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Faculdade Nacional de Direito 

da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tendo concluído o bacharelado em Ciências


Jurídicas e Sociais em 1944, mesmo ano em que foi convocado para integrar a Força Expedicionária Brasileira (FEB), servindo
na Itália.
Em 1946 ingressou no curso de doutorado em economia da Universidade de Paris-Sorbonne, concluído em 1948 com uma
tese sobre a economia brasileira no período colonial. Nesta estadia em Paris conheceu sua primeira esposa, a química
argentina Lucia Piave Tosi. Retornou ao Brasil, trabalhando no DASP e na Fundação Getúlio Vargas.[3]
Em 1949 mudou-se para Santiago do Chile, onde nasceu seu primeiro filho, Mario Tosi Furtado. No Chile, integrou a recém-
criada Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), órgão das Nações Unidas. Sob a direção do economista
argentino Raúl Prebisch, a CEPAL se tornaria naquele período um centro de debates sobre os aspectos teóricos e históricos
do desenvolvimento.
Retornando ao Brasil, na década de 1950 Furtado presidiu o Grupo Misto CEPAL-BNDES, que elaborou um estudo sobre
a economia brasileira que serviria de base para o Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek. Em 1953 assumiu uma
diretoria do BNDE, e no ano seguinte nasceu seu segundo filho, André Tosi Furtado. Mais tarde, é convidado pelo
professor Nicholas Kaldor ao King's College da Universidade de Cambridge, Inglaterra, onde escreveu Formação Econômica
do Brasil, clássico da historiografia econômica brasileira, que retrata possibilidades de intervenção racional do Estado no
processo de desenvolvimento econômico.[4]
Voltando ao Brasil, criou a pedido do presidente Juscelino Kubitschek, em 1959, a Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste (SUDENE). "Formação Econômica do Brasil", a mais consagrada obra de Celso Furtado, foi publicada nesse ano, no
mesmo período em que o autor ocupava o cargo de diretor do BNDE do governo de Juscelino Kubitschek. Furtado já havia
sido diretor da Divisão de Desenvolvimento da CEPAL por oito anos (de 1949 a 1957), fator que orientou a metodologia e os
objetivos da obra. Isto é, Furtado procurou descrever a evolução da economia brasileira, dentro do paradigma latino-
americano, pela análise da estrutura produtiva de cada período histórico da sociedade brasileira (daí a famosa denominação
"estruturalista" para o pensamento cepalino em geral), dando ênfase em conceitos analíticos especificamente cepalinos, tais
como a visão da economia internacional baseada nas relações entre países centrais, industrializados, e países

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