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1. Faça um esquema explicando como ocorre a produção de fotoelétrons.

Para entender o efeito fotoelétrico por completo devemos saber o que é transferência
de carga, bandas de condução e níveis de energia. Esse efeito pode ser entendido como a
absorção e emissão de elétrons por um material quando exposto a uma radiação
eletromagnética de frequência alta o bastante. Os elétrons são agitados pela radiação, e se
esse balanço obter um comprimento de onda significativo para o salto quântico, então o efeito
fotoelétrico acontece, produzindo fotoelétrons.

2. Como, quando e por quem foi descoberto que o fluxo de partículas observado entre o
cátodo e o ânodo era composto por elétrons?

Boltzman foi quem pensou por primeiro no conceito do átomo, porém isso não foi
aceito por muitos cientistas, e isso acabou o levando à morte, condenado como antireligioso e
materialista. Porém um ano após a sua morte, Einstein conseguiu comprovar a existência do
átomo matematicamente. Então Rutherford e Bohr se juntaram para comprovar que ele existia
de fato, e então, Bohr conseguiu desenvolver um modelo desenhado do que seria o átomo. No
início do século XX, J.J. Thompson demonstrou o elétron experimentalmente a partir dos tubos
de raios catódicos, onde as partículas geradas pelo efeito fotoelétrico possuem a mesma razão
entre massa e carga dos raios catódicos. Poucos anos depois, Lenard realizou novos
experimentos variando o comprimento de onda das radiações incidentes e também variando o
material das superfícies metálicas para observar a diferença na corrente elétrica gerada em
cada caso.

3. Como é possível que mesmo com um potencial negativo entre o cátodo e o ânodo ainda
haja corrente fotoelétrica?

A corrente será induzida mesmo se a ddp for negativa (VA < VB) até certo valor −∆V0. Ou
seja, existe corrente até que:

VA – VB = − ∆V0 ou VA + ∆V0 = ∆VB

Em outras palavras, se os elétrons emitidos possuírem energia cinética suficiente para superar
a banda de valência e se desprenderem da superfície do material, então terá corrente.
4. Qual é a relação entre a corrente fotoelétrica e tensão e intensidade luminosa?

O número de elétrons arrancados é diretamente proporcional à intensidade 


da radiação eletromagnética incidente. A tensão de corte é a mesma para qualquer que seja a
intensidade  da radiação eletromagnética incidente. A energia dos elétrons arrancados
depende da freqüência e não da  intensidade da radiação eletromagnética incidente.

5. O que é função trabalho 𝝓 para ejeção de elétrons de um dado material? Qual é a unidade
mais utilizada para essa grandeza? Como é feita a conversão para 𝑱?

A função trabalho é definida como a diferença entre as energias de vácuo EV e


de Fermi EF para um sistema (Φ = EV − EF). Corresponde à energia necessária para se remover
um elétron do material e é representada por eV. O joule (J) é a unidade de energia e trabalho
no SI, e é definida como kg.m2/s2 = N.m = W.s , ou seja a função trabalho também pode ser
entendida como um newton por metro para conversão. No entanto, para evitar confusão, o
newton metro é normalmente usado como unidade de medida de torque, não energia.

6. Qual é o significado da declividade da reta (𝜙)? Ela é dependente do material?

A declividade da reta representa que o potencial de corte é definido pela frequência,


ou seja, a declividade não é dependente do material, mas sim dependente do comprimento de
onda e frequência da radiação emitida.

7. O que é a frequência de corte para a produção de fotoelétrons? Cite dois materiais, um no


qual a frequência de corte está no visível e outro no qual o valor está no UV?

A frequência mínima da radiação para que ocorra o efeito fotoelétrico, frequência


mínima da radiação, conhecida por “limiar vermelho do efeito fotoelétrico” e depende da
substância de que é feita a placa.

Frequência de corte na faixa do visível, cor verde: sódio (Na)

Frequência de corte no UV: platina (Pt)

8. Quais são as propriedades do efeito fotoelétrico que podem ser explicadas pela física
clássica? Quais propriedades não podem ser explicadas?

A física clássica consegue explicar o comportamento ondulatório das radiações


eletromagnéticas (fótons). Mas quando a radiação entra em contato com a matéria e passa a
ter um comportamento corpuscular a física clássica não tem base suficiente para explicar.
Segundo a física clássica a intensidade luminosa teria efeito no tempo de retardo para
“carregar” o elétron e arranca-lo da superfície metálica, mas experimentalmente foi
comprovado que é um comportamento instantâneo que ocorre quando o fóton com energia
suficiente entra em contato com algum elétron.
9. Elabore um projeto de um experimento para comprovar a ocorrência do efeito
fotoelétrico.

- Tubo de baixa pressão para evitar colisões indesejadas de partículas;

- Janela de quartzo para evitar radiações eletromagnéticas indesejadas;

- Radiação eletromagnética entrando por um feixe e indo até o catodo para que os
fótons entrem em contato com os elétrons da superfície e instantemente (caso possuam
energia mínima) retiram os elétrons, fazendo que os mesmos, agora fotoelétrons, vão até o
ânodo;

- Com um amperímetro conectado ao sistema é possível analisar a corrente gerada


pelo efeito fotoelétrico. Diferentes testes podem ser realizados utilizando diferentes
radiações, materiais e sistemas para analisar o comportamento do sistema

10. Cite três aplicações atuais do efeito fotoelétrico

Painéis solares, sistemas de alarmes e portas automáticas utilizam do efeito


fotoelétrico para seu funcionamento. Também podemos citar as TVs de tubo, e ainda algumas
das câmeras fotográficas mais antigas. Hoje em dia a tecnologia utilizada em câmeras e
televisores já não utiliza mais desse efeito.

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