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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES


PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTÉTICA E GESTÃO DE MODA
DISCIPLINA: PSICANALISE E CONSUMO
PROFESSORA.: FATIMA MILNITZKY
ALUNA: ANDREA ROSA PIRES

... Oh, it's such a perfect day


I'm glad I spent it with you
Oh, such a perfect day
You just keep me hanging on....
( Perfect Day, Lou Reed)
Falarei sobre a propaganda da marca Diesel, criada pelo sueco Jocke Jonason, que entre
anos 90 e início de 2000, naquela época as propagandas tinha uma chamada para chocar
a sociedade, misturando críticas a sociedade, ao racimo, sexismo, onde tínhamos que
chocar, mesmo mostrando o papa beijando uma freira, são exemplos de propaganda que
tínhamos nesta época da Benetton, esta da Diesel.

Eu sempre tive uma digamos uma fixação por esta imagem, primeira visão é a mulher, a
mãe de camisola, eu sempre me achava nela, gritando e reclamando, sou muito eu
reclamo-a. E olhando hoje esta foto, para fazer este trabalho, conseguir até enxergar o
fato que naquele momento o homem está pisando na lua e a mulher esta cansada, onde
ela só queria uma ajuda, ela está no meio de uma casa desorganizada, com três crianças,
choro e o pior o sossego do companheiro, olhando para ela com cara, que medo desta
louca, e a qualquer momento parece que ele vai dizer a pior frase que pode ser dita: Calma.

Outro motivo que me fez escolher esta foto, foi a influência da capa do livro mostrado
em aula, Financing The American Dream do Lendol Calder , ali mostrava uma outra
realidade de outros tempos e outros sonhos, o simbolismo era outro, e aqui estamos em
1969, imaginando que o relacionamento deste casal começou no início da década 60 onde
surgiu novas rupturas da sociedade criando novos símbolos, onde o homem ira ser
provedor da casa, que trabalha o dia todo, tem dois carros, cachorros, salario, férias. Nesta
foto é todo oposto, o marido não tem uma profissão, a mãe com três crianças carrega toda
responsabilidade de manter a casa em ordem, mas mesmo o homem pisando na lua, tudo
muda, menos a condição da mulher, que no desespero compreensivo por mim, mas para
muitos, vão falar mal, dizendo que a culpa do caos que ela está gritando uma ajuda é culpa
dela.

Fazendo analise sintética da foto, é calça jeans, o novo item que estava sendo usado
casualmente o mesmo com tênis, e a mulher a camisola transparente, diante dos filhos,
numa família padrão, iriam dizer que ela poderia colocar com penoar/robe por cima, mas
estávamos nos 60, onde se queimava sutiã, ela usava, talvez por ser mãe de 3, penso que
estava em fase amamentação do menino caçula.

Mas, o queremos consumir é a solidariedade para mulher, que desde de sempre somas
sempre subjugadas, pois não pior qual símbolo de consumo do momento, vamos levar
sempre o fardo, mas o recado para foto que vejo e sinto é pegar na mão dela e dar aquele
abraço, e dizer: amiga estamos aqui, vamos te ajudar.

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