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Disciplina: As religiões no Brasil: leituras contemporâneas

Professor: Dr. Flávio Munhoz Sofiati


Discente: Ulisses José Gabry

TEXTO: SANTOS, Maria G. (2014). Os limites do CENSO no campo religioso


brasileiro. In Comunicações do ISER, v. 69, p. 18-33.

SINOPSE:

Qual é a contribuição da pesquisa censitária para o diagnóstico e entendimento


do campo religioso brasileiro? A resposta para essa e outras perguntas para se conhecer a
religião da população brasileira são discutidas no artigo “Os limites do CENSO no campo
religioso” de autoria da Doutora em Sociologia e servidora do IBGE, Maria Goreth
Santos, publicado na revista do Instituto de Estudo da Religião – ISER em 2014 que trata
sobre a contribuição que o IBGE oferece para os estudiosos da religião, a dificuldade de
se fazer pesquisa em um país com tamanha pluralidade religiosa como o Brasil e a
importância do órgão como uma fonte de informação sobre a questão religiosa. A autora
apresenta um histórico das técnicas e metodologias utilizadas pelo Censo para conseguir
capturar o perfil religioso dos brasileiros e demonstrar o quão difícil é pesquisar a
pluralidade religiosa da população que através dos números consegue mapear e
demonstrar a forte identificação dos mesmos com a religião conseguindo assim nos
demonstrar o processo e a história censitária da religião. A autora faz ainda uma detalhada
análise das dúvidas que envolve a confiabilidade dos dados do Censo.

Fichamento:

“(...). As transformações resultaram em modificações na metodologia do Censo no


quesito religião. Códigos, banco descritor, estrutura classificatória dos grupos religiosos,
incorporação de novas declarações religiosas foram necessários para dar conta das novas
demandas do campo religioso brasileiro. No entanto, novas modificações têm sido
reivindicadas pelos estudiosos da religião no Brasil, para que o Censo possa registrar
também a múltipla pertença religiosa, uma categoria que tem crescido bastante nos
últimos anos, registrada em alguns estudos. (...)” (p.18)

“(...) o que temos percebido é que, na sociedade moderna, quanto mais institucionalizada
e rígida uma religião, mas chances tem de ser trocada por outra mais flexível e liberal, e
dentro de um mesmo gênero religioso, mudar para uma denominação menos rígida.”
(p.31)

“(...) Os resultados do Censo talvez estejam sugerindo, que, no que diz respeito a uma
maior intimidade com o sagrado, a identificação com a comunidade onde se compartilha
esses valores, seja mais importante do que se identificar com a entidade religiosa mais
global. É preciso atentar para essas transformações.” (p. 31)

“(...). É inegável a importância do IBGE como uma fonte de informações sobre a questão
da religião no Brasil e, se os censos demográficos não avançaram nos levantamentos
sobre a religião, devemos nos perguntar: pode a instituição satisfazer o desejo dos
estudiosos da religião, de apreender a pluralidade religiosa brasileira? Diante de tanta
complexidade em que está envolvido o “ser religioso” no Brasil, é possível uma
metodologia viável e prática para a sua realização?.” (p. 31)

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