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MAIO 1997 NBR 10300

Cabos de instrumentação com isolação


extrudada de PE ou PVC para tensões
até 300 V

ABNT
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346 Especificação
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br Origem: Projeto NBR 10300/1994
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:020.05 - Comissão de Estudo de Cabos de Baixa Tensão
NBR 10300 - Instrumentation cables for rated voltages up to and including 300 V
- Specification
Descriptors: Instrumentation cables. Electrical cables
Esta Norma substitui a NBR 10300/1988
Válida a partir de 30.06.1997
© ABNT 1997 Palavras-chave: Cabo de instrumentação. Cabo elétrico 16 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 2 Documentos complementares


1 Objetivo
2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

3 Definições
4 Condições gerais NBR 5111 - Fios de cobre nu de seção circular para
5 Condições específicas fins elétricos - Especificação
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição NBR 5368 - Fios de cobre mole estanhados para fins
ANEXO - Tabelas elétricos - Especificação

1 Objetivo NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos


na inspeção por atributos - Procedimento
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis na aceitação
e/ou recebimento de cabos de instrumentação, com con- NBR 5456 - Eletricidade geral - Terminologia
dutores de cobre, isolados com polietileno (PE) ou cloreto
de polivinila (PVC), armados ou não, com cobertura, para NBR 5471 - Condutores elétricos - Terminologia
uso em instalações fixas e para tensões até 300 V entre
condutores e 150 V entre condutor e terra, CA ou CC.
NBR 6238 - Fios e cabos elétricos - Envelhecimento
térmico acelerado - Método de ensaio
1.2 Estes cabos destinam-se basicamente para uso em
instrumentação eletrônica de instalações industriais em
geral e para a indústria química e petroquímica em par- NBR 6239 - Fios e cabos elétricos - Deformação a
ticular. quente - Método de ensaio

1.3 Nesta Norma são previstos cabos constituídos de NBR 6241 - Tração à ruptura em materiais isolantes
pares ou ternas de veias, blindados individualmente ou e coberturas protetoras extrudadas para fios e cabos
não, reunidos em coroas concêntricas, blindados cole- elétricos - Método de ensaio
tivamente ou não, armados ou não.
NBR 6242 - Verificação dimensional para fios e cabos
1.4 Estes cabos podem ser projetados de modo a apre- elétricos - Método de ensaio
sentarem características especiais quanto à não propa-
gação e auto-extinção do fogo, constatadas através do NBR 6244 - Ensaio de resistência à chama para fios
ensaio de queima vertical, conforme a NBR 6812. e cabos elétricos - Método de ensaio

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2 NBR 10300/1997

NBR 6246 - Fios e cabos elétricos - Dobramento à 4 Condições gerais


frio - Método de ensaio
4.1 Condições em regime permanente
NBR 6247 - Fios e cabos elétricos - Alongamento a
frio - Método de ensaio A temperatura no condutor, em regime permanente, não
deve ultrapassar 70°C para cabos isolados com PVC/A
NBR 6251 - Cabos de potência com isolação sólida ou PE e 105°C para cabos isolados com PVC/E.
extrudada para tensões de 1 kV a 35 kV - Construção
- Padronização 4.2 Acondicionamento e fornecimento

NBR 6812 - Fios e cabos elétricos - Queima vertical 4.2.1 Os cabos devem ser acondicionados de maneira a
(fogueira) - Método de ensaio ficarem protegidos durante o manuseio, transporte e ar-
mazenagem. O acondicionamento deve ser em rolo ou
NBR 6813 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de resis- carretel. O carretel deve ter resistência adequada e ser
tência de isolamento - Método de ensaio isento de defeitos que possam danificar o produto.

NBR 6814 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de resis- 4.2.2 O acondicionamento em carretéis deve ser limitado
tência elétrica - Método de ensaio à massa bruta de 5 000 kg e o acondicionamento em ro-
los limitado a 40 kg para movimentação manual. Em rolos
NBR 6880 - Condutores de cobre mole para fios e cuja movimentação deva ser efetuada por meio mecânico
cabos isolados - Características dimensionais - Pa- é permitida massa superior a 40 kg.
dronização
4.2.3 Os cabos devem ser fornecidos em unidades de
NBR 6881 - Fios e cabos elétricos de potência ou expedição com comprimento nominal de fabricação.
controle - Ensaio de tensão elétrica - Método de en-
4.2.4 Para cada unidade de expedição (rolo ou bobina), a
saio
incerteza máxima exigida na medição do comprimento
efetivo é de ± 1%.
NBR 7312 - Rolos de fios e cabos elétricos - Caracte-
rísticas dimensionais - Padronização
4.2.5 O fabricante deve garantir, durante o processo de
fabricação, que os materiais acondicionados em rolos
NBR 9128 - Fios e cabos telefônicos - Ensaio de ca-
apresentem uma média de comprimento no mínimo igual
pacitância mútua - Método de ensaio
ao comprimento efetivo declarado.
NBR 10537 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de cen-
4.2.6 Para produtos acondicionados em carretéis, admite-
telhamento - Método de ensaio
se, quando não especificado diferentemente pelo
comprador, que o comprimento efetivo em cada unidade
NBR 11137 - Carretéis de madeira para o acondi-
de expedição seja diferente do comprimento nominal em
cionamento de fios e cabos elétricos - Dimensões e
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no máximo ± 3%. Para efeitos comerciais o fabricante,


estruturas - Padronização
neste caso, deve declarar o comprimento efetivo.
3 Definições 4.2.7 Para complementar a ordem de compra, admite-se
que até 5% dos lances de um lote de expedição sejam
Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos
irregulares quanto ao comprimento (ver 3.4), devendo o
em 3.1 a 3.4 e nas NBR 5456, NBR 5471 e NBR 6251.
fabricante declarar o comprimento efetivo de cada unidade
de expedição.
3.1 Unidade de expedição
4.2.8 Os carretéis devem possuir dimensões conforme a
Comprimento contínuo de material contido em uma em-
NBR 11137 e os rolos conforme a NBR 7312.
balagem de expedição, ou seja, um rolo para materiais
acondicionados em rolos ou uma bobina para materiais 4.2.9 As extremidades dos cabos acondicionados em
acondicionados em carretéis. carretéis devem ser convenientemente seladas com
capuzes de vedação ou com fita auto-aglomerante, re-
3.2 Comprimento efetivo sistentes às intempéries, a fim de evitar a penetração de
umidade durante o manuseio, transporte e armazenagem.
Comprimento efetivamente medido em uma unidade ou
lote de expedição por meio de equipamento adequado 4.2.10 Externamente os carretéis devem ser marcados,
que garanta a incerteza máxima especificada. nas duas faces laterais, diretamente sobre o disco ou por
meio de plaquetas metálicas, com caracteres legíveis e
3.3 Comprimento nominal permanentes, com as seguintes indicações:
Comprimento padrão de fabricação e/ou comprimento a) nome do fabricante e CGC;
que conste na ordem de compra.
b) indústria brasileira;
3.4 Lance irregular (quanto ao comprimento)
c) tensão de isolamento (V), em V;
Lance com comprimento diferente, em mais de 3%, do
comprimento nominal, com no mínimo 50% do referido d) número de pares ou ternas e seção nominal, em
comprimento. mm2;

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e) número desta Norma; 5 Condições específicas

f) comprimento, em m; 5.1 Condutor

g) massa bruta, em kg; 5.1.1 O condutor deve ser de cobre eletrolítico, têmpera
mole, com ou sem revestimento metálico, devendo corres-
h) número da ordem de compra; ponder à classe 2 de encordoamento, conforme a
NBR 6880, salvo acordo diferente entre comprador e fabri-
i) número de série do carretel; cante. A resistência elétrica máxima do condutor prevista
nesta Norma deve ser acrescida de 3%, para compensar
j) seta no sentido de rotação para desenrolar. as perdas devidas à formação dos pares ou ternas, com
passos curtos.
4.2.11 Os rolos devem conter uma etiqueta com as indi-
5.1.2 A superfície dos fios componentes do condutor encor-
cações de 4.2.10, com exceção das referentes às alíneas
doado não deve apresentar fissuras, escamas, rebarbas,
i) e j).
asperezas, estrias ou inclusões. O condutor pronto não
deve apresentar falhas de encordoamento.
4.3 Garantias
5.1.3 Os fios componentes do condutor encordoado, antes
4.3.1 O fabricante deve garantir, entre outros requisitos, o
de serem submetidos a fases posteriores de fabricação,
seguinte: devem atender aos requisitos da NBR 5111 ou NBR 5368,
para condutores de cobre nu ou revestido, respectiva-
a) a qualidade de todos os materiais usados, de acor- mente.
do com os requisitos desta Norma;
5.1.4 As seções nominais previstas, em mm2, são:
b) a reposição, livre de despesas, de qualquer cabo 0,5; 0,75; 1; 1,5; 2,5.
considerado defeituoso, devido às eventuais de-
ficiências em seu projeto, matéria-prima ou fabri- 5.2 Isolação
cação, durante a vigência do período de garantia.
Este período deve ser estabelecido em comum 5.2.1 A isolação deve ser constituída por camada extru-
acordo entre comprador e fabricante. dada de um dos seguintes materiais:

4.3.2 As garantias são válidas para qualquer cabo insta- a) PVC/A: composto isolante à base de cloreto de
lado com técnica adequada e utilizado em condições pró- polivinila ou copolímero de cloreto de vinila e ace-
prias e normais ao tipo de cabo. tato de vinila, para temperatura máxima de opera-
ção de 70°C, com requisitos conforme a NBR 6251;
4.4 Descrição para aquisição do cabo
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b) PVC/E: composto isolante à base de cloreto de


O comprador deve indicar necessariamente em sua con- polivinila ou copolímero de cloreto de polivinila e
sulta e posterior ordem de compra para aquisição do cabo acetato de vinila, para temperatura máxima de
os seguintes dados fundamentais: operação de 105°C, conforme requisitos desta Nor-
ma;
a) tensão de isolamento (V), em V;
c) PE: composto isolante à base de polietileno termo-
b) número de pares ou ternas e condutor de comu- plástico, para temperatura máxima de operação
nicação, se requerido, seção nominal, em mm2, e de 70°C, com requisitos conforme a NBR 6251.
classe de encordoamento;
5.2.2 A isolação deve ser contínua e uniforme, ao longo
c) tipo de isolação (PVC/A, PVC/E ou PE); de todo o seu comprimento.

d) blindagem individual e/ou coletiva, se requerida; 5.2.3 A isolação das veias deve estar justaposta sobre o
condutor, porém facilmente removível e não aderente a
d) tipo de armação, se requerida, e tipo de cobertura; ele.

e) número desta Norma; 5.2.4 As espessuras da isolação devem estar conforme a


Tabela 1 do Anexo.
f) comprimento total a ser adquirido, em m;
5.2.5 A espessura média da isolação não deve ser inferior
ao valor nominal especificado.
g) comprimento das unidades de expedição e
respectivas tolerâncias; caso não sejam fixados,
5.2.6 A espessura mínima da isolação, em um ponto qual-
adotam-se o comprimento padrão do fabricante e
quer de uma seção transversal, não pode ser inferior ao
tolerâncias conforme 4.2.3 a 4.2.7.
especificado na Tabela 1 do Anexo.
Nota: No caso de exigência dos ensaios previstos em 6.3.10 e
6.3.11, indicação explícita deve constar na ordem de com- 5.2.7 As espessuras da isolação devem ser medidas
pra. conforme a NBR 6242.

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4 NBR 10300/1997

5.3 Formação dos elementos (pares ou ternas de 5.7.2 A blindagem deve ser aplicada sobre o elemento
veias) com a face aluminizada interna e em contato com o con-
dutor de dreno. A sobreposição deve ser de 25%, no mí-
Duas ou três veias devem ser reunidas uniformemente, nimo. A espessura média mínima, compreendendo o
formando elementos, com passo não excedendo 100 mm. poliéster e o alumínio, deve ser de 26 µm.
Cabos com dois pares, sem blindagem individual, podem
ter as quatro veias reunidas, formando uma quadra, even- 5.8 Enfaixamento da blindagem (quando requerido)
tualmente em torno de um enchimento central.
5.8.1 Quando requerido isolamento entre blindagens de
5.4 Identificação das veias (pares ou ternas) elementos adjacentes, deve ser aplicado um enfaixamen-
to constituído de uma ou mais camadas de fitas de material
As veias de cada elemento e o elemento devem ser iden- isolante não-higroscópico.
tificados por um dos seguintes métodos:
5.8.2 O enfaixamento deve ser aplicado de forma tal a
a) por seqüência de cores, conforme a Tabela 2 ou 3 permitir o atendimento do requisito de 6.3.5.
do Anexo;
5.8.3 Este requisito deve ser explicitamente solicitado por
b) por cores básicas na seqüência preto, branco (par) ocasião da consulta, por não ser o padrão usual do fa-
ou preto, branco, vermelho (terna), complemen- bricante.
tada pela identificação do elemento, por meio de
número gravado sobre a superfície da isolação de 5.9 Condutor de comunicação
cada veia do elemento;
5.9.1 Quando explicitamente solicitado pelo comprador,
c) conforme alínea b), porém com a identificação do pode ser previsto um condutor de comunicação, com
elemento feita por meio de fita gravada, aplicada isolação na cor azul ou laranja, com a função de facilitar
helicoidalmente sobre pelo menos uma das veias a instalação do cabo.
ou sobre a reunião das veias do elemento;
5.9.2 O condutor de comunicação deve ser de cobre
d) no caso de elementos blindados individualmente, eletrolítico nu ou revestido, de têmpera mole, de seção
por cores básicas na seqüência preto, branco (par), nominal mínima 0,5 mm2, e ter características conforme a
preto, branco, vermelho (terna), complementada NBR 6880, devendo atender à classe 2 de encordoa-
pela identificação do elemento por meio de nú- mento. Os fios componentes devem atender aos requisitos
meros gravados na fita de enfaixamento sobre a da NBR 5111.
blindagem do elemento, ou por meio de fita nume-
rada aplicada longitudinalmente sob o enfaixa- 5.10 Reunião dos elementos (pares ou ternas de veias)
mento da blindagem.
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O número requerido de elementos, com eventuais enchi-


5.5 Condutor de dreno da blindagem dos elementos mentos não-higroscópicos, deve ser reunido com passo
conveniente. O condutor de comunicação, quando pre-
Quando o elemento possui blindagem individual, deve visto, deve ser colocado, sempre que possível, no centro
ser previsto um condutor de dreno em contato elétrico e da reunião dos elementos.
sob ela, de seção nominal mínima 0,5 mm2. O condutor
deve ser de cobre eletrolítico revestido, têmpera mole, 5.11 Separador
com flexibilidade mínima correspondente à classe 2 de
encordoamento, conforme a NBR 6880. Os fios compo- 5.11.1 A(s) fita(s) separadora(s), não-higroscópica(s) e de
nentes devem atender aos requisitos da NBR 5368. Sob material compatível com os demais componentes do
o condutor de dreno, envolvendo parcial ou totalmente o cabo, deve(m) ser aplicada(s) sobre a reunião, helicoidal-
elemento, pode ser aplicado, a critério do fabricante, um mente ou longitudinalmente, com sobreposição mínima
enfaixamento constituído de uma ou mais fitas não-higros- de 25%.
cópicas.
5.11.2 A função do separador é evitar a aderência e facilitar
5.6 Enchimento do elemento a remoção dos demais componentes do cabo.

Quando julgado necessário pelo fabricante, enchimento 5.12 Condutor de dreno da blindagem coletiva
de material compatível com os materiais do elemento
pode ser aplicado, no(s) interstício(s) do elemento, a fim
Quando o cabo possui blindagem coletiva, deve ser pre-
de tornar mais regular o núcleo do cabo.
visto, em contato elétrico e aplicado longitudinal ou he-
licoidalmente sob ela, um condutor de dreno de seção
5.7 Blindagem dos elementos (pares ou ternas de veias) nominal mínima 0,5 mm 2. O condutor deve ser de cobre
eletrolítico revestido, com flexibilidade mínima corres-
5.7.1 A blindagem do elemento, quando prevista, deve pondente à classe 2 de encordoamento, conforme a
ser constituída de uma ou duas fitas de alumínio revestida NBR 6880. Os fios componentes devem atender aos re-
com poliéster, aplicada em contato elétrico com o con- quisitos da NBR 5368. Os fios podem ser encordoados
dutor de dreno colocado em um dos interstícios. com passo longo ou aplicados em feixe longitudinal.

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5.13 Blindagem coletiva 5.17.2 A cobertura deve ser contínua e uniforme ao longo
de todo o seu comprimento.
5.13.1 A blindagem coletiva, quando prevista, deve ser
constituída de uma ou duas fitas de alumínio revestido 5.17.3 As espessuras nominal e mínima da cobertura
com poliéster, aplicada(s) em contato elétrico com um devem ser calculadas conforme a NBR 6251.
condutor de dreno colocado sob a blindagem.
5.17.4 A espessura mínima da cobertura deve ser medida
5.13.2 A blindagem deve ser aplicada sobre o separador conforme a NBR 6242.
da reunião dos elementos (pares ou ternas), com a face
aluminizada interna, em contato com o condutor de dreno, 5.18 Marcação na cobertura
com sobreposição mínima de 25%. A espessura média
mínima da fita deve ser 26 µm, compreendendo poliéster
A marcação na cobertura deve estar conforme a
e alumínio.
NBR 6251. O número de condutores deve ser substituído
pelo número de elementos (pares ou ternas). A cobertura
5.14 Capa interna
deve conter pelo menos uma marcação legível a cada
5.14.1 Uma capa interna deve ser aplicada sobre o con- metro.
junto dos elementos reunidos e enfaixados, se for prevista
a utilização de armação metálica em cabos não blindados 6 Inspeção
coletivamente. O critério de escolha do tipo de composto
é o mesmo estabelecido para a cobertura, conforme 5.17. 6.1 Ensaios e critérios de amostragem

5.14.2 A espessura da capa interna deve ser estabelecida Os ensaios previstos por esta Norma são classificados
em função do diâmetro fictício da reunião, calculado con- em:
forme a NBR 6251, complementada pelas Tabelas 4 ou
5 do Anexo, referentes a diâmetros fictícios dos condutores a) ensaios de recebimento (R e E);
e coeficientes de reunião dos elementos, respectiva-
mente. b) ensaios de tipo (T);
5.15 Capa de separação
c) ensaios de controle.
5.15.1 Em cabos blindados individual ou coletivamente e
armados, deve ser prevista uma capa de separação, em 6.1.1 Ensaios de recebimento (R e E)
substituição à capa interna. O critério de escolha do tipo
de composto é o mesmo estabelecido para a cobertura, 6.1.1.1 Os ensaios de recebimento constituem-se de:
conforme 5.17.
a) ensaios de rotina (R);
5.15.2 As características físicas dos materiais usados
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como capa de separação devem estar de acordo com a b) ensaios especiais (E).
NBR 6251.
6.1.1.2 Os ensaios de rotina (R) são feitos pelo fabricante
5.15.3 As espessuras nominal e mínima da capa de sepa- sobre todas as unidades de expedição (rolos ou
ração devem ser calculadas de acordo com a NBR 6251. carretéis), com a finalidade de demonstrar a integridade
do cabo.
5.15.4 A espessura mínima da capa de separação deve
ser medida conforme a NBR 6242.
6.1.1.3 Os ensaios de rotina (R), solicitados por esta
5.16 Armação metálica Norma, são:

A armação metálica, quando prevista, deve estar a) ensaio de resistência elétrica, conforme 6.3.1;
conforme a NBR 6251.
b) ensaio de centelhamento, conforme 6.3.6;
5.17 Cobertura
c) ensaio de tensão elétrica, conforme 6.3.2;
5.17.1 A cobertura dos cabos deve ser constituída de
material termoplástico de um dos seguintes tipos, de
d) ensaio de resistência de isolamento à tempera-
acordo com a NBR 6251:
tura ambiente, conforme 6.3.3.
a) ST1 - composto termoplástico extrudado à base
de cloreto de polivinila ou copolímero de cloreto 6.1.1.4 Para uma ordem de compra específica, sujeita a
de vinila e acetato de vinila, para temperatura no inspeção pelo comprador, pode ser adotado o critério de
condutor menor ou igual a 70°C, com requisitos amostragem para os ensaios de rotina, baseado na
conforme a NBR 6251; NBR 5426, com nível de inspeção (NI) e nível de qua-
lidade aceitável (NQA) a serem acordados entre fa-
b) PVC/E - composto termoplástico extrudado à base bricante e comprador (ver procedimento de inspeção, em
de cloreto de polivinila ou copolímero de cloreto 7.2.1.3-b).
de vinila e acetato de vinila, para temperatura no
condutor menor ou igual a 105°C, conforme requi- Nota: Recomenda-se, neste caso, a aplicação do plano de
sitos desta Norma. amostragem duplo normal com NI = II e NQA = 2,5%.

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6.1.1.5 Todas as veias devem ser submetidas aos ensaios 6.1.2.2 Estes ensaios devem ser realizados, de modo geral,
de rotina. uma única vez para cada projeto de cabo.

6.1.1.6 Os ensaios especiais (E) são feitos em amostras 6.1.2.3 Após a realização dos ensaios de tipo, deve ser
de cabo completo, ou em componentes retirados das emitido um certificado pelo fabricante ou por entidade re-
amostras, conforme critério de amostragem estabelecido conhecida pelo fabricante e comprador.
em 6.1.1.8 a 6.1.1.11, com a finalidade de verificar se o
cabo atende às especificações do projeto. 6.1.2.4 A validade do certificado, emitido conforme 6.1.2.3,
condiciona-se à emissão de um documento de sua apro-
6.1.1.7 As verificações e os ensaios especiais (E) vação por parte do comprador. Este documento só pode
solicitados por esta Norma são: ser utilizado pelo fabricante, para outros compradores,
com autorização prévia do emitente.
a) verificação da construção do cabo, conforme 5.1 a
5.9; 6.1.2.5 Os ensaios de tipo (T), elétricos, solicitados por
esta Norma são:
b) ensaio de capacitância mútua, conforme 6.3.8;
a) ensaio de resistência elétrica, conforme 6.3.1;
c) ensaios de tração na isolação, antes e após o
envelhecimento, conforme 6.3.12; b) ensaio de tensão elétrica em amostra de cabo
completo, conforme 6.3.2;
d) ensaios de tração na cobertura antes e após o
c) ensaio de tensão elétrica nas veias, conforme
envelhecimento, conforme 6.3.12;
6.3.7;
e) ensaio de resistência à chama, conforme 6.3.9.
d) ensaio de resistência de isolamento à tempera-
tura ambiente, conforme 6.3.3;
6.1.1.8 Os ensaios especiais devem ser feitos para ordens
de compra que excedam 4 km de cabo, de mesmo tipo,
e) ensaio de resistência de isolamento à temperatura
seção e construção. Para ordens de compra com vários
máxima de operação, conforme 6.3.4;
itens de mesma construção e os mesmos materiais com-
ponentes, apenas com seções diferentes, os ensaios es-
peciais podem ser realizados em um único item, pre- f) ensaio de resistência de isolamento entre blin-
ferencialmente o de maior comprimento. Para ordens de dagens individuais dos elementos, se aplicável,
compra com comprimentos de cabos inferiores aos conforme 6.3.5;
anteriores estabelecidos, o fabricante deve fornecer, se
solicitado, um certificado onde conste que o cabo cumpre g) ensaio de capacitância mútua, conforme 6.3.8.
os requisitos dos ensaios especiais desta Norma.
6.1.2.6 O corpo-de-prova deve ser constituído por um com-
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primento de cabo completo, com comprimento mínimo


6.1.1.9 A quantidade de amostras requerida deve estar
de 5 m. São recomendados cabos de no mínimo quatro
conforme a Tabela 6 do Anexo.
pares blindados individualmente, de seção 1,5 mm 2.
6.1.1.10 A amostra deve ser constituída por dois com-
6.1.2.7 Estes ensaios devem ser realizados conforme a
primentos suficientes de cabo, retirados das extremidades
seqüência de 6.1.2.5.
de unidades quaisquer de expedição, após ter sido eli-
minada, se necessário, qualquer porção do cabo que
6.1.2.8 As verificações e os ensaios de tipo (T), não-elé-
tenha sofrido danos.
tricos, solicitados por esta Norma são:
6.1.1.11 No caso de cabos com mais de três pares ou
a) verificação da construção do cabo, conforme 5.1 a
ternas, estes ensaios devem ser limitados a não mais de
5.9;
20% dos elementos, com um mínimo de um elemento
(par ou terna) ensaiado.
b) ensaios físicos da isolação, conforme 6.3.12;
6.1.2 Ensaios de tipo (T)
c) ensaios físicos da cobertura, conforme 6.3.12;

6.1.2.1 Estes ensaios devem ser realizados com a fina-


d) ensaio de resistência à chama, conforme 6.3.9 ou
lidade de demonstrar o satisfatório comportamento do
6.3.10.
projeto do cabo, para atender à aplicação prevista. São,
por isso mesmo, de natureza tal que não precisam ser
6.1.2.9 Devem-se utilizar comprimentos suficientes de
repetidos, a menos que haja modificação do projeto do
cabo completo, retirados dos mesmos lotes de fabricação
cabo, que possa alterar seu desempenho.
utilizados para os ensaios de tipo elétricos.
Nota: Entende-se por modificação do projeto do cabo, para os
6.1.3 Ensaio de tipo (T) complementar
objetivos desta Norma, qualquer variação construtiva ou
de tecnologia que possa influir diretamente no desempenho
elétrico, mecânico e/ou em condições de queima do cabo, O ensaio de tipo complementar previsto por esta Norma
como, por exemplo, modificação nos seus materiais é o ensaio para determinação do coeficiente por °C para
componentes. correção da resistência de isolamento, conforme 6.3.1.2.

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6.1.4 Ensaios de controle 6.3.1.2 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6814.

6.1.4.1 Estes ensaios são realizados normalmente pelo 6.3.2 Ensaio de tensão elétrica (R e T)
fabricante, com periodicidade adequada, em matéria-
prima e semi-elaborados, bem como durante a produção 6.3.2.1 O cabo deve ser submetido à tensão elétrica
do cabo e após a sua fabricação, com o objetivo de alternada de 1 000 V, de freqüência 48 Hz a 62 Hz.
assegurar que os materiais e processos utilizados
atendam aos requisitos de projeto cobertos por esta 6.3.2.2 O tempo de aplicação da tensão elétrica deve ser
Norma. de 1 min.

6.1.4.2 Todos os ensaios elétricos e não-elétricos 6.3.2.3 Para cabos sem blindagem metálica, a tensão elé-
previstos por esta Norma compreendem o elenco de trica deve ser aplicada tantas vezes quanto necessário,
ensaios de controle disponíveis ao fabricante que, a seu de forma a assegurar que os condutores de cada elemento
critério e necessidade, os utiliza para determinada ordem sejam ensaiados entre si e os condutores dos elementos
de compra ou lote de produção. adjacentes.

6.1.4.3 Após a realização dos ensaios de controle, os re- 6.3.2.4 Para cabos com blindagem metálica individual, a
sultados devem ser registrados adequadamente pelo tensão elétrica deve ser aplicada tantas vezes quantas
fabricante, sendo parte integrante de seu sistema de forem necessárias, de forma a assegurar que todos os
garantia da qualidade. Esta documentação deve estar condutores de cada elemento sejam ensaiados entre si e
disponível ao comprador em caso de auditoria de sistema contra a sua blindagem.
ou de produto.
6.3.2.5 Para cabos sem blindagem individual e com blin-
6.1.4.4 A critério do comprador, esta documentação dagem coletiva, a tensão elétrica deve ser aplicada tantas
referente aos ensaios de controle pode ser aceita em vezes quanto necessário, de forma a assegurar que os
substituição aos ensaios de recebimento estabelecidos condutores de cada elemento sejam ensaiados entre si,
por esta Norma. entre os condutores dos elementos adjacentes e contra a
blindagem coletiva (somente os elementos adjacentes a
6.2 Condições gerais de inspeção esta).

6.3.2.6 Como alternativa, o ensaio de tração elétrica pode


6.2.1 Todos os ensaios de recebimento e verificação
ser efetuado com tensão elétrica contínua, de valor igual
devem ser executados nas instalações do fabricante,
a 2 400 V, com duração de 1 min.
devendo ser fornecidos ao inspetor todos os meios que
lhe permitam verificar se o produto está de acordo com
6.3.2.7 O cabo deve ser ensaiado conforme a NBR 6881.
esta Norma.

6.3.3 Ensaio de resistência de isolamento à temperatura


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6.2.2 Os ensaios de tipo podem ser executados em labo-


ambiente (R e T)
ratórios independentes, reconhecidos pelo comprador.
6.3.3.1 A resistência de isolamento da(s) veia(s), referida
6.2.3 No caso de o comprador dispensar a inspeção, o
a 20°C e a um comprimento de 1 km, não deve ser inferior
fabricante deve fornecer, se solicitado, cópia dos ao valor calculado com a seguinte equação:
resultados dos ensaios de rotina e especiais e certificado
dos ensaios de tipo, de acordo com os requisitos desta
Norma. D
Ri = Ki log
d
6.2.4 Todos os ensaios previstos por esta Norma devem
ser realizados às expensas do fabricante. Onde:

6.2.5 Quando os ensaios de tipo forem solicitados pelo R i = resistência de isolamento, em MΩ x km


comprador para uma determinada ordem de compra, o
corpo-de-prova previsto em 6.1.2.6 ou 6.1.2.10 deve ser K i = constante de isolamento igual a:
retirado de uma unidade qualquer de expedição.
- 185 MΩ x km, para cabos isolados com
6.2.6 Quando os ensaios de tipo, já certificados pelo PVC/A ou PVC/E
fabricante, forem solicitados pelo comprador, para uma
determinada ordem de compra, o importe destes deve - 12 000 MΩ x km, para cabos isolados com PE
ser objeto de acordo comercial.
D = diâmetro nominal sobre a isolação, em mm
6.3 Descrição dos ensaios e seus requisitos
d = diâmetro nominal sob a isolação, em mm
6.3.1 Ensaio de resistência elétrica (R e T)
6.3.3.2 A medição da resistência de isolamento deve ser
6.3.1.1 A resistência elétrica dos condutores, referida a feita com tensão elétrica contínua, de valor 300 V a
20°C e a um comprimento de 1 km, não deve ser superior 500 V, aplicada por um tempo mínimo de 1 min e máximo
aos valores estabelecidos em 5.1.1. de 5 min.

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8 NBR 10300/1997

6.3.3.3 As conexões do cabo ao instrumento de medição 6.3.6 Ensaio de centelhamento (R)


devem ser realizadas de acordo com o indicado para o
ensaio de tensão elétrica (ver 6.3.2), conforme o tipo de 6.3.6.1 Os valores da tensão de ensaio, em CA ou CC,
construção do cabo. são dados na Tabela 8 do Anexo.

6.3.3.4 O ensaio de resistência de isolamento deve ser 6.3.6.2 O ensaio de centelhamento deve ser realizado du-
realizado após o ensaio de tensão elétrica, conforme rante o processo de fabricação das veias dos cabos e
6.3.2. No caso de o ensaio de 6.3.2 ter sido realizado comprovado por relatório de ensaio emitido pelo fabri-
com tensão elétrica contínua, a medição da resistência cante.
de isolamento deve ser feita 24 h após os condutores
terem sido curto-circuitados entre si e com a terra. 6.3.6.3 O ensaio deve ser realizado conforme a
NBR 10537.
6.3.3.5 Quando a medição da resistência de isolamento
for realizada em temperatura do meio diferente de 20°C, 6.3.7 Ensaio de tensão elétrica nas veias (T)
o valor obtido deve ser referido a esta temperatura,
utilizando-se os fatores de correção dados na Tabela 7 6.3.7.1 Este ensaio deve ser efetuado em um corpo-de-
do Anexo. O fabricante deve fornecer previamente o prova constituído por um comprimento mínimo de 5 m de
coeficiente por °C a ser utilizado (ver 6.3.11). cabo completo. Devem ser retirados todos os componen-
tes exteriores à isolação, tomando-se cuidado para não
6.3.3.6 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6813. danificá-la.

Nota: Quando este ensaio for realizado como ensaio de tipo, a 6.3.7.2 As veias devem ser imersas em água por um tempo
medição da resistência de isolamento deve ser feita com
não inferior a 2 h, antes de serem submetidas ao ensaio.
o corpo-de-prova, constituído por veia de comprimento
mínimo de 5 m, imerso em água, por pelo menos 1 h an-
tes do ensaio, tendo sido retirados todos os componentes 6.3.7.3 A tensão deve ser aplicada entre as veias e a água.
exteriores à isolação.
6.3.7.4 As veias não devem apresentar perfuração,
6.3.4 Ensaio de resistência de isolamento à temperatura quando submetidas por 5 min à tensão elétrica alternada
máxima de operação (T) de 1000 V, freqüência 48 Hz a 62 Hz.

6.3.4.1 A resistência de isolamento da(s) veia(s) à tempe- 6.3.7.5 Em alternativa, o requisito estabelecido em 6.3.7.4
ratura máxima de operação, referida a um comprimento pode ser verificado com tensão elétrica contínua de
de 1 km, não deve ser inferior ao valor calculado com a 3 000 V pelo tempo de 5 min.
equação dada em 6.3.3.1, tomando-se a constante de
isolamento Ki = 0,185 MΩ x km, para cabos isolados com 6.3.7.6 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6881.
PVC/A ou PVC/E, ou Ki = 12 MΩ x km, para cabos isolados
com PE.
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6.3.8 Ensaio de capacitância mútua (E e T)

6.3.4.2 A temperatura no condutor deve ser obtida pela 6.3.8.1 A medição da capacitância mútua deve ser efe-
imersão do corpo-de-prova em água, após terem sido tuada a uma freqüência de 800 Hz a 1 000 Hz.
removidos todos os componentes exteriores à isolação.
O corpo-de-prova deve ser mantido na água, pelo menos 6.3.8.2 A medição da capacitância mútua deve ser efe-
por 2 h, à temperatura especificada, antes de efetuar-se tuada entre dois condutores de um par simétrico. No caso
a medição. de ternas, deve ser efetuada entre condutores, dois a
dois, de modo que as três combinações de cada terna
Nota: No caso de PVC/E, a temperatura da água deve ser limitada sejam ensaiadas.
a (95 ± 2)°C.
6.3.8.3 Todos os condutores do cabo, exceto aqueles do
6.3.4.3 A medição da resistência de isolamento deve ser
par em que esteja sendo feita a medição e inclusive
feita com tensão elétrica contínua, de valor 300 V a condutor de comunicação, devem estar curto-circuitados
500 V, aplicada por um tempo mínimo de 1 min e máximo entre si e ligados às blindagens do cabo, se existirem, na
de 5 min. extremidade em que esteja sendo efetuada a medição,
sendo este conjunto ligado ao terra do equipamento.
6.3.4.4 O comprimento mínimo do corpo-de-prova deve
ser de 5 m.
6.3.8.4 O cabo deve ser ensaiado conforme a NBR 9128
e os valores não devem exceder os dados na Tabela 9
6.3.4.5 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6813.
do Anexo.
6.3.5 Resistência de isolamento entre blindagens individuais
6.3.9 Ensaio de resistência à chama (T)
dos elementos (T)

6.3.9.1 As amostras devem ser constituídas por compri-


6.3.5.1 A resistência de isolamento entre blindagens
mentos suficientes de cabo completo, devendo atender
individuais dos elementos, medida a (23 ± 5)°C e referida
aos requisitos estabelecidos na NBR 6244.
a um comprimento de 1 km, não deve ser inferior a 1 MΩ.
6.3.9.2 O ensaio deve ser realizado conforme a NBR 6244.
6.3.5.2 O cabo deve ser ensaiado conforme a NBR 6813.

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NBR 10300/1997 9

6.3.10 Ensaio de queima vertical (fogueira) (T) 7.2.1.2 Podem ser rejeitadas, de forma individual, as
unidades de expedição que não cumpram os requisitos
6.3.10.1 Este ensaio deve ser realizado, desde que previa- especificados.
mente requerido como exigência adicional, em substi-
tuição ao ensaio previsto em 6.3.9, sendo previsto para
7.2.1.3 Para a inspeção, podem ser adotados dois proce-
cabos projetados com especiais características quanto à
não propagação e auto-extinção do fogo. dimentos:

6.3.10.2 A amostra deve ser constituída por número sufi- a) acompanhamento, por parte do inspetor, dos
ciente de corpos-de-prova do mesmo cabo, dispostos na ensaios de rotina realizados pelo fabricante;
bandeja, de modo a perfazer 3,5 dm3 de material não
metálico por metro linear.
b) adoção de amostragem, na apresentação do lote
6.3.10.3 Quando submetida ao ensaio, a amostra deve para a inspeção final, segundo critérios estabe-
apresentar o comportamento estabelecido na NBR 6812. lecidos em comum acordo entre fabricante e com-
prador, por ocasião da confirmação da ordem de
6.3.10.4 A amostra deve ser ensaiada conforme a compra.
NBR 6812.
7.2.2 Ensaios especiais
6.3.11 Ensaio para determinação do fator de correção da
resistência de isolamento (T)
7.2.2.1 Sobre as amostras obtidas conforme critério
6.3.11.1 Este ensaio pode ser realizado, desde que previa- estabelecido em 6.1.1.8, devem ser aplicados os ensaios
mente requerido como exigência adicional. especiais estabelecidos nessa mesma seção, sendo
aceitos os lotes que satisfizerem aos requisitos espe-
6.3.11.2 A amostra deve ser preparada e ensaiada con-
cificados.
forme a NBR 6813 e o fator para correção da resistência
de isolamento deve ser aproximadamente igual ao pre-
viamente fornecido pelo fabricante. 7.2.2.2 Se nos ensaios especiais previstos em 6.1.1.7-b),
c), d) ou e) resultarem valores que não satisfaçam aos re-
6.3.12 Ensaios físicos nos componentes de cabo (E e T) quisitos especificados, o lote do qual foi retirada a amostra
pode ser rejeitado, a critério do comprador.
Os ensaios físicos nos componentes são indicados na
Tabela 10 do Anexo, com os respectivos métodos de
7.2.2.3 Se nos ensaios de verificação da construção do
ensaio e requisitos, para o composto PVC/E. Para os
demais compostos, os requisitos constam na NBR 6251. cabo, previstos em 6.1.1.7-a), resultarem valores que não
satisfaçam aos requisitos especificados, dois novos
7 Aceitação e rejeição comprimentos suficientes de cabo devem ser retirados
das mesmas unidades de expedição e novamente efe-
7.1 Inspeção visual tuados os ensaios para os quais a amostra precedente
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foi insatisfatória. Os requisitos devem resultar satisfatórios,


Antes de qualquer ensaio, deve ser realizada uma ins- em ambos os comprimentos de cabo; caso contrário, o
peção visual, sobre todas unidades de expedição, para lote do qual foi retirada a amostra pode ser rejeitado, a
verificação das condições estabelecidas em 4.2 e 5.18. critério do comprador.
7.2 Ensaios de recebimento
7.3 Recuperação de lotes para inspeção
7.2.1 Ensaios de rotina

7.2.1.1 Sobre todas as unidades de expedição, que O fabricante pode recompor um novo lote, por uma única
tenham cumprido o estabelecido em 7.1, devem ser apli- vez, submetendo-o a uma nova inspeção, após terem
cados os ensaios de rotina dados em 6.1.1.3, acei- sido eliminadas as unidades de expedição defeituosas.
tando-se somente as unidades que satisfizerem aos Em caso de nova rejeição, são aplicáveis as cláusulas
requisitos especificados. contratuais pertinentes.

/ANEXO

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ANEXO - Tabelas

Tabela 1 - Espessuras da isolação

Seção nominal do condutor Espessura nominal Espessura mínima


(mm2) (mm) (mm)

0,5 0,40 0,35


0,75 0,40 0,35
1 0,40 0,35
1,5 0,40 0,35
2,5 0,60 0,50

Tabela 2 - Identificação dos pares de veias

Cores
Par
Veia A Veia B

01 Branca Preta
02 Branca Vermelha
03 Branca Verde
04 Branca Laranja
05 Branca Azul
06 Branca Amarela
07 Branca Marrom
08 Branca Violeta
09 Branca Cinza
10 Preta Vermelha
11 Preta Verde
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12 Preta Laranja
13 Preta Azul
14 Preta Amarela
15 Preta Marrom
16 Preta Violeta
17 Preta Cinza
18 Vermelha Verde
19 Vermelha Laranja
20 Vermelha Azul
21 Vermelha Amarela
22 Vermelha Marrom
23 Vermelha Violeta
24 Vermelha Cinza
25 Verde Laranja
26 Verde Azul
27 Verde Amarela
28 Verde Marrom
29 Verde Violeta
30 Verde Cinza

/continua

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/continuação
Cores
Par
Veia A Veia B

31 Laranja Azul
32 Laranja Amarela
33 Laranja Marrom
34 Laranja Violeta
35 Laranja Cinza
36 Azul Amarela
37 Azul Marrom
38 Azul Violeta
39 Azul Cinza
40 Amarela Marrom
41 Amarela Violeta
42 Amarela Cinza
43 Marrom Violeta
44 Marrom Cinza
45 Violeta Cinza

Tabela 3 - Identificação das ternas de veias

Terna Cores

no Veia A Veia B Veia C

01 Preta Branca Vermelha


02 Preta Branca Verde
03 Preta Branca Laranja
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04 Preta Branca Azul


05 Preta Branca Amarela
06 Preta Branca Marrom
07 Preta Branca Violeta
08 Preta Branca Cinza
09 Preta Vermelha Verde
10 Preta Vermelha Laranja
11 Preta Vermelha Azul
12 Preta Vermelha Amarela
13 Preta Vermelha Marrom
14 Preta Vermelha Violeta
15 Preta Vermelha Cinza
16 Preta Verde Laranja
17 Preta Verde Azul
18 Preta Verde Amarela
19 Preta Verde Marrom
20 Preta Verde Violeta
21 Preta Verde Cinza
/continua

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/continuação

Terna Cores

no Veia A Veia B Veia C

22 Preta Laranja Azul


23 Preta Laranja Amarela
24 Preta Laranja Marrom
25 Preta Laranja Violeta
26 Preta Laranja Cinza
27 Preta Azul Amarela
28 Preta Azul Marrom
29 Preta Azul Violeta
30 Preta Azul Cinza
31 Preta Amarela Marrom
32 Preta Amarela Violeta
33 Preta Amarela Cinza
34 Preta Marrom Violeta
35 Preta Marrom Cinza
36 Preta Violeta Cinza
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Tabela 4 - Diâmetro fictício dos condutores

Seção nominal do condutor Diâmetro


(mm2) (mm)

0,5 0,8

0,75 1,0

1 1,1

1,5 1,4

2,5 1,8

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Tabela 5 - Coeficientes para cálculo do diâmetro fictício de reunião dos elementos

Número de Elemento sem condutor de dreno Elemento com condutor de dreno


elementos
Pares de veias Ternas de veias Pares de veias Ternas de veias

1 2,00 2,16 2,00 2,16


2 2,42 3,26 2,42 3,34
3 3,91 3,99 4,06 4,05
4 4,11 4,60 4,27 4,79
5 4,34 5,15 4,51 5,28
6 4,76 5,64 4,95 5,79
7 5,14 6,09 5,34 6,25
8 5,49 6,51 5,71 6,68
9 5,83 6,91 6,06 7,09
10 6,14 7,28 6,38 7,47
11 6,44 7,64 6,70 7,84
12 6,73 7,98 6,99 8,19
13 7,00 8,30 7,28 8,52
14 7,27 8,62 7,55 8,84
15 7,52 8,92 7,82 9,15
16 7,77 9,21 8,08 9,45
17 8,01 9,49 8,32 9,74
18 8,24 9,77 8,57 10,00
19 8,47 10,04 8,80 10,30
20 8,69 10,30 9,03 10,50
21 8,90 10,55 9,25 10,80
22 9,11 10,80 9,47 11,00
23 9,32 11,04 9,68 11,30
24 9,52 11,28 9,89 11,50
25 9,71 11,51 10,00 11,80
26 9,91 11,74 10,20 12,00
27 10,09 11,96 10,40 12,20
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

28 10,28 12,18 10,60 12,50


29 10,46 12,40 10,80 12,70
30 10,64 12,61 11,00 12,90
31 10,82 12,82 11,20 13,10
32 10,99 13,02 11,40 13,30
33 11,16 13,23 11,50 13,50
34 11,33 13,43 11,70 13,70
35 11,49 13,62 11,90 13,90
36 11,66 13,81 12,10 14,10
37 11,82 14,01 12,20 14,30
38 11,98 14,19 12,40 14,50
39 12,13 14,38 12,60 14,70
40 10,29 14,56 12,70 14,90
41 12,44 14,74 12,90 15,10
42 12,59 14,92 13,00 15,30
43 12,74 15,10 13,20 15,40
44 12,89 15,27 13,30 15,60
45 13,03 15,45 13,50 15,80
46 13,18 15,62 13,60 16,00
47 13,32 15,79 13,80 16,20
48 13,46 15,95 13,90 16,30
49 13,60 16,12 14,10 16,50
50 13,74 16,28 14,20 16,70
51 13,87 16,44 14,40 16,80
/continua

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14 NBR 10300/1997

/continuação

Número de Elemento sem condutor de dreno Elemento com condutor de dreno


elementos
Pares de veias Ternas de veias Pares de veias Ternas de veias

52 14,01 16,60 14,50 17,00


53 14,14 16,76 14,60 17,20
54 14,28 16,92 14,80 17,30
55 14,41 17,08 14,90 17,50
56 14,54 17,23 15,10 17,60
57 14,67 17,38 15,20 17,80
58 14,79 17,54 15,30 17,90
59 14,92 17,69 15,40 18,10
60 15,05 17,83 15,50 18,30
61 15,17 17,98 15,70 18,40

Tabela 6 - Amostragem para ensaios especiais

Comprimento de cabo (km)


Número de amostras
Superior a Inferior ou
igual a

4 10 1
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

10 20 2
20 30 3
30 40 4
40 50 5

Nota: Para ordens de compra com comprimentos de cabos supe-


riores, o número de amostras adicionais pode ser estabe-
lecido na ordem de compra. Caso não seja estabelecido,
deve-se tomar uma amostra a cada 10 km adicionais.

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Tabela 7 - Fatores para correção da resistência de isolamento em função da temperatura


Coeficiente
por °C

Temperatura °C 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14 1,15

5 0,42 0,36 0,32 0,27 0,24 0.21 0,18 0,16 0,14 0,12
6 0,44 0,39 0,34 0,30 0,26 0,23 0,20 0,18 0,16 0,14
7 0,47 0,41 0,37 0,33 0,29 0,26 0,23 0,20 0,18 0,16
8 0,50 0,44 0,40 0,36 0,32 0,29 0,26 0,23 0,21 0,19

9 0,53 0,48 0,43 0,39 0,35 0,32 0,29 0,26 0,24 0,21
10 0,56 0,51 0,46 0,42 0,39 0,35 0,32 0,29 0,27 0,25
11 0,59 0,54 0,50 0,46 0,42 0,39 0,36 0,33 0,31 0,28
12 0,63 0,58 0,54 0,50 0,47 0,43 0,40 0,38 0,35 0,33

13 0,67 0,62 0,58 0,55 0,51 0,48 0,45 0,43 0,40 0,38
14 0,70 0,67 0,63 0,60 0,56 0,53 0,51 0,48 0,46 0,43
15 0,75 0,71 0,68 0,65 0,62 0,59 0,57 0,54 0,52 0,50
16 0,79 0,76 0,74 0,71 0,68 0,66 0,64 0,61 0,59 0,57

17 0,84 0,82 0,79 0,77 0,75 0,73 0,71 0,69 0,67 0,66
18 0,89 0,87 0,86 0,84 0,83 0,81 0,80 0,78 0,77 0,76
19 0,94 0,93 0,93 0,92 0,91 0,90 0,89 0,88 0,88 0,87
20 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

21 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 1,14 1,15
22 1,12 1,14 1,17 1,19 1,21 1,23 1,25 1,28 1,30 1,32
23 1,19 1,23 1,26 1,30 1,33 1,37 1,40 1,44 1,48 1,52
24 1,26 1,31 1,36 1,41 1,46 1,52 1,57 1,63 1,69 1,75

25 1,34 1,40 1,47 1,54 1,61 1,69 1,76 1,84 1,93 2,01
26 1,42 1,50 1,59 1,68 1,77 1,87 1,97 2,08 2,19 2,31
27 1,50 1,61 1,71 1,83 1,95 2,08 2,21 2,35 2,50 2,66
28 1,59 1,72 1,85 1,99 2,14 2,30 2,48 2,66 2,85 3,06

29 1,69 1,84 2,00 2,17 2,36 2,56 2,77 3,00 3,25 3,52
30 1,79 1,97 2,16 2,37 2,59 2,84 3,11 3,39 3,71 4,05
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

31 1,90 2,10 2,33 2,58 2,85 3,15 3,48 3,84 4,23 4,65
32 2,01 2,25 2,52 2,81 3,14 3,50 3,90 4,33 4,82 5,35

33 2,13 2,41 2,72 3,07 3,45 3,88 4,36 4,90 5,49 6,15
34 2,26 2,58 2,94 3,34 3,80 4,31 4,89 5,53 6,26 7,08
35 2,40 2,76 3,17 3,64 4,18 4,78 5,47 6,25 7,14 8,14
36 2,54 2,95 3,43 3,97 4,59 5,31 6,13 7,07 8,14 9,36

37 2,69 3,16 3,70 4,33 5,05 5,90 6,87 7,99 9,28 10,76
38 2,85 3,38 4,00 4,72 5,56 6,54 7,69 9,02 10,58 12,38
39 3,03 3,62 4,32 5,14 6,12 7,26 8,61 10,20 12,06 14,23
40 3,21 3,87 4,66 5,60 6,73 8,06 9,65 11,52 13,74 16,37

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16 NBR 10300/1997

Tabela 8 - Tensão de ensaio de centelhamento

Seção nominal Espessura da Tensão de ensaio (kV)


do condutor isolação
(mm2) (mm) CA CC

0,5 - 1,5 0,40 3,0 5,0


2,5 0,60 5,0 7,5

Tabela 9 - Capacitância mútua dos pares


Unid.: nF/km

Tipo de isolação
Tipo de cabo
PE PVC/A e PVC/E

Não blindados 75 200

Blindados coletivamente 75 200


(exceto cabos de 1 e 2 pares)

1 e 2 pares blindados 115 200


coletivamente

Tabela 10 - Requisitos físicos do composto de cloreto de polivinila (PVC/E)

Classificação Método
Item
do ensaio de ensaio Ensaios Unid. Requisitos

1 Especial e Ensaios mecânicos


tipo

1.1 NBR 6241 Sem envelhecimento:


- resistência à tração, mínima MPa 12,5
Exemplar para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

- alongamento à ruptura, mínimo % 125

1.2 NBR 6238 Após envelhecimento em estufa a ar:


- temperatura (tolerância + 3oC) o
C 135
- duração dias 7
- resistência à tração, mínima MPa 12,5
- alongamento à ruptura, mínimo %‘ 125
(A)
- variação máxima % ± 25

2 Tipo NBR 6239 Ensaio de deformação a quente


- temperatura (tolerância B ± 3oC) o
C 105
- profundidade de penetração máxima % 60

3 Tipo Ensaio em baixa temperatura, sem envelhecimento


prévio

3.1 NBR 6246 Dobramento a frio (para diâmetro < 12,50 mm)
- temperatura (tolerância ± 2oC) o
C -15

3.2 Tipo NBR 6247 Alongamento a frio (para diâmetro > 12,5 mm)
- temperatura (tolerância ± 2oC) o
C -15
(A)
Variação máxima: diferença entre o valor mediano da resistência à tração e alongamento à ruptura obtido após envelhecimento e
o valor mediano obtido sem o envelhecimento, expressa como porcentagem deste último.

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