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ACORDO DE

RESULTADOS 2013
META SMPD
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

PERFIL
SOCIOECONÔMICO E
CULTURAL DOS
USUÁRIOS DA SMPD E
SEUS FAMILIARES
GT Pesquisa: Carlos Alberto Rocha, Elizabeth Jabour Murad, José Romeiro
Filho, Rodrigo Guedes Pereira Pinheiro, Viviane Bentancourt Gomes e Walkir
A. T. de Brito.
Perfil socioeconômico e cultural das Pessoas com Deficiências atendidas nas Unidades da
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência do Município do Rio de Janeiro e seus
familiares – META DO ACORDO DE RESULTADOS 2013
GT Responsável:
Carlos Alberto da Silva Rocha*
Elizabeth Jabour Murad **
Jose Romeiro Filho ***
Rodrigo Guedes Pereira Pinheiro ****
Viviane Bentancourt Gomes *****
Walkir A. T. de Brito ******
* Educador Físico – Subsecretário de Promoção da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência
** Professor – Diretora do Centro Municipal de Referência da Pessoa com Deficiência de Vila Isabel da Secretaria Municipal da
Pessoa com Deficiência
*** Psicólogo – Coordenador do Núcleo de Informações Gerenciais da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência
**** Atuário e Analista de Sistemas – Sócio Diretor da AAM Informática
***** Assistente Social – Supervisora do Programa de Reabilitação Baseada na Comunidade da Secretaria Municipal da Pessoa
com Deficiência
****** Estatístico – Chefe de Divisão de Estatística da Gerência de Pesquisa e Estatística da Federação das Indústrias do Estado
do Rio de Janeiro - FIRJAN

RESUMO:
A Pesquisa sobre o Perfil Socioeconômico e Cultural das Pessoas com Deficiência atendidas
pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e
seus familiares se iniciou em maio de 2013 e foi desenvolvida pelo Grupo de Trabalho criado
para sua realização pela resolução SMPD No. 32 de 08/05/2013, publicada em 15/05/2013, com
o apoio da Subsecretaria de Promoção e consultoria especializada contratada, além da
supervisão do Instituto Pereira Passos (IPP). Ela teve como objetivo conhecer a realidade
socioeconômica e cultural desses usuários e de seus familiares, a fim de dimensionar os níveis
de carências e assegurar a necessidade de implantação de uma política de assistência em maior
sintonia com as demandas identificadas, inserida no campo dos direitos sociais e de cidadania,
além de obter dados sobre a frequência da clientela e de suas relações com outros serviços
oferecidos pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

PALAVRAS CHAVE: assistência à pessoa com deficiência; segmento populacional atendido;


perfil socioeconômico e cultural de usuários da SMPD e seus familiares, dados de frequência de
usuários aos atendimentos.

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

A pesquisa se propõe a conhecer a realidade socioeconômica e cultural dos usuários atendidos


pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência do Município do Rio de Janeiro,
dimensionando os reais níveis de carência e traçando um perfil das Pessoas com Deficiência
atendidas em seus 06 Centros de Referência das Pessoas com Deficiência, localizados em
Campo Grande, Centro, Irajá, Santa Cruz, São Conrado e Vila Isabel e em seus 03 Centros de
Convivência, situados nos bairros de Brás de Pina, Campo Grande e Praça Seca. O
conhecimento dessa realidade visa afirmar a necessidade e, mais que isso, fornecer meios para
uma melhor programação da política de assistência da SMPD para a Pessoa com Deficiência e
que essa seja pautada em seus direitos sociais e de cidadania. Procura ainda, através do
conhecimento obtido, manter uma maior sintonia entre as ações já disponibilizadas aos usuários
e suas demandas.

Sabe-se que no âmbito das Políticas de Assistência Social voltadas para as Pessoas com
Deficiência, aí incluídas as ações de Educação e Saúde, existem nítidos objetivos de prover os
recursos necessários para a superação dos obstáculos que, eventualmente, impeçam essas
pessoas de se desenvolverem com plenitude e obterem um bom desempenho nas suas relações
sociais, na tentativa de minimizar os aspectos relacionados à discriminação e a sua
marginalização social.

Com esse intuito, parte-se da premissa de que a legislação brasileira sobre o tema Pessoas com
Deficiências visa garantir o acesso deste segmento a essas ações e de que elas ocorram da
melhor maneira possível sem, no entanto, se descuidar dos seus aspectos de resolubilidade.
Assim, a educação, a habilitação/reabilitação e a promoção social das Pessoas com Deficiência
são tidas como direitos fundamentais, universais, inalienáveis e são instrumentos de formação na
luta pelos direitos de cidadania e pela emancipação social dessas pessoas, conforme prevê a
Constituição Federal de 1988, nos seus artigos 7, 23, 203, 208 e 227. Eles trazem as diretrizes
para a integração dessas ações e abaixo são listados.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
...
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;

Art. 23 É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
...
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;

Art. 203 A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
...
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária;

Art. 208 O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
...
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino;

Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao


jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança, do adolescente e
do jovem, admitida a participação de entidades não governamentais, mediante políticas
específicas e obedecendo aos seguintes preceitos:
...
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras
de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do
jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a
facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos
arquitetônicos e de todas as formas de discriminação.
§ 2º - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e
de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas
portadoras de deficiência.

Todavia, a crise estrutural dos sistemas de Assistência Social, Educação e de Saúde brasileiros
se, por um lado permitem a universalização de seu acesso para as Pessoas com Deficiência,
assim como para todos os brasileiros, não garantem que os problemas desse segmento sejam
resolvidos de maneira plena. Devido às necessidades objetivas da luta pela sobrevivência,
grande parte dessa população se sujeita as condições existentes na oferta de serviços para a
população em geral, que nem sempre atendem as suas demandas verdadeiras e específicas.

Podemos ainda dizer que, genericamente, sem perder de vista as experiências exitosas e
iniciativas diferenciadas, essa assistência oferecida não é considerada também como um espaço
de ações educativas e de produção e transmissão de conhecimento. Tendo em vista que a
missão da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência da Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro também se cumpre na medida em que gera, sistematiza e socializa o conhecimento e o
saber sobre seu segmento alvo, o estudo ora desenvolvido visa formar profissionais e cidadãos
capazes de contribuir para o projeto de uma sociedade mais justa e igualitária. Assim, torna-se
imprescindível promover a democratização do acesso ao conhecimento produzido e, mais além,
procurando articular o saber obtido às ações assistenciais, através de uma política específica de
assistência as Pessoas com Deficiências que atue em termos de ações de saúde, educação,
esporte, cultura, lazer, dentre outros e, ainda, de moradia e alimentação, para casos extremos.

Importante ressaltar que estudos realizados comprovam a necessidade da existência de uma


política de assistência precoce, ampla e integrada. Tais pesquisas revelam que as Pessoas com
Deficiências quando apoiadas pela instituição pública através de diversas ações dão
possibilidade para que suas vidas se tornassem menos propensa a discriminação e a
marginalização.

OBJETIVOS

Este projeto de pesquisa se propôs a compreender e, certamente, possibilitar um maior


embasamento para a atuação da SMPD sobre a realidade das Pessoas com Deficiências e seus
familiares. Para que isto ocorresse, importante se tornou a realização de um estudo que
aprofundasse mais o contexto social, econômico e cultural de sua clientela, além de informações
sobre a frequência aos atendimentos ofertados diretamente pela secretaria.

CONTEXTO SITUACIONAL NA PESQUISA

Em 2012, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência possuía dois mil e cinquenta e seis
usuários em atendimento em suas unidades, dos quais cerca de mil e setecentos eram tidas
como Pessoas com Deficiência e estavam matriculadas em seus seis Centros Municipais de
Referência e em seus três Centros de Convivência (fonte: Dados finais do Acordo de Resultados
celebrado com a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro - versão 2012). De maneira
predominante, esses atendimentos eram voltados para a Habilitação/Reabilitação, Educação
Inclusiva, Promoção Social e Ações Sócio educativas.

Para a oferta desses serviços, a SMPD contava, à época, com 42 Assistentes Sociais, 41
Fonoaudiólogos, 32 Fisioterapeutas, 29 Psicólogos e 54 Terapeutas Ocupacionais, e ainda, 12
Profissionais de Educação Física, 02 Musicoterapeutas, 11 Pedagogos, 02 Psicopedagogas, 03
Psicomotricistas, 03 Instrutores de Informática, dentre outros. Além dessas modalidades, eram
oferecidas diversas outras ações como:

 Interpretação para Libras para Pessoas com Deficiências Auditivas em todos os seus
CMRPDs;
 Núcleo de Informações sobre Deficiência – NID;
 Central de Atendimento do Passe Livre Municipal prioritário para Pessoas com Deficiências.

Fato importante ainda é que a prestação desses serviços demonstra-se limitada perante o grande
número de pessoas com esses problemas que demandam assistência (aproximadamente, 5% do
total de Pessoas com Deficiências residentes no município do Rio de Janeiro são atendidas
diretamente pela SMPD, segundo dados apurados na Meta Física do ano de 2012 do
Planejamento Plurianual 2010/2013). A fim de ampliar a oferta desses serviços, a SMPD
inaugurou em 2011 mais 2 CMRPDs, os quais já possuem dados de entrevistas integrados a
pesquisa, pretendendo colocar em funcionamento, até 2016, mais uma unidade para
atendimento.

Historicamente, a SMPD vem desenvolvendo suas atividades de assistência as PCDs a partir das
demandas apresentadas por essas pessoas. A presente proposta de pesquisa pretende porém
compreender melhor a sua clientela e suas complexidades, indicando parâmetros que permitam
uma melhor definição dos programas e projetos a serem desenvolvidos na Instituição.

Ainda nesse mesmo sentido, faz-se necessário a ampliação do conhecimento sobre a ausência
de seus usuários aos atendimentos disponíveis, já que este fenômeno precisa de um maior
esclarecimento sobre seus reais motivos e consequências. De maneira intuitiva, o problema vem
sendo tratado pelas equipes envolvidas na prestação de serviços, mas há uma grande
necessidade de que, através da aplicação de um instrumento de sondagem que aprofunde mais
os conhecimentos sobre esses aspectos, revelem indicadores menos superficiais e/ou
insuficientes sobre as dificuldades de comparecimento dessas pessoas durante o período em que
permanecem em seus respectivos programas de atendimentos.

MÉTODO

A Pesquisa foi monitorada e validada pelo Instituto Pereira Passos da Prefeitura da Cidade do
Rio de Janeiro que ainda auxiliou o Grupo de Trabalho na confecção de seu questionário para
coleta de dados, oferecendo informações para sua padronização aos utilizados por esse instituto,
bem como pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Assim, se buscou adequar
o questionário aos utilizados por esses dois institutos.

O instrumental técnico-operativo, dessa forma, permitiu que a realização da pesquisa se desse


através da aplicação de um questionário padronizado à ser utilizado de maneira empírica na
obtenção de registro direto (fonte primária de dados). Essa ferramenta foi elaborada pelo Grupo
de Trabalho, e foi composto por 03 módulos: o 1º voltado para o conhecimento das
características socioeconômicas e culturais da clientela, o 2º relacionado à possibilidade de
conhecimento sobre as motivações que, eventualmente, pudessem explicar a ausência aos
atendimentos disponibilizados e, ainda, o 3º objetivando conhecer a oferta e o uso de serviços
oferecidos à população, de maneira geral, pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O
instrumento englobou 58 questões fechadas e um conjunto de 12 questões abertas, além de um
quadro de perguntas sobre acesso aos equipamentos de esporte, de lazer e culturais.
No intuito de estar em conformidade com as normas para pesquisa com seres humanos
determinadas pela Resolução No. 196 de 10/10/1996 do Conselho Nacional de Saúde, que o
Grupo de Trabalho adotou como diretriz, a ferramenta de coleta de dados foi acompanhada por
um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido do Sujeito, elaborado segundo as indicações da
resolução.

A pré testagem do instrumento, com vista a sua possível revisão e aprimoramento, foi realizada
em agosto de 2013, com um pequeno grupo de usuários atendidos pelo Centro Municipal de
Referência da Pessoa com Deficiência de São Conrado, uma vez que este local oferecia
condições ideais para a coleta e tabulação manual dos dados recolhidos experimentalmente.
Essa testagem possibilitou a constatação, e posterior correção, das deficiências encontradas na
ferramenta, principalmente, em relação à estruturação das perguntas que dessem margem para
dúbias interpretações e/ou não contemplassem uma gama de alternativas condizentes com a
pluralidade do real. Foi possível ainda, a partir da percepção da necessidade de modificações na
estrutura do questionário, que os gabaritos nele contidos pudessem ser tabulados de forma o
mais automatizado possível. Outra importante questão observada foi a necessidade de
acompanhamento durante todo o tempo das entrevistas para coleta de dados de um profissional
do Núcleo Integrado de Atenção as Famílias - NIAF, na medida em que alguns entrevistados se
mostraram inseguros e desconfiados com os entrevistadores em perguntas que envolviam renda,
pagamento de tarifas de serviços, etc.

Em setembro de 2013, se iniciou a aplicação do instrumento de coleta de dados em uma


amostragem de no mínimo 316 indivíduos, o que dá a indicação de um Nível de Confiança de
95% (ou seja, uma margem de erro de 5% para mais ou para menos). Para este fim, foi
contratada uma empresa e selecionados 02 entrevistadores para aplicação dos questionários.
Estes trabalhadores foram submetidos a treinamento que lhes possibilitasse a compreensão do
objetivo da pesquisa e a aplicação do instrumento de forma adequada, através do esclarecimento
e sensibilização das potenciais pessoas pesquisadas quanto à sua importância, da seleção
aleatória de usuários e/ou familiares, de forma previamente estabelecida, e do completo
anonimato dos sujeitos da Pesquisa.

A tabulação dos dados foi iniciada em outubro de 2013 e concluída neste mesmo mês. Em
novembro o Grupo de Trabalho tratou os dados fazendo uso de aplicativos projetados para este
fim, elaborou os gráficos e realizou suas análises e interpretações, com vistas a divulgação dos
dados pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência em 2014.

Importante ressaltar que este projeto possibilitou a criação de um banco de dados que
necessitará ser alimentado periodicamente. Este banco de dados será capaz de captar as
mudanças socioeconômicas e culturais das Pessoas com Deficiências atendidas pela SMPD e,
portanto, possibilitará a atualização da proposição de uma Política de Assistência da SMPD
condizente com a realidade vivenciada pelos seus usuários e pelos seus familiares, além de
fornecer através de informações comparativas, o grau de acerto das ações propostas para
atingimento das metas acordadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO

Segundo as informações obtidas na amostra determinada, se pode afirmar que o perfil


socioeconômico e cultural das Pessoas com Deficiência atendidas pela SMPD e seus familiares
tem como características:

 Quase dois terços dos seus usuários são formados por pessoas do sexo masculino (63,9%
contra 36,1% de pessoas do sexo feminino);
 Essas pessoas têm seus domicílios de moradia localizados em rua (79,7% contra 13,3%
localizado em beco, 4,4% localizado em viela e 2,5% localizado em escadaria) e que, além
disto, suas localizações permitem que automóveis cheguem até suas portas (83,3% contra
17,7% onde essa facilidade não existe no domicílio);
 Residem em casa com 04 ou mais cômodos (85,1%, sendo que 20,6% são informados
com 04, 32,0% com 05, 19,9% com 06, 5,7% com 07, 2,5% com 08, 2,2% com 09 e 2,2%
com 10 cômodos, contra 0,6% com 01, 4,7% com 02 e 9,5% com 03 cômodos);
 Esses domicílios, quase em sua totalidade (99,0%), possuem até 04 cômodos que servem
como dormitórios permanentes (32,6% com 01, 50,6% com 02, 13,3% com 03 e 2,5% com
04 cômodos, contra 0,3% para 05, 06 e 07 cômodos que servem como dormitório);
 As moradias, para 97,2% dos casos, possuem água canalizada em pelo menos um dos
cômodos, sendo que 86,7% provem da rede geral de distribuição e 65,8% tem como forma
de escoadouro do banheiro a rede geral coletora de esgoto;
 Estas moradias (99,4%) tem seu lixo coletado diretamente por serviço de limpeza (74,4%)
ou coletado indiretamente - colocado ou despejado, pelo morador, em caçamba ou
containers (25,0%), com a frequência semanal de 03 vezes (73,1%);
 Os domicílios possuem energia elétrica da rede oficial (82,3%) e o valor médio pago pelo
seu fornecimento gira em torno de R$ 89,00;
 Somente 7,3% dessas pessoas residem nesses domicílios há menos de 01 ano e 58,5%
moram há 10 ou mais anos nesses locais;
 Dos domicílios, 62,3% são próprios já com sua quitação efetuada ou foram frutos de
herança;
 Desses domicílios 77,8% abrigam até 04 pessoas (0,6% para 01, 17,4% para 02, 33,9%
para 03, 25,9% para 04 pessoas, contra 13,3% para 05, 3,2% para 06, 4,4% para 07, 0,9%
para 08 e 0,3% para 13 pessoas). Quase a totalidade desses domicílios não apresentaram
problemas de deslizamento (93,7%) ou alagamentos (80,7%) em suas proximidades;
 As pessoas moradoras nesses domicílios (78,0%) gastam até 15 minutos no trajeto de
casa até o transporte público mais próximo. Esse tempo, desmembrado por unidade de
atendimento da SMPD apresenta os seguintes valores:

Tempo médio (em minutos) gasto de casa até o transporte público por
unidade de atendimento da SMPD
Unidade de atendimento Tempo médio
BRÁS DE PINA 10
Centro de
CAMPO GRANDE 8
Convivência
JACAREPAGUÁ 13
CAMPO GRANDE 15
CENTRO 11
IRAJA 16
CMRPD
SÃO CONRADO 21
SANTA CRUZ 14
VILA ISABEL 12
 Quanto à renda do usuário, a faixa de 01 salário mínimo é predominante na amostra
(54,4%), tendo como segunda colocação a inexistência de renda (32,3%), contra 7,3%
para menos de 01 salário mínimo, 3,5% para 03 salários, 0,9% para 04 e 1,6% para 05
salários mínimos;
 Os dados coletados apontam que 37,0% e 48,1% das famílias vivem com 02 ou 03
salários mínimos, respectivamente, enquanto que 2,5%, 7,3%, 2,8% e 1,9% vivem com 01,
04, 05 e 06 salários mínimos, também respectivamente;
 Cerca de 25% (24,78%) dos usuários da SMPD possuem TV com canais abertos enquanto
que 11,73% usam o aparelho conectado ao sistema de operadoras de TV por assinatura e
17% deles possuem celulares pré-pagos. A posse de computadores é negada pela grande
maioria dos usuários (63,9%), enquanto que somente 29,7% informam que tem acesso a
essa tecnologia em sua residência. Dos usuários que possuem computadores 25,3%
indicam que esses aparelhos estão conectados a Internet;
 Os dados abaixo indicam quais documentos os usuários possuem:

% sobre os 316
Documentos que os entrevistados possuem N
entrevistados
Carteira de trabalho 57 18,04%
Certificado de reservista (para homens) 51 16,14%
CPF/CIC 292 92,41%
Título de eleitor 54 17,09%
Carteira de motorista 09 2,85%
Certidão de casamento (se vive com cônjuge ou companheiro) 17 5,38%
Certidão de Nascimento 280 88,61%
Carteira de Identidade 249 78,80%
Carteira de Vacinação 245 77,53%
Não respondeu 01 0,32%

 Perguntado sobre existência de equipamentos ou espaços culturais ou de atividades


físicas próximos ao seu local de moradia, encontramos as seguintes informações:

% sobre os 316
Equipamentos ou espaços N
entrevistados
Bibliotecas 72 22,78%
Sala de exposições 16 5,06%
Salas de espetáculos/teatro 28 8,86%
Museus 07 2,22%
Cinemas 66 20,89%
Ginásios/quadras esportivas 140 44,30%
Outros equipamentos 08 2,53%
Nenhum 117 37,03%
Não sabe/Não respondeu 15 4,75%

 A participação dos usuários em alguma atividade cultural (como grupos ou companhias de


teatro, dança ou música, etc.) é indicada por 37,1% enquanto que 60,6% deles não
participam;
 Quanto a existência de programas sociais, habitacionais, de saúde e outros, próximos a
residência dos entrevistados, foram citados:

Programa N %
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 53 8,49%
Favela-Bairro 23 3,69%
UPP (Unidade Polícia Pacificadora) 72 11,54%
Escola do Amanhã 15 2,40%
UPA (Unidade Pronto Atendimento) 197 31,57%
PSF (Programa de Saúde da Família) 211 33,81%
Não existem os programas listados. 36 5,77%
RBC - Reabilitação Baseada na Comunidade 1 0,16%
Outros 7 1,12%
Não sabe informar 1 0,16%
Não respondeu 8 1,28%

 Os gastos com saúde pelos moradores dos domicílios nos quais residem os usuários e
seus familiares, apresentaram os seguintes resultados:

Gastos Saúde N %
Remédios 220 48,46%
Exames laboratoriais
31 6,83%
(sangue, urina, etc.)
Exames de imagem 31 6,83%
Consultas 15 3,30%
Plano de saúde 79 17,40%
Sem gastos desta
67 14,76%
natureza
Não respondeu 11 2,42%

 Quanto ao uso das ações do PSF pelos moradosres do domicílio:

Uso de ações do PSF


N % % acumulado
Sim 154 48,7 48,9
Não 140 44,3 93,3
Respostas
Não sabe 01 0,3 93,7
válidas
Não respondeu 20 6,3 100,0
Total 315 99,7
Inconsistente 01 0,3
Total 316 100,0
 Quanto ao uso de serviços de saúde nos últimos 12 meses pelos moradores dos
domicílios dos entrevistados, observou-se:

Serviço de Saúde N %
Clínica da Família 118 16,95%
Posto de Saúde 104 14,94%
Hospital público 204 29,31%
Hospital privado 70 10,06%
Consultório particular 40 5,75%
Pronto-atendimento/UPA 144 20,69%
Outros 7 1,01%
Não fez uso 3 0,43%
Não sabe 1 0,14%
Não respondeu 5 0,72%

 Os usuários quando perguntados sobre a disponibilidade de acesso e uso de espaços


adaptados, apresentaram os seguintes resultados, por centro pesquisado:

Praças,
Quadras Não
CENTRO brinquedos e Parques Praias Outros Nenhum TOTAL
esportivas respondeu
ruas

CC BRÁS DE PINA 1 7,69% 7 53,85% 4 30,77% 0 0,00% 0 0,00% 1 7,69% 0 0,00% 13 3,25%

CC CAMPO GRANDE 0 0,00% 4 33,33% 6 50,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 16,67% 0 0,00% 12 3,00%

CC JACAREPAGUÁ 1 8,33% 2 16,67% 5 41,67% 0 0,00% 0 0,00% 4 33,33% 0 0,00% 12 3,00%

CAMPO GRANDE 14 22,95% 12 19,67% 0 0,00% 10 16,39% 0 0,00% 25 40,98% 0 0,00% 61 15,25%

CENTRO 6 18,75% 9 28,13% 6 18,75% 2 6,25% 0 0,00% 8 25,00% 1 3,13% 32 8,00%

IRAJA 16 22,86% 16 22,86% 8 11,43% 1 1,43% 0 0,00% 29 41,43% 0 0,00% 70 17,50%

ROCINHA 12 21,82% 7 12,73% 10 18,18% 6 10,91% 1 1,82% 19 34,55% 0 0,00% 55 13,75%

SANTA CRUZ 25 30,86% 9 11,11% 12 14,81% 10 12,35% 1 1,23% 24 29,63% 0 0,00% 81 20,25%

VILA ISABEL 18 28,13% 3 4,69% 6 9,38% 5 7,81% 1 1,56% 31 48,44% 0 0,00% 64 16,00%

Total 93 23,25% 69 17,25% 57 14,25% 34 8,50% 3 0,75% 143 35,75% 1 0,25% 400 100,00%

 A prática de atividades esportivas é informada segundo os valores constantes da tabela


abaixo, sendo que dos 316 entrevistados, 119 indicaram que ou não participam de
atividades físicas, ou não responderam ou não sabem:

% sobre os 316
Modalidade esportiva N
entrevistados
Basquete 10 3,16%
Futebol 36 11,39%
Vôlei 9 2,85%
Natação 35 11,08%
Musculação 4 1,27%
Caminhada 6 1,90%
Corrida 3 0,95%
Ciclismo (bicicleta) 2 0,63%
Dança 29 9,18%
Ginástica 110 34,81%
Outras modalidades 20 6,33%
Dentre as outras modalidades (20), foram citadas:
atletismo 1 1,30%
bocha 1 14,29%
boxe 1 1,30%
caminhada 1 1,30%
capoeira 10 12,99%
capoeira e educação física 3 3,90%
capoeira e judô 1 1,30%
capoeira, judô 1 1,30%
eco terapia 1 1,30%
educação física 20 25,98%
esporte 6 7,79%
fisioterapia 1 1,30%
futsal 1 1,30%
hidroginástica 1 1,30%
jardinagem 1 1,30%
judô 6 7,79%
judo e capoeira 2 2,60%
judô e educação física 1 1,30%
recreação infantil - maternal 1 1,30%
tênis de mesa 1 1,30%
terapia ocupacional 1 1,30%
vila olímpica Arthur da Távola Grajaú 1 1,30%

 A pesquisa com esses usuários também permitiu saber sobre os locais onde essas
atividades esportivas são realizadas:

% sobre os 316
Local N
entrevistados
Perto de casa/ na comunidade 28 8,86%
Na escola 38 12,03%
Fora do entorno da sua comunidade 1 0,32%
SMPD 172 54,43%
Outros locais 25 7,91%
Não sabe 0 0,00%
Não respondeu 91 28,80%
Dentre os outros locais (25), foram citados
Vila olímpica 1 5,88%
Academia 1 5,88%
Clube 1 5,88%
Deodoro 1 5,88%
Escola de circo do Marcos Frota 1 5,88%
Faetec 2 11,76%
Ginásio em Campo Grande 1 5,88%
Igreja da comunidade 1 5,88%
próximo a Escola Municipal Cícero Pena - Copacabana 1 5,88%
Rede Sara 1 5,88%
SMPD 1 5,88%
Vila Olímpica Arthur da Távola - Grajaú 4 23,53%
Vila Olímpica Mato Alto 1 5,88%

 As Pessoas com Deficiência entrevistadas indicaram que com relação à frequência de


atividades físicas: 6,6% o fazem em 04 a 07 dias/semana, 51,6% em 02 a 03 dias/semana,
0,6% as realizam quinzenalmente, 34,2% mensalmente e 6,3% nunca realizam atividades
esportivas;
 As 2 tabelas abaixo dão indicação da frequência e dos motivos relacionados a ausência
aos espaços culturais ou destinados a atividade física:

Museu ou Música(
Clubes e
galerias com Vilas Espetáculo de espetáculos,
Frequência associações Bibliotecas Cinema Teatro Total
exposição de Olímpicas Danças concertos,show,
Recreativas
artes plásticas bares, etc.)
não sabe 2 1 2 3 6 1 3 1 19
não vai 240 260 291 283 281 196 261 244 2056
Diaria 0 1 2 0 1 1 0 3 8
Semanal 3 36 11 4 8 9 3 9 83
Quinzenal 1 1 1 0 4 12 3 12 34
Mensal 12 2 4 6 10 35 13 21 103
Bimestral 26 6 3 7 3 30 13 10 98
Semestralmente 32 9 2 13 3 32 20 16 127

Museu ou Música(
Clubes e
galerias com Vilas Espetáculo de espetáculos,
Culturais associações Bibliotecas Cinema Teatro Total
exposição de Olímpicas Danças concertos,show,
Recreativas
artes plásticas bares, etc.)
Não sabe 70 46 27 39 45 92 57 71 447
Não possui
146 138 159 152 167 108 135 125 1130
interesse
não possui
46 64 65 65 45 49 52 53 439
espaços próximos
Não tem tempo 1 4 2 2 1 3 1 5 19
é caro 6 4 9 9 7 12 21 13 81
Não tenho
1 2 2 2 1 1 1 3 13
companhia
É inseguro 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Não possui
espaços 2 2 2 3 1 3 3 3 19
adaptados
Outros 44 56 50 44 49 48 46 43 380
 Com relação à avaliação que os usuários fazem dos transportes públicos quanto a
preparação (de modo geral) para atendê-los, obtivemos os dados constantes da tabela
abaixo:

No transporte que você utiliza diariamente, você observa se estão


preparados para atender pessoas com deficiência?
Percentual
Respostas obtidas Frequência Percentual acumulado
Sim 124 39,2 39,2

Não 148 46,8 86,1

Não sabe 5 1,6 87,7

Não respondeu 39 12,3 100,0

Total 316 100,0

Outras informações de grande significado são as relacionadas com a frequência da clientela da


SMPD aos atendimentos disponibilizados em suas unidades. Na pesquisa foram feitas algumas
perguntas no sentido tanto de se conhecer esta realidade, bem como, ao conhecê-la, validar os
resultados encontrados. Para tanto, partiu-se do cruzamento entre o número de vezes previsto
para que o usuário compareça aos atendimentos, com sua frequência mensal aos mesmos e o
número de faltas que costuma ocorrer na relação do usuário com o Centro Municipal de
Referência ou de Convivência com o qual mantém vínculo. Os dados obtidos indicam que:

 Muito embora, de maneira geral, os usuários da SMPD e seus familiares informem uma
grande satisfação com o trabalho realizado (80,0%), na medida em que, segundo suas
respostas, os atendimentos vêm atendendo suas expectativas, contra 1,9% que afirmaram
que o atendimento não vem atendendo seus anseios e 17,1% que alegaram que sua
satisfação com os atendimentos é realizada parcialmente. A existência dessas
informações está distribuída e com uma maior valoração em relação aos novos usuários
(84,9% para sim, 0,5% para não e 13,3% para em parte), contra 69,1% da antiga clientela
que também qualificaram os atendimentos como satisfatórios ao esperado, 5,2% para não
e 25,8% que qualificaram o atendimento às suas expectativas como realizadas em parte.
Para fins da pesquisa, considerou-se como novo usuário aquele cujo tempo de matrícula
ocorreu no máximo há 03 anos atrás e como antigo usuário um tempo de matrícula
superior a 03 anos;
 Da mesma forma, ao se perguntar como os usuários classificam seu grau de satisfação
com os atendimentos, obteve-se os seguintes valores: Ótimo - 61,1%, Bom - 26,3%,
Regular - 6,6%, Ruim - 2,5% e Péssimo - 2,5%, ou seja, 87,4% têm como ótimo e bom os
atendimentos dos quais são usuários. Ao segmentarmos os usuários segundo os critérios
de novos ou antigos, obtemos os seguintes gráficos:

Onde: 1 – Ótimo; 2- Bom; 3 – Regular; 4 – Ruim e 5 - Péssimo


 Ao se aprofundar nesta avaliação dos serviços que a SMPD fornece, a pesquisa também
procurou saber sobre o grau de conhecimento dos usuários sobre os espaços da SMPD
destinados para atendimento. O resultado obtido está descrito na tabela a seguir:

% sobre as 402
Espaço da SMPD N
citações
Centros de Convivência
Brás de Pina 07 1,74%
Campo Grande 04 1,00%
Jacarepaguá 07 1,74%
CMRPDs
Campo Grande 76 18,91%
Centro 81 20,15%
Irajá 67 16,67%
Santa Cruz 61 15,17%
São Conrado 41 10,20%
Vila Isabel 56 13,93%
Não sabe/Não respondeu 02 0,50%
Total de citações 402 100,00%

 Com relação às ausências dos usuários aos atendimentos disponibilizados pela SMPD,
obtiveram-se os seguintes resultados, segundo o tipo de deficiência do usuário:

Não falta ou falta até 03 Pelo menos falta 04


Inconsistente Total
vezes vezes
DEFICIENCIA Número % Número % Número % Números Percentual

Múltipla 20 83,33% 4 16,67% 0 0,00% 24 7,59%

Autismo 21 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 21 6,65%

Deficiência Auditiva 1 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,32%

Deficiência Física 77 91,67% 6 7,14% 1 1,19% 84 26,58%

Deficiência Intelectual 146 87,95% 20 12,05% 0 0,00% 166 52,53%

Deficiência Visual 3 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 3 0,95%

Não especificada 15 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 15 4,75%

Não deficiente 2 100,00% 0 0,00% 0 0,00% 2 0,63%

TOTAL 285 90,19% 30 9,49% 1 0,32% 316 100,00%

Em suma, podemos afirmar que através das respostas dos usuários e/ou seus familiares,
considerando-se a frequência mensal informada, independente dos atendimentos agendados (01,
02 ou 03 vezes/semana), 90,19% não se colocaram como faltosos (e, portanto, se caracterizaram
como presentes a 75% dos atendimentos previstos), contra 9,49% que admitem faltar a mais de
25% dos atendimentos agendados.

Todavia, ao considerarmos o número de faltas mensais informadas pelos próprios usuários e/ou
seus familiares e definirmos que toda falta além de 25% dos atendimentos previstos configura
uma situação de absenteísmo, teremos os seguintes resultados:
Número de faltas Percentual
mensais informadas N % acumulado
Nenhuma 90 28,5 28,5
Uma 188 59,5 88,0
Duas 30 9,5 97,5
Três 7 2,2 99,7
Quatro 1 0,3 100,0
Total 316 100,0

Ou seja, 188 usuários (59,5%) admitem faltar pelo menos 01 vez ao mês e 28,5% deles (90)
negam ausências aos atendimentos. Portanto, para 88,0% dos usuários entrevistados, a situação
de absenteísmo aos atendimentos previstos inexiste. Ao realizarmos o cruzamento desses dados
com o número de atendimentos previstos, teremos:

Atendimentos semanais previstos


Total
1 2 3
0 34 40 16 90
1 53 89 46 188
Número de faltas/mês
2 07 16 07 30
informado
3 0 04 03 07
4 0 01 0 01
Total 94 150 72 316

Neste caso, a tabulação indica que para a previsão de 01 atendimento semanal (29,75 dos
usuários e/ou familiares entrevistados), 07 usuários (9,72% dos que tem essa previsão de
atendimento) ultrapassam a tolerância estabelecida pela SMPD de 25% de faltas/mês. Da
mesma maneira, para os usuários que se comprometem com atendimentos com frequência de 02
vezes na semana (47,47% dos casos estudados), 0,33% deles comparecem menos que 75% dos
atendimentos acordados. No caso da previsão semanal de atendimentos de 03 vezes/semana,
(22,78% dos usuários entrevistados), nenhuma ausência é admitida como ultrapassando a
tolerância de 25% de faltas.

Assim, pelas informações obtidas, 12 usuários são considerados faltosos (com mais de 25% de
faltas aos atendimentos), ou seja, 3,80% das Pessoas com Deficiência e/ou seus familiares
entrevistados.

Pode-se considerar ainda que, mesmo que estejam dentro da faixa de tolerância estabelecida,
226 usuários (71,52% dos entrevistados) faltam pelo menos 01 vez ao mês. Isto nos conduz ao
entendimento que estas faltas observadas empiricamente pela gestão são reais, mas não
ensejam (ou, no momento, não podem ensejar) o desligamento desses usuários por
absenteísmo.

Quanto aos motivos apresentados para indicar as necessidades de falta aos atendimentos, temos
o seguinte gráfico:
Dificuldade no Transporte

Problemas de acessibilidade

Não sabe informar

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Data de acesso: 06/06/2013

MACIEL, MARIA REGINA CAZZANIGA. Portadores de deficiência: a questão da inclusão social.


São Paulo Perspec. [online]. 2000, vol.14, n.2, pp. 51-56. ISSN 0102-8839.
Em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0102-88392000000200008&script=sci_arttext
Data de acesso: 06/06/2013

BRASIL, Programa de Ação Mundial para as Pessoas Deficientes


Em: http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/deficiente/progam.htm
Data de acesso: 06/06/2013
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência
Pesquisa sobre Perfil Socioeconômico e Cultural dos Usuários Atendidos pela SMPD e seus Familiares
Quadro de Prioridades e Encaminhamentos/Revisão do PPA 2014-2017

ITEM ENCAMINHAMENTOS INICIAIS PARA REVISÃO DO PPA 2014/2017 RESPONSÁVEIS


- Promoção pelo Núcleo Integrado de Atenção as Famílias - NIAF de uma ação Núcleo Integrado de
Documentação em conjunta com as famílias no sentido de obter dados relativos a documentação e Atenção às Famílias e
geral planejar formas para que as famílias que não tenham os documentos sejam Coordenadores dos
providenciados. Centros
- Articular com a SMTE parceria no sentido de buscar postos de trabalho e
cursos de qualificação para os familiares e usuários dos nossos Centros em
parceria com a Gerência de Inclusão no Mundo do Trabalho/GIT da SMPD;
Renda: - Potencializar as ações da Gerência de Inclusão no Mundo do Trabalho - GIT
cursos de qualificação, bolsa estágio, captação de postos de trabalho,
- usuário: até 01 sensibilização de empresários;
Subsecretaria e Gerência
salário mínimo - Criação do GT EMPREGABILIDADE com a participação da Associação
de Inclusão no Mundo do
- família: faixa salarial Comercial do RJ (sociedade civil), SMPD e SMTE (governo municipal),
Trabalho - GIT
de 01 a 03 salários Secretaria de Estado de Trabalho e Renda – RJ (governo estadual) e Ministério
mínimos Público do Trabalho Superintendência Regional do Trabalho (governo federal)
para estudo de articulação entre esses entes e planejamento de ações;
- Capacitar os técnicos que atuam nos postos de empregabilidade da SMTE, no
sentido de orientá-los sobre as principais características das diferentes
deficiências e de como melhor lidar com essas pessoas.
- Promover junto à sociedade civil campanhas para doação de equipamentos de
Equipamentos de
informática;
informática: apenas Gabinete da Secretaria e
- Articular com a Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia o desenvolvimento
1/3 dos usuários Coordenadores dos
de cursos básicos de informática e potencializar os já em desenvolvimento no
possuem computador Centros
CIAD;
na residência
- Potencializar as oficinas de informática nos Centros da SMPD;
- Realizar campanhas internas que incentivem a ida dos usuários da SMPD e
seus familiares aos espaços culturais:
Gabinete da Secretaria e
Baixa inclusão nos - Articular com a Secretaria Municipal de Cultura - SMC a elaboração de projetos
Coordenadores dos
espaços culturais que incentivem e facilitem a participação das Pessoas com Deficiência nos
Centros
espaços culturais administrados pela Prefeitura;
- Potencializar as atividades culturais desenvolvidas nos Centros da SMPD
(oficinas de teatro, dança, passeios a museus, centros culturais, parques, etc.).
- Dentre os espaços públicos da cidade pouco frequentados pelos usuários da
Baixo grau de SMPD, o grupo priorizou o acesso às praias como a meta a ser alcançada nesse
acessibilidade e uso tópico. Buscar parcerias com a sociedade civil e com a Secretaria Municipal de Gabinete da Secretaria/
dos espaços públicos Obras - SMO, no sentido de criar estratégias (esteiras, rampas, etc.) que facilitem Eixo de Acessibilidade
da cidade o acesso das pessoas com deficiência (cadeirantes e pessoas com mobilidade
reduzida) às praias da cidade.
- Planejar campanhas com o intuito de compromissar as famílias em relação a
Coordenadores dos
Frequência aos maior frequência nos atendimentos disponibilizados;
Centros/Supervisão/
atendimentos - Envolver todos os setores dos Centros da SMPD em relação ao monitoramento
Técnicos/NIAF
e acompanhamento dos usuários faltosos.
Articulação com a - Estabelecer parcerias para a busca de estratégias que visem a minimização do
Secretaria Municipal fator saúde como maior causa de ausência aos atendimentos (aproximadamente, Gabinete da Secretaria
de Saúde - SMS 61%)
Despreparo do setor
- Retomada do projeto de sensibilização e capacitação de profissionais que
transporte público
atuam nos diferentes modais do transporte público, no sentido de orientá-los Gerência de Inclusão no
para atendimento as
sobre as principais características das diferentes deficiências e de como melhor Mundo do Trabalho - GIT
Pessoas com
lidar com essas pessoas.
Deficiência
ITEM ENCAMINHAMENTOS DE ÂMBITO GERAL RESPONSÁVEIS
Ampliar as discussões
- Criar Grupo de Trabalho ampliado para discussão e aprofundamento dos Secretaria e
sobre os principais
resultados obtidos, alinhar práticas e estabelecer metas de atuação. Subsecretarias
pontos da pesquisa
Atualização de
informações/avaliação - Realizar nova pesquisa em 2015 com vistas à comparação e aferição do Gabinete da
de ações baseadas na atingimento das metas estipuladas Secretaria/Subsecretaria
pesquisa

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