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MANUAL DE

PROCEDIMENTOS
BÁSICOS
DO CADASTRO
IMOBILIÁRIO

Edição autorizada pela Resolução SMF nº 02/2007


Elaborada nos termos do Decreto nº 1.737, de 03 de dezembro de 2007
PREFEITURA DE HORTOLÂNDIA
SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS
DEPARTAMENTO TRIBUTÁRIO

SUMÁRIO

1. ÂMBITO DE ABRANGÊNCIA E APLICABILIDADE


2. PROCEDIMENTOS PARA INSCRIÇÃO DAS PROPRIEDADES PREDIAIS E
TERRITORIAIS URBANAS
3. PROCEDIMENTOS PARA INSCRIÇÃO DO CONTRIBUINTE
4. COMUNICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES CADASTRAIS
5. PRAZO PARA INCRIÇÃO E COMUNICAÇÃO DAS ALTERAÇÃO
CADASTRAIS
6. CASOS EM QUE A INSCRIÇÃO SE CONSIDERA PREJUDICADA
7. CONTRIBUINTE E SUAS ESPÉCIES
8. DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA DO CONTRIBUINTE
9. RESPONSABILIDADE PELA ATUALIZAÇÃO DO ENDEREÇO PARA
CORRESPONDÊNCIA
10. CADASTRAMENTO DE CONDOMÌNIO E COMPOSSE
11. ENVIO DE CORRESPONDÊNCIA A ADMINSTRADORES DE IMÓVEIS
12. ESPÉCIES POSSESSÓRIAS IMPEDIDAS DE CADASTRAMENTO
13. DEVER DE OBSERVÂNCIA DA ORDEM SUCESSÓRIA
14. RESPONSABILIDADE DO AGENTE PELA VERIFICAÇÃO DA
REGULARIDADE TRIBUTÁRIA E APROVEITAMENTO DE INFORMAÇÕES
DECORRENTES DE TRAMSMISSÃO IMOBILIÁRIA
15. CADASTRAMENTO COM FINALIDADE INFORMATIVA
16. OUTROS DOCUMENTOS PASSÍVEIS DE APRESENTAÇÃO
17. CÓPIAS REPROGRÁFICAS
18. VALIDAÇÃO DE DOCUMENTOS DE ORIGEM ESTRANGEIRA
19. VALIDADE DAS CERTIDÕES APRESENTADAS
20. DEVER DE DILIGÊNCIA DO AGENTE PÚBLICO CADASTRADOR
21. OBRIGAÇÕES DOS LOTEADORES
ANEXO: RELAÇÃO DE DOCUMENTOS EXIGIDOS

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PREFEITURA DE HORTOLÂNDIA
SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS
DEPARTAMENTO TRIBUTÁRIO

MANUAL DE PROCEDIMENTOS BÁSICOS

DO CADASTRO IMOBILIÁRIO

1. ÂMBITO DE ABRANGÊNCIA E APLICABILIDADE

1.1. Este manual esclarece e uniformiza os procedimentos de atualização dos


registros constantes do Cadastro Imobiliário, sua inscrição e alteração, para efeito
de cálculo e lançamento de tributos imobiliários e identificação do sujeito passivo.

1.2. Estão subordinados ao presente manual a Administração Pública e os sujeitos


passivos de tributos imobiliários.

2. PROCEDIMENTOS PARA INSCRIÇÃO DAS PROPRIEDADES PREDIAIS E


TERRITORIAIS URBANAS

2.1. A inscrição das propriedades prediais e territoriais urbanas no Cadastro


Imobiliário será promovida, observadas as disposições constantes deste manual:

2.1.1. Pelo proprietário ou seu representante legal, ou pelo respectivo


possuidor;
2.1.2. Por qualquer dos condôminos;
2.1.3. Pelo compromissário comprador;
2.1.4. De ofício, em se tratando de propriedade de entidade de direito público,
ou ainda, quando a inscrição deixar de ser feita no prazo e na forma legal.

2.2. Aproveita ao contribuinte, para efeito de inscrição da propriedade no Cadastro


Imobiliário, o requerimento de “habite-se”, devendo as informações correspondentes,
em tal caso, ser encaminhadas à Divisão de Cadastro e Tributação Imobiliária –
DCTI, para processamento e registro das alterações.

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2.3. Ultimadas as providências a cargo da DCTI, serão comunicadas as alterações


à Divisão de Fiscalização Tributária – DFT, para fim de cálculo e lançamento do
imposto sobre serviços incidente sobre a atividade de construção civil e seus
serviços auxiliares.

3. PROCEDIMENTOS PARA INSCRIÇÃO DO CONTRIBUINTE

3.1. Para efetivar a inscrição, o contribuinte deverá preencher formulário próprio,


conforme modelo disponibilizado pela DCTI.

3.2. Ao formulário mencionado neste item será anexada a planta da propriedade


territorial, em escala que possibilite a perfeita identificação do imóvel e de sua
situação física.

4. COMUNICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES CADASTRAIS

4.1. Serão obrigatoriamente comunicadas à DCTI, também em formulário, as


ocorrências que possam, de qualquer maneira, alterar os registros constantes do
Cadastro Imobiliário.

5. PRAZO PARA INCRIÇÃO E COMUNICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES


CADASTRAIS

5.1. É de 30 (trinta) dias o prazo para promoção da inscrição ou das alterações de


dados cadastrais, contados da data da conclusão das construções, reconstruções ou
reformas, e, nos demais casos, da data da respectiva ocorrência.

6. CASOS EM QUE A INSCRIÇÃO SE CONSIDERA PREJUDICADA

6.1. Consideram-se prejudicadas para a inscrição as propriedades cujas petições


apresentem informações, destinadas à identificação do contribuinte da obrigação

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tributária e à apuração de seu montante, de maneira incorreta, incompleta ou


inexata.

7. CONTRIBUINTE E SUAS ESPÉCIES

7.1. Contribuinte da obrigação tributária é a pessoa que realiza o fato descrito na


regra-matriz de incidência tributária.

7.2. A situação do contribuinte, em relação ao imóvel considerado, deverá ser


cadastrada numa das figuras jurídicas específicas a que corresponda, de
conformidade com o constante no presente manual.

7.3. Para o fim de registro da inscrição perante o Cadastro Imobiliário, considera-


se contribuinte:

7.3.1. O PROPRIETÁRIO, assim entendido a pessoa natural ou jurídica que


figure como adquirente da propriedade imóvel mediante transcrição do título
(art. 1.245, Cód. Civil), acessão (art. 1.248, Cód. Civil) ou usucapião (art.
1.238, Cód. Civil), levados a registro no Cartório de Registro de Imóveis.

Notas explicativas:

a) Enquanto não se registrar o título translativo da propriedade, o alienante continua a ser


havido como dono do imóvel (art. 1.245, § 1º, Cód. Civil).
b) A propriedade também se transmite pela sucessão hereditária. Neste caso, aberta a
sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários
(art. 1.784, Cód. Civil).
c) Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será
indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio (art. 1.791, parágrafo
único, Cód. Civil).

7.3.2. O TITULAR DO DOMÍNIO ÚTIL, compreendendo-se como tal a pessoa


natural ou jurídica a quem tenha sido atribuída enfiteuse ou subenfiteuse.

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Nota explicativa:

Por disposição expressa do Novo Código Civil, é proibida a constituição de novas


enfiteuses ou subenfiteuses (art. 2.038), podendo, entretanto, ocorrer casos
remanescentes do direito civil anterior.

7.3.3. O SUPERFICIÁRIO, assim entendido a pessoa natural ou jurídica a


quem tenha sido concedido o direito real de superfície.

Notas explicativas:

a) O direito de superfície caracteriza-se pela concessão, pelo proprietário, do direito de


construir ou de plantar em seu terreno, por tempo determinado e mediante escritura
pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis (art. 1.369, Cód. Civil).
b) O direito de superfície pode ser transferido a terceiros e, por morte do superficiário, aos
seus herdeiros (art. 1.372, Cód. Civil).
c) Assim como acontece na constituição do direito de superfície, a sua transmissão a
terceiros, por ato inter vivos, também exige instrumento público e registro no Cartório de
Registro de Imóveis.

7.3.4. O COMPROMISSÁRIO, assim entendido a pessoa natural ou jurídica


adquirente do direito real à aquisição do imóvel, proveniente de compromisso
de venda e compra irretratável e irrenunciável, cessão ou promessa de
cessão dos direitos do promitente comprador, mediante instrumento público
ou particular, registrados no Cartório de Registro de Imóveis (art. 1.417, Cód.
Civil).

7.3.5. O POSSUIDOR, assim entendido a pessoa que exerce de fato o


exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade (art.
1.196, Cód. Civil), conservando a coisa em seu poder, como se sua fosse, de
forma pública, contínua, mansa e pacífica.

Notas explicativas:

a) Trata-se o IPTU de imposto cujo arquétipo constitucional grava a propriedade predial e


territorial urbana.

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Com base nesta premissa, doutrina e jurisprudência assentaram entendimento segundo o


qual o IPTU pode incidir sobre o domínio útil e a posse, quando reveladores de conteúdo
econômico, inerente ao próprio direito de propriedade.

Com efeito, prevalece a concepção de que somente a posse ad usucapionem pode vir a
ser objeto de tributação, excluindo-se do campo de incidência do IPTU a posse relativa,
que não gera para o titular qualquer direito à prescrição aquisitiva.

b) Também a posse resultante de concessão do direito real de uso, a título oneroso ou


gratuito, consiste em fonte exteriorizadora do direito de propriedade.

A concessão do direito real de uso pode ser conceituada como sendo o contrato pelo
qual se transfere o uso remunerado ou gratuito de terreno público ou particular, como
direito real resolúvel, para que o concessionário dele se utilize em fins específicos de
regularização fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, edificação,
cultivo, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação de comunidades
tradicionais ou qualquer outra exploração de interesse social em áreas urbanas.

Encontra previsão expressa no Decreto-lei nº 271, de 28.02.1967, com a nova redação


dada pela Lei nº 11.481, de 31.05.2007, do seguintes teor:

Art. 7º - É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares,


remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real
resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social,
urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento
sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus meios
de subsistência ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanas.
§ 1º A concessão de uso poderá ser contratada por instrumento público ou
particular, ou por simples termo administrativo, e será inscrita e cancelada em livro
especial.
§ 2º Desde a inscrição da concessão de uso, o concessionário fruirá plenamente
do terreno para os fins estabelecidos no contrato e responderá por todos os
encargos civis administrativos e tributários que venham a incidir sobre o imóvel e
suas rendas.
§ 3º Resolve-se a concessão antes de seu termo, desde que o concessionário dê
ao imóvel destinação diversa da estabelecida no Contrato ou Termo, ou
descumpra cláusula resolutória do ajuste, perdendo, neste caso, as benfeitorias de
qualquer natureza.
§ 4º A concessão de uso, salvo disposição contratual, transfere-se por ato inter
vivos ou por transmissível por ato inter vivos e causa mortis.
§ 5º Para efeito de aplicação do disposto no caput deste artigo, deverá ser
observada a anuência prévia:
I - do Ministério da Defesa e dos Comandos da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, quando se tratar de imóveis que estejam sob sua administração; e
II - do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência de República,
o
observados os termos do inciso III do § 1 do art. 91 da Constituição Federal.” (NR)

c) Outras espécies de outorga de uso a serem consideradas estão contempladas na Medida


Provisória nº 2.220, de 04.09.2001, desdobrando-se em concessão de uso especial para
fins de moradia e autorização de uso para fins comerciais, previstas, respectivamente,
nos artigos 1º e 9º, com os seguintes enunciados:

Art. 1º - Aquele que, até 30 de junho de 2001, possuiu como seu, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinqüenta metros quadrados de
imóvel público situado em área urbana, utilizando-o para sua moradia ou de sua
família, tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação

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ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a


qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º A concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma
gratuita ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo
concessionário mais de uma vez.
§ 3º Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, na
posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da
sucessão.
.......................................................................................................

Art. 9º - É facultado ao Poder Público competente dar autorização de uso àquele


que, até 30 de junho de 2001, possuiu como seu, por cinco anos, ininterruptamente e
sem oposição, até duzentos e cinqüenta metros quadrados de imóvel público situado
em área urbana, utilizando-o para fins comerciais.
§ 1º A autorização de uso de que trata este artigo será conferida de forma gratuita.
§ 2º O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo,
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.
§ 3º Aplica-se à autorização de uso prevista no caput deste artigo, no que couber, o
disposto nos arts. 4º e 5º desta Medida Provisória.

Quanto à primeira delas, não resta dúvida tratar-se de posse reveladora de conteúdo
econômico, por isto mesmo passível de tributação pelo IPTU.

Reforça esta idéia o fato de ter a medida provisória que a instituiu estabelecido aptidão
do título concessivo para registro junto ao registro imobiliário (art. 6º, § 4º), bem como sua
transferência por atos inter vivos ou causa mortis (art. 7º).

Já a autorização de uso de bem público costuma ser qualificada segundo a doutrina


como o ato administrativo unilateral, discricionário e precário, em que se possibilita a
utilização privativa, esporádica e sem prazo estabelecido, onerosa ou gratuita, de bem
público por particular.

Com efeito, o instrumento da autorização de uso destina-se a facultar ao particular a


ocupação temporária, transitória, de duração efêmera e passageira de bem público, sem
que tal ocupação tenha maior relevância para a comunidade. É o caso, por exemplo, do
depósito de materiais em via pública, da interdição de rua para realização de construção
ou festas comunitárias e da ocupação de terrenos por circo ou parque de diversões
itinerante.

Tal instituto, por outro lado, não se mostra adequado ao reconhecimento de posse com
conteúdo econômico, adjacente ao direito de propriedade.

8. DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA DO CONTRIBUINTE

8.1. Concomitante com as atualizações de dados cadastrais, fica o contribuinte


obrigado a apresentar documentação comprobatória de sua situação com referência
ao imóvel, segundo relacionada, para cada caso, em anexo próprio do presente
manual.

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8.2. É também exigível, quando da atualização de dados cadastrais, a


apresentação pelo contribuinte do comprovante de inscrição, conforme o caso, no
Cadastro de Pessoa Física - CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica -
CNPJ.

9. RESPONSABILIDADE PELA ATUALIZAÇÃO DO ENDEREÇO PARA


CORRESPONDÊNCIA

9.1. Compete ao contribuinte informar e manter constantemente atualizado o


endereço para envio de correspondência, mediante apresentação de comprovante
atualizado de residência.

10. CADASTRAMENTO DE CONDOMÍNIO E COMPOSSE

10.1. Constituindo-se condomínio geral pro-indiviso e composse, serão


preferencialmente cadastrados todos os condôminos ou compossuidores. Havendo
limitação do sistema de informática, será cadastrado o máximo de pessoas
indicadas no respectivo instrumento, seguido da expressão “e outros”, que elegerão
o endereço de uma só das pessoas cadastradas, por onde possam todos receber
correspondência, sem prejuízo da possibilidade de recusa do endereço eleito, por
conveniência da administração tributária.

11. ENVIO DE CORRESPONDÊNCIA A ADMINISTRADORES DE IMÓVEIS

11.1. Para simplificar o lançamento e a satisfação da exigência tributária, é


facultado o envio de correspondência a terceiro responsável pela administração do
bem imóvel considerado, especialmente cadastrado para esse fim.

12. ESPÉCIES POSSESSÓRIAS IMPEDIDAS DE CADASTRAMENTO

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12.1. Não será objeto de cadastramento, para efeito de definição do sujeito


tributário passivo, a posse precária, a violenta e a clandestina, ou a que for contrária
a ordem judicial impeditiva.

13. DEVER DE OBSERVÂNCIA DA ORDEM SUCESSÓRIA

13.1. Quando das alterações cadastrais e demais anotações necessárias será


observada, entre a certidão de matrícula ou outros documentos admitidos, em
confronto com os dados constantes do Cadastro Imobiliário, a rigorosa ordem
sucessória.

14. RESPONSABILIDADE DO AGENTE PELA VERIFICAÇÃO DA


REGULARIDADE TRIBUTÁRIA E APROVEITAMENTO DE INFORMAÇÕES
DECORRENTES DE TRANSMISSÃO IMOBILIÁRIA

14.1. O agente público perante o qual seja processada alteração cadastral, havida
a título de sucessão patrimonial, adotará, de imediato, as medidas necessárias à
verificação do recolhimento do ITBI incidente sobre a operação.

14.2. A critério da administração tributária, as declarações tomadas para efeito de


lançamento do ITBI podem ser aproveitadas, se compatíveis com o disposto no
presente manual, para atualização das informações constantes do Cadastro
Imobiliário, notadamente quanto à definição do contribuinte e do endereço para
correspondência.

15. CADASTRAMENTO COM FINALIDADE INFORMATIVA

15.1. A critério da administração tributária, eventual apontamento de outras figuras


jurídicas, não expressamente especificadas no presente manual, terá finalidade
meramente informativa, sem, contudo, implicar qualquer alteração quanto à
definição do sujeito tributário passivo.

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16. OUTROS DOCUMENTOS PASSÍVEIS DE APRESENTAÇÃO

16.1. Além da documentação enumerada no presente manual, a administração


tributária poderá exigir do sujeito tributário passivo, mediante intimação, a exibição
ou a juntada de outros documentos pertinentes, inclusive de certidões expedidas por
demais repartições, órgãos ou ofícios públicos, bem como registros de quaisquer
operações, ainda que relacionadas a terceiro, ficando este particularmente obrigado
a franquear-lhes o exame.

17. CÓPIAS REPROGRÁFICAS

17.1. Não havendo previsão expressa neste manual, os documentos exigidos


podem ser apresentados sob a forma de cópia reprográfica do original, desde que
perfeitamente legíveis.

17.2. Restando dúvida quanto ao conteúdo ou autenticidade da cópia apresentada,


o agente público encarregado da análise poderá intimar o sujeito tributário passivo
para que a substitua por cópia legível ou, ainda, para que proceda à exibição do
documento original, a fim de que lhe promova a respectiva autenticação, em prazo
não inferior a 5 (cinco) dias.

18. VALIDAÇÃO DOS DOCUMENTOS DE ORIGEM ESTRANGEIRA

18.1. Os documentos de origem estrangeira devem ser legalizados perante o


Consulado Brasileiro com jurisdição sobre o local em que produzidos, e devidamente
traduzidos para o vernáculo, por tradutor juramentado.

19. VALIDADE DAS CERTIDÕES APRESENTADAS

19.1. Às certidões apresentadas para comprovação de fato relacionado ao imóvel


confere-se validade de 180 (cento e oitenta) dias, contados da emissão, salvo se
menor prazo tenha sido consignado pelo órgão expedidor.

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20. DEVER DE DILIGÊNCIA DO AGENTE PÚBLICO CADASTRADOR

20.1. Cumpre ao agente público encarregado de processar atualizações, junto ao


Cadastro Imobiliário, zelar pela correção e integridade dos dados nele inseridos sob
sua responsabilidade, observando as disposições contidas no presente manual e na
legislação tributária aplicável.

21. OBRIGAÇÕES DOS LOTEADORES

21.1. Os responsáveis por loteamentos ficam obrigados a fornecer à administração


tributária a relação dos lotes alienados definitivamente ou mediante compromisso,
30 (trinta) dias após a venda, mencionando o nome do comprador, endereço, a
codificação dos lotes e quadras, dimensões destes e os respectivos valores dos
contratos.
_______________________________________________________

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS EXIGIDOS


ANEXA AO MANUAL DE PROCEDIMENTOS BÁSICOS DO CADASTRO
IMOBILIÁRIO

I. PROPRIETÁRIO

1. Por ato inter vivos:

a) Certidão de matrícula do imóvel, descrevendo a situação; ou


b) Escritura pública de transmissão da propriedade imóvel ou outro instrumento particular a que
lei confira tal eficácia, registrados no Cartório de Registro de Imóveis.

2. Por sucessão hereditária:

a) Certidão de matrícula do imóvel, descrevendo a situação; ou


b) Primeiras declarações, prestadas em inventário ou arrolamento, extraídas dos autos do
processo judicial, acompanhadas de certidão de sua respectiva distribuição, fornecida pelo
cartório distribuidor da comarca por onde seja processado o feito ou, alternativamente, a
petição inicial devidamente despachada pelo juiz, se proveniente de comarca onde houver
vara única.

II. COMPROMISSÁRIO

1. Promitente comprador:

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a) Certidão de matrícula do imóvel, descrevendo a situação; ou


b) Compromisso de venda e compra, celebrado por instrumento público ou contrato particular,
em caráter irretratável e irrevogável, registrado no Cartório de Registro de Imóveis.

2. Compromissário cessionário:

a) Certidão de matrícula do imóvel, descrevendo a situação; ou


b) Cessão dos direitos do promitente comprador, decorrente de compromisso de venda e
compra celebrado por instrumento público ou contrato particular, em caráter irretratável e
irrevogável, registrado no Cartório de Registro de Imóveis.

3. Promitente compromissário cessionário:

a) Certidão de matrícula do imóvel, descrevendo a situação; ou


b) Promessa de cessão dos direitos do promitente comprador, decorrente de compromisso de
venda e compra celebrado por instrumento público ou contrato particular, em caráter
irretratável e irrevogável, registrado no Cartório de Registro de Imóveis.

III. TITULAR DO DOMÍNIO ÚTIL

1. Enfiteuta ou subenfiteuta:

a) Certidão de matrícula do imóvel, descrevendo a situação; ou


b) Contrato de constituição da enfiteuse, ou sua cessão, registrados no Cartório de Registro de
Imóveis.

2. Superficiário:

a) Certidão de matrícula do imóvel, descrevendo a situação; ou


b) Escritura pública de concessão do direito de superfície, ou sua cessão, registradas no
Cartório de Registro de Imóveis.

VI. POSSUIDOR

1. Usucapiente:

a) Petição inicial, extraída dos autos do processo judicial de usucapião, acompanhada de


certidão de sua respectiva distribuição, fornecida pelo cartório distribuidor da comarca ou,
alternativamente, a petição inicial devidamente despachada pelo juiz, se proveniente de
comarca onde houver vara única.

2. Concessionário do direito real de uso:

a) Certidão de matrícula do imóvel, descrevendo a situação; ou


b) Contrato de concessão do direito real de uso, celebrado por instrumento público ou particular,
e suas respectivas cessões, registrados no Cartório de Registro de Imóveis; ou
c) Termo administrativo de concessão do direito real de uso, acompanhado de certidão
expedida pelo órgão da Administração Pública concedente, atestando a vigência.

3. Concessionário de uso especial para fins de moradia:

a) Certidão de matrícula do imóvel, descrevendo a situação; ou

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b) Título administrativo de concessão de uso especial para fins de moradia, registrado no


Cartório de Registro de Imóveis.

*
4. Demais espécies possessórias :

a) Escritura pública de transmissão da propriedade imóvel ou contrato particular lavrado por


agente financeiro autorizado pelo Banco Central do Brasil, acompanhada de comprovante de
residência (contas de concessionárias de serviços públicos ou documento equivalente) em
nome do possuidor;
b) Compromisso de venda e compra, cessão ou promessa de cessão dos direitos do promitente
comprador, lavrados por instrumento público ou agente financeiro autorizado pelo Banco
Central do Brasil, acompanhada de comprovante de residência (contas de concessionárias de
serviços públicos ou documento equivalente) em nome do possuidor;
c) Compromisso de venda e compra, cessão ou promessa de cessão dos direitos do promitente
comprador, lavrados por instrumento particular, dotado de todas as formalidades necessárias
à identificação do imóvel e das partes contratantes, com as respectivas firmas reconhecidas
por serviço notarial, acompanhado de declaração de vigência firmada por corretor de imóveis
responsável pelo loteamento ou incorporação e, ainda, de comprovante de residência (contas
de concessionárias de serviços públicos ou equivalente) em nome do possuidor;
d) Carta de sentença, formal de partilha e auto de arrematação, adjudicação ou remissão,
expedidos em processos judiciais, acompanhada de comprovante de residência (contas de
concessionárias de serviços públicos ou documento equivalente) em nome do possuidor.

*
Nota explicativa ao item 4 (Demais espécies possessórias): Os instrumentos referidos neste
item relacionam-se a negócios jurídicos não submetidos a registro no Cartório de Registro de
Imóveis, e têm a finalidade exclusiva de atribuir RESPONSABILIDADE pelo pagamento dos
tributos incidentes sobre o imóvel, sem, contudo, alterar a definição do contribuinte, porquanto
não regularizada a situação.

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