Dando sequência às atividades programadas, os religiosos partilharam sobre as
principais intuições que tiveram a partir da leitura do texto “O tempo da esperança: elementos para a renovação da vida religiosa agostiniana após o coronavírus” (conferir referências), elaborado pela Comissão para a Espiritualidade da Ordem de Santo Agostinho, e que lhes fora enviado como proposta de leitura prévia. Dentre as partilhas, destacaram-se três elementos que, em geral, aprofundam a intrínseca relação entre a interioridade e a vida comunitária como característica fundamental do carisma agostiniano para o tempo do pós-pandemia. O primeiro elemento é a importância do cultivo da vida interior em nossas comunidades. Assim como nos indica o papa: “sejam os pedagogos da interioridade ao serviço dos homens do terceiro milênio na busca de Cristo”, que nossas comunidades valorizem cada vez mais a oração pessoal e comunitária. Só é possível renovar a vida espiritual quando Cristo é o centro de nossa vida e quando a oração é o diálogo de profundo amor para com Deus. O segundo aspecto mencionado foi sobre a importância de se “regenerar a vida comunitária”. Para isso, é imprescindível que a busca pela unidade e a valorização da comunhão comunitária sejam fontes de identidade para nossas comunidades. Assim, a vida comunitária agostiniana deve estar sempre aberta a dialogar com os dramas do mundo, não estando fechadas em suas próprias seguranças e, desse modo, ser “fermento” de uma rica espiritualidade pautada pela vivência do evangelho e a busca comum de Deus. Por fim, a terceira característica discutida, nos indica “um olhar a partir da esperança”, isto é, cientes das dificuldades que o mundo já enfrenta em decorrência da crise do Covid-19 e do incerto período pós-pandemia, que não falte à Ordem de Santo Agostinho ser comunicadora de esperança e de entusiasmo para o futuro. É através da distinta espiritualidade agostiniana, vivenciada como dom de Deus no seio de nossas comunidades religiosas, que seremos exemplos de paz e confiança ao mundo; para isso, nossa resposta deve ser corajosa e criativa, expressa numa vida mais simples, autêntica e apaixonada.