Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Recife
2021
RENE ALBINO DA SILVA
Matrícula:2016.131.09-5
Nota:______
Recife
2021
RESUMO
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Impactos financeiros e assistenciais de um bloco cirúrgico do Hospital
Oswaldo Cruz. -----------------------------------------------------------------------------------------12
1. INTRODUÇÃO
1.1.1 GERAL
Analisar a gestão de reformas em ambientes hospitalares.
1.1.2 ESPECÍFICO
a) Apresentar casos reais de reformas e suas problemáticas no Hospital;
b) Apontar meios de mitigar os impactos da falta de planejamento da obra;
c) Mostrar os impactos da ausência da gestão de obras em hospitais.
1.2 JUSTIFICATIVA
O tema em questão foi escolhido através da vivência que tive nas reformas
que foram realizadas no hospital, com isso foi observado algumas problemáticas
que faziam a obra não se desenvolver conforme esperado, além disso o meu desejo
em seguir no ramo de obras e reformas em ambientes hospitalares.
2.0 TEORIA
Realizar uma reforma residencial já se sabe que não é uma coisa fácil,
executar uma reforma hospitalar se torna um desafio. Como toda reforma, deve ser
pensada nos impactos que acarretará na sua execução, a dificuldade de executar
uma obra deste tipo se torna pior quando há pacientes em áreas próximas ou
quando é necessário fazer transferências para que se possa executar.
O engenheiro responsável deve orquestrar de forma mais precisa possível
toda a sua execução, é importante dizer que para que ocorra com maestria devem
estar envolvidas outras áreas, por exemplo, a equipe médica,de enfermagem e
toda equipe de resíduos e infecção hospitalar. A prévia análise de fatores como
isolamento de área, cuidados com vestimenta, fluxo de passagem, materiais e
ferramentas são cruciais para o início e a não paralisação da reforma, tornando
importante a boa comunicação e a integração entre os setores.
Com isso é possível perceber que, para que se tenha excelência no
atendimento à saúde é necessário um trabalho integrado entre os gestores e os
idealizadores (Micheli,2014).
3. ESTUDO DE CASO
3.1 A EMPRESA
O Hospital Universitário Oswaldo Cruz é um hospital público sediado na
cidade do Recife em Pernambuco, localizado no bairro de Santo Amaro,fundado em
1884, formado por edificações do tipo horizontal. É referência no estado para o
tratamento de doenças infectocontagiosas e atualmente é referência no tratamento
da COVID-19, além de que é também um hospital escola na área de saúde e
tornou-se um campo para formação e desenvolvimento de conhecimento tanto na
área de saúde quanto em outras áreas de estágio.
3.2 O SETOR
O setor de engenharia e manutenção é formado por um Engenheiro Civil e
um chefe de manutenção, ambos servidores públicos, 3 estagiários, três
encarregados de manutenção e reforma e uma arquiteta.
O funcionamento do setor é da seguinte forma:
● O engenheiro civil recebe a demanda vinda da direção do hospital com o seu
grau de necessidade, é analisado quais serviços serão feitos através da
empresa prestadora de serviço de manutenção do hospital. Caso seja
necessário a contratação de uma empresa especializada, os encarregados
de manutenção ficam responsáveis por montar o termo de referência, sendo
a conferência do TR ficando por parte do engenheiro.
● Os estagiários dão suporte aos encarregados na elaboração dos termos de
referência,no acompanhamento das reformas, no planejamento e execução
das manutenções.
● A arquiteta fica responsável por acompanhar a fase dos projetos feitos por
empresas terceiras e também executando projetos de pequenas reformas.
Para este relatório foi escolhido falar um pouco sobre sobre a gestão de
reformas bem como o acompanhamento por ser umas das partes que desempenhei
enquanto fui estagiário e por ser uma parte que mais achei que precisava melhorar.
Foi escolhido como exemplos de reformas um bloco cirúrgico que está sendo
implantado em um pavilhão que anteriormente funcionava como enfermaria e uma
UTI que recentemente foi utilizada para atendimento de pacientes com COVID-19.
Inicialmente foi uma das reformas que acompanhei mais de perto e percebi a
carência no planejamento e gestão. Como anteriormente não se tinha o costume de
pensar previamente a dimensão na reforma e não ter um projeto detalhado, a
reforma iniciou sem muitas definições, várias interrupções aconteceram por
indefinição de ambientes, irregularidades no que diz a norma, até mesmo a falta do
check list de intervenções na infraestrutura por se tratar de um pavilhão que era
antigo. No caso deste local, foi necessário fazer uma recuperação estrutural em
toda a sua estrutura, diante disso consegui juntamente com a direção a articulação
para desenvolver os projetos do bloco.
Com os projetos em mãos, foi possível perceber o quão minucioso seria fazer
a reforma e as alterações que eram necessárias para se adequar a norma, porém
as contratações de empreiteiras conseguiram ser feitas de uma forma mais
organizada e objetiva. Hoje a reforma do bloco cirúrgico flui de forma correta e,
quando finalizado, estará nas plenas condições de funcionamento diante das
normas.
Por ser uma reforma mais recente do que a citada anteriormente, a reforma
da UTI conseguiu ser pensada de uma forma mais precisa e clara, sendo definido
previamente os interesses da área de saúde e logo após o que seria necessário
para ser realizado. Foi feito um projeto de arquitetura com o novo layout e a planta
de reforma, após a apresentação foram feitos os ajustes que foram sinalizados pela
a equipe de saúde. Foi licitado os projetos complementares de refrigeração, gases e
outros e logo após definido o que seria feito por parte da equipe de manutenção do
hospital em que atualmente tem uma equipe de pequenas reformas.Dessa forma a
obra segue em pleno funcionamento e com seus devidos projetos.
Uma das problemáticas que anteriormente a UTI sofria era com a
refrigeração, no qual o seu funcionamento era por meio de splits. De acordo com a
norma, uma UTI deve ter seu sistema de refrigeração por fan coil e seu esquema de
filtragem e renovação de ar projetado corretamente. Uma outra problemática vista
era que o forro da UTI era de PVC, gerando assim uma grande possibilidade de
acúmulo de sujeiras, o que de acordo com a RDC 50 não é correto. Foi proposto a
aplicação de forro em gesso único com quinas abauladas e revestimento de tinta
epóxi hospitalar, tendo assim a redução de reentrâncias e a limpeza de forma
correta.
Fonte: autor/2021
A tabela acima mostra o comparativo anual de cirurgias realizadas pelo Bloco
cirúrgico que está em uso, com a abertura de mais 5 salas de cirurgias a
produtividade do hospital irá aumentar, gerando um aumento na receita do hospital
e possibilitando a implantação de mais melhorias para os servidores e pacientes do
hospital. Diante dos dados, tanto a reforma do bloco quanto da uti é de grande
importância uma vez que o quantitativo de pacientes atendidos irá aumentar e a
receita do hospital também.
MICHELLI,r Joseph A.Receita para a excelência as lições de liderança que podem transformar a
gestão da saúde no Brasil, Administrador Hospitalar,São Paulo,Ano 2, edição 4, 68p. Agosto,. 2014
BRASIL - Portaria nº 2616/MS/GM, de 12 de maio de 1998. Diário Oficial [da] República Federativa
do Brasil, Brasília, DF, 13 mai 1998.. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html > acesso em :
25/05/2021