Você está na página 1de 1

periféricos, agrícolas.

Em 1962, no governo João Goulart, foi nomeado o primeiro Ministro do Planejamento do Brasil, foi idealizador do Plano
Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social. Procurou estabelecer regras e instrumentos rígidos para o controle do déficit
público e refreamento do crescimento inflacionário. Em 1963 retornou à superintendência da SUDENE, criando e implantando
a política de incentivos fiscais para investimentos na região. [5]
Com a edição do Ato Institucional nº 1 (AI-1), Celso Furtado foi incluído na primeira lista de cassados, perdendo seus direitos
políticos por dez anos.
Em meados de abril de 1964 foi para Santiago do Chile, a convite do Instituto Latino-Americano para Estudos de
Desenvolvimento (Ildes), ligado à Cepal. Em setembro do mesmo ano mudou-se para New Haven, nos Estados Unidos,
assumindo o cargo de pesquisador graduado do Instituto de Estudos do Desenvolvimento da Universidade de Yale. No ano
seguinte se mudou para a Paris, onde foi professor efetivo, por vinte anos, de Economia do desenvolvimento e Economia
latino-americana na Faculdade de Direito e Ciências Econômicas da Sorbonne, dedicando-se também a atividades de ensino e
pesquisa nas universidades de Yale, American University e Columbia, nos EUA, e de Cambridge, na Inglaterra.[6] Na década de
1970 viajou a diferentes países seja em missão das Nações Unidas, seja como conferencista ou professor-visitante, e dedicou-
se intensamente à redação e publicação de livros. Nos meados dessa década, separou-se de sua primeira mulher.
Foi beneficiado pela anistia decretada em agosto de 1979. Com a Anistia, em 1979, retornou à militância política no Brasil, que
passou a visitar com frequência. Conciliou esta atividade com suas tarefas acadêmicas como diretor de pesquisas da École
des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris. Em 1978 casou com sua segunda esposa, a jornalista e tradutora Rosa
Freire d'Aguiar, com quem conviveu até final de sua vida.
Em 1981 filia-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1985 foi convidado a participar da Comissão do
Plano de Ação do governo Tancredo Neves, e logo em seguida é nomeado Embaixador do Brasil junto à Comunidade
Econômica Europeia, mudando-se para Bruxelas. De 1986 a 1988 foi ministro da Cultura do governo José Sarney, quando
criou a primeira legislação de incentivos fiscais à cultura. No entanto, sua ação foi bastante contestada por, na visão de seus
críticos, ter promovido o sucateamento dos órgãos e entidades criados no período do regime militar, mas que garantiam a
subsistência de várias áreas da cultura brasileira. [7] Tais órgãos seriam extintos no governo seguinte, o de Fernando Collor de
Mello. A 14 de Julho de 1986 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada de Portugal.[8] Nos anos
seguintes, retomou a vida acadêmica e participou de diferentes comissões internacionais. Foi eleito para a Academia Brasileira
de Letras em 1997. Faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de novembro de 2004.
Em 25 de setembro de 2009 foi inaugurada a Biblioteca Celso Furtado contendo os 7 542 livros que pertenceram ao autor. [6]

Você também pode gostar