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MAVERICK

• O MUSCLE CAR BRASILEIRO •


ÍNDICE
HISTÓRIA4
ESTADOS UNIDOS4
TOM TJAARDA - O PAI DO MAVERICK7
MAVERICK10
FICHA TÉCNICA10
A ORIGEM DO NOME10
AS VERSÕES AMERICANAS11
MAVERICK SPRINT11
MAVERICK LDO11
O MODELO FASTBACK11
NO BRASIL12
1973 - 197912
O MODELO FASTBACK (CONT.)12
LOGO SEM CHIFRE13
O MAVERICK QUADRIJET16
AS VERSÕES NO BRASIL17
MAVERICK SUPER E SUPER LUXO17
MAVERICK GT (GRAN TURISMO)18
MAVERICK LDO19
AS POLÊMICAS E PRINCIPAIS CRÍTICAS 21
ESTILO E SUCESSO NAS PISTAS23
A PERUA MAVERICK 23
O TORNEIO DOS CAMPEÕES (1975)27
O MOTOR V828
O SOM POTENTE E INCONFUNDÍVEL29
OBJETO DE COLECIONADOR30
O VIGILANTE RODOVIÁRIO - 197831
SERIADO CHIPS 1977 A 198332
A CANÇÃO DO CARRASCO (THE EXECUTIONER’S SONG) - 198233
JOVENS ASSASSINOS (THE BOYS NEXT DOOR) - 198534
DOIS FILHOS DE FRANCISCO - 200535
VAI QUE DÁ CERTO - 201335
MAVERICK CLUBE DE CURITIBA37
MEU MAVERICK 1975, SUPER LUXO41

2
INTRODUÇÃO
Impossível não perceber a presença de um
Maverick quando ele passa.

O ronco do motorzão V8 e o visual esportivo


tornaram esse carro um modelo único, dis-
putado por colecionadores e amantes de ve-
locidade.

No Brasil, o Maverick teve uma trajetória


curta, foram apenas seis anos na linha de
produção, mas o suficiente para colocá-lo na
história do automobilismo brasileiro como
um dos carros mais queridos e amados.

Neste ebook você vai conhecer a história,


as polêmicas e as curiosidades daquele que
é um dos maiores exemplares de muscle car
do Brasil. Um cinquentão que esbanja caris-
ma e que ainda conquista fãs e admiradores
por onde passa.

3
Ford Falcon GT 1969

HISTÓRIA
ESTADOS UNIDOS
1969 - 1977
No final da década de 60, a Ford americana
estava em busca de um novo projeto inova-
dor para concorrer com o Fusca, o novo que-
ridinho do mercado e que ganhava o consu-
midor por ter um estilo diferente e compacto.

Para ganhar este comprador, a Ford aposta-


va num modelo de carro também compacto,
de manutenção simples e barata e que fosse
fácil de manobrar. O modelo que a Ford tinha
disponível nessa linha era o Falcon, que não
era tão compacto e já estava ultrapassado.
A ideia era apostar um modelo mais próximo
do Mustang, lançado em 1964 e que já era
um sucesso.

Nasce então, o Maverick, um modelo inspi-


rado no Mustang, mas com um estilo mais
família: prático, moderno e econômico, com
um toque esportivo.

O lançamento foi no dia 17 de abril de 1969,


com um preço popular (U$ 1.995) e em 15
cores disponíveis, com motores de 2,8 e 3,3
litros, e em seis cilindros.
4
O objetivo da campanha de lançamento era
vender o Maverick como um carro ideal para
jovens casais e um modelo de segundo carro
da casa.

O Maverick agradou em cheio o mercado, e


só no primeiro ano foram vendidas 579 mil
unidades, um desempenho de vendas muito
melhor que o do Mustang.

O sucesso foi tão grande que a Ford lançou


rapidamente outras versões: o Maverick
Sprint e o Grabber, com apelo esportivo (teto
revestido em vinil, rodas com sobre-aros
cromados e painel traseiro na cor preta) ou
de luxo e motorizações diferentes.
Em 1971, o Maverick é apresentado com o
novo motor V8 302 polegadas cúbicas, que
se torna um ícone da marca.

5
O modelo trouxe novidades que caíram no
gosto dos consumidores: opcionais como
freios dianteiros a disco, ar-condicionado e
direção assistida.

O Maverick se deu tão bem no mercado


automobilístico americano que lançou
tendência. Em 1971, a Mercury - outra
marca do grupo Ford, lançou o Comet, que
era inspirado no Maverick, mas com grade e
capô diferentes.

Em 1973, a crise do petróleo atinge em cheio


o mundo e, apesar da necessidade de carros
mais econômicos e compactos, o Maverick
segue fazendo sucesso e sem muitas
modificações até 1977, quando deixa de ser
produzido. O seu maior concorrente veio da
própria Ford - o Granada, lançado em 1975.

Nos oito anos de produção nos EUA,


a estimativa é de que tenham sido
comercializados mais de 2,5 milhões de

Ford Granada
6
TOM TJAARDA - O PAI DO MAVERICK
Tom Tjaarda foi um dos maiores designers de carros de toda a história do automobilismo.
Foi dele o projeto do Maverick e de outros carros icônicos.

Stevens Thompson Tjaarda Van Sterkenberg, ou Tom Tjaarda, era americano e nasceu
em Detroit em 23 de julho de 1934.

Sua carreira teve início em 1958, logo após ele se formar em arquitetura pela
Universidade de Michigan. Foi um de seus professores que o indicou para trabalhar
como designer de carros, na Carrozzeria Ghia. Na época, Tom Tjaarda não pensou duas
vezes e partiu para Turim, onde desenhou o Innocenti 950 e o Karmann Ghia.

7
Fiat 124 Spider

Não demorou muito para outras escuderias perceberem o seu talento. Em 1961,
Battista Pini Farina contratou o jovem para o seu estúdio.

Ferrari 365 Califórnia

E com apenas 27 anos, Tom foi para a Pininfarina onde desenharia projetos de sucesso
como o Fiat 124 Spider, a Ferrari 365 Califórnia, a Ferrari 330 GT e o Chevrolet Corvette
Rondine, o único Corvette a ter carroceria de aço.

8
Em 1968, Tom Tjaarda volta para a Ghia onde desenhou o De Tomaso Pantera, o De
Tomaso Longchamp, fez o conceito do Isuzu Bellett MX 1600 e o design do Maverick.
Em 1970, a Ford compra a Ghia e Tjaarda passa a ser o seu maior designer, criando
modelos como o Ford Fiesta, entre tantos.

Em toda a sua carreira de sucesso, Tom Tjaarda desenhou mais de 70 projetos


automobilísticos e marcou o seu nome como um dos maiores designers de todos os
tempos. Tom morreu em junho de 2017, depois de uma longa batalha contra o câncer

9
A ORIGEM DO NOME

Muito se fala sobre a origem do nome


Maverick. Alguns dizem que o nome surgiu
como uma homenagem a um fazendeiro
chamado Samuel Maverick, que vivia no
Texas. Reza a lenda que ele deixava seu
gado abandonado no pasto e não marcava
o rebanho com ferro quente. Sendo assim,
todo animal encontrado sem a marca era
conhecido um “Maverick”.

Uma outra versão diz que o nome foi uma


homenagem ao mesmo Samuel Augustus
Maverick, mas ele seria herói da guerra
de independência do Texas . Samuel teria
recebido uma boiada como pagamento de
uma dívida e se negou marcar o gado. O
episódio teria dado um novo significado
ao nome Maverick, que passou a se referir
a pessoas de atitude, com personalidade
forte e independentes.
MAVERICK Apesar de algumas diferenças nas versões,
FICHA TÉCNICA a verdade é que a Ford quis homenagear
Samuel Maverick e o estado do Texas, por
Motor: isso, o emblema americano vem com um
imponente chifre de touro. Aqui no Brasil, o
Quatro cilindros: 2,3 L (99 cv brutos e
chifre foi substituído por um V estilizado,
79 cv líquidos)
como você vai ver mais pra frente.
Seis Cilindros: 3,0 L (112 cv brutos e
86 cv líquidos)
Oito cilindros em V: 5,0L (199 cv brutos e
135 cv líquidos)
Dimensões:
Comprimento: 4,55m (coupé), 4,73m (sedan)
Entre-eixos: 2,61 m (coupé) , 2,79m (sedan)
Largura: 1,79m
Altura: 1,37m
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O MODELO FASTBACK

O Maverick e Mustang são os maiores


exemplares do conceito fastback da Ford.
AS VERSÕES O fastback refere-se a um modelo de carro
AMERICANAS “cuja linha do teto desce continuamente
até a traseira”, ou seja, o design traz uma
linha contínua desde o topo do parabrisa
até a parte traseira.

MAVERICK SPRINT
O Sprint trazia um pacote de modificações
que também era oferecido em outros mode- Esse conceito de design surgiu na década
los como o Ford Pinto e o Mustang e que de 1930, quando os projetistas começaram
faziam sucesso com o público: com pintura a se inspirar na fuselagem dos aviões e
branca com faixas azuis e detalhes verme- no desenho aerodinâmico dos trens. Até
lhos e um interior revestido também nas co-
então, os carros tinham linhas retas e
res branco, azul e vermelho que lembravam
a bandeira dos Estados Unidos. ainda apresentavam uma semelhança com
as carruagens que haviam sucedido.

MAVERICK LDO
A versão LDO - Luxury Decor Option, era exa-
tamente o que o nome diz: um modelo com o Mas o termo fastback só surgiria em 1945,
estilo mais luxuoso. Os bancos tinham en-
quando este estilo de carro passou a ser mais
costo reclinável, os tapetes eram em tecido,
um painel com revestimento imitando ma- popular e fez com que diversos fabricantes
deira, pneus radiais, calotas na cor do carro passassem a adotar carrocerias mais
e teto revestido em vinil. Uma opção de Ma- aerodinâmicas e traseiras de caimento
verick para quem queria mais luxo, sem abrir suave.
mão da esportividade.
11
NO BRASIL O MODELO FASTBACK (Cont.)
1973 - 1979
A história do Maverick no Brasil começa em
1967, quando a Ford, que tinha uma atuação
tímida no Brasil, adquiriu a Willys Overland.
O primeiro projeto finalizado pela Ford já
no controle da Willys foi o Corcel. Ele vinha
para substituir o Gordini, como uma opção
de carro popular da Ford no Brasil.

Da Willys, a Ford ainda manteve em produção


o Aero Willys 2600 e a sua versão de luxo, o Dentro desta nova linguagem, surgiram
Itamaraty; modelos feitos no pós guerra e clássicos automotivos como o Bugatti
que estavam bastante defasados. Type 57 SC Atlantic, o Packard 1106 Twelve
Aero Sport Coupe (1933) e o exótico Stout
A Ford não tinha modelos para competir Scarab (1936).
diretamente com o Chevrolet Opala no
mercado dos médios de luxo e por isso,
precisava de um novo lançamento para
ocupar a lacuna entre o popular Corcel e o
luxuoso Galaxie.

Para definir qual seria a melhor escolha para


entrar neste mercado bastante competitivo,
a fábrica decidiu fazer uma pesquisa
com 1.300 consumidores. No evento, os
organizadores apresentaram diferentes Mais tarde, viriam o Mustang (em 1963, o
veículos sem qualquer identificação como primeiro fastback da Ford) e o Maverick.
distintivos e logos, todos na cor branca. Os dois representam a evolução do design
Entre os modelos apresentados estavam o fastback em modelos esportivos na década
Opala, o Taunus - da Ford alemã, o Corcel e de 1960.
o Maverick.
12
Ford Taunus 1972

O preferido pelo público foi o moderno


Taunus, o que demonstrava uma predileção LOGO SEM CHIFRE
do brasileiro pelo estilo de carro europeu.
Em 1965, a Volkswagen lançou uma versão
do Fusca com teto solar retrátil, movido a
Apesar da escolha do consumidor, o Taunus
manivela. O modelo foi um fracasso, em
trazia uma série de problemas para os
grande parte por causa do apelido jocoso
executivos da Ford. A produção exigiria um de “cornowagen”.
novo motor, o que só seria possível na nova
fábrica que tinha a inauguração marcada O comentário na época é de que o tal apelido
para 1975. O projeto também seria muito teria sido dado pelo gerente de marketing
mais caro. da Ford, John Garner.

A possibilidade de produzir o Maverick aqui Para não provar do próprio veneno, o símbolo
no Brasil passou a ser a melhor opção para a no Maverick - que nos Estados Unidos tem
Ford. A fábrica poderia usar componentes do um frondoso chifre - foi alterado aqui no
Aero Willys, como motor e transmissão na Brasil. E a mudança do logotipo brasileiro
montagem, o que tornava o projeto bastante fez com o que o chifre fosse substituído
viável. por um V estilizado.

Definido o modelo, a Ford tratou de apresen-


tá-lo ao público no Salão do Automóvel de
1972. E foi um sucesso!

13
O Maverick chegaria para o mercado no ano seguinte, em junho de 1973. A produção começou
na fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo.

O mercado já aguardava ansioso o lançamento nacional, e a Ford não economizou na divul-


gação do Maverick. O que se viu naquele ano foi uma das maiores campanhas de marketing
da indústria automobilística nacional, contando inclusive com filmagens nos Andes e na
Bolívia.

Uma apresentação oficial à imprensa foi organizada no dia 20 de junho de 1973, no Rio de
Janeiro. Como parte da campanha de publicidade do novo carro, o primeiro exemplar foi
sorteado.

Para instigar ainda mais os jornalistas, a Ford realizou um test drive no Autódromo
Internacional do Rio de Janeiro, em Jacarepaguá. Os jornalistas convidados puderam dirigir
nove Mavericks, seis com motor de 6 cilindros e três com o V8 302, importado.

14
No dia seguinte, o Maverick estava em todas
as capas dos principais veículos de imprensa
especializados do Brasil.

O Maverick chegava ao mercado na


configuração cupê, com duas portas, em
três versões: Super e Super Luxo, GT e LDO.
Eram duas opções de motor: 3 litros de seis
cilindros em linha e 112 cv de potência e o
motorzão V8 de 5 litros e 197 cv de potência.
O Super e o Super Luxo vinham equipados
com câmbio manual de quatro marchas no
assoalho ou com câmbio automático de três
marchas na coluna de direção.

A versão GT, com motor V8 e câmbio manual,


vinha para atender o público mais esportivo.

Em 1975, a nova fábrica de motores da


Ford em Taubaté é inaugurada e traz mais
possibilidades. O motor 6 cilindros, que
tinha um desempenho inferior, é substituído
pelo famoso propulsor Georgia 2.3. Esse
motor deu ao Maverick um desempenho
satisfatório. Tinha uma aceleração melhor
do que o antigo 6 cilindros (0 - 100 Km/h em
torno de 15 segundos) entregava torque de
16,9 Kgfm, com um consumo menor (média
de 7,5 km por litro de gasolina na cidade).

No final de 1976, a Ford decidiu iniciar a Fase


2 do Maverick no Brasil.

15
O MAVERICK QUADRIJET
O modelo 1977 chegava ao mercado com
algumas mudanças estéticas: um novo
interior com espaço maior do banco traseiro,
grade dianteira e novas e maiores lanternas
traseiras. Também foram implementadas
melhorias mecânicas como um sistema de
freios mais eficiente, eixo traseiro com bitola
mais larga e suspensão para o uso de pneus
radiais. Neste ano também é lançada a versão
LDO (Luxury Decor Option), com acabamento
mais refinado e interior monocromático.
Em 1975, a Ford lança no Brasil o Maverick
Em 1978, a Ford lança o Corcel II, com motor Quadrijet, uma verdadeira lenda entre os
1.6 litros e câmbio de cinco marchas. Logo amantes de velocidade. O Quadrijet era um
o Corcel II caiu nas graças do consumidor Maverick de 8 cilindros com motor equipado
e decretou o fim do Maverick no Brasil. A com um carburador de corpo quádruplo (daí
produção do Maverick foi encerrada no ano o nome “Quadrijet”), coletor de admissão
seguinte, em abril de 1979. Nos seis anos apropriado, comando de válvulas de 282º e
de produção (1973 - 1979) foram fabricadas taxa de compressão do motor elevada para
10.537 unidades do Maverick GT e 85.654 8:5:1 (a dos motores normais era de 7:3:1),
cupês duas portas e 11.879 modelos quatro aumentando a potência do carro de 140 cv
portas. para 185 cv (potência líquida) a 5.600 RPM.
De acordo com o testes realizados no
Quadrijet em 1974, o carro acelerou de 0
a 100 km/h em incríveis 6,5 segundos e
atingiu a velocidade máxima de 205 km/h.

Como as peças eram importadas, o custo


do Maverick Quadrijet era muito alto e
poucas unidades foram produzidas com
essa especificação.

16
AS VERSÕES NO
BRASIL
MAVERICK SUPER e
SUPER LUXO
Esse era o modelo standard e, tanto o Super,
quando o Super Luxo, tinham a opção sedã,
com quatro portas e a opção cupê, com duas
portas.

O motor era de 3,0 litros, herdado do Aero-


Willys, com potência de 112 cv e torque de
22,6 kgfm, 6 cilindros em linha e peso de
aproximadamente de 1.340 kg. Eles também
vinham com opção de motor V8.

Ambos tinham câmbio manual de quatro


marchas no assoalho ou três marchas na
coluna de direção.

As versões contavam com suspensão


dianteira independente com braços
sobrepostos e molas helicoidais, traseira
com eixo rígido e feixes de molas semi-
elípticas.

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Ficha técnica - Maverick Super Luxo (1973)
Motor: 6 cilindros
112 cv // 4.400 rpm
Cilindrada: 3.016 cm3
Câmbio : manual
Marchas: 04
Freios: a tambor
Desempenho: velocidade máxima de 150
km/h , 0 a 100 km/h em 20 segundos

MAVERICK GT
(Gran Turismo)
O Maverick GT era o esportivo, versão top de
linha e com produção limitada. O sonho de
consumo dos fãs do modelo.

E era lindo! Na parte externa, destaque para


as faixas laterais adesivas na cor preta,
o capô e painel traseiro com grafismos
pintados em preto fosco, um par de presilhas
em alumínio no capô e, internamente, um
conta-giros sobreposto à coluna de direção
do volante.

A versão GT vinha com um motor V8


diferenciado, com 302 polegadas, potência
de 197 cv e 4.950 cm3. O câmbio era manual
e só vinha com 4 marchas e acionamento no
assoalho.
18
A aceleração era de 0 a 100 km/h em 11
segundos.

O modelo também trazia faróis auxiliares,


bancos individuais com assento mais baixo,
rodas de 14” e pneus Firestone Wide. O
espaço no assento traseiro era um problema,
que acabou sendo resolvido meses depois
com o lançamento da versão sedã com
quatro portas.

Ficha técnica - Maverick GT V8 (1975)


Motor: 8 cilindros em V 197 cv // 4.600 rpm
Cilindrada: 4.949 cm3
Câmbio : manual
Marchas: 04
Freios: a disco ventilado
Desempenho: velocidade máxima de 180
km/h, 0 a 100 km/h em 11 segundos

MAVERICK LDO
A versão LDO (Luxury Decor Option, ou
traduzido “luxuosa decoração opcional”)
foi lançada na Fase 2 do Maverick no
Brasil. Era o modelo mais caro do Maverick,
com acabamento mais chique e interior
monocromático combinando tonalidades
de marrom e azul. Esta versão também
trouxe como opção o câmbio automático de
3 marchas com acionamento no assoalho,
para os modelos equipados como o motor
2,3 litros.

19
Ficha técnica - Maverick LDO (1978)
Motor: 4 cilindros em linha
99 cv // 5.400 rpm
Cilindrada: 2.300 cm3
Câmbio : automático
Marchas: 03
Freios: a disco ventilado
Desempenho: velocidade máxima de 150
km/h, 0 a 100 km/h em 18 segundos

20
AS POLÊMICAS E
PRINCIPAIS CRÍTICAS
Desde o anúncio da produção no Brasil, o
Maverick enfrentou muitas críticas.

A primeira veio na escolha do modelo que a


Ford lançaria para disputar o mercado dos
médios luxo. Apesar do público escolher o
Taunus, a Ford decidiu pelo Maverick com
motor Willys concebido na década de 1930.
A escolha permitiu uma economia de 70
milhões de dólares na execução do projeto,
mas pegou muito mal lançar um produto
“inovador” com um motor de 40 anos.
E o público não gostou nada de ter sido
consultado e não ter sido atendido.

Passado esse mal estar inicial, veio o


lançamento com a imprensa. Apesar de
esportivo e moderno, a imprensa criticou
muito o espaço pequeno nos bancos traseiros
e a visibilidade reduzida na parte traseira por
causa do formato fastback do carro. No final,
esses problemas foram resolvidos com o
lançamento da versão 4 portas. O problema
é que o público brasileiro naquela época
preferia a versão 2 portas e cismou com as
quatro portas.

A primeira série do Maverick GT chegou


ao mercado apresentando muito
problemas como o travamento dos freios
traseiros e o superaquecimento do motor,
21
devido ao sistema de arrefecimento
superdimensionado para o clima brasileiro.
A Ford rapidamente resolveu os problemas
de aquecimento e as vendas subiram.

Ainda assim, havia a reclamação sobre a


performance do motor de 6 cilindros adaptado
do Jeep Willys no Maverick. A aceleração de
0 a 100 km/h em 20 segundos ficou muito
aquém do que o motorista esperava de um
carro esportivo. Na época, o consumidor
dizia que “o desempenho do motor era de
quatro cilindros com um consumo de V8”, e
o Maverick passou a ter a fama de beberrão.
E para piorar, isso acontecia em plena
crise do petróleo, com o preço da gasolina
quadruplicando nas bombas.

Além de todos esses problemas internos,


não era uma tarefa fácil concorrer com o
Chevrolet Opala naquela época, mesmo com
alterações no motor e a substituição do 6
cilindros pelo potente V8 302 importado dos
EUA. A empresa ainda investiu pesado em
ações publicitárias, eventos com a imprensa,
promoções mercadológicas e se lançou nas
pistas de competições…

Não teve jeito. Com o lançamento do Corcel II,


o Maverick teria sua produção interrompida
e encerrada apenas 6 anos após seu
lançamento.

Vale ressaltar que apesar de todas as críticas,


o Maverick segue como um dos carros mais
desejados pelos amantes de velocidade. E
mesmo depois de 40 anos fora da linha de
produção, é um dos modelos mais valiosos,
super disputado no mercado dos clássicos.

22
ESTILO E SUCESSO
NAS PISTAS A PERUA MAVERICK

O Maverick foi um carro das pistas! Ganhou


e fez sucesso competindo no Brasil desde
a sua estréia nas “25 Horas de Interlagos”,
em 1973.

O motor V8 era imbatível, mesmo para o


principal rival, o Opala. Em 1978, o Brasil tinha apenas a Caravan
(lançada em 1974) como uma opção de
Tanto em competições de carros normais de perua para o mercado nacional. A Ford havia
série, como a Divisão 1 e Grupo 1, quanto lançado a Belina, mas era um carro de porte
na categoria de carros modificados, a muito menor e com desempenho aquém do
Divisão 3, o Maverick se destacou e reinou que o consumidor desejava.
absoluto nas pistas. Nestas provas, a Ford
era representada pela Greco Competições, Havia uma demanda não atendida e por isso
liderada por Luiz Antonio Greco (1935 - a empresa Souza Ramos decidiu fabricar a
1992). sua própria perua Maverick.

Greco entendia tudo das pistas e intermediou A parte traseira mais avantajada era feita
várias modificações que tornaram o Maverick pela empresa Sul Americana, especializada
ainda mais rápido. O motor V8 302 recebeu em carrocerias de ônibus, ambulâncias e
cabeçotes Gurney-Weslake e comandos de viaturas policiais.
válvulas “bravos”. Usava quatro carburadores
Weber 48 IDA, com aspiração máxima de Os modelos foram fabricados com 5 portas,
2.440 cfm. O resultado eram 450 cv com e opções de motor de quatro e cinco
5.800 RPM, com o Maverick voando baixo, a cilindros nas versões Super e Super Luxo.
240 km/h.

23
O câmbio reescalonado permitida atingir
110 km/h em primeira marcha, 160 km/h
em segunda, 200 km/h em terceira e 240 em
quarta marcha. Mesmo com tanta velocidade,
o carro estava tão bem alinhado que era fácil
de pilotar e com comportamento previsível
em qualquer situação.

Para não ficar para trás, em 1974, a


Chevrolet passa a oferecer o motor 250-S
para o Opala 4.100, com tuchos de válvulas
mecânicos, taxa de compressão de 8:5:1,
um comando de válvulas de maior duração
e levante e carburador de corpo duplo. O
adversário passava a ser muito mais rápido
que o Maverick.

Como contra-ataque, a Ford convoca o


Conselho Técnico Desportivo Nacional e
homologa um versão que ficou conhecida
como Quadrijet, com carburador Motorcraft
Bijet e admissão Edelbrock. O comando de
válvulas passou a ser Iskenderain com 270
graus, permitindo um bom desempenho sem
perder a dirigibilidade. A potência saltou para
aproximadamente 257 cv brutos e torque de
41,6 kgfm brutos. O Maverick novamente
superava o Opala nas pistas.

24
O Quadrijet fez bonito e venceu já na estréia,
nas “12 Horas de Goiânia”, prova que
inaugurou a categoria Turismo.

Grandes nomes do automobilismo pilotaram


um Maverick em competições, entre eles,
José Carlos Pace, Bob Sharp, Edgar Mello
Filho e Paulo Gomes, o “Paulão”.

Em 1976, a Confederação Brasileira de


Automobilismo decide adotar o regulamento
técnico internacional. Nele, exigia que 5 mil
Maverick Quadrijet fossem produzidos em
12 meses para que o modelo pudesse ser
homologado no grupo. Como a maior parte
dos componentes era importada, o custo da
produção do Quadrijet se tornou inviável.

Por se tratar de uma série especial, fora da


linha de montagem, poucas unidades de rua
foram produzidas com o kit Quadrijet e no
final, o modelo teve que se aposentar das
pistas.

Nos anos 90, o governo brasileiro abriu as


portas para as importações e com essa
facilidade, muitos proprietários aproveitaram
para equipar seus Mavericks com peças
americanas, que conferiam alta performance
para os seus carrões. Muitos deles foram
usados em provas de arrancadas que viraram
moda em todo país.

Neste tipo de prova, o Maverick faz bonito e


se destaca nos primeiros lugares.
25
26
O Torneio dos
Campeões (1975)
O Torneio dos Campeões foi organizado
pela Ford como parte de uma campanha
publicitária para divulgação do lançamento do
Maverick 4 cilindros. As provas aconteciam
em duas etapas, uma em São Paulo e outra
em Brasília. O Torneio foi disputado por
carros originais que eram sorteados entre
os pilotos pouco antes do início da prova. O
vencedor foi o conhecido piloto José Carlos
Pace, conhecido como Moco.

27
O MOTOR V8
Debaixo do capô de uma Maverick você
encontra aquele que talvez seja o seu maior
legado, o motor V8.

Quando lançado nos EUA, ele vinha com o


conhecido motor Thrift Power Six herdado do
Falcon, com seis cilindros em linha, comando
de válvulas no bloco, válvulas no cabeçote
e duas opções de cilindrada: 2,8 litros, com
potência de 82 cv e torque de 17,8 m.kgf, e
3,3 litros, para 91 cv e 21,3 m.kgf. Em 1970,
o modelo chegava na versão de 4,1 litros, 98
cv e 25,3 m.kgf.

O motor V8 só chegaria no Maverick em 1971.


A Ford temia que o motorzão V8 acabasse
com a fama de econômico do modelo. Errou
feio. Este foi um motor que veio para ficar e
deu ao carro a fama de potente e rápido.

O lançamento do motor V8 pela Ford


foi em 1932. Na época, ele custava
aproximadamente 10 dólares.

Foi da Ford a proeza de unir em uma única


peça os 8 cilindros dispostos em V.
28
O SOM POTENTE E
INCONFUNDÍVEL
O motor possuía três estruturas de vira-
brequim, que juntavam simplicidade e eco-
nomia, e acabou se tornando o motor mais
vendido do mundo.

Possuía potência de 65 cv à 3400 rpm e al-


cançava uma velocidade de 120 km/h. Pou-
co depois, a Ford apresentou as suas duas Vamos falar de um motor a moda antiga.
versões: de 2200 cm³ (Model 60) e outro de Esqueça os modelos silenciosos e
3620 cm³ (Model 85), sempre com 8 cilin- bonitinhos.
dros em “V”.
O som de um V8 excede tudo isso e,
Em 1963, surgiu o mais bem sucedido dos particularmente o do Maverick, é lindo ouvir.
motores V8, conhecido como “Small Block” Ele chama a atenção por onde passa
da Ford, um dos menores blocos já fabrica- com seu inconfundível ronco que remete
dos. O primeiro modelo a receber o motor imediatamente a força e aceleração. O
Small Block foi o 221, do Ford Fairlane. O que torna o modelo tão especial para seus
admiradores é a combinação de maciez
mesmo bloco foi estendido para o 260, 289
com a potência do motor, proporcionada
e o bastante conhecido - “V8 302”.
pela junção de seus oito cilindros, quatro
de cada lado, dispostos em formato de V.
Aqui no Brasil, o motor V8 chegou ao Maverick
nas versões lançadas no país: Super, Super O motor V8 não é uma simples tendência
Luxo, GT e o LDO (super raro). Ele era impor- do mercado automobilístico. Acredite, o
tado já montado do Canadá e EUA e entrega- primeiro V8 foi fabricado há mais de um
va 197 cv e 2.400 rpm. A velocidade máxima século, em 1890, pelo alemão Gottlieb
era de 180 km/h, e fazia de 0 a 100km/h Daimler. Somente em 1932 ele começou a
em 11 segundos (no motor 6 cilindros, eram ser fabricado em larga escala pela Ford e
necessários 20 segundos).
29
OBJETO DE COLECIO-
NADOR
O Maverick, com seu poderoso motor V8, é
hoje um item de desejo de qualquer admira-
dor dos carros antigos nacionais.

Um cobiçado modelo GT ou LDO (este últi-


mo, com motor V8 é ainda mais raro) bem
conservado e ainda com suas característi-
cas originais é disputadíssimo no mercado
e pode custar mais de 100 mil reais. Uma
constatação no seleto mercado de carros
antigos é de que adquirir um exemplar raro
pode ser um bom negócio. Nos últimos 8
anos, o preço de carros como o Maverick GT
quadruplicou!

Outro fator que torna esses carros tão espe-


ciais é que restam poucos exemplares em
circulação. Nos 6 anos de produção no Bra-
sil, foram produzidas mais de 108 mil unida-
des do Maverick, e segundo o levantamento
do Departamento de Trânsito de São Paulo
feito em 2018, haviam apenas 7.384 Mave-
ricks registrados no estado, sendo 486 com
a placa preta de veículos de coleção.

Vale lembrar também que, depois do Maveri-


ck, a Ford nunca mais lançou nenhum carro
esportivo com motor V8 no mercado brasi-
leiro.
30
UM ÍCONE NO CINEMA
Todo carrão tem sempre um lugar de destaque no cinema. E com o Maverick não foi diferen-
te. Dono de um estilo único e símbolo de velocidade, ele brilhou no cinema e na tv em várias
produções. Separamos algumas participações aqui:

O VIGILANTE RODOVIÁRIO - 1978


O seriado nacional da década de 60 virou fil-
me em 1978.

Na versão para o cinema, o ator escolhido


para viver o vigilante Carlos teria sido o galã
Antônio Fonzar. Do diretor Ary Fernandes, o
filme traz um Maverick envenenado em mui-
tas cenas de perseguição. Em uma delas, o
Maverick disputa (e leva a melhor) sobre um
Dodge Charger na estrada.

31
SERIADO CHIPS
1977 A 1983
Um Maverick cupê alaranjado 1974 e para
choques volumosos brilhou no seriado na
década de 80.

Erik Estrada e Larry Wilcox interpretavam os


policiais rodoviários Francis Llewellyn “Pon-
ch” Poncherello e Jon Baker. A série teve 139
episódios e foi toda gravada em Long Beach,
Califórnia.

32
A CANÇÃO DO CARRASCO
(THE EXECUTIONER’S
SONG) - 1982
Adaptação do clássico da literatura “The
Executioner’s Song”, de Norman Mailer.

Estrelado pelo jovem Tommy Lee Jones, o


filme conta a história dos últimos nove me-
ses da vida de Gary Gilmore depois de cum-
prir 12 anos de prisão por um roubo.

É a bordo de um Maverick amarelo que o pro-


tagonista é conduzido ao longo das duas ho-
ras de filme.

33
JOVENS ASSASSINOS
(THE BOYS NEXT
DOOR) - 1985
O Maverick é protagonista em mais um fil-
me sobre rebeldia. Na história, dois jovens
estudantes (um deles é o ainda garoto Char-
lie Sheen) resolvem comemorar a formatura
saindo às ruas para espancar e matar quem
estiver no caminho. Tudo isso a bordo de um
Maverick cupê vermelho 1970.

34
DOIS FILHOS DE VAI QUE DÁ CERTO -
FRANCISCO - 2005 2013
Olha aí, um filme nacional. O filme mostra a Comédia brasileira, dirigida por Maurício
trajetória dos irmãos Zezé de Camargo e Lu- Frias.
ciano rumo ao estrelato.
O filme é estrelado por Fábio Porchat junto
No filme, o primeiro empresário da dupla (ain- com Gregório Duvivier, Bruno Mazzeo, Lúcio
da com nome de Mirosmar e Emival) troca a Mauro Filho, Natália Lage e Danton Mello.
sua velha kombi por um Maverick cupê bran-
co. A bordo do novo carro, eles partem em O Maverick marrom do protagonista é rouba-
direção a Brasília, mas no meio do caminho do com seus instrumentos musicais dentro.
sofrem um acidente e o jovem Emival morre. Ele então decide juntar os amigos e roubar
uma transportadora. Claro, que tudo dá er-
Assim, o irmão Welson, com o nome artísti- rado no golpe, mas de alguma maneira os
co de Luciano, assume seu lugar na dupla. personagens terminam o filme muito bem.

35
CLUBES DE COLECIONADORES

MAVERICK CLUBE DO resolveu então criar um Clube para que


esse objetivo fosse cumprido por completo.
BRASIL Nasceu assim o Ford Maverick Clube do
Brasil, o até então único Clube exclusivo de
Maverick filiado à Federação Brasileira de
Veículos Antigos – FBVA. Fique à vontade
para conhecer e fazer parte do Ford Maverick
Clube do Brasil”.

www.fordmaverickclubedobrasil.com.br
Muito atuante, o Maverick Clube do Brasil
trabalha bastante para promover eventos
e encontros dos apaixonados. Os sócios
também participam de eventos em todo o
Brasil e divulgam em seu site os encontros
de outros clubes.

Essas ações fazem parte do ideal de


manter a história do Maverick viva entre os
apaixonados como consta no site:

“Com o intuito de fazer mais pela história e


preservação do Ford Maverick, após várias
idéias e conversas, um grupo de amigos
36
MAVERICK CLUBE DE
CURITIBA
www.facebook.com/maverickclubedecuritiba/

Um dos clubes de amantes do Maverick


mais atuantes do país, o Maverick Clube de
Curitiba foi fundado em dezembro de 1999.

Os objetivos do clube estão descritos no


estatuto:

- Proporcionar aos seus associados


atividades recreativas e culturais,
congregando os apreciadores do MAVERICK
AUTOMÓVEL e incrementando a preservação
e conservação dos mesmos, cultivando
a tradição, protegendo e promovendo o
patrimônio cultural antigomobilista;

- Promover: a) A agremiação de sócios


aficionados, proprietários ou não do modelo;
b) Exposições públicas; c) Aquisições de
peças e sobressalentes para o modelo
destinados ao acervo do clube.

O fundador e atual presidente do Maverick


Clube de Curitiba, Álvaro Luis Trevisan
Franco, conta a história do clube e a sua
evolução nestes 21 anos:

“Em 1997 alguns proprietários de Maverick


em Curitiba começaram a se reunir no
37
Largo da Ordem e no Parque Barigui e
ainda timidamente falavam sobre peças,
acabamentos, detalhes originais dos
modelos, ou seja, interesses comuns que
iam aproximando as pessoas.

O número de proprietários foi crescendo


e, juntamente com suas famílias, foram
marcando encontros, passeios e viagens
até que, em 04 de dezembro de 1999, foi
fundado o Maverick Clube de Curitiba em
um encontro na chácara da Nestlé, espaço
cedido pelo então Sócio Anderson Ferigotti.
Neste tempo ainda havia dificuldades como
o pouco conhecimento sobre a história
do Maverick e informações sobre bons
mecânicos para consertá-los ou restaurá-
los.

Mas com o passar dos anos, o clube foi


crescendo cada vez mais e o compromisso
com o Maverick aumentando, mecânicos e
restauradores apareceram, a identificação
de cores, as especificações originais e
outras informações começaram a chegar
e o valor do Maverick só aumentou, assim
como a dimensão dos eventos do clube.

Um dos maiores eventos, em dezembro de


2008, foi uma viagem internacional com
destino a Buenos Aires - Argentina, quando
06 Mavericks e mais uma Veraneio como
carro de apoio, com um total de 27 pessoas
entusiasmadas, partiram para uma aventura
com mais de 4.500 km de pura felicidade.

Já em 2016 o clube estabeleceu, na come-


moração de seu aniversário, o recorde co-
nhecido em número de Ford Mavericks em
um mesmo evento e em 2017 novamente
38
este recorde foi batido com mais de 130
automóveis deste modelo.

Em 2018, o Álbum de Figurinhas do Maverick


Clube de Curitiba consolidou o sucesso deste
grupo sempre crescente de aficionados,
que com o apoio da Concessionária Ford
Barigui, reuniu 132 Mavericks. Em 2019,
em um grandioso evento comemorando 20
anos do Clube, realizado no Bosque São
Cristóvão, no bairro Santa Felicidade, o mais
novo recorde: 164 Ford Maverick reunidos.

Em 2020, esperamos novos recordes,


novos eventos, novas experiências e novas
ações, pois grandes horizontes estão sendo
semeados pela família Maverick!”.

Como se pode ver, o clube não faz feio


quando o assunto é organizar eventos. São
feitos com frequência: passeios, encontros
e carreatas .

Segundo os organizadores, a comemoração


anual do aniversário do Maverick Clube
de Curitiba pode ser considerado o maior
encontro de Mavericks do mundo; sempre
com uma imponente exposição de veículos
de diversos modelos como clássicos da
Ford, modelos de muscle cars, hot rods,
antiguidades e, claro, o dono da festa - o
Maverick.
39
RELATOS DE APAIXONADOS POR MAVERICK

Maverick, o carro da família!


“A minha história começa com a lembrança do
Maverick do meu avô materno - um modelo GT
V8 - 1974, na cor verde mangueira - que por
problemas de documentação foi parar em um
ferro velho mesmo estando em bom estado de
conservação. Lembro-me bem da imagem do
conta giros por trás do volante.

Depois, veio a compra do primeiro Maverick de


nossa família. Meu pai adquiriu de um vizinho
(único dono) um Maverick SL, 4 cilindros, 1976;
com nota fiscal, manual, chave reserva. A
intenção era presentear o meu avô. Com esse
modelo, que está conosco até hoje, iniciou-se
a verdadeira paixão. Veio a integração entre os
amigos, a fundação do Clube (Maverick Clube
de Curitiba) em 04 de dezembro de 1999 e a
difusão da proposta que dura até hoje.

Depois veio o tão desejado modelo GT V8. Em


seguida, mais um Super Cupê V8 e um Super
Sedan, 4 portas, 6 cilindros.

Foi interessante que, mesmo em algum momento


desejando cada um desses modelos, eles vieram
naturalmente para as minhas mãos vindo de
boas procedências. De certa forma, mesmo
conhecendo esses carros antes de serem de
minha propriedade, parecia que eu já sabia que
um dia eles seriam meus.

Hoje são 4 Mavericks que acaba fechando um


para cada membro da minha família (um para o
casal e um para cada um dos 3 filhos”.

André Luiz Allegretti, empresário, Curitiba - PR

40
Meu Maverick 1975, Super Luxo
“Ele não é um carro restaurado e também não ficou apenas guardado na garagem. É um caso
raro de muito cuidado e um pouco de sorte, pois foram mais de nove donos.

Quando comprei este legítimo Maverick Super Luxo 1975 com motor 302 V8 (opcional de fábrica),
no dia 30 outubro de 1986, ele já havia passado por três proprietários anteriores.

O primeiro, foi uma empresa de Ponta Grossa, onde foi emplacado a primeira vez em 1975. Em
1982, foi comprado pelo Plínio, aqui de Curitiba, que teve a oportunidade de escolher a nova
placa, AK-2020. No começo de 1986, ele foi comprado então pelo Sr. Guaraci, que em outubro do
mesmo ano colocou o anúncio no jornal e eu acabei encontrando. Por 40 mil cruzados, tornei-me
o quarto proprietário.

Para mim o carro estava praticamente novo, totalmente original, mas já havia percorrido uma
boa quilometragem em 11 anos, tanto que cerca de um ano depois tive de mandar retificar o
motor, que fazia fumaça.

Ao longo de nove anos, eu troquei a grade dianteira pela do “fase II” e pintei os aros do farol, o “bigode”
(chapa logo abaixo da grade) e os braços do limpador de para-brisas em preto, escapamento
esportivo, molas dianteiras cortadas, rodas “scorro” aro 14 e pneus radiais. Essas trocas deram
um toque mais esportivo ao SL.

Quando houve a mudança obrigatória das placas para três letras, em 1991, eu escolhi a combinação
com a letra A (obrigatória para Curitiba) mais as minhas iniciais, RG e os números são ano do
carro, 1975, para substituir as amarelas, que guardei dentro de um depósito na minha empresa,
sem a menor pretensão de voltar a vê-las no carro. E assim o carro rodou numa época em que
o uso diário não era tão raro como hoje. Eu cheguei a usá-lo como carro de trabalho, mesmo
em viagens ou dentro da cidade. Gostava muito de ir com ele à Florianópolis e à São Paulo, por
exemplo. Na época em que meu falecido pai tinha um sítio em Garuva-SC, foram vários finais de
semana em que o Maverick encarou estrada de chão, buracos, lama e até cruzava por riachos;
até que veio uma chuva de granizo que tratou de marcar o teto de vinil para sempre.

Com o tempo eu passei a guardá-lo dentro da minha empresa, não arrumei os amassados da
chuva de pedra e a pintura “queimada”, resultado de tanto polimento do capô.

Em 1995, eu vendi para um amigo, o Pedro, e ele logo passou para outro conhecido, o Élcio, também
de Curitiba, que tratou de usar o carro para ir trabalhar, atravessando Curitiba diariamente por
anos.

Nesse tempo, o V8 precisou de uma pintura geral, mas sem desmontar os acabamentos cromados.
Élcio também colocou as rodas gaúchas, aro 14. Ele era cliente da minha empresa, mas nos
víamos raramente. Assim anos depois, ele me disse que pretendia vender e eu era o primeiro da
fila, porém eu não pude fazer nada. Era uma época difícil para mim, e ele vendeu para o Cleverson,
41
da cidade de São Paulo. Ele, por sua vez, em março de 2011, vendeu para o Ruy, de Itu. Este
caprichou nos cuidados, pois tem uma agência de carros e outros Mavericks também.

No final de 2012, eu sonhava com aquele Maverick e, por acaso, encontrei um anúncio no Mercado
Livre. O carro estava na loja NewCar, em Itu. Eu entrei em contato com o Ruy e falei a placa do
carro, mas o carro já tinha ido embora, foi comprado pelo Francivaldo, de Novo Horizonte.

Em março de 2013 o Silvio, um conhecido do Ruy (este participa de um grupo de antigomobilistas


em Itu-SP), foi atrás do carro e o comprou. O Maverick retornou para Itu. Foi o Silvio que fez as
maiores melhorias: foi instalado o servo-freio e os freios à disco na traseira, direção e embreagem
hidráulicas, retrabalhou os cabeçotes, restaurou o painel, colocou um novo radiador de alumínio
com ventoinha elétrica, instalou os pneus 275/60 R15 na traseira (tão grandes que mudaram o
visual do carro) e um novo escapamento.
Durante todo esse tempo o Maverick vermelho e preto não saia da minha cabeça. Às vezes, eu
sonhava com ele. Até que em outubro de 2016, encontrei o Élcio (ele mesmo!) na rua e ele me
contou que tinha visto o “nosso” V8 à venda num site. Eu já desconfiava que o carro estaria perto
de Itu, e não pude deixar de aproveitar a oportunidade para ligar para o Silvio, já falando qual era
a placa do carro e alguns detalhes, comprovando ser exatamente o mesmo.

Quando eu contei para a minha esposa Iracema que o carro com o qual nós nos conhecemos
poderia ser nosso de novo, e que o vendedor aceitava a minha camionete S-10 no negócio, ficou
mais fácil.

Daí no dia 5 de novembro de 2016 - 30 anos depois da primeira compra - fui buscar o Maverick
“de volta para casa”. Foram mais de 21 anos longe dele. Neste mesmo dia, eu cheguei com o
carro e fui direto para a “casinha”, que na época era o local de encontro do Maverick Clube de
Curitiba, que eu conhecia apenas no Facebook. Chegando lá, pude me apresentar com o carro! Eu
me associei ao Clube e um ano depois já comecei a participar da nova Diretoria, como Secretário.

Agora na minha nova etapa com o carro, tenho uns poucos detalhes para arrumar e conservar,
mas é um hobby muito prazeroso. Além de conservar a mesma antena elétrica da época, eu já
reinstalei o Toca Fitas Roadstar com amplificador da época também e no mais eu fiz a manutenção
normal de qualquer carro. O volante original voltou restaurado e com revestimento em couro,
assim como a alavanca de câmbio, idêntica à original.

Conclusão: eu fui o quarto e também o décimo-primeiro proprietário deste Maverick. Este carro foi
muito bem conservado por todos os seus donos, não teve acidentes, está íntegro e funcionando
muito bem sem ter sido restaurado. Algumas poucas marcas do tempo: o teto de vinil desgastado
com as marcas de granizo e alguns frisos amassados, pintura já com alguns riscos. Para mim,
são estes detalhes que valorizam ainda mais o carro! Este Maverick ainda tem fôlego e estrutura
para continuar rodando por muitos anos. Quem sabe no futuro, estará nas mãos de um dos meus
filhos ou netos. Quem sabe?
Rubens Glück, empresário, Curitiba-PR

42
Tabela de figuras:
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