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ECONOMIA
CAMPUS VIRTUAL
Diretor Geral Ivan Albuquerque de Almeida
Gerente Acadêmico Everson Mückenberger
Gerente de Desenvolvimento Institucional Sâmela Carvalho de Lima
Gerente de Processos Valcenir do Vale Costa
Gerente de Produção Gilson Pereira Ferraz
Caro estudante,
Economia 4
EMENTA
Fatores macro e microeconômicos e suas interações no mercado. Funda-
mentos da demanda e da oferta no contexto dos agregados macroeconô-
micos. Desenvolvimento das nações, da maximização do bem-estar e da
sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Economia 5
CAPÍTULO 5
DESENVOLVIMENTO
DAS NAÇÕES
Objetivos
Conhecer o conceito de globalização e verificar
como este influencia o desenvolvimento dos países.
Compreender o problema da distribuição de renda.
Verificar a utilidade dos indicadores de IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano) e do índice de Gini dentro do contexto brasileiro.
NOSSO TEMA
Neste capítulo você verá como a globalização realmente pode nos afetar
e como da mesma forma enviamos referências ao mundo. Você sabia
que a partir da globalização é possível fazer investimentos na bolsa do
Japão, mesmo ela operando em um horário diferente da nossa? Essa e
outras influências da globalização você estudará neste capítulo.
Bons estudos!
Economia 7
TÓPICOS DE ESTUDO
5.1 Globalização
Todos nós já ouvimos falar sobre a globalização, logo, no entendimento
da economia, a globalização nada mais é do que o aumento das trocas de
informação, assim como se refere ao aumento das transações econômicas
e da difusão dos valores políticos e morais em escala mundial. Logo, po-
demos perceber que o processo de globalização proporciona o aumento
das trocas de informação que afetam as pessoas, as empresas, os movi-
mentos sociais e os governos. Além disso, a globalização influencia numa
maior troca de bens, serviços e investimentos ao redor do mundo, assim
como nos valores morais e políticos de todo o mundo.
• globalização tecnológica;
• financeira;
• produtiva;
• comercial.
Economia 8
produção dos bens e serviços consumidos ao redor do mundo. A globali-
zação comercial estuda a participação do comércio internacional dentro
dos países.
Economia 9
Figura 8 – Manifestação no Canadá contra a política de austeridade econômica (2015).
Fonte: <http://br.123rf.com/>.
Economia 10
PESQUISE!
Para você conseguir visualizar como a indústria cultural está glo-
balizada, note que todas as semanas somos informados a respeito
de pesquisas realizadas nos Estados Unidos ou na Europa. A notí-
cia da revista Exame sobre o salário das mulheres obesas exem-
plifica isso – disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/
noticias/mulheres-obesas-ganham-menos-que-homens-obesos-
-diz-estudo>. Acesso em: 13 jun. 2016.
Economia 11
5.2 Desenvolvimento econômico
Antes de iniciarmos a discussão sobre os indicadores do desenvolvimento
econômico, cabe destacar a diferença entre os conceitos de crescimento
econômico e desenvolvimento econômico.
REFLETINDO...
Você já deve ter ouvido falar do Milagre Econômico que ocorreu na
economia brasileira durante a década de 1970 no regime militar.
Reflita sobre o período a partir do artigo Determinantes do “mila-
gre” econômico brasileiro (1968-1973): uma análise empírica. Dispo-
nível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S0034-71402008000200006>. Acesso em: 13 jun. 2016.
Economia 12
5.2.1 Distribuição de renda
A distribuição equitativa de renda, como vimos no capítulo 2, é um dos
objetivos macroeconômicos. Mas por que esse é um objetivo a ser
alcançado?
Em sua pesquisa sobre o Milagre Econômico você deve ter notado que a
economia cresceu cerca de 10% a.a. entre 1973 a 1975, porém verificou-
-se nesse período uma diferença grande no nível de renda da população
(VASCONCELLOS, 2007).
Economia 13
cada família ou pessoa recebe. Para facilitar o entendimento dessa curva
observe o gráfico a seguir.
C
100
80
Porcentagem 60
da renda
40
D
20
B
Porcentagem
A 20 40 60 80 100 da população
Economia 14
O problema da distribuição de renda se agravou no Brasil nas déca-
das de 1970 e 1990. Apesar do Milagre Econômico, em 1970 ocorreu
uma piora na distribuição de renda, pois houve um aumento da renda
dos mais ricos em relação aos mais pobres. Isso se explicou pela forma
de crescimento adotada, por meio da substituição de importações, em
que se deu preferência para os bens de capital em vez da mão de obra
(VASCONCELLOS, 2007). Essa preferência facilitou a acumulação de
riqueza dos mais ricos, que são os detentores de capital (empresas, recur-
sos financeiros e investimentos).
Economia 15
O IDH resume o progresso de um país ou município ao longo de três
dimensões básicas: renda, educação e saúde (PNUD, 2016). De acordo
com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD
(2016) essas três dimensões são mensuradas da seguinte forma:
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para ver quais são os índices de IDH em nosso território acesse o
site: <http://www.pnud.org.br>.
Para saber mais sobre o IDH-M dos municípios brasileiros veja o
seguinte documento: <http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/
Ranking-IDHM-Municipios-2010.aspx>. Acesso em: 23 jun. 2016.
Economia 16
mentar de acompanhamento do desenvolvimento humano e tem como
objetivo acompanhar a pobreza. O índice da pobreza de renda é medido
pelo percentual da população que vive abaixo de US$ 1,25 por dia.
Economia 17
APLICANDO A TEORIA NA PRÁTICA
Ranking Unidade da
IDHM 2010
IDHM 2010 Federação
1º Distrito Federal 0,824
2º São Paulo 0,783
3º Santa Catarina 0,774
4º Rio de Janeiro 0,761
5º Paraná 0,749
A partir desses dados podemos visualizar que, dos cinco estados, dois são
da região Sudeste, dois da região Sul e o Distrito Federal, que pertence
à região Centro-Oeste. No entanto, será que esses cinco estados apre-
sentam os melhores indicadores nos parâmetros longevidade, educação
e distribuição de renda? Primeiramente vamos observar os estados com
melhor distribuição de renda.
Economia 18
Ranking IDH-M
Estado
geral Renda
1º Distrito Federal 0,863
2º São Paulo 0,789
3º Santa Catarina 0,773
3º Santa Catarina 0,773
6º Rio Grande do Sul 0,769
17º Ceará 0,651
24º Pará 0,646
27º Alagoas 0,641
24º Piauí 0,635
26º Maranhão 0,612
Com relação à renda, o estado do Rio Grande do Sul aparece como quin-
ta melhor distribuição de renda, apesar de ser o sexto estado no ranking
geral do IDH-M. Além disso, podemos notar que a posição dos estados
do Rio de Janeiro e de Santa Catarina se invertem. No entanto, há uma
melhor distribuição no Distrito Federal, que pode ser justificada pela sua
característica de capital do Brasil.
Economia 19
Em relação à longevidade, o quadro a seguir nos mostra que a distância
dos indicadores entre os cinco primeiros nesse indicador e os cinco últi-
mos estados não é tão longa.
Ranking IDH-M
Estado
geral Longevidade
1º Distrito Federal 0,873
3º Santa Catarina 0,86
2º São Paulo 0,845
6º Rio Grande do Sul 0,84
9º Minas Gerais 0,838
20º Sergipe 0,781
21º Acre 0,777
24º Piauí 0,777
26º Maranhão 0,757
27º Alagoas 0,755
Santa Catarina nesse indicador está mais bem colocado do que o estado
de São Paulo; já Minas Gerais aparece como quinto estado com maior
longevidade de sua população. Em relação aos estados com menor lon-
gevidade, temos novamente um representante da região Norte, o Acre,
e os demais são da região Nordeste. No entanto, como já mencionado
anteriormente, não se percebe uma diferença tão grande entre os primei-
ros e últimos, com somente 0,11 de diferença entre o Distrito Federal e
Alagoas.
Economia 20
No quesito educação, os estados com os melhores indicadores são os mes-
mos estados com melhor IDH-M, como pode ser observado a seguir.
Ranking IDH-M
Estado
geral Educação
1º Distrito Federal 0,742
2º São Paulo 0,719
3º Santa Catarina 0,697
4º Rio de Janeiro 0,675
5º Paraná 0,668
22º Bahia 0,555
23º Paraíba 0,555
24º Piauí 0,547
25º Pará 0,528
27º Alagoas 0,52
Economia 21
SÍNTESE
Economia 22
REFERÊNCIAS
Economia 23
CAPÍTULO 6
OFERTA E DEMANDA
Objetivos
Conhecer o objeto de estudo da microeconomia,
além de abordar os comportamentos da oferta e
demanda e do equilíbrio de mercado.
Identificar como a demanda e a oferta se
comportam para atingir o equilíbrio.
Analisar como se tomam decisões de consumo a
partir do preço dos bens e serviços.
NOSSO TEMA
Nesta aula você verá que, assim como o produtor, o consumidor também
aloca seus recursos escassos para satisfazer suas necessidades ilimitadas.
Dessa forma, você compreenderá o funcionamento da curva de deman-
da e da curva de oferta, conhecerá as principais variáveis que alteram as
curvas e as preferências do consumidor e poderá analisar como elas inter-
ferem nas quantidades, demandas e ofertas dos produtos.
Economia 25
TÓPICOS DE ESTUDO
6.1 Demanda
A demanda, ou procura, por um bem é a quantidade de determinado bem
que os consumidores estão dispostos a comprar em um período de tempo.
Podemos afirmar que os principais determinantes da demanda são:
• preço do bem;
• preços dos outros bens;
• renda do consumidor;
• gostos ou preferências do indivíduo.
Além disso, quando ocorre uma queda do preço isso significa que ele
poderá comprar maior quantidade do bem com o mesmo gasto de an-
tes. Por exemplo, com R$ 50,00 podemos comprar dois CDs quando o
seu preço unitário é R$ 25,00 ou quatro CDs quando seu preço atinge
R$ 12,50.
Por outro lado, quando aumenta o preço do bem, ele fica mais caro em
relação aos demais produtos, o que gera redução na quantidade deman-
dada, como podemos ver no quadro a seguir.
Economia 26
Quantidade demandada
Preço unitário ($)
(em milhares de dúzias)
18 2
16 2,5
14 3
12 3,5
10 4
8 4,5
6 5
4 5,5
2 6
6,5
6
5,5
5
4,5
4
Preço do
3,5
produto
3
em $
2,5
2
1,5
1
0,5
0
2 4 6 8 10 12 14 16 18
Quantidade demandada em milhares
Economia 27
Note que, ao se aumentar o preço do bem, ocorre uma diminuição da
quantidade demandada. O quanto a quantidade demandada vai dimi-
nuir é definido pelos efeitos renda e substituição somados. Veja a seguir
algumas variáveis que podem afetar a demanda de um produto:
Economia 28
Existem outras variáveis que tendem a afetar a demanda, tais como:
• a renda;
• os preços dos bens substitutos;
• os preços dos bens complementares;
• os gostos;
• a disponibilidade de crédito;
• as expectativas;
• o número de compradores.
Preço
restaurante
A B
R$ 50
D1 D2
10 20
FAST FOOD
Quantidade demandada em unidades
Comida rápida e pronta, como
as vendidas por grandes redes
Gráfico 4 − Deslocamento da curva de demanda por fast food. de lanchonete.
Fonte: Elaborada pela autora (2016).
Economia 29
Ao analisar o gráfico podemos identificar duas situações:
Economia 30
de demandada para tais produtos. Esses produtos são chamados SACIADO
de bens de consumo saciado, pois o consumo desses bens já está Satisfeito, ou seja, termo
usado na economia para
saciado e o aumento de renda não afeta a quantidade demandada. quando o consumo do bem
está satisfeito.
A partir de agora, você já está pronto para entender como funciona a aná-
lise da oferta de produtos e serviços em determinada economia. Prossiga!
6.2 Oferta
A oferta demonstra o comportamento do vendedor no que se refere às es-
colhas das quantidades de produtos ou serviços que coloca à venda com o
objetivo de aumentar ao máximo seu lucro. Mesmo com um orçamento
restrito, com as tecnologias existentes e disponíveis, e os custos dos fato-
res de produção, a intenção é reduzir esses custos ao mínimo possível e
aumentar sua receita com a venda dos produtos.
Quantidade ofertada
Preço unitário ($)
(em milhares de dúzias)
6 2
7 2,5
8 3
9 3,5
10 4
11 4,5
12 5
13 5,5
14 6
Economia 31
Veja na imagem a seguir o comportamento da curva de oferta para a es-
cala vista no quadro anterior.
Preço $ 4
0
6 7 8 9 10 11 12 13 14
Quantidade ofertada em milhares
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para entender melhor como esses motivos afetam a demanda e a
oferta, leia o blog Café com Economia, que detalha mais a fundo
essas alterações. Disponível em: <http://cafecomeconomia.web-
node.com/products/a15-motivos-para-o-deslocamento-da-curva-
-da-demanda-e-da-oferta/>. Acesso em: 13 jun. 2016.
Economia 32
Assim como ocorre na curva de demanda, podemos visualizar as altera-
ções na oferta do produto a partir do deslocamento para a esquerda ou
direita da curva de oferta, conforme pode ser visto no gráfico a seguir.
R$ 50
Preço
restaurante
O2
O1
10 20
Quantidade demandada em unidades
Você verá no próximo tópico que essas alterações são corrigidas pelo
equilíbrio de mercado. Acompanhe.
Economia 33
6.3 Equilíbrio de mercado
Você viu anteriormente como a demanda e a oferta por determinado pro-
duto ou serviço são definidas. Agora você verá que a demanda e a oferta
não ocorrem de maneira isolada. A interação dos compradores e vende-
dores no mercado resulta numa tendência que chamamos de equilíbrio
de mercado.
7
6,5
6
5,5
5
4,5
4
Preço
3,5
unitário $
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Quantidades demandadas e ofertadas
Demanda Oferta
Economia 34
Podemos identificar o ponto de equilíbrio pelo encontro das curvas
de demanda e oferta.
B
R$ 60
A
Preço R$ 50
restaurante
O2
D1
O1
15 20
Quantidade ofertada e demandada em unidades
PESQUISE!
O artigo “O uso do jogo de empresas GI-EPS no treinamento de de-
cisões relativas a preços” (disponível em: <https://repositorio.ufsc.
br/xmlui/handle/123456789/76554>, acesso em: 23 jun. 2016) lhe
possibilitará conhecer melhor como as empresas tomam decisões
de preços a partir de pesquisas de mercado.
Economia 35
Agora que você já conhece como funciona a relação entre demanda e
oferta, ou seja, consumidores e produtores, assim como as variáveis que
podem afetar a disposição em comprar ou vender desses agentes
eco-nômicos, já pode avançar seus estudos na microeconomia. No
próximo capítulo vamos conhecer como o mercado, no qual estão a
demanda e a oferta, pode se estruturar, ou seja, como as diferentes
estruturas podem influenciar no ponto de equilíbrio que estudamos
aqui. Siga em frente e bons estudos!
Economia 36
APLICANDO A TEORIA NA PRÁTICA
Para que você entenda como é feita a curva de demanda e oferta dos mer-
cados, vamos utilizar como exemplo o mercado de chicletes. O quadro
8, a seguir, nos mostra o mercado de chicletes sem açúcar em milhões de
unidades.
Demanda Oferta
Preço Qd Qs
0,8 2000 8000
0,7 3000 7000
0,6 4000 6000
0,5 5000 5000
0,4 6000 4000
0,9
0,8 0,8 0,8
0,7 0,7 0,7
0,6 0,6 0,6 Demanda
0,5 0,5
0,4 0,4 0,4 Oferta
0,3
0,2
0,1
0
0 2000 4000 6000 8000 10000
Economia 37
No segundo momento, há o lançamento de uma pesquisa que apontou os
benefícios do consumo desses chicletes para o emagrecimento. A partir
disso, temos uma nova curva de demanda, chamada de D2.
0,9
0,8
0,7
0,6 Demanda inicial
0,5 Nova Demanda
0,4 Oferta
0,3
0,2
0,1
0
0 2000 4000 6000 8000 10000
A partir desse gráfico, podemos notar que houve uma expansão da de-
manda, indo de D1 para D2 em vermelho. Com essa nova demanda, o
ponto de equilíbrio, ou seja, o encontro entre a nova demanda e a oferta
será na quantidade de 6000 e no preço de $0,6; logo, temos um aumento
tanto da quantidade quanto do preço.
Economia 38
Isso pode ser explicado pela divulgação da pesquisa, que fez com que
novos consumidores passassem a consumir os chicletes para ajudar com
o emagrecimento, assim como os antigos consumidores podem ter au-
mentado a quantidade demandada a partir da divulgação da pesquisa.
Economia 39
SÍNTESE
Economia 40
REFERÊNCIAS
Economia 41
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