais maciços, de menor fraturamento. A recuperação para ROM
é superior a 70%.
A outra fácies da FF é a granular ou brechada, também rica em magnetita e apresenta granulometria
de areia grossa a cascalho com cimento caulinítico agregando os minerais (fig. 7.8). Apresenta-se
na coloração esbranquiçada a roxa, semicompacta a friável, podendo se desfazer em uma areia
grossa de puros minerais bem formados de magnetita. A qualidade do minério é alta, mas a
recuperação é muito variável. Esta camada está associada à camada mais maciça descrita
anteriormente.
Figura 7.6: Camada de HE maciça no centro e com fraturamento mais forte nas bordas mais fraturadas.

Figura 7.7: Fácies maciça da camada de HE.

Figura 7.8: Fácies mais granular.


7.2 - Geologia Estrutural

$ UHJLmR DSUHVHQWD XP SDGUmR JHRPRUIROyJLFR GH ³PDUHV GH PRUUR´ controlados por gnaisses. A
PLQDHVWiORFDOL]DGDQR0RUURGRV&RHOKRVPDLRUHOHYDomRGDUHJLmRTXHVHGHVWDFDSHOD³FULVWD´
alongada no sentido Leste-Oeste com leve sinuosidade. A topografia da área é definida por esta
crista alongada EW, possivelmente formada pela finalização do homoclinal com 25° de caimento
SDUD QRUWH IRUPDQGR D ³FXHVWD´ H XPD IRUWH HVFDUSD DR VXO JHUDQGR R ³KRJEDJ´ FRPR PRVWUD D
Figura 7.9.
O homoclinal é o resultado de um cavalgamento das camadas metassedimentares por sobre as
rochas gnáissicas do Complexo Metamórfico Campo Belo (CMCB), na fase rúptil ou rúptil-ductil
de vergência para Sul. Porém, este é interpretado por este autor, como último evento deformacional,
sendo, de forma mais completa, os seguintes eventos:
9 D1: Compressivo dúctil com vergência para oeste
9 D2: Compressivo dúctil com vergência para sul
9 D3: Compressivo rúptil com vergência para S-SW
9 D4: Distensivo rúptil norte-sul

Figure 7.9: A crista do morro dos coelhos com sinuosidade marcante.

O primeiro evento deformacional (D1) se caracteriza pela fase mais dúctil, com dobras simétricas
sinformes e antiformes, algumas cilíndricas, outras dobras horizontais com eixo NS e caimento para
norte, até um dobramento recumbente com caimento para norte, mais preservadas na região central.
O segundo evento (D2) inicia com uma fase dúctil de dobramentos formando sinformes e
antiformes mais abertos, cilíndricas, horizontais EW com inclinação do plano axial para norte-
nordeste, registrando o final da fase dúctil, onde inicia o cavalgamento sobre corpos gnáissicos por
falhas de baixo ângulo, em uma fase rúptil (D3) com rompimento das dobras em planos paralelos ao
plano axial de direção EW com mergulho para norte e nordeste.
O evento D3 foi, por fim, o mais importante economicamente, pois gera duplicação ou
multiplicação das camadas de HE e IF, possibilitando lavras em pequenas áreas com grande
quantidade de minério rico (HE), além de facilitar a exposição das camadas de HE.
Por fim, um evento distensivo (D4) provoca uma grande falha normal gerando escarpas fortemente
inclinadas voltadas para o sul, que marca a cumeeira do Morro dos Coelhos. Este mesmo evento se
caracteriza pela reativação de outras falhas de abatimento de direção NS, na forma de Host Graben,
observado em desníveis locais do terreno. Os fraturamentos também são desenvolvidos nesta última
fase distensiva.

7.3 - Descrição Litológica Detalhada

De forma detalhada, as variações das fácies litológicas encontradas na Área e reconhecidas nos
afloramentos, cavas e testemunhos de sondagem, definem as seguintes litologias:
ƒ Aterro com poucos clastos de magnetita (AT);
ƒ Colúvios ricos em clastos de minério de ferro e quartzito (COL);
ƒ Argilas brancas a amarelas sem ou com baixo teor de minerais de ferro (AG);
ƒ Argilas Ferruginosas com susceptibilidade magnética forte (AGF);
ƒ Formação ferrífera granular magnética, com aglomerados de magnetita de 2mm ferro
cimentada ou cimentado com argila caulinítica, filoneana (FFGM);
ƒ Formação ferrífera maciça magnética, destacada pela compacidade maciça,
anteriormente0020definida como filoneana (FFMM);
ƒ Formação mangnesífera, na forma argilosa com raros nódulos de pirolusita (FMN);
ƒ Quartzito ferruginoso típico do topo do pacote estratigráfico, com assinatura de deposição
leque deltaico, estratificado plano paralelo com bandas de magnetita entre os estratos
quartzosos (QF);
ƒ Quartzito ferruginoso maciço ou silicificado, baixo grau de liberação (QFM);
ƒ Quartzo-sericita xisto ou quartzito sericítito friável, na base das formações ferríferas ou
filões (QSX);
ƒ Quartzitos puros, somente quartzo com pouquíssima sericita ou outro cimento (QT);
ƒ Gnaisse ou clorita-quartzo xisto com ou sem magnetita em finos veios (GN);
ƒ Veios de quartzo intrusivos (VQ).
8 - DIMENSIONAMENTO DA DRENAGEM DE MINA

8.1 - Considerações preliminares


Para realizar as suas atividades de extração, processamento e expedição de minérios na mina Morro
dos Coelhos, a JMN elaborou um projeto técnico de sistema de drenagem, com o intuito de
promover o adequado escoamento das águas superficiais. Este projeto deve ser revisado e adequado
periodicamente, para a garantia da drenagem superficial à medida em que as atividades de lavra
avançam e modificam o relevo.
Para o atendimento às informações solicitadas no TAC/AFS/65/2017, referente a LOC - Processo nº
14945/2011/003/2015, o projeto do sistema de drenagem foi revisado em novembro de 2017 de
forma a apresentar a adequação às medidas de controle de erosão e o coeficiente de escoamento
superficial. O relatório contém a planta planialtimétrica georreferenciada do sistema de drenagem,
evidenciando as linhas de fluxo, bem como as leiras e bacias escavadas.
O projeto de drenagem da Mina Morro dos Coelhos, consiste no correto direcionamento do fluxo
superficial ao longo das bermas e dos acessos, com a utilização de leiras, de forma a direcioná-los
para as bacias de decantação. As bacias de decantação são constituídas por reservatórios de pequeno
e médio porte, implantados como estruturas auxiliares do sistema de drenagem superficial de pilhas
de estéril, cavas e estradas de acesso, com a finalidade principal de reter os sedimentos de
granulometria mais grossa, carreados pelos eventos de chuva de curta duração e promover a
dissipação da velocidade do escoamento, contribuindo significativamente para que as descargas nas
drenagens naturais, não promovam nenhum tipo de impacto ambiental associado à atividade de
mineração.
De acordo com o Manual de Diretrizes para Elaboração de Estudos Hidrológicos e
Dimensionamentos Hidráulicos em Obras de Mineração (PINHEIRO, 2011), considera-se que a
diferença entre uma bacia de decantação e um reservatório para retenção de sedimentos reside na
duração dos eventos hidrológicos: enquanto os reservatórios para retenção de sedimentos são
dimensionados para ciclos anuais, as dimensões das bacias de decantação resultam de eventos de
chuva de curta duração, geralmente inferiores a 24 horas. Por conta desse critério de
dimensionamento, as bacias de decantação exigem manutenção periódica, principalmente após a
ocorrência de chuvas de alta intensidade.
Desta forma, em diversas situações, as bacias de decantação são dimensionadas com a finalidade
principal de amortecimento de cheias nos sistemas de drenagem, reduzindo os picos de escoamento
superficial nas bancadas das cavas e pilhas e acessos.
Ainda segundo o manual, como critério hidrológico de dimensionamento, as bacias de decantação
devem ser projetadas para eventos de chuva com períodos de retorno de 10 a 50 anos.
Portanto, procurando seguir às boas práticas, a JMN elaborou o dimensionamento dos sistemas de
vertimento e das bacias de decantação, inseridas neste projeto de drenagem, para atender à eventos
de chuva com período de retorno de 50 anos.

8.2 - Estudo hidrológico


Os estudos hidrológicos tiveram por objetivo a determinação do regime de chuvas da região onde se
insere a mina, a identificação e caracterização da bacia de contribuição e o cálculo da descarga
máxima dessa bacia.
Foram analisadas as características da bacia hidrográfica, juntamente com as condições de
precipitações pluviométricas da área, para que pudessem ser feitos estudos das condições de
deflúvios, estabelecendo-se, assim, o regime dos picos de cheias, para consequente
dimensionamento do sistema hidráulico.
Foram analisadas as condições hidrológico-hidráulicas para chuvas com tempo de retorno de 50
anos sendo que a característica da bacia de contribuição foi definida com base no levantamento
topográfico executado pela JMN.

8.3 - Condições pluviométricas


Os dados necessários para o estudo das condições pluviométricas da região, onde se localiza a obra,
foram extraídos, para maior segurança, das análises e compilações de estudos realizados para Ouro
Preto-MG, posto meteorológico próximo ao empreendimento. Estes valores de intensidades
pluviométricas foram baseados em trabalhos iniciados pelo Serviço de Meteorologia do Ministério
da Agricultura, concordantes com os resultados obtidos através das tabelas e gráficos compilados
por Otto Pfafstetter (1957, Chuvas Intensas no Brasil).
Assim, para maior segurança, o critério adotado foi o sugerido por Pfafstetter. Em seus estudos,
Pfafstetter define a equação representativa do regime pluvial para calcular a precipitação máxima
provável para um determinado tempo de duração da chuva de uma área como sendo:

ܲ=‫ݐܽ[ܭ‬+ܾ݈‫(݃݋‬1+ܿ‫])ݐ‬ (1)

onde:
ܲ: precipitação máxima provável em mm;
‫ܭ‬: fator de probabilidade;
ܽ,ܾ,ܿ: valores constantes para cada posto meteorológico;
‫ݐ‬: duração da precipitação em horas.

O tempo de retorno, de uma forma mais simples, é o número médio de anos em que uma
precipitação, com certa intensidade, será igualado ou excedido. Para tempo de retorno igual a 1 ano,
em que K = 1, o trabalho feito por Pfafstetter apresenta parâmetros para a solução da equação e
cálculo da precipitação máxima, para diversos postos de observação pluviométrica (tab.1).

Tabela 8.1: Fator de Probabilidade (K) ± Ouro Preto-MG


dĞŵƉŽĚĞZĞƚŽƌŶŽ;dĂŶŽƐͿ
ƵƌĂĕĆŽ
ϭϬ ϱϬ ϭϬϬ ϮϬϬ ϱϬϬ ϭϬϬϬ ϭϬϬϬϬ
ϱŵŝŶ ϭ͘ϮϴϮϯϯ ϭ͘ϱϮϱϳϳ ϭ͘ϲϰϰϯϳ ϭ͘ϳϳϮϭϵ ϭ͘ϵϱϲϱϰ Ϯ͘ϭϬϴϲϯ Ϯ͘ϳϬϯϵϲ
ϭϱŵŝŶ ϭ͘ϱϰϲϵϳ ϭ͘ϵϮϮϴϰ Ϯ͘Ϭϴϴϳϵ Ϯ͘ϮϲϬϮϮ Ϯ͘ϰϵϵϬϬ Ϯ͘ϲϵϭϲϱ ϯ͘ϰϯϱϱϴ
ϯϬŵŝŶ ϭ͘ϲϬϱϬϮ Ϯ͘ϬϰϳϬϱ Ϯ͘Ϯϰϴϱϭ Ϯ͘ϰϲϬϭϴ Ϯ͘ϳϲϬϮϲ ϯ͘ϬϬϲϮϬ ϯ͘ϵϴϭϬϳ
ϭŚ ϭ͘ϱϬϴϯϮ ϭ͘ϵϱϮϱϮ Ϯ͘ϭϳϰϭϵ Ϯ͘ϰϭϳϴϵ Ϯ͘ϳϳϴϴϴ ϯ͘ϬϴϱϲϬ ϰ͘ϯϲϱϭϲ
ϮŚ ϭ͘ϱϰϯϰϱ Ϯ͘ϬϯϬϰϮ Ϯ͘Ϯϳϲϲϲ Ϯ͘ϱϰϵϰϱ Ϯ͘ϵϱϳϬϲ ϯ͘ϯϬϲϮϴ ϰ͘ϳϴϲϯϬ
ϰŚ ϭ͘ϱϳϮϭϱ Ϯ͘Ϭϵϰϵϳ Ϯ͘ϯϲϮϭϬ Ϯ͘ϲϱϵϴϯ ϯ͘ϭϬϳϳϵ ϯ͘ϰϵϰϭϯ ϱ͘ϭϱϮϮϵ
ϴŚ ϭ͘ϱϳϵϰϭ Ϯ͘ϭϭϭϰϮ Ϯ͘ϯϴϯϵϲ Ϯ͘ϲϴϴϭϳ ϯ͘ϭϰϲϲϲ ϯ͘ϱϰϮϳϰ ϱ͘ϮϰϴϬϳ
ϭϰŚ ϭ͘ϱϳϮϭϱ Ϯ͘Ϭϵϰϵϳ Ϯ͘ϯϲϮϭϬ Ϯ͘ϲϱϵϴϯ ϯ͘ϭϬϳϳϵ ϯ͘ϰϵϰϭϯ ϱ͘ϭϱϮϮϵ
ϭĚ ϭ͘ϱϱϳϳϰ Ϯ͘ϬϲϮϰϰ Ϯ͘ϯϭϴϵϵ Ϯ͘ϲϬϰϬϲ ϯ͘Ϭϯϭϰϴ ϯ͘ϯϵϴϵϭ ϰ͘ϵϲϱϵϮ
ϮĚ ϭ͘ϱϰϯϰϱ Ϯ͘ϬϯϬϰϮ Ϯ͘Ϯϳϲϲϲ Ϯ͘ϱϰϵϰϱ Ϯ͘ϵϱϳϬϲ ϯ͘ϯϬϲϮϴ ϰ͘ϳϴϲϯϬ
ϯĚ ϭ͘ϱϮϮϮϴ ϭ͘ϵϴϯϯϮ Ϯ͘Ϯϭϰϲϭ Ϯ͘ϰϲϵϲϴ Ϯ͘ϴϰϴϴϮ ϯ͘ϭϳϮϬϱ ϰ͘ϱϮϴϵϴ
ϰĚ ϭ͘ϱϬϴϯϮ ϭ͘ϵϱϮϱϮ Ϯ͘ϭϳϰϭϵ Ϯ͘ϰϭϳϴϵ Ϯ͘ϳϳϴϴϴ ϯ͘ϬϴϱϲϬ ϰ͘ϯϲϱϭϲ
ϲĚ ϭ͘ϰϵϰϰϵ ϭ͘ϵϮϮϮϭ Ϯ͘ϭϯϰϱϭ Ϯ͘ϯϲϳϭϴ Ϯ͘ϳϭϬϲϱ ϯ͘ϬϬϭϱϭ ϰ͘ϮϬϳϮϳ
Para tempos de retorno superiores a 1 ano, P tem de ser calculado. Neste caso, o fator de
probabilidade de ocorrência do evento K é calculado pela expressão:

‫ߙ]ܶ[=ܭ‬+ߚ/ܶߛ (2)

onde:
ܶ: o tempo de recorrência em anos;
ߙ, ߚ: valores que dependem da duração da precipitação;
ߛ: valor constante para cada posto.

Ou seja, conhecidos os valores de DEJ para um determinado tempo de duração da precipitação,


calcula-se o fator de probabilidade K que define a forma da curva a se ajustar à representação
gráfica das precipitações em função do tempo de recorrência. A tabela 1 sintetiza os valores de K
para o posto de Ouro Preto-MG.
Já o segundo fator da equação ± [ܽ‫ݐ‬+ܾ log(1+ܿ‫ ])ݐ‬± é determinado considerando o tempo de
recorrência igual a 1 ano, ou seja, K = 1. Assim, multiplica-se o valor da precipitação com o valor
de K em questão e chega-se aos volumes de precipitação para os diversos tempos de duração em
função de diferentes tempos de recorrência.
Para o caso de Ouro Preto-MG, tem-se que os parâmetros a, b e c são, respectivamente; 0,3; 25 e
20. Assim, os valores para as precipitações de acordo com os tempos de retorno T foram calculados
e sintetizados na tabela 8.2.

Tabela 8.2: Precipitação de chuva (mm) ± Ouro Preto-MG


dĞŵƉŽĚĞZĞƚŽƌŶŽ;dĂŶŽƐͿ
ƵƌĂĕĆŽ
ϭϬ ϱϬ ϭϬϬ ϮϬϬ ϱϬϬ ϭϬϬϬ ϭϬϬϬϬ
ϱŵŝŶ ϭϮ͘ϲϮϳ ϭϱ͘ϬϮϱ ϭϲ͘ϭϵϯ ϭϳ͘ϰϱϭ ϭϵ͘Ϯϲϳ ϮϬ͘ϳϲϰ Ϯϲ͘ϲϮϳ
ϭϱŵŝŶ Ϯϳ͘ϵϭϵ ϯϰ͘ϳϬϮ ϯϳ͘ϲϵϳ ϰϬ͘ϳϵϭ ϰϱ͘ϭϬϭ ϰϴ͘ϱϳϳ ϲϮ͘ϬϬϰ
ϯϬŵŝŶ ϯϴ͘ϵϮϱ ϰϵ͘ϲϰϱ ϱϰ͘ϱϯϭ ϱϵ͘ϲϲϰ ϲϲ͘ϵϰϮ ϳϮ͘ϵϬϲ ϵϲ͘ϱϰϵ
ϭŚ ϰϲ͘ϳϳϱ ϲϬ͘ϱϱϬ ϲϳ͘ϰϮϰ ϳϰ͘ϵϴϭ ϴϲ͘ϭϳϲ ϵϱ͘ϲϴϴ ϭϯϱ͘ϯϲϴ
ϮŚ ϱϵ͘ϭϬϱ ϳϳ͘ϳϱϯ ϴϳ͘ϭϴϮ ϵϳ͘ϲϮϵ ϭϭϯ͘Ϯϯϴ ϭϮϲ͘ϲϭϭ ϭϴϯ͘Ϯϴϳ
ϰŚ ϳϮ͘ϳϴϯ ϵϲ͘ϵϴϳ ϭϬϵ͘ϯϱϰ ϭϮϯ͘ϭϯϳ ϭϰϯ͘ϴϳϱ ϭϲϭ͘ϳϲϭ Ϯϯϴ͘ϱϮϲ
ϴŚ ϴϳ͘ϳϰϳ ϭϭϳ͘ϯϬϰ ϭϯϮ͘ϰϰϱ ϭϰϵ͘ϯϰϳ ϭϳϰ͘ϴϭϵ ϭϵϲ͘ϴϮϰ Ϯϵϭ͘ϱϲϳ
ϭϰŚ ϭϬϭ͘ϳϱϬ ϭϯϱ͘ϱϴϳ ϭϱϮ͘ϴϳϲ ϭϳϮ͘ϭϰϱ ϮϬϭ͘ϭϯϳ ϮϮϲ͘ϭϰϭ ϯϯϯ͘ϰϱϳ
ϭĚ ϭϭϴ͘ϱϮϳ ϭϱϲ͘ϵϯϬ ϭϳϲ͘ϰϱϬ ϭϵϴ͘ϭϰϭ ϮϯϬ͘ϲϲϰ Ϯϱϴ͘ϲϮϭ ϯϳϳ͘ϴϱϰ
ϮĚ ϭϱϬ͘ϯϯϲ ϭϵϳ͘ϳϲϴ ϮϮϭ͘ϳϱϯ Ϯϰϴ͘ϯϮϯ Ϯϴϴ͘ϬϮϱ ϯϮϮ͘ϬϰϬ ϰϲϲ͘ϭϵϴ
ϯĚ ϭϳϲ͘ϯϱϱ ϮϮϵ͘ϳϲϲ Ϯϱϲ͘ϱϲϮ Ϯϴϲ͘ϭϭϬ ϯϯϬ͘Ϭϯϰ ϯϲϳ͘ϰϳϵ ϱϮϰ͘ϲϳϵ
ϰĚ ϮϬϬ͘ϳϴϵ Ϯϱϵ͘ϵϮϮ Ϯϴϵ͘ϰϯϭ ϯϮϭ͘ϴϳϮ ϯϲϵ͘ϵϮϴ ϰϭϬ͘ϳϱϴ ϱϴϭ͘Ϭϵϱ
ϲĚ Ϯϰϴ͘ϬϰϬ ϯϭϵ͘ϬϮϴ ϯϱϰ͘Ϯϲϰ ϯϵϮ͘ϴϴϬ ϰϰϵ͘ϴϴϲ ϰϵϴ͘ϭϱϵ ϲϵϴ͘Ϯϳϴ

Calcula-se, então, a intensidade de chuva, dividindo a precipitação pela duração da mesma,


conforme apresentado na Tabela 8.3.
Tabela 8.3: Intensidade de chuva (mm/h) ± Ouro Preto-MG
dĞŵƉŽĚĞZĞƚŽƌŶŽ;dĂŶŽƐͿ
ƵƌĂĕĆŽ
ϭϬ ϱϬ ϭϬϬ ϮϬϬ ϱϬϬ ϭϬϬϬ ϭϬϬϬϬ
ϱŵŝŶ ϭϱϭ͘ϱϯϬ ϭϴϬ͘Ϯϵϲ ϭϵϰ͘ϯϭϭ ϮϬϵ͘ϰϭϱ Ϯϯϭ͘ϭϵϵ Ϯϰϵ͘ϭϳϭ ϯϭϵ͘ϱϮϬ
ϭϱŵŝŶ ϭϭϭ͘ϲϳϱ ϭϯϴ͘ϴϭϬ ϭϱϬ͘ϳϵϬ ϭϲϯ͘ϭϲϱ ϭϴϬ͘ϰϬϮ ϭϵϰ͘ϯϭϬ Ϯϰϴ͘Ϭϭϰ
ϯϬŵŝŶ ϳϳ͘ϴϱϬ ϵϵ͘ϮϵϬ ϭϬϵ͘ϬϲϮ ϭϭϵ͘ϯϮϵ ϭϯϯ͘ϴϴϰ ϭϰϱ͘ϴϭϯ ϭϵϯ͘Ϭϵϴ
ϭŚ ϰϲ͘ϳϳϱ ϲϬ͘ϱϱϬ ϲϳ͘ϰϮϰ ϳϰ͘ϵϴϭ ϴϲ͘ϭϳϲ ϵϱ͘ϲϴϴ ϭϯϱ͘ϯϲϴ
ϮŚ Ϯϵ͘ϱϱϯ ϯϴ͘ϴϳϲ ϰϯ͘ϱϵϭ ϰϴ͘ϴϭϰ ϱϲ͘ϲϭϵ ϲϯ͘ϯϬϱ ϵϭ͘ϲϰϯ
ϰŚ ϭϴ͘ϭϵϲ Ϯϰ͘Ϯϰϳ Ϯϳ͘ϯϯϴ ϯϬ͘ϳϴϰ ϯϱ͘ϵϲϵ ϰϬ͘ϰϰϬ ϱϵ͘ϲϯϭ
ϴŚ ϭϬ͘ϵϲϴ ϭϰ͘ϲϲϯ ϭϲ͘ϱϱϲ ϭϴ͘ϲϲϴ Ϯϭ͘ϴϱϮ Ϯϰ͘ϲϬϯ ϯϲ͘ϰϰϲ
ϭϰŚ ϳ͘Ϯϲϴ ϵ͘ϲϴϱ ϭϬ͘ϵϮϬ ϭϮ͘Ϯϵϲ ϭϰ͘ϯϲϳ ϭϲ͘ϭϱϯ Ϯϯ͘ϴϭϴ
ϭĚ ϰ͘ϵϯϵ ϲ͘ϱϯϵ ϳ͘ϯϱϮ ϴ͘Ϯϱϲ ϵ͘ϲϭϭ ϭϬ͘ϳϳϲ ϭϱ͘ϳϰϰ
ϮĚ ϯ͘ϭϯϮ ϰ͘ϭϮϬ ϰ͘ϲϮϬ ϱ͘ϭϳϯ ϲ͘ϬϬϭ ϲ͘ϳϬϵ ϵ͘ϳϭϮ
ϯĚ Ϯ͘ϰϰϵ ϯ͘ϭϵϭ ϯ͘ϱϲϯ ϯ͘ϵϳϰ ϰ͘ϱϴϰ ϱ͘ϭϬϰ ϳ͘Ϯϴϳ
ϰĚ Ϯ͘ϬϵϮ Ϯ͘ϳϬϴ ϯ͘Ϭϭϱ ϯ͘ϯϱϯ ϯ͘ϴϱϯ ϰ͘Ϯϳϵ ϲ͘Ϭϱϯ
ϲĚ ϭ͘ϳϮϯ Ϯ͘Ϯϭϱ Ϯ͘ϰϲϬ Ϯ͘ϳϮϴ ϯ͘ϭϮϰ ϯ͘ϰϱϵ ϰ͘ϴϰϵ

8.4 - Cálculo das vazões de projeto


A determinação das vazões de projeto dos dispositivos de drenagem superficial é realizada por meio
da aplicação do Método Racional, o qual é empregado quando as áreas de drenagem das bacias de
contribuição não ultrapassam 1,0 km². A área de influência delimitada para o estudo possui 0,96
Km².
A equação (3) apresenta a formulação do Método Racional, que consiste na transformação chuva-
vazão.

Qproj = 0,278.C.i.AD (3)

onde:
(C) denota o coeficiente adimensional de escoamento superficial de uma dada bacia de contribuição. Esse coeficiente
depende das características geológicas e condições de uso e ocupação do solo da bacia de contribuição e permite
determinar a chuva efetiva, ou seja, a parcela da chuva que se transformará em escoamento superficial. Nesse estudo,
foi adotado (C) igual a 0,60, para a área da mina, e 0,50 para as áreas que abrangem a parte do terreno natural;
(i) denota a intensidade da chuva de projeto, em mm/h. As chuvas de projeto, adotadas para 50 anos de tempo de
retorno, estão associadas à duração igual ao tempo de concentração da bacia de contribuição. Salienta-se que o tempo
de concentração foi determinado pela fórmula de Kirpich, que apresenta essa variável em função do comprimento e
declividade do talvegue principal da bacia de contribuição;
(AD) denota a área de drenagem da bacia de contribuição, em km²;
(Qproj) denota a vazão de projeto de um dado dispositivo de drenagem, em m³/s.

Tabela 8.4: Cálculo das vazões de projeto das bacias de drenagem


WƌŽũĞƚŽdĠĐŶŝĐŽĚĞƌĞŶĂŐĞŵ ƌĞĂ ƌĞĂ ƚĐ W dZ  Y ƉƌŽũ͘
 ŝ
:DEͲDŽƌƌŽĚŽƐŽĞůŚŽƐ ;ŵϸͿ ;,ĂͿ ;ŵŝŶͿ ;ŵŵͿ ;ŶŽƐͿ ;ŬŵϸͿ ;ŵϹͬƐͿ
ĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵƚŽƚĂů ϵϱϵϯϵϵ͘ϵϰ Ϭ͘ϵϲ ϭϴ ϯϱ͘ϮϱϬ ϱϬ Ϭ͘Ϭϵϲ Ϭ͘ϱϳ ϳϬ͘ϱϬ ϭ͘Ϭϳ
^ƵďͲďĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵϬϭ ϱϵϰϰϭ͘ϳϱ Ϭ͘Ϭϲ ϭϱ ϯϰ͘ϳϬϮ ϱϬ Ϭ͘Ϭϱϵ Ϭ͘ϱϯ ϭϯϴ͘ϴϭ ϭ͘Ϯϯ
^ƵďͲďĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵϬϮ ϴϲϯϲϯ͘ϵϱ Ϭ͘Ϭϵ ϱ ϭϱ͘ϬϮϱ ϱϬ Ϭ͘Ϭϴϲ Ϭ͘ϱϮ ϭϴϬ͘ϯϬ Ϯ͘Ϯϱ
^ƵďͲďĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵϬϯ ϲϮϳϳϱ͘Ϭϱ Ϭ͘Ϭϲ ϭϱ ϯϰ͘ϳϬϮ ϱϬ Ϭ͘Ϭϲϯ Ϭ͘ϱϴ ϭϯϴ͘ϴϭ ϭ͘ϰϬ
^ƵďͲďĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵϬϰ ϴϬϬϯϭ͘Ϭϱ Ϭ͘Ϭϴ ϯϬ ϰϵ͘ϲϰϱ ϱϬ Ϭ͘ϬϴϬ Ϭ͘ϲϬ ϵϵ͘Ϯϵ ϭ͘ϯϯ
^ƵďͲďĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵϬϱ Ϯϲϵϵϵϴ͘ϰϭ Ϭ͘Ϯϳ ϯϬ ϰϵ͘ϲϰϱ ϱϬ Ϭ͘ϮϳϬ Ϭ͘ϱϵ ϵϵ͘Ϯϵ ϰ͘ϯϵ
^ƵďͲďĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵϬϲ ϭϭϰϯϯϲ͘ϵϬ Ϭ͘ϭϭ ϭϱ ϯϰ͘ϳϬϮ ϱϬ Ϭ͘ϭϭϰ Ϭ͘ϲϬ ϭϯϴ͘ϴϭ Ϯ͘ϲϰ
^ƵďͲďĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵϬϳ ϭϱϲϲϳϬ͘ϱϱ Ϭ͘ϭϲ ϱ ϭϱ͘ϬϮϱ ϱϬ Ϭ͘ϭϱϳ Ϭ͘ϱϵ ϭϴϬ͘ϯϬ ϰ͘ϲϯ
^ƵďͲďĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵϬϴ ϭϯϮϰϳ͘ϴϵ Ϭ͘Ϭϭ ϯϬ ϰϵ͘ϲϰϱ ϱϬ Ϭ͘Ϭϭϯ Ϭ͘ϲϬ ϵϵ͘Ϯϵ Ϭ͘ϮϮ
^ƵďͲďĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵϬϵ ϰϰϴϮϵ͘ϯϴ Ϭ͘Ϭϰ ϭϱ ϯϰ͘ϳϬϮ ϱϬ Ϭ͘Ϭϰϱ Ϭ͘ϱϵ ϭϯϴ͘ϴϭ ϭ͘Ϭϯ
^ƵďͲďĂĐŝĂĚĞĚƌĞŶĂŐĞŵϭϬ ϳϭϳϬϱ͘ϬϬ Ϭ͘Ϭϳ ϭϱ ϯϰ͘ϳϬϮ ϱϬ Ϭ͘ϬϳϮ Ϭ͘ϱϬ ϭϯϴ͘ϴϭ ϭ͘ϯϴ
Após o cálculo das vazões de projeto para as áreas de contribuição delimitadas, são definidos os
elementos de drenagem necessários para a condução do excedente de escoamento superficial para a
região a jusante, por meio da determinação da vazão admissível das estruturas e por consequência
as suas dimensões.

8.5 - Caracterização das bacias hidrográficas


Para a determinação do coeficiente de escoamento superficial da Mina Morro dos Coelhos, foi
definido no projeto técnico uma área de influência hidrográfica delimitada a partir das feições
topográficas, das estradas vicinais municipais e do limite de influência da área utilizada para a
operação da mina, definido pelas leiras executadas para a condução periférica do fluxo superficial
para os pontos de descarga para as drenagens naturais, conforme a Figura 8.1.

Figura 8.1: Limite da área de influência definida para o estudo do coeficiente de escoamento superficial da Mina Morro
dos Coelhos.

A área de influência hidrográfica possui, de acordo com levantamentos feitos, uma área total de
891.418 m², com desnível máximo de 140 m. Os comprimentos dos talvegues principais variam de
0,4 a 0,6 km, implicando uma declividade média de 0,28 m/m. No entanto, em função da execução
das bermas para a execução da lavra em flanco, as declividades médias são reduzidas
consideravelmente, de modo que a declividade média das bacias em estudo sejam inferiores à 0,10
m/m.
A partir desta área de influência hidrográfica, foram delimitadas as bacias de drenagem e
determinados as vazões de projeto, conforme apresentado no capitulo 8.4. Foram definidas 8 sub-
bacias de drenagem e os seus tempos de concentração foram calculados pela na formula de Kirpich
(4).

(4)

A tabela 8.5 apresenta o tempo de concentração calculado para cada uma das bacias conforme
apresentado na Figura 8.2.

Tabela 8.5: Tempos de concentração para as bacias de drenagem definidas para o projeto técnico
ƌĞĂ ŽŵƉƌŝŵĞŶƚŽ ŽƚĂŵĂŝŽƌ ŽƚĂŵĞŶŽƌ ĞƐŶŝǀĞů ƚĐΎ
^ƵďĂĐŝĂ
ŵϸ ,Ă ŵ ŵ ŵ ŵ ŵŝŶƵƚŽƐ
ϭ ϱϵϰϰϮ ϱ͘ϵϰ ϲϳϵ ϭϮϮϵ ϭϭϳϬ ϱϵ ϳ͘ϱϵ
Ϯ ϴϲϯϲϰ ϴ͘ϲϰ ϯϱϬ ϭϮϯϭ ϭϭϲϰ ϲϳ ϯ͘ϯϲ
ϯ ϲϮϳϳϱ ϲ͘Ϯϴ ϴϲϴ ϭϮϮϲ ϭϭϲϬ ϲϲ ϵ͘ϲϰ
ϰ ϴϬϬϯϭ ϴ͘ϬϬ ϭϮϰϵ ϭϮϳϬ ϭϮϮϱ ϰϱ ϭϳ͘Ϭϭ
ϱ Ϯϲϵϵϵϴ Ϯϳ͘ϬϬ ϭϳϯϲ ϭϯϬϬ ϭϭϴϬ ϭϮϬ ϭϳ͘Ϭϲ
ϲ ϭϭϰϯϯϳ ϭϭ͘ϰϯ ϵϯϮ ϭϮϴϱ ϭϭϳϱ ϭϭϬ ϴ͘ϲϬ
ϳ ϭϱϲϲϳϭ ϭϱ͘ϲϳ ϱϮϯ ϭϮϵϵ ϭϭϲϰ ϭϯϱ ϰ͘Ϭϴ
ϴ ϭϯϮϰϴ ϭ͘ϯϮ ϭϮϱϭ ϭϮϲϮ ϭϮϮϮ ϰϬ ϭϳ͘ϴϱ
ϵ ϰϰϴϮϵ ϰ͘ϰϴ ϱϮϮ ϭϮϯϭ ϭϭϵϲ ϯϱ ϲ͘ϴϰ
ϭϬ ϳϭϳϬϱ ϳ͘ϭϳ ϰϱϴ ϭϭϴϬ ϭϭϱϭ Ϯϵ ϲ͘ϯϭ

10

07
05 08
01 03 06
02
09
04

Figura 8.2: Bacias hidrográficas definidas no projeto técnico de drenagem superficial

8.6 - Estudos Hidráulicos


A vazão admissível dos dispositivos de drenagem superficial foi determinada pela equação de
Manning, conforme equação (5), que considera o escoamento em regime permanente e uniforme.
2
§1· § A ·3 1
Qadm ¨ ¸.( A).¨¨ ¸¸ .( I ) 2
©n¹ © 2p ¹ (5)

onde:
(n) denota o coeficiente de rugosidade de Manning. Esse coeficiente depende do revestimento da calha de cada um dos
dispositivos de drenagem propostos. Para os dispositivos de drenagem com acabamento em concreto liso, o (n) utilizado
foi igual a 0,015, porém, para as descidas de água em tubos de PVC adotou-se (n) igual a 0,010.
(A) denota a área molhada da seção transversal de um dado dispositivo de drenagem, em m². Adotou-se o critério de
borda livre equivalente a 20% da altura dos dispositivos;
(2p) denota o perímetro molhado de um dado dispositivo de drenagem, em m. Alerta-se novamente para o critério de
borda livre supracitado;
(I) denota a declividade de fundo de um dado dispositivo de drenagem, em m/m. Ressalta-se que os dispositivos de
drenagem tiveram suas declividades mínimas de fundo iguais a 3,0%. Para as descidas de água projetadas por tubos de
PVC adotou-se no dimensionamento hidráulico a declividade de 3,0 %, referente à declividade mínima associada ao
trecho de influência das bermas.
(Qadm) denota a vazão admissível em um dado dispositivo de drenagem, em m³/s.
8.7 - Tipos de dispositivos de drenagem superficial considerados
A escolha do tipo de revestimento dos dispositivos de drenagem superficial definidos no presente
projeto foi baseada na experiência da JMN em drenagens de outras estruturas e, ainda, com base nas
inclinações do terreno natural.
Nesse contexto, foram adotados os seguintes tipos de dispositivos no Projeto Técnico:
‡ CMC: Canaleta meia cana pré-moldada, em concreto, para os trechos dos acessos principais, cuja função
hidráulica é conduzir os escoamentos superficiais provenientes nos acessos de alta declividade até as bacias de
dissipação de velocidade, direcionadas para as descidas de água;
‡ CRC: Canal retangular em concreto, para o vertimento final das drenagens das bacias de drenagem definidas com
maior área de contribuição ou maior vazão de escoamento.
‡ CCC: Canal circular em concreto, para o vertimento final das drenagens das bacias de drenagem definidas com
maior área de contribuição ou maior vazão de escoamento em que foi necessário a travessia sob estrada vicinal;
‡ DAT: Descida de água em tubos de PVC, com diâmetro de 300 mm, para o vertimento final das drenagens das
bacias de drenagem definidas com menor área de contribuição ou menor vazão de escoamento.

Na conexão entre os diferentes tipos de dispositivos propostos, foram escavadas bacias de


decantação, com o objetivo de redução da energia do escoamento e contenção dos sedimentos.
Foi utilizado blocos de enrocamento para a dissipação de energia ao final dos vertedouros das
bacias de decantação de maior volume.

8.8 - Resultados do dimensionamento da drenagem superficial


A Tabela 8.6 apresenta os resultados do dimensionamento hidráulico dos dispositivos de drenagem
superficial da mina Morro dos Coelhos, com as dimensões típicas adotadas.
Os termos apresentados nas tabelas a seguir designam:

‡ AD ± Área de contribuição direta do dispositivo de drenagem, em m²;


‡ TR ± Tempo de retorno, em anos;
‡ tc ± tempo de concentração, em minutos;
‡ P ± precipitação, em mm;
‡ i ± intensidade de chuva, em mm/h;
‡ Qproj ± vazão de projeto, em m³/s, onde é considerada a contribuição individual do dispositivo de drenagem mais
o somatório de vazão dos dispositivos de montante;
‡ Qadm ± vazão admissível, em m³/s, para a seção adotada;
‡ Ø ± Diâmetro;
‡ Declividade mínima: declividade longitudinal dos dispositivos considerada para o dimensionamento hidráulico.

Para o dimensionamento da vazão admissível, foi utilizada a equação da continuidade, por Manning:

(6) (7)
Tabela 8.6: Resultado do dimensionamento dos dispositivos de vertimento instalados nas sub-bacias

^Ƶď  dZ ƚĐ W ŝ YƉƌŽũ ^ĞĕĆŽĂĚŽƚĂĚĂ YĂĚŵ


^ĞĕĆŽ ŝƐƉŽƐŝƚŝǀŽ
ĂĐŝĂ ;ŬŵϸͿ ;ĂŶŽƐͿ ;ŵŝŶͿ ;ŵŵͿ ;ŵŵͬŚͿ ;ŵϹͬƐͿ ;ĐŵͿ ;ŵϹͬƐͿ
ϭ Ϭϭ ϬϭdϬϭ Ϭ͘Ϭϱϵ ϱϬ ϭϱ ϯϰ͘ϳϬ ϭϯϴ͘ϴϭ ϭ͘Ϯϯ ϯϬ;ϯƚͿ ϰ͘Ϯϲ
Ϯ ϬϮ ϬϮdϬϭ Ϭ͘Ϭϴϲ ϱϬ ϱ ϭϱ͘Ϭϯ ϭϴϬ͘ϯϬ Ϯ͘Ϯϱ ϯϬ;ϯƚͿ ϰ͘Ϯϲ
ϯ ĂǀĂĞŶƚƌŽEŽƌƚĞ ϬϯZϬϭ Ϭ͘Ϭϲϯ ϱϬ ϭϱ ϯϰ͘ϳϬ ϭϯϴ͘ϴϭ ϭ͘ϰϬ ϭϱϬdžϲϬ ϰ͘ϭϲ
ϰ ϬϮ ϬϰϬϭ Ϭ͘ϬϴϬ ϱϬ ϯϬ ϰϵ͘ϲϱ ϵϵ͘Ϯϵ ϭ͘ϯϯ ϴϬ ϭϬ͘ϭϬ
ϱ KĞƐƚĞ ϬϱϬϭ Ϭ͘Ϭϰϲ ϱϬ ϯϬ ϰϵ͘ϲϱ ϵϵ͘Ϯϵ ϰ͘ϯϵ ϴϬ ϭϬ͘ϭϬ
ϲ >ĞƐƚĞ ϬϲϬϮ Ϭ͘ϯϯϴ ϱϬ ϭϱ ϯϰ͘ϳϬ ϭϯϴ͘ϴϭ Ϯ͘ϲϰ ϴϬ ϭϬ͘ϭϬ
ϳ KƌůĂŶĚŽϬϯ ϬϳZϬϭ Ϭ͘ϭϱϳ ϱϬ ϱ ϭϱ͘Ϭϯ ϭϴϬ͘ϯϬ ϰ͘ϲϯ ϭϱϬdžϴϬ ϲ͘ϭϯ
ϴ KƌůĂŶĚŽϬϭ ϬϴZϬϭ Ϭ͘Ϭϭϯ ϱϬ ϯϬ ϰϵ͘ϲϱ ϵϵ͘Ϯϵ Ϭ͘ϮϮ ϭϱϬdžϲϬ ϰ͘ϭϲ
ϵ ŽƌƉŽϬϯ ϬϵdϬϭ Ϭ͘ϬϰϬ ϱϬ ϭϱ ϯϰ͘ϳϬ ϭϯϴ͘ϴϭ ϭ͘Ϭϯ ϯϬ;ϮƚͿ ϭ͘Ϯϴ
ϭϬ :ŽƌŐĞ ϬϴZϬϭ Ϭ͘ϬϬϱ ϱϬ ϭϱ ϯϰ͘ϳϬ ϭϯϴ͘ϴϭ ϭ͘ϯϴ ϭϱϬdžϲϬ ϰ͘ϭϲ

8.9 - Estruturas de contenção de sedimentos

Critérios para a determinação dos volumes de retenção de sedimentos


A determinação de volumes para a retenção de sedimentos é feita no dimensionamento das
estruturas específicas de diques de contenção de sedimentos, implantados a jusante de pilhas de
estéril e de áreas com atividades intensas de mineração.
As bacias de retenção de sedimentos devem ser dimensionadas com um volume suficiente para
acumular o aporte de descarga sólida, em um horizonte de vida útil pré-definido para a obra.
No entanto, os diques de sedimentos podem ser de grande porte, dimensionados com volumes
suficientes para operação durante toda a vida útil de um empreendimento de mineração, ou então de
pequeno porte, que exigem manutenção periódica de limpeza e desassoreamento, sendo este o
modelo utilizado neste projeto técnico.
As taxas de geração de sedimentos das bacias de contribuição das estruturas de contenção da mina
Morro dos Coelhos foram adotadas de acordo com os parâmetros estabelecidos pela EPA (1976) e
indicados por Pinheiro (2011). A Tabela 8.7 apresenta as taxas de geração específica de sedimentos
para diferentes tipologias.

Tabela 8.7: Taxas de geração específica de sedimentos

dĂdžĂĚĞŐĞƌĂĕĆŽĚĞƐĞĚŝŵĞŶƚŽƐ
dŝƉŽůŽŐŝĂĚĂĄƌĞĂ
ŵϹͬŚĂ͘ĂŶŽ
&ůŽƌĞƐƚĂĞŶƐĂ ϯϬ
WĂƐƚĂŐĞŶƐƉŽďƌĞƐ ϭϬϬ
^ŽůŽĞdžƉŽƐƚŽ ϯϬϬ
WŝůŚĂĚĞƐƚĠƌŝů ϲϬϬ

As bacias de contenção de sedimentos formam reservatórios que atuam de forma concentrada ou


distribuída nas áreas dos empreendimentos de mineração, impedindo que o material sólido alcance
os cursos de água naturais, sendo assim uma importante estrutura das obras de drenagem
superficial.
O projeto técnico apresenta no ANEXO I, o mapa planialtimétrico com locação das bacias
contenção de sedimentos instaladas no empreendimento e as linhas de fluxo superficial indicando a
direção do escoamento.

8.10 - Volume para retenção de sedimentos


A partir das taxas de geração de sedimentos indicadas na tabela 8.6 e dos usos do solo apresentados,
foram definidos os volumes de sedimentos gerados em cada uma das sub-bacias, conforme
apresentado na Tabela 8.8.

Tabela 8.8: Cálculo da geração de sedimentos no empreendimento


ƌĞĂ dĂdžĂ ƌĞĂ ƌĞĂ
^ƵďĂĐŝĂ ŽďĞƌƚƵƌĂĚŽƐŽůŽ ŵϹͬĂŶŽ ŵϹͬĚŝĂ
ŚĂ ŵϹŚĂͬĂŶŽ ŚĂ ;йͿ

&ůŽƌĞƐƚĂĞŶƐĂ ϯϬ ϯ͘ϯϲ ϱϲ͘ϱй ϭϬϬ͘ϳϬ Ϭ͘Ϯϴ


WĂƐƚĂŐĞŶƐƉŽďƌĞƐ ϭϬϬ Ϭ͘ϱϲ ϵ͘ϰй ϱϱ͘ϲϳ Ϭ͘ϭϱ
ϭ ϱ͘ϵϰ ^ŽůŽĞdžƉŽƐƚŽ ϯϬϬ Ϯ͘Ϭϯ ϯϰ͘Ϯй ϲϬϵ͘Ϯϴ ϭ͘ϲϳ
WŝůŚĂĚĞƐƚĠƌŝů ϲϬϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ
dŽƚĂů Ͳ Ͳ ϭϬϬ͘Ϭй ϳϲϱ͘ϲϱ Ϯ͘ϭϬ
&ůŽƌĞƐƚĂĞŶƐĂ ϯϬ ϲ͘ϴϴ ϳϵ͘ϲй ϮϬϲ͘Ϯϱ Ϭ͘ϱϳ
WĂƐƚĂŐĞŶƐƉŽďƌĞƐ ϭϬϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ
Ϯ ϴ͘ϲϰ ^ŽůŽĞdžƉŽƐƚŽ ϯϬϬ ϭ͘ϳϲ ϮϬ͘ϰй ϱϮϴ͘ϰϭ ϭ͘ϰϱ
WŝůŚĂĚĞƐƚĠƌŝů ϲϬϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ
dŽƚĂů Ͳ Ͳ ϭϬϬ͘Ϭй ϳϯϰ͘ϲϲ Ϯ͘Ϭϭ
&ůŽƌĞƐƚĂĞŶƐĂ ϯϬ ϭ͘ϰϭ ϮϮ͘ϰй ϰϮ͘ϭϴ Ϭ͘ϭϮ
WĂƐƚĂŐĞŶƐƉŽďƌĞƐ ϭϬϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ
ϯ ϲ͘Ϯϴ ^ŽůŽĞdžƉŽƐƚŽ ϯϬϬ ϯ͘ϰϮ ϱϰ͘ϰй ϭϬϮϰ͘ϵϴ Ϯ͘ϴϭ
WŝůŚĂĚĞƐƚĠƌŝů ϲϬϬ ϭ͘ϰϱ Ϯϯ͘Ϯй ϴϳϮ͘ϵϭ Ϯ͘ϯϵ
dŽƚĂů Ͳ Ͳ ϭϬϬ͘Ϭй ϭϵϰϬ͘Ϭϳ ϱ͘ϯϮ
&ůŽƌĞƐƚĂĞŶƐĂ ϯϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ

WĂƐƚĂŐĞŶƐƉŽďƌĞƐ ϭϬϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ


ϰ ϴ͘ϬϬ
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WŝůŚĂĚĞƐƚĠƌŝů ϲϬϬ Ϭ͘ϱϱ ϲ͘ϵй ϯϯϬ͘ϭϭ Ϭ͘ϵϬ
dŽƚĂů Ͳ Ͳ ϭϬϬ͘Ϭй Ϯϱϲϱ͘ϵϵ ϳ͘Ϭϯ
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WĂƐƚĂŐĞŶƐƉŽďƌĞƐ ϭϬϬ Ϯ͘ϱϳ ϵ͘ϱй Ϯϱϲ͘ϴϴ Ϭ͘ϳϬ
ϱ Ϯϳ͘ϬϬ ^ŽůŽĞdžƉŽƐƚŽ ϯϬϬ ϭϲ͘ϲϴ ϲϭ͘ϴй ϱϬϬϰ͘ϱϮ ϭϯ͘ϳϭ
WŝůŚĂĚĞƐƚĠƌŝů ϲϬϬ ϳ͘ϯϮ Ϯϳ͘ϭй ϰϯϵϮ͘ϭϵ ϭϮ͘Ϭϯ
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WŝůŚĂĚĞƐƚĠƌŝů ϲϬϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ
dŽƚĂů Ͳ Ͳ ϭϬϬ͘Ϭй ϯϯϳϯ͘ϯϬ ϵ͘Ϯϰ
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WĂƐƚĂŐĞŶƐƉŽďƌĞƐ ϭϬϬ ϭ͘ϭϬ ϳ͘Ϭй ϭϬϵ͘ϲϯ Ϭ͘ϯϬ
ϳ ϭϱ͘ϲϳ ^ŽůŽĞdžƉŽƐƚŽ ϯϬϬ ϭϯ͘ϵϵ ϴϵ͘ϯй ϰϭϵϲ͘ϯϭ ϭϭ͘ϱϬ
WŝůŚĂĚĞƐƚĠƌŝů ϲϬϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ

dŽƚĂů Ͳ Ͳ ϭϬϬ͘Ϭй ϰϯϮϯ͘ϰϯ ϭϭ͘ϴϱ

&ůŽƌĞƐƚĂĞŶƐĂ ϯϬ Ϭ͘Ϭϯ Ϯ͘ϰй Ϭ͘ϵϱ Ϭ͘ϬϬ


WĂƐƚĂŐĞŶƐƉŽďƌĞƐ ϭϬϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ
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ϵ ϰ͘ϰϴ ^ŽůŽĞdžƉŽƐƚŽ ϯϬϬ ϰ͘ϮϬ ϵϯ͘ϲй ϭϮϱϵ͘ϰϰ ϯ͘ϰϱ
WŝůŚĂĚĞƐƚĠƌŝů ϲϬϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ
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&ůŽƌĞƐƚĂĞŶƐĂ ϯϬ ϭ͘Ϭϳ ϭϰ͘ϵй ϯϮ͘ϭϮ Ϭ͘Ϭϵ
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WŝůŚĂĚĞƐƚĠƌŝů ϲϬϬ Ͳ Ϭ͘Ϭй Ͳ Ͳ
dŽƚĂů Ͳ Ͳ ϭϬϬ͘Ϭй ϲϰϮ͘ϭϭ ϭ͘ϳϲ
Com base nos volumes das bacias de decantação que foram escavadas nas sub-bacias e nos volumes
de sedimentos gerados, foi possível calcular a vida útil das bacias de decantação escavadas,
conforme apresentado na Tabela 8.9.

Tabela 8.9: Capacidade da contenção de sedimentos das bacias de decantação escavadas.


dĂdžĂĚĞŐĞƌĂĕĆŽĚĞ sŽůƵŵĞĚŝƐƉŽŶŝǀĞůĚĂƐ ĂƉĂĐŝĚĂĚĞĚĞĐŽŶƚĞŶĕĆŽ ĂƉĂĐŝĚĂĚĞĚĞĐŽŶƚĞŶĕĆŽ
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ϭ ϱ͘ϵϰ Ϯ͘ϭϬ ϱϴϰ͘ϴϵ Ϯϳϵ Ϭ͘ϳϲ
Ϯ ϴ͘ϲϰ Ϯ͘Ϭϭ ϲϰϴ͘ϵϰ ϯϮϮ Ϭ͘ϴϴ
ϯ ϲ͘Ϯϴ ϱ͘ϯϮ ϭϭϭϲ͘ϱϯ ϮϭϬ Ϭ͘ϱϴ
ϰ ϴ͘ϬϬ ϳ͘Ϭϯ ϭϰϬϭ͘ϳϱ ϭϵϵ Ϭ͘ϱϱ
ϱ Ϯϳ͘ϬϬ Ϯϲ͘ϰϴ ϴϬϭϱ͘Ϭϵ ϯϬϯ Ϭ͘ϴϯ
ϲ ϭϭ͘ϰϯ ϵ͘Ϯϰ ϳϵϬ͘ϵϮ ϴϲ Ϭ͘Ϯϯ
ϳ ϭϱ͘ϲϳ ϭϭ͘ϴϱ ϭϱϯϮ͘ϭϱ ϭϮϵ Ϭ͘ϯϱ
ϴ ϭ͘ϯϮ ϭ͘Ϭϳ ϯϬϯ͘ϲϬ Ϯϴϱ Ϭ͘ϳϴ
ϵ ϰ͘ϰϴ ϯ͘ϰϳ ϰϯϬ͘ϭϬ ϭϮϰ Ϭ͘ϯϰ
ϭϬ ϳ͘ϭϳ ϭ͘ϳϲ ϯϱϲ͘ϰϬ ϮϬϯ Ϭ͘ϱϲ

Conforme pode ser observado na Tabela 8.9, os volumes úteis das bacias de contenção de
sedimentos, escavadas para a dissipação da velocidade de fluxo superficial e para a contenção de
sedimentos na faixa das areias médias, atendem de forma suficiente para suportar a geração de
sedimentos de todo o período chuvoso.
De qualquer forma, o projeto técnico estabelece que inspeções de rotina devem ser feitas após os
eventos de chuva de alta intensidade, com o intuito de avaliar a evolução do processo de
assoreamento e a necessidade de manutenção e limpeza.

9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos hidrológicos e hidráulicos desenvolvidos para o Projeto Técnico da Mina Morro dos
Coelhos, tiveram como objetivo subsidiar o dimensionamento dos dispositivos de drenagem
superficial e estruturas de contenção de sedimentos, de acordo com as premissas, critérios de
projeto e metodologias descritas no presente documento.
O projeto técnico apresenta e consolida as atividades desenvolvidas pela JMN para a adequação às
medidas de controle de erosão, determinando o coeficiente de escoamento superficial e o
dimensionamento dos sistemas de drenagem superficial, bem como a planta planialtimétrica
georreferenciada do sistema de drenagem, contendo as linhas de fluxo de drenagem, as leiras e
bacias escavadas para a contenção dos sedimentos.
À medida em que as atividades de lavra avançam, alteram significativamente o relevo e as direções
de fluxo e, desta forma, as atividades de dimensionamento, execução, monitoramento e limpeza são
parte da rotina da operação de mina e serão desenvolvidas concomitantemente com a execução e o
desenvolvimento da lavra, num processo de melhoria contínua para manter o compromisso com a
preservação ambiental.

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