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Uma matriz nada mais é do que dados organizados em uma tabela. Isso facilita a organização e
interpretação dos dados. De uma maneira mais geral, podemos definir uma matriz da seguinte
forma:
Denomina-se matriz m x n (lê-se m por n) uma tabela retangular formada por m x n números
reais, dispostos em m linhas e n colunas.
A imagem acima pode ser representa por uma matriz A 4X3 (4 linhas e 3 colunas). Cada número
que está na tabela acima pode ser chamado de elemento de uma matriz. Por exemplo, o número 6
está na linha 1 e coluna 2, porém o elemento 4 está na linha 3 e coluna 4. De uma forma geral,
podemos representar um elemento de uma matriz como sendo ai,j, em que i é o numero da linha
e j o número da coluna.
Representação
Existem duas formas de se representar uma matriz: explicitamente e implicitamente. Essas duas
representações podem ser usadas separadamente ou em conjunto, dependendo do contexto. Assim,
as representações seriam:
Explicitamente: é uma forma representada por parênteses ou colchetes;
Implicitamente: uma forma mais genérica, ou seja, como uma “lei” que determina os
elementos ai,j da matriz. Um exemplo seria:
O entendimento das representações matriciais são importantes, pois podemos construir matrizes
apenas pela forma implícita ou realizar operações matriciais diretas a partir da forma explícita.
Tipos de matrizes
Muitas são as possibilidades de existir um determinado tipo de matriz, pois o tamanho dela
depende da quantidade de linhas e da quantidade de colunas. Dessa forma, vamos conhecer alguns
desses tipos especiais de matriz.
Matriz linha
Como o próprio nome já diz, a matriz linha possui apenas uma linha com a possibilidade de ter
várias colunas, como indica a figura a cima.
Matriz coluna
Diferente da matriz linha, a matriz coluna possui uma única coluna e várias linhas.
Matriz quadrada
Para que uma matriz possa ser chamada de matriz quadrada, a quantidade de linhas e colunas
devem ser iguais, ou seja, m = n. No exemplo da figura acima temos uma matriz quadrada de ordem
3 (3×3).
Matriz diagonal
A matriz diagonal é uma matriz quadrada de ordem n e que possui os elementos da diagonal
principal diferentes de zero e fora são iguais a zero.
Matriz nula
No conjunto das matrizes, uma matriz que possui todos os seus elementos iguais a zero é
chamada de matriz nula. A ordem dela não interfere no nome, ou seja, ela pode ser uma matriz
quadrada ou não.
Matriz identidade
Matriz oposta
Seja a matriz A = (ai,j)m x n. Chama-se oposta de A a matriz representada por -A , tal que A + (-A) =
0m x n, sendo 0m x n a matriz nula do tipo m x n.
Matriz transposta
Matriz inversa
Subtração de matrizes
Ao se multiplicar uma matriz A por um número real qualquer k, obtemos uma outra matriz B de tal
forma que o resultado é B = k ∙ A. Isso significa que B é obtida multiplicando todos os elementos
de A pelo número real k.
Multiplicação de matrizes
Está operação não é tão simples como as outras até aqui estudadas, pois não basta apenas
multiplicar os elementos correspondentes um por um. Vamos introduzir a definição matemática da
multiplicação e depois vamos entendê-la passo a passo.
Dadas as matrizes A = (a ij)m x n e B = (bij)n x p, chama-se produto de A por B, e se indica por AB, a
matriz C = (cik)m x p, em que cik = ai1 ∙ b1k + ai2 ∙ b2k + ai3 ∙ b3k + ai4 ∙ b4k + … + ain ∙ bnk; para todo
iϵ{1, 2, …, m} e todo kϵ{1, 2, …, p}.
Com a definição em mente, vamos então entendê-la. Mas antes de mais nada, é importante
perceber que a multiplicação AB só existe se quando o número de colunas de A for igual ao número
de linhas de B. Além disso, a matriz resultante dessa multiplicação possui o número de linhas de A e
o número de colunas de B.
Acompanhe então o procedimento para resolvermos a multiplicação das duas matrizes
representas na figura que está no começo do deste tópico.
1°) Vamos multiplicar a primeira linha de A pela primeira coluna de B, ordenadamente e somar
cada multiplicação. O resultado será: c1,1 = 2∙1 + 0∙3 + 1∙4 = 6;
2°) Para o elemento c2,1 pegamos a primeira linha de A e a segunda linha de B e realizamos o
mesmo processo do passo anterior, logo: c1,2 = 2∙(-2) + 3∙5 + 1∙1 = 12;
3°) Utilizando o mesmo processo para a segunda linha de A com a primeira coluna de B, obtemos
que: c2,1 = (-1)∙(1) + 0∙0 + 2∙4 = 7;
4°) Por último, temos que a multiplicação da segunda linha de A com a segunda coluna
de B conseguimos obter que: c2,2 = (-1)∙(-2) + 0∙5 + 2∙1 = 4.
As operações matriciais são de fundamental importância para a resolução de muitos exercícios,
além de serem de extrema necessidade em algumas aplicações no nosso dia a dia, como a
formação de imagens em computadores.
De um modo geral, quando pensamos em equações nos vem à mente “encontrar o valor da
incógnita x“. Mas e quando nos deparamos com uma equação que envolve matrizes? A ideia é a
mesma, porém o que precisamos encontrar é uma matriz incógnita e não mais apenas um valor
numérico único.
Vejamos um exemplo: dado duas matrizes A e B, encontre a matriz X de tal forma que X – A = B.
As matrizes A e B são definidas a seguir como:
Essa equação então pode ser resolvida isolando a matriz incógnita, ou seja, X = A + B. Em
seguida, substituímos as matrizes A e B e resolvemos então a equação matricial.
Determinantes
De certa forma existe um número real associado a uma matriz quadrada. A esse número damos o
nome de determinante. Vamos estudar os determinantes de ordem 2, 3 e os de ordem maiores que
3.
Determinantes de matrizes de ordem 2 e 3
Um determinante de ordem 2 é obtido realizando a multiplicação cruzada entre os elementos de
uma matriz A e em seguida subtraindo essa multiplicação, como mostrada na figura a seguir.
Por outro lado, o determinante de ordem 3 é obtido de uma maneira um pouco diferente.
Utilizamos aqui a regra de Sarrus, mostrada a partir da figura a seguir.
Por fim, as matrizes são muito importantes para o nosso dia a dia. Um exemplo disso é a
utilização de matrizes em computação gráfica. Além disso, podemos utilizar as matrizes e os
determinantes em sistemas lineares de equações.