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Boa noite aos professores Rodrigo Pelet e Timóteo Carneiro e aos demais

presentes.
Meu nome é Amanda Caroline, fui orientada pelo professor Antônio
Neves, e o meu tema é sobre: Abuso sexual praticado contra crianças e
adolescentes dentro do ambiente familiar.
A relevância do meu tema é um problema grave que afeta a sociedade em
geral independente de classe social.
Tem como objetivo conceituar as espécies quanto aos crimes de abusos
sexuais contra crianças e adolescentes. Quanto as prováveis causas de
desvio de conduta do abusador, percebe-se que em sua maioria, são
pessoas comuns, que constantemente tem atração por crianças e
adolescentes, com a finalidade de praticar ato libidinoso.
A problemática é: Porque a palavra da vítima deve ter uma valoração
suficiente para condenar o réu de crime de estupro de vulnerável no
ambiente familiar?
A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica.
E o método utilizado foi o hipotético dedutivo. Aquele que parte do geral
para o particular.
O meu trabalho está dividido em 3 tópicos, o primeiro tópico trata-se do
breve conceito de abuso sexual, o segundo tópico trata-se da Dignidade
da PESSOA HUMANA, sendo ela a vítima e o acusado, o terceiro tópico
trata-se da complexidade de produção de provas, sendo subdivididos em
escuta especializada, no depoimento especial e as falsas memórias.
O abuso sexual refere-se a situações em que uma criança ou adolescente
é abusada sexualmente para satisfação sexual de adultos. Geralmente o
agressor pode ser um membro da família da criança ou pessoas que
moram com ela.
Na maioria dos casos de abuso sexual infantil, não restam vestígios do ato
sexual praticado. Assim, a palavra da vítima se apresenta como uma das
poucas provas possíveis ao processo, considerando que se trata de crime
praticado às escondidas e, dessa forma, raramente testemunhado por
alguém.
O estupro de vulnerável denomina-se crime comum, podendo ser
praticado por qualquer pessoa, sendo homem ou mulher. Trata-se de um
crime, que tutela a liberdade sexual dos menores de 14 anos e de pessoas
que por enfermidade, debilidade mental ou outra circunstancia tiveram a
sua resistência reduzida.
Após falar sobre o conceito de abuso sexual, irei tratar da dignidade da
pessoa humana. O princípio da dignidade da pessoa humana refere-se à
garantia das necessidades fundamentais de cada indivíduo, ou seja, um
valor intrínseco como um todo. É um dos fundamentos do Estado
Democrático de Direito, nos termos do artigo 1º, III da Constituição
Federal.
De um lado há a dignidade da pessoa humana da vítima, temos um código
civil que protege o menor de idade, temos o ECA que protege o menor de
idade, temos também a Constituição Federal que protege o menor de
idade. Só que de acordo com a dignidade da pessoa humana do acusado a
gente não pode se basear apenas na prova testemunhal da vítima para
acusar determinada pessoa de um crime, ainda mais um crime que ele é
totalmente repudiado pela sociedade, então temos que levar tudo em
consideração quando formos julgar um determinado acusado sobre um
crime de estupro, ou seja, há um confronto entre a dignidade da pessoa
humana da vítima e a dignidade da pessoa humana do acusado, pois
quando existe um crime de abuso sexual contra um menor de idade fica
difícil de provar o ocorrido, devido a incapacidade do menor que sofreu ou
não o crime.
Após tratar da dignidade da pessoa humana, irei falar sobre a
complexidade de produção de provas, a prova é um meio utilizado
pelas partes, autor e réu, no qual tenta-se aproximar o acontecido da
forma mais precisa possível, para que o juiz possa se convencer dos
fatos e assim formar uma opinião e é por meio dela que as partes
exercem o principio da ampla defesa e do contraditório.
A problemática quanto às provas é que tanto a dignidade da pessoa
humana da vítima e a do acusado deve ser respeitada. É comum que
a criança possa ser facilmente manipulada para que na fase de
produção de provas seja induzida a fazer ou a falar algo e até mesmo
por falsas memórias.
No tópico seguinte, irei falar sobre a esculta especializada.
A escuta especializada é um procedimento de entrevista que garante
a proteção e o cuidado da vítima que sofreu algum tipo de situação
de violência. Tem como objetivo a recuperação da vítima, porém
assim como todo o processo, o juiz pode requerer que sejam
produzidas provas por meio de perícia, porém no caso de produção
de provas, deve se usar o depoimento especial, pelo qual irei abordar
no tópico seguinte.
Devido a escuta especializada ter sido de grande importância para o
menor no âmbito jurídico ela teve tanta relevância, pois o que for
abordado na entrevista com a criança ou adolescente é sigiloso, não
podendo ser usado como prova o que ali foi dito.
Contudo, foi criado o depoimento especial, nele podendo ser usado o
que foi dito pela criança como meio de prova, sendo assim, houve
um avanço enorme para posterior punição do acusado.  Depoimento
especial é o procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou
testemunha de violência perante autoridade policial ou judiciária.
Através dessa pesquisa, conclui-se que deve se garantir a dignidade da
pessoa humana aos casos de abusos sexuais praticados contra criança e
adolescente.
Dessa forma, a escuta especializada e o depoimento especial são uma
combinação que ameniza os traumas causados, bem como garantir o
melhor desempenhos de provas.
E apesar das enormes dificuldades em aceitar a palavra da vítima como
único meio de prova, em alguns tribunais têm aceito fazendo do conjunto
de circunstâncias que permeiam no contexto fático.
Gostaria de agradecer a oportunidade de defender esse artigo. Ponho-me
a disposição para perguntas ou questionamentos.
Obrigada.

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