Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FRENTE 1
HISTÓRIA D
levava-a à presença dos anciães, que a examinavam. Se a achassem
bem formada e robusta, eles a deixavam viver. Se, porém, era malforma- 2. (UFPE) – A questão da cidadania continua causando polêmica no
da e defeituosa, jogavam-na em um abismo ao pé do Monte Taigeto.” mundo atual. Muitos esquecem que essa discussão não é recente: ela
(Plutarco, “A vida de Licurgo”. In: Jaime Pinsky, atravessa séculos de História. Na Grécia Antiga, especialmente em
100 Textos de História Antiga)
Atenas,
a) a cidadania era ampla e universal, evidenciando a importância que
Com base no texto acima, pergunta-se: os gregos atribuíam às relações políticas.
a) A que povo o texto se refere? b) a cidadania estava restrita aos homens com mais de 21 anos, desde
b) Quais os principais traços socioculturais desse povo? que nascidos dentro do Mundo Grego.
c) a democracia foi uma experiência significativa, embora historica-
3. (PUC-SP) – A Ilíada e a Odisseia são atribuídas a Homero e refe- mente menos importante que a existente em Roma.
rem-se, respectivamente, à Guerra de Troia e à volta de Ulisses para d) houve práticas políticas democráticas que devem ser lembradas,
sua ilha de Ítaca, ao final daquela guerra. apesar das restrições às mulheres e da existência do escravismo.
Sobre essas duas obras, pode-se afirmar que e) a democracia foi um episódio circunstancial, que não abalou o
a) defendem a superioridade dos gregos sobre os troianos e alertam poder político da aristocracia agrária.
para os riscos que os deuses e mitos representavam para os homens.
b) descrevem os papéis do homem e da mulher na sociedade grega an- 3. (UNICAMP) – “A relutância dos aliados da Liga de Delos em pagar
tiga e relatam a interferência dos deuses nos assuntos dos mortais. tributos aumentou quando Atenas decidiu dedicar o enorme excedente
c) exaltam a habilidade guerreira de gregos e troianos, ressaltando no acumulado por quase trinta anos à reconstrução dos templos e
entanto a insanidade da guerra. monumentos da Acrópole, destruídos pelos persas em 480 a.C..”
d) valorizam a tendência dos gregos à democracia e criticam a dispo- (Adaptado de JONES, Peter (org.). O Mundo de Atenas: uma Introdução
sição teocrática e tirânica dos legisladores troianos. à Cultura Clássica Ateniense. São Paulo, Martins Fontes, 1997, p. 241.)
e) associam os perigos presentes nas duas narrativas à necessidade de
sofrer para obter a redenção e a salvação perante os deuses. a) O que foi a Liga de Delos e quais seus objetivos iniciais?
b) Quais os mecanismos que asseguravam a hegemonia ateniense so-
4. (MACKENZIE) – Foram características econômicas e sociais de bre seus aliados neste período?
Esparta no Período Arcaico: c) Qual a importância da Acrópole na Atenas Clássica?
a) A posição do indivíduo na comunidade era definida por seu grau
de parentesco com o patriarca; a economia era natural e coletiva. 4. (FMTM) – Felipe II da Macedônia conquistou as enfraquecidas
b) As classes ligadas ao comércio procuravam agregar força política cidades gregas. Mas foi seu filho Alexandre Magno quem formou o
ao poder econômico que possuíam. Império Helenístico, cujo legado cultural manifestou-se na
c) A existência de uma oligarquia aristocrática conservadora, que a) helenização dos povos orientais e na criação do primeiro alfabeto
monopolizava o poder político, militar, e religioso. fonético.
d) A proibição da escravidão por dívidas estimulou a vinda de arte- b) expansão da democracia grega pela Ásia e na anulação do antropo-
centrismo.
sãos estrangeiros, o que estimulou o comércio e o progresso cultural.
c) difusão do helenismo pela Ásia e em sua fusão com elementos cul-
e) Cidade controlada por camponeses proprietários, que admitiam a
turais do Oriente.
fixação de estrangeiros para promover as atividades comerciais.
d) formulação das primeiras leis escritas e na fundação de cidades gre-
gas no Oriente Médio.
MÓDULO 2 e) unificação religiosa do Mundo Antigo e no surgimento de novas
correntes filosóficas.
ATENAS E O PERÍODO CLÁSSICO
5. (UnB) – “As tragédias, bem entendido, não são mitos. Pode-se afir-
1. (UNESP) – “A ciência do amo consiste no emprego que ele faz de mar, ao contrário, que o gênero surgiu no fim do século VI a.C., quan-
seus escravos; ele é senhor, não tanto porque possui escravos, mas do a linguagem do mito deixa de apreender a realidade política da
porque deles se serve. Esta ciência do amo nada tem, aliás, de muito cidade. O universo trágico situa-se entre dois mundos.”
–1
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 2
MÓDULO 3
HISTÓRIA D
tólica; e a burguesia comerciante, responsável pelo controle europeu 34 (ano 1200) e mais de 50 (ano 1300). Embora paralelamente tenha
sobre o comércio com o Oriente. havido a conquista, ocupação e desbravamento de vastos territórios, a
densidade populacional quase dobrou de fins do século VIII a fins do
3. Devido ao pouco uso de moeda na economia feudal, quase todas as século XIII.”
obrigações servis se saldavam por meio de pagamentos in natura. (Hilário Franco Jr., O feudalismo.)
Assinale, entre as alternativas a seguir, aquela que menciona a
obrigação servil paga de forma diferente da citada. Sobre o crescimento demográfico da Europa Ocidental entre os séculos
a) Mão-morta. b) Banalidades c) Capitação. X e XIII, pode-se afirmar que
d) Talha. e) Corveia. a) foi consequência da manutenção de um clima muito úmido e
quente, além dos fortes fluxos migratórios oriundos do Norte da África
4. (FATEC) – Sobre a sociedade feudal, é correto afirmar que desde o século VII.
a) havia grande mobilidade social, apesar das rígidas tradições e b) as condições dos trabalhadores rurais e urbanos melhoraram
vínculos jurídicos que determinavam a posição social de cada indivíduo. consideravelmente a partir do século X, devido à progressiva
b) a honra e a palavra dada tinham importância fundamental, sendo substituição da servidão pela escravidão.
os senhores feudais ligados por um complexo sistema de obrigações e c) a expectativa de vida da população europeia aumentou, fosse pelos
tradições. avanços da medicina, fosse pela maior resistência da população às
HISTÓRIA D
c) os suseranos deviam várias obrigações a seus vassalos, como por moléstias contagiosas.
exemplo o serviço militar. d) desde o século IX a Igreja Católica incentivou fortemente o
d) os servos, assim como os escravos, viviam presos à terra, mas aumento da natalidade, visando com isso fortalecer a Cristandade
podiam ser recrutados para a guerra. contra o avanço islâmico.
e) os vilões pertenciam à pequena nobreza e se submetiam a um senhor e) decorreu da ausência de grandes epidemias, dos limites da guerra
mais poderoso, a quem juravam fidelidade . feudal – recorrente, mas pouco destruidora – e de inovações técnicas
que favoreceram o aumento da produção agrícola.
5. (FGV) – “De um lado, a Igreja; de outro, os poderes laicos,
nomeadamente o do Sacro Império Romano Germânico, herdeiro 2. (FUVEST-SP) – “Quanto às galeras fugitivas, carregadas de
parcial de Carlos Magno. Trata-se de poderes distintos, mas que se doentes e feridos, tiveram de enfrentar, no Rio Nilo, os navios dos
defrontam vivamente para assegurar a preeminência de um sobre o muçulmanos que barravam sua passagem e foi um massacre quase
outro. A aspiração à reforma eclesiástica corresponde portanto a uma total: os infiéis só pouparam aqueles que pudessem ser trocados por
velha exigência: libertar a Igreja de seu enfeudamento ao temporal. um bom resgate. A Cruzada estava terminada. E foi cativo que o rei
Esse movimento assume uma importância excepcional com a reforma entrou em Mansourah, extenuado, consumido pela febre, com uma
gregoriana, que se realiza ao longo dos séculos XI e XII e cujo expoen- disenteria que parecia a ponto de consumi-lo. E foram os médicos do
te é Gregório VII, papa de 1073 a 1085.” sultão que o curaram e o salvaram.”
(Le Goff, Jacques. Em busca da Idade Média. (Joinville. Livro dos Fatos – A Primeira Cruzada de São Luís.)
Trad., Lisboa, Teorema, 2003, p. 61.)
A respeito da chamada “reforma gregoriana”, é correto afirmar que Os acontecimentos descritos pelo cronista Joinville em 1250 revelam
a) significou o rompimento dos poderes eclesiásticos com as estruturas que as Cruzadas foram
feudais e uma defesa das transformações econômicas e políticas que a) organizadas pelos reis católicos, em comum acordo com chefes
levariam ao capitalismo. egípcios, para tomar Jerusalém das mãos dos muçulmanos.
b) foi marcada por uma profunda reorientação religiosa que condenava b) consequência das atrocidades praticadas pelos muçulmanos nas
o culto aos santos, a devoção às relíquias, às práticas de peregrinação regiões da Península Ibérica.
e sustentava a infalibilidade das Sagradas Escrituras. c) uma resposta à expansão do militarismo árabe, que ameaçava a
segurança dos países cristãos e do Papado.
c) permitiu um entendimento com a Igreja de Constantinopla, baseado
d) um movimento de expansão de reis cristãos e da Igreja Romana nas
na proibição da devoção às imagens, e uma convivência mais tolerante
regiões do Mundo Islâmico.
com judeus e muçulmanos.
e) expedições militares organizadas pelos reis europeus em represália
d) caracterizou-se pela tentativa de demarcar as fronteiras entre
aos ataques dos bizantinos contra Jerusalém.
clérigos e leigos, com a recomendação enérgica do celibato clerical e
a afirmação da supremacia do poder espiritual sobre o temporal.
3. (UNICAMP-SP) – Nas entradas de muitas cidades da Liga Hanseá-
e) representou o reconhecimento do Sacro Império Romano Germânico
tica, estava escrito: “O ar da cidade liberta.”
como a única instituição de caráter universal no seio da Cristandade.
a) O que foi a Liga Hanseática (ou Grande Hansa Teutônica)?
b) Que fatores impulsionaram o Renascimento Urbano Europeu a
MÓDULO 5 partir do século XI?
c) Por que as cidades, naquele momento, eram concebidas como um
AS CRUZADAS E O espaço de liberdade?
RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO
4. (UFSCar-SP) – “Um dos temas que se foi tornando cada vez mais
1. (FGV-SP) – “Apesar de flutuações no tempo e desigualdades popular em finais do século XII, numa literatura criada para as reuniões
regionais, a população da Europa Ocidental passou de 18 milhões de cavaleirescas, é a do vilão esperto – o homem de origem rústica que
pessoas (ano 800) para 22 (ano 1000), quase 26 (ano 1100), mais de subiu alguns degraus da escala social, mediante dinheiro, e tomou o
–3
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 4
lugar de ‘homens de bem’, nascidos no exercício da autoridade Cruzadas. Contudo, a partir de meados do século XV, começaram a
senhorial. Ao imitar as maneiras destes últimos, conseguia apenas surgir obstáculos que dificultavam sensivelmente a continuidade desse
tornar-se ridículo e odiado por todos. O que era chocante no novo-rico processo, gerando uma crise de crescimento.”
era o fato de não ser generoso nem altruísta, nem estar cheio de dívidas (José Jobson de Andrade Arruda,
como o nobre.” História Moderna e Contemporrâneo)
(Georges Duby, Guerreiros e camponeses.)
Comente dois fatores que provocaram as crises do final da Idade Média
O contexto histórico que explica os valores presentes na literatura da mencionadas no texto.
época aponta para o fato de que
a) os nobres, sentindo-se ameaçados pela expansão da economia 2. Explicite as condições sociais, políticas e culturais responsáveis
monetária, passaram a condenar mais asperamente a motivação do pelo expansionismo europeu no início dos Tempos Modernos.
lucro e a ânsia de riqueza pessoal.
b) as narrativas orais eram o meio utilizado pelas classes populares para 3. (MACKENZIE) – Assinale a alternativa correta acerca da Expan-
manifestar seu repúdio ao comportamento da nobreza, cuja ascensão são Ultramarina Europeia.
econômica estava ligada ao desenvolvimento das manufaturas. a) A corrida expansionista de Portugal e Espanha gerou, na segunda
c) a ordem social organizava-se em função de novos valores incen- metade do século XV, um período de grande cooperação entre os dois
HISTÓRIA D
tivados e difundidos pela nobreza, como o individualismo, o luxo, a reinos, conhecido como “União Ibérica”.
riqueza e a prática da usura. b) Posteriormente à descoberta do Novo Mundo, o grande afluxo do
d) as novas ideias reforçavam o papel social dos homens rústicos, sem ouro e prata americanos gerou na Europa uma significativa baixa nos
no entanto ameaçar as propriedades territoriais da nobreza ou seus preços dos alimentos.
privilégios econômicos. c) Cristóvão Colombo provou, com sua viagem, a tese do “el levante”
e) a economia feudal permanecia forte o bastante para que a nobreza por “el poniente”, isto é, de que seria possível alcançar as Índias, no
dela extraísse os recursos necessários à contenção do poder dos Ocidente, navegando em direção ao Oriente.
mercadores. d) As Grandes Navegações Europeias inserem-se no processo de su-
peração dos entraves medievais ao desenvolvimento da economia mer-
5. (MACKENZIE) – “Na Idade Média, as relações espaciais cantil e ao fortalecimento da classe burguesa.
tendiam a ser organizadas como símbolos e valores. O objeto mais alto e) Em agosto de 1492, a nau Santa María e as caravelas Niña e Pinta
da cidade era a flecha da igreja, que apontava para o céu e dominava partiram de Palos, na Espanha, para contornar a costa da África e
as demais construções — como a Igreja dominava as crenças e alcançar as Índias.
esperanças dos fiéis.”
4. (MACKENZIE) – A respeito do nascimento e da consolidação dos
A arte sacra do início da Idade Média deu lugar ao estilo gótico, Estados nacionais ibéricos, no limiar da Idade Moderna, são feitas as
desenvolvido a partir da segunda metade do século XII e que pode ser seguintes afirmações:
considerado um reflexo das transformações ocorridas na Baixa Idade I – A Guerra de Reconquista do território peninsular aos muçulma-
Média. Entre essas transformações, encontramos nos, que a haviam ocupado desde o século VIII, constitui um dos prin-
a) a transição, nas unidades feudais, do regime de servidão para o cipais elementos do processo de formação daqueles Estados.
trabalho livre, devido ao crescimento populacional verificado na II – A ascensão de D. João, mestre de Avis, ao trono português
Europa Ocidental desde o século XI. (1383), encontrou apoio nos comerciantes lusos, numa época de flores-
b) a nova mentalidade presente nas corporações de ofício, nas quais cimento das atividades mercantis no Reino.
o ideal de lucro veio a substituir o princípio do “justo preço” preco- III – O ano de 1492, além de selar a centralização política da Espa-
nizado pela Igreja. nha, graças à vitória sobre o rei mouro de Granada, marcou a descober-
c) o abandono do espírito coletivista, que regrava a vida em sociedade ta da América por Colombo, que viajava a serviço dos “Reis Católicos”.
do homem medieval, e a imposição de valores teocêntricos no
direcionamento de um novo comportamento social. Assinale a alternativa apropriada.
d) a diminuição da influência cultural e do poder econômico da Igreja a) Apenas I e II estão corretas.
Católica Apostólica Romana que, devido ao Renascimento Comer-cial, b) Apenas I e III estão corretas.
perdeu a condição de maior proprietária de terras. c) Apenas II e III estão corretas.
e) a mudança de mentalidade do homem medieval, provocada pelo d) Todas estão corretas.
desenvolvimento do comércio e pela crescente influência da classe e) Todas estão incorretas.
burguesa, que valorizava o espírito individualista e empreendedor.
5. (MACKENZIE) – No século XV, as Coroas ibéricas iniciaram o
processo de expansão marítima da Europa. Assinale a alternativa que
MÓDULO 6 apresenta um motivo para a realização dessa expansão.
CONTEXTO E FATORES a) A procura de um caminho marítimo para o Oriente, visando alcan-
çar as áreas produtoras de especiarias.
DA EXPANSÃO MARÍTIMA b) A rápida decadência da exploração das riquezas produzidas pelo
1. “Passados os efeitos negativos da crise de retração do século XIV, continente americano.
caracterizada pelo mal-estar gerado pelas fomes, pestes e guerras, a c) A busca de ouro e prata para financiar a atividade militar relacio-
economia europeia retomou o ritmo de crescimento iniciado com as nada com a Reconquista da Península Ibérica.
4–
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 5
d) Os acordos de Portugal e Espanha com as cidades italianas, para a e) foram beneficiados por conhecimentos geográficos pré-existentes
obtenção de financiamentos e a troca de informações geográficas. e bastante conhecidos na época, como o periplo da África pelo
e) O interesse em encontrar uma rota marítima para a China, após a cartagines Hanon.
tomada de Constantinopla pelos exércitos mongóis de Gengis-Khan.
4. (MACKENZIE) – As razões do pioneirismo português na expan-
são marítima dos séculos XV e XVI foram
MÓDULO 7 a) a invasão da Península Ibérica pelos árabes e a conquista de Cali-
cut pelos turcos.
EXPANSÃO MARÍTIMA: CICLO ORIENTAL
b) a assinatura do Tratado de Tordesilhas por Portugal e a conquista
1. Como se explica a organização da esquadra cabralina no final do de Ceuta pelos portugueses.
século XV? c) a existência de um Estado liberal centralizado e o fortalecimento
da nobreza lusitana.
2. (UNESP) – “Nela, até agora, não podemos saber que haja ouro, d) a crise do feudalismo e a descentralização política do Estado
nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem ferro lho vimos. Mas a Português.
terra em si é de muitos bons ares, frios e temperados como os de Entre- e) o fortalecimento da monarquia portuguesa e o interesse pelo
Douro e Minho (...) E em tal maneira é graciosa que, querendo a comércio de especiarias.
HISTÓRIA D
aproveitar, darse-á nela tudo, por bem das águas que tem (...) Mas o
fruto que nela se pode fazer, me parece, que será salvar esta gente, e 5. (UNESP) – Na parte oriental da Indonésia, na parte oriental de uma
esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar ilha, situa-se um dos membros da Comunidade dos Países de Língua
(...) E que aí não houvesse mais do que ter pousada para esta navegação Portuguesa (CPLP): Timor Leste. A autonomia desse país só foi
de Calecute, bastaria quanto mais disposição para se nela cumprir e assegurada recentemente (2000), graças à intervenção de forças da
fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da ONU.
nossa santa Fé.” A existência de uma nação de língua portuguesa nessa região deve-se
(Pero Vaz de Caminha, Carta a El-Rei Dom Manuel I. 1500.) a) à atuação Companhia de Jesus, que difundiu o catolicismo naquela
área e contribuiu para que seu povo adotasse o idioma de Camões.
Neste trecho da carta ao rei de Portugal, no qual o escrivão Pero Vaz b) ao neocolonialismo imperialista do final do século XIX, que levou
de Caminha comunica o “achamento” da Ilha de Vera Cruz, podemos aquela parte do globo a ser partilhada pelas potências europeias.
perceber os interesses mercantis e religiosos que norteavam a expansão c) à ação dos portugueses, que intervieram em Timor para impedir que
marítima portuguesa nos séculos XV e XVI. A partir daí, responda: sua população cristã fosse subjugada pela maioria budista.
a) Como podemos caracterizar o primeiro momento da expansão d) aos conflitos originados da Guerra Fria, quando os EUA apoiaram
marítima portuguesa em sua dimensão mercantil? a presença portuguesa na ilha para defender os interesses ocidentais.
b) Caracterize os interesses religiosos da expansão marítima portu- e) à expansão marítima dos séculos XV e XVI, que levou as naus
guesa. lusitanas ao Oriente e incorporou aquela área ao Império Português.
–5
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 6
2. Acerca dos maias, é incorreto afirmar que 3. (PUC) – A utilização de escravos africanos teve relevância na
a) fizeram grandes progressos na matemática e na astronomia. colonização das Américas porque
b) ficaram conhecidos como os “gregos do Novo Mundo”. a) diminuiu a produtividade na agricultura, dada a baixa capacidade
c) desenvolveram-se inicialmente na região da Guatemala. de trabalho dos africanos, o que implicou o declínio da lavoura cana-
d) constituíram um império centralizado à semelhança dos astecas. vieira, como se pôde notar no Nordeste brasileiro e no Caribe.
e) abandonaram suas cidades antes da chegada dos espanhóis. b) facilitou a busca de metais nobres, que constituíam o principal ob-
jetivo dos colonizadores, por causa da inabilidade dos africanos para
3. Caracterize a civilização inca nos planos político e social. as atividades agrícolas.
c) proporcionou um mercado para os produtos primários coloniais,
4. Além da conhecida superioridade militar dos europeus sobre os como se pode depreender do crescente consumo nas áreas sulinas dos
povos pré-colombianos (emprego da pólvora, do ferro, do cavalo e da Estados Unidos, onde predominava a mão de obra escrava.
roda), a conquista do Peru por Francisco Pizarro foi favorecida d) garantiu acumulação primitiva de capital nas metrópoles, graças
a) pelo fácil acesso dos europeus ao território peruano. aos ganhos auferidos com o tráfico de escravos, abrangendo desde sua
b) pela ocorrência de uma guerra civil entre os incas. aquisição na África até a venda nas colônias americanas.
c) pelo temor que os brancos inspiravam nos indígenas. e) evitou a escravização dos índios e permitiu que grandes comunida-
d) pela prévia atuação de missionários espanhóis. des indígenas sobrevivessem nas áreas dos antigos impérios Maia, As-
e) pela falta de estrutura militar dos incas. teca e Inca, onde suas tradições culturais permaneceram intactas.
6–
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 7
HISTÓRIA D
do Ouro, Costa Rica, assim se batizavam as terras que os conquista- colonização
dores desvendavam ao mundo.” a) da Nova Inglaterra. b) do Vale do Mississípi.
(Paulo Prado. Retrato do Brasil. 1928.) c) das ilhas caribenhas. d) do Canadá.
e) da Califórnia.
A “paixão frenética” da conquista da América a que se refere o autor
está relacionada com
2. Diferentemente de suas congêneres de exploração, as colônias de
a) a irracionalidade da Expansão Marítima e Comercial Europeia,
povoamento estabelecidas pelos ingleses na América do Norte
realizada sem conhecimentos técnicos adequados.
a) destacaram-se na produção e exportação de gêneros tropicais.
b) as difíceis condições econômicas das populações nativas, domina-
b) distinguiram-se pela intensa atividade mineradora.
das no México pelos astecas e no Peru pelos incas.
c) instituíram a liberade religiosa como prática corrente.
c) a ação da burguesia espanhola a qual atuou isoladamente, dado o
d) expandiram-se para o interior, transpondo os apalaches.
desinteresse do governo espanhol pelos territórios americanos.
e) gozavam de certa autonomia, inclusive tributária.
d) o acordo entre banqueiros e sábios europeus para ampliar os conhe-
cimentos científicos e facilitar a exploração econômica da região.
e) o interesse em solucionar a crise econômica europeia motivada pe- 3. (FGV) – Sobre a colonização holandesa na América, assinale a
la insuficiência do meio circulante. alternativa correta.
a) Foi impulsionada na América do Norte pela Companhia das Índias
3. Para facilitar o controle do Estado sobre o comércio com as colô- Ocidentais, que lá fundou a cidade de Nova Amsterdam.
nias e reprimir o contrabando, a Espanha instituiu o regime b) As colônias holandesas nas Antilhas foram conquistadas pela In-
a) da encomienda. b) da mita. c) do porto único. glaterra ao longo dos séculos XVIII e XIX.
d) dos cabildos. e) do foro privilegiado. c) A ação colonizadora dos holandeses resultou primordialmente da
ação governamental, dado o caráter absolutista do Estado Flamengo.
4. (FUVEST) – Sobre o trabalho compulsório na América Colonial d) A expulsão dos judeus e protestantes da Holanda, em decorrência
Espanhola, é possível afirmar que o mesmo da Contrarreforma, impôs fortes limitações à colonização batava.
a) baseou-se na predominância da escravidão negra, como aconteceu e) A primazia flamenga na colonização da América do Norte decor-
no Brasil. reu da existência de um Estado nacional desde o século XV.
–7
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 8
HISTÓRIA D
deslocamento, para o Oriente, dos excedentes demográficos da
Europa Ocidental. burguesia portuguesa apoiou a ascensão ao trono de uma nova
dinastia, dotada de poder centralizado e mais afinada com os
interesses comerciais daquela classe.
3) a) Associação comercial de cidades norte-alemãs que controlou
o comércio nos Mares Báltico e do Norte durante a Baixa Idade
5) A – O principal objetivo das Grandes Navegações do início dos
Média.
Tempos Modernos foi a busca de um caminho marítimo para as
b) Fatores endógenos: crise do feudalismo, provocada pelo
Índias, visando quebrar o monopólio sobre a venda de produtos
desequilíbrio entre produção e consumo e saída de parte da
orientais (sobretudo especiarias) na Europa, até então exercido
população dos feudos para as cidades.
pelos italianos.
Fatores exógenos: reativação das práticas comerciais na Europa
Ocidental em consequência das Cruzadas, que reabriram o
Mediterrâneo ao comércio europeu e restabeleceram os contatos
entre Ocidente e Oriente.
MÓDULO 7
c) Durante o Renascimento Comercial e Urbano, as cidades
tenderam a se libertar da tutela feudal, ganhando autonomia e, 1) A esquadra de Cabral tinha por objetivo dar início à presença
com ela um certo “ar de liberdade”. portuguesa no Oriente (Índias), depois que Vasco da Gama
descobrira o caminho marítimo que leva àquela região. Para tanto,
4) A – Na época do Renascimento Comercial e Urbano da Baixa Cabral dispunha, além de naus de guerra, de um certo número de
Idade Média, os valores e atitudes da burguesia em ascensão iam soldados embarcados, aos quais caberia a missão de guarnecer a
primeira feitoria portuguesa no Oriente.
de encontro ao pensamento cavaleiresco medieval, representado
pela nobreza de origem feudal.
2) a) Interesse em metais preciosos e, secundariamente, na
exploração agrícola das terras recém-descobertas.
5) E – Alternativa escolhida por eliminação. As características da
b) A expansão marítima portuguesa, assim como a espanhola,
Baixa Idade Média, citadas na alternativa escolhida, estão
enfatizava a necessidade de converter os pagãos à fé católica.
basicamente corretas; mas a relação estabelecida entre elas e o
estilo gótico não passa de um exercício de subjetividade.
3) A – A centralização monárquica resultante da Revolução de
Avis (1383-85) e a aliança dos reis dessa dinastia com a burguesia
1) Crise de retração do século XIV: O crescimento do comércio 4) E – Com a Revolução de Avis (1383-85), o poder real fortaleceu-
europeu registrado na Baixa Idade Média foi freado por uma se em Portugal, apoiado pela burguesia – fator essencial para a
queda no consumo, provocada pelas fomes resultantes de secas realização das Grandes Navegações. O interesse pelo comércio de
cíclicas, pela alta taxa de mortalidade causada pela Peste Negra e especiarias foi também o elemento causal importante, embora o
pela Guerra dos Cem Anos, que interrompeu a importante Rota objetivo inicial das navegações portuguesas tenha se restringido
da Champagne e prejudicou as feiras realizadas naquela região. ao comércio com a África.
Crise de crescimento do século XV: Para retomar sua trajetória de
crescimento, o comércio europeu precisaria abrir novos mercados 5) E – No processo da Expansão Marítimo-Comercial Europeia,
(a fim de superar a retração decorrente da mortandade verificada liderada pelos portugueses, estes alcaçaram o Oriente, Índias e
no século anterior) e aumentar a circulação de moeda metálica impuseram sua dominação sobre diversos pontos do litoral
(que diminuirá devido ao intenso comércio com o Oriente). asiático, desde Ormuz (no Golfo Pérsico) até Macal (na China) e
Timor (na Indonésia). Timor Leste permaneceu em poder de
2) Condições sociais: ascensão da burguesia, interessada em abrir Portugal até 1975, o que explica a sobrevivência da língua
mercados para aumentar sua acumulação de capitais. portuguesa nesse país.
–9
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 10
castelhano, pois os interesses de Aragão se concentravam no Me- defender os nativos, integrando-os na comunidade cristã, os
diterrâneo (a Sicilia e o Reino de Nápoles faziam parte dos segundos, visando apenas à obtenção de riquezas, pouco lhes
domínios aragoneses). importando a sorte dos ameríndios.
4) A – Essa alternativa poderia ser substituída pelo célebre 2) E – O Renascimento Comercial e Urbano da Baixa Idade Média
comentário de Francisco I da França: “Gostaria de ver o encontrou um obstáculo na insuficiência do meio circulante / base
testamento de nosso pai Adão que dividiu o mundo entre meus monetária / moeda em circulação. Essa relativa falta de dinheiro
primos de Portugal e Espanha.” em espécie resultou de dois fatores: o esgotamento das jazidas
auríferas europeias e a drenagem de moeda para o Oriente, pro-
vocada pela unilateralidade do comércio entre a Europa e a Ásia.
MÓDULO 9
3) C – O regime do porto único instituía que somente um porto
1) A – Os astecas desenvolveram um intenso comércio interno, espanhol (inicialmente Sevilha, depois Cádiz) e um porto em cada
basicamente ligado à vida urbana. Porém, sua economia não tinha colônia da Espanha poderia realizar o comércio transatlântico.
caráter monetário, embora sementes de cacau pudessem ser
utilizados como valor de troca. 4) C – Na América Espanhola, a precoce proibição de escravização
de índios (ainda no século XVI) levou os colonizadores a utilizar a
2) D – Embora os historiadores falem em um “Primeiro Império mão de obra indígena por meio de formas de trabalho compul-
Maia”, surgido no atual território da Guatemala e Belize, e em um sório. Uma delas, preexistente à conquista europeia, era a mita,
“Segundo Império Maia”, na Península do Yucatán, os maias relacionada com a mineração e a construção de obras públicas; a
jamais tiveram unidade política, visto que se organizavam em outra era a encomienda, utilizada na agricultura. Nas áreas onde
cidades-Estado. o trabalhador indígena não pôde ser utilizado, os colonizadores
recorreram à escravidão negra (sobretudo nas Antilhas).
3) Plano político: império teocrático hereditário; havia gover-
nadores regionais, denominados curacas, submetidos à autoridade
do imperador.
Plano social: sociedade estamental, com os sacerdotes e a nobreza MÓDULO 12
guerreira em posição de destaque; as comunidades se estrutura-
vam em clãs, denominados ayllús. 1) A – As quatro colônias que constituíam a Nova Inglaterra
(Massachusetts, Connecticut, Rhode Island e New Hampshire)
4) B – Quando os espanhóis chegaram ao Peru, dois irmãos dispu- localizadas no extremo norte das Treze Colônias, foram fundadas
tavam o trono do Império Inca. Pizarro tomou o partido de por refugiados puritanos (também a Pensilvânia foi uma colônia
Atahualpa contra Huascar e, depois de vencer e matar o segundo, de povoamento fundada por um grupo religioso — no caso, os
prendeu e executou o primeiro, apoderando-se do Império Inca. quackers).
FRENTE 2
HISTÓRIA D
As proposições acima referem-se comportamentais a todo o mundo helenístico.
a) à organização administrativa do Baixo Império. d) Os romanos assimilaram numerosos elementos culturais gregos e
b) às principais instituições políticas da República. helenísticos, notadamente nos planos religioso, artístico e filosófico, o
c) às características políticas da Realeza. que daria origem à civilização greco-romana do Mundo Clássico.
d) às razões da concentração do poder no Principado. e) A conquista do Mundo Grego pelos romanos não integrou as duas
e) à fase de instauração da Pax Romana durante o Alto Império. civilizações, as quais permaneceram compartimentadas entre si, em-
bora unidas no plano político-administrativo.
2. No início da República, apenas os patrícios possuíam direitos polí-
ticos. Entretanto, a plebe, recorrendo a pressões diversas, obteve gra-
6. (UNESP) – “Os homens que combatem e morrem pela Itália têm o
dualmente determinados direitos. O primeiro deles foi a criação do
ar, a luz e mais nada (…) Lutam e perecem para sustentar a riqueza e
tribuno da plebe, ao qual era facultado
o luxo de outros; mas, embora sejam chamados de ‘senhores do
a) distribuir aos plebeus parte das terras que viessem a ser incorpora-
mundo’, não têm um único torrão que seja seu.”
das aos domínios romanos.
b) designar um certo número de plebeus para cargos administrativos (Tibério Graco, tribuno da plebe no ano de 133 a. C.
em Roma, assassinado pela aristocracia romana.)
nas províncias.
c) vetar decisões senatoriais que fossem consideradas prejudiciais à
plebe.
d) autorizar os casamentos de plebeus com membros do estamento
aristocrático.
e) impedir que plebeus fossem escravizados pelo não-pagamento de
dívidas.
– 11
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 12
O trecho anterior refere-se a um importante momento da História An- b) A corrupção da sociedade, que ia desde o desvio de verbas públicas
tiga, marcado pelos administradores até a dissolução dos laços conjugais e familiares.
a) pelo fim da hegemonia econômica de Atenas no Mediterrâneo, em c) A contradição inerente ao modo de produção escravista de Roma, o
consequência de sua derrota na Guerra do Peloponeso. qual não previa mecanismos internos para reposição da mão de obra.
b) pela decadência das cidades gregas, invadidas e dominadas pelos d) Apesar de seu enfraquecimento, o exército romano procurou man-
exércitos de Felipe da Macedônia. ter a integridade étnica, recusando-se a admitir bárbaros nas legiões.
c) pelo estabelecimento de comunidades latinas, que se organizaram e) Não obstante seu gigantismo, o Império Romano preservou a inte-
segundo uma nova forma republicana de governo. gridade territorial até as grandes invasões bárbaras do século V.
d) pela crise política e social ocorrida em Roma e que teria, como
desfecho, a criação do Império por Otávio. 3. (FMTM-MG) – Segundo estudiosos da História do Mundo Antigo,
e) pelas tensões políticas e sociais surgidas na Península Itálica em de- a causa essencial que determinou a dissolução do Império Romano (27
corrência de sucessivas invasões bárbaras. a.C. – 476 d.C.) pode ser localizada
a) nas sucessivas guerras defensivas contra os gregos, interessados em
8. (UNESP) – “O vínculo entre os legionários e o comandante come- apoderar-se das riquezas minerais de Roma, e nos efeitos nefastos dos
çou progressivamente a assemelhar-se ao existente entre patrão e cli- grandes surtos epidêmicos.
ente na vida civil. A partir da época de Mário e Sila, os soldados b) nas sucessivas guerras imperiais, para onde eram canalizados todos
HISTÓRIA D
recorriam a seus generais para a reabilitação econômica e os generais os recursos existentes, embora o Império tivesse condições plenas de
usavam os soldados para incursões na política.” satisfazer às necessidades materiais de sua população.
(Perry Anderson, Passagem da Antiguidade ao Feudalismo.) c) na valorização excessiva do trabalho assalariado, que inflacionou
o mercado e inviabilizou a utilização de mão de obra livre em substi-
O texto oferece subsídios para a compreensão
tuição ao escravismo em crise.
a) da crise da República Romana.
d) na estagnação das formas primitivas de produção, baseadas princi-
b) da implantação da monarquia etrusca.
palmente no trabalho escravo, e na consequente incapacidade para sa-
c) do declínio do Império Romano.
tisfazer às necessidades materiais de uma população numerosa.
d) da ascensão do Império Bizantino.
e) nas reivindicações sociais da plebe que, a partir do esgotamento dos
e) do fortalecimento do Senado.
recursos destinados ao pão e circo, passou a exigir empregos que lhe
proporcionassem meios de subsistência.
9. As conquistas romanas durante a República provocaram importan-
tes transformações políticas, as quais desembocariam na fundação do
4. (PUCCAMP) – Durante o Baixo Império, caracterizado pela
Império por Otávio Augusto. Assinale a alternativa que não pode ser
decadência do poder romano, o imperador Teodósio
entendida como uma dessas transformações.
a) criou a tetrarquia e pôs em vigor o Edito do Máximo.
a) O Exército foi ampliado e profissionalizado, passando a interferir b) promulgou o Edito de Milão e concedeu a cidadania romana a to-
na vida política para servir aos interesses dos comandantes militares. dos os homens livres do império.
b) O partido aristocrático e o partido popular foram utilizados por lí- c) oficializou o cristianismo e determinou que o Império Romano fos-
deres ambiciosos como instrumento para ascender ao poder político. se dividido após sua morte.
c) Os plebeus enriquecidos deram origem à ordem equestre, a qual se d) implantou a Pax Romana e deu prosseguimento à perseguição aos
opôs à hegemonia dos patrícios, exercida por meio do Senado. cristãos.
d) Os pleubeus, aproveitando o enfraquecimento do patriciado, con- e) suprimiu o culto imperial e determinou que fosse elaborado o
seguiram transformar a República em uma instituição democrática. Corpus Juris Civilis.
e) A plebe, acomodada pela política do pão e circo, deixou progressi-
vamente de interferir nas disputas internas do Estado Romano. 5. (FGV) – “Muitos domínios [grandes propriedades] foram divididos
em pequenas unidades, cultivadas por camponeses fixados à terra,
denominados colonos. E o termo latino colonus, que outrora designava
MÓDULO 2 o camponês-proprietário, tendeu a se aplicar exclusivamente ao colono
IMPÉRIO ROMANO do grande proprietário.”
(Paul Petit, A Paz Romana, 1969.)
1. (FUVEST) – Tentando explicar o fim do Império Romano, surgi-
ram diversas teorias. Algumas são divergentes, como a de André Piga- O texto faz referência ao mundo rural romano,
niol, para quem “Roma foi assassinada”, e a de Ferdinand Lot, para a) no período que se seguiu à crise do século III d.C., quando a escas-
quem “Roma morreu de morte natural”. sez de mão de obra inviabilizou o escravismo.
a) Quais as ideias contidas nas teorias citadas?
b) durante a tentativa malsucedida de reforma agrária empreendida
b) Por que as duas teorias não explicam satisfatoriamente o proces-
pelos irmãos Tibério e Caio Graco.
so de desagregação do Império Romano?
c) no início da República, quando Roma foi inundada por enormes
2. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AMAZONAS) – Assinale a contingentes de escravos.
alternativa que explica a crise estrutural responsável pela decadência d) no final da conquista da Península Itálica, quando Roma ainda não
e queda do Império Romano. passava de uma potência regional.
a) A hostilidade entre a Igreja Cristã e o Senado Romano, acusado pela e) no apogeu do Império Romano, quando a atividade rural se dire-
primeira de ser o responsável pela perpetuação do escravismo. cionava para o abastecimento dos grandes centros urbanos.
12 –
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 13
HISTÓRIA D
com os invasores. Se as tropas estrangeiras não se retirarem tão logo c) assegurava antigas garantias a uma minoria privilegiada, mas
desmantelem o regime, haverá um novo decreto pedindo aos xiitas que também veiculava princípios de liberdade política.
as expulsem, o que, na prática, significará a proclamação da Jihad d) limitou as ambições políticas dos papas, mesmo tratando-se de um
contra os soldados norte-americanos.” contrato feudal.
(Agência Reuters, março de 2003) e) seus 63 artigos priorizavam os direitos e liberdades do homem do
povo.
O texto acima, referente à invasão do Iraque por tropas norte-
americanas e britânicas, envolve aspectos ligados à religião islâmica. 3. (UNESP-SP) – “A longa crise da economia e da sociedade europeias,
Acerca deste tema, cite os principais fatores da expansão árabe que se durante os séculos XIV e XV, marcou as dificuldades e os limites do
seguiu à morte de Maomé. modo de produção feudal no último período da Idade Média. Qual foi o
resultado político final das convulsões continentais dessa época? No
3. (PUC) – O Islão, criado a partir da pregação de Maomé no início transcorrer do século XVI, o Estado absolutista emergiu no Ocidente.”
do século VII, adquiriu claro significado político com a Hégira (fuga (Perry Anderson, Linhagens do Estado Absolutista.)
de Maomé e seus seguidores de Meca para Medina). As relações do
Islão com outras religiões e com o Ocidente foram marcadas a) Identifique duas manifestações da crise do século XIV.
a) pela facilidade de diálogo e de integração, da qual a celebração de b) Aponte duas características do Estado absolutista.
missas ecumênicas constitui um exemplo, uma vez que os princípios
do islamismo mesclam influências judaicas e cristãs. 4. (FGV-SP) – Em 1348, a Peste Negra irrompeu na Europa,
b) por numerosos conflitos militares e políticos, dos quais a Jihad ou proveniente da Ásia. Seu efeito foi devastador, tendo provocado a
Guerra Santa constitui um exemplo, uma vez que os princípios morte de mais de 25% da população europeia.
islâmicos pregam a guerra contra judeus e cristãos. Sobre a Peste Negra, podemos afirmar que
c) pela expansão territorial e militar do islamismo, da qual a conquista a) a epidemia lançou a Europa em uma profunda recessão, dando
da Península Ibérica constitui um exemplo, uma vez que os princípios continuidade a séculos de decadência econômica e crises de
islâmicos enfatizam a necessidade de expandir a religião muçulmana. abastecimento.
d) por negociações entre chefes religiosos e políticos, das quais os b) comunidades judaicas foram responsabilizadas pela epidemia e
encontros no Vaticano constituem um exemplo, uma vez que os perseguidas pelos cristãos, que avivavam o sentimento antijudaico
princípios islâmicos defendem o entendimento e a tolerância para com existente na Idade Média.
os não-muçulmanos. c) a epidemia provocou a busca de novas terras livres de contágio, o
e) pela influência de técnicas e conhecimentos do Ocidente sobre o que resultou na conquista do Norte da África e da Palestina pelos euro-
Oriente, da qual as interferências linguísticas constituem um exemplo, uma peus.
vez que os princípios islâmicos admitem a ocidentalização do mundo. d) a epidemia freou o processo de dissolução do feudalismo e elevou
à implementação de práticas escravistas em toda a Europa Ocidental.
e) a epidemia só foi controlada ao final da Idade Média, não havendo
MÓDULO 4 outros surtos nos séculos XVI e XVII.
– 13
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 14
MÓDULO 6
RENASCIMENTO CULTURAL
1. Relacione a Reforma e a Contrarreforma com o fim do Renasci-
mento.
14 –
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 15
4. (UNESP) – “Todas as coisas humanas têm dois aspectos (...) Para a) o elogio da loucura, vista como uma forma sofisticada de sensibi-
dizer a verdade, todo este mundo não é senão uma sombra e uma apa- lidade.
rência; mas esta grande e interminável comédia não pode representar- b) o caráter obscuro e sombrio da vida, na qual o homem deve orien-
se de outro modo. Tudo na vida é tão obscuro, tão diverso, tão oposto, tar-se pela fé.
que não podemos nos assegurar de nenhuma verdade.” c) a ausência de verdades absolutas, em contraste com as verdades do
(Erasmo de Rotterdam, Elogio da Loucura.) clero.
d) a ideia de que o mundo é uma comédia e os homens devem se divertir.
Erasmo de Rotterdam foi um dos primeiros pensadores a contribuir pa- e) a ideia de que o mundo não passa de aparência, sendo mera repre-
ra o surgimento da Modernidade. No texto acima, de 1509, pode-se sentação do plano divino.
considerar “moderno”
HISTÓRIA D
líderes militares para intervir na vida política e enfraquecer o
1) B – As instituições citadas foram criadas a partir de tradições e Senado, abrindo caminho para a implantação do Império.
práticas da fase monárquica de Roma, vindo a constituir a
estrutura política da República Romana. 9) D – A República Romana jamais alcançou o estágio de democra-
cia, muito embora os plebeus tenham obtido importantes conces-
sões, desde a criação do tribuno da plebe até o direito de plebiscito.
2) C – O tribuno da plebe assistia às sessões do Senado sem ter
direito a voz ou a voto, mas possuía o direito de veto e também
podia apresentar propostas em benefício da plebe.
MÓDULO 2
3) a) A partir das Guerras Púnicas (264-146 a.C), Roma iniciou
a conquista do Mediterrâneo. Essa tarefa foi facilitada após a 1) a) Ao afirmar que “Roma foi assassinada”, Piganiol atribuiu
destruição de Cartago, até aquele mar se tornar o “Mare Nostrum” a queda do Império Romano do Ocidente a fatores externos — no
dos romanos. caso as invasões bárbaras germânicas. Já Ferdinand Lot, ao
b) A conquista do Mediterrâneo proporcionou a Roma os afirmar que “Roma morreu de morte natural”, perfilhou a tese de
elementos necessários para a formação do Império Romano: que a vida dos impérios constitui um ciclo previsível (formação,
consolidação do modo de produção escravista, devido ao grande expansão, apogeu, crise, decadência e desaparecimento).
número de prisioneiros de guerra; expansão do comércio, b) Nenhuma das duas explicações aborda as razões estruturais
favorecida pelo controle de Roma sobre as vias marítimas e que levaram à crise do Império Romano. Elas devem ser buscadas
terrestres; e fortalecimento do Exército, para controlar as regiões no século III d.C., quando a cessação das guerras de conquista pro-
conquistadas e efetuar novas conquistas. vocou a crise do escravismo. Os reflexos desta última na economia,
sociedade, política e organização militar minaram o Império,
tornando-o vulnerável às invasões bárbaras, iniciadas no final do
4) D – As consequências citadas levariam às guerras civis e, no
século IV.
limite, à crise da República Romana e sua substituição pelo
Império.
2) C – A crise do escravismo romano provocou uma reação em
cadeia que levaria ao enfraquecimento de Roma e, no limite, à
5) D – A conquista do Mundo Grego pelos romanos deu origem à
queda do Império Romano do Ocidente, avassalado pelas invasões
civilização greco-romana, a qual dominaria a Antiguidade Clássica
bárbaras germânicas.
até as invasões bárbaras. Não obstante, o Ocidente e o Oriente
romanos permaneceram diferenciados em certos aspectos,
3) D – A crise do século III, da qual resultou a escassez de mão de
sobretudo no linguístico, pois o latim prevaleceu no primeiro e o
obra escrava, inviabilizou a sobrevivência do Império Romano
idioma grego, no segundo. enquanto tal, o que resultaria na conquista de sua porção ocidental
pelos bárbaros germânicos.
6) No período citado, a sociedade romana caracterizava-se pela
concentração fundiária em mãos dos patrícios, que utilizavam mão 4) C – Teodósio oficializou o cristianismo em 391, pelo Edito de
de obra escrava e excluíam os plebeus do acesso à terra. A Tessalônica. Após sua morte, em 395, o Império foi dividido entre
sociedade brasileira atual, também caracterizada pela concen- seus filhos, que passaram a governar separadamente o Império
tração fundiária, utiliza mão de obra livre mal remunerada e exclui Romano do Ocidente e o Império Romano do Oriente ou Bizantino.
os camponeses do acesso à propriedade da terra.
5) A – A cessação das guerras de conquista provocou em Roma a
7) D – O texto faz referência à crise da República Romana, crise do escravismo. Visando contorná-la ao menos parcialmente,
resultante, entre outros aspectos, da expansão militar que os romanos ampliaram o colonato — forma de trabalho
consolidou o escravismo, marginalizou a plebe e introduziu o compulsório que fixava o camponês e seus descendentes à terra —
Exército como uma força nova no jogo político. que daria origem à servidão feudal.
– 15
D_C1_Cur_EXER TARE_Hist_12_Lis 17/11/11 08:11 Página 16
16 –