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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

PAULA SOUZA
ETEC MANDAQUI

Ensino Técnico em Nutrição e Dietética

Fatima Nina Zegarra


Gabrielle de Andrade Rego e Silva
Higor Alexandre Oliveira
Jhonas Ferreira Siqueira
Julia Gonçalves de Oliveira
Lorelin Lina Ruiz Coaquira

AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS


CRUDÍVOROS

São Paulo
2019
Fatima Nina Zegarra
Gabrielle de Andrade Rego e Silva
Higor Alexandre Oliveira
Jhonas Ferreira Siqueira
Julia Gonçalves de Oliveira
Lorelin Lina Ruiz Coaquira

AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS


CRUDÍVOROS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como requisito final para
obtenção do título de Técnico em Nutrição
e Dietética e do conceito no componente
curricular Desenvolvimento de Trabalho
de Conclusão de Curso, Etec Mandaqui.
Orientador(a): Barbara Ferreira de
Mello Barreto Leales e co- orientador
(a): Ana Cristina Gonçalves de
Azevedo Figueiredo

São Paulo
2019
Fatima Nina Zegarra
Gabrielle de Andrade Rego e Silva
Higor Alexandre Oliveira
Jhonas Ferreira Siqueira
Julia Gonçalves de Oliveira
Lorelin Lina Ruiz Coaquira

AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS


CRUDÍVOROS

Trabalho de conclusão de curso – TCC definido e aprovado em 01


de julho de 2019, pela seguinte banca examinadora:

Barbara Ferreira de Mello Barreto Leales - Orientadora

Banca Examinadora

Banca Examinadora

Banca Examinadora

São Paulo,

2019
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, a


todos os nossos professores, aos nossos pais que
ajudaram a formar nosso caráter e todos aqueles que
almejam um estilo de vida saudável.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus por ter nos dado saúde e coragem para
alcançarmos nossas metas, ter nos dado força para superar as dificuldades em
momentos dificeis e ter colocado pessoas maravilhosas em nossos caminhos.
A nossa orientadora Professora Barbara Ferreira de Mello Barreto Leales por
acreditar em nós e em nosso trabalho, por todo o exemplo e profissionalismo, ser
paciente, nos orientar e auxiliar, e compartilhar seus conhecimentos e sabedoria
para que pudessemos nos tornar ótimos profissionais. Prof. Barbara você tem
toda a nossa admiração, carinho e lealdade somos eternamente gratos.
A nossa co-orientadora Professora Ana Cristina Gonçalves de Azevedo
Figueiredo por suas orientações e sugestões imprenscindiveis para a realização
desse trabalho.
Agradecemos aos nossos pais, que nos apoiaram e encorajaram para que
pudessemos concluir essa etapa de nossas vidas acadêmica e profissional.
Ao nutricionista Dr. Eduardo Corassa que nos auxiliou e apoiou, permitindo
que publicássemos o questionário de análise, em seu grupo de Facebook, sobre
crudivorismo.
Agradecemos também a Rodrigo Fanhoni por ajudar na divulgação do nosso
questionário em mídias socias que foi de grande ajuda para dar continuidade ao
trabalho.
E sem dúvidas aos participantes desta pesquisa pois sem os mesmo não
teríamos executado essa monografia.
As nossas professoras, que durante o curso, nos passaram todo conhecimento
e sabedoria possíveis.
E a todos os que de alguma forma contribuiram para a execução deste
trabalho. Muito obrigado.
EPÍGRAFE

“A semente pode ser lançada, mas o germinar e os


frutos dependem do tempo, do cultivo e da sabedoria de
cada um”. Flávia Barros
RESUMO

O crudivorismo é uma dieta composta somente de alimentos crus e cozidos em até 40


a 45°C. Por ser algo inovador, esse trabalho pode contribuir com novos conteúdos
para que cada pessoa possa selecionar sua dieta da forma que compete sua rotina,
sendo o objetivo dotrabalho é analisar o consumo alimentar de indivíduos
vegetarianos adeptos ao crudivorismo. A pesquisa em questão tem caráter qualitativo
e descritivo de levantamento. Foi realizada, por meio de redes sociais, em grupos
fechados, e perfis de praticantes do crudivorismo, no período entre 14 de abril até 24
de maio de 2019. O estudo foi realizado com 22 crudívoros, na faixa etária de 17 à 60
anos, que concordaram em participar voluntariamente, após aceitar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). De acordo com o gráfico 2, foi notado que
a maioria dos participantes, 77,27% iniciaram a dieta por qualidade de vida, a
segunda maior taxa de escolha para se iniciar uma dieta foi a filosofia de vida
totalizando um percentual de 18,18%.Referente ao número de refeições diárias dos
22 participantes 68,18% responderam que fazem apenas 3, 27,27% fazem de 4 à 6 e
somente 4,55% faz 6 ou mais o que está exemplificado no gráfico 5. E dos 22
participantes 50% responderam não fazem o uso de germinação, fermentação ou
outro processo para enriquecer os alimentos e outros 50% fazem sim o uso de um ou
mais desses processos. Na tabela 3 é demonstrado a frequência quanto ao consumo
de oleaginosas, considerando os alimentos mais consumidos pelos crudívoros. Por
meio da pesquisa realizada mais da metade dos crudivoros faz o consumo diário de
banana 63,64%%; limão 54,55%. Comparando a dieta crudívora com a dieta onívora,
de acordo com os documentos referenciados neste trabalho, foi notado um baixo
consumo de cereais, raízes e tubérculos, sementes e leguminosas. Os praticantes
adeptos da dieta consomem mais frutas do que os onívoros onde segundo a POF os
mesmos não tem hábito de consumir tantas frutas e legumes.

PALAVRAS-CHAVE: Crudivorismo. Vegetarianismo. Frequência de consumo.


ABSTRACT
Crudivorism is a diet composed only of raw foods and cooked up to 40 to 45 ° C.
Because it is something innovative, this work can contribute with new contents, so that
each person can select their diet in the way that competes their routine. The objective
of the work is to analyze the food consumption of vegetarian individuals adept at
crudivorism. The research in question is qualitative and descriptive. It was carried out,
through social networks, in closed groups, and profiles of crudivorism practitioners,
from April 14 to May 24, 2019. The study was conducted with 22 crudivores, in the age
range of 17 to 60 years, who agreed to participate voluntarily, after accepting the
Informed Consent Term (TCLE). According to figure 2, it was noted that 77.27% the
majority of participants, started the diet in order to achieve a better quality of life; the
second highest rate of choice to start a diet was the philosophy of life according to the
percentage of 18.18 %. Regarding the number of daily meals of the 22 participants,
68.18% answered that they only make 3, 27.27% make 4 to 6 and only 4.55% did 6 or
more what is exemplified in figure 5. And of the 22 participants 50% do not use
germination, fermentation or any other process to enrich food and another 50% do use
one or more of these processes. Table 3 shows the frequency of oilseed consumption,
considering the foods most consumed by the crude oil. According to the research, more
than half of the crudivores, make daily consumption of bananas (63.64 %); 54.55%
lemon. Comparing the raw diet with the omnivorous diet, according to the documents
referenced in this study, it was noticed a low consumption of cereals, roots and tubers,
seeds and vegetables (in general). Practitioners who eat the diet consume more fruits
than the omnivores, who, according to POF, are not in the habit of consuming so many
fruits and vegetables.

KEYWORDS: Crudivorism. Vegetarianism. Frequency of consumption.


SUMÁRIO

1 Introdução ................................................................................. 09

2 Justificativa ............................................................................... 10

3 Objetivos ................................................................................... 11
3.1. Geral. 11
3.2. Especifico 11

4 Referencial Teórico ................................................................... 12


4.1 Definição 12
4.2 Surgimento .......................................................................... 13
4.3 Aspectos alimentares dos praticantes do Crudivorismo .......15
4.4 Constituição da dieta Crudívora e Padrão ...........................17

5 Metodologia .............................................................................. 20

6 Resultados e discussões .......................................................... 22

7 Considerações Finais ............................................................... 39

Referências Bibliográficas ........................................................... 40

Apêndice 1................................................................................... 44

Apêndice 2................................................................................... 46
9

1. INTRODUÇÃO

Segundo SILVA (2008) e FRANCO (2005) crudivorismo é uma dieta


composta somente de alimentos crus e cozidos em até 40 a 45°C. O
crudivorismo é uma prática vegetariana exercida pela minoria da população,
mas o hábito de comer alimentos exclusivamente crus tem suas influências
e origens desde os primórdios da humanidade (FIORI, 2014).

Os crudívoros se abstêm do tratamento térmico por alegarem que os


alimentos crus mantem suas enzimas que auxiliam na digestão. Para
facilitar a ingestão de grãos é usada a prática da germinação (FIORI, 2014).
A germinação é um processo simples que não requer tantos instrumentos
ou técnicas de elevado custo. O método da germinação causa significativas
mudanças nos grãos em relação aos minerais, vitaminas e macronutrientes
(FRANCISQUETI,2014).

Essa dieta teve muita influência da cultura indiana, como a filosofia da


alimentação de Gandhi, porém, sua difusão teve início na década de 1980,
nos Estados Unidos, graças aos trabalhos de Ann Wigmore, defensora da
alimentação crua, cuja base da alimentação era a dieta hipocrática (baseia-
se na ideia de Hipócrates no conjunto de hábitos saudáveis que promove
mais saúde) (FERRIGNO, 2012;CAIROS,2017).

Os praticantes da alimentação viva excluem da dieta, alimentos


considerados “desvitalizados”: produtos de origem animal, alimentos
cozidos e industrializados (WIGMORE, 1994), consumindo, exclusivamente,
vegetais, frutas, nozes e sementes, leguminosas e grãos germinados.
10

2. JUSTIFICATIVA

Este trabalho teve iniciativa ao identificar que o vegetarianismo


tem se tornado cada vez mais popular em todo o mundo e existem
diferentes motivos para a adoção de uma dieta vegetariana. O
vegetarianismo tem as mais diversas origens (sejam elas éticas,
religiosas, sociais, econômicas, de preocupações coma saúde, como
meio ambiente, entre outras) e desencadeiam também uma variedade
de pensamentos e atitudes, os quais devem ser mais explorados
(RODRIGUES, 2012).

O crudivorismo é uma prática incomum no ocidente, porém vêm


demonstrando aumento de adeptos à esta dieta entre os vegetarianos e
tendo em vista que existem poucos materiais acadêmicos desse assunto
esse trabalho pode contribuir com novos conteúdos para que os
indivíduos possam selecionar sua dieta da forma que compete à sua
rotina.
11

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

- Analisar o consumo alimentar de indivíduos vegetarianos adeptos ao


crudivorismo.

3.2 Objetivos Específicos

- Levantar literatura científica sobre crudivorismo;


- Verificar as características da dieta crudívora;
- Conhecer as práticas alimentares dos adeptos ao crudivorismo;
- Comparar as recomendações alimentares da dieta crudívora e a da dieta
onívora.
12

4. REFERENCIALTEÓRICO

4.1 Definição

O crudivorismo é uma alimentação que vem crescendo nos últimos


anos, junto com o interesse por dietas que prometem saúde, longevidade e
qualidade de vida ( BRACONNOT,2018).
Para Franco e Rego em 2005, os crudívoros são aqueles que se
alimentam somente de alimentos crus ou aquecidos em até 45°C. Sendo
assim, eles se privam de alimentos “desvitalizados”, ou seja, alimentos que
sofrem cocção acima de 45°C (WIGMORE, 1994). Ribeiro e Oliveira em
2011, falam que os denominados crudívoros ou crudivoristas tem uma
alimentação muito parecida com a dos vegetarianos.

Dentro dos crudívoros existem ainda os frugívoros, que se abstém de


“matar” vegetais também, então se alimentam apenas de frutas e frutos.

Para a Sociedade Vegetariana Brasileira, existem muitos motivos para


a adesão do vegetarianismo, dentre eles, a ética, pois os animais são
capazes de sentir dor, prazer, felicidade; e a saúde, porque muitos estudos
mostram a relação entre o consumo de alimentos de origem animal e o risco
aumentado de doenças crônicas como obesidade, hipertensão e etc. Porém,
os crudívoros tem uma motivação diferente pelo qual não fazem a cocção
dos alimentos. As principais razões para praticar uma dieta crua, são para
atingir à saúde, prevenir doenças, viver de forma natural e de maneira
saudável por um longo tempo (KOEBNICK, 1999).

Os alimentos vivos beneficiam as pessoas, porque elas ficam mais


saudáveis, precisam de menos remédios, o planeta gera menos resíduos,
enão há desperdício de água e energia elétrica, focados na criação de
animais (MORENO, 2014).
13

Para Fiori em 2014, os crudivoristas debatem que os alimentos in


natura possuem enzimas que facilitam a sua digestão, e a sua cocção as
destruiria. Uma maior quantidade de enzimas no nosso corpo representa
uma capacidade maior de trabalho e vitalidade, elas estão envolvidas em
todos os processos funcionais do organismo. A vida dela nos alimentos
vivos depende das condições ambientais, por isso, uma temperatura
superior a 42ºC inativa as enzimas e as destrói totalmente (MORAES, 2013).

4.2 Surgimento

No século IX já existiam grupos defensores do vegetarianismo e "a


forma natural de viver", uma das sociedades criadas na época para trocarem
informações foi Vegetarian Society na Inglaterra e Estados Unidos
(BRACONNOT,2018).

Uma das primeiras referências cientifícas nessa área foi com o


trabalho do médico suíço Maximiliam Bircher-Benner. Em 1904 ele abriu um
hospital chamado Força Vital, que já dava entendimento de uma reforma na
alimentação alemã. Bircher-Benner descobriu que era possível curar
doenças por meio da alimentação crua, também constatava que o valor
nutricional dos alimentos era medido por seu teor de proteínas e calorias.
Para ele o alimento não devia servir apenas para saciar a fome e sim para
manter o organismo saudável. E nas refeições deveria conter pouca ou
nenhuma carne, pão escuro, batata, leite e produtos lácteos.
(BRACONNOT,2018).

Já no século XX, Edmond Bordeaux Szekely (1900-1979), Fundador


da Sociedade Biogênica Internacional, também estudou a capacidade da
alimentação crua para a cura de doenças. E os separou de acordo com suas
qualidades voltadas para a manutenção e geração de vida.
14

• Alimentos geradores de vida: grãos, sementes, leguminosas e hortaliças.


• Mantedores de vida: ervas medicinais, nozes, frutas cruas e frescas.
• Redutores de vida: alimentos cozidos, refrigerantes e congelados.
• Destruidores de vida: alimentos produzidos com a utilização de hormônios,
inseticidas, agrotóxicos, corantes, acidulantes e conservantes.

Ainda no século XX, o mundo havia passado por uma guerra e assim
a necessidade da criação de produtos alimentícios industrializados por ser
de fácil transporte e armazenamento, já que as pessoas não tinham mais
tempo para cuidar da sua alimentação. Em vista da falta de frescor e o alto
teor de aditivos químicos, as dietas naturais se tornaram mais importantes
pois o alimento deveria oferecer força vital ao indivíduo (nessa época surgiu
o veganismo). Ainda nesse período, se iniciou a prática crudivorista. Um
momento importante para esta prática foi em 1968, quando a Ann Wigmore,
considerada "mãe da alimentação crua", se aprofundou nos estudos sobre
as propriedades curativas da clorofila encontrada no sumo da grama do
trigo, e depois fundou com Viktoras Kulvin Kulvinskas o Hippocrates Health
Institute, onde criou e desenvolveu o conceito da alimentação crua para a
promoção da saúde do corpo, mente e espírito. (BRACONNOT,2018).

Já no Brasil, a alimentação crua possui diversas denominações:


crudivorismo, viva, energética, inteligente, entre outros. No século XXI, a
grande oferta e consumo de alimentos industrializados vem se tornando algo
preocupante para a população, em vista disso, as dietas veganas passaram
a chamar mais atenção da população. O mercado alimentício, visando esse
novo mercado, passa a se preocupar com esse novo negócio é por tanto é
comum encontrar sites informais que se dediquem ao segmento com
receitas, consultorias e dicas para manter um alimentação saudável com o
máximo de propriedades naturais (BRACONNOT,2018).
15

4.3 Aspectos alimentares dos praticantes do crudivorismo

De acordo com Fiori (2014), os crudívoros fundamentam-se em princípios


da não cocção dos alimentos, pois além de temperaturas elevadas e de perdas
nutricionais, inativam as enzimas que são extremamente importantes no
processo digestivo. Segundo Howell (1985), temperaturas de 47,7°C durante 30
minutos destroem todas as enzimas presentes nos alimentos, tal que a ingestão
de alimentos desprovidos de enzimas provoca dilatação do pâncreas e induz a
produção enzimática, muitas vezes desnecessária (HOWELL, 1985). O corpo
humano produz cerca de 50.000 enzimas ativas, entretanto somente 24 são
enzimas digestivas. Parte delas está presente, naturalmente, nos alimentos crus
e sua preservação favorece o processo digestivo no organismo (COUSENS,
2011).

Fiori (2014) também acredita que para os crudívoros um aspecto


importante é a refeição coletiva, tendo em vista que é um momento de
celebração, depois de tanto investimento no preparo de alimentos com
processos germinativos. Outro fator muito relevante, são as cores vivas e
sabores intensos no prato crudívoro.

‘’O gosto de um prato cru é determinado pelo equilíbrio dos 5 sabores:


doce, azedo, amargo, salgado e apimentado. ’’ (BOUTENKO, 2001).

Todos os alimentos crus, como nozes, frutas, hortaliças e também o leite


fresco cru são alcalinos. Quando esses alimentos são aquecidos, eles se
tornam acidificantes, o que é extremamente prejudicial para o organismo.
(FIORI, 2014).

Os crudívoros são habituados a fazer uma refeição de frutas pela manhã


e outra à noite. Ao meio-dia, costumam-se alimentar apenas de hortaliças
cruas; no entanto, é raro que os crudívoros consumam frutas e hortaliças na
mesma refeição. Enquanto hortaliças requerem um meio digestivo ácido, as
frutas requerem um meio digestivo alcalino.(FIORI, 2014).
16

Segundo a experiência que Victoria Boutenko teve com a dieta


crudívora, ela descreveu alguns ‘’temperos’’ naturais que são muito usados na
dieta, tais como para cada sabor que é necessário em um prato cru:

“Para o sabor azedo acrescente: limão, tomates, iogurte de sementes ou


vinagre de maçã.

Para o sabor doce acrescente: frutas secas como o figo, tâmaras,


ameixas, passas; frutas frescas como a banana, pêssego, pera; suco de maça,
suco de laranja, mel natural ou folhas frescas de stévia.

Para o sabor apimentado acrescente: folhas ou dentes de alho, coentro,


salsa, folhas ou polpa de cebola, gengibre, folhas ou grãos de mostarda,
rabanete, pimenta, ervas frescas ou secas como, manjericão, alecrim, canela,
noz moscada, baunilha ou hortelã-pimenta.

Para o sabor salgado adicione: salsão, coentro, salsa, algas marinhas ou


sal marinho.

Para o sabor amargo acrescente: salsa, alho, cebola, dente de leão, folha
de louro ou pimenta ’’ (BOUNTENKO, 2001).
17

4.4 Constituição da dieta crudívora e padrão

O crudivorismo também conhecido como alimentação viva ou raw food


fundamenta-se da alimentação crua, onde não se ingere alimentos cozidos ou
que estejam a 40° a 45°C (SILVA, 2008; FRANCO, 2005). Os crudivoros
acreditam que essa alimentação é a mais adequada para o ser humano pois
quando o corpo se alimenta principalmente dos alimentos crus torna as energias
vitais, a cor, brilho e as calorias do alimento melhores. E com isso aproveitamos
os alimentos com pureza, já que consumimos o mínimo de energia possível para,
digestão, metabolismo e eliminação (MORENO, 2014).

Em geral a dieta crudivora é bem variada, levando em consideração


receitas crudívoras vistas em livros, artigos e grupos crudívoros encontrados em
mídias sociais, a dieta é composta por cerais integrais e leguminosas como
arroz, quinoa, grão de bico, lentilhas, feijão, entre outros alimentos usadas tanto
para ingestão como para a germinação. Ingerem muito folhas e hortaliças
verdes: alface, rúcula, agrião, espinafre, couve, salsa, salsão, manjericão,
repolho e brócolis. Frutas variadas e frescas tais como: abacaxi, coco, maçã,
limão, tangerina, mamão e tâmaras. Temos que citar também a ingestão de
sementes exemplos são: linhaça, chia, sementes de girassol, gergelim e
sementes de coentro. E a ingestão de oleaginosas: nozes, amêndoas, avelã,
castanha de caju, castanha do Pára e macadâmia (FIORI, 2014; MORENO,
2014; BOUTENKO, 2001).

A culinária viva se baseia em alimentos frescos, secos, livre de processos


de industrialização, algas, alimentos fermentados e sementes e grãos
germinados (FERRIGNO, 2012).

A germinação das sementes e grãos é simples e consiste nas seguintes


etapas: escolha das sementes (onde devem estar íntegras e sem manchas); a
conservação das sementes e grãos em recipientes de vidro, imergidos em água
potável; por um período de 8-12 horas; enxágue das sementes pela manhã e
pela noite pois as mesmas liberam produtos intermediários da germinação e
conservação das mesmas em lugar fresco (FRANCISQUETI,2014). A
18

germinação é um dos processos mais antigos e econômicos, utilizado para


melhorar o valor nutricional de grãos, sementes e leguminosas.

Estudos comprovam que essa prática é uma alternativa adequada para a


diminuição de fatores antinutricionais, exemplos disso são os fitatos, inibidores
de protease presentes nos grãos (AMISTÁ, 2013). Segundo MIRANDA (2002) a
germinação tem o fator de converter proteínas vegetais de baixa qualidade em
proteínas de melhor qualidade; aumento de teores de certos aminoácidos
essenciais e vitaminas do complexo B, degradação de proteínas, além de
melhorar a digestibilidade.

Outro meio de melhorar a qualidade nutricional e conservação dos


alimentos como vegetais e hortaliças, é a fermentação lática, que pode ser
realizada de duas formas: método de salmoura e método da salga seca. O
método de salmoura pode ser efetuado para frutas e hortaliças como o pepino;
já o segundo método pode ser aplicado ao repolho que acaba se convertendo
no chucrute (FORNARI, 2006). Os vegetais fermentados vêm se tornando muito
popular e importante na dieta alimentar do Ocidente, Médio Oriente e Oriente,
por sua textura, sabor e conservação, além das altas propriedades nutricionais
obtidas (SILVÉRIO, 2014).

Existem alimentos que os crudivoristas não consomem, e eles acabam


sendo chamados de “Alimentos mortos”, tais como alimentos refinados e
desnaturalizados, onde há redução do seu valor nutricional, transformando-os
em outra coisa que não seja o alimento original, alterando a sua estrutura
química; retirando elementos essenciais para seu valor nutricional como a casca,
pele, fibras e a gordura; exemplo disso é o leite desnatado onde há a perda de
vitaminas lipossolúveis. Outros alimentos são os submetidos a micro-ondas;
alimentos submetidos a cocção extrema como a fabricação de margarinas
industriais. Diferentemente da alimentação padrão, os praticantes do
crudivorismo não consomem carnes e pescados, pois acreditam que são seres
que perderam a vida, força vital e a alma, portanto são alimentos mortos em
processo de decomposição (MORENO, 2014).
19

A alimentação padrão dos brasileiros que na maior parte é formada por


meio da cocção dos alimentos como um todo, onde no mesmo se fazem
presentes o maior consumo de alimentos de origem animal contendo carnes de
vários tipos e ovos sendo frequentemente consumidos no país, onde
normalmente são o acompanhamento do feijão com arroz, que por sinal é
extremamente consumido no dia a dia dos brasileiros, ou de outros alimentos de
origem vegetal, sendo na forma de saladas, cozidos ou refogados e, ainda,
utilizados no preparo de sopas, valorizados por agregarem mais sabor a refeição.
Cabe ressaltar que a carne menos consumida é a dos pescados por conta da
baixa frequência de consumo e da pouca acessibilidade de demanda e preços
altos, onde a mais consumida é a carne vermelha.

Já em relação aos grupos dos feijões, são mais frequentemente


consumidos: as ervilhas, as lentilhas e o grão de bico, além do próprio grão de
feijão. As raízes e tubérculos tem mais frequência durante o almoço ou no jantar
sendo mais ingeridas a mandioca e batata.

Já os leites e derivados, aquele tem maior incidência é o leite de vaca


visto que é consumido frequentemente na primeira refeição do dia, podendo ser
puro, com frutas ou com café.

É interessante evidenciar que os alimentos in natura correspondem, em


termos de total de calorias consumidas, quase dois terços da alimentação dos
brasileiros, onde os legumes e verduras apresentam o baixo teor de consumo de
acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2014).
20

5. METODOLOGIA

O estudo ocorreu entre os meses de abril e maio de 2019 com indivíduos


adeptos da dieta crudívora. O tipo de pesquisa foi de caráter quantitativo,
descritivo e de levantamento.
O estudo foi realizado com 22 crudívoros, na faixa etária de 17 a 60 anos,
que concordaram em participar voluntariamente, após aceitar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – Apêndice 1.
O instrumento de pesquisa adotado para a coleta de dados foi um
questionário online elaborado pelos pesquisadores através da ferramenta
(Survey Monkey®).
O questionário (Apêndice 2) continha perguntas relacionadas às práticas
alimentares dos crudívoros, tais como: motivação, mudanças significativas
presentes após a adoção dessa dieta, tempo de prática, uso de algum processo
de enriquecimento de alimentos, número de refeições feitas ao longo do dia e
utilização de suplementos, a fim de se conhecer um pouco mais sobre o hábito
alimentar desses indivíduos.
Para avaliação do consumo alimentar, utilizou-se um questionário de
frequência alimentar baseado em escolhas alimentares de praticantes do
crudivorismo mediante pesquisa em literaturas científica e em grupos de adeptos
à dieta através de mídias sociais para levantamento dos principais alimentos
consumidos. A partir disso, determinou-se grupos alimentares correspondentes:
1) Cereais, raízes e tubérculos;
2) Oleaginosas;
3) Sementes;
4) Verduras e legumes;
5) Frutas;
6) Diversos.
Vale ressaltar que dentre os alimentos escolhidos, para o grupo de cereais
e leguminosas o consumo se dá através de germinação dos grãos.
Como instrumento de avaliação, utilizaram-se documentos técnicos
científicos, como o Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) e o Guia
21

Alimentar de Dietas Vegetarianas (2012) para comparar as recomendações das


dietas onívoras e crudívoras, respectivamente.
Para pesquisa de literatura científica, utilizou-se base de dados como
Scielo e Pubmed com as seguintes palavras: alimentação viva, raw food,
crudivorismo, veganismo, vegetarianismo, frugivorismo dentre outros.
Como os materiais científicos são escassos, um braço da pesquisa foi a
busca de conhecimento através de grupos de crudívoros que compartilhavam
suas escolhas alimentares através de grupos direcionados ao crudivorismo em
mídias sociais, como Facebook (grupos fechados e páginas:
SaúdeFrugal/Crudivorismo, Crudivorismo, Tudo Cru, Crudivorismo Vegano,
entre outros) e Instagram.
22

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir desse momento serão apresentados os resultados e discussão


diante dos parâmetros apresentados. A idade média da população estudada foi
de 36 anos.
O gráfico 1 mostra a distribuição de gênero, onde predomina o sexo feminino
visto que representam um percentual de 63,64% (n=14), sendo assim, 36,36%
(n=8) dos participantes representam o sexo masculino.

Gráfico 1. Distribuição da população estudada segundo sexo.

Masculino Feminino

36%

64%
23

De acordo com o gráfico 2, foi notado que a maioria dos participantes,


77,27% (n=17) iniciaram a dieta por qualidade de vida, a segunda maior
escolha para se iniciar uma dieta foi a filosofia de vida totalizando um percentual
de 18,18% ( n=4 ).

Gráfico 2. Motivação para o início da dieta crudívora.

Filosofia de vida Ética ambiental Estética Qualidade de vida

18%

5%

77%

Pode-se perceber que a maioria dos participantes que mudaram a dieta,


procuram qualidade de vida afim de prevenir doenças crônicas. Segundo
Ferreira e Miraglia (2017), tendo em vista que os resultados apresentados
tiveram grande semelhança à pesquisa citada.
De acordo com Couceiro (2006), um aspecto a ser observado é a filosofia
de vida dos crudívoros, que tentam ao máximo não afetar o meio
ambiente/animais, onde ocorre uma sensibilização em relação à natureza.
24

O gráfico a seguir é possível analisar que 81,82% (n=18) sentiram-se mais


dispostos ao adotar essa dieta, aproximadamente 18,18% (n=4) relataram
mudanças de peso repentina.

Gráfico 3. Adaptação à dieta crudívora.

Mudança de peso repentina Fraqueza ou perda de peso


Mais disposição Aumento de peso

18%

82%

De acordo com o estudo de Couceiro (2006), a adoção de dietas


baseadas no consumo de vegetais e frutas previnem doenças como obesidade
e sobrepeso, visto que geralmente os praticantes do crudivorismo tem uma dieta
restritiva levando em consideração que não consomem carnes, ovos e leite,
tendo em vista esse estudo pode justificar a mudança de peso repentina.
25

O gráfico a seguir mostra o tempo de prática de dieta crudívora em anos


dos 22 participantes desta pesquisa, onde 36,36% (n=8) responderam que
praticam a até 3 anos, 31,82% (n=7) menos que 1 ano, 18,18% (n=4) mais que
6 anos e 13,64% (n=3) de 3 à 6 anos.

Gráfico 4. Tempo de mudança de dieta dos participantes para dieta


crudívora.

36%

14%

32%
18%

Menos de 1 ano Até 3 anos


Mais de 3 até 6 anos Mais que 6 anos

Segundo Ferreira e Miraglia (2017), também encontraram um resultado


parecido, em sua pesquisa com 332 vegetarianos, 36,7% não consomem carne
há mais de 1 ano, onde na nossa pesquisa também 36% seguem o crudivorismo
há 3 anos.
Nas duas pesquisas também há um número considerável de pessoas que
praticam essas dietas há mais de 5 anos, sendo 41% dos participantes na
pesquisa de Ferreira e Miraglia (2017), corroborando com os dados obtidos
nessa pesquisa. Isso pode mostrar que as dietas vegetarianas têm o poder de
26

se tornar o hábito alimentar de quase metade dos praticantes.

Referente ao número de refeições diárias, o gráfico abaixo mostra que


68,18% (n=15) responderam que fazem apenas 3 refeições diárias; 27,27%
(n=6) realizam de 4 a 6 refeições por dia e somente 4,55% (n=1) fazem 6 ou
mais refeições diárias

Gráfico 5. Número de refeições diárias.

5%

27%

68%

Até 3 De 4 a 6 6 ou mais

O Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) fala sobre a


necessidade de 3 grandes refeições (café da manhã, almoço e jantar) e em
alguns casos de lanches menores intermediando-as. Sendo assim, 68% da
amostra coletada se encontra fora das recomendações citadas acima e apenas
4,55% faz mais de 6 refeições por dia.
27

O gráfico a seguir mostra sobre germinação, fermentação e outros processos


de enriquecimento e dos 22 participantes 50% (n=11) responderam não fazem o
uso de germinação, fermentação ou outro processo para enriquecer os alimentos
e outros 50% (n=11) fazem sim o uso de um ou mais desses processos. Quando
foi pedido para descrever o processo em caso de responder sim, relataram que
fazem uso da germinação e os outros referiram fazer uso de desidratação de
alimentos, sendo o mais comum a banana; assim como o uso da fermentação
onde não apresentaram nenhum tipo de exemplo para esse processo.

Gráfico 6. Germinação, Fermentação e processos de enriquecimento pelos


participantes adeptos ao crudivorismo.

50% 50%

Não Sim

Para Miranda (2002) a germinação tem a capacidade de degradar o amido


e melhorar a qualidade das proteínas, e esse é um fator importante numa dieta
livre de carnes e a maior parte das proteínas de alto valor biológico. Segundo
28

Amista (2013) a germinação também diminui alguns fatores antinutricionais,


como fitatos e antiproteases presentes nos grãos, algo que reforça a melhora da
digestibilidade. Porém, Francisqueti (2014) conclui que se faz necessário mais
estudos no sentido higiênico-sanitário da prática e que há falta de uma técnica
padrão de germinação para cada grão ou semente. A fermentação de hortaliças
é a acidificação dos alimentos por meio da salmoura ou conservação em vinagre.
Além de contribuírem para melhorar a qualidade degustativa e estimular o
consumo tem sido utilizado como agentes saborizantes, como tampões no
controle do pH, conservantes na prevenção do crescimento de micro-organismos
e da germinação de esporos, sinergistas aos antioxidantes, na prevenção da
rancidez e do escurecimento, modificadores da viscosidade (BENEVIDES,
1998).

Sobre o uso de suplementos, 56,44 (n=12) responderam que não utilizam


nenhuma suplementação, 36,36% (n=8) responderam outros suplementos e
apenas 9,09% (n=2) usam polivitamínico, como mostra o gráfico a seguir. No
caso de responder outros era necessário especificar o “outro”, portanto três
participantes responderam usar vitamina B12.
29

Gráfico 7. Uso de suplementação pelos participantes da pesquisa.

9%

36%

55%

Suplemento proteíco Polivitamínico Não utiliza Outros

A maioria dos participantes da pesquisa referiram não utilizar suplementação


alimentar, situação está que deve ser olhada com atenção. Segundo Pedro
(2010) pessoas que seguem uma dieta vegetariana tendem a apresentar uma
ingestão de vitaminas B12 e D, devido essas fontes serem provindas em sua
maioria de origem animal.
Houve também outras duas pessoas que escreveram “suplemento proteico”
no campo “outros”, ao invés de responderem na opção de “suplemento proteico”
na questão em si, isso demonstrou uma falta de informação por parte do
participante que está utilizando esse suplemento. Ferreira e Miraglia (2017)
também notaram isso no seu estudo, entre 332 vegetarianos questionados,
52,1% respondeu não ter nenhum acompanhamento médico e/ou nutricional.
30

As tabelas a seguir apresentam a frequência de consumo dos participantes


da pesquisa. Em relação a escolha dos grupos alimentares, preparações
culinárias e alimentos levou-se em consideração o hábito alimentar descrita pela
comunidade crudívoras pesquisada em artigos e grupos crudívoros encontrados
em mídias sociais.

CEREAIS, RAÍZES E TUBÉRCULOS.

As tabelas a seguir mostram a frequência no consumo de cereais, raízes e


tubérculos tendo em vista que 18,18% dos participantes tem frequência de consumo
de quinoa, e 13,64% milho verde 2 a 3x por semana; 13,64% frequentemente
consome aveia 4 a 5x ao dia. Em relação as raízes e tubérculos teve de grande
consumo a cenoura onde 18,18% dos praticantes consome diariamente, 31,82% tem
frequência de consumir beterraba 1 a 2x por semana e 13,64% consome gengibre 3
a 4x por semana.

Tabela 1. Frequência de consumo de cereais segundo a população estudada.

Alimento 1x ao 2 a 3x 4 a 5x 6x por Quinzenal Nunca ou


dia por por semana mente raramente
semana semana
Arroz 4,55 % 9,09 % 4,55 % 0,00 % 4,55 % 77,27 %
Trigo 4,55 % 9,09 % 0,00 % 0,00 % 4,55 % 81,82 %
Aveia 4,55 % 4,55 % 13,64 % 4,55 % 0,00 % 72,73 %
Centeio 0,00 % 0,00 % 0,00 % 0,00 % 0,00 % 100,0 %
Cevada 0,00 % 0,00 % 0,00 % 0,00 % 4,55 % 95,45 %
Granola 0,00 % 9,09 % 0,00 % 0,00 % 9,09 % 81,82 %
Amaranto 0,00 % 4,55 % 0,00 % 0,00 % 9,09 % 86,36 %
Quinoa 0,00 % 18,18 % 0,00 % 0,00 % 18,18 % 63,64 %
Milho 4,55 % 13,64 % 0,00 % 0,00 % 9,09 % 9,09 %
verde
31

Tabela 2. Frequência de consumo de raízes e tubérculos segundo a população


estudada.

1a2x 3 a 4x 5 a 6x Rarament
Alimento Diário por por por Quinze e ou
semana semana semana nal nunca

Nabo 0,00% 9,09% 0,00% 0,00% 9,09% 81,82%


Beterraba 13,64% 31,82% 13,64% 0,00% 18,18% 22,73%
Cenoura 18,18% 32,82% 9,09% 13,64% 13,64% 13,64%
Gengibre 13,64% 22,73% 13,64% 4,55% 13,64% 31,82%
Rabanete 0,00% 13,64% 0,00% 0,00% 31,82% 54,55%
Batata 9,09% 4,55% 0,00% 0,00% 4,55% 81,82%

De acordo com a pesquisa, observou-se que os crudívoros não tem o hábito


frequente do consumo de cereais, porém dentre os mais consumidos, pode-se
relacionar a quinoa e a aveia. Com relação as raizes e tubérculos percebe-se o maior
consumo de beterraba, cenoura e gengibre.

De acordo com o Guia Alimentar de Dietas Vegetarianas (2012), deve-se


consumir cereais diariamente. Esse grupo abrange grãos produzidos com o mínimo
de processamento e o consumo de cereais integrais tem sido recomendado ao redor
do mundo. Alguns vegetarianos consomem cereais na forma de análogos da carne,
como o glúten, que constitui uma parte do trigo rica em proteína (COUCEIRO, 2008).

As raízes e tubérculos são fontes de carboidratos e fibras e, no caso de


algumas variedades também de minerais e vitaminas, como o potássio. São
frequentemente consumidos pelos brasileiros no almoço e no jantar diariamente, junto
com legumes, arroz e feijão (BRASIL, 2014).
32

OLEAGINOSAS

Na tabela seguinte será demonstrada a frequência quanto ao consumo de


oleaginosas, considerando os alimentos mais consumidos pelos crudívoros. Conforme
os resultados obtidos, pôde-se notar que os crudívoros apresentam consumo de
nozes diariamente com 18,18%. A castanha do Brasil é consumida de 1 a 2 vezes
por semana em 22,63% e a castanha de caju de 3 a 4 vezes por em 13,64 %.

Tabela 3. Frequência de consumo de oleaginosas segundo a população estudada.

1 a 2x 3 a 4x 5 a 6x Quinzenal Raramente
Alimento Diário por por por ou nunca
semana semana semana
Nozes 18,18% 9,09% 13,64% 0,00% 31,82% 27,27%
Amêndoas 9,09% 13,64% 9,09% 4,55% 27,27% 36,36%
Avelã 9,09% 13,64% 4,55% 0,00% 13,64% 59,09%
Castanha 13,64% 9,09% 13,64% 0,00% 22,73% 40,91%
de caju
Castanha 18,18% 22,63% 4,55% 0,00% 27,27% 27,27%
do Brasil
Macadâmia 9,09% 4,55% 0,00% 0,00% 9,09% 77,27%

Os alimentos como nozes, castanhas e sementes oleaginosas são fontes


concentradas de nutrientes como gorduras monoinsaturadas, fibras, vitaminas do
complexo B, vitamina E, vitamina A e minerais. O consumo de ômega-9 pode ser
aumentado por meio das sementes oleaginosas, como nozes e linhaça (COUCEIRO,
2008).
A SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira) visa que a dieta equilibrada deve
haver consumo diário de todos os grupos alimentares (cereais, leguminosas,
oleaginosas, amiláceos, legumes, verduras, frutas e óleos), sendo opcional o
consumo de oleaginosas e amiláceos.
De acordo com o Guia Alimentar da População Brasileira (2014) juntamente
com a pirâmide alimentar, indicam o consumo diário, podendo ser distribuído ao longo
do dia em pequenas refeições.
33

LEGUMES E VERDURAS

Os resultados da tabela abaixo equivalem aos grupos de legumes e verduras.


Em relação aos legumes podemos perceber que 31,82% dos participantes consome
cebola, 27,27% consome alho e 36,36% consome tomate diariamente; nota-se
também que 36,36% dos participantes tem hábito de consumir abobrinha verde e
couve flor, 40,91% consome pimentão e 31,36% consome berinjela 1 a 2x por
semana. Já a tabela das verduras analisa-se a frequência e percebe-se que a alface
(32,82%), couve-manteiga (18,18%), o brócolis (13,64%) são consumidos
diariamente; o espinafre (27,27%) e o repolho (27,27%) de 1 a 2x por semana; e o
agrião (18,18%) é ingerido de 1 a 3 vezes por semana.

Tabela 4. Frequência de consumo de legumes segundo a população estudada.

Alimento Diário 1 a 2x 3 a 4x 5 a 6x por Quinzenal Rarament


por por semana e ou
semana semana nunca
Abobora 4,55 % 18,18 % 4,55 % 4,55 % 36,36 % 31,82 %
Abobrinha 9,09 % 36,36 % 22,73 % 9,09 % 13,64 % 9,09 %
verde
Berinjela 0,00 % 31,36 % 0,00 % 9,09 % 9,09 % 50,00 %
Couve flor 4,55 % 36,36 % 9,09 % 0,00 % 18,18 % 31,82 %
Pepino 13,64 % 22,73 % 22,73 % 22,73 % 9,09 % 9,09 %
Pimentão 9,09 % 40,91 % 18,18 % 4,55 % 13,64 % 13,64 %
Cebola 31,82 % 9,09 % 4,55 % 0,00 % 13,64 % 40,91 %
Alho 27,27 % 9,09 % 4,55 % 0,00 % 13,64 % 40,91 %
Tomate 36,36 % 22,73 % 13,64 % 27,27 % 0,00 % 0,00 %

Tabela 5. Frequência de consumo de verduras segundo a população estudada.

1a 3 a 4x 5a Quinze Raramente ou
Alimentos Diário 2x por por 6x por nal nunca
semana semana semana
Alface 31,82 % 13,64% 13,64% 36,36% 0,00% 4,55%
Agrião 9,09% 13,64% 18,18% 13,64% 13,64% 31,82%
Acelga 0,00% 13,64% 13,64% 4,55% 22,73% 45,45%
Couve- 18,18% 36,36% 13,64% 9,09% 18,18% 4,55%
manteiga
Espinafre 9,09% 27,27% 9,09% 0,00% 13,64% 40,91%
Brócolis 13,64% 13,64% 27,27% 0,00% 22,73% 22,73
Alcachofra 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,55% 95,45%
Repolho 4,55% 27,27% 9,09% 0,00% 40,91% 18,18%
34

De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) a


recomendação para o consumo de frutas, legumes e verduras é diaria. Frutas,
legumes e verduras (FLV) são componentes importantes de uma alimentação
saudável e seu consumo adequado é um dos principais fatores de proteção para as
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) (OPAS/OMS, 2003). A promoção do
consumo médio de FLV em nível populacional tornou-se uma prioridade em saúde
pública em vários países na última década. No entanto, no Brasil e em diversos outros
países, evidências sugerem que o consumo de FLV está substancialmente abaixo da
recomendação da OMS (DAMIANI, 2015). Porém dados da POF (2008-2009)
mostraram que essa recomendação não é atingida em 90% da população onde mostra
que a população brasileira não consome quantidades adequadas de frutas, verduras
e legumes. O grupo das frutas, verduras e legumes é a principal fonte fibras e
micronutrienetes destacando-se a presença de compostos com propriedades
antioxidantes e anti-inflamatórias (PIMENTEL, 2014; BRASIL, 2014).
Ao analisar a frequência de consumo alimentar de verduras, observou-se que, a
alface, a couve-manteiga, o agrião, espinafre, brócolis e o repolho são frequentemente
utilizados.
Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira (2014) frutas e verduras
devem ser ingeridas com frequência. Ao analisar em conjunto a pirâmide alimentar,
as verduras devem ser consumidas três vezes diárias.
Em síntese dos resultados, a maioria dos alimentos ofertados são consumidos de
5 a 6x por semana. Ao relacionar as informações, a frequência de verduras deste
grupo é de 2 a 3 vezes diárias, portanto, atende as recomendações do Guia Alimentar
da População Brasileira.
35

SEMENTES

A seguir, apresenta-se a tabela de frequência de consumo referente às


sementes mais consumidas pelos crudivoristas, como a linhaça e chia com 18,18% e
gergelim e semente de girassol com 9,09% diariamente.

Tabela 6. Frequência de consumo de sementes segundo a população estudada.


1 a 2x 3 a 4x 5 a 6x Quinzenal Raramente
Alimentos por
Diário por por ou nunca
semana semana semana
Linhaça 18,18% 18,18% 13,64% 0,00% 9,09% 40,91%
Chia 18,18% 9,09% 9,09% 4,55% 22,73% 36,36%
Gergelim 9,09% 4,55% 22,73% 0,00% 22,73% 40,91%
Semente de 9,09% 13,64% 13,64% 0,00% 18,18% 45,45%
girassol

Através da tabela, notou-se que houve uma porcentagem alta em consumir


raramente ou nunca as sementes como um todo.
O alto consumo diário é devido ao fato de que as sementes (de girassol,
gergelim, abóbora e outras) assim como castanhas (do brasil, de caju, nozes, nozes-
pecan, amêndoas, entre outras) são também boas fontes de proteína, vitaminas e
minerais. Elas podem ser utilizadas como complemento de pratos e em lanches,
assadas e sem sal porque elas já contêm naturalmente grande quantidade de gordura.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).
O Padrão Alimentar de Dietas Vegetarianas (2008) relata que sementes,
cereais integrais e legumes fornecem grande variedade de fitoquímicos (são
compostos químicos produzidos pelas plantas e antioxidantes que reduzem o risco de
doenças cardiovasculares, hipertensão e câncer).
36

FRUTAS
Por meio da pesquisa realizada, mais da metade dos crudívoros fazem o
consumo diário de banana 63,64%%; limão 54,55%; mamão, manga e laranja com
40,91%; melancia e melão com 22,73% e a uva 27,27%, onde as raramente ou nunca
consumidas estão o cupuaçu e a pitaya com 77,27% dos participantes totais. Nota-se
que a presença de frutas é bastante presente.
Tabela 7. Frequência de consumo de frutas segundo a população estudada.

Alimento Diário 1 a 2x 3 a 4x 5 a 6x por Quinzenal Raramente


por por semana ou nunca
semana semana
Abacate 9,09% 22,73% 27,27% 13,64% 13,64% 13,64%
Abacaxi 13,64% 40,91% 9,09% 4,55% 13,64% 18,18%
Acerola 13,64% 22,73% 0,00% 4,55% 9,09% 50,00%
Amora 9,09% 18,18% 4,55% 0,00% 13,64% 54,55%
Banana 63,64% 4,55% 4,55% 27,27% 0,00% 0,00%
Cacau 18,18% 9,09% 4,55% 0,00% 0,00% 68,18%
Caqui 18,18% 18,18% 18,18% 13,64% 9,09% 22,73%
Carambola 13,64% 18,18% 4,55% 0,00% 0,00% 63,18%
Cereja 4,55% 13,64% 4,55% 4,55% 4,55% 68,18%
Coco 13,64% 31,82% 9,09% 22,73% 18,18% 4,55%
Cupuaçu 4,55% 9,09% 0,00% 0,00% 9,09% 77,27%
Figo 9,09% 9,09% 9,09% 0,00% 4,55% 68,18%
Framboesa 4,55% 22,73% 0,00% 4,55 4,55% 63,64%
Goiaba 4,55% 22,73% 9,09% 0,00% 27,27% 36,36%
Jabuticaba 4,55% 31,82% 0,00% 0,00% 4,55% 59,09%
Jaca 4,55% 27,27% 0,00% 4,55% 13,64% 50,00%
Kiwi 18,18% 27,27% 4,55% 0,00% 4,55% 45,45%
Laranja 40,91% 13,64% 13,64% 18,18% 4,55% 9,09%
Limão 54,55% 22,73% 9,09% 9,09% 0,00% 4,55%
Maçã 36,36% 22,73% 9,09% 13,64% 4,55% 13,64%
Mamão 40,91% 18,18% 13,64% 18,18% 0,00% 9,09%
Manga 40,91% 27,27% 18,18% 13,64% 0,00% 0,00%
Maracujá 13,64% 18,18% 13,64% 4,55% 22,73% 27,27%
Melancia 22,73% 36,36% 13,64% 13,64% 13,64% 0,00%
Melão 22,73% 22,73% 22,73% 4,55% 18,18% 9,09%
Morango 13,64% 40,91% 4,55% 4,55 9,09% 27,27%
Pera 13,64% 27,27% 22,73% 0,00% 9,09% 27,27%
Pêssego 9,09% 27,27% 0,00% 0,00% 18,18% 45,45%
Pitaya 4,55% 9,09% 0,00% 0,00% 13,64% 72,73%
Romã 9,09% 4,55% 4,55% 0,00% 4,55% 77,27%
Tâmara 13,64% 22,73% 22,73% 0,00% 18,18% 22,73%
Tangerina 18,18% 27,27% 18,18% 4,55% 0,00% 31,82%
Uva 27,27% 36,36% 22,73% 0,00% 4,55% 9,09%
37

De acordo com o Guia Alimentar de Dietas Vegetarianas (2012) o abundante


consumo de frutas têm sido constantemente associado a um menor risco de
aparecimento de doenças e em alguns casos a um aumento da expectativa de vida e
um notável estado de saúde (SABATÉ, 2003).
Dentro do Crudivorismo existe outra vertente conhecida como o Frugivorismo,
onde os mesmos visam o consumo dos alimentos integralmente crus, tendo como
característica uma dieta crudívora, vegana e hipolipídica baseada em frutas e vegetais
frescos (CORASSA, 2012). Ou seja, a dieta dos praticantes do crudivorismo também
está associada a um consumo de frutas ligueiramente significativo, por conta desse
fator optamos por colocar mais variedade desse determinado grupo alimentar pela
incidência do mesmo se fazer bastante presente.
38

DIVERSOS

A tabela abaixo relata a porcentagem da frequência de consumo de


diversos alimentos. A pimenta do reino (9%) e sal marinho (31,82%) consumidos
diariamente tiveram destaque, já que o restante dos alimentos não foram
consumidos com grande significância.

Tabela 8. Frequência de consumo de diversos segundo a população estudada.

1 a 2x 3 a 4x 5 a 6x Quinzenal Raramente
Alimentos Diário por por por ou nunca
semana sema semana
na
Mel 9,09% 0,00% 4,55% 0,00% 0,00% 86,36%
Vinagre de 4,55% 9,09% 0,00% 0,00% 4,55% 81,82%
maçã
Pimenta 9,09% 0,00% 4,55% 0,00% 4,55% 81,82%
do reino
Sal 31,82% 9,09% 4,55% 4,55% 0,00% 50,00%
marinho
Óleo de
gergelim 18,18% 0,00% 9,09% 0,00% 4,55% 68,18%
(oliva ou
açafrão)

Nas recomendações do Dr. Eric Slywitch (2012) no Guia Alimentar de


Dietas Vegetarianas da Sociedade Vegetariana Brasileira e o Pirâmide do Guia
Alimentar para Vegetarianos da Universidade de Loma Linda, os óleos e gorduras
vegetais devem ser consumidos, com prioridade, sendo fontes de ácidos graxos
poli (ômega 3) e monoinsaturados.

Sendo a recomendação do Guia Alimentar para a População Brasileira


(2014) usar sal e gorduras vegetais em pequenas quantidades para temperar
preparações diárias. O sal marinho (obtido da evaporação da água do mar, por
isso é considerado mais puro que o refinado) pode ser usado desde que não
ultrapasse a recomendação diária de 2400mg de sódio (WHO, 2012).
39

7. CONSIDERACÕES FINAIS

Pode-se concluir que dentre os grupos alimentares apresentados no trabalho em


questão aqueles que tiveram consumo frequente foram as frutas, legumes e oleaginosas.
Um aspecto a ser ressaltado é a baixa ingestão de cereais, raízes e tubérculos e diversos
(sais, óleos e pimentas). Partindo do ponto onde a dieta crudívora tem como base a
ingestão de alimentos crus, um grupo alimentar muito importante e mais ingerido são as
frutas, tendo em vista que as mesmas são muito práticas no quesito transporte e
consumo. Dentre elas a banana, limão, laranja, mamão, manga, maçã, melancia e o
melão apresentam o maior percentual de consumo pela sazonalidade ser o ano todo.
Em relação às práticas alimentares, os participantes utilizam os processos de
germinação e fermentação para a melhor digestibilidade de determinados alimentos, tais
como: cereais e leguminosas. Outro aspecto importante é a ausência de suplementação
alimentar pelo grupo estudado, uma vez que o perfil da dieta é restritiva, sendo essencial
o acompanhamento dos indivíduos crudívoros por profissional especializado a fim de
garantir às necessidades nutricionais através de uma dieta equilibrada.
Comparando a dieta crudívora com a dieta onívora, de acordo com os documentos
referenciados neste trabalho, nota-se uma baixa frequência de consumo para cereais,
raízes e tubérculos, sementes e leguminosas.
Em relação à germinação esta é uma prática alimentar presente para o público
crudívoro em relação ao onívoro, sendo os principais alimentos cereais e leguminosas
germinados.
Vale ressaltar que este trabalho teve como objetivo incentivar as pesquisas sobre o
público estudado, visto que não se encontra muitas referências sobre o crudivorismo,
outro aspecto a ser notado foi a dificuldade de contato com os praticantes dessa prática
alimentar, deixando-o assim em aberto para novas pesquisas que posteriormente
possam surgir.
40

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World Health Organization (WHO), 2012.
44

APÊNDICE 1 - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

A JUSTIFICATICA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: O motivo que nos


leva ao estudo deste trabalho teve iniciativa ao identificar que o vegetarianismo tem
se tornado cada vez mais popular em todo o mundo e existem diferentes motivos
para a adoção de uma dieta vegetariana. A prática do crudivorismo é algo incomum
no ocidente, tendo em vista que existem poucos materiais acadêmicos desse
assunto. Por ser algo inovador, esse trabalho pode contribuir com novos conteúdos
para que cada pessoa possa selecionar sua dieta da forma que compete sua rotina.
Portanto torna-se necessário analisar a dieta de praticantes de crudivorismo. O
procedimento de coleta de dados será através de questionário, onde os praticantes
do crudivorismo indicarão a composição habitual da sua alimentação.
DESCONFORTOS E RISCOS E BENEFÍCIOS: A pesquisa não acarreta riscos ou
desconfortos ao participante.
GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE
SIGILO: Você será esclarecido(a) sobre a pesquisa em qualquer aspecto que desejar.
Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a
participação a qualquer momento. A sua participação é voluntária e a recusa em
participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios. Os
pesquisadores tratarão a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Os
resultados da pesquisa serão enviados para você e permanecerão confidenciais,
sendo utilizado apenas em caso de publicação científica. O seu nome ou o material
que indique a sua participação não será liberado sem a sua permissão. Uma cópia
deste consentimento informado será arquivada no Curso Técnico em Nutrição e
Dietética da Etec Mandaqui do Centro Paula Souza e outra serão fornecidas a você.
CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO POR
EVENTUAIS DANOS: A participação no estudo não acarretará custos para você e não
será disponível nenhuma compensação financeira adicional em caso de haver gastos
de tempo, transporte, alimentação entre outros. DECLARAÇÃO DA PARTICIPANTE
OU DO RESPONSÁVEL PELA PARTICIPANTE: para indivíduos vulneráveis como
crianças, adolescentes, presidiários, índios, pessoas com capacidade mental ou com
autonomia reduzida devem ter um representante legal, sem prejuízo de sua
autorização. Fui informada (o) dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e
detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar
45

novas informações e motivar minha decisão se assim o desejar. A professora


orientadora Barbara Ferreira de Mello Barreto Leales e a professora co-orientadora
Ana Cristina Gonçalves de Azevedo Figueiredo certificaram-me de que todos os dados
desta pesquisa serão confidenciais. Também sei que caso existam gastos adicionais,
estes serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa. Em caso de dúvidas poderei
chamar os estudantes Fatima Nina Zegarra, Gabrielle de Andrade Rego e Silva, Higor
Alexandre Oliveira, Jhonas Ferreira Siqueira, Julia Gonçalves de Oliveira ou Lorelin
Lina Ruiz Coaquira a professora orientadora Barbara Ferreira de Mello Barreto Leales
ou a professora co-orientadora Ana Cristina Gonçalves de Azevedo no telefone (11)
2973-8755 ou a Instituição de Ensino do Centro Estadual de Educação Tecnologia
Paula Souza, ETEC Mandaqui, sito à Rua Dr.Luis Lustosa nº 303, CEP: 02406-040 -
São Paulo/SP.
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APÊNDICE 2- MODELO DO QUESTINÁRIO


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