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Texto - Máscara e Site

#CIDADESENSIVEL

Caminhar é estar suspenso, um estado de tensão dos sentidos, percepção sintonizada no


tempo da caminhada. Andar e perceber, eis o enigma do anônimo que caminha na
cidade envolvido com seus pensamentos, o devir-andar.

A cidade é um labirinto e precisa ser decifrada. Seu mapa é algo a ser aprendido e
caminhar por ela nos lembra da sua história. Perceber a cidade é reter mais do que a
simples fruição das suas luzes e sons, é estar diante e experienciar as suas pequenas
histórias, os seus becos, que são lugares que trazem afetos e lembranças assim como
possibilidades de vida que não se aprendem.

Um labirinto vivo onde experimentamos o exercício do enigma ao criar passagens pelas


suas paredes móveis. Mudar o fatalismo do labirinto é mudar também o destino de quem
anda, que passa de passivo a atuante, e mutável. Eis o caminhante, que adquire uma
consciência de si próprio a partir da percepção pura, pois ele é o cerne do labirinto.

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