PERCEPÇÃO DE COMUNIDADES RURAIS NA REGIÃO AMAZÔNICA

BRASILEIRA: ACERCA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento industrial, associado ao crescimento populacional e o

aumento de consumo de matérias ou bens descartáveis vem proporcionando o aumento
das taxas de geração de resíduos sólidos e do consumo de matérias primas em todo o
mundo, consequentemente, aumentando a preocupação com sua gestão em áreas
urbanas e rurais (FERRONATO et al., 2019; LIMA E PAULO, 2018; ANWAR et al.,
2018; WANG et al., 2014).
Em face do exposto, o aumento da geração de resíduos sólidos acarreta uma
série de danos ambientais, como a poluição do ar, solo, água e a propagação de doenças
(OLIVEIRA et al., 2016).
Ao lançar um olhar sobre as comunidades rurais, sabe-se que esse ambiente rural
vem sofrendo intensas modificações no que tange a destinação dos resíduos e os
potenciais impactos na saúde pública, além disso, essas comunidades são desfavorecidas
de vários aspectos, incluindo moradia, abastecimento de água, rede de esgoto, entre
outros (LIMA E PAULO, 2018; LIMA E GAMA, 2017).
Notadamente, as comunidades rurais por ser uma região menos povoada,
normalmente ocupam ambientes com deficiências nos serviços públicos de limpeza e
saneamento, tornando-se um problema de caráter social, econômico, sanitário e
ambiental (LIMA E GAMA, 2017). Frente à falta de gerenciamento de resíduos,
ameaça ao meio ambiente, adversidade climáticas, econômicas e sociais, faz-se
necessário realizar estudos compreende essas respectivas dimensões (BONFIM E
NOGUEIRA, 2018).
Neste cenário, destaca-se que a gestão de resíduos sólidos no Brasil está
regulamentada pela Lei 12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a qual
estabelece a inclusão de áreas urbanas e rurais no planejamento da gestão de resíduos
sólidos no município (BRASIL, 2010). Conforme estimativas oficiais para o ano de
2017 o Brasil produzia diariamente 166 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos
(SNIS, 2019). Embora a grande maioria dos municípios brasileiros disponha de serviços
de coleta dos resíduos sólidos urbanos.
 Em contraste, na zona rural, o problema relacionado aos resíduos sólidos é
preocupante, pois somente 48,9% da população rural do país não tem acesso à coleta
direta de resíduos, representando 15,7 milhões de habitantes (SNIS, 2019). Desse modo,
os moradores acabam recorrendo a outros meios para se livrar do resíduo, jogando no
mato ou rio, enterrando ou queimando, o que é proibido por lei (CAMARA et al.,
2019). Ressalta-se que as comunidades rurais, produzem diversos tipos de resíduos, que
vão desde a matéria orgânica até objetos mais nocivos, como pilhas e baterias, lâmpadas
que contém mercúrio, adubos químicos e embalagens de agrotóxicos (CAMARA et al.,
2019).
Nessa ótica, diante das inúmeras dificuldades enfrentadas pela comunidade rural
e da carência de políticas públicas capazes de atender às suas precisões no âmbito do
saneamento básico, é relevante, compreender a percepção ambiental acerca dos resíduos
sólidos nessas comunidades (SANTOS E SANTOS, 2020; CASTRO et al., 2020).
Portanto, o conhecimento da percepção ambiental de determinado grupo possibilita a
elaboração de ações voltadas a realidade local (CAMARA et al., 2019).
Frente ao supracitado, ficou clara e evidente a relevância do estudo, por
investigar uma temática contemporânea, com métodos multidisciplinares, além do mais,
a literatura científica sobre resíduos rurais em geral é muito escassa, especificamente em
comunidades na Amazônia Brasileira. Nesse contexto, propôs-se como objetivo geral
analisar a percepção dos moradores da comunidade Paraíso Grande, Paraísinho,
Cristolândia e Ipixuna, no município de Humaitá (AM), acerca dos resíduos sólidos.
Neste sentido, o trabalho proposto pode contribuir para enriquecer as discussões nessa
temática, evidenciando a necessidade de inserir a coleta de resíduos em ambientes rurais
e a disposição dos resíduos no planejamento municipal, além de trazer contribuições
sociais no sentido de conhecer as percepções de pessoas inseridas em um contexto que
atualmente vive a temática abordada.

OBJETIVOS

 Geral
Analisar a percepção dos moradores da comunidade Paraíso Grande, Paraísinho,
Cristolândia e Ipixuna, no município de Humaitá (AM), acerca dos resíduos sólidos.
 Especifico
 Realizar a caracterização quali-quantitativa dos resíduos sólidos presentes na
comunidade.
 Caracterizar as formas de disposição dos resíduos sólidos na comunidade.
 Propor estratégias para sensibilização sobre as formas adequadas de disposição
desses resíduos.

METODOLOGIA

Área de Estudos

Procurar na literatura informações referentes as comunidades.

REFERÊNCIAS

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