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Dezembro de 2013
Dissertação apresentada para cumprimento dos
requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre
em Gestão do Território – Ambiente e Recursos
Naturais realizada sob a orientação científica da
Professora Doutora Maria José Roxo (Professora
Associada do Departamento de Geografia e
Planeamento Regional da FCSHUNL e coorientação
do Mestre Uriel Abreu (Investigador do Centro de
Ciências Exatas e da Engenharia, Universidade da
Madeira).
ii
iii
Aos meus pais, Maria Sousa e José Sousa pela dedicação com que sempre me apoiaram.
iv
v
AGRADECIMENTOS
vi
Ao colega Luís Teixeira, pelo apoio prestado e pela dedicação com que colaborou
na recolha de dados, na implementação do inquérito e pela disponibilidade para ajudar
sempre que necessário;
À Dr.ª Mónica Fernandez pelos esclarecimentos e apoio, prestados na análise
estatística;
A todos os amigos, colegas e familiares que me apoiaram e incentivaram;
Por último, mas não menos importante, à minha companheira Márcia e à minha
filha Leonor, pelo incentivo e motivação, mas também pela compreensão das minhas
ausências.
Ilídio Sousa
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS
NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA.
RESUMO
Este objetivo é ainda mais premente em espaços insulares por norma frágeis,
económica e ambientalmente, como é o caso da Região Autónoma da Madeira. A
fragilidade deste território, historicamente marcado por processos de perigosidade, cuja
magnitude e frequência constituem recorrentemente uma ameaça ao bem-estar e qualidade
de vida das populações, salienta a necessidade de estratégias de comunicação do risco que
auxiliem os cidadãos, comunidades e instituições a antecipar, resistir e recuperar de
eventos naturais adversos.
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RISK COMMUNICATION ON MINIMIZATION OF NATURAL DISASTERS IN THE
AUTONOMOUS REGION OF MADEIRA.
ABSTRACT
The historical evidence of natural disasters and their consequences, illustrate the
influence of natural phenomena on human activity and the growing risk exposure of
contemporary societies. Consequently, the natural disasters should be seen as the product
of a complex relationship between human actions and natural threats generate
vulnerability, resulting from the economic, biophysical, socio-cultural and political-
administrative environment. It becomes therefore essential to support communities and
individuals to become less vulnerable and to strengthen their ability to anticipate, resist,
fight and recover from natural disasters, which imply dealing with the impact of the
disasters, but mainly focus on reducing the risk.
This goal is even more urgent in insular spaces typically fragile, economically and
environmentally, as the autonomous region of Madeira. The fragility of this territory,
historically marked by hazard processes with magnitudes and frequencies that threaten the
welfare and quality of life of their populations, suggests the need for risk communication
strategies that help citizens, communities and institutions to anticipate, resist and recover
from adverse natural events.
The research identified the main natural processes and phenomena that constitute
threats to the territory and determine a set of psychological, social and cultural aspects that
influence the risk perception of residents, knowledge that enabled the development of a
communication strategy based on the citizen’s needs, attitudes and behaviors.
The strategy developed was translated in a model of risk communication to the pre-
disaster phase, which seeks to respond to the complexity and uncertainty of the risks and
their perceptions, allowing different stakeholders (citizens, communities and institutions)
to implement risk governance principles and strengthen their ability to anticipate, resist,
and recover from adverse natural events, contributing in this way to the mitigation of
natural disasters in the territory.
ix
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 1
2.1 Geotectónica..................................................................................................................37
2.8 Demografia....................................................................................................................65
x
CAPÍTULO III - Estudo de Caso ................................................................................................72
3.3 - Estratégia de comunicação para a minimização dos desastres naturais que afetam
a Região Autónoma da Madeira ......................................................................................142
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................176
ANEXOS .....................................................................................................................................193
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
INTRODUÇÃO
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proactivas, baseadas na prevenção, mitigação e comunicação, tendo por objetivo que todos
conheçam os riscos a que estão expostos e participem na sua prevenção e minimização
(Höppner, Buchecker e Bründl, 2010).
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(1994), DAUPHINÉ (2001), Cardona (2004), Blaikie et al. (1994), Luhmann (1993),
Giddens (1999).
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Na atualidade, de acordo com Zinn (2008), o termo risco pode assumir, três
conotações diferentes, embora interligadas. Comummente, o termo risco está associado ao
perigo, referindo-se a algo que pode originar danos. Por outro lado, o conceito é usado para
expressar a probabilidade e extensão de um evento (cálculo do risco), quer através de uma
avaliação formal (técnica/especializada) ou através de práticas mais intuitivas, numa
perspetiva menos formal da vida quotidiana. Por fim, o conceito de risco pode adotar a
conotação de assunção do risco, entendida pelo autor como uma avaliação subjetiva de
ganhos e perdas. Perspetiva, segundo a qual, o risco não é necessariamente algo negativo,
mas sim uma questão de vontade.
Em termos teóricos formais, vários autores (Lupton 1999; Strydom 2002; Taylor-
Gooby & Zinn 2006; Renn 2008) destacam três perspetivas de abordagem principais, em
torno das quais se congregam, as principais teorias sobre o risco:
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Por último, as teorias construtivistas sociais, para as quais o risco não existe por si
mesmo. O que se entende por risco é um produto construído, decorrente de uma
contingência histórica, política e social em constante construção e negociação.
Também nesse sentido, este trabalho partilha a perspetiva de que o risco é sempre
mediado por interpretações sociais (perceções) e modelado por valores e interesses de
diferentes grupos sociais. Consequentemente, a análise probabilística do risco será
acompanhada das leituras específicas que dele são feitas pelos indivíduos, grupos e
instituições que se movimentam e operam num dado território. Esta integração permite
que, além da minimização do risco, sejam ponderados outros objetivos nas políticas do
risco, como questões de ”equidade, justiça, flexibilidade e resiliência“ (Hellström e Jacob,
2001 in Frade, 2009).
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Deste ponto de vista, o risco é encarado como a perda potencial dos elementos ou
sistemas expostos, resultante da junção da perigosidade com a vulnerabilidade (Cardona,
2004). Ou como referem Blaikie et al. (1994), a vulnerabilidade corresponde à
possibilidade de vivenciar experiências negativas em consequência da ação de agentes de
perigosidade e reflete a capacidade individual e de uma sociedade em antecipar, preparar,
responder e recuperar do desastre (resiliência).
A forma como os indivíduos e grupos sociais percebem o risco, são aspetos que
devem ser levados em consideração na avaliação, negociação e gestão de riscos (Renn,
2008). O conhecimento das perceções (do risco) de uma população permite analisar o seu
grau de conhecimento sobre os riscos, o seu interesse, grau de aceitação ou intolerância,
bem como, a capacidade para avaliar, prevenir, mitigar e responder a crises. Nesse sentido,
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ao nível individual e coletivo (Figura 1). Este modelo procura aferir a perceção do risco, a
partir de quatro níveis de análise:
Figura 1 - Os quatro níveis de análise da perceção do risco segundo Renn & Rohrmann (2000),
adaptado por Queiroz, M.; Vaz, T.; Palma, P. (2007).
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À luz destes princípios, que são tidos em consideração neste trabalho, a perceção
do risco corresponde ao modo como os indivíduos interpretam as ameaças e
vulnerabilidades a que se encontram expostos, bem como, a avaliação que fazem da sua
gravidade, probabilidade e aceitabilidade (Renn, 2008).
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iii) Criar confiança nas instituições responsáveis pela avaliação e gestão do risco:
demostrar a capacidade das estruturas de governança do risco para lidar com os
riscos de forma eficaz, eficiente, justa e aceitável;
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Este modelo estabelece um enquadramento global para avaliar e lidar com o risco,
que integra os três pilares tradicionais dos processos de governança do risco (Avaliação,
Gestão e Comunicação) e conjuga-os entre si numa racionalidade comunicativa, que visa a
implicação de todos os atores na produção das soluções para a mitigação do risco e
minimização das suas consequências (Arroz, et al., 2011).
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Figura 3 Perspetiva dos processos de governança do risco segundo o modelo do IRGC (adap. de
Renn, 2005).
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Capacidade Organizacional
(recursos, competências, capacidades)
Rede de atores
(políticos, reguladores; indústria/negócios;
ONG’s; meios de comunicação; público em
geral)
Cultura política e de regulação
(diferentes estilos de regulação)
Ambiente social
(confiança nas instituições reguladoras;
autoridade percebida da ciência; envolvimento
da sociedade civil; cultura de risco)
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Como tal, a abordagem do IRGC salienta que as decisões relativas ao risco devem
considerar, paralelamente ao processo de avaliação, gestão e comunicação do risco, um
amplo contexto social, institucional, político e econômico e procurar incluir como
parceiros colaborativos os diferentes atores implicados, dando relevância ao contexto local
em que todas estas dinâmicas ocorrem (Figura 4).
Com base nesta distinção é possível agregar diferentes riscos na mesma classe de
risco e desenvolver estratégias genéricas para cada classe, simplificando o processo de
gestão de riscos, como ilustra a Tabela 1.
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Tabela 1 Caracterização do risco e implicações na sua gestão segundo a IRGC (adap. de Renn, 2005)
PARTICIPAÇÃO
CARACTERIZAÇÃO ESTRATÉGIAS DE
INSTRUMENTOS DOS
DO CONHECIMENTO GESTÃO
INTERESSADOS
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Figura 5 - Estrutura de envolvimento dos diferentes atores, segundo o modelo de governança do risco do
IRGC (adapt. de Renn, 2005)
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A comunicação, no âmbito dos riscos naturais, tem vindo ao longo das últimas
décadas a ganhar relevância, face à afirmação de modelos de governança do risco, menos
centrados exclusivamente na procura de soluções e no fornecimento de respostas em
situações de emergência, privilegiando abordagens mais abrangentes onde a prevenção e a
preparação das sociedades para lidar com eventos naturais adversos assume particular
importância (Walker et al., 2010). A título de exemplo, o Protocolo de Hyogo (Hyogo
Framework for Action 2005–2015), destaca a necessidade de garantir recursos e
desenvolver medidas de sensibilização e capacitação dos indivíduos e organizações para
fazer face ao aumento do risco e à ocorrência de desastres naturais (UN/ISDR, 2006).
Como referem Hoppner et al. (2010) esta mudança de paradigma acarreta novos
desafios para a comunicação do risco, que tem de responder a uma variedade de objetivos e
lidar com uma multiplicidade de atores em diferentes escalas espaciais, deixando de ser
uma atividade vocacionada apenas para a transmissão unidirecional de informações e
conhecimentos ao público e para a criação de confiança nas instituições responsáveis pela
gestão do risco, para tornar-se numa atividade complexa de intercâmbio bidirecional de
conhecimentos, experiências e pontos de vista, visando diferentes objetivos ao longo de
todo o ciclo do desastre (Figura 6).
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Figura 6 - Objetivos e funções da comunicação do risco antes, durante e depois do evento. Adaptado
de Höppner et al. (2012).
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para lidar com eventos naturais adversos e o aviso/alerta aos cidadãos para a possibilidade
de ocorrência de fenómenos naturais potencialmente danosos, procurando salientar o seu
potencial para a minimização dos efeitos dos desastres naturais que afetam a Região
Autónoma da Madeira.
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videoconferência, entre outros. Para comunicar com audiências mais amplas, a utilização
de panfletos, brochuras e estratégias de marketing social podem manifestar-se muito mais
apropriadas. Estes autores salientam ainda que apesar da literatura sobre a utilização e
adequação de canais e instrumentos de comunicação não ser particularmente rica, no
âmbito dos riscos naturais, parece consensual que para ser eficaz a comunicação do risco
deve aplicar e combinar uma variedade de canais e ferramentas de comunicação, como
exemplificado na Tabela 2.
Objetivo e modo de
Descrição Ferramentas/ instrumentos
comunicação
Por outro lado, o “estilo” e conteúdo de uma mensagem podem ter um efeito
dramático sobre a resposta do público (Sorensen, 2000). Conceber e apresentar
corretamente uma mensagem, pode ser um fator chave para uma comunicação eficaz. O
conteúdo tem de atender às necessidades do público e às exigências da situação, enquanto
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Segundo Höppner et al. (2010) as boas práticas recomendam que tendo em vista a
prevenção, o objetivo primordial da comunicação deve ser o de apoiar e facilitar o
desenvolvimento e implementação de medidas estruturais e não estruturais preventivas.
Nesse sentido, a estratégia de comunicação deve:
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No que se refere à fase de Aviso/ Alerta, Höppner et al. (2010) referem que o objetivo
fundamental de uma estratégia de comunicação eficaz deve ser o de alertar os indivíduos
para a necessidade de desencadear ações imediatas. Nesse sentido a estratégia deve
procurar:
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Apesar das múltiplas combinações que podem ser criadas entre os vários
elementos que compõem a comunicação do risco (objetivos, funções, atores, modos,
canais, instrumentos e mensagens) o estado da arte sugere-nos alguns princípios gerais que
devem ser considerados, tendo em vista uma comunicação do risco eficaz, nomeadamente:
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Uma vez aceite pela maioria dos indivíduos, que os comportamentos adequados
face ao risco devem ser uma norma social, o autor salienta a necessidade de implementar
uma abordagem mais vocacionada para o cumprimento de recomendações e obrigações
emanadas pelas entidades oficiais (emergency communications phase), no sentido de
alcançar os indivíduos mais resistentes à mudança ou séticos face ao risco. No contexto da
comunicação do risco, esta fase coincide com a fase de aviso/ alerta para a eminência de
uma situação de emergência, pelo que deve contemplar instrumentos credíveis e eficazes
para a transmissão de recomendações e obrigações, combinando-os com instrumentos de
comunicação de longo-prazo (educação, informação e sensibilização), desenvolvidos ao
longo das fases anteriores, que garantam o cumprimento adequado de normas e
procedimentos e reforcem a autoridade das entidades competentes.
A estratégia definida por O’Neill (2004), materializa-se num modelo composto por
quatro fases, com objetivos e abordagens de comunicação distintas, ajustadas aos
diferentes públicos (Figura 7).
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Figura 7 - Modelo Integrado de comunicação do risco para a fase pré-desastre (O’Neill, 2004)
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2.1 Geotectónica
Figura 8 - Enquadramento Geográfico do Arquipélago da Madeira (TOPEX, Smith & Sandwell, 1997)
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A origem destes centros isolados de atividade vulcânica foi atribuída por Morgan (1971;1972) à atuação do que apelidou de pluma
mantélica, entidade que se pode definir como uma corrente colunar ascendente de material sólido, a temperatura superior à do
encaixante, em relação ao qual se caracteriza por uma menor densidade e viscosidade (Prada, 2000).
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2.2 Geocronologia
Ao longo dos últimos séculos, vários autores têm dedicado a sua atenção a vários
aspetos da Geologia da ilha da Madeira, levando à publicação e edição pelos Serviços
Geológicos de Portugal, em 1975, da primeira carta geológica da ilha da Madeira, à escala
1/50.000. Nesta carta Zbyszewski et al. (1975) apresentam um modelo geocronológico
composto por cinco complexos vulcânicos que designaram por β1 a β5, do mais antigo
(Miocénico) para o mais recente (Quaternário).
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2.3 Geomorfologia
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Embora à primeira vista possa parecer, não existe uma relação direta entre a
topografia atual da ilha e a fisionomia original dos vulcões que a formaram, excetuando os
pequenos cones de escórias, construídos por pequenos vulcões secundários, observáveis,
por exemplo, ao redor do anfiteatro do Funchal e no Paul da Serra.
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Figura 12 - Delimitação espacial das unidades geomorfológicas regionais de Zbyszewski et al. (1975),
efetuada por Abreu (2008).
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A partir deste sector central, constituído por picos de grande altitude e amplas
depressões, as vertentes dos vales, nos setores intermédios e inferiores dos cursos de água,
estreitam-se e formam gargantas muito profundas, talhadas nos mantos lávicos. Os flancos
das montanhas divergem a partir do sector central sob a forma de interflúvios, geralmente
estreitos, devido à grande densidade de drenagem. Estes interflúvios são conhecidos na
terminologia local como lombos ou lombadas, designações também frequentes na
toponímia de alguns locais da ilha.
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relativamente plana sobressaem vários relevos, sendo o Pico do Facho o mais elevado com
517 metros.
O sector oriental, com relevo mais marcante, que ocupa quase metade da
superfície da ilha, apresenta relevos mais vigorosos e encaixe pronunciado da drenagem.
Nesta área as elevações que se destacam são o pico do Facho (517m), o Pico da Juliana
(441m), o Pico Maçarico (285m), o Pico do Concelho (324m) e o Pico Branco (450m). As
vertentes destes relevos, onde os níveis de inclinação chegam a ser superiores a 30%, estão
cobertas por massas argilosas, denominadas localmente de “salão” ou “massapez”,
resultantes da alteração do material piroclástico ou por uma cobertura de detritos
provenientes da degradação dos materiais lávicos e piroclásticos, provocada pelo
escoamento difuso, na ausência de coberto vegetal (Dantas, 2005).
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A transição com o litoral, a sul, faz-se de forma brusca através de uma rutura de
declive, que atinge os 23%, no sítio das Pedras Pretas (Dantas, 2005). A cobrir todo o
substrato vulcânico desta área existem “formações eolianíticas”, isto é, areias eólicas
calcárias, móveis e consolidadas, de cor esbranquiçada. Estas areias são constituídas por
algas calcárias (lithothamnium), a que se associam, em menor quantidade, foraminíforos e
outros bioclastos (Soares A. F., 1973). As datações absolutas baseadas em radiocarbono,
realizadas por Carvalho & Brandão (1991), fazem supor que durante a Era Quaternária, no
período das grandes glaciações, a descida do nível do mar, deixou expostas estas
formações coralígenas, formadas em condições de um clima tropical, propiciando a sua
erosão eólica e hídrica.
Os estudos recentes realizados por Silva et al., (2003) e Rocha e al., (2003)
permitem supor que estas formações provêm da área localizada a NW da atual ilha, onde
hoje se desenvolve uma extensa plataforma marítima, que entre o nível médio das águas do
mar e a batimétrica dos 100 metros de profundidade, corresponde a uma área de
175,99Km2, que atinge aproximadamente 10 Km, na sua extensão máxima, no sentido SE-
NW. As areias provenientes deste processo erosivo foram transportadas para terra pelos
ventos predominantes do quadrante norte e acumularam-se na parte norte da ilha, mais
precisamente na área da Fonte da Areia e dos Mornos, onde se formaram dunas
consolidadas e semi-móveis de areias eolianíticas, fossilíferas, que são carreadas para sul,
quer pelos ventos predominantes do quadrante norte, quer pelas águas de escorrência
difusa e fluvial, que drenam de norte para sul, dispersando-se no litoral, onde alimentam a
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praia. Por sua vez, os ventos quando sopram do quadrante sul fazem-nas transgredir para o
interior, indo alimentar um extenso, mas pouco elevado cordão de dunas litorais (Dantas,
2005).
2.4 Climatologia
Para Ferreira D. B. (2005) pouco se pode adiantar na caracterização do clima
desta região insular sem descer à escala local. Efetivamente, para além dos fatores gerais,
relacionados com a circulação atmosférica e a sua localização geográfica, os fatores locais,
como a morfologia, orientação do relevo e a exposição das vertentes e, motivam uma
assinalável variabilidade espacial na distribuição dos valores de precipitação e temperatura.
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22ºC), em zonas geográficas de baixa altitude e/ou próximas à orla costeira (Bom Sucesso,
Camacha, Funchal, Lugar de Baixo, Ponta Delgada, Sanatório do Monte, Santa Catarina);
e Csb, ou seja, clima temperado com um Verão pouco quente (temperatura média do ar no
mês mais quente entre 10º e 22ºC), em pontos de elevada altimetria (Areeiro, Bica da Cana
e Santo da Serra) (Prada, 2000).
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nem sempre aparente nos boletins meteorológicos. Estas depressões de escala espacial
reduzida, mais frequentes nos meses de Outono, dão frequentemente origem a chuvas
diluvianas, ao nível da mediana e do quintil superior, considerando o regime pluviométrico
da ilha.
Estes episódios convectivos, acompanhados de fortes precipitações localizadas,
pontuam a história do clima da ilha da madeira, gerando de forma quase instantânea, fluxos
de água, lama e pedras, ao longo dos vales e encostas, colocando em sobressalto as
populações, que os denominam localmente de “aluviões”.
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1980/81 a 1982/83. Na ilha de Porto Santo, segundo a mesma fonte, as secas mais
representativas atingiram toda a ilha e ocorreram de 1943/44 a 1944/45, de 1947/48 a
1948/49, em 1950/51, em 1957/58, de 1959/60 a 1961/62, em 1964/65, em 1974/75, em
1982/83, em 1986/87 e em 1990/91.
2.5 Hidrografia
O caráter arquipelágico da Região Autónoma da Madeira determina que o único
imput de água doce das ilhas provenha da precipitação, que atinge em média, no conjunto
do arquipélago, 1200 hm3 anuais. Destes, 42% perdem-se para a atmosfera, através da
evapotranspiração, 41% alimentam o escoamento superficial e 17% o escoamento
subterrâneo, pelo que os recursos hídricos médios anuais são de aproximadamente 700hm3
(Ramos, 2005).
56
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
57
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
58
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Nas áreas de maior altitude (acima dos 100m), dos maciços Oriental e Ocidental,
que chegam a atingir inclinações superiores a 30%, a torrencialidade que caracteriza as
pequenas linhas de água, origina vales encaixados em forma de V, bem como uma
acentuada erosão do solo, manifestada sob a forma de ravinamento das vertentes e erosão
por sulcos.
Na parte central da ilha, mais baixa e plana, o fraco vigor do relevo, associado a
uma elevada permeabilidade da cobertura arenosa, impõem um padrão de escoamento
superficial dendrítico, mas de baixa densidade. Parte dos canais e barrancos consequentes
tornam-se cegos e influentes quando encontram, a jusante, uma cobertura mais permeável.
Nesta área, os cursos de água, apresentam um perfil transversal mais aberto, com
vertentes mais ou menos simétricas, evidenciando traços de uma morfologia semi-árida.
59
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
2.6 Oceanografia
60
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
61
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2.7 Biogeografia
62
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63
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2.8 Demografia
65
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66
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67
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Índice de
Unidade Territorial
envelhecimento
(NUTS/Municípios)
(%)
68
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
e Santana, assim como no concelho mais periférico da encosta sul, a Calheta, embora
neste último de modo ligeiramente menos vincado. Os restantes municípios do sul da ilha
apresentam um envelhecimento da população menos acentuado, destacando-se Câmara de
Lobos e Santa Cruz como os concelhos mais jovens, denotando grande vitalidade em
termos demográficos, reflexo provável de alguns dos fatores anteriormente apresentados.
69
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
2.9 Economia
70
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Nesse sentido, o peso relativo deste setor de atividade deve ser entendido, à luz do
seu potencial económico direto, mas considerando as implicações ambientais subjacentes
ao desenvolvimento de outros ramos de atividade, mormente de índole paisagística e de
exploração e gestão sustentada dos recursos endógenos.
71
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Nesse sentido, conhecer a natureza dos perigos que afetam uma determinada área
e o respetivo risco associado, constitui-se num dos principais fatores que contribuem para a
definição de uma estratégia de comunicação eficaz (O’Neill, 2004).
Segundo Canton (2007) esta fase inicia-se com a identificação dos perigos,
atendendo ao conhecimento dos antecedentes históricos. Os dados históricos são a base
para a avaliação do risco e para a compreensão da dinâmica dos processos de perigosidade,
constituindo-se num importante elemento na definição de soluções para evitar ou atenuar
os seus efeitos (Evans, 2000).
72
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
73
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
- Data do evento: Sempre que possível com referência ao dia, mês e ano de
ocorrência. Quando o evento se prolongou por vários dias, foi ainda registada a
duração do mesmo (nº de dias);
74
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Deve ainda ser referido, que o levantamento histórico produzido, foi realizado
atendendo aos objetivos deste estudo, pelo que apresenta algumas limitações de análise que
importa considerar, nomeadamente limitações inerentes ao conceito de evento adotado, que
impedem a análise do impacto específico de um evento à escala municipal, uma vez que a
mesma ocorrência poderá ter afetado vários concelhos. Similarmente, nos processos
denominados complexos, não se poderão retirar ilações individualizadas sobre o seu
impacto ou abrangência específica, uma vez que as consequências descritas referem-se ao
impacto do conjunto dos processos de perigosidade verificados no evento em causa. Nesse
sentido, há que considerar que a metodologia subjacente à recolha de informação, foi
desenvolvida tendo em conta o objetivo primordial de identificação dos principais
fenómenos/ processos de perigosidade natural causadores de danos à população, ambiente
ou socio economia à escala regional, devendo apenas ser considerada nessa perspetiva.
40 600
Frequencia acumulada (nº eventos)
35
500
30
400
25
nº eventos
20 300
15
200
10
100
5
0 0
1940
1900
1905
1910
1915
1920
1925
1930
1935
1945
1950
1955
1960
1965
1970
1975
1980
1985
1990
1995
2000
2005
2010
Ano
75
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
50
40
30
Nº
20
10
0
1985
1900
1905
1910
1915
1920
1925
1930
1935
1940
1945
1950
1955
1960
1965
1970
1975
1980
1990
1995
2000
2005
2010
Ano
Nº de vítimas mortais Nº de eventos
Figura 24 Frequência anual de eventos naturais com danos e consequentes vítimas mortais na R.A.M
(1900-2013).
76
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
180
160
140
120
100
Nº 80
60
40
20
0
Figura 25 - Frequência de eventos e vítimas mortais registados ao longo das décadas na R.A.M (1900-
2013).
77
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Através dos dados recolhidos, referentes aos 582 eventos referenciados, procurou-
se identificar os fenómenos/ processos de perigosidade que originaram danos para a
população, ambiente ou socio economia da Região. Em termos de frequência, na Figura 26
distingue-se um grupo de fenómenos/ processos que surgem associados à esmagadora
maioria dos eventos, nomeadamente, movimentos de massa, precipitações intensas,
ciclones/tempestades, cheias rápidas/ fluxos e ainda inundações marítimas/ galgamentos.
Por outro lado, apesar de referenciados, a instabilidade e erosão costeira, tsunamis, sismos,
nevões, nevoeiros, vagas de frio e ondas de calor, aparecem referenciados de forma
residual.
Sismos 2
Nevões 2
Nevoeiros 2
Tsunamis 3
Vagas de Frio 1
Ondas de calor 1
Inst. e Erosão Cost. 6
Inund. Marit. e Galg. 70
Mov. Massa 439
Tempestades 132
Precip. Intensa 229
Cheias Rap. /Fluxos 108
78
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Sismos 0,0
Nevões 0,4
Nevoeiros 0,8
Tsunamis 1,1
Vagas de Frio 0,0
Ondas de calor 0,0
Inst. e Erosão Cost. 1,5
Inund. Marit. e Galg. 17,8
Mov. Massa 67,4
Tempestades 45,1
Precip. Intensa 82,2
Cheias Rap. /Fluxos 40,2
(%)
Figura 27 - Manifestação dos diferentes fenómenos/ processos de perigosidade face ao total de eventos
complexos registados na R.A.M (1900-2013).
Por sua vez, as cheias rápidas e fluxos, apesar de menos frequentes, apresentam
uma gravidade média das mais elevadas, atingindo os 2,77. Pela análise dos dados obtidos
no levantamento histórico efetuado, verifica-se que estes processos estão particularmente
associados aos eventos complexos, que ciclicamente atingem níveis de gravidade muito
79
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
elevados (nível 5), como registados em 1920, 1929, 1945, 1963, 1979, 1993 e 2010. Estes
exemplos salientam ainda, que geralmente, as cheias rápidas e fluxos estão associadas às
ocorrências com maior mortalidade concentrada num mesmo evento, que no caso de 2010
atingiu aproximadamente a meia centena de mortos.
Tabela 7 Frequência dos diferentes fenómenos/ processos de perigosidade natural, em função do nível
de gravidade dos eventos para o período 1900-2013.
Grav.1 Grav.2 Grav.3 Grav.4 Grav.5 Total Grav. Média
Tsunamis 1 1 0 0 1 3 2,67
Nevoeiros 1 1 0 0 2 2,00
Nevões 1 1 0 0 0 2 1,50
Sismos 0 1 0 1 0 2 3,00
80
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
90 88
73 75
69 70
67
60
nº de eventos
37
30
30 23
21
14 13
0
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez
Figura 28 - Distribuição mensal dos eventos naturais com danos, registados na R.A.M no período 1900-
2003.
81
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
P. Santo 10
S. Vicente 53
Santana 60
Stª. Cruz 73
R. Brava 80
P. Moniz 46
P. Sol 70
Machico 72
Funchal 231
Cª Lobos 91
Calheta 63
0 50 100 150 200 250
Nº de eventos
Figura 29 - Distribuição geográfica no número de eventos com danos pelos concelhos da R.A.M, entre
1900-2013.
82
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
e áreas terminais das ribeiras, bem como, a significativa ocupação humana de encostas de
elevado declive e a acentuada exposição das vias de comunicação ao risco, decorrentes da
elevada densidade populacional, contribuem para os valores apresentados.
40
35
30
25
Nº de eventos
20
15
10
0
Calheta Cª Funchal Machico P. Sol P. R. Brava Stª. Cruz Santana S. P. Santo
Lobos Moniz Vicente
Gravidade 4 Gravidade 5
83
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
84
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
85
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Figura 31 - Balanço provisório do número de vítimas, efetuado pelo Diário de Notícias da Madeira no
dia posterior ao evento de 20 de Fevereiro de 2010.
86
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Os estudos realizados nos últimos anos por vários autores (Almeida N., 2013;
Abreu, 2008; Abreu et al., 2006; Rodrigues, 2005; Rodrigues e Ayala-Carcedo, 2003;
Rodrigues e Ayala-Carcedo, 2000), bem como o inventário histórico de eventos com danos
desenvolvido no âmbito deste trabalho, sugerem os movimentos do tipo de queda de
blocos/desabamentos/avalanche rochosa, deslizamentos e fluxos de detritos, como os mais
representativos, atendendo à sua frequência e à gravidade das suas consequências.
87
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
No que se refere aos deslizamentos, estes são também muito frequentes na região
e apresentam dimensões muito variáveis. Segundo Rodrigues (2005), na ilha da Madeira os
deslizamentos de maior volumetria ocorrem preferencialmente em vales, originando
deslizamentos-barragem, e na orla costeira, formando os deslizamentos costeiros. Pela
análise dos dados históricos verifica-se que estes processos, especialmente os de maior
dimensão, aparecem por vezes referenciados como fator desencadeante de eventos de
gravidade acentuada, como ocorreu a 18 de Agosto de 1932, na Ribeira da Madalena
(Ponta do Sol) quando um deslizamento de grandes proporções, obstruiu o leito da ribeira,
possibilitando a formação de um lago que perdurou durante 7 anos. A 30 de dezembro de
1939, em consequência de fortes precipitações, a barragem formada pelo deslizamento
desmoronou dando origem a um fluxo que, segundo os relatos da imprensa da época,
destruiu 40 casa e originou 4 vítimas mortais na Vila da Madalena, localizada junto à foz
da ribeira.
88
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
89
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
90
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
91
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
deles decorrentes, bem como a necessidade da sua abordagem de forma integrada, na busca
de soluções para a minimização das suas consequências, num quadro biofísico e
socioeconómico complexo, como é o da Região Autónoma da Madeira.
i) Sismos
92
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Por fim, devem ainda ser salientadas as situações de seca, que apesar de não
surgirem referenciadas ao longo da série histórica analisada, foram anteriormente referidas,
no âmbito do enquadramento biofísico apresentado. As situações de seca, que se devem
preferencialmente à influência da circulação geral atmosférica, constituem uma ameaça
93
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
94
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Nesse sentido, a perceção do risco tem vindo a ganhar relevo ao nível da gestão
do risco, mercê do reconhecimento de que pode desempenhar um papel extremamente
importante no modo como os atores sociais atuam e integram as medidas de mitigação,
controle e gestão do risco nos seus sistemas de valores e práticas (Figueiredo, E.; Valente,
S.; Coelho, C. & Pinho, L; 2004).
95
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
contribui também para atender estas questões e promover uma comunicação do risco mais
eficaz na mediação de pontos de vista conflituantes.
A avaliação efetiva do risco é vista como um processo de dois sentidos. Sem ouvir
as pessoas, é impossível compreender o que sabem e o que pensam (Roxo, Santos, &
Neves, 2008). A forma mais habitual de se realizar uma pesquisa de opinião é através de
questionários, que podem ser aplicados seguindo várias metodologias: entrevistas por
telefone, entrevistas diretas (face-to-face), através de correio ou correio eletrónico (Hill &
Hill, 2009).
96
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
i) Grau de preocupação dos cidadãos para com os riscos naturais que afetam a
região;
ii) Confiança nos mecanismos e entidades de controlo e gestão do risco;
iii) Perceção do risco à escala regional e individual;
iv) Limiar de segurança dos cidadãos;
v) Capacidade e disponibilidade para a prevenção e autoproteção;
vi) Disponibilidade para a participação no processo de gestão do risco;
vii) Confiança nas fontes de informação;
viii) Necessidades de informação sentidas;
ix) Oportunidades de comunicação.
97
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Cientes das limitações inerentes aos métodos estatísticos em geral (nem sempre
aquilo que é estatisticamente significativo é importante) e às limitações das diferentes
técnicas de amostragem, procurou-se definir um método de recolha de informação útil e
viável, face os objetivos em causa, à confiabilidade pretendida e à disponibilidade de
recursos.
Ponderados estes elementos, a opção foi por uma amostragem por quotas ou
proporcional. Uma revisão da literatura sugere-nos que este tipo de amostragem não
probabilística é plausível em investigações académicas, podendo produzir resultados
significativos, desde que consideradas as suas limitações.
Por outro lado, Kish (1965), destaca algumas limitações desta técnica de
amostragem que devem ser consideradas e limitadas sempre que possível, nomeadamente:
98
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
sentido, no cálculo das quotas devem ser utilizados como referência dados
recentes e credíveis.
99
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
100
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
sobrevalorização da formação indicada pelos inquiridos, facto que deverá ser considerado
na análise dos resultados obtidos.
Tabela 9 Distribuição da atividade profissional dos inquiridos, segundo a Classificação Portuguesa das
Profissões 2010.
Opções de resposta % Nº
Respostas Respostas
Profissional das Forças Armadas 1,6% 5
101
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Constatou-se que uma larga maioria dos inquiridos 84% considera que a
sociedade regional não está preparada para lidar com as ameaças da Natureza e apenas
8,3% considera que está preparada, enquanto 7,6% afirma não saber responder a esta
questão. Coincidentemente esta constatação repercute-se nos elevados níveis de
preocupação patenteados na resposta à questão seguinte, na qual 96,3% dos inquiridos se
manifestam preocupados ou bastantes preocupados face aos riscos que afetam a Região
(Tabela 10). Situação que denota uma predisposição para abordar a temática e alguma
apreensão face à situação atual.
Q:10 “Qual o seu grau de preocupação para com os riscos/perigos naturais que
afetam a Região Autónoma da Madeira?”.
102
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Q:12 – “Qual a importância que atribui a cada um dos seguintes aspetos para a
gestão adequada dos riscos naturais?”.
0 1 2 3 4
Figura 35 Avaliação média da importância de alguns aspetos inerentes à gestão do risco. (escala de
Likert de 1 = nada importante a 4 = muito importante).
103
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Atuação em situações de
emergência
Comunicação dos riscos
naturais
Pesquisa/ investigação sobre
os riscos naturais
0 1 2 3 4
Figura 36 - Avaliação média do desempenho das entidades competentes face à gestão do risco na
R.A.M (Escala de Likert de 1 = Mau a 4 = Bom).
104
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
com avaliações distintas (Figura 37). Um primeiro grupo, avaliado de forma marcadamente
positiva (avaliados com Bom), composto pelos agentes de proteção civil e pelo Serviço
Regional de Proteção Civil, valores que apesar de poderem ser influenciados pela
ocorrência, relativamente recente, de desastres naturais que proporcionaram um contacto
mais próximo com estes intervenientes, sugerem inevitavelmente um reconhecimento, por
parte dos inquiridos, da competência e eficácia destes agentes ao nível regional. Num
segundo grupo, identificamos um conjunto de entidades da sociedade civil (comunicação
social, cientistas/ investigadores e outras organizações da sociedade civil), cujo
desempenho é considerado Bom ou muito próximo desse nível. E por último, com um
desempenho considerado Satisfatório, surgem um conjunto de entidades de cariz político-
administrativo (governo regional, câmaras municipais e juntas de freguesia), bem como os
cidadãos, considerados individualmente. Estes dados para além de sugerirem, uma vez
mais, o reconhecimento do desempenho dos diferentes agentes de proteção civil, mais
vocacionados para a gestão de emergência, penaliza a administração regional e local, bem
como os cidadãos, entidades com papel relevante na prevenção do risco, anteriormente
indicada pelos inquiridos como a área onde a atuação foi menos satisfatória.
Comunicação Social
Cientistas/ Investigadores
Governo Regional
Câmaras Municipais
Juntas de freguesia
Cidadãos (individualmente)
0 1 2 3 4
Q: 31 37– -“Em
Figura casomédia
Avaliação de catástrofe ou acidente
do desempenho natural
de diferentes grave, com
intervenientes quemdoconta
na gestão para lhe
risco (Escala de
prestar
Likert deauxílio
1 = Maunas
a4=primeiras
Bom). 24 horas?”
105
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Figura 38 - Expetativa face ao apoio em situação de emergência por parte das diferentes entidades.
Os dados recolhidos através deste grupo de questões deixam algumas ilações que
devem ser consideradas em termos de comunicação, nomeadamente o reconhecimento, por
parte dos inquiridos, da importância das diferentes áreas da gestão do risco, perspetivando
uma predisposição para esta temática, bem como uma abertura à discussão de diferentes
problemáticas no âmbito da Governança do Risco e ao longo de todo o Ciclo do Desastre.
106
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Q:11 - “Qual o nível de risco que cada um dos seguintes fenómenos/ processos
naturais representa para a sociedade regional?” e,
Q:15 - “Ao longo do seu período de vida, qual a possibilidade de ser afetado
diretamente pelos seguintes fenómenos/ processos naturais?”.
107
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
0 1 2 3 4
Ciclones e Tempestades
Ondas de Calor
Vagas de Frio
Nevões
Cheias Ráp. e Fluxos …
Secas
Inund. Marítimas e Galg.
Sismos
Tsunamis
Atividade Vulcânica
Movimentos de Massa
Erosão Costeira
Precipitações Intensas
Figura 39 - Avaliação média relativa à perceção do risco à escala regional e individual (Escala de
Likert de 1 = muito baixo, 2 = baixo, 3 = moderado e 4 = elevado).
108
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Levantamento
Perceção à Escala Regional Perceção à Escala Individual
histórico
(Q:11) (Q:15)
1900-2013
109
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Os dados relativos à perceção do risco por parte dos inquiridos, permitem ainda
identificar um conjunto de fenómenos/ processos de perigosidade avaliados como
110
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Em suma, podemos afirmar que a análise dos dados recolhidos nas duas questões
analisadas, sugere de um modo geral, uma boa identificação por parte dos inquiridos, dos
principais processos de perigosidade identificados como mais relevantes na Região
Autónoma da Madeira, e consequentemente uma elevada perceção do risco, quer à escala
regional, quer individual.
111
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Q:16 – “Já foi afetado por alguma catástrofe ou acidente grave provocado por
fenómenos/ processos naturais?”.
Nº de respostas 384
Na sequência da questão anterior, foi solicitado aos inquiridos que afirmam já ter
sido afetados por alguma catástrofe ou acidente grave provocado por fenómenos/ processos
naturais, que indicassem que tipo de fenómeno/ processo que os afetou:
Como se pode observar através da análise da Tabela 13, uma larga maioria
(75,4%) das respostas refere as cheias rápidas e fluxos, enquanto 64,2% indica as
precipitações intensas. Como já aqui foi referido, estes fenómenos apresentam uma elevada
relação entre si, desencadeando eventos complexos de grande magnitude e poder
destrutivo, que apesar de menos frequentes que os movimentos de massa, afetam direta e
indiretamente um elevado número de indivíduos. Refira-se a título de exemplo os eventos
verificados a 29 de Outubro de 1993 ou a 20 de Fevereiro de 2010, que afetaram
severamente vastas áreas da região e um número muito elevado pessoas, sendo
inclusivamente necessário recorrer a ajuda externa. Nesse sentido, os valores referidos
afiguram-se coerentes face aos dados históricos analisados, sugerindo a sua repercussão na
vivência dos inquiridos. Por outro lado, um número substancialmente inferior dos
inquiridos (37%) afirma já ter sido afetado por movimentos de massa. Como foi referido
anteriormente, este tipo de processo de perigosidade, embora muito frequente na Região,
origina geralmente eventos mais localizados geograficamente e com níveis médios de
gravidade mais reduzidos.
112
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Nevões 2,2% 4
Secas 6,7% 12
Sismos 3,4% 6
Tsunamis 0,6% 1
Outro 2,8% 5
113
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Ainda com base na Tabela 13, constatou-se que 17,9% das respostas referem os
ciclones e tempestades, o que vai de encontro aos níveis de risco indicados na avaliação da
perceção da perigosidade à escala regional e individual. Como aliás acontece em relação à
generalidade dos restantes processos de perigosidade. No entanto, no caso da erosão
costeira parece existir uma acentuada discrepância entre o risco percecionado e a
experiência anterior. Apesar de apenas 2,8% das respostas indicarem este tipo de processo,
o mesmo é significativamente valorizado em termos de perceção do risco, com uma
avaliação média à escala regional de 33,23 (risco elevado) e de 2,99 (risco moderado) à
escala individual. Neste caso, a experiencia prévia dos inquiridos não justifica os níveis de
perceção, pelo que na sua formulação poderão ter sido utilizados aspetos relativos à
vulnerabilidade percebida, como atrás foi sugerido.
Na resposta a esta questão 32% dos inquiridos declaram não conhecer os riscos a
que se encontram expostos, enquanto 68% afirmaram conhecê-los.
114
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Nevões 1,9%
Secas 17,8%
Sismos 10,0%
Tsunamis 2,2%
Outros… 3,3%
Figura 40 Exposição ao risco percebida a nível local (área de residência), segundo os inquiridos.
115
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Outro aspeto a realçar prende-se com o elevado número de respostas que referem
ter a experiência anterior como fonte do conhecimento sobre os riscos a que se encontra
exposto (42,4%), o que poderá contribuir para a elevada identificação dos riscos com
maior representatividade a nível regional e local.
Tabela 14 Principais fontes de informação/ conhecimento sobre riscos naturais, segundo os inquiridos.
Q:19 – “Se não, indique as causas que aponta para o seu desconhecimento?”
116
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Tabela 15 Razões apontadas para o desconhecimento dos riscos naturais à escala local.
Com base nas respostas obtidas a este grupo alargado de questões, verificou-se
uma elevada identificação dos residentes inquiridos com os principais processos de
perigosidade identificados para a Região Autónoma da Madeira, o que denota uma elevada
perceção do risco, quer à escala regional, quer individual. Os dados sugerem ainda que os
níveis de risco percecionados, não se baseiam apenas na probabilidade percecionada de
ocorrência dos fenómenos, mas na conjugação desta com a gravidade potencial
percecionada para de cada um dos processos de perigosidade e com a vulnerabilidade
percebida. Dos resultados alcançados depreende-se também que as principais fontes de
informação/ conhecimento mobilizadas na estruturação da perceção do risco são a
experiencia prévia de desastres e as fontes informais ou não oficiais. Por outro lado,
evidenciam-se também uma lacuna de conhecimento que atinge cerca de 32% dos
117
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
indivíduos, que assumem não conhecer os riscos a que se encontram expostos e entre estes
um grupo que pode atingir os 12% de inquiridos que manifestam ceticismo ou falta de
interesse sobre o tema.
118
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
119
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Para (47,9%) dos inquiridos bastaria saber que a sua habitação se encontra numa
área de risco para quererem mudar de residência. No extremo oposto, registam-se os (32%)
de indivíduos que afirmam que apenas com a destruição completa da habitação pensariam
em mudar de residência. Os níveis intermédios registam valores reduzidos de respostas,
destacando-se os 9,4% de indivíduos que referem que o facto de sofrer danos na residência
seria uma razão para querer mudar de habitação.
Estes dados denotam uma elevada discrepância entre os limiares de segurança dos
indivíduos, que podem ser agregados em três grupos. Um grupo significativo de indivíduos
com uma reduzida tolerância ao risco (cerca de 47,9%), para os quais bastaria saber que se
encontram numa área de risco para procurar uma solução para o problema. Um segundo
grupo, de aproximadamente 20% dos indivíduos, cuja ação dependeria da constatação de
uma ocorrência na sua habitação ou nas imediações desta. Por fim, um terceiro grupo,
composto por 32% dos inquiridos, que apenas com a destruição completa da habitação
admitem a vontade de mudança.
Posteriormente, foi colocada uma questão que procurou acima de tudo obter
informações sobre a atitude dos inquiridos face ao risco e a possibilidade de relação com
os limiares de segurança anteriormente analisados, nomeadamente:
120
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Este grupo de questões procurou analisar a atitude dos inquiridos face à prevenção
e autoproteção para os riscos naturais e identificar eventuais lacunas e oportunidades de
comunicação nesse âmbito, passiveis de contribuir para a minimização de desastres
naturais na Região. Nesse sentido, foram colocadas as seguintes questões:
Q:24 – “Nos últimos 12 meses, tomou alguma medida para prevenir que a sua
residência seja afetada por fenómenos/ processos naturais perigosos?”
121
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Q:26 – “Tem algum cuidado especial quando são emitidos alertas ou avisos para
a ocorrência de fenómenos/ processos naturais perigosos?”
122
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
0% 50% 100%
123
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
caminhos alternativos de fuga ou evacuação (70,4%), bem como dos objetos de que se
deve fazer acompanhar em caso de fuga ou evacuação (67,7%) e de como proceder ao
corte geral da água, eletricidade e gás na sua habitação (83,1).
0% 50% 100%
Por outro lado, apesar dos dados sugerirem a inexistência de planos familiares de
emergência minimamente estruturados, os conhecimentos e elementos de que os inquiridos
dispõem poderão constituir um bom ponto de partida para a sua implementação, se os
inquiridos souberem colmatar as lacunas identificadas, na sua preparação e implementação.
Nesse sentido, a comunicação do risco pode desempenhar um papel fundamental,
desenvolvendo abordagens especialmente vocacionadas para o efeito.
124
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
0% 50% 100%
125
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
0% 50% 100%
126
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Dos dados analisados infere-se que, apesar dos reduzidos níveis de participação
dos inquiridos no processo de gestão do risco e particularmente no âmbito da avaliação do
risco e definição de medidas, existe todavia uma elevada disponibilidade para no futuro
participar na generalidade dos processos e particularmente em ações no âmbito da
prevenção. Estes resultados sugerem que deve ser dada particular atenção à motivação e
mobilização dos indivíduos para uma participação mais ativa no processo de Governança
do Risco, explorando a disponibilidade patenteada pelos indivíduos.
Q:36 – “Em quem confia para lhe transmitir informações sobre os riscos/ perigos
que afetam a sua área de residência?”
127
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Outros 1,3%
Bombeiros 58,9%
Conceber e apresentar corretamente uma mensagem, pode ser um fator chave para
uma comunicação eficaz. Como salientam alguns autores, a eficácia da comunicação do
risco depende em parte da apresentação de argumentos fundados nas necessidades do
público-alvo (Höppner et al., 2010); Sandman, 2003). No sentido de recolher alguns dados
sobre as necessidades dos inquiridos, procurou-se averiguar eventuais necessidades de
informação sentidas e simultaneamente verificar a existência de carências, associadas a
processos de perigosidade específicos. Nesse sentido, foram colocadas as seguintes
questões:
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Outro 4,4%
Precipitações Intensas (extremas) 77,3%
Erosão Costeira 18,6%
Movimentos de Massa 65,1%
Atividade Vulcânica 19,0%
Tsunamis 14,9%
Sismos 33,2%
Inund. Marít. e Galga. 22,4%
Secas 24,1%
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões) 74,2%
Nevões 7,1%
Vagas de Frio 21,0%
Ondas de Calor 33,2%
Ciclones e Tempestades 40,7%
129
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
i) Oportunidades de comunicação
Como sugerem Höppner et al. (2010), para ser eficaz a comunicação do risco deve
aplicar e combinar uma variedade de canais e ferramentas de comunicação. Nesse sentido,
procurou-se analisar na perspetiva dos inquiridos, quais as soluções consideradas mais
adequadas para a fase de prevenção e preparação, bem como na fase de aviso/ alerta. Neste
âmbito foram colocadas as seguintes questões:
130
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Série1 Preparação
Prevenção/ Série2Alerta
Aviso/
Figura 50 Eficácia percecionada dos diferentes canais de comunicação, em função da fase do Ciclo do
Desastre (Prevenção/ Preparação e Aviso/ Alerta).
131
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
comunicação. Por fim, estes resultados sugerem que as novas tecnologias de informação
não devem ser descuradas, uma vez que em ambos os casos um número considerável de
indivíduos poderá ter acesso a informação por essas vias.
100
80
60 73,5
88,4 83,6 84,3
Sim
%
40 Não
Não sabe
Não possui
20
0
Morada Número de Número de E-mail (correio
telefone da telemóvel eletrónico)
Residência
Figura 51 - Disponibilidade para fornecer os contactos pessoais às entidades oficiais, visando o alerta
para situações de perigo eminente.
132
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
mensagens escritas para telemóvel ou correio eletrónico. Por outro lado, o cruzamento dos
contactos referidos na pergunta possibilita o encaminhamento de mensagens para públicos
específicos, mediante a sua área de residência. Todavia, apesar do seu enorme potencial, a
exploração deste tipo de comunicação acarreta alguns desafios que importa considerar,
nomeadamente, no que se refere à proteção dos dados pessoais e no desenvolvimento de
plataformas de comunicação suficientemente ágeis e eficazes que possibilitem a
transmissão de mensagens ajustadas no tempo e adequadas aos recetores.
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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idade dos indivíduos e uma maior consciência da probabilidade de ser afetado diretamente
por este tipo de processo por parte deste grupo de indivíduos.
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
uma maior disponibilidade por parte dos escalões etários abaixo dos 65 anos para a
participação em ações de informação e sensibilização para a prevenção de riscos e de um
modo geral para as ações de voluntariado.
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
O facto de ter sido afetado por alguma catástrofe não afeta a disponibilidade para
participar em ações/ atividades visando a gestão do risco, observando-se para todas as
atividades apresentadas, valores de prova superiores a 0,05 (Anexo 20).
Por último, o teste efetuado aos resultados do inquérito permitiu ainda aferir, que
entre os sujeitos que já foram afetados por algum tipo de desastre ou acidente natural não
existe um meio de comunicação privilegiado para difundir informações sobre a prevenção
dos riscos. Estes partilham da opinião dos que não foram afetados por catástrofes naturais,
pois os valores de prova foram também superiores a 0,05 (Anexo 21).
139
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
intensas) o risco percecionado parece ser pouco influenciado pela idade dos indivíduos e
pela experiência prévia de desastres, sendo simultaneamente valorizados por todos os
grupos. Todavia, o nível de escolaridade dos inquiridos afigura-se influente, acentuando o
risco percecionado por parte dos sujeitos com níveis de escolaridade mais elevados. Por
outro lado, no caso dos fenómenos/ processos com menor expressão na Região, os dados
sugerem que os sujeitos com experiência prévia de desastres, os que detêm mais
habilitações literárias ou um escalão etário mais elevado, tendem a atribuir níveis de risco
superiores, face aos restantes indivíduos.
Quanto aos motivos apontados pelos inquiridos para querer mudar de residência
(limiar de segurança), os dados obtidos sugerem a independência desta variável face ao
escalão etário e nível de escolaridade dos inquiridos. Porém, a experiência prévia de
desastres, parece favorecer a tolerância ao risco, uma vez que os inquiridos que
vivenciaram este tipo de eventos apenas admitem mudar de residência mediante situações
de gravidade mais elevada, como por exemplo a destruição completa da habitação.
140
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
141
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Foram ainda observados os objetivos sugeridos por Morgan et al. (1992); OCDE
(2002); Renn (2005; 2008) para o desenvolvimento de uma comunicação eficaz, segundo
os quais a comunicação deve informar o público sobre os riscos, fornecendo informações
factuais, precisas e adequadas e ajudar os cidadãos a lidar com o risco e com potenciais
desastres, deve ainda promover a capacitação e indução de mudanças comportamentais que
auxiliem os cidadãos a lidar com os riscos e catástrofes potenciais e simultaneamente
promover a confiança nas instituições responsáveis pela avaliação e gestão do risco e
proporcione a participação dos diferentes stakeholders nas decisões e na resolução de
conflitos.
142
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sociedade, é efetuada por grupos sucessivos de indivíduos, mediante a sua abertura a novas
ideias e disposição para inovar (Rogers, 2003).
Segundo esta teoria a adoção de uma inovação começa com um pequeno grupo de
pessoas, os Inovadores (Innovators) que tendem a adotar novas tecnologias e
comportamentos ainda na fase embrionária de desenvolvimento, normalmente estes
indivíduos são formadores de opinião e referências para outros indivíduos.
145
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
interromper o processo de difusão nesta fase passa a ser, tão ou mais difícil, quanto o
esforço inicial para difundi-la. A título de exemplo, imagine-se a dificuldade que seria
convencer os indivíduos a abdicarem da internet ou do correio eletrónico no ponto de
difusão em que estas tecnologias se encontram atualmente.
Numa fase mais avançada no tempo, a inovação é adotada por outro segmento
amplo de público, denominado de Maioria Tardia (Late Majority), que revela maior
resistência às inovações e, portanto, tende a retardar a sua adoção até o ponto em que esta
tenha demonstrado claramente as suas vantagens. Por fim, os Retardatários (Laggards) e os
Céticos Persistentes (Persistent sceptics) são os últimos segmentos a adotar uma inovação,
quando esta se encontra perfeitamente implementada e as suas vantagens perfeitamente
identificadas.
Com base nesta teoria, Kent et al. (2000, citado em O’Neill, 2004) aprofundaram
este modelo de difusão, fazendo corresponder um nível de motivação diferente a cada um
dos seis perfis de reação à inovação. A motivação representa as diferentes quantidades de
tempo e energia que os indivíduos estão dispostos a investir na adoção de uma determinada
inovação e traduzem-se em níveis de envolvimento distintos. Com base nestas teorias,
O’Neill (2004) apresenta uma relação entre o perfil de reação à inovação, o nível de
envolvimento dos indivíduos e o respetivo perfil, no contexto da comunicação do risco,
obtendo uma segmentação do público em cinco perfis dominantes (Tabela 16).
146
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
postos em prática sejam inteligíveis para aqueles que neles participam. A Escada de
Participação de Arnstein, aplicada ao setor da comunicação do risco, aponta a utilização
das seguintes abordagens de comunicação para a fase Pré-Desastre (Tabela 17).
Formas de
Abordagens da comunicação sugeridas
envolvimento público
Marketing Social
Manipulação/ Terapia
Comunicação Unidirecional (persuasão) (Ex: Campanhas publicitárias, ações
(Manipulation/ Therapy)
de marketing junto do público-alvo)
148
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149
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
regionais e locais na definição das ações que serão objeto de comunicação, funcionando
como Inovadores (Innovators).
150
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Figura 54 Sequência das quarto fases da estratégia de comunicação do risco (adaptado de O’Neill
(2004).
152
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Por outro lado, o inquérito à perceção dos riscos naturais dos residentes na Região
Autónoma da Madeira permitiu aferir alguns aspetos psicológicos, sociais e culturais que
influenciam a perceção e atitude face ao risco ao nível individual e coletivo, contribuindo
para adequar a comunicação do risco às necessidades, atitudes e comportamentos dos
indivíduos e à promoção de uma comunicação do risco mais eficaz na mediação de pontos
de vista conflituantes.
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Objetivos específicos:
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Objetivos específicos:
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c) Marketing Social
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Objetivos específicos:
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c) Comunicação de Emergência
Considerando o teor deste tipo de mensagens e sua pertinência, o aviso/ alerta das
populações deve partir sempre de entidades oficiais. Contudo, tirando partido da estrutura
previamente desenvolvida (grupos de trabalho regionais e locais, parceiros e voluntários)
deve ser desenvolvida uma rede geograficamente diversificada e abrangente de indivíduos
e/ou instituições credíveis, com a responsabilidade de disseminar a informação e/ou
confirmá-la ao nível local. Como foi observado pelos resultados do inquérito efetuado, um
número elevado de indivíduos procura informar-se junto dos seus contactos de
proximidade. Nesse sentido, a implementação de uma rede de informação de vizinhança
pode ter efeitos significativos, se acompanhada de uma correta comunicação nas fases
anteriores.
Por outro lado, a enorme disponibilidade dos inquiridos para fornecer contactos
pessoais às entidades oficiais responsáveis pelo aviso/ alerta, sugere o desenvolvimento de
instrumentos de comunicação célere e direta ao cidadão, através do correio eletrónico ou
telefone (fixo e móvel), para o caso de situações prementes, ou através de carta, no caso de
processos de perigosidade de manifestação menos repentina.
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Objetivos específicos:
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Figura 56 Modelo integrado de comunicação do risco para a fase Pré-Desastre adaptado à Região Autónoma da Madeira
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CAPITULO V - Conclusão
A manifestação de processos de perigosidade natural, apesar de inevitáveis,
tendem a transformar-se em eventos de maior gravidade, mediante sociedades
impreparadas ou incapaz de lidar com eles. Como tal, a minimização dos riscos e
vulnerabilidades, deve ser encarada como um fator fundamental na redução dos impactos
negativos dos perigos e essencial na concretização de um desenvolvimento sustentável.
Nesse sentido, apoiar os cidadãos, instituições e comunidades a antecipar, resistir,
enfrentar e recuperar de desastres naturais, afigura-se uma tarefa exigente e complexa, mas
simultaneamente um objetivo que urge concretizar.
Neste contexto, a comunicação do risco surge cada vez mais referenciada como
um processo primordial na difusão de conhecimentos, na modificação e reforço de
condutas, valores e doutrinas sociais, capazes de contribuir para a prevenção e
minimização do risco e para o desenvolvimento de sociedades mais resilientes. Todavia, a
diversidade de fatores e atores envolvidos nos processos de comunicação em torno do risco
e do desastre, gera situações de interação que exigem estratégias e modelos capazes de
responder à complexidade e natureza multifacetada do risco e suas perceções, mas
simultaneamente corresponder às expectativas de bem-estar e segurança das sociedades
atuais, que tendem a ser cada vez menos tolerantes perante abordagens políticas, técnicas e
científicas baseadas na mera resposta à emergência.
Este objetivo é ainda mais permente em espaços insulares por norma frageis
económica e ambientalmente, como é o caso da Região Autónoma da Madeira. A sua
localização periférica, a economia frágil, baseada predominantemente no turismo, a forte
dependência da importação de combustíveis fósseis e a limitada oferta de recursos naturais
importantes, são alguns dos condicionalismos que associados às caracteristicas biofisicas
do território, às assimetrias socioeconómicas e aos problemas de ordenamento do território,
acentuam a sua vulnerabilidade em relação aos desastres naturais.
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Por outro lado, o inquérito à perceção do risco dos residentes na região permitiu
identificar oportunidades e desafios de comunicação do risco. Como problemas
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
184
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Os quatro níveis de análise da perceção do risco segundo Renn & Rohrmann
(2000), adaptado por Queiroz, M.; Vaz, T.; Palma, P. (2007). ........................................... 16
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Figura 23 Frequência anual de eventos naturais com danos na R.A.M, 1900-2013. .......... 75
Figura 24 Frequência anual de eventos naturais com danos e consequentes vítimas mortais
na R.A.M (1900-2013). ....................................................................................................... 76
Figura 28 - Distribuição mensal dos eventos naturais com danos, registados na R.A.M no
período 1900-2003. .............................................................................................................. 81
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Figura 38 - Expetativa face ao apoio em situação de emergência por parte das diferentes
entidades. ........................................................................................................................... 106
Figura 43 - Atitude face a uma situação de perigo eminente para a habitação. ................ 120
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Figura 48 Confiança nas diferentes fontes de informação sobre os riscos e perigos. ....... 128
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
LISTA DE TABELAS
Tabela 4 - Evolução dos efetivos populacionais nos concelhos da R.A.M (2001-2011) .... 67
Tabela 10 Grau de preocupação face aos riscos naturais, segundo os inquiridos. ............ 102
Tabela 15 Razões apontadas para o desconhecimento dos riscos naturais à escala local. 117
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
LISTA DE ANEXOS
Anexo 3 Inquérito à perceção dos riscos naturais dos residentes na Região Autónoma da
Madeira .............................................................................................................................. 210
Anexo 4 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q1 e Q11 ..... 217
Anexo 5 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q1 e Q15 ..... 219
Anexo 6 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q1 e Q14 ..... 221
Anexo 7 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q1 e Q123 ... 222
Anexo 8 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q1 e Q33 ..... 223
Anexo 9 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q1 e Q37 ..... 224
Anexo 10 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q5 e Q11 ... 225
Anexo 11 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q5 e Q15 ... 227
Anexo 12 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q5 e Q14 ... 229
Anexo 13 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q5 e Q23 ... 230
Anexo 14 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q5 e Q33 ... 231
Anexo 15 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q5 e Q37 ... 233
Anexo 16 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q16 e Q11 . 234
Anexo 18 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as questões Q16 e Q14 . 238
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
ANEXOS
Anexo 1 Inventário histórico de eventos naturais com danos, registados na Região Autónoma da Madeira
entre os anos de 1900 e 2013.
193
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Funchal
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Ponta do Sol
Tempestades
Porto Moniz
18-11-1952 complexo Precipitação Intensa
Ribeira Brava
Movimentos de Massa
Santana
São Vicente 0 3
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
21-11-1952 complexo Ponta do Sol Tempestades
0 Precipitação Intensa 2
Precipitação Intensa
06-02-1953 complexo Ribeira Brava
1 Movimentos de Massa 4
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Precipitação Intensa
21-02-1953 complexo São Vicente
0 Movimentos de Massa 1
Precipitação Intensa
02-03-1953 complexo São Vicente
0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
08-03-1953 complexo São Vicente
0 Movimentos de Massa 1
01-05-1953 complexo Santana 0 Movimentos de Massa 1
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Câmara de Lobos
Tempestades
03-11-1955 complexo Funchal
Precipitação Intensa
São Vicente
0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
28-11-1955 complexo Ribeira Brava
0 Movimentos de Massa 2
Funchal
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
05-01-1956 complexo Ponta do Sol
Precipitação Intensa
Ribeira Brava 0 2
Precipitação Intensa
11-02-1956 complexo Câmara de Lobos
2 Movimentos de Massa 4
Tsunami
17-02-1956 complexo Calheta
0 Movimentos de Massa 2
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
22-02-1956 complexo Funchal Precipitação Intensa
Santa Cruz 0 Movimentos de Massa 2
29-03-1956 simples Santa Cruz 0 Movimentos de Massa 1
Machico Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
03-11-1956 complexo Santa Cruz Precipitação Intensa
6 Movimentos de Massa 4
Precipitação Intensa
04-11-1956 complexo Santa Cruz
0 Movimentos de Massa 1
Precipitação Intensa
05-11-1956 complexo Machico
0 Movimentos de Massa 2
21-11-1957 simples Câmara de Lobos 0 Movimentos de Massa 3
Calheta
Tempestades
Ponta do Sol
Precipitação Intensa
12-12-1957 complexo Ribeira Brava
Movimentos de Massa
Santana
São Vicente 0 3
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
27-01-1958 complexo Santana
0 Precipitação Intensa 2
24-03-1958 simples Câmara de Lobos 6 Movimentos de Massa 4
Calheta
Funchal
Ponta do Sol Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
21-12-1958 complexo
Porto Moniz Precipitação Intensa
Santa Cruz Movimentos de Massa
São Vicente 0 2
Precipitação Intensa
23-01-1959 complexo São Vicente
0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
24-01-1959 complexo Santana
0 Movimentos de Massa 1
27-01-1959 simples Câmara de Lobos 0 Movimentos de Massa 2
18-03-1959 simples Porto Moniz 0 Movimentos de Massa 1
06-02-1960 simples São Vicente 0 Movimentos de Massa 1
Câmara de Lobos Inundações e Galgamentos Costeiros
13-02-1960 complexo Funchal Tempestades
0 Precipitação Intensa 2
Calheta
Inundações e Galgamentos Costeiros
Funchal
15-02-1960 Tempestades
complexo Ribeira Brava 1 4
16-03-1960 simples Porto Moniz 1 Movimentos de Massa 4
Tempestades
06-11-1960 complexo Desconhecido Precipitação Intensa
0 Movimentos de Massa 2
07-11-1960 simples Machico 0 Movimentos de Massa 2
18-02-1961 simples Calheta 0 Inundações e Galgamentos Costeiros 2
29-04-1961 simples Santana 0 Movimentos de Massa 2
10-09-1961 simples Santana 1 Inundações e Galgamentos Costeiros 4
Precipitação Intensa
09-03-1962 complexo Câmara de Lobos
0 Movimentos de Massa 2
Câmara de Lobos Tempestades
10-03-1962 complexo
Ponta do Sol
0 Precipitação Intensa 3
197
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Movimentos de Massa
198
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
199
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Machico Tempestades
12-04-1980 complexo
Santana 0 Precipitação Intensa 2
02-01-1981 simples Calheta 0 Movimentos de Massa 2
26-02-1981 simples Câmara de Lobos 4 Movimentos de Massa 4
19-03-1981 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 1
23-04-1981 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 2
04-09-1981 simples Calheta 1 Movimentos de Massa 4
15-12-1981 simples Funchal 1 Movimentos de Massa 4
Calheta Inundações e Galgamentos Costeiros
12-01-1982 complexo
Machico 1 Tempestades 4
30-01-1982 simples Câmara de Lobos 0 Movimentos de Massa 1
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Inundações e Galgamentos Costeiros
Câmara de Lobos
06-02-1982 complexo Tempestades
Funchal
Precipitação Intensa
6 Movimentos de Massa 4
22-12-1982 simples Calheta 1 Movimentos de Massa 4
07-02-1983 simples Porto Santo 0 Inundações e Galgamentos Costeiros 4
22-02-1983 simples Santa Cruz 0 Movimentos de Massa 2
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Machico
08-10-1983 complexo Tempestades
Santana
0 Precipitação Intensa 2
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
25-10-1983 complexo Funchal
0 Precipitação Intensa 2
29-10-1983 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
09-11-1983 complexo Funchal
0 Movimentos de Massa 1
Funchal Precipitação Intensa
12-11-1983 complexo
Santa Cruz 0 Movimentos de Massa 1
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Calheta Tempestades
18-11-1983 complexo
Funchal Precipitação Intensa
0 Movimentos de Massa 3
04-12-1983 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 1
09-04-1984 simples Calheta 0 Movimentos de Massa 1
24-07-1984 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 2
Câmara de Lobos
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Funchal
06-01-1985 complexo Precipitação Intensa
Machico
Movimentos de Massa
Santa Cruz 0 3
Calheta Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
17-01-1985 complexo Funchal Precipitação Intensa
Ribeira Brava 0 Movimentos de Massa 3
Calheta
Funchal
Inundações e Galgamentos Costeiros
Machico
05-02-1985 complexo Tempestades
Ponta do Sol
Precipitação Intensa
Porto Moniz
Ribeira Brava 0 3
09-04-1985 simples Calheta 0 Movimentos de Massa 1
10-10-1985 simples Santana 0 Movimentos de Massa 2
02-01-1986 simples Funchal 6 Movimentos de Massa 4
Câmara de Lobos
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Funchal
Inundações e Galgamentos Costeiros
28-02-1986 complexo Machico
Precipitação Intensa
Ponta do Sol
Movimentos de Massa
Santa Cruz 0 3
Funchal
Machico Precipitação Intensa
01-03-1986 complexo
Ponta do Sol Movimentos de Massa
São Vicente 0 2
30-09-1986 simples Machico 4 Movimentos de Massa 4
Funchal Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
02-01-1987 complexo
Santa Cruz 0 Precipitação Intensa 1
Funchal
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Santa Cruz
Tempestades
22-01-1987 complexo Santana
Precipitação Intensa
São Vicente
Movimentos de Massa
Porto Santo 0 3
200
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
201
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
202
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Funchal
Machico Tempestades
27-12-1995 complexo
Ponta do Sol Movimentos de Massa
Ribeira Brava 0 1
Tempestades
28-12-1995 complexo Funchal
0 Movimentos de Massa 3
02-01-1996 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 1
03-01-1996 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 1
06-01-1996 simples Santa Cruz 0 Movimentos de Massa 1
08-01-1996 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 1
09-01-1996 simples Ribeira Brava 0 Inundações e Galgamentos Costeiros 2
22-01-1996 simples Câmara de Lobos 0 Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões) 1
Funchal Tempestades
28-01-1996 complexo
Porto Moniz 0 Movimentos de Massa 2
Funchal
Tempestades
30-01-1996 complexo Machico
Movimentos de Massa
Santa Cruz 0 2
Câmara de Lobos
31-01-1996 complexo Movimentos de Massa
Funchal 0 1
22-03-1996 simples Machico 0 Movimentos de Massa 1
Funchal
24-03-1996 complexo Ponta do Sol Movimentos de Massa
Ribeira Brava 0 2
01-04-1996 simples Ribeira Brava 0 Movimentos de Massa 1
Câmara de Lobos Tempestades
23-04-1996 complexo
Funchal 0 Movimentos de Massa 1
28-04-1996 simples Calheta 1 Movimentos de Massa 4
16-06-1996 simples Porto Moniz 0 Movimentos de Massa 2
05-07-1996 simples Funchal 0 Inundações e Galgamentos Costeiros 2
10-07-1996 simples Porto Moniz 0 Movimentos de Massa 2
22-08-1996 simples Ponta do Sol 0 Movimentos de Massa 1
27-08-1996 simples Funchal 0 Inundações e Galgamentos Costeiros 2
31-08-1996 simples Ponta do Sol 0 Movimentos de Massa 1
25-09-1996 simples Câmara de Lobos 1 Movimentos de Massa 4
Tempestades
01-10-1996 complexo Santa Cruz
0 Movimentos de Massa 1
Inundações e Galgamentos Costeiros
26-10-1996 complexo Funchal
0 Tempestades 1
28-10-1996 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 2
Inundações e Galgamentos Costeiros
Funchal
Tempestades
12-11-1996 complexo Porto Moniz
Precipitação Intensa
São Vicente
0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
14-11-1996 complexo Funchal
0 Movimentos de Massa 2
Funchal Precipitação Intensa
12-12-1996 complexo
Machico 0 Movimentos de Massa 2
14-12-1996 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 2
15-12-1996 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 1
Tempestades
17-12-1996 complexo Ponta do Sol
0 Movimentos de Massa 2
Tempestades
20-12-1996 complexo Ribeira Brava
0 Movimentos de Massa 1
22-12-1996 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 1
23-12-1996 simples Ponta do Sol 0 Movimentos de Massa 1
31-12-1996 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 1
Funchal
03-01-1997 complexo Movimentos de Massa
Ponta do Sol 0 2
08-01-1997 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 2
09-01-1997 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 2
Tempestades
Ponta do Sol
12-01-1997 complexo Precipitação Intensa
São Vicente
0 Movimentos de Massa 1
13-01-1997 simples Porto Moniz 0 Movimentos de Massa 2
15-01-1997 simples São Vicente 0 Movimentos de Massa 2
17-01-1997 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 1
29-01-1997 simples Ribeira Brava 0 Movimentos de Massa 1
30-01-1997 simples Ribeira Brava 0 Movimentos de Massa 2
31-01-1997 simples Ribeira Brava 0 Movimentos de Massa 1
09-02-1997 simples Machico 0 Movimentos de Massa 1
05-03-1997 simples Funchal 0 Movimentos de Massa 1
20-04-1997 simples Ribeira Brava 0 Movimentos de Massa 1
24-04-1997 simples São Vicente 0 Movimentos de Massa 1
203
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
204
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
205
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Precipitação Intensa
07-02-2001 complexo Machico
0 Movimentos de Massa 2
Tempestades
08-02-2001 complexo Câmara de Lobos
0 Movimentos de Massa 2
03-03-2001 simples São Vicente 0 Tempestades 2
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
05-03-2001 complexo São Vicente Precipitação Intensa
5 Movimentos de Massa 4
Tsunami
28-04-2001 complexo Funchal
0 Movimentos de Massa 1
Tempestades
26-09-2001 complexo Câmara de Lobos
0 Precipitação Intensa 2
Funchal
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Ribeira Brava
20-11-2001 complexo Precipitação Intensa
Santa Cruz
Movimentos de Massa
Porto Santo 0 3
Precipitação Intensa
21-11-2001 complexo Funchal
0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
30-11-2001 complexo Ponta do Sol
0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
01-12-2001 complexo Ribeira Brava
0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
04-12-2001 complexo Machico
0 Movimentos de Massa 1
Câmara de Lobos Precipitação Intensa
10-12-2001 complexo
Funchal 0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
22-12-2001 complexo Machico
0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
24-12-2001 complexo Funchal
0 Movimentos de Massa 1
01-01-2002 simples Funchal 0 Inundações e Galgamentos Costeiros 1
Precipitação Intensa
02-01-2002 complexo Calheta
0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
04-01-2002 complexo Porto Moniz
0 Movimentos de Massa 1
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Câmara de Lobos
Nevoeiros
Funchal
06-01-2002 complexo Tempestades
Machico
Precipitação Intensa
Santa Cruz
0 Movimentos de Massa 3
Precipitação Intensa
07-01-2002 complexo Santa Cruz
0 Movimentos de Massa 1
Inundações e Galgamentos Costeiros
15-01-2002 complexo Funchal
0 Tempestades 1
Precipitação Intensa
01-02-2002 complexo Machico
0 Movimentos de Massa 1
Precipitação Intensa
11-02-2002 complexo Funchal
0 Movimentos de Massa 3
Precipitação Intensa
01-03-2002 complexo Câmara de Lobos
0 Movimentos de Massa 1
04-03-2002 simples Funchal 0 Vagas de Frio 2
Tempestades
14-03-2002 complexo Funchal
0 Precipitação Intensa 2
23-08-2002 simples Porto Santo 0 Precipitação Intensa 1
Tempestades
20-11-2002 complexo Funchal
0 Precipitação Intensa 1
Precipitação Intensa
25-11-2002 complexo Funchal
0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
27-11-2002 complexo Funchal
0 Movimentos de Massa 1
Tempestades
28-11-2002 complexo Funchal Precipitação Intensa
0 Movimentos de Massa 1
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Funchal Inundações e Galgamentos Costeiros
16-12-2002 complexo
Santa Cruz Precipitação Intensa
0 Movimentos de Massa 2
16-03-2003 simples Ribeira Brava 0 Movimentos de Massa 3
08-04-2003 simples Ribeira Brava 0 Movimentos de Massa 2
17-10-2003 simples Câmara de Lobos 0 Movimentos de Massa 2
03-11-2003 simples Ribeira Brava 0 Movimentos de Massa 2
Precipitação Intensa
04-11-2003 complexo Ponta do Sol
0 Movimentos de Massa 1
206
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
207
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Câmara de Lobos
Inundações e Galgamentos Costeiros
Funchal
Tempestades
Machico
02-02-2010 complexo Precipitação Intensa
Porto Moniz
Movimentos de Massa
Santa Cruz
Instabilidade e Erosão Costeira
Santana 0 3
Inundações e Galgamentos Costeiros
15-02-2010 complexo Funchal
0 Tempestades 1
Calheta
Câmara de Lobos
Funchal
Machico
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Ponta do Sol
20-02-2010 complexo Precipitação Intensa
Porto Moniz
Movimentos de Massa
Ribeira Brava
Santa Cruz
Santana
São Vicente 47 5
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Câmara de Lobos
Inundações e Galgamentos Costeiros
Funchal
20-12-2010 complexo Tempestades
Ribeira Brava
Precipitação Intensa
Santa Cruz
0 Movimentos de Massa 3
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
25-01-2011 complexo Calheta Precipitação Intensa
0 Movimentos de Massa 2
03-02-2011 simples Calheta 0 Movimentos de Massa 2
20-08-2012 simples Câmara de Lobos 0 Movimentos de Massa 2
24-09-2012 simples Câmara de Lobos 0 Movimentos de Massa 2
Câmara de Lobos
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Funchal
Tempestades
30-10-2012 complexo Ponta do Sol
Precipitação Intensa
Ribeira Brava
Movimentos de Massa
Santa Cruz 0 3
02-11-2012 simples Calheta 0 Movimentos de Massa 1
Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Machico
Inundações e Galgamentos Costeiros
Porto Moniz
05-11-2012 complexo Tempestades
Santana
Precipitação Intensa
São Vicente
0 Movimentos de Massa 4
Câmara de Lobos
Tempestades
Funchal
24-11-2012 complexo Precipitação Intensa
Santa Cruz
Movimentos de Massa
Santana 0 3
Calheta
Câmara de Lobos Cheias Rápidas e Fluxos (Aluviões)
Funchal Inundações e Galgamentos Costeiros
03-03-2013 complexo Machico Tempestades
Ponta do Sol Precipitação Intensa
Ribeira Brava Movimentos de Massa
Santa Cruz 0 2
31-03-2013 simples Ribeira Brava 0 Movimentos de Massa 2
208
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
1.Residual
Ambiente Não há impacte no ambiente.
209
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Anexo 3 Inquérito à perceção dos riscos naturais dos residentes na Região Autónoma da Madeira
210
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
211
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
212
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
213
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
214
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
215
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
216
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n %
Nevões (Q11) Muito Baixo 26 45,6 127 48,8 27 40,3 180 46,9
217
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Atividade Vulcânica (Q11) Muito Baixo 29 50,9 109 41,9 35 52,2 173 45,1
218
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n %
(X= 10,039; p= 0,123) Pouco provável 23 40,4 102 39,2 29 43,3 154 40,1
(X= 12,525; p= 0,051) Pouco provável 35 61,4 174 66,9 55 82,1 264 68,8
(X= 19,318; p= 0,004) Pouco provável 30 52,6 89 34,2 28 41,8 147 38,3
(X= 9,656; p= 0,14) Provável 27 47,4 127 48,8 32 47,8 186 48,4
(X= 9,469; p= 0,149) Pouco provável 39 68,4 145 55,8 43 64,2 227 59,1
219
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
(X= 9,604; p= 0,142) Pouco provável 36 63,2 165 63,5 48 71,6 249 64,8
(X= 10,994; p= 0,089) Pouco provável 31 54,4 157 60,4 41 61,2 229 59,6
220
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n %
(X= 11,291; p= 0,08) Insuficiente 21 36,8 113 43,5 35 52,2 169 44,0
(X= 12,06; p= 0,061) Satisfatório 26 45,6 100 38,5 23 34,3 149 38,8
221
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n %
Indique o que o levaria a Saber que a residência está numa 28 49,1 129 49,6 27 40,3 184 47,9
mudar de residência? área de risco
(Q23)
Acontecer um evento perigoso 3 5,3 14 5,4 5 7,5 22 5,7
(X= 6,264; p= 0,793) próximo da residência
222
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n %
(X= 26,43; p<0,001) Disponível 33 58,9 132 51,2 24 35,8 189 49,6
(X= 27,731; p<0,001) Disponível 30 53,6 141 54,7 22 32,8 193 50,7
(X= 27,697; p<0,001) Disponível 35 62,5 153 59,3 28 42,4 216 56,8
(X= 19,344; p= 0,004) Disponível 36 64,3 153 59,5 38 56,7 227 59,7
223
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n %
(X= 3,021; p= 0,221) Sim 52 91,2 223 85,8 62 92,5 337 87,8
(X= 2,668; p= 0,263) Sim 34 59,6 150 57,7 46 68,7 230 59,9
(X= 3,245; p= 0,197) Sim 34 59,6 121 46,5 32 47,8 187 48,7
Contacto pessoal (Q37) Não 31 54,4 170 65,4 32 47,8 233 60,7
Internet (página na internet) Não 22 38,6 121 46,5 55 82,1 198 51,6
(Q37)
Sim 35 61,4 139 53,5 12 17,9 186 48,4
(X= 31,464; p<0,001)
224
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n % n % n %
Ciclones e Tempestades Muito Baixo 6 12,2 7 9,7 5 17,9 7 7,8 9 11,5 6 9,0
(Q11)
Baixo 7 14,3 15 20,8 9 32,1 23 25,6 24 30,8 10 14,9
(X= 21,187; p= 0,131)
Moderado 11 22,4 26 36,1 4 14,3 31 34,4 25 32,1 22 32,8
Ondas de Calor (Q11) Muito Baixo 0 0,0 1 1,4 0 0,0 4 4,4 2 2,6 1 1,5
(X= 9,406; p= 0,855) Baixo 7 14,3 10 13,9 4 14,3 13 14,4 13 16,7 11 16,4
Vagas de Frio (Q11) Muito Baixo 2 4,1 5 6,9 2 7,1 15 16,7 11 14,1 12 17,9
(X= 14,503; p= 0,488) Baixo 19 38,8 27 37,5 9 32,1 31 34,4 28 35,9 27 40,3
Nevões (Q11) Muito Baixo 20 40,8 38 52,8 11 39,3 40 44,4 38 48,7 33 49,3
(X= 19,358; p= 0,198) Baixo 17 34,7 16 22,2 14 50,0 30 33,3 28 35,9 23 34,3
Cheias Ráp. e Fluxos Muito Baixo 1 2,0 0 0,0 2 7,1 2 2,2 0 0,0 0 0,0
(Aluviões) (Q11)
Baixo 0 0,0 3 4,2 1 3,6 3 3,3 1 1,3 0 0,0
(X= 30,678; p= 0,01)
Moderado 10 20,4 8 11,1 3 10,7 20 22,2 17 21,8 3 4,5
Secas (Q11) Muito Baixo 14 28,6 4 5,6 2 7,1 7 7,8 7 9,0 6 9,0
(X= 38,425; p= 0,001) Baixo 9 18,4 25 34,7 9 32,1 27 30,0 24 30,8 19 28,4
Inund. Marítimas e Galg. Muito Baixo 6 12,2 11 15,3 5 17,9 13 14,4 6 7,7 8 11,9
(Q11)
Baixo 15 30,6 20 27,8 9 32,1 20 22,2 20 25,6 6 9,0
(X= 21,468; p= 0,123)
Moderado 13 26,5 21 29,2 6 21,4 27 30,0 28 35,9 18 26,9
Sismos (Q11) Muito Baixo 16 32,7 19 26,4 8 28,6 25 27,8 19 24,4 19 28,4
(X= 15,379; p= 0,424) Baixo 26 53,1 30 41,7 12 42,9 27 30,0 31 39,7 28 41,8
225
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Tsunamis (Q11) Muito Baixo 20 40,8 25 34,7 14 50,0 26 28,9 22 28,2 12 17,9
(X= 25,169; p= 0,048) Baixo 20 40,8 30 41,7 7 25,0 34 37,8 32 41,0 26 38,8
Atividade Vulcânica Muito Baixo 29 59,2 30 41,7 15 53,6 36 40,0 40 51,3 23 34,3
(Q11)
Baixo 15 30,6 28 38,9 6 21,4 34 37,8 18 23,1 33 49,3
(X= 31,731; p=0,007)
Moderado 4 8,2 8 11,1 4 14,3 10 11,1 17 21,8 3 4,5
Movimentos de Massa Muito Baixo 0 0,0 2 2,8 0 0,0 0 0,0 1 1,3 0 0,0
(Q11)
Baixo 1 2,0 1 1,4 2 7,1 3 3,3 1 1,3 1 1,5
(X= 25,666; p= 0,042)
Moderado 4 8,2 12 16,7 9 32,1 13 14,4 11 14,1 3 4,5
Erosão Costeira (Q11) Muito Baixo 2 4,1 5 6,9 5 17,9 4 4,4 4 5,1 1 1,5
(X= 32,754; p=0,005) Baixo 7 14,3 10 13,9 7 25,0 13 14,4 11 14,1 6 9,0
Precipitações Intensas Muito Baixo 0 0,0 4 5,6 4 14,3 2 2,2 0 0,0 0 0,0
(Q11)
Baixo 4 8,2 6 8,3 3 10,7 7 7,8 1 1,3 2 3,0
(X= 34,413; p=0,003)
Moderado 7 14,3 12 16,7 6 21,4 22 24,4 17 21,8 11 16,4
226
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n % n % n %
Ondas de Calor (Q15) Impossível 0 0,0 1 1,4 0 0,0 1 1,1 0 0,0 0 0,0
(X= 16,558; p= 0,346) Pouco provável 14 28,6 12 16,7 8 28,6 15 16,7 20 25,6 9 13,4
Vagas de Frio (Q15) Impossível 1 2,0 1 1,4 1 3,6 1 1,1 4 5,1 4 6,0
(X= 12,454; p= 0,644) Pouco provável 19 38,8 29 40,3 10 35,7 40 44,4 27 34,6 29 43,3
(X= 12,651; p= 0,629) Pouco provável 37 75,5 48 66,7 17 60,7 65 72,2 50 64,1 47 70,1
Cheias Rápidas e Fluxos Impossível 0 0,0 1 1,4 1 3,6 0 0,0 1 1,3 1 1,5
(Aluviões) (Q15)
Pouco provável 5 10,2 5 6,9 2 7,1 16 17,8 6 7,7 3 4,5
(X= 14,707; p= 0,473)
Provável 23 46,9 32 44,4 13 46,4 43 47,8 36 46,2 34 50,7
(X= 26,303; p= 0,035) Pouco provável 26 53,1 26 36,1 6 21,4 28 31,1 33 42,3 28 41,8
(X= 23,517; p= 0,074) Provável 22 44,9 36 50,0 12 42,9 38 42,2 42 53,8 36 53,7
(X= 14,025; p= 0,524) Pouco provável 28 57,1 44 61,1 16 57,1 48 53,3 49 62,8 42 62,7
227
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
(X= 12,88; p= 0,612) Pouco provável 27 55,1 52 72,2 16 57,1 58 64,4 53 67,9 43 64,2
Erosão Costeira (Q15) Impossível 1 2,0 0 0,0 1 3,6 3 3,3 5 6,4 7 10,4
(X= 18,667; p= 0,229) Pouco provável 7 14,3 17 23,6 6 21,4 24 26,7 20 25,6 10 14,9
228
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n % n % n %
Juntas de freguesia Muito Mau 1 2,0 5 6,9 1 3,6 7 7,8 7 9,0 13 19,4
(Q14)
Insuficiente 23 46,9 34 47,2 12 42,9 30 33,3 40 51,3 30 44,8
(X= 24,589; p= 0,056)
Satisfatório 13 26,5 21 29,2 10 35,7 33 36,7 21 26,9 18 26,9
Câmaras Municipais Muito Mau 4 8,2 5 6,9 0 0,0 8 8,9 6 7,7 10 14,9
(Q14)
Insuficiente 22 44,9 30 41,7 11 39,3 25 27,8 27 34,6 26 38,8
(X= 21,414; p= 0,124)
Satisfatório 11 22,4 28 38,9 10 35,7 36 40,0 29 37,2 26 38,8
Governo Regional Muito Mau 5 10,2 8 11,1 0 0,0 14 15,6 17 21,8 13 19,4
(Q14)
Insuficiente 21 42,9 27 37,5 12 42,9 20 22,2 24 30,8 25 37,3
(X= 23,07; p= 0,083)
Satisfatório 13 26,5 25 34,7 7 25,0 34 37,8 25 32,1 20 29,9
Agentes de Proteção Muito Mau 0 0,0 1 1,4 0 0,0 0 0,0 2 2,6 2 3,0
Civil Regional
(Bombeiros, Policia,…) Insuficiente 6 12,2 8 11,1 5 17,9 6 6,7 5 6,4 12 17,9
(Q14)
Satisfatório 7 14,3 19 26,4 7 25,0 19 21,1 20 25,6 22 32,8
(X= 21,677; p= 0,117)
Bom 36 73,5 44 61,1 16 57,1 65 72,2 51 65,4 31 46,3
Serviço Regional de Muito Mau 0 0,0 2 2,8 0 0,0 0 0,0 5 6,4 5 7,5
Proteção Civil (Q14)
Insuficiente 7 14,3 15 20,8 4 14,3 6 6,7 9 11,5 17 25,4
(X= 30,55; p=0,01)
Satisfatório 9 18,4 19 26,4 7 25,0 25 27,8 21 26,9 18 26,9
229
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Comunicação Social Muito Mau 1 2,0 3 4,2 2 7,1 5 5,6 6 7,7 3 4,5
(Q14)
Insuficiente 5 10,2 8 11,1 4 14,3 11 12,2 20 25,6 28 41,8
(X= 40,336; p<0,001
Satisfatório 24 49,0 34 47,2 11 39,3 50 55,6 35 44,9 21 31,3
n % n % n % n % n % n %
Alguém da familia
2 4,1 0 0,0 0 0,0 4 4,4 2 2,6 1 1,5
sofrer ferimentos
Alguém da familia
falecer num evento 1 2,0 1 1,4 2 7,1 0 0,0 3 3,8 3 4,5
perigoso
A destruição completa
18 36,7 26 36,1 6 21,4 28 31,1 29 37,2 16 23,9
da habitação
230
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n % n % n %
(X= 45,487; p<0,001 Disponível 15 30,6 32 45,1 11 39,3 49 55,7 43 55,1 39 58,2
Reuniões com entidades Indisponível 7 14,3 4 5,6 4 14,3 2 2,3 5 6,4 2 3,0
competentes no âmbito da
gestão de riscos (Q33) Pouco 29 59,2 26 36,6 9 32,1 24 27,3 17 21,8 14 20,9
Disponível
(X= 48,588; p<0,001
Disponível 11 22,4 38 53,5 12 42,9 49 55,7 44 56,4 39 58,2
Voluntariado com vista à Indisponível 5 10,2 6 8,6 0 0,0 7 7,8 5 6,4 3 4,5
prevenção de riscos (Q33)
Pouco 25 51,0 29 41,4 13 46,4 29 32,2 18 23,1 16 24,2
(X= 30,003; p= 0,012) Disponível
231
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
232
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
n % n % n % n % n % n %
(X= 6,997; p=0,221) Sim 45 91,8 66 91,7 23 82,1 82 91,1 67 85,9 54 80,6
(X= 6,832; p=0,233) Sim 35 71,4 47 65,3 15 53,6 55 61,1 44 56,4 34 50,7
(X= 6,927; p=0,226) Sim 18 36,7 41 56,9 10 35,7 46 51,1 39 50,0 33 49,3
(X= 4,932; p=0,424) Sim 7 14,3 11 15,3 4 14,3 5 5,6 8 10,3 8 11,9
Contacto pessoal (Q37) Não 29 59,2 49 68,1 11 39,3 56 62,2 41 52,6 47 70,1
(X= 11,82; p=0,037) Sim 20 40,8 23 31,9 17 60,7 34 37,8 37 47,4 20 29,9
(X= 25,86; p<0,001 Sim 2 4,1 19 26,4 6 21,4 19 21,1 33 42,3 22 32,8
(X= 38,216; p<0,001 Sim 8 16,3 31 43,1 10 35,7 44 48,9 47 60,3 46 68,7
233
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Sim Não
n % n %
234
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
235
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Anexo 17 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as variáveis inerentes às questões Q16 e
Q15
Já foi afetado por alguma catástrofe ou acidente grave
provocado por fenómenos/ processos naturais? (Q16)
Sim Não
n % n %
236
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
237
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Sim Não
n % n %
238
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Anexo 19 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as variáveis inerentes às questões Q16 e
Q23
Já foi afetado por alguma catástrofe ou
acidente grave provocado por fenómenos/
processos naturais? (Q16)
Sim Não
n % n %
Indique o que o levaria a Saber que a residência está numa área de risco 73 41,0 111 53,9
mudar de residência?
(Q23) Acontecer um evento perigoso próximo da residência 11 6,2 11 5,3
239
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Anexo 20 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as variáveis inerentes às questões Q16 e
Q33
Já foi afetado por alguma catástrofe ou acidente grave
provocado por fenómenos/ processos naturais? (Q16)
Sim Não
n % n %
240
A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
Anexo 21 Resultados do teste de hipóteses Qui-Quadrado para as variáveis inerentes às questões Q16 e
Q37
Já foi afetado por alguma catástrofe ou acidente grave
provocado por fenómenos/ processos naturais? (Q16)
Sim Não
n % n %
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A COMUNICAÇÃO DO RISCO NA MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES NATURAIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA 2013
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