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História do Brasil

Na tentativa de explicar as causas do subdesenvolvimento brasileiro, Celso Furtado analisou a história do país considerando o
modelo centro-periferia, muito comum no pensamento econômico da CEPAL. Furtado defendia que o Brasil era periferia em
relação ao centro, composto por países europeus e pelos Estados Unidos, até o fim do ciclo do café. Por consequência, o
dinamismo do país era desproporcionalmente dependente das condições econômicas do centro. Além desse desequilíbrio, o
Brasil possuía uma lógica social e econômica própria na qual uma economia de subsistência e com muito baixa produtividade
existia ao lado de uma economia altamente dinâmica voltada à exportação. A relação entre as duas caracterizou os diferentes
ciclos do país: ciclo da cana-de-açúcar, ciclo do ouro e ciclo do café. Esse último permitiu o início de um forte processo de
industrialização no país. No entanto, por conta de sua posição de periferia e o desequilíbrio entre suas duas "economias"
internas, o Brasil teve que constantemente enfrentar dois grandes problemas: inflação e desigualdade de renda. [10] Para
Furtado, o Governo Vargas, que assumira o país a partir de 1930, fora fundamental para industrializar o Brasil. O programa
econômico varguista decidira comprar o excesso de café produzido, com o intuito de controlar os preços internacionais do
produto; a partir desse crédito, e da desvalorização cambial, inicia-se a instalação de indústrias, sob o processo
de Substituição de importações.[11]

Academia Brasileira de Letras


Foi eleito em 7 de agosto de 1997, oitavo ocupante da cadeira 11, que tem por patrono Fagundes Varela. Tomou posse em 31
de outubro, recebido pelo acadêmico Eduardo Portella.
Em seu discurso de posse, registrou:
"O fundador desta Cadeira número 11 foi um antepassado meu, Lúcio Furtado de Mendonça, de quem
possivelmente herdei os pendores memorialísticos, o gosto malsucedido pela ficção literária e uma irreprimível
sensibilidade social. Esse socialista declarado empenhou-se na criação desta Academia e certamente a ele mais do
que a ninguém devemos a existência desta nobre Instituição."

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