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CURSO EM PDF – Legislação Específica – TÉCNICO DPGE-RJ

Prof. Armando Guedes

AULA DEMONSTRATIVA - APRESENTAÇÃO

Olá, amigos concurseiros !


Mais uma vez é com imenso prazer que recebo o convite do
CANAL DOS CONCURSOS para ministrar o curso de Legislação
Específica para ingresso no cargo de TÉCNICO MÉDIO da Defensoria
Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro - DPGERJ.
Como você, um dia também fui concurseiro. Tenho noção do
árduo caminho a ser trilhado, mas posso lhe garantir que todo o esforço
valerá. Nesses anos de estudo, afirmo: SÓ NÃO PASSA EM CONCURSO
PÚBLICO QUEM DESISTE! Isso mesmo, tendo foco e determinação, a
vaga é sua, só não vale desistir.
Não interessa se você é novo, velho, tem família, filhos,
trabalha. Tendo foco e NÃO desistindo, você triunfará.
Veja o meu caso. Trabalhando como Agente de Polícia Federal,
cargo que exerci durante 14 anos, casado, pai de duas crianças lindas
(que pai coruja!), passei para Defensor Público Federal. Foi fácil? Óbvio
que não. Mas tomando posse no cargo, você esquecerá de todo
sacrifício, pode acreditar.
Não há fórmula mágica. Como já mencionado, tenha foco,
determinação e NUNCA desista. Acredite, a vaga será sua!
Bem, vamos ao curso.
O Edital do seu concurso ainda não foi lançado, mas a previsão
é que o mesmo seja publicado ainda no primeiro semestre de 2013.
Portanto, tudo indica que em breve, muito em breve, teremos o tão
aguardado concurso para TÉCNICO MÉDIO da DPGERJ.
Neste curso, para adiantarmos os estudos, seguiremos o
conteúdo programático do Edital do último concurso, realizado em 2010.
Assim, o presente curso será composto de 07 (sete) aulas, incluindo
esta aula demonstrativa, dividido da seguinte forma:
AULA DEMOSNTRATIVA: A Defensoria Pública na Constituição Federal e
na Constituição do Estado do Rio Grande do Sul.
AULA 01: Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (1ª parte)

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AULA 02: Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública (2ª parte)


AULA 03: Lei Orgânica da Defensoria Pública do Estado do Rio de
Janeiro.
AULA 04: Assistência jurídica integral e gratuita: Lei nº 1.060/50
AULA 05: Processo administrativo disciplinar, sindicância e inquérito; e o
Regime Jurídico Único dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro
(Decreto-lei nº 220/75 e Decreto nº 2.479/79 e alterações posteriores);
o Regime de previdência dos servidores públicos (Lei Estadual nº
5.260/2008) - 1ª parte.
AULA 06: Processo administrativo disciplinar, sindicância e inquérito; e o
Regime Jurídico Único dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro
(Decreto-lei nº 220/75 e Decreto nº 2.479/79 e alterações posteriores);
o Regime de previdência dos servidores públicos (Lei Estadual nº
5.260/2008) - 2ª parte.
Após a parte teórica, traremos exercícios, devidamente
comentados, pertinentes ao tema abordado na aula. Aqui uma
importante observação.
Ainda não foi definida a banca examinadora responsável pelo
presente certame, sendo certo que o último concurso para área de apoio
da DPGERJ foi realizado pelo CEPUERJ (Centro de Produção da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro), banca que não possui tradição
em concursos na seara jurídica. Nesse sentido, colecionaremos
exercícios das mais variadas bancas, para que você se sinta totalmente
preparado, independentemente da banca examinadora a ser escolhida.
Deve restar claro que o tema ora estudado, principalmente
quando adentrarmos na legislação específica do Estado do Rio de
Janeiro, é pouco cobrado em concursos, o que dificulta encontrarmos
exercícios sobre o tema.
Por fim, no final da aula, no tópico questões propostas,
repetimos as questões sem o gabarito e sem comentário, para que você
possa se testar. Caberá a você a escolha: tentar resolver primeiro as
questões e depois ler os comentários ou começar pelas questões
comentadas e depois tentar fazê-las sozinho.
Bem, feita a apresentação, mãos à obra!

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I - A DEFENSORIA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988


(CRFB/88) trouxe relevante inovação na, até então, denominada
assistência judiciária. As Constituições pretéritas utilizavam a
terminologia assistência judiciária, sendo certo que a atual utiliza o
termo assistência jurídica. Nesse sentido, leiamos o inciso LXXIV da
CRFB/88:

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos


que comprovarem insuficiência de recursos

Com certeza não foi irrefletida essa mudança de nomenclatura


de assistência judiciária para assistência jurídica, sendo que o
propósito da alteração foi a extensão do benefício, vez que assistência
judiciária se limita ao patrocínio dos interesses dos necessitados na
esfera judicial, ao passo que assistência jurídica envolve não somente o
patrocínio de demandas perante o Judiciário, mas também toda
assessoria fora do processo judicial, o que engloba, por exemplo,
assistência em procedimentos administrativos, consultas e orientações
pessoais aos necessitados sobre temas jurídicos. Portanto, resta claro
que o conceito de assistência jurídica é mais amplo do que o de
assistência judiciária, pois compreende a assessoria dentro e fora
(extrajudicial) do Poder Judiciário.
E como se dará essa assistência jurídica? Se dará de forma
integral e gratuita. O termo “integral” reforça a ideia de assistência
jurídica, indicando que a assistência será judicial e extrajudicial, além de
alcançar todos os graus do Poder Judiciário (1º grau, Tribunais e
Juizados). O termo “gratuita” indica que o beneficiário não arcará com
as custas do processo (taxas judiciárias), os honorários advocatícios e
as demais custas previstas no art. 3º da Lei nº 1.060/50, abaixo
transcrito:

Art. 3º. A assistência judiciária compreende as seguintes isenções:


I - das taxas judiciárias e dos selos;

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II - dos emolumentos e custas devidos aos Juízes, órgãos do


Ministério Público e serventuários da justiça;
III - das despesas com as publicações indispensáveis no jornal
encarregado da divulgação dos atos oficiais;
IV - das indenizações devidas às testemunhas que, quando
empregados, receberão do empregador salário integral, como se
em serviço estivessem, ressalvado o direito regressivo contra o
poder público federal, no Distrito Federal e nos Territórios; ou
contra o poder público estadual, nos Estados;
V - dos honorários de advogado e peritos.
VI – das despesas com a realização do exame de código genético –
DNA que for requisitado pela autoridade judiciária nas ações de
investigação de paternidade ou maternidade.
VII – dos depósitos previstos em lei para interposição de recurso,
ajuizamento de ação e demais atos processuais inerentes ao
exercício da ampla defesa e do contraditório.
Parágrafo único. A publicação de edital em jornal encarregado da
divulgação de atos oficiais, na forma do inciso III, dispensa a
publicação em outro jornal.

E quem fará jus a receber assistência jurídica integral e


gratuita do Estado? Todos poderão receber tal assistência? Não, mas
somente aqueles que comprovarem a insuficiência de recursos,
denominados doutrinariamente de hipossuficientes econômicos. A
princípio, basta simples afirmação de que não se encontram em
“condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado,
sem prejuízo próprio ou de sua família” para receber assistência jurídica
integral e gratuita do Estado. Esta afirmação gera uma presunção
relativa de que o declarante não possui recursos financeiros. Por óbvio,
por ser tratar de uma presunção relativa, poderá ser afastada mediante
prova em contrário. Leiamos o art. 4º e seu § 1º da Lei 1.060/50.

Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária,


mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não

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está em condições de pagar as custas do processo e os honorários


de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.
§ 1º. Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa
condição nos termos desta lei, sob pena de pagamento até o
décuplo das custas judiciais.

Aqui, uma importante indagação: pessoa jurídica poderá ser


caracterizada como hipossuficiente econômico para fins de receber
assistência jurídica do Estado? Em outros termos, uma pessoa jurídica
(uma empresa, uma sociedade, um estabelecimento comercial, etc.)
poderá desfrutar do benefício da assistência jurídica gratuita realizada
pelo Estado?
O tema já foi muito discutido nos Tribunais. Inicialmente,
aceitava-se somente que as pessoas jurídicas sem fins lucrativos
(filantrópicas ou beneficentes) fizessem jus a tal assistência. A
jurisprudência evoluiu e, atualmente, encontra-se consolidada no
seguinte sentido:
1º - todas as pessoas jurídicas (com ou sem fins lucrativos) têm direito
a desfrutar do benefício da assistência judiciária e
2º - as entidades filantrópicas fazem jus à gratuidade mediante simples
afirmação de hipossuficiência (como ocorre com as pessoas físicas,
conforme o estudado art. 4º da Lei nº 1.060/50), enquanto as pessoas
jurídicas que visam a lucro devem fazer prova da sua incapacidade
financeira, não bastando a simples alegação de hipossuficiência
econômica.
O estudado inciso LXXIV encontra-se inserido no rol do art. 5º
da CRFB/88. Assim, podemos afirmar que a assistência jurídica integral
e gratuita aos necessitados é um direito fundamental. A doutrina nos
ensina que a assistência jurídica se traduz em direito fundamental
social, compondo a segunda dimensão dos direitos fundamentais,
visando a corrigir as desigualdades materiais, proporcionando que um
sujeito sem recursos financeiros usufrua das mesmas benesses jurídicas
que um cidadão mais abastado desfrutaria, equilibrando pela via jurídica
a desigualdade fatual existente.

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Por fim, como o Estado prestará a assistência jurídica gratuita


e integral prevista no inciso LXXIV do art. 5º da CRFB/88? Através da
Defensoria Pública.
Aqui, mais uma inovação da Constituição de 1988. As
Constituições anteriores faziam referência expressa à assistência
judiciária, mas não ao órgão que deveria prestá-la, o que, na prática,
acarretava a inoperância e a ineficiência do serviço. Agora, o legislador
constituinte de 1988 definiu que a assistência jurídica aos necessitados
deve ser prestada por uma instituição independente, especialmente
incumbida deste mister, designada como Defensoria Pública.
A Defensoria Pública encontra-se estabelecida no art. 134 da
CRFB/88, com a seguinte redação:

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a
defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º,
LXXIV.
§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e
do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais
para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos,
na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e
vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
(Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

A primeira observação a ser feita é a de que o art. 134 da


CRFB/88, que trata da Defensoria Pública, encontra-se inserido no
Capítulo IV do Título IV, intitulado “Das Funções Essenciais à Justiça”.
Assim, a Defensoria Pública, juntamente com o Ministério Público (arts.
127 ao 130-A da CRFB/88), a Advocacia Pública (arts. 131 e 132 da
CRFB/88) e a Advocacia Privada (art. 133 da CRFB/88), são taxadas,
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pelo legislador constituinte, de funções essenciais à justiça.


Reforçando essa ideia, primeira parte do caput do art. 134 da CRFB/88
afirma que a Defensoria Pública é “instituição essencial à função
jurisdicional do Estado” (aqui, apenas a título de recordação, o
Estado possui três funções, a saber: função jurisdicional, em regra
exercida pelo Poder Judiciário função legislativa, em regra exercida pelo
Poder Legislativo e função de administrar, em regra exercida pelo Poder
Executivo).
Justamente por se tratar de “instituição essencial à função
jurisdicional do Estado”, a criação e a manutenção da Defensoria Pública
não são meras faculdades ou opções dos governantes, ao contrário, o
texto constitucional impõe a criação e a manutenção da Defensoria.
Assim, o chefe do Poder Executivo que não cria Defensoria Pública em
seu Estado está violando, por omissão, um mandamento constitucional.
A segunda parte do caput do art. 134 da CRFB/88 traz a
função da Defensoria Pública, qual seja, “a orientação jurídica e a
defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º,
LXXIV”.
Os termos “orientação jurídica” e “defesa em todos os graus”
se coadunam com a terminologia “assistência jurídica” empregada no
inciso LXXIV do art. 5º da CRFB/88, no sentido de que a assistência será
não só judicial, mas também extrajudicial.
Por seu turno, o termo “necessitados” possui duas acepções.
Podemos ter os economicamente necessitados e os juridicamente
necessitados. O economicamente necessitado é aquele que não
possui recursos financeiros para arcar com as custas processuais e nem
com os honorários advocatícios sem prejuízo ao próprio sustento e da
sua família. O juridicamente necessitado é aquele que,
independentemente de sua condição financeira, não constituiu advogado
e o ordenamento jurídico impõe, diante da peculiaridade do caso, a
assistência jurídica. Explicamos.
A hipossuficiência jurídica decorre comumente do fato de a
parte não se encontrar representada no processo judicial por profissional
da advocacia, independentemente de sua condição financeira e
econômica. A princípio, a ausência de constituição de advogado revela
apenas uma omissão da parte em cumprir um ônus processual e ela
será processada sem contar com a assistência de um profissional

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habilitado, o advogado. Todavia, há determinadas situações em que o


ordenamento jurídico não permite que a parte seja processada sem a
assistência de um profissional da advocacia.
Nesse sentido, por exemplo, numa ação penal, o réu
denunciado pela prática de um crime jamais poderá ser processado e
condenado sem que lhe seja oportunizada defesa técnica. A defesa
técnica no processo criminal é imperativa, devendo sempre ocorrer, até
mesmo contra a vontade manifesta do réu. Assim, se um empresário
milionário vier a ser processado criminalmente e não constituir
advogado, será considerado um necessitado jurídico e a Defensoria
Pública deverá atuar no feito penal.
O mesmo ocorre no processo civil, por exemplo, com o réu
revel citado por edital ou por hora certa. O ordenamento jurídico não
permite que o processo transcorra sem que este réu receba a proteção
de um curador especial. A Defensoria Pública, ao exercer a curadoria
especial nos casos previstos em lei, está assistindo um necessitado
jurídico. Assim, por exemplo, um rico empresário, réu de uma execução
fiscal, não localizado, é citado por edital, não apresentando defesa (réu
revel citado por edital). A Defensoria Pública será nomeada sua curadora
especial, promovendo a defesa desse empresário na execução fiscal.
Portanto, na curadoria especial do processo civil e na
defesa no processo penal, vislumbra-se que a circunstância particular
de vulnerabilidade em que se encontram os réus resulta em verdadeira
hipossuficiência jurídica, uma vez que os princípios constitucionais do
contraditório e da ampla defesa se encontram seriamente abalados, a
ensejar a atuação da Defensoria Pública.
Esses dois sentidos do termo “necessitados” proporcionam a
divisão das funções da Defensoria Pública em típicas e atípicas. Serão
funções típicas as exercidas em razão da necessidade econômica do
beneficiário; serão funções atípicas as exercidas em razão da
necessidade jurídica do beneficiário. Então, não esqueça:

TÍPICAS: necessitado econômico


Defensoria Pública FUNÇÕES
ATÍPICAS: necessitado jurídico

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O § 1º do art. 134 da CRFB/88 determina que lei


complementar organize a Defensoria Pública da União e do Distrito
Federal e dos Territórios e prescreva normas gerais para a organização
das Defensorias Estaduais. Em 1994, cumprindo mandamento
constitucional, foi publicada a Lei Complementar nº 80 (LC nº 80/94, a
ser estudada na próxima aula). Assim, a LC nº 80/94 organiza a
Defensoria Pública da União e a Defensoria Pública do Distrito Federal e
Territórios e traça normas gerais para as Defensorias Públicas dos
Estados.
Deve ser frisado que a elaboração da citada lei complementar
encontra respaldo no art. 24, inciso XIII, e seus §§ 1º e 2º da CRFB/88.
Leiamos o dispositivo constitucional.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar


concorrentemente sobre:
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais
não exclui a competência suplementar dos Estados

Assim, a Constituição estabelece a competência concorrente


para legislar sobre Defensoria Pública. Seguindo as diretrizes do art. 24
da CRFB/88, a União editou a LC nº 80/94, organizando a Defensoria
Pública da União e a Defensoria Pública do Distrito Federal e Territórios
e traçando normas gerais para as Defensorias Públicas dos Estados.
Assim, aos Estados, respeitando as normas gerais estabelecidas na LC
nº 80/94, caberão editar normas suplementares sobre suas Defensorias
Públicas (competência suplementar).
Deve ser frisado que a LC nº 80/1994, promulgada pelo Chefe
do Poder Executivo Federal, na época o Presidente da República Itamar
Franco, se incumbiu de organizar, além da DPU (Defensoria Pública da
União), a Defensoria Pública do Distrito Federal, com base na
antiga redação dos arts. 21, inciso XIII, e 22, inciso XVII, ambos da
CRFB/88, que estabeleciam, respectivamente, a competência exclusiva

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da União para organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito


Federal e a competência privativa da União para legislar sobre a
Defensoria Pública do Distrito Federal. A Emenda Constitucional nº
69/2012, alterando os citados dispositivos, modificou esse quadro,
determinando que se apliquem “à Defensoria Pública do Distrito Federal
os mesmos princípios e regras que, nos termos da Constituição Federal,
regem as Defensorias Públicas dos Estados”.
A última observação a ser feita sobre a lei complementar
prevista no § 1º do art. 134 da CRFB/88 é a de que esta será de
iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo Federal, conforme
determina o art. 61, § 1º, inciso II, alínea “d”, da CRFB/88. Leiamos o
dispositivo.

§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República


as leis que:
II - disponham sobre:
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da
União, bem como normas gerais para a organização do Ministério
Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios;

Continuando a destrinchar o § 1º do art. 134 da CRFB/88, este


determina que os cargos de Defensor Público sejam providos mediante
concurso público de provas e títulos, garante aos Defensores a
inamovibilidade e veda o exercício da advocacia fora das
atribuições institucionais.
A exigência de concurso público para ingresso no cargo de
Defensor Público, prevista no estudado § 1º, não traz nenhuma
novidade, vez que o art. 37, inciso II, da CRFB/88 já traz a previsão
genérica de que a investidura em cargo da administração pública direta
ou indireta dos três Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios depende de prévia aprovação em concurso público,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão. A novidade do
citado § 1º encontra-se, justamente, na exigência deste concurso
público ser de provas E títulos. Assim, para ingressar no cargo de

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Defensor Público, o candidato passará por uma primeira etapa de provas


e, obrigatoriamente, por uma segunda etapa de títulos.
A inamovibilidade é uma garantia constitucional que permite
ao Defensor Público atuar plenamente na defesa dos necessitados,
contra qualquer pessoa física ou jurídica, de forma independente, sem
que possa ser removido de seu cargo como forma de perseguição ou
punição. Todavia, esta inamovibilidade não é absoluta, podendo ser
afastada na hipótese de remoção compulsória (o tema será
aprofundado quando do estudo da LC nº 80/94).
A proibição do Defensor Público exercer a advocacia fora
das suas atribuições institucionais, em realidade, converte-se em
uma garantia dos próprios necessitados, no sentido de que o Defensor,
ao ser proibido de exercer a advocacia privada, disponibilizará o seu
trabalho, de forma exclusiva, para a defesa dos interesses dos
necessitados. Deve ser frisado que nem em causa própria o Defensor
poderá exercer a advocacia. Assim, por exemplo, um Defensor Público
que teve o seu veículo particular colidido em acidente de trânsito deverá
constituir advogado caso pretenda ingressar em juízo para ser
ressarcido dos danos.
Já o § 2º do art. 134 da CRFB/88 garante às Defensorias
Públicas a autonomia funcional, administrativa e financeira.
A autonomia funcional significa que as Defensorias Públicas,
no desempenho de suas funções institucionais, não estão subordinadas
a nenhum órgão ou Poder (nem ao Poder Judiciário, nem ao Poder
Legislativo e nem mesmo ao Poder Executivo).
A autonomia administrativa é a soma de poderes que as
Defensorias Públicas dispõem para gerir o exercício das suas atividades,
bem como para gerir seus bens e recursos.
Com base nessa autonomia funcional e administrativa,
assentada no seio constitucional após a Emenda Constitucional nº
45/2004, o Supremo Tribunal Federal passou a declarar
inconstitucionais as leis estaduais que estabelecem vinculação da
Defensoria Pública do Estado a uma Secretaria de Estado.
A autonomia financeira, por sua vez, é garantida pela
iniciativa de proposta orçamentária, cabendo à Defensoria Pública
delinear, desde que respeitados os limites estabelecidos na lei de

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diretrizes orçamentárias, os recursos financeiros de que necessita para


desempenhar sua função constitucional. A autonomia financeira se
completa com o art. 168 da CRFB/88, no sentido de que os recursos
correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados a Defensoria Pública, ser-lhe-ão
entregues, em duodécimos, até o dia 20 de cada mês.
Aqui, muita ATENÇÃO! O § 2º art. 134 da CRFB/88 somente
faz menção às Defensorias Públicas ESTADUAIS.
Assim, a Defensoria Pública da UNIÃO (DPU) não goza de
autonomia funcional, administrativa e financeira, estando subordinada
ao Ministério da Justiça. Deve ser lembrado que há proposta de emenda
constitucional (PEC nº 82) tramitando no Congresso Nacional com o
objetivo de estender o conteúdo do art. 134, § 2º, da CRFB/88 à
Defensoria Pública da União.
Quanto à Defensoria Pública do Distrito Federal, recentemente,
após a comentada Emenda Constitucional nº 69/2012, passou a gozar
de autonomia funcional, administrativa e financeira, apesar de não
constar expressamente do citado § 2º do art. 134 da CRFB/88.
Por fim, o art. 135 da CRFB/88 estabelece que os Defensores
Públicos serão remunerados na forma do art. 39, § 4º, da CRFB/88.
Leiamos o dispositivo.

Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas


Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art.
39, § 4º.

Assim, os Defensores Públicos serão remunerados por


subsídio. Mas qual a novidade dessa forma de remuneração?
Atualmente, temos três formas de remunerar os agentes
públicos, a saber:
- vencimento ou remuneração em sentido restrito → recebido pelo
servidor público estatutário. O vencimento é composto de duas
parcelas: uma fixa (referente ao salário-base) e outra variável
(referente, por exemplo, ao auxílio-moradia e à função gratificada).

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- subsídio → põe fim ao recebimento de duas parcelas (uma fixa e uma


variável). O subsídio impõe o recebimento em forma de parcela única.
Quais os agentes públicos que são remunerados via subsídio? Os
agentes políticos (art. 39, §4,º da CRFB/88), alguns servidores públicos
específicos (exs.: Defensores Públicos e Advogados da União – art. 135
CRFB/88; policiais federais, civis e militares – art. 144, § 9º, da
CRFB/88). Por fim, a Constituição permite que os servidores públicos
organizados em carreira sejam remunerados por subsídios (art. 39, §
8º, da CRFB/88).
- salário → recebido pelo empregado público celetista (ex.: empregado
público da Petrobrás).
Assim, os Defensores Públicos são remunerados
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou qualquer outra espécie remuneratória.
Bem, com essas ponderações, encerramos o estudo da
Defensoria Pública diante da Constituição de 1988. Avancemos.

II – A DEFENSORIA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL/RJ.

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro encontra


previsão nos arts. 179 a 181 da Constituição Estadual. Leiamos os
dispositivos.
Art. 179 - A Defensoria Pública é instituição essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e
instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a
orientação jurídica integral e gratuita, a postulação e a defesa, em
todos os graus e instâncias, judicial e extrajudicialmente, dos
direitos e interesses individuais e coletivos dos necessitados, na
forma da lei.
§ 1º - À Defensoria Pública são asseguradas autonomia funcional e
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro
dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e
subordinação ao disposto no art. 152, § 2º.

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§ 2º - São princípios institucionais da Defensoria Pública a


unicidade, a impessoalidade e a independência funcional.
§ 3º - São funções institucionais da Defensoria Pública, dentre
outras que lhe são inerentes, as seguintes:
I - promover a conciliação entre as partes em conflitos de
interesses;
II - atuar como curador especial;
III - atuar junto às delegacias de polícia e estabelecimentos penais;
IV - atuar como defensora do vínculo matrimonial;
V - patrocinar;
a) ação penal privada;
b) ação cível; c) defesa em ação penal;
d) defesa em ação civil;
e) ação civil pública em favor das associações necessitadas que
incluam entre suas finalidades estatutárias a proteção ao meio
ambiente e a de outros interesses difusos e coletivos;
f) os direitos e interesses do consumidor lesado, desde que
economicamente hipossuficiente, na forma da Lei;
g) a defesa do interesse do menor e do idoso, na forma da Lei;
h) os interesses de pessoas jurídicas de direito privado e
necessitadas na forma da Lei;
i) a assistência jurídica integral às mulheres vítimas de violência
específica e seus familiares.
Art. 180 - A Defensoria Pública tem como órgão administrativo sua
Procuradoria Geral, ocupando na estrutura administrativa estadual
posição equivalente à de Secretaria de Estado.
Parágrafo único - A Defensoria Pública, pelo voto secreto e
universal de seus membros, formará lista tríplice, dentre os
integrantes da carreira, para escolha do Defensor Público Geral do
Estado, cuja nomeação e exoneração se dará na forma da Lei
Complementar respectiva.

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Art. 181 - Lei complementar disporá sobre e organização e


funcionamento da Defensoria Pública, bem como sobre os direitos,
deveres, prerrogativas, atribuições e regime disciplinar dos seus
membros, observadas, entre outras:
I - as seguintes diretrizes:
a) a Defensoria Pública é organizada em cargos de carreira,
providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e
títulos, promovidos por sua Defensoria Pública Geral, com a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil, obedecendo-se,
nas nomeações, à ordem de classificação;
b) autonomia administrativa e financeira, com dotação
orçamentária própria, assegurada a iniciativa de sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de diretrizes
orçamentárias.
c) residência do Defensor Público titular na comarca onde estiver
lotado, nos termos da lei;
d) promoção segundo os critérios de antiguidade e merecimento,
alternadamente, na forma da lei;
e) distribuição territorial proporcional à população das regiões e
municípios, assegurando-se a lotação de pelo menos um defensor
em cada comarca.
f) aposentadoria dos membros da Defensoria Pública nos termos do
artigo 172, § 2º, desta Constituição;
g) o Defensor Público, após dois anos de exercício na função, não
perderá o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado.
II - a garantia de inamovibilidade;
III - a vedação do exercício da advocacia fora das atribuições
institucionais;
IV - as seguintes prerrogativas:
a) requisitar, administrativamente, de autoridade pública e dos
seus agentes ou de entidade particular: certidões, exames, perícias,
vistorias, diligências, processos, documentos, informações,
esclarecimentos e providências, necessários ao exercício de suas
atribuições;

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b) comunicar-se pessoal e reservadamente com o preso, tendo livre


acesso e trânsito a qualquer local e dependência em que ele se
encontrar;
c) ter livre acesso e trânsito a estabelecimentos públicos e os
destinados ao público no exercício de suas funções.

A Constituição Estadual é mais minuciosa do que a


Constituição Federal quando trata da Defensoria Pública. Vejamos.
O § 2º do art. 179 elenca os princípios institucionais da
Defensoria Pública, a saber: unicidade, impessoalidade e
independência funcional. Por sua vez, o § 3º do mesmo artigo, num
rol exemplificativo, anuncia algumas funções institucionais da
Defensoria. Por fim, o art. 181 informa que lei complementar disporá
sobre a organização e funcionamento da Defensoria, elencando, desde
já, algumas diretrizes, prerrogativas, vedações e garantias a serem
observadas por tal lei complementar.
Estes institutos trazidos pela Constituição Estadual (princípios
institucionais, funções institucionais, prerrogativas, vedações e
garantias) encontram-se elencados, de forma pormenorizada, na Lei
Complementar nº 80/94 e na Lei Complementar Estadual nº 06/1997,
motivo pelo qual deixamos o estudo desses temas para as próximas
aulas.
Além dos arts. 179 ao 181, que tratam de forma específica da
Defensoria Pública do Estado do RJ, existem normas espalhadas pelo
corpo da Constituição do Estado que se referem à Defensoria Estadual e,
por isso, devemos analisá-las.
Seguindo o sistema adotado pela Constituição Federal, a
Constituição do Estado no RJ estabelece, no seu art. 112, § 1º, inciso II,
alínea “c”, que “São de iniciativa privativa do Governador do Estado as
leis que: II - disponham sobre: c) organização da Defensoria Pública do
Estado”.
Para encerramos nossos estudos, elencaremos três normas
constantes da Constituição do Estado do RJ que não encontram paralelo
na Constituição Federal de 1988. Assim, ATENÇÃO redobrada, pois a
chance de o conhecimento dessas normas ser exigido em seu concurso
é grande.
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1º - o Defensor Público Geral do Estado do RJ (DPGE), nos crimes de


responsabilidade, será processado e julgado, de forma privativa, pela
Assembleia Legislativa, conforme determina o art. 99, inciso XIV. Não
há previsão similar, na Constituição Federal de 1988, determinando que
o Chefe da Defensoria Pública da União seja processado e julgado, nos
crimes de responsabilidade, pelo Senado Federal – vide art. 52, inciso
II, da CRFB/88;
2º - os membros da Defensoria Pública do Estado do RJ, nos crimes
comuns e de responsabilidade serão processados e julgados
originariamente pelo Tribunal de Justiça, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral (art. 161 IV, “d”, 2). Portanto, os Defensores do Estado
do RJ gozam de foro privilegiado, ao passo que a Constituição da
República Federativa de 1988 NÃO estabeleceu a prerrogativa de foro
para os Defensores Públicos Federais.
Mas aqui, muita atenção: as Constituições Estaduais podem
instituir foro especial por prerrogativa de função para seus Defensores,
ressalvando-se os crimes dolosos contra vida, que deverá ser julgado
pelo Tribunal do Júri, cuja competência advém diretamente da
Constituição Federal, não podendo ser afastada por norma inserida
numa Constituição Estadual. Nesse sentido, temos a Súmula 721 do
STF: “A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela
constituição estadual”.
Assim, por exemplo, se um Defensor Público do Estado do Rio
de Janeiro cometer um crime de estelionato será processado e julgado
pelo Tribunal de Justiça. Todavia, se esse mesmo Defensor cometer um
homicídio doloso, será processado e julgado pelo Tribunal do Júri.
3º - por fim, o DPGE é parte legítima para propor representação de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual e municipal em
face da Constituição Estadual (art. 162), sendo certo que a Constituição
Federal de 1988 não estendeu tal legitimidade ao Chefe da Defensoria
Pública da União – vide art. 103 da CVRFB/88.
Com isso, encerramos nossa aula teórica. Vamos aos
exercícios.

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QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 01
FCC – DEFENSOR DPE/Maranhão 2009
Em virtude de a Defensoria Pública ser instituição essencial à
função jurisdicional do Estado, é da sua incumbência prestar às
pessoas necessitadas, de forma integral e gratuita,
(A) assistência judicial.
(B) assistência judiciária.
(C) assistência jurídica, judicial e extrajudicial.
(D) assistência jurisdicional.
(E) assistência institucional.

Resposta: C
Comentário: estudamos que a Constituição Federal de 1988 inovou ao
substituir a termo “assistência judiciária” por “assistência jurídica”,
englobando a assistência judicial e extrajudicial (letra C).

QUESTÃO 02
FCC - 2008 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública
As funções constitucionalmente atribuídas à Defensoria Pública
consubstanciam-se em expressão direta do
a) princípio do juiz natural.
b) direito à assistência jurídica integral e gratuita.
c) livre acesso à justiça.
d) direito à informação.
e) princípio do contraditório

Resposta: B

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Comentário: é função precípua da Defensoria prestar assistência


jurídica integral e gratuita aos necessitados (letra B).

QUESTÃO 03
FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário
A Defensoria Pública da União é organizada por
a) Lei Delegada.
b) Decreto Legislativo.
c) Lei Ordinária.
d) Lei Complementar.
e) Resolução

Resposta: D
Comentário: conforme determina o § 1º do art. 134 da CRFB/88, lei
complementar organizará a Defensoria Pública da União, no caso, é a Lei
Complementar nº 80/94 (letra D).

QUESTÃO 04
FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público
A Constituição da República estabelece que, assim como os
membros das carreiras da Advocacia Pública, os integrantes das
Defensorias Públicas
a) exercem atividade essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo aos integrantes das carreiras mencionadas a
orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos que
comprovarem insuficiência de recursos.
b) ingressarão na carreira em cargos de classe inicial, providos
mediante concurso público de provas e títulos, com a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as
suas fases.
c) gozam das garantias de inamovibilidade e estabilidade após
dois anos de efetivo exercício das funções respectivas.
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d) poderão exercer a advocacia fora das atribuições


institucionais, nas hipóteses previstas na lei complementar que
organizar a carreira.
e) serão remunerados por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono, prêmio,
verba de representação ou outra espécie remuneratória.

Resposta: E
Comentário: a alternativa “A” está errada, vez que descreve a função
somente da Defensoria Pública, não tendo nenhuma pertinência com a
Advocacia Pública, disciplinada nos art. 131 e 132 da CRFB/88. O OAB
não participa do concurso público para ingresso no cargo de Defensor
Público, mas apenas do concurso para ingresso no cargo de Procurador
dos Estados e do Distrito Federal, conforme estabelece o art. 132 da
CRFB/88 (errada também a alternativa “B”). A garantia da
inamovibilidade não se estende aos Advogados Públicos, sendo que a
estabilidade, tanto dos Advogados Públicos, quanto dos Defensores, será
alcançada após 03 anos de efetivo exercício, conforme o art. 41 da
CRFB/88 (errada a alternativa “C”). Defensor Público não pode exercer a
advocacia fora das suas atribuições institucionais (errada, logo, a
alternativa “D”). Por fim, correta a alternativa “E”, vez que os
Advogados Públicos e os Defensores Públicos serão remunerados
mediante subsídios, retratando com fidelidade a previsão do art. 135 da
CRFB/88.

QUESTÃO 05
MOVENS - 2010 - Prefeitura de Manaus - AM - Analista - Direito
Em relação à Defensoria Pública, assinale a opção correta.
a) Norma estadual que atribui à defensoria pública do estado a
defesa judicial de servidores públicos estaduais processados civil
ou criminalmente em razão do regular exercício do cargo é
compatível com a CF/88.
b) Às defensorias públicas, em âmbito federal e estadual são
asseguradas autonomias funcional e administrativa e a iniciativa

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de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos


na lei de diretrizes orçamentárias.
c) Aos integrantes das defensorias públicas é assegurada a
garantia da inamovibilidade e permitido o exercício da advocacia
fora das atribuições institucionais, exceto em demandas contra a
fazenda pública que os remunera.
d) Por desempenhar, com exclusividade, um mister estatal
genuíno e essencial à jurisdição, a defensoria pública não
convive com a possibilidade de que seus integrantes sejam
recrutados em caráter precário.

Resposta: D
Comentário: no âmbito CÍVEL, salvo na hipótese de curadoria especial,
a Defensoria Pública somente atuará na defesa dos interesses dos que
“comprovarem insuficiência de recursos” (necessitado econômico).
Assim, a norma estadual que determina que a Defensoria Pública do
Estado atue na defesa judicial de servidores públicos estaduais
processados CIVILMENTE, independentemente de levar em consideração
a condição econômica deste servidor, contraria o inciso LXXIV do art. 5º
da CRFB/88 (errada alternativa “A”). A Defensoria Pública da União não
goza de autonomia administrativa, funcional e financeira (errada
alternativa “B”). Defensor Público não pode exercer a advocacia privada
(errada alternativa “C”). Não há possibilidade de Defensor Público ser
“recrutado em caráter precário”, sendo necessário concurso público de
provas e títulos (correta alternativa “D”).

QUESTÃO 06
FCC – DPE/MA Defensor Público 2009
A autonomia funcional da Defensoria Pública, assegurada pela
Constituição Federal, significa que
(A) os Defensores Públicos têm independência funcional.
(B) os membros do Ministério Público e do Poder Judiciário não
são hierarquicamente superiores aos Defensores Públicos.

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(C) o Defensor Público Geral deve ser eleito pela carreira,


através de lista tríplice, nomeando o Governador o mais votado.
(D) o controle da utilização dos recursos orçamentários da
Defensoria Pública será interno e exercido pelo Conselho
Superior.
(E) a Defensoria Pública deve conduzir suas atividades na forma
da lei, visando à plena realização das suas atribuições
institucionais, sem subordinação alguma ao Poder Executivo,
cujos atos normativos não a alcançam.

Resposta: E
Comentário: como já estudado, a autonomia funcional significa que as
Defensorias Públicas, no desempenho de suas funções institucionais,
não estão subordinadas a nenhum órgão ou Poder (nem ao Poder
Judiciário, nem ao Poder Legislativo e, nem mesmo, ao Poder
Executivo). Correta, portanto, alternativa “E”.
Aqui, apenas uma observação: não confundir os termos
“autonomia funcional” com “independência funcional”: esta se refere à
pessoa que ocupa o cargo de Defensor Público, enquanto aquela se
reporta ao órgão Defensoria Pública (por isso a alternativa A está
errada).

QUESTÃO 07
CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário
Acerca das funções essenciais à justiça, julgue o item que se
segue.
À Defensoria Pública da União e às defensorias públicas
estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa
e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Resposta: ERRADA

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Comentário: a Defensoria Pública da União, até o presente momento


(lembre-se de que há uma PEC tramitando no Congresso Nacional), não
goza de autonomia funcional, administrativa e financeira, estando
subordinada ao Ministério da Justiça.

QUESTÃO 08
CESPE - 2010 - DPE-BA - Defensor Público
Com relação à DP, julgue o item subsecutivo.
De acordo com a CF, são de iniciativa exclusiva do presidente da
República as leis que disponham sobre a organização da
Defensoria Pública da União bem como as normas gerais para a
organização da DP dos estados, do Distrito Federal, dos
territórios e dos municípios.

Resposta: ERRADA
Comentário: o erro da questão encontra-se na sua parte final, vez que
NÃO existe Defensoria Pública dos MUNICÍPIOS.

QUESTÃO 09
CESPE - 2010 - MPU - Técnico Administrativo
A respeito das funções essenciais à justiça, julgue o seguinte
item.
São funções essenciais à justiça as do Ministério Público, da
advocacia pública, da advocacia privada e da defensoria pública.

Resposta: CERTA
Comentário: de fato, a Defensoria Pública, juntamente com o Ministério
Público (arts. 127 ao 130-A da CRFB/88), a Advocacia Pública (arts. 131
e 132 da CRFB/88) e a Advocacia Privada (art. 133 da CRFB/88), são
taxadas, pelo legislador constituinte, de funções essenciais à justiça.

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QUESTÃO 10
FUNDEP - 2010 - TJ-MG - Oficial de Apoio Judicial
Assinale a entidade que a Constituição de 1988 definiu como
instituição essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos graus,
dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV
a) Ministério Público
b) Ordem dos Advogados do Brasil
c) Advocacia-Geral
d) Defensoria Pública

Resposta: D
Comentário: transcrição literal do caput do art. 134 da CRFB/88.

QUESTÃO 11
CESPE - 2008 - DPE-CE - Defensor Público
Julgue o item a seguir.
A Defensoria Pública da União tem autonomia funcional e
administrativa.

Resposta: ERRADA
Comentário: como já mencionado, a Defensoria Pública da União não
goza de autonomia funcional, administrativa e financeira.

QUESTÃO 12
FCC – DPE/RS Defensor Público 2011
O direito fundamental à assistência jurídica integral e gratuita,
previsto constitucionalmente e instrumentalizado pela
Defensoria Pública, compreende
(A) prestar orientação jurídica e exercer a defesa dos
necessitados, somente no segundo grau de jurisdição.
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(B) prestar orientação jurídica a todos os beneficiados pela Lei


no 1.060/50, assim considerados os nacionais ou estrangeiros,
residentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal,
civil ou do trabalho, excluída a Justiça Militar.
(C) a impossibilidade de denegação ao atendimento do cidadão,
tendo em vista a universalidade do direito prestado,
desimportando que se trata de pessoa com elevado poder
aquisitivo.
(D) a função institucional da Defensoria Pública para propositura
da ação penal pública, naqueles casos em que não houver órgão
de atuação do Ministério Público na Comarca.
(E) promover a mais ampla defesa dos direitos fundamentais dos
necessitados, abrangendo seus direitos individuais, coletivos,
sociais, econômicos, culturais e ambientais, sendo admissíveis
todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e
efetiva tutela.

Resposta: E
Comentário: a alternativa “A” está errada, vez que a assistência será
integral, ou seja, em todos os graus de jurisdição. A Defensoria Pública
assistirá um estrangeiro, mesmo que não residente no nosso país (ex.:
estrangeiro na condição de turista preso em flagrante, não constituindo
advogado particular, será assistido pela Defensoria Pública). Além disso,
a Defensoria Pública atua na Justiça Militar Estadual e na Justiça Militar
da União (errada alternativa “B”). No âmbito cível, salvo na hipótese de
atuação como curador especial, considera-se a condição econômica do
cidadão que pleiteia assistência da Defensoria (errada alternativa “C”). A
promoção de ação penal pública é função privativa do Ministério Público,
conforme mandamento constitucional previsto no art. 129, inciso I
(errada alternativa “D”). Por fim, correta a alternativa “E”, vez que a
assistência jurídica integral e gratuita, oferecida pela Defensoria Pública,
compreende a orientação jurídica e a defesa dos direitos dos
necessitados, em todos os graus, e por todas as formas jurídicas
cabíveis. Essa defesa se dá tanto em relação a direitos individuais
quanto a direitos coletivos, já que à Defensoria Pública foi conferida
legitimidade para ajuizar ações civis públicas.

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QUESTÃO 13
FCC – 2009 – MPE-SE – ANALISTA DO MPE-DIREITO
Projeto de lei complementar de iniciativa popular, que disponha
sobre a organização da Defensoria Pública da União, aprovado
pela maioria absoluta dos membros de ambas as Casas do
Congresso Nacional,
a) é materialmente inconstitucional, na medida em que apenas
os Estados estão autorizados, pela Constituição, a organizar
carreira e órgãos de Defensoria Pública.
b) é compatível com a disciplina constitucional do processo
legislativo.
c) padece do vício de inconstitucionalidade formal, por se tratar
de matéria de iniciativa privativa do Presidente da República.
d) somente poderá ser sancionado pelo Presidente da República
se houver sido subscrito por, no mínimo, um por cento do
eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 Estados.
e) deverá ser vetado pelo Presidente da República, por tratar de
matéria reservada à lei complementar, cuja aprovação exige
quorum de maioria qualificada de dois terços dos membros de
cada Casa legislativa.

Resposta: C
Comentário: conforme preceitua o § 1º do art. 134 e o art. 61, § 1º,
inciso II, alínea “d”, ambos da CRFB/88, a Defensoria Pública da União
será organizada mediante lei complementar de iniciativa privativa do
Presidente da República (correta alínea “C”).

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QUESTÕES PROPOSTAS
QUESTÃO 01
FCC – DEFENSOR DPE/Maranhão 2009
Em virtude de a Defensoria Pública ser instituição essencial à
função jurisdicional do Estado, é da sua incumbência prestar às
pessoas necessitadas, de forma integral e gratuita,
(A) assistência judicial.
(B) assistência judiciária.
(C) assistência jurídica, judicial e extrajudicial.
(D) assistência jurisdicional.
(E) assistência institucional.

QUESTÃO 02
FCC - 2008 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública
As funções constitucionalmente atribuídas à Defensoria Pública
consubstanciam-se em expressão direta do
a) princípio do juiz natural.
b) direito à assistência jurídica integral e gratuita.
c) livre acesso à justiça.
d) direito à informação.
e) princípio do contraditório

QUESTÃO 03
FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário
A Defensoria Pública da União é organizada por
a) Lei Delegada.
b) Decreto Legislativo.
c) Lei Ordinária.
d) Lei Complementar.

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e) Resolução

QUESTÃO 04
FCC - 2009 - DPE-MA - Defensor Público
A Constituição da República estabelece que, assim como os
membros das carreiras da Advocacia Pública, os integrantes das
Defensorias Públicas
a) exercem atividade essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo aos integrantes das carreiras mencionadas a
orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos que
comprovarem insuficiência de recursos.
b) ingressarão na carreira em cargos de classe inicial, providos
mediante concurso público de provas e títulos, com a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as
suas fases.
c) gozam das garantias de inamovibilidade e estabilidade após
dois anos de efetivo exercício das funções respectivas.
d) poderão exercer a advocacia fora das atribuições
institucionais, nas hipóteses previstas na lei complementar que
organizar a carreira.
e) serão remunerados por subsídio fixado em parcela única,
vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono, prêmio,
verba de representação ou outra espécie remuneratória.

QUESTÃO 05
MOVENS - 2010 - Prefeitura de Manaus - AM - Analista - Direito
Em relação à Defensoria Pública, assinale a opção correta.
a) Norma estadual que atribui à defensoria pública do estado a
defesa judicial de servidores públicos estaduais processados civil
ou criminalmente em razão do regular exercício do cargo é
compatível com a CF/88.
b) Às defensorias públicas, em âmbito federal e estadual são
asseguradas autonomias funcional e administrativa e a iniciativa

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de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos


na lei de diretrizes orçamentárias.
c) Aos integrantes das defensorias públicas é assegurada a
garantia da inamovibilidade e permitido o exercício da advocacia
fora das atribuições institucionais, exceto em demandas contra a
fazenda pública que os remunera.
d) Por desempenhar, com exclusividade, um mister estatal
genuíno e essencial à jurisdição, a defensoria pública não
convive com a possibilidade de que seus integrantes sejam
recrutados em caráter precário.

QUESTÃO 06
FCC – DPE/MA Defensor Público 2009
A autonomia funcional da Defensoria Pública, assegurada pela
Constituição Federal, significa que
(A) os Defensores Públicos têm independência funcional.
(B) os membros do Ministério Público e do Poder Judiciário não
são hierarquicamente superiores aos Defensores Públicos.
(C) o Defensor Público Geral deve ser eleito pela carreira,
através de lista tríplice, nomeando o Governador o mais votado.
(D) o controle da utilização dos recursos orçamentários da
Defensoria Pública será interno e exercido pelo Conselho
Superior.
(E) a Defensoria Pública deve conduzir suas atividades na forma
da lei, visando à plena realização das suas atribuições
institucionais, sem subordinação alguma ao Poder Executivo,
cujos atos normativos não a alcançam.

QUESTÃO 07
CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário
Acerca das funções essenciais à justiça, julgue o item que se
segue.

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À Defensoria Pública da União e às defensorias públicas


estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa
e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

QUESTÃO 08
CESPE - 2010 - DPE-BA - Defensor Público
Com relação à DP, julgue o item subsecutivo.
De acordo com a CF, são de iniciativa exclusiva do presidente da
República as leis que disponham sobre a organização da
Defensoria Pública da União bem como as normas gerais para a
organização da DP dos estados, do Distrito Federal, dos
territórios e dos municípios.

QUESTÃO 09
CESPE - 2010 - MPU - Técnico Administrativo
A respeito das funções essenciais à justiça, julgue o seguinte
item.
São funções essenciais à justiça as do Ministério Público, da
advocacia pública, da advocacia privada e da defensoria pública.

QUESTÃO 10
FUNDEP - 2010 - TJ-MG - Oficial de Apoio Judicial
Assinale a entidade que a Constituição de 1988 definiu como
instituição essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos graus,
dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV
a) Ministério Público
b) Ordem dos Advogados do Brasil
c) Advocacia-Geral
d) Defensoria Pública

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QUESTÃO 11
CESPE - 2008 - DPE-CE - Defensor Público
Julgue o item a seguir.
A Defensoria Pública da União tem autonomia funcional e
administrativa.

QUESTÃO 12
FCC – DPE/RS Defensor Público 2011
O direito fundamental à assistência jurídica integral e gratuita,
previsto constitucionalmente e instrumentalizado pela
Defensoria Pública, compreende
(A) prestar orientação jurídica e exercer a defesa dos
necessitados, somente no segundo grau de jurisdição.
(B) prestar orientação jurídica a todos os beneficiados pela Lei
no 1.060/50, assim considerados os nacionais ou estrangeiros,
residentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal,
civil ou do trabalho, excluída a Justiça Militar.
(C) a impossibilidade de denegação ao atendimento do cidadão,
tendo em vista a universalidade do direito prestado,
desimportando que se trata de pessoa com elevado poder
aquisitivo.
(D) a função institucional da Defensoria Pública para propositura
da ação penal pública, naqueles casos em que não houver órgão
de atuação do Ministério Público na Comarca.
(E) promover a mais ampla defesa dos direitos fundamentais dos
necessitados, abrangendo seus direitos individuais, coletivos,
sociais, econômicos, culturais e ambientais, sendo admissíveis
todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e
efetiva tutela.

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QUESTÃO 13
FCC – 2009 – MPE-SE – ANALISTA DO MPE-DIREITO
Projeto de lei complementar de iniciativa popular, que disponha
sobre a organização da Defensoria Pública da União, aprovado
pela maioria absoluta dos membros de ambas as Casas do
Congresso Nacional,
a) é materialmente inconstitucional, na medida em que apenas
os Estados estão autorizados, pela Constituição, a organizar
carreira e órgãos de Defensoria Pública.
b) é compatível com a disciplina constitucional do processo
legislativo.
c) padece do vício de inconstitucionalidade formal, por se tratar
de matéria de iniciativa privativa do Presidente da República.
d) somente poderá ser sancionado pelo Presidente da República
se houver sido subscrito por, no mínimo, um por cento do
eleitorado nacional, distribuído por pelo menos 5 Estados.
e) deverá ser vetado pelo Presidente da República, por tratar de
matéria reservada à lei complementar, cuja aprovação exige
quorum de maioria qualificada de dois terços dos membros de
cada Casa legislativa.

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Prof. Armando Guedes

GABARITO

01 - C 02 – B 03 – D 04 – E 05 – D

06 – E 07 – E 08 – E 09 – C 10 – D

11 – E 12 – E 13 - C

www.canaldosconcursos.com.br/curso_pdf 33

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