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para que a iniciativa privada assumisse este papel, porém não houve o resultado
esperado e a crise econômica se agrava.
O governo Dilma se equivocou e não buscou o equilíbrio que deve haver
entre as principais funções do setor público.
Como reguladora, falhou ao usar esta prerrogativa para represar tarifas
públicas em prejuízo as empresas estatais, que tem capital aberto e,
consequentemente, prejudicar acionistas, com intuito de segurar a inflação.
Como provedora de bens e serviços, diante da escassez de recursos,
serviços essenciais ao bem estar da população deixaram de ser prioridade no
governo, elevando a precariedade dos serviços públicos de saúde, segurança,
transporte e educação.
O único considerável avanço do Governo PT foi o caráter
REDISTRIBUTIVO da renda, foi sem dúvida a bandeira do governo, defendida
até as ultimas consequências.
Na função ESTABILIZADORA está a maior falha do Governo Dilma, a
defesa de uma política econômica baseada em investimentos do Governo e
manutenção do estímulo de consumo baseado no crédito facilitado ou o
favorecimento a setores da economia que não agregavam substancialmente
valor a uma economia cambaleante não surtiram o efeito desejado e os
agregados econômicos começaram a entrar em colapso, sendo que a taxa de
desemprego elevou-se exponencialmente, o nível de produção caiu aos níveis
mais baixos da história e o fantasma da inflação voltou a assombrar o Brasil.
Para ajudar no entendimento do que levou ao fracasso do Governo no
campo econômico podemos analisar como fizeram usos equivocados de alguns dos
instrumentos utilizados para proporcionar o bom funcionamento da economia:
Política Monetária: nesse campo destaca-se que o Governo Dilma
abaixou a Taxa de Juros num primeiro momento, mas sem bases sólidas para isso.
Seu intuito era estimular o consumo e assim elevar os níveis de produção. Mas não
havia condições para isso, pois a economia mundial estava desaquecida e o
mercado interno já não estava mais suportando o nível de endividamento a que se
submeteu. Esta atitude trouxe um aumento na inflação e obrigou o governo a elevar
a taxa de juros a um nível extremamente alto, o que aumentou ainda mais a
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recessão, castigando toda a economia, com efeitos extremamente nocivos ainda
sentidos.
POLÍTICA FISCAL: do Governo Dilma, não foi feliz quanto aos dois
principais objetivos da mesma: crescimento econômico e combate a elevação do
desemprego.
O Governo Dilma usou os instrumentos da Política Fiscal para manipular
dados econômicos e passar uma imagem de relativa estabilidade das contas do
Governo e assim poder continuar tentando impulsionar uma economia a beira do
colapso a um nível mais aceitável, porém, como já se sabe, fracassou.
Enquanto a receitas do Governo estavam em queda vertiginosa, os gastos
do governo não pararam de crescer. Transferências sociais, subsídios a setores que
pouco podia contribuir com o crescimento econômico e um contínuo aumento nos
investimentos em projetos de infraestruturas questionáveis não pararam.
É como se o Governo não quisesse aceitar abrir mão de suas convicções
econômicas, mesmo diante de um cenário que beirava o caos. O prejuízo afetou a
todos os brasileiros.
Quando o caos se manifestou na economia, o Governo começou a
manipulação dos entes econômicos que estavam sob sua chancela para tentar
“cobrir” o déficit no orçamento, ou, no caso, seria mais apropriado usar o termo
“encobrir” e isso se fez através da chamada Contabilidade Criativa.
O Governo Dilma tentou usar uma politica expansiva para alcançar os
resultados que traria equilíbrio à economia, como a inflação controlada, baixa taxa
de desemprego aliado a um crescimento econômico consistente. Mas se equivocou
quanto à manutenção de ilusões econômicas quando o cenário se tornou
desfavorável e quando percebeu que sua política econômica estava se tornando
insustentável, o que poderia prejudicar sua reeleição. Começou a se valer da
chamada “Contabilidade Criativa” para maquiar seu fracasso no âmbito econômico e
só conseguiu postergar o conhecimento dos detalhes que já afetavam a vida prática
de todos os brasileiros. Tudo isso fez com que o Brasil retrocedesse em muitos
avanços econômicos que levaram décadas para serem conquistados: crescimento
econômico, estabilidade do nível de preços e uma melhor distribuição de renda.
Restou ao povo brasileiro fazer o que fez desde o início de sua história:
levantar a cabeça e continuar trabalhando, pois afinal o brasileiro não desiste nunca.
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