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6. A moeda de tetradracma levava aos confins de seu império a imagem de Alexandre, o Grande, e a escrita grega.
O grego lucrava com as conquistas de Alexandre, mas também com o poder do alfabeto. A
revolução do alfabeto estava ocorrendo e, em breve, apagaria os sistemas de escrita não
alfabéticos, como os hieróglifos egípcios (e bem mais tarde, os glifos maias). É uma revolução
ainda em andamento. Hoje, apenas o Leste Asiático resiste ao alfabeto e, mesmo lá, os sistemas de
escrita fonética e os silabários têm avançado.
Na Ásia Menor, outras culturas e línguas também estavam em recuo. O lídio, na Anatólia,
acabou morrendo, enquanto a Pártia (hoje nordeste do Irã) e a Báctria (hoje Afeganistão), terra
da mulher de Alexandre, se familiarizavam cada vez mais com o grego.52 Até mesmo na Fenícia,
de onde partiu a ideia de alfabeto, o grego estava avançando. Os efeitos dessa exportação de
língua sem precedentes podiam ser sentidos em lugares tão longínquos quanto a Índia, onde o
alfabeto fonético grego influenciou vários sistemas de escrita.53 No século III a.C., quando se
tornou imperador indiano, Asoka ordenou que as inscrições fossem feitas em grego.54