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TECNOLOGIAS VÍDEO WEB E O ENSINO DE LITERATURA CRÍTICA

Neusa Andrade1

Resumo

A nossa atual sociedade cria cada vez mais novas demandas em áreas
diversas, exigindo que profissionais de todas as áreas trabalhem sua auto-
formaçã, de modo multidisciplinar e integrado incluindo-se novas tecnologias,
cada vez mais acessíveis a um maior número de pessoas.

A tecnologia pode ser aliada de professores e alunos, e ajudá-los a


vencer barreiras de tempo, espaço e até de arraigados pontos de vista. Pode
ainda tecer e articular uma rede de conhecimentos conjuntos, além de permitir
aos mestres o desenvolvimento de estratégias que possam criar novas
situações de aprendizagem, como no exemplo demonstrado por professores da
Universidade Wisconsin, unidos em um projeto onde a eficiência da gravação
das aulas de literatura em vídeo ajudaram alunos e professores a compreender
a complexidade de uma narrativa e seus processos, criando novos parâmetros.

Por outro lado, é necessário louvar a iniciativa de várias universidades de


renome que hoje oferecem gratuitamente cursos de extrema qualidade através
da Internet, e citamos particularmente a Universidade de Yale (que oferece via
web na modalidade EaD, aulas em vídeo para falantes ou não da língua
inglesa), especialmente a disciplina ministrada por Amy Hungeford - The
American Novel Since 1945 – com uma concepção de trabalho pedagógico que
propicia reflexões sobre o uso e ensino de literatura e a construção dos
conteúdos com significados, propiciando ao aprendiz mobilizar seus
conhecimentos e refletir criticamente a partir do uso das informações que se
dispõe na situação proposta.

1Neusa Maria de Andrade é especialista em Educação e Tecnologia - A iniciativa deste artigo é decorrente das
reflexões realizadas no curso de extensão “Ensinando Literatura Inglesa em Faculdades Particulares: Letramento
Crítico e as Novas Literaturas”, ministrado pela Professora Cielo G. Festino, na Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, no período de Outubro a Dezembro de 2009 - E-mail:
neusagenciaweb@gmail.com -
PALAVRAS –CHAVE: Literatura, Vídeo-Web,

TECNOLOGIAS VÍDEO WEB E O ENSINO DE LITERATURA CRÍTICA

Introdução

Richard Kearney em “Where do Stories Come From?” abre a reflexão


abordando que em nosso sistema de crenças, contar e recontar histórias torna-
se uma necessidade vital do ser humano, tanto quanto respirar ou alimentar-se,
são as estórias (como alimento da alma) que fazem a vida valer a pena (1).

Desse modo, contar estórias ou tecer narrativas, servem também para


humanizar o que entendemos por tempo, transformando-no de um fragmento
impessoal, convertendo um momento em um padrão, uma trama, um mito, algo
que perdurará como nosso legado.(2) Como humanos carregamos uma carga de
subjetividade e podemos dizer que “o que se conta” é tão importante quanto
“o como se conta”, e isso equivale a dizer que em Educação entender “O que
se aprende” é táo valioso e dependente de “Como se aprende”.

Na história da humanidade colocarmos a nossa própria marca nas nossas


estórias e histórias que estão impregnadas em nosso subsconsciente e a
defendemos “com unhas e dentes” (a defesa do próprio território é instintiva em
algumas espécies de animais, incluindo o homem porém a evolução tem como
característica a compaixão e a solidariedade é nessa direção que a
humanidade lentamente caminha).

Nesse momento uma nova ordem econômica mundial está sendo


estabelecida pelos meios comunicação e pela velocidade de transmissão das
informações, criando-se novos princípios de produção que afetam os quatro
continentes. O avanço das tecnologias trouxe a otimização do tempo e
inúmeras novas exigências para a sociedade criando também angústias e
incertezas com mudanças que ocorrem cada vez mais de modo acelerado,
trazendo um grande vazio e criando novas necessidades e novas estórias.
Telling stories is as basic to human beings as eating. More so, in fact, for while food makes us
live, stories are what make our lives worth living. They are what make our condition human
(KEARNEY, 2008, p.3)

2In this way storytelling may be said to humanise time by transforming it from an impersonal
passing of fragment moments into a pattern, a plot, a mythos (KEARNEY, 2008, p.4)

Novos Paradigmas

Novos paradigmas estão mostrando formas diferentes de enxergarmos a


humanidade e o mundo. Teorias com perspectivas mais humanas como do
pensamento complexo, sistêmica e da mente deixam aos poucos de lado a
competição para dar lugar à colaboração.

Esses novos paradigmas obrigaram também aos educadores a levar em


consideração as contribuições de novos teóricos, e entre eles encontramos o
cognitivista Vygotsky (1984), que interpretou a aprendizagem como um
processo de interação social na qual as funções mentais superiores – as
habilidades linguísticas, a capacidade de solucionar problemas, o
armazenamento e o uso adequado da memória, a formação de novos
conceitos e o desenvolvimento da vontade – aparecem de acordo com a
diversidade nas condições histórico-sociais, inicialmente no plano social
(interação) e posteriormente no plano psicológico (indivíduo).

A aquisição de um sistema lingüístico reorganiza, pois, todos os


processos mentais infantis. A palavra dá forma ao pensamento,
criando novas modalidades de atenção, memórias e imaginação.
Mas não só isto. Além de indicar um objeto do mundo externo, ela
também especifica as principais características desse objeto
(abstraindo-as das características dos demais objetos), generaliza as
características percebidas e as relaciona em determinadas
categorias. Daí a importância da linguagem para o pensamento: ela
sistematiza a experiência direta da criança e serve para orientar o
seu comportamento.(VYGOTSKY, 1984:23)

A nova sociedade, também conhecida por “Sociedade do Conhecimento”


cria cada vez mais novas demandas em áreas diversas, exigindo que os
profissionais de educação trabalhem sua auto-formação de modo
multidisciplinar e integrado, incluindo-se o trabalho com novas tecnologias, que
estão cada vez mais acessíveis para um maior número de pessoas. È inegável
e crescente o uso das tecnologias que já fazem parte do nosso cotidiano em “O
que é virtual”, Pierry Lèvy aponta”.

...Apesar de “não-presente”, essa comunidade está repleta de


paixões e projetos, de conflitos e amizades. Ela vive sem lugar de
referência estável: em toda parte onde se encontrem seus membros
móveis.. ou em parte alguma. (LÈVY, 1996:20)

Entre os novos parâmetros aliando educação e tecnologia, encontramos


a Educação a Distância, como forma sistematizada de educação que quebra
fronteiras, aproximando pessoas geograficamente distantes com práticas
mediadas pelas Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs).

... As NTICs oferecem possibilidades inéditas de interação


mediatizada (professor/aluno; estudante/estudante) e de
interatividade com materiais de boa qualidade e grande variedade.
As técnicas de interação mediatizada criadas pelas redes
telemáticas (e-mail, listas e grupos de discussão, webs, sites etc.)
apresentam grandes vantagens pois permitem combinar a
flexibilidade da interação humana (com relação à fixidez dos
programas informáticos, por mais interativos que sejam) com a
independência no tempo e no espaço, sem por isso perder
velocidade (BELLONI, 1999: p. 59).

Em todo planeta diversas universidades de renome utilizam-se desse


modelo para dissiminar o conhecimento de forma aberta. Aulas gravadas em
vídeo, de todas as áreas, estão disponíveis e especialmente as que versam
sobre literatura abrem um espaço de discussão e reflexão jamais encontrados,
criando interesse pela leitura, muitas vezes de obras que ficaram restritas ao
âmbito de curricular escolar de uma determinada cultura, não deixando de
serem consideradas “canônicas”, porém não tão conhecidas ou lidas até
mesmo no próprio país de origem.

Essa iniciativa a sala de aula não é mais o único espaço de discussão e


guardião do saber absoluto e a qualidade das aulas on-line e dos professores
de Yale, Cambridge, UCLA e MIT, também são indiscutíveis como é o caso de
Amy Hungerford, professora de Inglês na Universidade de Yale. Especializada
em literatura americana do século 21, especialmente o período desde 1945.

As aulas oferecidas pela professora Amy nos encorajam, através da


literatura, a nos enxergarmos por diversos ângulos, utilizando a memória e
imaginação e nos conduzindo para uma reflexão crítica e traduzem muito bem
o que Festino nos quer dizer “Esta pedagogia ajuda os alunos a tornarem-se
responsáveis e tolerantes, as fronteiras" (Giroux, 2006: 165) e, portanto,
constroem uma ponte (e não apagam) que liga o fosso entre diferentes
culturas, num mundo que exige cada vez mais uma cidadania cosmopolita”.
(Festino, 2007:1)(3)

3
This pedagogy helps students become “responsible and tolerant border crossers” (Giroux,
2006: 165) and thus leads them to bridge (not erase) the gap among different cultures, in a
world that more and more demands a cosmopolitan citizenship. (FESTINO, 2007:1)

Esse modelo de educação poderá viabilizar ações didático-pedagógicas,


embasadas numa nova mentalidade de trabalho colaborativo e de equipes
multidisciplinares, porém muitos dos atuais educadores ao se depararem com
essas novas necessidades sentem-se incapazes de enfrentá-las, uma vez que
novos campos e contextos educativos, diferentes dos convencionais, exigem
competências com as quais geralmente não contaram em sua formação.

O que para muitos é apenas uma brincadeira pode ser também definido
como aprendizagem. Um outro projeto de estudos bastante interessante foi
desenvolvido por uma equipe de cinco professores de Inglês integrantes do
sistema da Universidade de Wisconsin (UW). Apesar de todos trabalharem
dentro do mesmo sistema universitário, eram oriundos de quatro campi
diferentes (com dois anos e quatro anos de estudo) focados principalmente no
ensino de literatura. Ao encontrarem-se pela primeira vez começaram a discutir
os desafios em sala de aula e a conversa evoluiu para uma questão central: O
que é uma habilidade crucial? O que gostaríamos que os alunos aprendessem
em uma aula introdutória nos cursos de literatura? (CHICK, 2009:402) (4).

O projeto de UW consistia em gravar as aulas de literatura para serem


assistidas posteriormente. Entre as estratégias adotadas com bastante sucesso
o estudo resumiu-se a "observação das aulas em sala de aula ao vivo por um
grupo de professores que coletaram dados sobre o ensino e a aprendizagem
colaborativa, de forma a analisá-lo"(CHICK, 2009:402) (5)..
Assim os resultados desse projeto foram muito além do esperado, uma
vez que os
próprios alunos beneficiaram-se com o método analisando seu próprio
comportamento em sala de aula e tendo oportunidade de rever a própria
postura, o que contribui para a formação da consciência crítica.

4 In brief, a lesson

study is the “observation of live classroom lessonsby a group of teachers who collect data on
teaching and learning and collaboratively analyze it...”(CHICK, 2009:402)

5I This lesson study project was developed by a team of five English professors from across the
University of Wisconsin (UW) system, including the authors of this article as well as Terry Beck
and Bryan Kopp of UW–LaCrosse. Although all of us work within the same state university
system, we are from four different campuses (which include both two-year and four-year
colleges),and our teaching duties vary from teaching primarily composition to teachingonly
literature classes. When we first met and began discussing our common challenges in the
classroom, our conversation evolved into one central question: what is a crucial skill we would
like our students to learn in introductory literature courses? (CHICK, 2009:402)

Desafios da Multiculturalidade

Graff nos questiona sobre as tentativas de tornar o currículo mais


representativo sobre diversos povos, naçôes e crenças pode causar
incoerência curricular e o caos (6) e David Damrosh diz que devido as limitações
de tempo, não se pode esperar, por mais que se pesquise sobre literatura
mundial, que seja possível cobrir o planeta. Procurar fazer o melhor ao procurar
descobrir uma variedade de obras obrigatórias de tradições distintas através de
combinações criativas e justaposições guiado por quaisquer temas específicos
e questões que se gostaria de levantar em um determinado curso, porém não é
possível fazê- em um único semestre ou ano, e também é impossível dar
tempo igual para cada idioma, país ou século. (DAMROSH, 2008, p.9)(7)

Muitos professores estão tentando incluir no currículo muito mais


literatura mundial do que antes, mas se vêm lutando contra sérias dificuldades.
O primeiro problema refere-se ao tempo (já que duração do ano escolar não foi
expandido junto com a nossa visão global) e assim a tarefa de seleção torna-se
mais árdua. Não só o ano letivo não foi expandido, mas em paralelo com este
crescimento muitos professores reconhecem que os alunos estão vindo para o
campus menos preparados, o que coloca os professores sob pressão para
fazer mais com menos, além disso, é cada vez maior a demanda de cursos de
literatura mundial, com um maior leque de línguas, culturas e subculturas.
(DAMROSH, 2008, p.2) (8)

7“Its is true that attempts to make the curriculum more representative of nation´s diverse
peoples and beliefs must spell curricular incoherence and chaos?. ..(GRAFF, 1992, p.2)

8 Wold literature surveys can never hope to cover the world. We do better if we seek to uncover
a variety of compelling works from distinctive traditions through creative combinations and
juxtapositions guided by whatever specific themes and issues we wish to raise in a particular
course. We can´t do everything in a single semester or year, and it´s impossible to give equal
time to every language, country or century. (DAMROSH, 2008, p.9) courses, and ever-widening
range of languages, cultures, and subcultures comes into view. (DAMROSH, 2008, p.2)

9Many teachers are trying to include much more of the world than ever before, yet as they do
so, they come up against some serious difficulties. First is the problem of time. The lenght of
school year hasn´t expanded along with our global vision, and so the task of selection becomes
more and more vexed. Not only has the school year not expanded in tandem with this growth,
but many teachers report that students are coming to campus less prepared to read
assignments, which puts teachers under pressure to do more with fewer pages all told.
Teachers´own preparation, moreover, is increasingly challenged by demands of world literature
courses, and ever-widening range of languages, cultures, and subcultures comes into view.
(DAMROSH, 2008, p.2)

A tecnologia como aliada

Encontramos alento nas palavras de Kearney ao sustentar que as novas


tecnologias, e o fenômeno da virtualização e da digitalização, longe de
erradicar a narrativa, podem realmente abrir novos modos de contar histórias
completamente inconcebíveis em nossas culturas antigas (KEARNEY, 2008,
p.4) (9)

A tecnologia pode ser aliada de professores e alunos, e ajudá-los a


vencer barreiras de tempo, espaço e até de arraigados pontos de vista. Pode
ainda tecer e articular uma rede de conhecimentos conjuntos, além de permitir
aos mestres o desenvolvimento de estratégias que possam criar novas
situações de aprendizagem, como no exemplo demonstrado por professores da
Universidade Wisconsin, unidos em um projeto onde a eficiência da gravação
das aulas de literatura em vídeo ajudaram alunos e professores a compreender
a complexidade de uma narrativa e seus processos, criando novos
parâmetros.como o uso da tecnologia pode auxiliar na complexidade da
narrativa (e Kearney cita o exemplo da belíssima peça de Samuel Beckett.

A característica de interatividade deve permitir ao aprendiz realizar um


papel ativo, proporcionando-lhe a construção do seu aprendizado, com
praticidade possibilitando-lhe encontrar as informações para entender qualquer
ponto que porventura não tenha compreendido, deve ainda primar pela
autonomia que permite ao aprendiz navegar livremente pelo material proposto
implicando numa estruturação própria do seu conhecimento.

.... alguns o utilizam como sinônimo de interação, outros como um


caso específico de interação, a interação digital. Para outros, ainda,
interatividade significa simplesmente uma troca, conceito esse muito
superficial para todo o campo de significação que abrange. Um
exemplo do conceito de interatividade como simples troca são
programas televisivos em que o telespectador pode escolher um
filme entre algumas opções previamente definidas, e o mais votado
será transmitido, entretanto, para alguns autores isto representa o
conceito de reatividade.mação do conhecimento científico e
tecnológico. (AMARAL & GARBIN, 2008)

9
I hold that the new technologies of virtualised and digitised imagining, far from eradicating
narrative, may actually open up novel modes of storytelling quite inconceivable in our former
cultures (KEARNEY, 2008, p.4)

Estratégias

Gardner (1989), em seu ensaio sobre “As Oito Inteligências Múltiplas”


descreve as oito inteligências que facilitam a compreensão para o
desenvolvimento de atividades, em resumo são elas:

1. Inteligência Lingüística – permite aos indivíduos se comunicarem


através da linguagem

2. 2. Inteligência Lógica – capacita os indivíduos a usar e apreciar


relações abstratas

3. Inteligência Musical – permite às pessoas criar e compreender


significados compostos de sons
4. Inteligência Espacial – possibilita às pessoas perceber as
imagens, transformá-las e criá-las a partir da memória

ENUNCIADOS
5. Inteligência ESTRAT?GIAS
Cinestésica – permite aos indivíduos usarem seu
corpo, total ou parcialmente, de formas altamente especializadas

6. Inteligência Intrapessoal – ajuda aos indivíduos diferenciarem seus


sentimentos e a desenvolver modelos mentais precisos sobre si
mesmos

7. Inteligência Interpessoal – capacita os indivíduos a reconhecer e


diferenciar os sentimentos e intenções dos outros

8. Inteligência Naturalista – permite às pessoas distinguir, classificar


e usar os elementos do meio-ambiente

A teoria das inteligências múltiplas (IM) defende que todo ser


humano possui ao menos oito competências intelectuais ou
inteligências que se dispõem em graus variados em cada ser
humano e que elas se combinam e organizam de maneiras
diferentes de indivíduo para indivíduo. Lobo (2001, p. 83) com base
nas idéias de Gardner afirma que as inteligências são habilidades
“para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos
em um ou mais ambientes culturais”. Reiterando o pensamento de
Gardner, deparamos com Alves (2005, p. 27) que vai dizer que “não
existe conceito único de inteligência, pois, inteligência é um conjunto
de habilidades que podem ser estimuladas no contexto social”
(DANTAS, 2005)

A capacidade dos alunos para analisar textos, narrativas, compreender


literatura e explorar suas complexidades necessita empregar uma análise
sistemática que se utilizará de modo conjugado das várias intelgências citadas
por Gardner.

De modo especial a habilidade linguistica poderá ser bastante ampliada a


partir de experiências literárias, baseado nas sugestões dadas nas aulas de
Amy Hungerford e da experiência dos professores da Universidade de
Wisconsin, os enunciados propostos podem relacionar-se com algumas
?Promover discuss?o em grupos
alhada do texto;
?Reescrever
?o do tempo eos textosdaou
estratégias,
espa?o parte deles
capazes
narrativa alterando
de levar a umaosreflexão
contextos: Hist?ricos,
crítica, que é umSociais, Econ?micos, Est?tic
dos objetivos
?Grava??o dascom
la??o de fic??o aulasnossa experi?ncia
relevantes do ensino dano mundo real?
literatura.
?Grava??o das discuss?es
ica??o se faz entre forma e conte?do?
?Publica??o em v?deo
os dados relevantes ? web para auto-avalia??o
?Transposi??o paraa outros
a obra tentar dizer verdade formatos (ex. livro/filme), etc
sobre algo?

Nossas experiências com este estudo de aula e outros sugerem que este
tipo de projeto, em seu foco sobre diferentes tipos de dados de um momento
único de aprendizagem, pode alcançar uma profundidade única de
compreensão da aprendizagem do aluno. Como um punhado de especialistas
participar no ciclo de teorização, construindo, observando, analisando,
avaliando, revisando, e repetindo, o resultados sobre o aluno pensar e
aprender (ou não) se tornar uma sinédoque para mais objetivos de
aprendizagem (CHICK, 2009:403). (10)

. Our experiences with this lesson study and others suggest that this kind of project, in its focus
10

on different types of data from a single learning moment, can afford a unique depth of
understanding of student learning. As a handful of specialists engage in the cycle of theorizing,
constructing, observing, analyzing, assessing, revising, and repeating, the results about student
thinking and learning (or not) become a synecdoche for broader learning goals (CHICK,
2009:403)

Conclusão

A troca de experiências e o compartilhamento de idéias constitui-se de


fundamental importância para o ser humano e a construção da sociedade,
porém a experiência pessoal e subjetiva é o fundamento sobre o qual o
conhecimento é construído, tudo que estiver a serviço do crescimento pessoal
mas que beneficie o grupo, pode também ser considerado educação.

Nesse momento da história a educação deve assumir um significado


amplo (e essa é também uma das funções da literatura) e tratar da educação
do homem e da sociedade, e não apenas da pessoa em “situação escolar”
dentro de uma instituição de ensino.

É impossível falar em educação sem citar Paulo Freire, e a preocupação


que a tarefa de docência impõe. È imperativo ao docente estar sempre pronto e
aberto ao diálogo, a formar-se e a transformar-se constantemente, entendendo-
se como parte de uma instituição de estrutura secular, com suas regras e
idiossincrasias, mas sempre de modo dialético.

Gostaria, por outro lado, de sublinhar a nós mesmos, professores e


professoras, a nossa responsabilidade ética no exercício de nossa
tarefa docente. Sublinhar esta responsabilidade igualmente àquelas
e àqueles que se acham em formação para exercê-la.. ..(FREIRE,
1996).

Ao observamos os exemplos oferecidos pelas Univeridades de Wisconsin


e de Yale, destaca-se a importância da assessoria dos professores, e a
necessidade de estarem preparados para fazerem parte da história e saberem-
se sujeitos do seu próprio tempo, construtores da cidadania.

Tanto faz se como estória, história ou uma mistura de ambas


(depoimentos, por exemplo), o certo que o poder da narratividade faz uma
diferença crucial em nossas vidas e ao reparafrasiar Sócrates, Kearney diz
que irá tão longe quanto o já filósofo que uma vida que não é contada não vale
pena ser vida (KEARNEY, 2008, p.14) (11)

11
Whether as story or history or a mixture of both (for example testimony), the power of
narrativity makes a crucial difference to our lives. Indeed, I shall go so far as to argue,
rephrasing Socrates, that unarrated life is not worh living (KEARNEY, 2008, p.14)
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