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INSTRUMENTA
ÇÃO CIRÚRGICA
CURSO DE FORMAÇÃO EM INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
O HOSPITAL
A palavra hospital deriva da palavra latina “hopes”, que significa hóspede.
Numa conceituação muito ampla podemos afirmar que doente é todo o indivíduo
portador de uma doença e paciente é todo indivíduo submetido a tratamento e
observação. Todo doente deve ser conceituado à luz das características gerais do ser
humano, acrescentando-se a isto sua situação de portador de uma doença. Doente é,
pois, aquele que ao lado da problemática humana associa a problemática de
enfermidade tanto do ponto de vista biofísico, como psicológico.
Funções do Hospital
Classificação
Clínicos
Administrativos
Particulares
Organização
Admissão
São vários os fatores que vão influenciar o paciente nas suas impressões, boas ou
más.
Devemos tratar o paciente como pessoa humana, que tem suas preferências e
suas aversões. O paciente deve ser recebido no hospital com toda a cordialidade e
atenção. A primeira impressão que o paciente tem é sempre de grande importância para
inspirar-lhe confiança no hospital e no tratamento que ali vai receber. Da maneira como
ele é recebido na enfermaria depende o seu ajustamento ao meio, fator indispensável à
recuperação da saúde. Quando agimos desta maneira, o paciente sente-se estimulado a
colaborar com todos os tratamentos, por mais cruciantes que estes sejam.
Este bom acolhimento influirá também nos seus familiares ou pessoas que o
acompanham.
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Prontuário
O prontuário constitui uma soma total de todos os relatórios, quer médicos, quer
da enfermagem, que de origem administrativa, usados durante a estada do paciente no
hospital. Os relatórios são compilados durante a estada do paciente, e após a alta são
arquivados na seção de arquivo médico.
Unidade do paciente
Cama;
Escadinha;
Colchão;
Travesseiros;
Roupas;
Mesa de cabeceira;
Cadeira.
Alta
Na despedida o paciente deve merecer a mesma atenção que lhe foi dispensada
no momento da admissão. As últimas impressões, como as primeiras, são as que ficam.
Todos devem regozijar-se com o paciente, pelo fato de poder voltar à casa tratando, não
só a ele, como ais seus familiares, como hospedes que se despedem.
O PACIENTE
O paciente que adentra ao hospital, e em particular o paciente cirúrgico,
necessita ser tratado com amabilidade, pois considera sua operação como algo
transcendental. Do trato que lhe dermos dependerá em grande parte, a tensão emocional
que traz consigo.
Seu nome deve ser recordado por todos, e por ele chamado.
Aspectos do Paciente
iluminar de esperanças as fisionomias; sua missão é a de salvar a alma que tem diante
de si.
Entretanto, todo o pessoal do hospital ainda que em grau diferente, deve zelar
pelo bem espiritual do enfermo.
SOCIAL – fatores físicos, sociais e psicológicos têm íntima relação com a saúde
e a doença.
Todo indivíduo normal tem medo da dor. O medo da dor é tão generalizado, que
quem não o sente é tido como anormal; há diferenças entre sexos a respeito da dor. A
mulher, muitas vezes, é mais idealista e por isso suporta com mais facilidade crises a
respeito da dor. A mulher, muitas vezes, é mais idealista e por isso suporta com mais
facilidades crises dolorosas intensas. O homem é mais realista e não suporta
determinadas crises de dor.
O temor da enfermidade não está baseado apenas na dor que aquela lhe acarreta,
mas, também, no temor da morte ou da invalidez que ela possa determinar.
A CIRURGIA
A cirurgia é a ciência e arte, e como tal deve ser aprendida. Como todas as artes,
exigirá um aprendizado manual paciente e bem conduzido; como ciência, é a renovação
dinâmica e constante de preceitos e conceitos em função de sua própria evolução.
Diérese;
Hemostasia;
Exérese;
Síntese.
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O termo cirurgia significa trabalho com as mãos, uma vez que em grego o
vocábulo cirurgia é formado por Kein (mãos) e Ergon (trabalho). De acordo com Alves
(1974), existe também a doutrina de que cirurgia derive de Chiron, o centauro
benfazejo, a quem se confiou a educação de Aquiles.
A concepção moderna de cirurgia está muito distante da que era realizada pelos
cirurgiões-barbeiros da Idade Média, cujas operações eram tão frequentemente
acompanhadas de complicações que os cirurgiões, muitas vezes, operavam e
desapareciam (BELAND & PASSOS, 1979).
Porte II - de 2 a 4 horas;
3° tempo – Incisão cirúrgica – aqui é feito o corte na pele e/ou musculatura para
que o cirurgião tenha acesso a área ou órgão a ser operado.
INSTRUMENTADOR CIRÚRGICO
Legislação
7. Entregar o instrumento que, por sinais manuais possa fazer o cirurgião, de modo
que o ato operatório se faça silencioso e admirável.
TERMINOLOGIA CIRÚRGICA
Os termos cirúrgicos são designados por prefixos, ou palavras que assinalam o
órgão, e por sufixos que indicam o ato cirúrgico realizado tais como: (PARRA, SAAD,
2000, SENAC, 1996; ROSA, 2009; CARVALHO, BIANCHINI, 2007).
Afixos: constituídos de prefixos e sufixos, partes que podem ser acrescidas antes
e após a raiz. Na nomenclatura cirúrgica, então, a raiz significa o segmento anatômico e
os afixos a intervenção cirúrgica a ser realizada.
SUFIXO SIGNIFICADO
Anastomose Formação de passagem entre dois órgãos.
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Centese Punção.
Clise Fechamento.
Dese Ação de ligar, fixação, fusão.
Ectomia Extirpação, excisão, remoção parcial ou total.
Lise Dissolução, liberação.
Pexia Fixação de um órgão.
Plastia Alteração da forma e ou função de um órgão.
Ráfia Sutura.
Visualização do interior do corpo em geral por meio de
Scopia
aparelhos com lentes especiais.
Síntese Composição.
Stasia Detenção, parada.
Abertura de uma nova boca, exteriorização de um órgão
Stomia
para drenagem.
Strofia Torção.
Tomia Abertura de um órgão.
Tripsia Esmagamento.
PROCEDIMENTO VISUALIZAÇÃO
Artroscopia Articulação
Broncoscopia Brônquios
Cistoscopia Bexiga
Colonoscopia Cólons
Colposcopia Vagina
Duodenoscopia Duodeno
Endoscopia Órgãos internos
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Esofagoscopia Esôfago
Gastroscopia Estômago
Laringoscopia Laringe
Laparoscopia Cavidade abdominal
Sigmoidoscopia Sigmóide
Ureteroscopia Ureter
Uretroscopia uretra
APARELHO FINALIDADE
Artroscópio Artroscopia
Broncoscópio Broncoscopia e laringoscopia
Cistoscópio Cistoscopia, uretroscopia e ureteroscopia
Colposcópio Colposcopia
Colonoscópio Colonoscopia
Endoscópio digestivo Esofagoscopia, gastroscopia, duodenoscopia
Laringoscópio Laringoscopia
Sigmoidoscópio Sigmoidoscopia
QUADRO 9 - Principais procedimentos cirúrgicos para ABERTURA com
sufixo TOMIA OU STOMIA
INFEÇÃO
A pela é o revestimento externo do corpo, considerado o maior órgão e tem
como uma de suas funções proteger o organismo da penetração de microrganismos
existentes no ar, agua e nos objetos.
- Condições físicas;
- Condições emocionais.
- Internação;
- Procedimentos invasivos.
Máscara Cirúrgica
- Características: ser confortável, ter boa adaptação, não tocar nos lábios e ponta
do nariz, não ser irritante, não ter odor e possuir alta eficiência de filtração.
Gorro/Touca
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Propés ou Sapatilhas
Luvas Cirúrgicas
Retirada das luvas pelo avesso, evitando contato da pele com as superfícies
externas, contaminadas.
Substituição das luvas por instrumentos de preensão como pinça cheron, sempre
que possível. Por exemplo, ao separar roupas, compressas e luvas.
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Evitar tocar as luvas em locais comumente tocados por mãos sem luvas, como
maçanetas, portas, carros de equipamentos anestésicos.
Aventais cirúrgicos
Campos Cirúrgicos
TÉCNICAS DE ESCOVAÇÃO
Anti-sepsia Cutânea
Embora não se conheçam efeitos adversos de seu uso em adultos, foram todavia,
descritos efeitos tóxicos em condições especiais de uso, sobretudo em crianças
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Deixa na superfície da pele uma camada ativa que lhe confere ação residual, que
todavia é removida com uma única lavagem com sabão comum ou pela imersão no
álcool (ZINTEL, 1956).
Embora alguns autores tenham sugerido o uso dos anti-sépticos sem escovação
(GRAVENS e col., 1973; GALLE e col., 1978), para assepsia pré-cirúrgica é
imprescindível o uso da escova, pelo menos por um curto período, a fim de remover
parte da flora residente, restos de queratina depositada em sulcos naturais da pele e
destruição da camada gordurosa, que permite a atuação dos antissépticos sobre o
restante dos microrganismos (PRICE, 1938; JORESS, 1962; LOWBURY & LILLY,
1960).
Uma vez abertas as torneiras, o que pode ser feito por meio de alavancas, com as
mãos ainda não escovadas, através de botões acionados com o pé, ou por células
fotoelétricas, regula-se a temperatura da água.
Isto é de importância capital e será seguido durante todo o processo, com o que
se evita que a solução já contaminada ao nível dos cotovelos escorra sobre a “área
nobre”.
Molhada a área a escovar, ensaboa-se cada braço com a mão oposta como se
fora uma simples lavagem higiênica e novamente se retira o sabão ou degermante anti-
séptico, escorrendo a água no sentido mãos-cotovelos.
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Pega-se então uma escova esterilizada que se ensaboa, assim como toda a área
de pele a ser tratada, e começa-se a escovação por uma das “áreas nobres”. (mão e
punho).
Contatos acidentais momentâneos das mãos molhadas com algum objeto limpo
não esterilizado (vestuário, torneira, etc.), durante o processo de degermação,
acontecem algumas vezes, todavia seu potencial de contaminação é desprezível (PRICE,
1938) e o processo pode continuar normalmente.
Por outro lado, a escovação sendo feita por áreas e da forma metódica já descrita
enseja a possibilidade de se estabelecer como critério um número determinado de
passagens da escova em cada área.
Com as mãos levantadas acima dos cotovelos e a água escorrendo por estes,
vamos completar a anti-sepsia com álcool a 70% ou solução alcoólica iodada, sobretudo
se a escovação foi realizada com sabão comum.
O tempo de contato da pele com a solução alcoólica deve ser de 2 minutos para
se obter anti-sepsia adequada (PRICE, 1950; KING & PRICE, 1963), se a escovação foi
feita com sabão.
Não mais podemos enxugar partes nobres deste membro com essa face da
compressa.
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Esta, ainda segura pela mesma mão, é virada, ajeitada e passada à mão já enxuta,
que a segura pela mesma face utilizada anteriormente para o seu enxugamento.
Quando o anti-séptico final por uma solução alcoólica como a iodada, pode-se
dispensar o enxugo com a compressa, permitindo que a evaporação do álcool deixe o
elemento desinfetante depositado sobre a pele, aproveitando assim sua ação residual.
PVPI degermante
laterais
PARAMENTAÇÃO
Colocação do avental
Ele vem dobrado de tal forma que ao se pegar em duas pontas especialmente
ajeitadas e deixando-o desdobrar-se por ação da gravidade, ficamos com ele na nossa
frente em posição de ser vestido.
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Seguro com ambas as mãos, estas são introduzidas ao mesmo tempo nas
respectivas mangas, enquanto a enfermeira da sala traciona para trás o avental,
segurando-o pelo lado interno.
Hoje em dia usam-se, cada vez com maior frequência e sobretudo nas grandes
operações que necessitam de maior número de assistentes e mesas auxiliares, aventais
“envolventes”, que protegem também o dorso de quem os veste.
Sem cinto, possuem a mais que anteriores uma aba ou opa, de formato
triangular, cuja base é a própria borda direita do avental. Seu ápice vem amarrado em
um cordão anterior.
Vestido do mesmo modo que os aventais simples e após amarradura dos cordões
posteriores pela enfermeira, o cirurgião solta a laçada anterior, liberta a ponta da opa e
passa-a por trás de seu corpo, amarrando-a de novo no mesmo cordão anterior, só que
pelo lado oposto e após ter-se envolvido completamente no avental.
Por este motivo os punhos, não sendo feitos dos mesmo tecido do restante do
avental, devem ficar sempre bem protegidos debaixo das luvas.
Para evitar que durante a operação eles se desloquem para cima e para fora da
proteção das luvas, os punhos da maioria dos aventais apresentam uma alça de cadarço,
que os prende aos polegares.
Uma das substância ainda usada para este fim em nosso meio tem sido o talco.
Pré-talcadas em seu interior, podem também apresentar-se acompanhadas por uma gaze
dobrada, contendo o talco com que se empoam as mãos.
Todavia, deve-se ter o cuidado de evitar que ele se deposite nas mesas de
instrumentos, sobre os campos ou incisão cirúrgica. As luvas devem ser enxugadas em
água esterilizada logo após serem calçadas. Além de ser de difícil esterilização, o talco é
inorgânico e não absorvível, constituindo um corpo estranho para os tecidos,
provocando a formação de granulomas, aderências e processos inflamatórios
inconvenientes.
Por esse motivo, o talco foi substituído (LEE & LEHAMAN, 1947), em alguns
países em caráter compulsório, por um lubrificante orgânico, absorvível pelo
organismo, derivado do amido de milho quimicamente modificado (Biosorb 60). Este
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As luvas vêm dispostas na embalagem com o punho virado para fora, de forma
que podem se manejadas utilizando a aparte exposta de sua face interna.
Com a mão ainda despida, pega-se a outra luva também pelo punho, enfiam-se
os dedos da mão já calçada na dobra do punho e pela face palmar e calçar-se a outra
mão.
Só agora, com ambas as mãos calçadas, são ajustadas as luvas. Primeiro ajeitam-
se os dedos e depois cobre-se o punho do avental com a própria luva.
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Ao final da operação ambos, avental e luvas, devem ser retirados de forma que
suas superfícies externas contaminadas não toquem a pele ou as roupas de circulação do
centro cirúrgico.
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Umas das mãos enluvada pega a outra luva pelo lado externo, descalça-a e
mantém-na segura na ponta dos dedos. A mão sem luva pega agora a outra pelo lado
interno e descalça por sobre a primeira de forma que ambas, unidas por telescopagem
parcial, são desprezadas com suas faces externas contaminadas viradas para dentro.
Compressas cirúrgicas são também usadas, por cima dos campos anteriores (1°
campo ou campo pele), protegendo as bordas das incisões (2° campo ou campo de
borda) e no interior de cavidades, isolando órgãos e servindo de suporte para o
afastamento das vísceras vizinhas (3° campo ou campo de profundidade).
Além dos 2 campos que cobrem as mesas auxiliares, a cirurgia abdominal exige
mais 8 campos.
O duplo, colocado nas pernas do paciente, tem sua folha superior levantada pelo
cirurgião e assistente.
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As laterais e o lado oposto das mesas podem ter sido tocados inadvertidamente
pelas vestes das circulantes e estariam, portanto, contaminadas.
Isto será feito somente após as mesas auxiliares terem sido colocadas em suas
posições a fim de facilitar este procedimento.
A fixação dos campos entre si e com a pele do paciente pode ser feita com
pinças de campo (“backhaus”) ou com pontos de fio grosso. Mais adiante mostraremos
como fazê-lo.
Ficados entre si por pinças de Backhaus nos quatro ângulos, limitam deste modo
uma área do períneo aproximadamente retangular, onde se pode incluir ou excluir tanto
a vagina quanto o Ânus, pelo deslocamento vertical dos campos superior ou inferior,
respectivamente.
As mesas devem ser protegidas com uma folha de borracha que, ao mesmo
tempo que amortece o choque dos instrumentos com o tampo metálico, impermeabiliza
a cobertura da mesa que, se molhada inadvertidamente por soro ou secreções, perderia
seu poder de barreira anti-bacteriana, com possibilidade de contaminação dos objetos
sobre ela colocados.
A folha de borracha pode vir enrolada em um único campo que, dobrado sobre sí
mesmo, protege-a completamente.
Área 1 – Coloca-se o bisturi com a lamina para baixo e o corte para a esquerda.
Certas operações requerem tipos especiais de bisturis (lâminas).
ponta da agulha aponta para cima a fim de não furar o pano da mesa e não se
contaminar.
Área 11 – Uma compressa dobrada, que segura fios pré-cortados como seda ou
algodão, e sobre ela os outros tipos de fios e agulhas.
Área 1 – Coloca-se uma tesoura, em geral reta, com a qual o assistente contará
fios.
Área 2 – Ficam as pinças, em regra, uma com “dente de rato” e a outra sem
dentes.
Neste caso o auxiliar, além de montar sua mesa da forma já apontada, montará
também a mesa do cirurgião de forma que este possa assumir também as funções de
instrumentador.
Portanto, a regra acima apontada ainda é válida e a mesa ficará assim arrumada.
O bisturi será colocado com o cabo para baixo e o corte virado para a esquerda.
DEGERMAÇÃO
Princípio básico de técnica cirúrgica: tudo que entre em contato com a incisão
deve estar isento de germes.
As glândulas e ductos sudoríparos têm poucas bactérias por ser o suor uma
solução ligeiramente ácida e bactericida, e pelo constante fluxo de dentro para fora
(PRICE, 1938).
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De acordo com os conceitos de PRICE (1938) a flora bacteriana da pele pode ser
classificada em flora de transição e flora residente.
Felizmente a flora residente é usualmente de baixa virulência a não ser que lhe
seja facilitada a entrada no organismo por uma solução de continuidade na barreira
cutânea (STEERE & MALLISON, 1975).
Anti-sepsia na enfermaria
A tricotomia da área a operar deverá ser feita pela manhã, antes de transportar o
paciente para o centro cirúrgico e não na véspera. Os pequenos cortes deixados pela
gilete, as vezes quase imperceptíveis, são colonizados por bactérias e após várias horas
são focos importantes de contaminação.
A área a depilar deve ser ampla o suficiente para permitir margens adequadas em
torno do campo operatório. Lembrar da necessidade que muitas vezes existe de
prolongar a incisão ou colocar drenos.
Após ser enxuta com compressa esterilizada, a área cirúrgica é tratada com um
anti-séptico que tenha ação residual como a tintura de iodo ou a iodopovidona.
O assistente preparará vários “pinceis” com três ou quatro gazes que deverão ser
dobradas de forma a não ficarem com pontas pendentes, que possibilitam o gotejamento
do anti-séptico.
Isto evita que, por descuido, a luva esterilizada de quem “pinta” entre em contato
com a pele ou vestes do paciente.
Isto feito, despreza-se tal gaze, coloca-se uma nova na pinça e processe-se da
mesma maneira na metade do abdome.
Esta regra deve ser seguida para qualquer região do corpo: começar a anti-sepsia
sobre a área da incisão em movimentos paralelos, do centro para a periferia. O primeiro
risco, como se fora a própria incisão, divide o corpo em duas metades. Usar uma gaze
para cada hemicampo e nunca repassá-la sobre áreas já “pintadas”.
negada por alguns autores. Contudo, seu uso tem-se mostrado útil para isolar a área de
incisão de reservatórios bacterianos como colostomias e fístulas.
Estes fatos justificam a atenção redobrada que se deve dispensar a esta tarefa,
visando reduzir ao mínimo o número de bactérias e seu acesso à ferida cirúrgica.
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A EQUIPE CIRÚRGICA
fio ou enxugar o sangue que se acumula. Se assim fizer, as vísceras cairão por sobre a
área que se opera e a visão se perderá, estabelecendo-se a desordem. Perde-se a
eficiência e gasta-se tempo. Nesses momentos, é a instrumentadora que funcionará
como 2º auxiliar, enxugando, cortando fios ou apresentando pinças.
Deve ser gentil e amável, respeitar e acatar as ordens do cirurgião e auxiliar, por
serem eles os responsáveis pela intervenção.
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Capítulo II, Art. 8. São deveres do enfermeiro: Parágrafo 2º. – manter segredo
sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional, e
exigir o mesmo comportamento do pessoal sob sua direção; Parágrafo 7º. – respeitar o
natural pudor e a intimidade do cliente.
Capítulo IV, Art. 21. O enfermeiro trata os colegas e outros profissionais com
respeito e cortesia.
Seu nome deve ser recordado por todos, e por ele chamado. Poucas coisas são
tão desagradáveis como ouvir, com referencia a um doente, a “úlcera gástrica” ou “o
número tal”.
Seus componentes adotam sempre uma disposição fixa, que raramente varia e
que constitui um fator importante para a sistematização dos movimentos e manobras
cirúrgicas.
O cirurgião, enquanto opera, não deve desviar sua atenção do campo operatório
e, para se comunicar com a instrumentadora, faz-se mister que se enquadre mentalmente
no conjunto cirúrgico e desenvolva o reflexo de esticar o braço direito para receber ou
lhe entregar os instrumentos.
Chamamos a atenção ainda para a mesa do auxiliar colocada no seu lado direito
e não nas costas, o que facilita a pegada de qualquer instrumento sem que se desvie
demasiadamente do campo operatório.
Nestas circunstâncias, será seu próprio instrumentador e por isso a mesa fica à
sua direita com os instrumentos em posição invertida, conforme já visto na montagem
das mesas.
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Posicionamento Cirúrgico
Devemos atentar também ao posicionamento correto dos pés e aos olhos que
podem ficar entreabertos e em contato com os campos cirúrgicos, à genitália masculina
e às mamas, nas mulheres.
Nessa posição o paciente fica deitado sobre o lado não afetado, oferecendo
acesso à parte superior do tórax, à região dos rins e à parte superior do ureter. Há
necessidade de observar a segurança do paciente, devendo ser usados mecanismos de
proteção para evitar a queda do paciente e também para a manutenção da posição
adequada, tais como o uso de cito protetor na altura da crista ilíaca (SOBECC, 2009).
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Manter a cabeça voltada para o lado com uma cânula de Guedel na boca
(quando submetidos a anestesia geral) sempre que for possível, quando o
paciente permanecer em decúbito dorsal, a fim de prevenir aspiração de
secreções.
INSTRUMENTAIS
São instrumentos de corte, representados pelo bisturi d cabo móvel e cabo fixo e
tesouras dos mais variados tipos e tamanhos. Devem ocupar na mesa do instrumentador,
o lugar de maior proximidade do instrumentador, sempre exigindo menor esforço para
chegar à mão do cirurgião.
Os bisturi móvel pode ser de vários tipos e tamanhos, mais os principais são o
cabo n°3 e cabo n°4.
Este grupo é formado por pinças destinada a fazer parada do fluxo sanguíneo ou
hemostasia. São de variados tipos e tamanhos. Exemplo:
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Kelly – pode apresentar a ponta reta ou curva, sem dente e com ranhura até o
meio.
Crile – pode apresentar a ponta reto ou curva, sem dente e com ranhura até o
final.
Mixter – pinça com ponta curva acotovelada encontrada nos tamnhos com 17cm,
cm, e 24 cm.
Heiss – pinça longa (20 cm), com a ponta curva ou reta, delicada, com ranhuras
ou estrias até o final.
Faure – pinça hemostática forte com ponta reta ou curva e dente de rato.
Pinça Adson – é pequena com ponta fina e delicada, podendo apresentar ou não
dente de rato.
Pinças Goivas
são: Sacabocados de vários tipos (Luer, Jansen, ...), Curetas de vários tipos (Bruns,
Volkmann, Buck, ...) e Serra de Gigli.
Cureta Bruns
Pinça Mathieu
Pinça Faure
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Pinça Duval
Este grupo é constituído por pinças destinadas à fixação dos campos estéreis, na
delimitação da área operatória (2° tempo), na borda da ferida cirúrgica. Faz ainda parte
deste grupo a pinça usada para anti-sepsia. Exemplo:
Grupo 7 – Afastadores
Como o próprio nome indica, são utilizados para afastar tecidos e músculos,
pelo1° assistente, e devem ser arrumados em mesa auxiliar. Os menores são usados em
... estruturas superficiais, e os maiores servirão no afastamento das estruturas profundas.
Exemplos:
Farabeuf, Volkmann
São estes instrumentos básicos de cirurgia geral, que procuraremos mostrar neste
capítulo, os outros, específicos para tempos particulares de cada operação, ficarão sendo
conhecidos a medida que forem aparecendo na prática diária.
Todos os instrumentos devem ser manipulados com cuidado a fim de não serem
danificados por uso indevido.
Tesouras delicadas não devem ser usadas para seccionar fios grossos ou gazes e
compressas, por perderem rapidamente seu corte.
Eletrotermocautério
Ato contínuo, a instrumentadora pega o bisturi pelo cabo junto à lâmina e pelo
seu lado não cortante, descreve um arco de círculo e deposita o cabo na mão do
cirurgião. Este, que recebe com a borda cortante da lâmina para cima, descreve agora
um arco de círculo em sentido contrário, com isso aproximando a lâmina da pele.
CURSO DE FORMAÇÃO EM INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
E instrumentadora toma-a de sua mesa com a ponta virada contra a face palmar
da mão, aperta-a entre o polegar e o indicador fletidos ao máximo, com a mão em
pronação (virada para baixo) fará um movimento circular no plano horizontal,
colocando-a com certa pressão na mão aberta do cirurgião.
Vez por outra o cirurgião precisará usar tais pinças com a ponta para cima. Neste
caso ele mesmo se encarregará de corrigir sua posição.
A flexão máxima do polegar e indicador é importante para que estes dedos não
fiquem presos junto com o instrumento na mão do cirurgião.
Para ser entregue, a instrumentadora deverá ter o máximo cuidado para que suas
pontas não lhe rasguem a luva. Assim, será tomado da mesa com a mão direita e seguro
entre os dedos médio e anular, com as pontas saindo por trás destes. O movimento de
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A agulha deve ser colocada bem na ponta do porta-agulhas, com sua ponta
virada para a esquerda (sentido do ponto: da direita para esquerda ) e presa ligeiramente
atrás de sua porção média.
Troca-se de mão, pois o porta-agulhas é entregue por sua base, sendo seguro
entre o polegar e indicador direito com a agulha virada pra cima e para a direita e o fio
caindo sobre a mão. O movimento é o mesmo, circular no plano horizontal e coma mão
em pronação.
Este instrumento, que repousa na mesa do assistente, é por ele tomado por seus
ramos e colocado na incisão cirúrgica, conforme veremos adiante.
FIOS – Fio em carretel pede-se com a mão estendida em supinação (palma para
cima) e as pomtas dos dedos fletidas.
Fio solto, pré-cortado, pede-se com a mão em pronação (palma para baixo) e
dedo ligeiramente fletidos. A instrumentadora, num movimento de baixo para cima e
segurando o fio pelas extremidades, coloca-o atrás dos dedos do cirurgião, com certa
pressão para que ele o perceba.
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AGULHAS E FIOS
Agulhas
Nas agulhas com fundos fixos, o fio é introduzido em seu orifício, como nas
agulhas de costura. Já nas agulhas com fundo falso o fio é introduzido no canal, sob
pressão. Atualmente, a maioria dos fios já vem agulhado de fábrica, havendo uma
preferência dos cirurgiões por este tipo de fio, que são mais práticos e traumatizam
menos os tecidos.
Fios
ABSORVÍVEIS – são produzidos com material que pode ser eliminado pelas
células e líquidos corporais, durante e após a cicatrização dos tecidos. Eles são de dois
tipos:
Categut simples – é o que não sofre nenhum tratamento que altere seu período
de absorção, cuja perda da resistência se da por volta do 5° ou 6° dia e a absorção total
de 15 a 18 dias.
CURSO DE FORMAÇÃO EM INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
A apresentação tanto o simples como o cromado podem ser sertix (montado com
agulhas na ponta) ou de “rolinho”. Quanto ao diâmetro tanto o simples quanto o
cromado a numeração vai de 0 a 7-0, que são mais fino, e de 1 a 2m que são mais
grossos.
Classifica-se quanto a:
Classifica-se quanto a:
Aço Inoxidável - como o próprio nome indica, é fabricado com aço inoxidável, e
constitui material de sutura que produz baixa reação tissular. Ex: Aciflex é feito de aço,
sua formula é 316L, pode aparecer montado ou não.
Quanto à espessura dos fios cirúrgicos, há uma grande variedade com que são
encontrados; respeitando uma escala numérica para sua identificação:
Por outro lado, os fios com numeração abaixo de zero ou com muitos zeros são
mais finos do que ele (2-0, 3-0, ou 00, 000). Assim, quanto mais zeros na numeração
mais fino é o fio.
Observe que depois de 000 não se repete mais os zeros para representar, usando-
se apenas 4-0, 5-0, 6-0, para facilitar a leitura da embalagem.
CURSO DE FORMAÇÃO EM INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
DRENOS E SONDAS
CURSO DE FORMAÇÃO EM INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA
Drenos
Dreno de kher ou em T;
Dreno de Suctor;
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Dreno de Black;
Dreno de Sheller;
Dreno de tórax.
Sondas
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São usadas tanto em clínica médica como em clínica cirúrgica, com objetivo de:
Esvaziar cavidades;
Lavagens;
Alimentação;
Hemostasia.
Classificam-se em:
Sonda de aspiração;
ter uma compressa na mão esquerda para limpar os instrumentos que recebe com a
direita. Após utiliza-la, jogá-la-á no hamper.
Deve-se instruir a circulante de sala para que não coloque compressas ou gazes
sobre a mesa de instrumentação, o que atrapalha o trabalho da instrumentadora. Elas
deverão ser colocadas sobre as pernas do paciente ou na mesa do assistente, no espaço
para isso reservado.
Deve-se instruir a circulante de sala para que não coloque compressas ou gazes
sobre a mesa de instrumentação.
Pelo mesmo motivo as luvas dos componentes da equipe também devem ser
trocadas.
que será usado em tempo imediato. Por isto é que o conhecimento da sequência tática
do cirurgião em cada operação em particular é de fundamental importância para que a
instrumentadora possa se antecipar e não se tornar o fator limitante da equipe.
As gazes enxugam apenas enquanto mantiverem uma parte seca, que detenha
poder de capilaridade. Por isso é que devem ser desprezadas após uma ou duas
“enxugadas” embora ainda apresentem regiões limpas.
O cirurgião faz um duplo pedido de pinça com a mão esquerda e “Kelly” com a
direita, sendo atendido pela instrumentadora que lhe passa os instrumentos tomados da
mesa, a pinça com a esquerda e o Kelly com a direita para as mãos homólogas(esta é
uma das poucas ocasiões em que o instrumento é tomado e passado com a esquerda),
através de discreta cruzada de braços.
O cirurgião, mediante pinça que lhe apresenta o vaso sangrante ou que everte a
borda da ferida, vai pinçando em sequência, solicitando “Kelly” após “Kelly”, enquanto
o assistente vai retirando as gazes num movimento de escorregamento progressivo, da
esquerda para a direita, descobrindo assim uma das extremidades da ferida operatória e
mantendo a parte restante comprimida para sustar a hemorragia.
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Esta sequência da direita para a esquerda (do cirurgião) visa retirar primeiro os
hemostáticos do lado da instrumentadora, e sendo feito com a mão esquerda do
assistente, ele não terá de cruzar o braço sob seu campo visual, o que aconteceria se
usasse a mão direita para soltar os instrumentos e passá-los À instrumentadora.
Outras vezes o cirurgião usa, em vez do bisturi elétrico, categute 00 simples para
laquear os vasos pinçados. Neste caso faz o sinal convencional e recebe da
instrumentadora o rolinho de fio. Enquanto isso, o assistente, pelo canto do olho e com
ligeira rodada de cabeça, localiza sua tesoura reta e a toma com a mão direita, pronta a
cortar os fios. Segura os hemostáticos com a esquerda, apresenta sua ponta ao cirurgião
que amarra os vasos. Solta o “Kelly” após a ligadura, passa-o à instrumentadora e corta
o categute junto ao nó, na mesma sequência anterior.
Repare que a extremidade direita da incisão para um, é a esquerda para o outro.
Portanto, o cirurgião e o auxiliar passando os pontos simultaneamente em extremidades
diferentes nãos se atrapalham mutuamente.
O assistente tem como função precípua a abertura de campo para que o cirurgião
possa atuar. Jamais deverá soltar a apresentação para tentar retirar uma pinça, enxugar
ou cortar um fio, porque nesse momento as vísceras caem sobre o campo e toda a visão
será obstruída. É nestes momentos que a instrumentadora funciona como 2° auxiliar.
A parede está aberta e seus lábios afastados pela tração dos “Kochers”. O
cirurgião devolve a tesoura, pede uma pinça, e a instrumentadora, após passa-la, segura
o “Kocher” do auxiliar. Este, toma o “Gosset” em sua mesa, coloca-o na incisão. O
cirurgião ajuda com sua pinça, afastando o ligamento redondo do fígado ou alguma alça
intestinal.
São colocadas duas compressas limpas e dobradas ao meio por baixo de cada
ramo do “Gosset”, e fixas aos campos inferiores com “Backhaus”. A instrumentadora
coloca uma compressa aberta sobre as pontas iferiores das outras duas, e deverá trocá-la
sempre que vier a se sujar com sangue.
Estas compressas, por não estarem ficadas Às bordas da incisão, poderão ser
substituídas sempre que estiverem manchadas por sangue ou secreções. Eis por que
preferimos fixar os próprios campos e não compressas.
Fechamento da Parede
Quando o fio seguro pelo “Kocher” do assistente fica muito atrás do último nó,
dificultando a apresentação, a instrumentadora corta este fio, o assistente abre o
“Kocher” e ela retira a ponta do fio, prendendo-o com a tesoura sobre o campo. O
assistente prende o novo fio apresentando pelo cirurgião e novamente a instrumentadora
corta o excesso de fio.
VÍDEO CIRURGIA
Vídeo Laparoscopia
Histórico
Seu progresso foi lento e a evolução somente se tornou possível à medida que
avanços tecnológicos tornaram factíveis a concepção e equipamentos ópticos
adequados.
Alem de realizar cerca de 75% dos seus procedimentos por via laparoscópica,
ensinou suas técnicas na Europa e Estados Unidos.
Conceitos
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Os órgãos são visualizados por uma câmera introduzida na cavidade por um dos
orifícios produzidos; tal equipamento óptico fornece imagem que é transmitida a um
monitor de vídeo, ao alcance visível de toda a equipe. A menor secção dos tecidos da
parede abdominal, com consequente menor agressão cirúrgica, constitui a vantagem
básica do método.
Vantagens da Técnica
Nomenclatura
Cirurgia é uma palavra composta por termos de origem grega, Cheir = mão e
Ergou = obra. O significado etimológico, portanto, é obra com as mãos.
Até chegarmos a esta nova maneira de operar muitos foram os que contribuíram,
acreditaram e investiram nesta tecnologia, no entanto, muitos foram os que
desacreditaram e ridicularizaram as iniciativas e tentativas de evolução.
Laparoscopia Diagnóstica;
Refluxo Gastresofágico;
Colecistectomia;
Testículos Impalpáveis;
Varicocele;
Apendicectomia.
Laparoscopia Diagnóstica;
Ooforectomia;
Miomectomia;
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Histerectomia;
Vídeo Histerectomia;
Histeroscopia Diagnostica;
Histeroscopia Cirúrgica;
Biopsia Dirigida;
Sinequias Uterinas;
Pólipos Endometriais;
Ablação Endometrial;
Miomas.
Cirurgia Torácica
Indicações diagnósticas:
Indicações terapêuticas:
Cirurgia do Esôfago
Vagotomia;
Miotomia de Cárdia;
Procedimentos Anti-refluxo;
Ressecção de Leiomioma.
Amputação;
Colostomias e Ileostomias;
Colectomia Direta;
Hidrocefalia;
Tumores Císticos;
Cistos Aracnóides;
Cirurgia Vascular;
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Condromalacia;
Realinhamento de Patela;
Corpos Livres;
Sinovectomias;
Plícas Sinoviais;
Meniscopatias;
Rupturas – ligamentores;
Instabilidade Glemoumeral.
Joelhos;
Ombro;
Tornozelos.
Acromioplastia;
Bursite Oleocraneana;
Seqüela de Osgood-Schatter;
Oxostose Calcânea;
Cotovelo de Tenista.
Cirurgia Geral
Hernioplastia Inguinofemoral;
Fundoplicaturas (DRGE);
Cirurgia Plástica
Função do Instrumentador
Monitor de Vídeo;
Processador de Câmera;
Microcâmera;
Cabos Ópticos;
Telescópios ou óptica;
Laparoflator ou Insulflador;
Vídeo Gravador;
Processamento do Instrumental
(lã de aço ou similares), pois estes tornam as superfícies ásperas, possibilitando o abrigo
e proliferação de microorganismos.
Equipes diversas atuam com material com certas diferenças entre si. Os
preceitos básicos serão sempre os mesmos;
Outras Considerações
É nesse sentido que afirmou João Paulo II: “a é tica tem sempre a primazia sobre
a técnica e o homem sobre as coisas” (Discurso aos construtores da Sociedade
Pluralista, em: A palavra do Papa no Brasil. Ed. Paulinas, São Paulo, 1980, p.222). a
partir da própria noção de profissão supramencionada, penso que podemos elencar
alguns pontos relevantes da ética profissional.
Comentários
Os seres humanos dependem uns dos outros, somos os únicos animais que
nascem tão pouco desenvolvidos e precisam de assistência durante muitos anos. Mesmo
adultos continuamos dependendo dos outros para trabalhar, ter abrigo, comida.
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A necessidade que todos nós temos de sermos aceitos e aprovados faz com que
muitas e muitas vezes cometamos a insensatez de esconder os nossos erros. O resultado
é aquela preocupação angustiada que não nos abandona; será que alguém viu, ou está
vendo, ou vai ver? Perdemos a tranquilidade e ficamos como a pessoa que cometeu um
assassinato e escondeu o cadáver no porão. Mas a coisa cheira mal, e “será que alguém
está percebendo”?
Não é que errar atrai um castigo. Errar já é o castigo, mas como temos medo ou
vergonha de confessar nossos erros.
Será que vão nos perdoar? Muito provável que sim. O escritor libanês Gibran
Kalil Gibran, com muita sabedoria diz que “se nós contarmos uns aos outros os nossos
maiores erros, acabaremos rindo juntos, pela falta de originalidade”.
Considerações Gerais
Os artigos 1523 e 1525 do Código civil recordam o principio geral de que cada
um é responsável pelos danos que cause por sua culpa, negligencia ou imprudência e de
que a responsabilidade civil é independente da criminal, podendo, pois, haver
responsabilidade concomitante, civil e criminal devendo o responsável responder pelas
duas, além da responsabilidade ético-profissional.
2 - Inter-relação:
Paciente
Familiares do paciente
Equipe Médico-cirúrgica
Associação de classe
8 – ser dedicada, respeitar e acatar ordens do cirurgião e auxiliar, por serem eles
os responsáveis pela intervenção;
REFERÊNCIAS